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TRANSPORTE
Disposições gerais
O Previsão legal: arts. 730-756
O Características:
Oneroso ou gratuito (bifronte)
Consensual
Adesão ou, excepcionalmente, paritário (p.ex.
contratação de taxista para viagem)
Consumo
Informal (não solene/verbal)
Cláusula de incolumidade:
O É a principal cláusula do contrato de transporte
(749). Significa dizer que a obrigação do
transportador é de resultado, ou seja, as
pessoas ou coisas deverão ser levadas ao seu
destino final sem qualquer violação às suas
integridades físicas ou materiais.
O Se esta cláusula for violada, o CC estabelece
responsabilidade civil contratual objetiva,
independentemente de o contrato de transporte
se caracterizar como de consumo – art. 734.
O Partes que podem figurar neste contrato:
a) Remetente, expedidor ou carregador: no transporte
de coisas é aquele que entrega a coisa ao
transportador para ser deslocada; no transporte de
pessoas fala-se em passageiro;
b) Transportador ou condutor: aquele que se obriga a
entregar a coisa ou levar uma pessoa e suas
bagagens de um ponto a outro;
c) Comissário de transporte: ou empresa de expedição
aquele que se encarrega, mediante remuneração, a
transportar a mercadoria utilizando-se de serviços
de um transportador.
d) Destinatário ou consignatário: pessoa designada a
receber a coisa; pode ser a mesma pessoa do
remetente.
e) Domiciliatário: pessoa que indica ao transportador o
destino da carga.
Meios de transporte
O Aquático (marítimo, fluvial e
lacustre)
O Terrestre (rodoviário e
ferroviário)
O Aéreo
Aplicação de legislação
extravagante
O A CF/88, nos arts. 175, 30, V, 25 e 22, XII, afirma
que incumbe ao Estado a exploração do
transporte, assim:
a) Compete à União a exploração de transportes
aquáticos e ferroviários;
b) Aos Municípios explorar o transporte coletivo,
segundo o interesse local;
c) Aos Estados-membros a competência residual
para explorar os transportes intermunicipais.
O O Poder Público, titular de tais serviços
acaba, contudo, no mais das vezes,
delegando-os aos particulares, mediante
contrato, através de autorização,
permissão ou concessão – art. 731/CC.
Exs.: autorização para serviços de táxi,
permissão ou concessão de transporte
coletivo etc.
* Posicionamento doutrinário: aplica-se ao
transporte onde prevaleça o interesse
particular (transportador-usuário) o CC e o
CDC.
Transporte de coisas
ou de mercadorias
Arts. 743-756
O Transporte cumulativo: art. 733 – quando vários
transportadores – por terra, água ou ar –, efetuam,
sucessivamente, o deslocamento, de um lugar para
outro, de pessoas ou coisas. Responsabilidade
solidária: art. 756.
O Transporte sucessivo ou segmentado: um dos
transportadores, geralmente o inicial, assume a
responsabilidade, em nome próprio, por todo o
trajeto, contratando, por conta do cliente, outros
transportadores; se caracteriza por uma cadeia de
contratos, cada um com uma empresa independente
das demais. Responsabilidade fracionada. Ex.:
agência de viagem vende duas passagens para duas
transportadoras distintas, prevendo apenas a
possível conexão dos trechos
Conhecimento de transporte
ou de frete
O Documento, derivado do próprio contrato, que contém
os necessários dados de identificação da mercadoria,
podendo circular como título de crédito.
O Assume caráter probatório de entrega da mercadoria
expedida pelo remetente ao transportador.
O É emitido pelo transportador.
O É título de crédito impróprio (literalidade, autonomia e
cartularidade).
O É título à ordem, podendo ser negociado por endosso
ou cessão, salvo se “não à ordem”.
O Dec. 19.473/30, arts. 1º e 2º; Dec. 20.454/31, CC,
arts. 743-744.
O É possível a negociação da coisa transportada
durante a própria execução do contrato de
transporte.
O O “conhecimento” não é da substância do
contrato, por isso, a sua inexistência não é
capaz de gerar a invalidade contratual.
O Este documento serve para fundamentar o
pedido de indenização devida ao transportador
no caso do art. 745 e, para este fim, o STJ tem
se contentado apenas com a sua cópia, desde
que não haja dúvida quanto à sua emissão.
Traduz quebra de boa-fé objetiva quando
contiver informações falsas ou imprecisas.
Limitação da responsabilidade
do transportador de coisas
O O art. 750 limita a responsabilidade do
transportador em dois termos:
a) Valor da coisa constante do conhecimento de
transporte;
b) Tempo: enquanto durar o contrato de
transporte.
CRÍTICA: norma que traz restrições indevidas sob
a ótica do CDC, por isso, deveria ser afastada com
fundamento no art. 51.
Deveres do transportador –
transporte interrompido
O Art. 753: aproxima o transporte do depósito –
deveres de guarda e zelo.
O Caso a interrupção se torne longa poderá o
transportador devolver o bem, depositá-lo em
juízo ou vendê-lo, se perecível (753, §§1º, 2º e
3º)– observar razoabilidade e comunicação ao
remetente.
O A remuneração pelo depósito da coisa não será
devida se a interrupção ou impedimento se deu
por fato imputável ao transportador.
Prazo para denúncia de vício na
mercadoria transportada
O Art. 754:
a) Avaria perceptível: imediatamente no ato da
entrega;
b) Avaria não perceptível: 10 dias a contar da
entrega.