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TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS (TJDFT)

NOÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL CIVIL TÉCNICO JUDICIÁRIO


(TEORIA E EXERCÍCIOS)
AULA 7 - EXTRA
PROF: RICARDO GOMES

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS


(TJDFT)
Prezados Alunos!
Recebi vários e-mails perguntando a respeito dos assuntos
previstos no Edital do TJDFT para TÉCNICO JUDICIÁRIO: NOÇÕES DE
PROCESSUAL CIVIL.
A indagação principal restringe-se ao seguinte ponto: se os
assuntos LITISCONSÓRCIO E ASSISTÊNCIA, INTERVENÇÃO DE
TERCEIROS E COMPETÊNCIA estariam ou não abarcados no Edital.
O edital assim dispõe sobre a Matéria:
NOÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL CIVIL:
1 Jurisdição: conceito; modalidades; poderes; princípios e órgãos.
2 Ação: conceito; natureza jurídica; condições; classificação.
3 Sujeitos do processo: partes e procuradores; Juiz; Ministério Público, serventuários da
justiça, oficial de justiça (funções, deveres e responsabilidades).
4 Atos processuais.

Ressalto as seguintes considerações:


1. O Edital previu os assuntos Partes e Procuradores, que,
de fato, consiste no TÍTULO II do CPC, com todos os seus
respectivos capítulos. Nesse caso, não há como fugir de
estudarmos toda a matéria do Título II, incluindo
Litisconsórcio, Assistência e Intervenção de Terceiros.
Lógico que é mais provável o examinador cobrar apenas
Capacidade Processual, Deveres das Partes e dos
Procuradores, e Dos Procuradores. Contudo, pode sim
cobrar todos os demais assuntos.

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“O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre
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Já inseri no Curso 1 Aula EXTRA sobre tais assuntos.


2. Quanto ao assunto Serventuários da Justiça, se abarcaria
ou não o assunto Competência, o TÍTULO IV do CPC versa
especificamente acerca dos ÓRGÃOS JUDICIÁRIOS E DOS
AUXILIARES DA JUSTIÇA.
Um dos Capítulos do Título IV é Competência e outro é
Auxiliares da Justiça (Capítulo V). O Edital só especificou
acerca dos serventuários da justiça, que é uma Seção do
Capítulo V. Com isso, é pouco provável que o examinador
cobre o assunto Competências, posto não ter ligação
direta e necessária com nenhum item do Edital.
De todo modo, inseriremos uma Aula EXTRA sobre esse
assunto.

Desejo uma boa prova a todos vocês! Espero notícias da


aprovação de cada um pelo meu e-mail:
ricardogomes@pontodosconcursos.com.br
Espero que aproveitem e bons estudos a todos!
Prof. Ricardo Gomes
Por sua aprovação!
AVISOS:
• Para o concurso do TJDFT lançamos os seguintes Cursos:

• REGIMENTO INTERNO DO TJDFT, PROVIMENTO GERAL DA CORREGEDORIA


APLICADO AOS JUÍZES E OFÍCIOS JUDICIAIS, E ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA
DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS – TODOS OS CARGOS (TEORIA E
EXERCÍCIOS) – ISOLADO e PACOTE.

• DIREITO PROCESSUAL CIVIL PARA AJAJ – TEORIA E EXERCÍCIOS.

• NOÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL CIVIL PARA TÉCNICO – TEORIA E


EXERCÍCIOS.

Outros Cursos:

• REGIMENTO INTERNO DO CNJ;

• LEGISLAÇÃO ESPECIAL DO CNJ

• CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS SOBRE O BNDES;


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“O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre
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• DIREITO ELEITORAL PARA TRE/MG;

• Confiram também o Curso DIREITO ELEITORAL – REGULAR!!

Não percam esta oportunidade de praticarem e aperfeiçoarem ainda mais seus


conhecimentos!

QUADRO SINÓPTICO DA AULA:

1. COMPETÊNCIA.

Da Competência.

Conceito de Competência.
Professor, o que é Competência?
Como é estudado no assunto “Jurisdição”, uma das funções
estatais é exatamente a de prevenir as lides e compor os conflitos entre as
partes. O exercício desse Poder Jurisdicional deve ser especializado e dividido
para os diversos órgãos jurisdicionais (Juízes, Membros de Tribunais e
Tribunais). A divisão da jurisdição é o que se denomina de “Competência”.
A Competência é o limite da jurisdição, é a medida ou quantidade
de jurisdição de cada órgão jurisdicional. Em outros termos, a Competência é o
poder de exercer a jurisdição nos limites da lei.

Competência Internacional.
A competência internacional prevista no CPC tem por objetivo
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“O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre
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definir a aplicação da jurisdição brasileira e internacional (de outros países


soberanos) em determinados casos/fatos ocorridos no Brasil ou no Exterior,
que tenham repercussão ou efeitos em nosso país.
A Competência internacional é classificada em
concorrente/cumulativa com outros países ou exclusiva do Brasil.
A Competência poderá ser Concorrente ou Cumulativa com
outros países, hipóteses nas quais o Brasil poderá compor o conflito ou aceitar
a aplicação/efeito de sentença estrangeira em nosso país. Hipóteses legais de
Competência Concorrente/Cumulativa:

1. Réu domiciliado no Brasil – até mesmo se o réu for


estrangeiro (de outra nacionalidade, que não a brasileira),
mas sendo domiciliado no Brasil (possuir residência),
competirá também à autoridade judiciária Brasileira julgar
o processo em que for réu.
Atenção!
No caso de Pessoa Jurídica estrangeira, esta será
reputada como domiciliada no Brasil quando tiver agência,
filial ou sucursal em nosso país.
2. Quando tiver de ser cumprida a obrigação no Brasil –
mesmo que o contrato tenha sido pactuado no
estrangeiro, se a obrigação tiver de ser cumprida aqui,
competirá tanto à autoridade judiciária brasileira, quanto à
estrangeira;
3. O processo decorrer de fato ou ato praticado no Brasil
– Exemplo: divórcio no estrangeiro (fato ocorrido no
estrangeiro) de brasileiros casados no Brasil (ato inicial
praticado no Brasil).
Atenção!
Se o divórcio de brasileiro ocorrer no estrangeiro, determina
a Lei de Introdução ao Código Civil (LICC) que somente será
reconhecido após 1 ANO de sua exaração, salvo se decorrer
de separação judicial também por 1 ANO.

Lei de Introdução ao Código Civil


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“O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre
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Art. 12. É competente a autoridade judiciária brasileira, quando for


o réu domiciliado no Brasil ou aqui tiver de ser cumprida a
obrigação.
Art. 7
§ 6º O divórcio realizado no estrangeiro, se um ou ambos os
cônjuges forem brasileiros, só será reconhecido no Brasil depois de
1 (um) ano da data da sentença, salvo se houver sido antecedida
de separação judicial por igual prazo, caso em que a homologação
produzirá efeito imediato, obedecidas as condições estabelecidas
para a eficácia das sentenças estrangeiras no país. O Superior
Tribunal de Justiça, na forma de seu regimento interno, poderá
reexaminar, a requerimento do interessado, decisões já proferidas
em pedidos de homologação de sentenças estrangeiras de divórcio
de brasileiros, a fim de que passem a produzir todos os efeitos
legais. (Redação dada pela Lei nº 12.036, de 2009).

A Competência será exclusiva do Brasil nas hipóteses em que a


autoridade judiciária brasileira é a única competente para dirimir a lide
internacional, não sendo admissível ou reconhecível qualquer ato de
autoridade estrangeira. Nos casos, a sentença estrangeira não produzirá
qualquer efeito, não sendo passível de homologação perante o Magistrado
brasileiro.
São casos de Competência Exclusiva do Brasil:

a. Qualquer Ação relativa a IMÓVEIS situados no Brasil


– toda e qualquer ação que envolva imóveis localizados
no Brasil é julgada exclusivamente por autoridade
judiciária brasileira. Exemplo: ação de reintegração de
posse; ação de locação.
b. Proceder a inventário e partilha de bens, situados no
Brasil, mesmo que o autor da herança seja
estrangeiro e tenha residido fora do território
nacional.

LICC

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“O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre
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Art. 12
§ 1o Só à autoridade judiciária brasileira compete conhecer das
ações relativas a imóveis situados no Brasil.

Litispendência e Competência Internacional Concorrente.


A litispendência consiste na tramitação e vigência de outro
processo idêntico ao anteriormente ajuizado (2 ações/processos idênticos
tramitando ao mesmo tempo).
O CPC aduz que a identidade das ações/processos para fins de
caracterização da litispendência se dá quando as 2 ações têm as mesmas
partes, mesma causa de pedir e mesmo pedido.
Há litispendência entre 2 ações internacionais (1 no Brasil e outra
no estrangeiro)?
REGRA: NÃO, não há litispendência entre ações internacionais!
Exceção doutrinária: se a sentença estrangeira já tiver sido
homologada no Brasil, esta impede novo trâmite de processo perante a justiça
brasileira. Isso porque a sentença estrangeira homologada torna-se apta à
formação da coisa julgada no âmbito da justiça brasileira. Não se permite que
o processo tramitante na justiça brasileira seja extinto por conta da pendência
do outro ou que sejam os processos internacionais reunidos para julgamento
conjunto (por conexão).

CPC
Art. 90. A ação intentada perante tribunal estrangeiro não
induz litispendência, nem obsta a que a autoridade judiciária
brasileira conheça da mesma causa e das que Ihe são conexas.
Art. 301
§ 1o Verifica-se a litispendência ou a coisa julgada, quando se
reproduz ação anteriormente ajuizada. (Redação dada pela Lei nº
5.925, de 1973)
§ 2o Uma ação é idêntica à outra quando tem as mesmas partes, a
mesma causa de pedir e o mesmo pedido. (Redação dada pela Lei
nº 5.925, de 1973)
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§ 3o Há litispendência, quando se repete ação, que está em curso;


há coisa julgada, quando se repete ação que já foi decidida por
sentença, de que não caiba recurso. (Redação dada pela Lei nº
5.925, de 1973)

Exequatur pelo STJ.


Como já adiantamos, para a sentença estrangeira produzir efeitos
no Brasil é necessária a respectiva homologação e a concessão do
exequatur (determinação de que seja cumprida a sentença homologada –
“cumpra-se”) pelo STJ.
Sem a homologação e o exequatur, a sentença estrangeira não
tem validade e nem eficácia no ordenamento jurídico brasileiro. Com isso, o
ato judicial estrangeiro somente terá aptidão à coisa julgada após sua efetiva
homologação.

CF-88
Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:
I - processar e julgar, originariamente:
i) a homologação de sentenças estrangeiras e a concessão
de exequatur às cartas rogatórias; (Incluída pela Emenda
Constitucional nº 45, de 2004)

Competência Interna.
Quando for competente a Justiça brasileira para julgar determinada
matéria, seja de forma concorrente, seja de forma exclusiva, deve ser indicado
qual o órgão será o efetivamente competente para julgar o caso concreto
apresentado em juízo.
A Justiça brasileira é dividida em Justiça COMUM e ESPECIAL. A
Justiça COMUM é subdividida em Justiça Estadual e Federal, enquanto que a
Justiça ESPECIAL é formada pelos ramos especializados do Direito (Justiça do
Trabalho, Eleitoral ou Militar).
Resumo esquemático das Justiças brasileiras:

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“O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre
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JUSTIÇA ESTADUAL (Juízes de Direito, Tribunais de


Justiça – TJs - e STJ)

JUSTIÇA COMUM
JUSTIÇA FEDERAL (Juízes Federais, Tribunais
Regionais Federais – TRFs - e STJ)

JUSTIÇA DO TRABALHO (Juízes do Trabalho,


Tribunais Regionais do Trabalho – TRTs - e TST)

JUSTIÇA ELEITORAL (Juízes Eleitorais, Tribunais


JUSTIÇA ESPECIAL Regionais Eleitorais – TREs – e TSE)

JUSTIÇA MILITAR (Auditorias Militares, Tribunais de


Justiça Militar – TJM - e STM)

Critérios de Determinação da Competência.


Dentro da jurisdição interna do país, os critérios a seguir relatados
devem ser aplicados de forma isolada ou cumulativa para definição específica
do órgão judiciário competente para o julgamento da demanda.

1. Critério de HIERARQUIA ou FUNCIONAL – é aquele


relacionado às distribuições das funções de cada Magistrado
e/ou órgãos dos Tribunais ao longo do curso de um
processo.Trata-se de um critério de definição de competência
dentro do processo, no qual cada órgão jurisdicional fica
responsável por uma determinada fase do processo. Exemplo:
graus de jurisdição de 1ª e 2ª instâncias (o Juiz de 1º grau tem
a função de dirigir o processo até a emissão da Sentença; o
Tribunal julgará eventuais recursos de suas decisões); fases
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diversas do processo (fase de conhecimento, de execução,


cautelar), podem ser dirigidas por Juízes diversos.
A Competência de Hierarquia ou Funcional é definida pelas
normas constitucionais e legais acerca das atribuições dos
órgãos judiciários, em especial, as normas previstas nas Leis de
Organização Judiciária.
A Competência de Hierarquia ou Funcional é de caráter
Absoluto, não derrogável pela vontade das partes.

CPC
Art. 93. Regem a competência dos tribunais as normas da
Constituição da República e de organização judiciária. A
competência funcional dos juízes de primeiro grau é disciplinada
neste Código.

2. Critério TERRITORIAL ou de FORO – os órgãos jurisdicionais


exercem suas jurisdições nos limites dos respectivos territórios.
Segundo o Princípio da Aderência, o exercício da jurisdição é
vinculado a determinado território (a jurisdição adere ao
território).
O Foro é a delimitação territorial específica onde o órgão
jurisdicional exercerá sua jurisdição (Ex: Juiz de Direito exerce
em sua respectiva Comarca; o TJ do Estado exerce em todo o
território estadual).
O Foro na Justiça Estadual é chamado de Comarca e na
Justiça Federal denomina-se de Seção Judiciária.
Em regra, a Competência Territorial ou de Foro é Relativa,
sendo derrogável por vontade das partes, salvo os casos
específicos de competência absoluta.

REGRA: a Competência territorial das ações será fixada pelo


domicílio do RÉU. Esta é a regra aplicada para as ações
pessoais (que veiculam direitos pessoais. Ex: contrato de
prestação de serviços entre 2 partes) e às ações reais
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“O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre
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mobiliárias, que versam sobre bens Móveis (Ex: avião,


automóvel, animais).
Portanto, as Ações Pessoais e as Ações Reais Mobiliárias
devem ser propostas no domicílio do RÉU.
Disposições acerca do domicílio do Réu:
Se o Réu possuir 2 ou + domicílios, poderá ser
demandado em qualquer deles. Exemplo: réu reside em 2
cidades diversas e o contrato foi celebrado em outra
cidade; neste caso o autor poderá demandar em qualquer
dos 2 domicílios.
Na hipótese do domicílio ser incerto ou desconhecido, o
autor terá 2 opções:
o 1) demandar o réu onde este for encontrado;
o 2) demandar no foro do domicílio do próprio
autor.
Na hipótese do Réu não possuir domicílio e nem residência
aqui no Brasil, a ação deverá ser proposta no foro do
domicílio do autor. Mas, se o autor também não possuir
domicílio no Brasil? Ai a Ação poderá ser proposta em
qualquer foro.
Portanto, caso o Réu não tenha domicílio no Brasil, a ação
deverá ser proposta no domicílio do autor; caso este
também não resida no Brasil, a ação poderá ser proposta
em qualquer foro do país, ok?
Em caso de Litisconsórcio Passivo (2 ou + RÉUS) no
mesmo processo, mas com domicílios diversos, estes
serão demandados no foro de qualquer deles, à escolha
do autor (faculdade do autor).

A regra é que a ação será proposta no domicílio do RÉU. No


entanto, a lei estabelece diversos outros foros especiais, a
seguir listados:
1) Foro do IMÓVEL nas Ações Reais Imobiliárias
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(que versem sobre imóveis) – Este é o chamado foro da


situação da coisa (foro rei sitae).
Este foro será aplicável apenas quando houver violação de
um direito real. Caso seja a discussão de um direito
pessoal vinculado ao imóvel (ex: contrato de aluguel), a
ação não será real imobiliária, mas pessoal imobiliária, o
que afasta a necessidade de demandar no foro da situação
da coisa.
Nesse sentido, o próprio CPC informa que o autor poderá
optar entre o Foro do domicílio do RÉU ou o
previamente eleito em contrato quando o conflito judicial
NÃO envolver direito de propriedade, posse do imóvel,
regras sobre vizinhança, divisão e demarcação de terras,
servidão e nunciação de obra nova.
Se recair sobre estes direitos, o único foro será o da
situação do imóvel. Isso porque o foro da situação do
imóvel é de competência absoluta quando envolver
direito real imobiliário! Se envolver direito pessoal
imobiliário, será caso de competência relativa (opção do
autor entre o domicílio do réu ou o de eleição).
O que estudamos acima é um caso excepcional de
competência territorial absoluta!

2) Foro de Sucessão – em regra, o foro competente para


conhecer do processo envolvendo direitos hereditários é
do domicílio do autor da herança. Todos os processos de
inventário, partilha, arrecadação de bens, cumprimento de
disposições de última vontade e de todas as ações em que
o espólio (conjunto de bens da herança) for réu,
tramitarão no domicílio do autor da herança, inclusive se o
óbito ocorrer em país estrangeiro. Não importa onde o
óbito tenha ocorrido, se no Brasil ou no exterior, em todo
caso, a regra é que o processo tramite no domicílio do
autor da herança.

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Esta é hipótese de competência relativa. Se o espólio for


réu em processo que discuta direito real imobiliário (de
competência absoluta), o foro será o da situação da coisa
e não do domicílio do autor da herança.
Exceções ao Foro de Sucessão quando o autor da
herança não possui domicílio certo:

o Se o autor da herança não possuir domicílio certo


e os bens estiverem em uma única localidade, a
competência para tramitação do processo
envolvendo direitos hereditários será do domicílio da
situação dos bens.
o Se o autor da herança não possuir domicílio certo,
e os bens estiverem em lugares diversos
(espalhados em diversas localidades), a
competência para julgamento do processo será do
lugar em que ocorreu o óbito;

3) Foro nas Ações contra Ausente – quando a pessoa for


considerada ausente, por ter desaparecido sem dar notícia
e sem deixar representante ou procurador, nos termos do
art. 22 do CC-02, o foro competente para eventuais ações
em que for RÉU, será do seu último domicílio.
O foro do último domicílio do ausente será também
competente para arrecadação, inventário, partilha e
cumprimento de disposições testamentárias.

4) Foro do INCAPAZ – o domicílio do absoluta ou


relativamente incapaz é o do seu representante ou
assistente;

CPC
Art. 98. A ação em que o incapaz for réu se processará no foro do
domicílio de seu representante.

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CC-02
Art. 76. Têm domicílio necessário o incapaz, o servidor público,
o militar, o marítimo e o preso.
Parágrafo único. O domicílio do incapaz é o do seu
representante ou assistente; o do servidor público, o lugar em
que exercer permanentemente suas funções; o do militar, onde
servir, e, sendo da Marinha ou da Aeronáutica, a sede do comando
a que se encontrar imediatamente subordinado; o do marítimo,
onde o navio estiver matriculado; e o do preso, o lugar em que
cumprir a sentença.

5) Foro das Ações em que for parte a UNIÃO – a


competência dependerá se a União é Autora ou RÉ no
processo:
o quando a União for Autora, a competência será da
Seção Judiciária do domicílio do Réu (da outra
parte).
o Quando a União for RÉU, a competência será
concorrente entre as seções judiciárias do domicílio
do autor, de onde ocorreu o ato ou fato, de
onde esteja situada a coisa ou também no
Distrito Federal.
Em caso de virem a existir novamente os Territórios
Federais, o foro para ações em que for parte será o de
sua respectiva Capital.
A previsão do CPC nesse ponto está desatualizada,
aplicando-se o disposto no art. 109, §§ 1º e 2º, da CF-
88.
Em todo caso, envolvendo a União e todos os entes
federais (Autarquias, Empresas Públicas, Fundações
Públicas), salvo as sociedades de economia mista, a
competência será sempre da Justiça Federal e não da
Justiça Estadual, conforme previsões do art. 109, da

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CF-88.

CF-88
Art. 109
§ 1º - As causas em que a União for autora serão aforadas na
seção judiciária onde tiver domicílio a outra parte.
§ 2º - As causas intentadas contra a União poderão ser aforadas na
seção judiciária em que for domiciliado o autor, naquela onde
houver ocorrido o ato ou fato que deu origem à demanda ou onde
esteja situada a coisa, ou, ainda, no Distrito Federal.

6) Foros Especiais diversos:


o Foro da MULHER – é competente o foro da
residência da mulher, para a ação de separação dos
cônjuges e a conversão desta em divórcio, e para a
anulação de casamento;
o Foro do Alimentando – nas ações em que se pedem
alimentos, será o foro do domicílio do alimentando
(o peticionante);
o Foro do Devedor – no caso de ação de anulação de
títulos extraviados ou destruídos;
o Foro das Pessoas Jurídicas – dada complexidade das
atividades das pessoas jurídicas, o foro para ser
demandada será:
A. Do lugar de sua SEDE, quando for RÉ da ação;
B. Do lugar de sua agência ou sucursal, quanto às
obrigações que ela contraiu;
C. Do lugar onde exerce a sua atividade principal,
para a ação em que for RÉ a Sociedade de Fato (a
sociedade, que ainda não possui formalmente
personalidade jurídica – sociedade irregular ainda
não registrada);

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o Foro para cumprimento das obrigações – será


competente o foro do lugar onde a obrigação deve ser
cumprida para a ação em que foi-lhe exigido o seu
cumprimento.
o Foro de reparação de danos – será o do lugar do ato
ou fato. No entanto, se houver delito (prática de
crime) ou for caso de acidente de veículos, a
competência concorrente entre o foro do domicílio do
AUTOR e do local do fato.
o Foro do Administrador ou Gestor de Negócios
quando for Réu - será o do lugar do ato ou fato.

3. Critério OBJETIVO – por este critério amplo a competência é


também distribuída em razão outros 3 (três) critérios
específicos:
a. Matéria – diante da multiplicidade de assuntos e matérias
diversas que são apresentadas ao Poder Judiciário,
mostrou-se necessária a criação de diversas linhas de
atuação especializadas, para melhor prestação
jurisdicional. Por isso, foram criadas as Justiças
Especializadas (Eleitoral, Trabalhista e Militar) e são
especializados os diversos juízos e órgãos de Tribunais
(Ex: Varas Criminais, Cíveis; Turmas Cíveis e Criminais
nos Tribunais, etc). Este é um critério de natureza
absoluta, até porque não há como a Justiça do Trabalho
julgar questão Militar, não é verdade?
b. Pessoa – hipóteses de prerrogativa de foro (denominado
de “Foro por Prerrogativa de Função”), elencadas nas
Constituições Federal e Estaduais, bem como nas diversas
legislações esparsas. A prerrogativa não é pessoal, mas
para o cargo que ocupem. São casos de competência
absoluta, dado o interesse público envolvido.
c. Valor da Causa – critério econômico para determinação
da competência, que podem ser definidos pelas Normas
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de Organização Judiciária ou pela legislação federal. Um


exemplo é a Lei nº 9.099/95, que estabeleceu como
competência dos Juizados Especiais o julgamento de
causas de até 40 Salários Mínimos.

O CPC prevê que competirá, com exclusividade de Jurisdição, a um


Juiz de Direito (Juiz da Justiça Comum Estadual de 1ª Instância), processar e
julgar:

a) o processo de insolvência (falência);


b) as ações concernentes ao estado (questões de família:
casamento, divórcio, separação) e à capacidade da pessoa.

Perpetuação da Jurisdição (Perpetuatio Jurisdictionis).


A competência é fixada com a propositura da ação em juízo. Com
isso, não tem qualquer relevâncias modificações do estado de fato ou de
direito que venham a ocorrer posteriormente. Nesse sentido, quando for
conhecido o processo pelo Juiz, este será o competente de forma “perpétua”
para julgar a demanda. Nesse sentido, por exemplo, pouco importa se a ação
foi proposta na cidade “X”, que era o domicílio do réu, e este veio a se mudar
no decorrer do processo. O Juiz continua como competente, apesar desta
mudança fática.
Quando for definida a competência, permanece até o julgamento
final, com o objetivo legal de impedir que posteriores modificações depois da
propositura da ação possam influir na decisão do magistrado competente.
O que vimos logo acima é a regra, que tem exceções. Será possível
modificar a competência, mesmo já conhecido a ação quando decorrer da
observância de critérios de competência absoluta. O CPC informa que será
possível a modificação da competência por supressão do órgão jurisdicional
(Ex: extinção de uma determinada Vara ou da Comarca) ou por alteração
posterior de competência em razão da matéria ou da hierarquia. Na realidade,
qualquer modificação decorrente de critérios de competência absoluta (em
razão da matéria, funcional e pessoal) flexibilizará a perpetuação da
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“O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre
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jurisdição.

CPC
Art. 87. Determina-se a competência no momento em que a
ação é proposta. São irrelevantes as modificações do estado de
fato ou de direito ocorridas posteriormente, salvo quando
suprimirem o órgão judiciário ou alterarem a competência em
razão da matéria ou da hierarquia (competência absoluta).

Conexão e Continência.
A Conexão é a relação existente entre 2 ou + ações que impõe o
seu julgamento conjunto, para que sejam evitados julgados conflitantes,
envolvendo a mesma matéria.
A Conexão determina a competência para julgamento da ação,
podendo, inclusive, modificá-la após o seu ajuizamento. Por isso que se houver
conexão ou continência, o juiz, de ofício ou a requerimento de qualquer das
partes, pode ordenar a reunião de ações propostas em separado, a fim de que
sejam decididas simultaneamente.
Para que reste configurada a Conexão entre as ações, será
necessário que entre elas coincidam 2 (dois) pontos básicos: causa de pedir
e pedido (objeto).
A Conexão tem o condão de prorrogar a competência, isto é,
de permitir que um Juiz inicialmente incompetente passe a ser efetivamente
competente. A prorrogação ou modificação de competência é o fenômeno
processual de atribuir competência a um juiz que não era originariamente
competente.
Somente ocorrerá a prorrogação da competência nos casos de
competência relativa, que são definidas pelo mero interesse privado,
especialmente nos casos de competência territorial e em razão do valor
da causa. Neste casos, a competência poderá ser posteriormente prorrogada
(modificada).
Vale ressaltar que as partes poderão modificar os casos de
competência relativa, mas deverão fazê-lo por meio de contrato escrito e com
especificação a determinado negócio jurídico (Ex: determinado contrato). Este
foro contratual (foro por eleição entre as partes) obriga os seus
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“O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre
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herdeiros e sucessores.
De outro lado, não será possível modificar/prorrogar a competência
absoluta (competência funcional/hierarquia, em razão da matéria e da
pessoa), dado o interesse público em sua determinação.
Em resumo: a competência poderá ser prorrogável se for
relativa; não será possível nos casos de competência absoluta.

CPC
Art. 111. A competência em razão da matéria e da hierarquia é
inderrogável por convenção das partes; mas estas podem modificar
a competência em razão do valor e do território, elegendo foro
onde serão propostas as ações oriundas de direitos e obrigações.
§ 1o O acordo, porém, só produz efeito, quando constar de
contrato escrito e aludir expressamente a determinado negócio
jurídico.
§ 2o O foro contratual obriga os herdeiros e sucessores das
partes.

A Continência ocorre quando em 2 ou + ações há identidade de


partes e causa de pedir, mas o pedido (objeto) de uma é maior ou
abrange o da outra. Para decorar continência: uma ação está contida na outra.
A Continência é uma forma especial e qualificada de conexão,
pois não é só a mesma causa de pedir, mas também porque há identidade
quanto às pessoas e o objeto de uma ação é maior do que as outras.

Prevenção.
Se for caso de Conexão ou Continência de ações, será necessário
definir qual será o Juízo competente para julgar todas elas de forma conjunta.
O critério utilizado será o da Prevenção do Juiz.
Se as ações conexas forem da mesma competência territorial (ex:
mesma Comarca ou Seção Judiciária), será considerado prevento o
magistrado que despachou em 1º lugar. Caso sejam de competência
territorial diversas (distintas Comarcas ou Seções Judiciárias), será
considerado prevento aquele que realizar a citação.

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“O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre
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CPC
Art. 106. Correndo em separado ações conexas perante juízes que
têm a mesma competência territorial, considera-se prevento
aquele que despachou em primeiro lugar.
Art. 219. A citação válida torna prevento o juízo, induz
litispendência e faz litigiosa a coisa; e, ainda quando ordenada por
juiz incompetente, constitui em mora o devedor e interrompe a
prescrição.

A prevenção também funciona como critério de modificação de


competência nos casos de ações acerca de imóvel situado em + de 1 Estado
ou Comarca (ex: Fazendas enormes que figuram em + de 1 município). Para
ações envolvendo esses imóveis, a competência abrangerá todo o imóvel e
será competente o Juiz prevento, segundo os critérios acima estudados.

Ação Acessória e Principal.


Por ser dependente da ação principal, a ação acessória deverá
ser proposta perante o Juiz da principal. Por exemplo, ocorre com a ação
cautelar, ação anulatória, embargos à execução, que têm total dependência da
ação principal. Neste caso, a distribuição da ação acessória será realizada por
dependência para com a ação principal.
Com isso, o CPC informa que o Juiz da causa principal é também
competente para a reconvenção, a ação declaratória incidente, as ações de
garantia e outras que respeitam ao terceiro interveniente.
Este é um caso de competência funcional/hierarquia (absoluta).

Suspensão do processo por fato delituoso.


É possível que seja suspenso o processo cível se seu exame
depender de verificação da efetiva ocorrência de crime (fato delituoso) no juízo
criminal. Isso poderá ocorrer quando a questão criminal for prejudicial para o
juízo cível (gerar dependência entre as duas ações).
Neste caso, o Juiz Cível poderá determinar o sobrestamento do
feito até a decisão final na esfera Criminal. No entanto, se a ação penal não
for proposta em até 30 DIAS, os efeitos da suspensão serão cessados e o
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juiz cível deverá decidir acerca da questão prejudicial ainda não ultimada no
juízo criminal.

Declaração de Incompetência.
Enquanto que a incompetência absoluta do Juiz deve ser
reconhecida de ofício pelo próprio Magistrado, a incompetência relativa só
pode ser argüida pelo RÉU e por meio de Exceção de incompetência. O Juiz
não pode levantar sua própria incompetência relativa, apenas a absoluta.
A incompetência relativa só pode ser argüida pelo Réu porque o
autor é quem escolhe o juízo territorialmente competente (ele não pode
posteriormente “achar” que o Juiz é incompetente relativamente). Caso o Réu
não alegue a eventual incompetência relativa do Juiz (Ex: em vez de ter sido
ajuizada a ação no domicílio do réu, foi no domicílio do autor), o juiz
relativamente incompetente tem sua competência prorrogada, passando a
ser competente para julgar a matéria e perpetuando a jurisdição.
O réu deve suscitar a Exceção de Incompetência relativa no prazo
da Contestação, sob pena de preclusão. Já a argüição da incompetência
absoluta poderá ser apresentada em qualquer momento do processo,
especialmente nas preliminares da Contestação, mas não poderá ser
apresentada na exceção de incompetência, que é exclusiva de incompetência
relativa.
Apesar de estar autorizado a alegar a qualquer tempo a
incompetência absoluta, caso a parte não a alegue nas preliminares da
Contestação ou na 1ª oportunidade que falar nos autos, responderá
integralmente pelas custas.
Após a declaração da incompetência absoluta para julgamento da
ação, serão anulados apenas os atos decisórios, sendo remetidos os autos do
processo aos juiz competente.
Os contratos de adesão, especialmente aqueles que envolvem o
consumidor e fornecedores de massa, podem prever a chamada cláusula de
eleição de foro. Estas cláusulas, quase sempre, impõem à parte hiposuficiente
o ônus de só poderem demandar em juízo apenas na cidade sede da empresa,
o que pode impossibilitar o seu acesso à justiça. Com isso, o CPC prevê regra
de que o Juiz pode declarar de ofício a nulidade da cláusula de eleição de
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foro em contrato de adesão, devendo declinar de competência para o juízo de


domicílio do réu.

CPC
Art. 113. A incompetência absoluta deve ser declarada de ofício
e pode ser alegada, em qualquer tempo e grau de jurisdição,
independentemente de exceção.
§ 1o Não sendo, porém, deduzida no prazo da contestação, ou na
primeira oportunidade em que Ihe couber falar nos autos, a parte
responderá integralmente pelas custas.
§ 2o Declarada a incompetência absoluta, somente os atos
decisórios serão nulos, remetendo-se os autos ao juiz
competente.
Art. 114. Prorrogar-se-á a competência se dela o juiz não declinar
na forma do parágrafo único do art. 112 desta Lei ou o réu não
opuser exceção declinatória nos casos e prazos legais.

Conflito de Competência.
Os Conflitos de competência são conflitos na atividade
jurisdicional de magistrados, que podem ser positivos (ambos declaram-se
competentes) ou negativos (ambos declaram-se não competentes), bem
como quando entre 2 ou + juízes surge controvérsia acerca da reunião ou
separação de processos.
O conflito poderá ser suscitado pelo Juiz, por ofício ao Tribunal, ou
pela parte ou MP, por petição escrita com a prova do conflito. São legitimados
para julgarem o conflito de competência:

a) as Partes;
b) o Ministério Público – quando não suscitar, sempre será
ouvido nos conflitos de competência (MP como custus legis –
fiscal da lei).
c) o Juiz.

Por lógica, se a parte já ofereceu exceção de incompetência não


poderá suscitar o conflito de competência, pois já manifestou sua posição
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acerca da competência dos órgãos jurisdicionais envolvidos. No entanto, na


situação oposta, mesmo que já tenha sido instaurado o conflito de
competência, será plenamente possível à parte oferecer exceção de
incompetência.
Em regra, o Conflito de Competência será distribuído a um
Membro Relator, que poderá determinar o sobrestamento do processo se o
conflito for positivo, até que seja definida especificamente a competência do
Magistrado. Tanto na hipótese do conflito ser positivo quanto ser negativo, o
Relator deverá designar um Juiz para a adoção de medidas urgentes de
caráter provisório.
A regra é que o próprio Tribunal julgue o conflito de competências,
por meio de suas Turmas ou Câmaras. No entanto, a legislação autoriza ao
próprio Relator julgar o conflito monocraticamente e de plano (de imediato)
quando houver jurisprudência dominante do tribunal sobre a questão
suscitada. Desta decisão, caberá AGRAVO interno no prazo de 5 DIAS.
Regras gerais acerca do Conflito de Competências:
a) Após o prazo dos Juízes em conflito prestarem informações, o
MP será ouvido em 5 DIAS; depois, o Relator apresentará o
conflito em sessão de julgamento.
b) Na decisão do conflito o Tribunal deve declarar qual o juiz é o
competente, pronunciando-se também sobre a validade dos
atos do juiz incompetente, encaminhando os autos do
processo em que se manifestou o conflito ao juiz declarado
competente.
c) Os regimentos internos dos tribunais regularão o processo e
julgamento do conflito de atribuições entre autoridade
judiciária e autoridade administrativa.

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EXERCÍCIOS COMENTADOS

QUESTÃO 211: TRE - AP - Analista Judiciário – Judiciária [FCC] -


05/06/2011.
Poderá modificar-se pela conexão ou continência a competência em razão
a) da matéria e da hierarquia.
b) do valor, apenas.
c) do valor e do território.
d) da hierarquia, apenas.
e) da matéria, apenas.

COMENTÁRIOS:
Estudamos que somente ocorrerá a prorrogação da competência
nos casos de competência relativa, que são definidas pelo mero interesse
privado, especialmente nos casos de competência territorial e em razão do
valor da causa. Neste casos, a competência poderá ser posteriormente
prorrogada (modificada).
De outro lado, não será possível modificar/prorrogar a competência
absoluta (competência funcional/hierarquia, em razão da matéria e da
pessoa), dado o interesse público em sua determinação.
Em resumo: a competência poderá ser prorrogável se for
relativa; não será possível nos casos de competência absoluta.

CPC
Art. 111. A competência em razão da matéria e da hierarquia é
inderrogável por convenção das partes; mas estas podem modificar
a competência em razão do valor e do território, elegendo foro
onde serão propostas as ações oriundas de direitos e obrigações.

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RESPOSTA CERTA: C

QUESTÃO 212: TRT 23ª - Analista Judiciário – Judiciária [FCC] -


15/05/2011.
João e José são domiciliados na cidade de São Paulo, mas são proprietários de
lotes vizinhos num condomínio de praia na Comarca de Ubatuba. João
construiu um muro na divisa do seu lote e bloqueou o acesso da servidão de
passagem através da qual José tinha acesso à via pública. José ajuizou ação
para liberação da servidão na comarca de São Paulo, ação esta que João
contestou, aceitando, por conveniência, o foro, deixando de opor exceção de
incompetência, no prazo legal, apesar do art. 95 do CPC dispor que nas ações
fundadas em direito real sobre imóveis é competente o foro da situação da
coisa. Nesse caso,
a) haverá prorrogação da competência porque o réu aceitou o foro e não opôs
exceção de incompetência no prazo legal.
b) haverá prorrogação da competência, pois a lei permite ao autor optar pelo
foro do domicílio do réu.
c) não há possibilidade de prorrogação da competência, por tratar-se de ação
relativa a servidão de passagem.
d) só poderá haver prorrogação da competência se o foro da comarca de São
Paulo tiver sido eleito pelas partes em contrato.
e) haverá prorrogação da competência porque tanto o autor, como o réu são
domiciliados da mesma cidade.

COMENTÁRIOS:
O caso trata de caso de servidão, envolvendo direito real imobiliário.
Foro do IMÓVEL nas Ações Reais Imobiliárias (que versem sobre imóveis)
– Este é o chamado foro da situação da coisa (foro rei sitae).
Este foro será aplicável apenas quando houver violação de um direito real.
Caso seja a discussão de um direito pessoal vinculado ao imóvel (ex: contrato
de aluguel), a ação não será real imobiliária, mas pessoal imobiliária, o que
afasta a necessidade de demandar no foro da situação da coisa.
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Nesse sentido, o próprio CPC informa que o autor poderá optar entre o Foro
do domicílio do RÉU ou o previamente eleito em contrato quando o conflito
judicial NÃO envolver direito de propriedade, posse do imóvel, regras sobre
vizinhança, divisão e demarcação de terras, servidão e nunciação de obra
nova.
Se recair sobre estes direitos, o único foro será o da situação do imóvel. Isso
porque o foro da situação do imóvel é de competência absoluta quando
envolver direito real imobiliário! Se envolver direito pessoal imobiliário,
será caso de competência relativa (opção do autor entre o domicílio do réu ou
o de eleição).
Como é caso de servidão, a competência territorial é absoluta, não cabendo
prorrogação.

RESPOSTA CERTA: C

QUESTÃO 213: PGE - RO - Procurador do Estado Substituto [FCC] -


01/05/2011.
Sobre a competência, de acordo com o que estabelece o Código de Processo
Civil, analise as seguintes assertivas:
I. A competência em razão da hierarquia é inderrogável por convenção das
partes; mas estas podem modificar a competência em razão do valor, da
matéria e do território, elegendo foro onde serão propostas as ações oriundas
de direitos e obrigações.
II. Havendo jurisprudência dominante do tribunal sobre a questão suscitada, o
relator poderá decidir de plano o conflito de competência, cabendo agravo, no
prazo de cinco dias, contado da intimação da decisão às partes, para o órgão
recursal competente.
III. Não arguindo a parte a incompetência absoluta na contestação ou na
primeira oportunidade que lhe couber falar nos autos, responde integralmente
pelas custas processuais.
IV. Correndo em separado ações conexas perante juízos que tem a mesma
competência territorial, considera- se prevento aquele perante o qual a
primeira demanda foi distribuída.
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Está correto SOMENTE o que se afirma em


a) I e II.
b) I e IV.
c) II e III.
d) I, II e III.
e) II, III e IV.

COMENTÁRIOS:
Item I – errado. Somente ocorrerá a prorrogação da competência nos casos de
competência relativa, que são definidas pelo mero interesse privado,
especialmente nos casos de competência territorial e em razão do valor
da causa. Neste casos, a competência poderá ser posteriormente prorrogada
(modificada).
De outro lado, não será possível modificar/prorrogar a competência
absoluta (competência funcional/hierarquia, em razão da matéria e da
pessoa), dado o interesse público em sua determinação.
A competência em razão da matéria é também inderrogável pela
vontade das partes, portanto o item está errado.

CPC
Art. 111. A competência em razão da matéria e da hierarquia é
inderrogável por convenção das partes; mas estas podem modificar
a competência em razão do valor e do território, elegendo foro
onde serão propostas as ações oriundas de direitos e obrigações.

Item II – correto. A regra é que o próprio Tribunal julgue o conflito de


competências, por meio de suas Turmas ou Câmaras. No entanto, a legislação
autoriza ao próprio Relator julgar o conflito monocraticamente e de plano (de
imediato) quando houver jurisprudência dominante do tribunal sobre a
questão suscitada. Desta decisão, caberá AGRAVO interno no prazo de 5
DIAS.

CPC
Art. 120

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Parágrafo único. Havendo jurisprudência dominante do tribunal


sobre a questão suscitada, o relator poderá decidir de plano o
conflito de competência, cabendo agravo, no prazo de cinco dias,
contado da intimação da decisão às partes, para o órgão recursal
competente. (Incluído pela Lei nº 9.756, de 1998)

Item III – correto. Apesar de estar autorizado a alegar a qualquer tempo a


incompetência absoluta, caso a parte não a alegue nas preliminares da
Contestação ou na 1ª oportunidade que falar nos autos, responderá
integralmente pelas custas.

CPC
Art. 113. A incompetência absoluta deve ser declarada de ofício
e pode ser alegada, em qualquer tempo e grau de jurisdição,
independentemente de exceção.
§ 1o Não sendo, porém, deduzida no prazo da contestação, ou na
primeira oportunidade em que Ihe couber falar nos autos, a parte
responderá integralmente pelas custas.

Item IV – errado. Se as ações conexas forem da mesma competência


territorial (ex: mesma Comarca ou Seção Judiciária), será considerado
prevento o magistrado que despachou em 1º lugar. Caso sejam de
competência territorial diversas (distintas Comarcas ou Seções Judiciárias),
será considerado prevento aquele que realizar a citação.

CPC
Art. 106. Correndo em separado ações conexas perante juízes que
têm a mesma competência territorial, considera-se prevento
aquele que despachou em primeiro lugar.
Art. 219. A citação válida torna prevento o juízo, induz
litispendência e faz litigiosa a coisa; e, ainda quando ordenada por
juiz incompetente, constitui em mora o devedor e interrompe a
prescrição.

RESPOSTA CERTA: C

QUESTÃO 214: TJ - PE - Juiz Substituto [FCC] - 27/03/2011


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(ADAPTADA).
Quanto à competência, é correto afirmar:
a) Argúi-se por meio de exceção a incompetência absoluta.
b) Não pode suscitar conflito a parte que, no processo, ofereceu exceção de
incompetência.
c) Em razão da matéria e da hierarquia, a competência é derrogável pela
convenção das partes.
d) O foro contratual é personalíssimo, não obrigando os herdeiros e sucessores
das partes.

COMENTÁRIOS:
Item A – errado. Enquanto que a incompetência absoluta do Juiz deve ser
reconhecida de ofício pelo próprio Magistrado, a incompetência relativa só
pode ser argüida pelo RÉU e por meio de Exceção de incompetência.
A argüição da incompetência absoluta poderá ser apresentada em qualquer
momento do processo, especialmente nas preliminares da Contestação,
mas não poderá ser apresentada na exceção de incompetência, que é
exclusiva de incompetência relativa.

CPC
Art. 113. A incompetência absoluta deve ser declarada de ofício
e pode ser alegada, em qualquer tempo e grau de jurisdição,
independentemente de exceção.

Item B – correto. Se a parte já ofereceu exceção de incompetência não


poderá suscitar o conflito de competência, pois já manifestou sua posição
acerca da competência dos órgãos jurisdicionais envolvidos.

CPC
Art. 117. Não pode suscitar conflito a parte que, no processo,
ofereceu exceção de incompetência.

Item C – errado. Ao contrário, são não derrogáveis!


Item D – errado. O foro contratual (foro por eleição entre as partes) obriga
os seus herdeiros e sucessores.
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CPC
Art. 111.
§ 2o O foro contratual obriga os herdeiros e sucessores das
partes.

RESPOSTA CERTA: B

QUESTÃO 215: TRE - TO - Analista Judiciário – Judiciária [FCC] -


20/02/2011.
O conflito de competência
a) não obsta que a parte, que o não suscitou, ofereça exceção declinatória do
foro.
b) não pode ser suscitado pelo Ministério Público, tratando- se de ato exclusivo
das partes e do juiz, devendo, entretanto este ser ouvido em todos os
conflitos.
c) pode ser suscitado pela parte que ofereceu exceção de incompetência.
d) poderá ser decidido de plano pelo relator em qualquer hipótese, cabendo
agravo no prazo de dez dias para o órgão recursal competente.
e) será suscitado pela parte através de ofício dirigido ao presidente do Tribunal
competente.

COMENTÁRIOS:
Item A – correto. Mesmo se já tiver sido instaurado o conflito de competência,
será plenamente possível à parte oferecer exceção de incompetência.

CPC
Art. 117
Parágrafo único. O conflito de competência não obsta, porém, a
que a parte, que o não suscitou, ofereça exceção declinatória do
foro.

Item B – errado.
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O conflito poderá ser suscitado pelo Juiz, por ofício ao Tribunal, ou


pela parte ou MP, por petição escrita com a prova do conflito. São legitimados
para julgarem o conflito de competência:

a) as Partes;
b) o Ministério Público – quando não suscitar, sempre será
ouvido nos conflitos de competência (MP como custus legis –
fiscal da lei).
c) o Juiz.

Item C – errado. Se a parte já ofereceu exceção de incompetência não


poderá suscitar o conflito de competência, pois já manifestou sua posição
acerca da competência dos órgãos jurisdicionais envolvidos.

CPC
Art. 117. Não pode suscitar conflito a parte que, no processo,
ofereceu exceção de incompetência.

Item D – errado. A regra é que o próprio Tribunal julgue o conflito de


competências, por meio de suas Turmas ou Câmaras. No entanto, a legislação
autoriza ao próprio Relator julgar o conflito monocraticamente e de plano (de
imediato) quando houver jurisprudência dominante do tribunal sobre a
questão suscitada. Desta decisão, caberá AGRAVO interno no prazo de 5
DIAS.
Item E – errado. O conflito poderá ser suscitado pelo Juiz, por ofício ao
Tribunal, ou pela parte ou MP, por petição escrita com a prova do conflito.

CPC
Art. 118. O conflito será suscitado ao presidente do tribunal:
I - pelo juiz, por ofício;
II - pela parte e pelo Ministério Público, por petição.

RESPOSTA CERTA: A

QUESTÃO 216: TRT 8ª - Analista Judiciário – Judiciário [FCC] -


24/10/2010.
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(TEORIA E EXERCÍCIOS)
AULA 7 - EXTRA
PROF: RICARDO GOMES

Uma empresa alugou um imóvel para uma autarquia federal e, no contrato de


locação, as partes elegeram o foro da Justiça Estadual da cidade de Goiânia
para dirimir todas as questões a ele relativas. Após o vencimento do contrato,
a empresa ajuizou ação de cobrança de aluguéis distribuída a uma das Varas
Cíveis da Justiça Estadual de Goiânia. Em tal situação, o juiz
a) deverá ouvir o Ministério Público Federal e poderá processar e julgar a ação
se este não arguir a incompetência.
b) poderá processar e julgar a ação em razão da competência decorrente do
foro contratual.
c) só poderá processar e julgar a ação se a autarquia federal não arguir a
incompetência no prazo da contestação.
d) só poderá processar e julgar a ação se a autarquia federal não arguir a
incompetência até a
sentença.
e) deverá declarar-se incompetente de ofício e ordenar a remessa dos autos à
Justiça Federal.

COMENTÁRIOS:
Envolvendo a União e todos os entes federais (Autarquias, Empresas
Públicas, Fundações Públicas), salvo as sociedades de economia mista, a
competência será sempre da Justiça Federal e não da Justiça Estadual,
conforme previsões do art. 109, da CF-88.
Com isso, o Juiz deve declarar-se absolutamente incompetente e ordenar a
remessa à Justiça competente, que é a Justiça Federal.

RESPOSTA CERTA: E

QUESTÃO 217: TRT 8ª - Analista Judiciário - Execução de Mandados


[FCC] - 24/10/2010.
A respeito das modificações de competência, considere:
I. Reputam-se conexas duas ou mais ações, quando lhes for comum o
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“O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre
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objeto ou a causa de pedir.


II. Dá-se a continência entre duas ou mais ações sempre que há identidade
entre as partes e a causa de pedir, mas o objeto de uma, por ser mais amplo,
abrange o das outras.
III. A conexão não determina a reunião dos processos, se um deles já foi
julgado.
IV. A competência em razão da matéria poderá modificar-se pela conexão ou
continência.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I, II e III.
b) I, III e IV.
c) II e IV.
d) III e IV.
e) I e II.

COMENTÁRIOS:
Item I – correto.
Para que reste configurada a Conexão entre as ações, será
necessário que entre elas coincidam 2 (dois) pontos básicos: causa de pedir
e pedido (objeto).

CPC
Art. 103. Reputam-se conexas duas ou mais ações, quando Ihes
for comum o objeto ou a causa de pedir.

Item II – correto.
A Continência ocorre quando em 2 ou + ações há identidade de
partes e causa de pedir, mas o pedido (objeto) de uma é maior ou
abrange o da outra. Para decorar continência: uma ação está contida na outra.
A Continência é uma forma especial e qualificada de conexão,
pois não é só a mesma causa de pedir, mas também porque há identidade
quanto às pessoas e o objeto de uma ação é maior do que as outras.

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“O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre
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CPC
Art. 104. Dá-se a continência entre duas ou mais ações sempre
que há identidade quanto às partes e à causa de pedir, mas o
objeto de uma, por ser mais amplo, abrange o das outras.

Item III – correto. Isso mesmo. A reunião de processos por conexão é para
julgamento em conjunto. Após a exaração do julgado em um processo, não
haverá como juntá-los novamente para decidir novamente a matéria.
Item IV – errado. Como é caso de competência absoluta, é imodificável e
improrrogável.

RESPOSTA CERTA: A

QUESTÃO 218: Pref- Teresina - Procurador Municipal [FCC] -


24/10/2010.
Quanto à competência,
a) de modo geral, são relevantes as modificações do estado de fato ou de
direito ocorridas posteriormente à propositura da demanda.
b) é determinada no momento da propositura da demanda.
c) a autoridade judiciária brasileira a tem concorrente para conhecer de ações
relativas a imóveis situados no país.
d) como regra, quando territorial, pode ser declinada de ofício pelo juiz, sem
necessidade de provocação da parte.

COMENTÁRIOS:
Item A – errado. A competência é fixada com a propositura da ação em juízo.
Com isso, não tem qualquer relevâncias modificações do estado de fato ou de
direito que venham a ocorrer posteriormente. Nesse sentido, quando for
conhecido o processo pelo Juiz, este será o competente de forma “perpétua”
para julgar a demanda. Nesse sentido, por exemplo, pouco importa se a ação
foi proposta na cidade “X”, que era o domicílio do réu, e este veio a se mudar
no decorrer do processo. O Juiz continua como competente, apesar desta

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“O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre
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mudança fática.

CPC
Art. 87. Determina-se a competência no momento em que a
ação é proposta. São irrelevantes as modificações do estado de
fato ou de direito ocorridas posteriormente, salvo quando
suprimirem o órgão judiciário ou alterarem a competência em
razão da matéria ou da hierarquia (competência absoluta).

Item B – correto.
CPC
Art. 87. Determina-se a competência no momento em que a
ação é proposta.

Item C – errado.
São casos de Competência Exclusiva do Brasil:

a. Qualquer Ação relativa a IMÓVEIS situados no Brasil –


toda e qualquer ação que envolva imóveis localizados no
Brasil é julgada exclusivamente por autoridade judiciária
brasileira. Exemplo: ação de reintegração de posse; ação
de locação.
b. Proceder a inventário e partilha de bens, situados no
Brasil, mesmo que o autor da herança seja estrangeiro e
tenha residido fora do território nacional.

LICC
Art. 12
§ 1o Só à autoridade judiciária brasileira compete conhecer das
ações relativas a imóveis situados no Brasil.

Item D – errado. Enquanto que a incompetência absoluta do Juiz deve ser


reconhecida de ofício pelo próprio Magistrado, a incompetência relativa só
pode ser argüida pelo RÉU e por meio de Exceção de incompetência. O Juiz
não pode levantar sua própria incompetência relativa, apenas a absoluta.
A incompetência relativa só pode ser argüida pelo Réu porque o
autor é quem escolhe o juízo territorialmente competente (ele não pode
posteriormente “achar” que o Juiz é incompetente relativamente). Caso o
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“O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre
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Réu não alegue a eventual incompetência relativa do Juiz (Ex: em vez de ter
sido ajuizada a ação no domicílio do réu, foi no domicílio do autor), o juiz
relativamente incompetente tem sua competência prorrogada, passando a
ser competente para julgar a matéria e perpetuando a jurisdição.

RESPOSTA CERTA: B

QUESTÃO 219: TJ - SE - Analista Judiciário – Direito [FCC] -


23/08/2009.
As partes podem modificar a competência em razão
a) da hierarquia e do território.
b) do valor e do território.
c) do valor e da hierarquia.
d) da hierarquia, apenas.
e) do território, apenas.

COMENTÁRIOS:
São casos de competência relativa previstas na questão as referentes ao
território e ao valor.

RESPOSTA CERTA: B

QUESTÃO 220: TCE - RO – Procurador [FCC] - 05/09/201 - 78


Nas ações relativas a imóveis situados no Brasil, em que for autor Estado
estrangeiro e o foro de eleição os Estados Unidos, a competência será
a) do Brasil ou do Estado estrangeiro.
b) exclusiva do Estado estrangeiro.
c) dos Estados Unidos.
d) relativa.
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“O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre
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e) exclusiva do Brasil.

COMENTÁRIOS:
Pouco importa foro de eleição e o envolvimento de Estado estrangeiro. Se a
questão versar sobre imóvel situado no Brasil, a competência será exclusiva do
Brasil.
A Competência será exclusiva do Brasil nas hipóteses em que a
autoridade judiciária brasileira é a única competente para dirimir a lide
internacional, não sendo admissível ou reconhecível qualquer ato de
autoridade estrangeira. Nos casos, a sentença estrangeira não produzirá
qualquer efeito, não sendo passível de homologação perante o Magistrado
brasileiro.
São casos de Competência Exclusiva do Brasil:

a. Qualquer Ação relativa a IMÓVEIS situados no Brasil


– toda e qualquer ação que envolva imóveis localizados
no Brasil é julgada exclusivamente por autoridade
judiciária brasileira. Exemplo: ação de reintegração de
posse; ação de locação.
b. Proceder a inventário e partilha de bens, situados no
Brasil, mesmo que o autor da herança seja
estrangeiro e tenha residido fora do território
nacional.

LICC
Art. 12
§ 1o Só à autoridade judiciária brasileira compete conhecer das
ações relativas a imóveis situados no Brasil.

RESPOSTA CERTA: E

QUESTÃO 221: TRE - AM – Administrativa [FCC] - 31/01/2010.


Considere as seguintes assertivas a respeito das modificações da
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“O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre
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competência:
I. A competência em razão da matéria poderá modificar-se pela conexão.
II. Dá-se a continência entre duas ou mais ações sempre que há identidade
quanto as partes e à causa de pedir, mas o objeto de uma, por ser mais
amplo, abrange o das outras.
III. A competência em razão da hierarquia é inderrogável por convenção das
partes.
De acordo com o Código de Processo Civil, está correto o que se afirma
APENAS em
a) II.
b) I e II.
c) I e III.
d) II e III.
e) I.

COMENTÁRIOS:
Item I – errado. Não, pois é de competência absoluta.
Item II – correto.
A Continência ocorre quando em 2 ou + ações há identidade de
partes e causa de pedir, mas o pedido (objeto) de uma é maior ou
abrange o da outra. Para decorar continência: uma ação está contida na outra.
A Continência é uma forma especial e qualificada de conexão,
pois não é só a mesma causa de pedir, mas também porque há identidade
quanto às pessoas e o objeto de uma ação é maior do que as outras.
Item III – correto. Perfeito, por ser competência absoluta.

RESPOSTA CERTA: D

QUESTÃO 222: METRÔ - Secretária Pleno [CESPE] - 21/03/2010.


Acerca do direito processual civil, julgue os próximos itens, relativos à
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“O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre
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jurisdição e à competência.
A incompetência em razão do território, ao contrário da que ocorre em razão
do valor da causa, é absoluta, não podendo ser prorrogada.

COMENTÁRIOS:
Ao contrário, a regra é que a competência territorial seja RELATIVA, salvo
quando versar sobre direitos reais imobiliários, quando será competência
relativa.

RESPOSTA CERTA: E

QUESTÃO 223: METRÔ - Secretária Pleno [CESPE] - 21/03/2010.


A competência é fixada no momento da propositura da ação, não importando
alterações de direito supervenientes.

COMENTÁRIOS:
CPC
Art. 87. Determina-se a competência no momento em que a
ação é proposta. São irrelevantes as modificações do estado de
fato ou de direito ocorridas posteriormente, salvo quando
suprimirem o órgão judiciário ou alterarem a competência em
razão da matéria ou da hierarquia (competência absoluta).

RESPOSTA CERTA: C

QUESTÃO 224: TRT 21ª - Analista Judiciário – Judiciária [CESPE] -


28/11/2011.
Lara e Rafael, representados por sua genitora, ingressaram com ação de
alimentos em face de seu pai, Francisco, na cidade de Curitiba, onde
moravam. A referida ação havia acabado de ser distribuída para a Terceira
Vara de Família de Curitiba/PR, quando Ana, a mãe dos menores, tomou
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“O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre
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posse em um cargo público em Goiânia/GO, cidade onde, a partir de então,


passou a residir com os menores e onde, coincidentemente, Francisco possuía
domicílio desde a propositura da ação.
Considerando a situação hipotética acima apresentada e as regras do instituto
da competência descritas no Código de Processo Civil ( CPC ), julgue o item
abaixo.
Os autos do processo de alimentos não devem ser remetidos para Goiânia/GO,
já que o juízo de Curitiba/PR mantém sua competência para o julgamento do
feito.

COMENTÁRIOS:
Igualmente à questão anterior, as modificações de fato não alteram em nada
competência, pois já foi perpetuada.
A competência é fixada com a propositura da ação em juízo. Com
isso, não tem qualquer relevâncias modificações do estado de fato ou de
direito que venham a ocorrer posteriormente. Nesse sentido, quando for
conhecido o processo pelo Juiz, este será o competente de forma “perpétua”
para julgar a demanda. Nesse sentido, por exemplo, pouco importa se a ação
foi proposta na cidade “X”, que era o domicílio do réu, e este veio a se mudar
no decorrer do processo. O Juiz continua como competente, apesar desta
mudança fática.

RESPOSTA CERTA: C

QUESTÃO 225: MPU - Analista Processual [CESPE] - 11/09/2010.


No que se refere à distribuição da competência entre os órgãos do Poder
Judiciário, julgue os itens que se seguem.
a) [100] Em caso de conflito de competência, o Ministério Público será ouvido,
mesmo nos conflitos por ele não suscitados (Adaptada).

COMENTÁRIOS:

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“O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre
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São legitimados para julgarem o conflito de competência:

a) as Partes;
b) o Ministério Público – quando não suscitar, sempre será
ouvido nos conflitos de competência (MP como custus legis –
fiscal da lei).
c) o Juiz.

RESPOSTA CERTA: C

QUESTÃO 226: MPU - Analista Processual [CESPE] - 11/09/2010.


b) [101] A incompetência relativa, cujo reconhecimento independe de
provocação das partes, é declarada de ofício pelo juiz.

COMENTÁRIOS:
Jamais, apenas a incompetência absoluta pode ser argüida de ofício pelo Juiz.

RESPOSTA CERTA: E

QUESTÃO 227: MPU - Analista Processual [CESPE] - 11/09/2010.


c) [102] A competência territorial aproxima o Estado-juiz dos fatos
relacionados à pretensão manifestada pelo autor, devendo-se, contudo,
observar os foros especiais.

COMENTÁRIOS:
Isto mesmo. Critério TERRITORIAL ou de FORO – os órgãos jurisdicionais
exercem suas jurisdições nos limites dos respectivos territórios. Segundo o
Princípio da Aderência, o exercício da jurisdição é vinculado a determinado
território (a jurisdição adere ao território).
Contudo, há os diversos foros especiais previstos na legislação, que mitigam

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tal regra.

RESPOSTA CERTA: C

QUESTÃO 228: MPU - Analista Processual [CESPE] - 11/09/2010.


d) [103] Caso seja proposta ação em juízo relativamente incompetente, e o
réu não ofereça exceção de incompetência no prazo cabível de demanda para
contestação, considera-se prorrogada a competência do juízo, o que configura
caso típico de modificação de competência por conexão.

COMENTÁRIOS:
Não. Nesse caso não há qualquer conexão. O que ocorreu foi mera prorrogação
da competência relativa do Juiz, dado o fato que não foi alegada a tempo.
Isso porque o réu deve suscitar a Exceção de Incompetência relativa no prazo
da Contestação, sob pena de preclusão.

CPC
Art. 114. Prorrogar-se-á a competência se dela o juiz não declinar
na forma do parágrafo único do art. 112 desta Lei ou o réu não
opuser exceção declinatória nos casos e prazos legais.

RESPOSTA CERTA: E

QUESTÃO 229: MPU - Analista Processual [CESPE] - 11/09/2010.


e) [104] A continência é uma das causas para a modificação de competência.

COMENTÁRIOS:
Correto. As 2 ou + ações contidas entre si devem ser juntadas para
julgamento conjunto, modificando-se posteriormente a competência de
julgamento.

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RESPOSTA CERTA: C

QUESTÃO 230: TRT 17-ª Região - Técnico Judiciário – Administrativa


[CESPE] - 19/04/2009.
Célia ajuizou contra Ronaldo ação de separação judicial com pedido de
alimentos. No curso do processo, a autora passou a residir em outra cidade,
por necessidade da empresa na qual trabalha.
Com base nessa situação hipotética, julgue o próximo item.
Considerando tratar-se de competência relativa, desde que haja concordância
do réu, será possível Célia ter deferido o pedido de deslocamento do processo
para a localidade onde atualmente reside.

COMENTÁRIOS:
Como já estudamos (vejam como esse ponto se repete!), as modificações nas
circunstâncias fáticas pouco importa quando a competência já foi definida
(perpetuação da jurisdição).

RESPOSTA CERTA: E

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EXERCÍCIOS com GABARITO

QUESTÃO 211: TRE - AP - Analista Judiciário – Judiciária [FCC] -


05/06/2011.
Poderá modificar-se pela conexão ou continência a competência em razão
a) da matéria e da hierarquia.
b) do valor, apenas.
c) do valor e do território.
d) da hierarquia, apenas.
e) da matéria, apenas.
QUESTÃO 212: TRT 23ª - Analista Judiciário – Judiciária [FCC] -
15/05/2011.
João e José são domiciliados na cidade de São Paulo, mas são proprietários de
lotes vizinhos num condomínio de praia na Comarca de Ubatuba. João
construiu um muro na divisa do seu lote e bloqueou o acesso da servidão de
passagem através da qual José tinha acesso à via pública. José ajuizou ação
para liberação da servidão na comarca de São Paulo, ação esta que João
contestou, aceitando, por conveniência, o foro, deixando de opor exceção de
incompetência, no prazo legal, apesar do art. 95 do CPC dispor que nas ações
fundadas em direito real sobre imóveis é competente o foro da situação da
coisa. Nesse caso,
a) haverá prorrogação da competência porque o réu aceitou o foro e não opôs
exceção de incompetência no prazo legal.
b) haverá prorrogação da competência, pois a lei permite ao autor optar pelo
foro do domicílio do réu.
c) não há possibilidade de prorrogação da competência, por tratar-se de ação
relativa a servidão de passagem.
d) só poderá haver prorrogação da competência se o foro da comarca de São
Paulo tiver sido eleito pelas partes em contrato.
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e) haverá prorrogação da competência porque tanto o autor, como o réu são


domiciliados da mesma cidade.
QUESTÃO 213: PGE - RO - Procurador do Estado Substituto [FCC] -
01/05/2011.
Sobre a competência, de acordo com o que estabelece o Código de Processo
Civil, analise as seguintes assertivas:
I. A competência em razão da hierarquia é inderrogável por convenção das
partes; mas estas podem modificar a competência em razão do valor, da
matéria e do território, elegendo foro onde serão propostas as ações oriundas
de direitos e obrigações.
II. Havendo jurisprudência dominante do tribunal sobre a questão suscitada, o
relator poderá decidir de plano o conflito de competência, cabendo agravo, no
prazo de cinco dias, contado da intimação da decisão às partes, para o órgão
recursal competente.
III. Não arguindo a parte a incompetência absoluta na contestação ou na
primeira oportunidade que lhe couber falar nos autos, responde integralmente
pelas custas processuais.
IV. Correndo em separado ações conexas perante juízos que tem a mesma
competência territorial, considera- se prevento aquele perante o qual a
primeira demanda foi distribuída.
Está correto SOMENTE o que se afirma em
a) I e II.
b) I e IV.
c) II e III.
d) I, II e III.
e) II, III e IV.
QUESTÃO 214: TJ - PE - Juiz Substituto [FCC] - 27/03/2011
(ADAPTADA).
Quanto à competência, é correto afirmar:
a) Argúi-se por meio de exceção a incompetência absoluta.
b) Não pode suscitar conflito a parte que, no processo, ofereceu exceção
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de incompetência.
c) Em razão da matéria e da hierarquia, a competência é derrogável pela
convenção das partes.
d) O foro contratual é personalíssimo, não obrigando os herdeiros e sucessores
das partes.
QUESTÃO 215: TRE - TO - Analista Judiciário – Judiciária [FCC] -
20/02/2011.
O conflito de competência
a) não obsta que a parte, que o não suscitou, ofereça exceção declinatória do
foro.
b) não pode ser suscitado pelo Ministério Público, tratando- se de ato exclusivo
das partes e do juiz, devendo, entretanto este ser ouvido em todos os
conflitos.
c) pode ser suscitado pela parte que ofereceu exceção de incompetência.
d) poderá ser decidido de plano pelo relator em qualquer hipótese, cabendo
agravo no prazo de dez dias para o órgão recursal competente.
e) será suscitado pela parte através de ofício dirigido ao presidente do Tribunal
competente.
QUESTÃO 216: TRT 8ª - Analista Judiciário – Judiciário [FCC] -
24/10/2010.
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a empresa ajuizou ação de cobrança de aluguéis distribuída a uma das Varas
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a) deverá ouvir o Ministério Público Federal e poderá processar e julgar a ação
se este não arguir a incompetência.
b) poderá processar e julgar a ação em razão da competência decorrente do
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A respeito das modificações de competência, considere:
I. Reputam-se conexas duas ou mais ações, quando lhes for comum o objeto
ou a causa de pedir.
II. Dá-se a continência entre duas ou mais ações sempre que há identidade
entre as partes e a causa de pedir, mas o objeto de uma, por ser mais amplo,
abrange o das outras.
III. A conexão não determina a reunião dos processos, se um deles já foi
julgado.
IV. A competência em razão da matéria poderá modificar-se pela conexão ou
continência.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I, II e III.
b) I, III e IV.
c) II e IV.
d) III e IV.
e) I e II.
QUESTÃO 218: Pref- Teresina - Procurador Municipal [FCC] -
24/10/2010.
Quanto à competência,
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d) como regra, quando territorial, pode ser declinada de ofício pelo juiz, sem
necessidade de provocação da parte.
QUESTÃO 219: TJ - SE - Analista Judiciário – Direito [FCC] -
23/08/2009.
As partes podem modificar a competência em razão
a) da hierarquia e do território.
b) do valor e do território.
c) do valor e da hierarquia.
d) da hierarquia, apenas.
e) do território, apenas.
QUESTÃO 220: TCE - RO – Procurador [FCC] - 05/09/201 - 78
Nas ações relativas a imóveis situados no Brasil, em que for autor Estado
estrangeiro e o foro de eleição os Estados Unidos, a competência será
a) do Brasil ou do Estado estrangeiro.
b) exclusiva do Estado estrangeiro.
c) dos Estados Unidos.
d) relativa.
e) exclusiva do Brasil.
QUESTÃO 221: TRE - AM – Administrativa [FCC] - 31/01/2010.
Considere as seguintes assertivas a respeito das modificações da competência:
I. A competência em razão da matéria poderá modificar-se pela conexão.
II. Dá-se a continência entre duas ou mais ações sempre que há identidade
quanto as partes e à causa de pedir, mas o objeto de uma, por ser mais
amplo, abrange o das outras.
III. A competência em razão da hierarquia é inderrogável por convenção das
partes.
De acordo com o Código de Processo Civil, está correto o que se afirma
APENAS em
a) II.

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“O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre
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b) I e II.
c) I e III.
d) II e III.
e) I.
QUESTÃO 222: METRÔ - Secretária Pleno [CESPE] - 21/03/2010.
Acerca do direito processual civil, julgue os próximos itens, relativos à
jurisdição e à competência.
A incompetência em razão do território, ao contrário da que ocorre em razão
do valor da causa, é absoluta, não podendo ser prorrogada.
QUESTÃO 223: METRÔ - Secretária Pleno [CESPE] - 21/03/2010.
A competência é fixada no momento da propositura da ação, não importando
alterações de direito supervenientes.
QUESTÃO 224: TRT 21ª - Analista Judiciário – Judiciária [CESPE] -
28/11/2011.
Lara e Rafael, representados por sua genitora, ingressaram com ação de
alimentos em face de seu pai, Francisco, na cidade de Curitiba, onde
moravam. A referida ação havia acabado de ser distribuída para a Terceira
Vara de Família de Curitiba/PR, quando Ana, a mãe dos menores, tomou posse
em um cargo público em Goiânia/GO, cidade onde, a partir de então, passou a
residir com os menores e onde, coincidentemente, Francisco possuía domicílio
desde a propositura da ação.
Considerando a situação hipotética acima apresentada e as regras do instituto
da competência descritas no Código de Processo Civil ( CPC ), julgue o item
abaixo.
Os autos do processo de alimentos não devem ser remetidos para Goiânia/GO,
já que o juízo de Curitiba/PR mantém sua competência para o julgamento do
feito.
QUESTÃO 225: MPU - Analista Processual [CESPE] - 11/09/2010.
No que se refere à distribuição da competência entre os órgãos do Poder
Judiciário, julgue os itens que se seguem.
a) [100] Em caso de conflito de competência, o Ministério Público será ouvido,

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mesmo nos conflitos por ele não suscitados (Adaptada).


QUESTÃO 226: MPU - Analista Processual [CESPE] - 11/09/2010.
b) [101] A incompetência relativa, cujo reconhecimento independe de
provocação das partes, é declarada de ofício pelo juiz.
QUESTÃO 227: MPU - Analista Processual [CESPE] - 11/09/2010.
c) [102] A competência territorial aproxima o Estado-juiz dos fatos
relacionados à pretensão manifestada pelo autor, devendo-se, contudo,
observar os foros especiais.
QUESTÃO 228: MPU - Analista Processual [CESPE] - 11/09/2010.
d) [103] Caso seja proposta ação em juízo relativamente incompetente, e o
réu não ofereça exceção de incompetência no prazo cabível de demanda para
contestação, considera-se prorrogada a competência do juízo, o que configura
caso típico de modificação de competência por conexão.
QUESTÃO 229: MPU - Analista Processual [CESPE] - 11/09/2010.
e) [104] A continência é uma das causas para a modificação de competência.
QUESTÃO 230: TRT 17-ª Região - Técnico Judiciário – Administrativa
[CESPE] - 19/04/2009.
Célia ajuizou contra Ronaldo ação de separação judicial com pedido de
alimentos. No curso do processo, a autora passou a residir em outra cidade,
por necessidade da empresa na qual trabalha.
Com base nessa situação hipotética, julgue o próximo item.
Considerando tratar-se de competência relativa, desde que haja concordância
do réu, será possível Célia ter deferido o pedido de deslocamento do processo
para a localidade onde atualmente reside.

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GABARITOS OFICIAIS

211 212 213 214 215 216 217 218 219 220
C C C B A E A B B E
221 222 223 224 225 226 227 228 229 230
D E C C C E C E C E

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RESUMO DA AULA

A Competência internacional é classificada em


concorrente/cumulativa com outros países ou exclusiva do Brasil.
A Competência poderá ser Concorrente ou Cumulativa com
outros países, hipóteses nas quais o Brasil poderá compor o conflito ou aceitar
a aplicação/efeito de sentença estrangeira em nosso país. Hipóteses legais de
Competência Concorrente/Cumulativa:

1. Réu domiciliado no Brasil – até mesmo se o réu for


estrangeiro (de outra nacionalidade, que não a brasileira),
mas sendo domiciliado no Brasil (possuir residência),
competirá também à autoridade judiciária Brasileira julgar
o processo em que for réu.
Atenção!
No caso de Pessoa Jurídica estrangeira, esta será
reputada como domiciliada no Brasil quando tiver agência,
filial ou sucursal em nosso país.
2. Quando tiver de ser cumprida a obrigação no Brasil –
mesmo que o contrato tenha sido pactuado no
estrangeiro, se a obrigação tiver de ser cumprida aqui,
competirá tanto à autoridade judiciária brasileira, quanto à
estrangeira;
3. O processo decorrer de fato ou ato praticado no Brasil
– Exemplo: divórcio no estrangeiro (fato ocorrido no
estrangeiro) de brasileiros casados no Brasil (ato inicial
praticado no Brasil).
Atenção!
Se o divórcio de brasileiro ocorrer no estrangeiro, determina
a Lei de Introdução ao Código Civil (LICC) que somente será
reconhecido após 1 ANO de sua exaração, salvo se
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decorrer de separação judicial também por 1 ANO.

São casos de Competência Exclusiva do Brasil:

a. Qualquer Ação relativa a IMÓVEIS situados no


Brasil – toda e qualquer ação que envolva
imóveis localizados no Brasil é julgada
exclusivamente por autoridade judiciária
brasileira. Exemplo: ação de reintegração de
posse; ação de locação.
b. Proceder a inventário e partilha de bens,
situados no Brasil, mesmo que o autor da
herança seja estrangeiro e tenha residido fora
do território nacional.

O CPC aduz que a identidade das ações/processos para fins de


caracterização da litispendência se dá quando as 2 ações têm as mesmas
partes, mesma causa de pedir e mesmo pedido.
Há litispendência entre 2 ações internacionais (1 no Brasil e outra
no estrangeiro)?
REGRA: NÃO, não há litispendência entre ações internacionais!
Exceção doutrinária: se a sentença estrangeira já tiver sido
homologada no Brasil, esta impede novo trâmite de processo perante a justiça
brasileira. Isso porque a sentença estrangeira homologada torna-se apta à
formação da coisa julgada no âmbito da justiça brasileira. Não se permite que
o processo tramitante na justiça brasileira seja extinto por conta da pendência
do outro ou que sejam os processos internacionais reunidos para julgamento
conjunto (por conexão).
Para a sentença estrangeira produzir efeitos no Brasil é necessária
a respectiva homologação e a concessão do exequatur (determinação de
que seja cumprida a sentença homologada – “cumpra-se”) pelo STJ.
Resumo esquemático das Justiças brasileiras:

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JUSTIÇA ESTADUAL (Juízes de Direito, Tribunais de


Justiça – TJs - e STJ)

JUSTIÇA COMUM
JUSTIÇA FEDERAL (Juízes Federais, Tribunais
Regionais Federais – TRFs - e STJ)

JUSTIÇA DO TRABALHO (Juízes do Trabalho,


Tribunais Regionais do Trabalho – TRTs - e TST)

JUSTIÇA ELEITORAL (Juízes Eleitorais, Tribunais


JUSTIÇA ESPECIAL Regionais Eleitorais – TREs – e TSE)

JUSTIÇA MILITAR (Auditorias Militares, Tribunais de


Justiça Militar – TJM - e STM)

Dentro da jurisdição interna do país, os critérios a seguir relatados


devem ser aplicados de forma isolada ou cumulativa para definição específica
do órgão judiciário competente para o julgamento da demanda.

1. Critério de HIERARQUIA ou FUNCIONAL – é aquele


relacionado às distribuições das funções de cada Magistrado
e/ou órgãos dos Tribunais ao longo do curso de um
processo.Trata-se de um critério de definição de competência
dentro do processo, no qual cada órgão jurisdicional fica
responsável por uma determinada fase do processo. Exemplo:
graus de jurisdição de 1ª e 2ª instâncias (o Juiz de 1º grau tem
a função de dirigir o processo até a emissão da Sentença; o
Tribunal julgará eventuais recursos de suas decisões); fases
diversas do processo (fase de conhecimento, de execução,
cautelar), podem ser dirigidas por Juízes diversos.

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2. Critério TERRITORIAL ou de FORO – os órgãos jurisdicionais


exercem suas jurisdições nos limites dos respectivos territórios.
Segundo o Princípio da Aderência, o exercício da jurisdição é
vinculado a determinado território (a jurisdição adere ao
território).
REGRA: a Competência territorial das ações será fixada pelo
domicílio do RÉU. Esta é a regra aplicada para as ações
pessoais (que veiculam direitos pessoais. Ex: contrato de
prestação de serviços entre 2 partes) e às ações reais
mobiliárias, que versam sobre bens Móveis (Ex: avião,
automóvel, animais).
Portanto, as Ações Pessoais e as Ações Reais Mobiliárias
devem ser propostas no domicílio do RÉU.
A regra é que a ação será proposta no domicílio do RÉU. No
entanto, a lei estabelece diversos outros foros especiais, a
seguir listados:
1) Foro do IMÓVEL nas Ações Reais Imobiliárias (que
versem sobre imóveis) – Este é o chamado foro da
situação da coisa (foro rei sitae).
O que estudamos acima é um caso excepcional de
competência territorial absoluta!
2) Foro de Sucessão – em regra, o foro competente para
conhecer do processo envolvendo direitos hereditários é
do domicílio do autor da herança. Todos os processos de
inventário, partilha, arrecadação de bens, cumprimento de
disposições de última vontade e de todas as ações em que
o espólio (conjunto de bens da herança) for réu,
tramitarão no domicílio do autor da herança, inclusive se o
óbito ocorrer em país estrangeiro. Não importa onde o
óbito tenha ocorrido, se no Brasil ou no exterior, em todo
caso, a regra é que o processo tramite no domicílio do
autor da herança.
Exceções ao Foro de Sucessão quando o autor da
herança não possui domicílio certo:
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o Se o autor da herança não possuir domicílio certo


e os bens estiverem em uma única localidade, a
competência para tramitação do processo
envolvendo direitos hereditários será do domicílio da
situação dos bens.
o Se o autor da herança não possuir domicílio certo,
e os bens estiverem em lugares diversos
(espalhados em diversas localidades), a
competência para julgamento do processo será do
lugar em que ocorreu o óbito;

3) Foro nas Ações contra Ausente – quando a pessoa for


considerada ausente, por ter desaparecido sem dar notícia
e sem deixar representante ou procurador, nos termos do
art. 22 do CC-02, o foro competente para eventuais ações
em que for RÉU, será do seu último domicílio.
4) Foro do INCAPAZ – o domicílio do absoluta ou
relativamente incapaz é o do seu representante ou
assistente;
5) Foro das Ações em que for parte a UNIÃO – a
competência dependerá se a União é Autora ou RÉ no
processo:
o quando a União for Autora, a competência será da
Seção Judiciária do domicílio do Réu (da outra
parte).
o Quando a União for RÉU, a competência será
concorrente entre as seções judiciárias do domicílio
do autor, de onde ocorreu o ato ou fato, de
onde esteja situada a coisa ou também no
Distrito Federal.
6) Foros Especiais diversos:
o Foro da MULHER – é competente o foro da
residência da mulher, para a ação de separação dos
cônjuges e a conversão desta em divórcio, e para a
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anulação de casamento;
o Foro do Alimentando – nas ações em que se pedem
alimentos, será o foro do domicílio do alimentando
(o peticionante);
o Foro do Devedor – no caso de ação de anulação de
títulos extraviados ou destruídos;
o Foro das Pessoas Jurídicas – dada complexidade das
atividades das pessoas jurídicas, o foro para ser
demandada será:
D. Do lugar de sua SEDE, quando for RÉ da ação;
E. Do lugar de sua agência ou sucursal, quanto às
obrigações que ela contraiu;
F. Do lugar onde exerce a sua atividade principal,
para a ação em que for RÉ a Sociedade de Fato (a
sociedade, que ainda não possui formalmente
personalidade jurídica – sociedade irregular ainda
não registrada);

o Foro para cumprimento das obrigações – será


competente o foro do lugar onde a obrigação deve ser
cumprida para a ação em que for-lhe exigido o seu
cumprimento.
o Foro de reparação de danos – será o do lugar do ato
ou fato. No entanto, se houver delito (prática de
crime) ou for caso de acidente de veículos, a
competência concorrente entre o foro do domicílio do
AUTOR e do local do fato.
o Foro do Administrador ou Gestor de Negócios
quando for Réu - será o do lugar do ato ou fato.

3. Critério OBJETIVO – por este critério amplo a competência é


também distribuída em razão outros 3 (três) critérios

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específicos:
a. Matéria – diante da multiplicidade de assuntos e matérias
diversas que são apresentadas ao Poder Judiciário,
mostrou-se necessária a criação de diversas linhas de
atuação especializadas, para melhor prestação
jurisdicional. Por isso, foram criadas as Justiças
Especializadas (Eleitoral, Trabalhista e Militar) e são
especializados os diversos juízos e órgãos de Tribunais
(Ex: Varas Criminais, Cíveis; Turmas Cíveis e Criminais
nos Tribunais, etc). Este é um critério de natureza
absoluta, até porque não há como a Justiça do Trabalho
julgar questão Militar, não é verdade?
b. Pessoa – hipóteses de prerrogativa de foro (denominado
de “Foro por Prerrogativa de Função”), elencadas nas
Constituições Federal e Estaduais, bem como nas diversas
legislações esparsas. A prerrogativa não é pessoal, mas
para o cargo que ocupem. São casos de competência
absoluta, dado o interesse público envolvido.
c. Valor da Causa – critério econômico para determinação
da competência, que podem ser definidos pelas Normas
de Organização Judiciária ou pela legislação federal. Um
exemplo é a Lei nº 9.099/95, que estabeleceu como
competência dos Juizados Especiais o julgamento de
causas de até 40 Salários Mínimos.
O CPC prevê que competirá, com exclusividade de Jurisdição, a um
Juiz de Direito (Juiz da Justiça Comum Estadual de 1ª Instância), processar e
julgar:

a) o processo de insolvência (falência);


b) as ações concernentes ao estado (questões de família:
casamento, divórcio, separação) e à capacidade da pessoa.

A competência é fixada com a propositura da ação em juízo. Com


isso, não tem qualquer relevâncias modificações do estado de fato ou de
direito que venham a ocorrer posteriormente. Nesse sentido, quando for
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conhecido o processo pelo Juiz, este será o competente de forma “perpétua”


para julgar a demanda. Nesse sentido, por exemplo, pouco importa se a ação
foi proposta na cidade “X”, que era o domicílio do réu, e este veio a se mudar
no decorrer do processo. O Juiz continua como competente, apesar desta
mudança fática.
A Conexão é a relação existente entre 2 ou + ações que impõe o
seu julgamento conjunto, para que sejam evitados julgados conflitantes,
envolvendo a mesma matéria.
Para que reste configurada a Conexão entre as ações, será
necessário que entre elas coincidam 2 (dois) pontos básicos: causa de pedir
e pedido (objeto).
A Conexão tem o condão de prorrogar a competência, isto é,
de permitir que um Juiz inicialmente incompetente passe a ser efetivamente
competente. A prorrogação ou modificação de competência é o fenômeno
processual de atribuir competência a um juiz que não era originariamente
competente.
Somente ocorrerá a prorrogação da competência nos casos de
competência relativa, que são definidas pelo mero interesse privado,
especialmente nos casos de competência territorial e em razão do valor
da causa. Neste casos, a competência poderá ser posteriormente prorrogada
(modificada).
Vale ressaltar que as partes poderão modificar os casos de
competência relativa, mas deverão fazê-lo por meio de contrato escrito e com
especificação a determinado negócio jurídico (Ex: determinado contrato). Este
foro contratual (foro por eleição entre as partes) obriga os seus herdeiros
e sucessores.
De outro lado, não será possível modificar/prorrogar a competência
absoluta (competência funcional/hierarquia, em razão da matéria e da
pessoa), dado o interesse público em sua determinação.
Em resumo: a competência poderá ser prorrogável se for
relativa; não será possível nos casos de competência absoluta.
A Continência ocorre quando em 2 ou + ações há identidade de
partes e causa de pedir, mas o pedido (objeto) de uma é maior ou
abrange o da outra. Para decorar continência: uma ação está contida na
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outra.
A Continência é uma forma especial e qualificada de conexão,
pois não é só a mesma causa de pedir, mas também porque há identidade
quanto às pessoas e o objeto de uma ação é maior do que as outras.
Por ser dependente da ação principal, a ação acessória deverá
ser proposta perante o Juiz da principal. Por exemplo, ocorre com a ação
cautelar, ação anulatória, embargos à execução, que têm total dependência da
ação principal. Neste caso, a distribuição da ação acessória será realizada por
dependência para com a ação principal.
Enquanto que a incompetência absoluta do Juiz deve ser
reconhecida de ofício pelo próprio Magistrado, a incompetência relativa só
pode ser argüida pelo RÉU e por meio de Exceção de incompetência. O Juiz
não pode levantar sua própria incompetência relativa, apenas a absoluta.
O conflito poderá ser suscitado pelo Juiz, por ofício ao Tribunal, ou
pela parte ou MP, por petição escrita com a prova do conflito. São legitimados
para julgarem o conflito de competência:

a) as Partes;
b) o Ministério Público – quando não suscitar, sempre será
ouvido nos conflitos de competência (MP como custus legis –
fiscal da lei).
c) o Juiz.

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LEGISLAÇÃO

CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL


CAPÍTULO I

DA COMPETÊNCIA

Art. 86. As causas cíveis serão processadas e decididas, ou simplesmente


decididas, pelos órgãos jurisdicionais, nos limites de sua competência, ressalvada às
partes a faculdade de instituírem juízo arbitral.
Art. 87. Determina-se a competência no momento em que a ação é
proposta. São irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas
posteriormente, salvo quando suprimirem o órgão judiciário ou alterarem a
competência em razão da matéria ou da hierarquia.
CAPÍTULO II
DA COMPETÊNCIA INTERNACIONAL
Art. 88. É competente a autoridade judiciária brasileira quando:
I - o réu, qualquer que seja a sua nacionalidade, estiver domiciliado no
Brasil;
II - no Brasil tiver de ser cumprida a obrigação;

III - a ação se originar de fato ocorrido ou de ato praticado no Brasil.


Parágrafo único. Para o fim do disposto no no I, reputa-se domiciliada no
Brasil a pessoa jurídica estrangeira que aqui tiver agência, filial ou sucursal.
Art. 89. Compete à autoridade judiciária brasileira, com exclusão de
qualquer outra:
I - conhecer de ações relativas a imóveis situados no Brasil;
II - proceder a inventário e partilha de bens, situados no Brasil, ainda
que o autor da herança seja estrangeiro e tenha residido fora do território nacional.
Art. 90. A ação intentada perante tribunal estrangeiro não induz
litispendência, nem obsta a que a autoridade judiciária brasileira conheça da mesma
causa e das que Ihe são conexas.
CAPÍTULO III
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DA COMPETÊNCIA INTERNA
Seção I
Da Competência em Razão do Valor e da Matéria
Art. 91. Regem a competência em razão do valor e da matéria as normas
de organização judiciária, ressalvados os casos expressos neste Código.
Art. 92. Compete, porém, exclusivamente ao juiz de direito processar e
julgar:
I - o processo de insolvência;

II - as ações concernentes ao estado e à capacidade da pessoa.


Seção II
Da Competência Funcional
Art. 93. Regem a competência dos tribunais as normas da Constituição
da República e de organização judiciária. A competência funcional dos juízes de
primeiro grau é disciplinada neste Código.
Seção III
Da Competência Territorial
Art. 94. A ação fundada em direito pessoal e a ação fundada em direito
real sobre bens móveis serão propostas, em regra, no foro do domicílio do réu.
§ 1o Tendo mais de um domicílio, o réu será demandado no foro de
qualquer deles.
§ 2o Sendo incerto ou desconhecido o domicílio do réu, ele será
demandado onde for encontrado ou no foro do domicílio do autor.
§ 3o Quando o réu não tiver domicílio nem residência no Brasil, a ação
será proposta no foro do domicílio do autor. Se este também residir fora do Brasil, a
ação será proposta em qualquer foro.
§ 4o Havendo dois ou mais réus, com diferentes domicílios, serão
demandados no foro de qualquer deles, à escolha do autor.
Art. 95. Nas ações fundadas em direito real sobre imóveis é competente
o foro da situação da coisa. Pode o autor, entretanto, optar pelo foro do domicílio ou
de eleição, não recaindo o litígio sobre direito de propriedade, vizinhança, servidão,
posse, divisão e demarcação de terras e nunciação de obra nova.
Art. 96. O foro do domicílio do autor da herança, no Brasil, é o
competente para o inventário, a partilha, a arrecadação, o cumprimento de
disposições de última vontade e todas as ações em que o espólio for réu, ainda que o

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óbito tenha ocorrido no estrangeiro.


Parágrafo único. É, porém, competente o foro:
I - da situação dos bens, se o autor da herança não possuía domicílio
certo;
II - do lugar em que ocorreu o óbito se o autor da herança não tinha
domicílio certo e possuía bens em lugares diferentes.
Art. 97. As ações em que o ausente for réu correm no foro de seu último
domicílio, que é também o competente para a arrecadação, o inventário, a partilha e
o cumprimento de disposições testamentárias.
Art. 98. A ação em que o incapaz for réu se processará no foro do
domicílio de seu representante.
Art. 99. O foro da Capital do Estado ou do Território é competente:
I - para as causas em que a União for autora, ré ou interveniente;
II - para as causas em que o Território for autor, réu ou interveniente.
Parágrafo único. Correndo o processo perante outro juiz, serão os autos
remetidos ao juiz competente da Capital do Estado ou Território, tanto que neles
intervenha uma das entidades mencionadas neste artigo.
Excetuam-se:
I - o processo de insolvência;

II - os casos previstos em lei.


Art. 100. É competente o foro:
I - da residência da mulher, para a ação de separação dos cônjuges e a
conversão desta em divórcio, e para a anulação de casamento; (Redação dada pela
Lei nº 6.515, de 1977)
II - do domicílio ou da residência do alimentando, para a ação em que se
pedem alimentos;
III - do domicílio do devedor, para a ação de anulação de títulos
extraviados ou destruídos;
IV - do lugar:

a) onde está a sede, para a ação em que for ré a pessoa jurídica;


b) onde se acha a agência ou sucursal, quanto às obrigações que ela
contraiu;
c) onde exerce a sua atividade principal, para a ação em que for ré a
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“O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre
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sociedade, que carece de personalidade jurídica;


d) onde a obrigação deve ser satisfeita, para a ação em que se Ihe exigir
o cumprimento;
V - do lugar do ato ou fato:

a) para a ação de reparação do dano;


b) para a ação em que for réu o administrador ou gestor de negócios
alheios.
Parágrafo único. Nas ações de reparação do dano sofrido em razão de
delito ou acidente de veículos, será competente o foro do domicílio do autor ou do
local do fato.
Art. 101 (Revogado pela Lei nº 9.307, de 1996)
Seção IV
Das Modificações da Competência
Art. 102. A competência, em razão do valor e do território, poderá
modificar-se pela conexão ou continência, observado o disposto nos artigos seguintes.
Art. 103. Reputam-se conexas duas ou mais ações, quando Ihes for
comum o objeto ou a causa de pedir.
Art. 104. Dá-se a continência entre duas ou mais ações sempre que há
identidade quanto às partes e à causa de pedir, mas o objeto de uma, por ser mais
amplo, abrange o das outras.
Art. 105. Havendo conexão ou continência, o juiz, de ofício ou a
requerimento de qualquer das partes, pode ordenar a reunião de ações propostas em
separado, a fim de que sejam decididas simultaneamente.
Art. 106. Correndo em separado ações conexas perante juízes que têm a
mesma competência territorial, considera-se prevento aquele que despachou em
primeiro lugar.
Art. 107. Se o imóvel se achar situado em mais de um Estado ou
comarca, determinar-se-á o foro pela prevenção, estendendo-se a competência sobre
a totalidade do imóvel.
Art. 108. A ação acessória será proposta perante o juiz competente para
a ação principal.
Art. 109. O juiz da causa principal é também competente para a
reconvenção, a ação declaratória incidente, as ações de garantia e outras que
respeitam ao terceiro interveniente.

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Art. 110. Se o conhecimento da lide depender necessariamente da


verificação da existência de fato delituoso, pode o juiz mandar sobrestar no
andamento do processo até que se pronuncie a justiça criminal.
Parágrafo único. Se a ação penal não for exercida dentro de 30 (trinta)
dias, contados da intimação do despacho de sobrestamento, cessará o efeito deste,
decidindo o juiz cível a questão prejudicial.
Art. 111. A competência em razão da matéria e da hierarquia é
inderrogável por convenção das partes; mas estas podem modificar a competência em
razão do valor e do território, elegendo foro onde serão propostas as ações oriundas
de direitos e obrigações.
§ 1o O acordo, porém, só produz efeito, quando constar de contrato
escrito e aludir expressamente a determinado negócio jurídico.
§ 2o O foro contratual obriga os herdeiros e sucessores das partes.
Seção V
Da Declaração de Incompetência
Art. 112. Argúi-se, por meio de exceção, a incompetência relativa.

Parágrafo único. A nulidade da cláusula de eleição de foro, em contrato


de adesão, pode ser declarada de ofício pelo juiz, que declinará de competência para
o juízo de domicílio do réu.
Art. 113. A incompetência absoluta deve ser declarada de ofício e pode
ser alegada, em qualquer tempo e grau de jurisdição, independentemente de exceção.
§ 1o Não sendo, porém, deduzida no prazo da contestação, ou na
primeira oportunidade em que Ihe couber falar nos autos, a parte responderá
integralmente pelas custas.
§ 2o Declarada a incompetência absoluta, somente os atos decisórios
serão nulos, remetendo-se os autos ao juiz competente.
Art. 114. Prorrogar-se-á a competência se dela o juiz não declinar na
forma do parágrafo único do art. 112 desta Lei ou o réu não opuser exceção
declinatória nos casos e prazos legais. (Redação dada pela Lei nº 11.280, de 2006)
Art. 115. Há conflito de competência:
I - quando dois ou mais juízes se declaram competentes;
II - quando dois ou mais juízes se consideram incompetentes;

III - quando entre dois ou mais juízes surge controvérsia acerca da


reunião ou separação de processos.

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Art. 116. O conflito pode ser suscitado por qualquer das partes, pelo
Ministério Público ou pelo juiz.
Parágrafo único. O Ministério Público será ouvido em todos os conflitos de
competência; mas terá qualidade de parte naqueles que suscitar.
Art. 117. Não pode suscitar conflito a parte que, no processo, ofereceu
exceção de incompetência.
Parágrafo único. O conflito de competência não obsta, porém, a que a
parte, que o não suscitou, ofereça exceção declinatória do foro.
Art. 118. O conflito será suscitado ao presidente do tribunal:
I - pelo juiz, por ofício;

II - pela parte e pelo Ministério Público, por petição.


Parágrafo único. O ofício e a petição serão instruídos com os documentos
necessários à prova do conflito.
Art. 119. Após a distribuição, o relator mandará ouvir os juízes em
conflito, ou apenas o suscitado, se um deles for suscitante; dentro do prazo assinado
pelo relator, caberá ao juiz ou juízes prestar as informações.
Art. 120. Poderá o relator, de ofício, ou a requerimento de qualquer das
partes, determinar, quando o conflito for positivo, seja sobrestado o processo, mas,
neste caso, bem como no de conflito negativo, designará um dos juízes para resolver,
em caráter provisório, as medidas urgentes.
Parágrafo único. Havendo jurisprudência dominante do tribunal sobre a
questão suscitada, o relator poderá decidir de plano o conflito de competência,
cabendo agravo, no prazo de cinco dias, contado da intimação da decisão às partes,
para o órgão recursal competente. (Incluído pela Lei nº 9.756, de 1998)
Art. 121. Decorrido o prazo, com informações ou sem elas, será ouvido,
em 5 (cinco) dias, o Ministério Público; em seguida o relator apresentará o conflito em
sessão de julgamento.
Art. 122. Ao decidir o conflito, o tribunal declarará qual o juiz
competente, pronunciando-se também sobre a validade dos atos do juiz
incompetente.
Parágrafo único. Os autos do processo, em que se manifestou o conflito,
serão remetidos ao juiz declarado competente.
Art. 123. No conflito entre turmas, seções, câmaras, Conselho Superior
da Magistratura, juízes de segundo grau e desembargadores, observar-se-á o que
dispuser a respeito o regimento interno do tribunal.
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Art. 124. Os regimentos internos dos tribunais regularão o processo e


julgamento do conflito de atribuições entre autoridade judiciária e autoridade
administrativa.

REFERÊNCIAS
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada em
5 de outubro de 1988. 33. ed. São Paulo: Saraiva, 2010.
CÂMARA, Alexandre. Lições de Direito Processual Civil. Lumem júris: 2010.
DIDIER JR., Fredie. Direito Processual Civil, Volume 1. 2010.
DONIZETE, Elpídio. Curso Didático de Direito Processual Civil. 12ª Edição.
Rio de Janeiro: Lumen Juris. 2010.
FAGA, Tânia Regina Trombini. Julgamentos e Súmulas do STF e STJ. São
Paulo: Método, 2009.
FERRAZ JUNIOR, Tércio Sampaio: Introdução ao estudo de direito:
técnica, decisão, dominação. 3.Ed. São Paulo: Atlas, 2001.
MORAES, Alexandre. Direito Constitucional. 25.ed. São Paulo: Atlas, 2010.
PLÁCIDO E SILVA. Vocabulário Jurídico. 18. ed. Rio de Janeiro: Forense,
2001.

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