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UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI – URCA

CENTRO DE HUMANIDADES - CH
DEPARTAMENTO DE GEOCIÊNCIAS – DEGEO
CURSO DE GRADUAÇÃO EM LICENCIATURA EM GEOGRAFIA

ENSINO DE GEOGRAFIA DA EDUCAÇÃO ESPECIAL NAS ESCOLAS DR.


STÊNIO DANTAS E JUVENAL RODRIGUES BRANDÃO, MISSÃO VELHA –
CEARÁ

CICERO RAMON LIMA DOS SANTOS

CRATO –CE

2017.2
CICERO RAMON LIMA DOS SANTOS

ENSINO DE GEOGRAFIA DA EDUCAÇÃO ESPECIAL NAS ESCOLAS DR.


STÊNIO DANTAS E JUVENAL RODRIGUES BRANDÃO, MISSÃO VELHA –
CEARÁ

Projeto de pesquisa apresentado à


Universidade Regional do Cariri – Urca, ao
curso de Licenciatura em Geografia, na
disciplina de Prática Curricular VI – Projeto de
Pesquisa e de Ensino em Geografia, como
requisito parcial para aprovação da mesma.

Orientadora: Professora Antônia Carlos da Silva

CRATO – CE

2017.2
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ------------------------------------------------------------------------------03

2. OBJETIVOS ---------------------------------------------------------------------------------05

2.1. Objetivo Geral -----------------------------------------------------------------------------05

2.2. Objetivos Específicos ---------------------------------------------------------------------05

3. JUSTIFICATIVA----------------------------------------------------------------------------05

4. REFERENCIAL TEÓRICO --------------------------------------------------------------06

5. METODOLOGIA----------------------------------------------------------------------------10

6. CRONOGRAMA ----------------------------------------------------------------------------11

REFERÊNCIAS --------------------------------------------------------------------------------12
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1. INTRODUÇÃO

Este projeto busca analisar como está sendo desenvolvido o ensino de geografia
da educação especial nas escolas da rede pública na cidade de Missão Velha – Ceará,
bem como compreender seus avanços e impasses encontrados tanto pelos alunos
assistidos quanto pelo núcleo pedagógico das escolas Dr. Stenio Dantas e Juvenal
Rodrigues Brandão.
Sabemos que ao longo dos tempos a Educação Especial no Brasil atravessou um
longo processo de transformação histórica e política que mais tarde indicariam a
evolução e conquistas de seu espaço nas escolas brasileiras, muitas delas alcançadas.
Porém em vários momentos e instâncias, havia discriminação e preconceito vivenciados
por muitas crianças, jovens e adultos especiais que até mesmo ajudaram a construir uma
educação especial de qualidade e com mais detalhamento em questão de
ensino/aprendizagem, buscando uma didática mais adequada e que despertasse o
interesse do publico alvo.
Desde os momentos iniciais em 1854, o atendimento especial era oferecido
somente por instituições de iniciativas pessoais e privadas e as classes especiais
surgiram apenas como alternativa de conseguir separar os alunos “normais” dos
”anormais”. Não havia preocupação com essa classe até que pouco a pouco foi surgindo
interesse nessa área.
Por isso é necessário fazer um breve percurso sobre como se deu o processo de
evolução da Educação Especial no Brasil. Assim será possível compreender como
ocorreu de fato a caminhada dessa modalidade de Educação em nosso país.
Há relatos e documentos onde comprovam que inicialmente no século XIX, no
Brasil, começaram a surgir grupos assistenciais para atender pessoas que apresentavam
deficiências como a cegueira e a surdez, mas somente em meados do século XX teve
início o atendimento educacional a essas pessoas.
Segundo o entendimento de Carlos José da Silveira Mazzota, Doutor em
Educação, ele define que “A Educação Especial no Brasil foi muito tempo definida
como uma assistência dada aos alunos com deficiência. Essa deficiência não tinha uma
finalidade educativa”. (MAZZOTTA, 2003, p. 12).
Ou seja, pra ele o atendimento e assistencialismo era mais clinico, pois o meio
educativo na visão de muitos era tido como impossível e essa tese só veio ao chão
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recentemente, através da defesa da cidadania e do direito à educação das pessoas com


deficiência.
Educação Especial é um meio de ensino/aprendizagem mais especializado com
um conjunto de ações, atividades e recursos para melhor atendimento ao público
com deficiência, preferencialmente em escolas públicas (regulares), ou em ambientes
especializados tais como escolas para surdos, escolas para cegos ou escolas para atender
pessoas com deficiência intelectual.
A escola é um espaço social onde se desenvolve o saber, a cultura e a
formalização do conhecimento. É um local privilegiado onde sujeitos diferentes, que
têm histórias de vida e aprendizagem individuais se encontram, trocam experiências e
pela ação mediadora do professor produzem e consolidam conhecimentos. Nesta
relação, esses sujeitos se constroem enquanto cidadãos e, mediante sua formação
pessoal e suas ações em diferentes tempos e espaços, contribuem para a produção e
configuração da sociedade, quer seja em escala local, regional e nacional.
Pensando então na formação do aluno, acredita-se que os alunos especiais,
particularmente os alunos com deficiência e necessidades especiais, é público que muito
estimula os desafios do processo de ensino/aprendizagem porque apresentam níveis
diferentes e acentuados de aprendizagem e necessitam de um trabalho pedagógico com
metodologias específicas, recursos pedagógicos diferenciados e apoio de uma equipe
multiprofissional.
Portanto, ao contrário que muitas pessoas pensam, é possível afirmar que muitos
desses alunos podem aprender de maneira eficaz e significativa se respeitadas suas
especificidades, dentre elas o ritmo de aprendizagem e temporalidade, se o professor de
geografia e a escola atribuírem a estes um olhar diferenciado, procurando realizar os
apoios pedagógicos necessários, eliminando os obstáculos à aprendizagem, desde os
apoios físicos até a adaptação do currículo, sem perder os conteúdos essenciais à sua
formação. E se estes forem valorizados e constantemente incentivados, podem tornar-se
sujeitos ativos capazes de atuar nos diferentes segmentos da sociedade.
Nesse sentido, levantamos o seguinte questionamento: quais as dificuldades
enfrentadas pelos professores de geografia da educação especial na cidade de Missão
Velha – Ceará?
A inclusão perpassa pelas várias dimensões humanas, sociais e políticas, e vem
gradualmente se expandindo na sociedade, de forma a auxiliar no desenvolvimento das
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pessoas, em geral de maneira a contribuir para a reestruturação de práticas e ações cada


vez mais inclusivas e sem preconceitos.
Partindo do pressuposto de que o ensino na educação especial requer
metodologias diferenciadas, que vão de encontro ao nível de desenvolvimento e
aprendizagem do aluno e considerando também, que a prática pedagógica em geografia
deve partir do espaço de vivência do mesmo.

2. OBJETIVOS

2.1 Geral

 Analisar como está sendo praticado o ensino de geografia da educação especial


nas escolas públicas de Missão Velha – Ceará, identificando pontos positivos e
negativos no âmbito escolar em relação à aprendizagem dos alunos com
deficiências e necessidades especiais.

2.2 Específicos

 Fazer um levantamento dos alunos com deficiência nas escolas Dr. Stênio
Dantas e Juvenal Rodrigues Brandão

 Averiguar se as Escolas estão estruturalmente adequadas para receber alunos


com deficiência e necessidades especiais, assistidos pela educação especial;
 Observar quais recursos didáticos são adotados pelos professores de geografia
da educação especial;
 Analisar de modo geral os avanços na qual a educação especial trouxe para a
prática pedagógica dos professores de geografia;
 Analisar dentro do âmbito escolar se há inclusão social desses alunos com
deficiência e necessidades especiais.

3. JUSTIFICATIVA

Escolhi este assunto como tema para pesquisa porque acredito que a Educação
Especial representa hoje uma das grandes preocupações dos educadores, visto que,
graças às transformações na legislação educacional brasileira, o portador de
necessidades especiais tem finalmente garantido seu lugar na sala de aula, o que acaba
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esbarrando em uma nova situação: estarão os professores de geografia, e demais


disciplinas preparados para recebê-los e garantir sua aprendizagem? Sabe-se que não
basta ao estudante ter garantido seu acesso aos bancos escolares, é de seu pleno direito,
também, a aprendizagem. Sendo assim, pretende-se investigar como está sendo
desenvolvido e praticado o ensino de geografia da educação especial dentro das escolas
na cidade de Missão Velha – CE, presumindo-se que a educação seja um direito efetivo
de todos os cidadãos sem nem uma distinção.
A inclusão trouxe um novo desafio aos professores de geografia: o oferecimento
de uma educação de qualidade a todos os alunos sem nenhum tipo de discriminação e
que reconheça as diferenças como um fator de enriquecimento no processo educacional.
A sociedade precisa ser esclarecida sobre a inclusão, pois as crianças devem ter
o seu direito respeitado e entender que são normais dentro de seus próprios limites, para
que ao chegarem à fase adulta se incluam e se adaptem à comunidade em que vivem
para trabalhar e usufruir o que tem o meio em que estão inseridas.
É de suma importância também observar não só com as aulas de geografia, mas
também as demais disciplinas exercidas em sala de aula de modo interdisciplinar, ver
como é desenvolvida todas elas, analisar quais didáticas utilizadas, assim podemos nos
espelhar em novas estratégias e dinâmicas para nossa evolução e aprimoramento como
futuros professores de Geografia.

4. REFERENCIAL TEÓRICO

Educação especial é o ramo da educação voltado para o atendimento e educação


de pessoas com alguma deficiência. Preferencialmente em instituições de ensino
regulares ou ambientes especializados (como por exemplo, escolas para surdos, escolas
para cegos ou escolas que atendem a pessoas com deficiência intelectual). São também
considerados público-alvo dessas escolas crianças com transtornos globais de
desenvolvimento ou com altas habilidades/superdotação de acordo com o Art. 58 da Lei
de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996, que
diz:
Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a modalidade de
educação escolar oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para
educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas
habilidades ou superlotação. (BRASIL 1996.p.01).
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Estas pessoas portadoras de deficiência têm os mesmos direitos humanos e


liberdades fundamentais que outras pessoas e que estes direitos, inclusive o direito de
não ser submetidas à discriminação com base na deficiência, emanam da dignidade e da
igualdade que são inerentes a todo ser humano.
A Convenção da Guatemala – Convenção Interamericana para a Eliminação de
Todas as Formas de Discriminação contra a Pessoa Portadora de Deficiência – 1999, no
seu Artigo I, define que deficiência é “uma restrição física, mental ou sensorial, de
natureza permanente ou transitória, que limita a capacidade de exercer uma ou mais
atividades essenciais da vida diária causada ou agravada pelo ambiente econômico e
social”. (CONVENÇÃO DA GUATEMALA,1996).
Declaração Universal dos Direitos Humanos – Publicada pela ONU em 1948 diz
que:
De maneira geral esta declaração assegura a todas as pessoas, independente
de raça, cor, sexo, religião, sem distinção alguma, os mesmos direitos à
liberdade, a uma vida digna, à educação fundamental, ao desenvolvimento
pessoal e social, enfim à livre participação na vida da comunidade (ONU,
1948).

A Constituição da República de 1988 diz quando adota como princípio a “[...]


igualdade de condições para o acesso e permanência na escola [...]”, compreendido
como efetivação do objetivo republicano de “[...] promover o bem de todos, sem
preconceito de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de
discriminação [...]”, prevê uma sociedade com escolas abertas a todos, em qualquer
etapa ou modalidade, bem como o acesso a níveis mais elevados de ensino. (BRASIL,
1988).
Inclusão Segundo Ruth Mace é:

A inclusão é um paradigma que se aplica aos mais variados espaços físicos e


simbólicos. Os grupos de pessoas, nos contextos inclusivos, têm suas
características idiossincráticas reconhecidas e valorizadas. Por isto,
participam efetivamente. Segundo o referido paradigma, identidade,
diferença e diversidade representam vantagens sociais que favorecem o
surgimento e o estabelecimento de relações de solidariedade e de
colaboração. Nos contextos sociais inclusivos, tais grupos não são passivos,
respondendo à sua mudança e agindo sobre ela. Assim, em relação dialética
com o objeto sociocultural, transformam-no e são transformados por ele.
Desconstruindo a ideia de homem padrão (MACE, 1990, p.3).

É de nossa responsabilidade transformar a Inclusão do discurso para prática. A


deficiência é considerada por muitos uma diferença e, na verdade, é. Algo assim não
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pode se disfarçar, nem negar. É fundamental que haja resistência ao preconceito com
pessoas que vêm sofrendo principalmente no setor educativo. Assim Mantoan (2002, p.
86) enfatiza: “A inclusão é um conceito que emerge da complexidade, dado que a
interação entre as diferenças humanas, o contato e o compartilhamento dessas
singularidades compõem a sua ideia matriz. [...]”.
Esses paradigmas da inclusão segundo Sassaki é:

Esse paradigma é o da inclusão social - as escolas (tanto comuns como


especial) precisam ser reestruturadas para acolherem todo espectro da
diversidade humana representado pelo alunado em potencial, ou seja, pessoas
com deficiências físicas, mentais, sensoriais ou múltiplas e com qualquer
grau de severidade dessas deficiências, pessoas sem deficiências e pessoas
com outras características atípicas, etc ( SASSAKI, 1998,p.9.)

Compreendendo sobre o que é Educação Especial e quem são os assistidos,


podemos buscar como é a pratica do ensino de geografia em sala de aula, pois sabemos
que a geografia constrói, destrói e reconstrói identidades, permitindo que sujeitos se
reconheçam e se valorizem perante o mundo. Esta ciência é potencialmente uma
transformadora social e com isso, espacial. Possibilita um processo de construção de
uma nova configuração e morfologia espacial, mais justa, democrática, igualitária,
humanamente possível.
A Geografia, quando no ensino básico, segundo Reichwald Junior; Schaffer:
Kaercher (2003, p. 170) “participa do processo de construção dos fundamentos
conceituais e instrumentais para a compreensão e representação da vida e do mundo,
através do estudo da realidade”. Por esse motivo, “as informações não devem ser postas
aos alunos de forma pronta e acabada, mas, na medida do possível, demonstrar-lhes o
contexto em que foram construídas, como as pessoas buscavam resultados, quais os
interesses envolvidos” (CALLAI; CALLAI, 2003, p. 67).
Os PCN (BRASIL, 1995) trazem um importante questionamento sobre a
contribuição do conhecimento geográfico para a plena formação do educando. De
acordo com o documento, no Ensino Fundamental, o papel da Geografia é “alfabetizar”
o aluno espacialmente em suas diversas escalas e configurações, dando-lhe suficiente
capacitação para manipular noções de paisagem, espaço, natureza, estado e sociedade.
Resgatar essas ideias se mostra necessário para o professor de Geografia no
século XXI, pois as relações capitalistas escondem profundas desigualdades sociais e
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territoriais, impactando diretamente sobre o território, sobre a sociedade. Mostrar essas


contradições também é tarefa do professor.
A prática pedagógica é entendida na percepção de Gimeno, Sacristán (1999)
“como uma ação do professor no espaço de sala de aula”. Pautando nesta visão
podemos fazer uma junção às palavras de Sadalla (1997), onde diz que “a formação do
educador que atua na Educação Especial precisa ir além da presença de professores em
cursos que visem mudar sua ação no processo ensino-aprendizagem, é necessário que
essa formação se torne contínua”, já na visão de Mantoan (2004) ela chama de
“autoformação”.
A escola pode ser esse ambiente, a partir do que os educadores estão buscando
para aprimorar suas práticas.

Este ato educativo está centrado na diferenciação curricular inclusiva, à


procura de vias escolares diferentes para dar resposta à diversidade cultural,
implementando uma práxis que contemple diferentes metodologias que
tenham em atenção os ritmos e os estilos de aprendizagem dos alunos
(ROLDÃO, 2003. p 13).

Almeida (2004) diz que isso implica em:

Construção de espaços para reflexão crítica, flexibilização e criação de canais


de informação nas escolas, alianças e apoios entre os profissionais e
implementação de políticas públicas de valorização e formação docente.
Portanto, precisamos conceber a formação continuada dos educadores como
elemento crucial para a (re)construção da instituição escolar. (ALMEIDA,
2004, p. 244)

De acordo com Souza (2007, p. 111), “recurso didático é todo material utilizado
como auxílio no ensino-aprendizagem do conteúdo proposto para ser aplicado pelo
professor a seus alunos”. Os recursos didáticos compreendem uma diversidade de
instrumentos e métodos pedagógicos que são utilizados como suporte experimental no
desenvolvimento das aulas e na organização do processo de ensino e de aprendizagem.
Eles servem como objetos de motivação do interesse para aprender dos educandos.
De acordo com Costoldi, Polinarski (2009, p. 2), “os recursos didáticos são de
fundamental importância no processo de desenvolvimento cognitivo do aluno”, uma vez
que desenvolve a capacidade de observação, aproxima o educando da realidade e
permite com maior facilidade a fixação do conteúdo e, consequentemente, a
aprendizagem de forma mais efetiva, onde o educando poderá empregar esse
conhecimento em qualquer situação do seu dia-a-dia.
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Este pensamento é corroborado pelas Diretrizes Nacionais para a Educação


Especial na Educação Básica (BRASIL, 2001) que determinam as recomendações para
a atuação pedagógica do professor especialista, entendendo que:

O professor da educação especial utiliza métodos, técnicas, procedimentos


didáticos e recursos pedagógicos especializados e, quando necessário,
equipamentos e materiais didáticos específicos, conforme série/ciclo/etapa da
educação básica, para que o aluno tenha acesso ao currículo da base nacional
comum. (BRASIL, 2001).

O professor deve ter a criatividade da diversificação de suas metodologias de


ensino para, que dessa forma fomente com os alunos a construção de um ensino
geográfico significativo.

5. METODOLOGIA

Este projeto de pesquisa terá uma abordagem qualitativa, onde o estudo para o
embasamento contará com dados bibliográficos teóricos e empíricos, que segundo
Fonseca (2002,p.20): “[...] pesquisa qualitativa se centra na objetividade. Influenciada
pelo positivismo, considera que a realidade só pode ser compreendida com base na
análise de dados brutos, recolhidos com o auxílio de instrumentos padronizados e
neutros [...]”.
Irei adentrar ao campo para analisar o real, e depois compará-lo com o ideal.
Assim, a pesquisa caracteriza-se por trabalhar como universo de significações, motivos,
aspirações, atitudes, crenças e valores (MINAYO, 2004). Na sua perspectiva: preocupa-
se com os aspectos da realidade que não podem ser quantificados, centrando-se na
compreensão e explicação da dinâmica das relações sociais (MINAYO, 2004).
O caráter da pesquisa é exploratória, pois a mesma irá:
Proporcionar maior familiaridade com o problema, com visitas a campo,
levantamento bibliográfico, entrevistas com pessoas que tiveram experiências
práticas com o problema pesquisado, e análise de exemplos que estimulem a
compreensão (GIL, 2007, p. 4).

E descritiva, pois: exige do investigador uma serie de informações sobre o que deseja
pesquisar, descrevendo os fatos e fenômenos de determinada realidade (TRIVIÑOS,
1987).
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De inicio irei fazer um levantamento bibliográfico e coleta de dados que podem


ser fornecidas tanto pela Secretaria Municipal de Educação, quanto pelas próprias
Escolas a serem estudadas, também buscando informações em Instituições que são
utilizadas como referência para Educação Especial, e será a partir delas que iremos
entender e avaliar a finalidade deste projeto.
Visita a campo, pedindo permissão à coordenação para realizar a pesquisa, onde
este campo será as duas escolas da rede pública municipal de Missão Velha – Ceará,
que será: Dr. Stenio Dantas, onde a mesma está localizada à Av. Cel. José Dantas, S/N –
Centro, e Juvenal Rodrigues Brandão, onde está localizada à Av. José Sobreira da Cruz
em cruzamento com a Rua Raimundo Figueiredo Rocha, S/N- Maternidade. Há mais
escolas no município que atendem à educação especial, porém irei desenvolver a
pesquisa em apenas duas, este recorte feito para análise foi pensado em relação à
distância e disponibilidade do pesquisador, e a relação com o campo.
É neste ambiente que irei observar e elaborar instrumentos de coleta de dados
em relação ao ensino de geografia da educação especial dentro do território do
município, ou seja, fazer questionários, formulários e outros, para facilitar ainda mais a
compreensão dos futuros resultados que serão encontrados; estes instrumentos de coleta
serão interdisciplinares, abordando várias disciplinas e ver como é desenvolvido o
ensino/aprendizagem pelo professor e entendido pelo aluno, assim nos possibilitando
novos meios didáticos para o enriquecimento do ensino de geografia.
Para auxiliar a pesquisa dentro do campo irei utilizar procedimentos de
entrevista não estruturada aos professores, alunos da educação especial, núcleo gestor;
também a observação será essencial.
Entrevista não estruturada é “aquela em que é deixado ao entrevistado decidir-se
pela forma de construir a resposta” (LAVILLE E DIONE, 1999, p. 5).
Por fim irei analisar todos os dados adquiridos em campo e sistematizá-las para
que possamos futuramente ter resultados verídicos em relação ao ensino de geografia da
educação especial nessas escolas, vendo e classificando os resultados positivos e
negativos, e criando possíveis diagnósticos os quais possam melhorar e fortificar ainda
mais esta modalidade de ensino.

6. GRONOGRAMA
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Procedimentos da pesquisa Junho Julho Agosto Setembro Outubro


2018 2018 2018 2018 2018
Estudo Bibliográfico e Ampliação X X X X X
Teórica
Visita ao Campo para apresentar o X
Projeto (Permissão)
Pesquisa de Campo (Observação X X
de Aulas)
Instrumentos de coleta de dados X X X
(questionários, formulários,
Entrevistas, entre outros)
Sistematizas os dados adquiridos X X
(Organizar).
Analisar todos os dados X X
adquiridos
Produção do Artigo X X
(Inicio)
Revisão do Artigo X
(Reajustes finais)
Entrega e Apresentação do Artigo X

REFERÊNCIAS:

ALMEIDA, Mariangela Lima de. Formação continuada como processo crítico-reflexivo


colaborativo: possibilidades de construção de uma prática inclusiva. 2004. 263 f.
Dissertação (Mestrado em Educação) – Programa de Pós-Graduação em Educação,
Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória, 2004.

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DF.Senado 1988.

BRASIL, Conselho Nacional da Educação. Resolução nº 2, de 11 de setembro de 2001.


Diretrizes Nacionais para Educação Especial na Educação Básica.

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CONVENÇÃO INTERAMERICANA PARA A ELIMINAÇÃO DE TODAS AS


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