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Otorrino - Otites

O aparelho auditivo é composto pela orelha externa (pavilhão auricular e conduto


auditivo externo), orelha média e orelha interna. O aparelho auditivo tem dupla função:
audição e equilíbrio, que são muito importantes para sobrevivência dos animais. Na aula de
hoje vamos estudar as doenças da orelha externa da orelha média, que tem função de captar o
som e fazer com que ele chega na parte nobre do ouvido, que é a cóclea ou labirinto anterior. O
pavilhão auricular externo dá um som estéril para o ser humano, então se não tiver orelha
externa a gente terá dificuldade para isso, embora possa se escutar mesmo na ausência do
pavilhão externo. Além da amplificação do som, o pavilhão aumenta 6dcB de intensidade
sonora. Após o som ser captado pelo pavilhão, o conduto auditivo conduz o som até a região da
membrana timp ânica, a membrana timpânica vai vibrar e isso vai ser conduzido pelos oss ículos
(martelo, bigorna e estribo). O martelo, a bigorna e o estribo são ossos que não crescem, ficam
do tamanho que nascem. A orelha média é o espaço que se comunica com a faringe através da
tuba auditiva orofaríngea.

No orelha externa, pavilhão auricular e conduto auditivo externo, podemos ter:

! Mal formações: microtia (orelha menor), agenesia da orelha ou do conduto auditivo


externo, baixa implantação da orelha. Uma criança com má formação da orelha externa
ou da orelha média, pode ter audição normal, porque são formados por folhetos
diferentes. Pericondrite - inflamação no pericondrite, pode haver derrame local formando oto-hematoma.
! A pele da orelha externa é uma pele como qualquer outra da regi ão do corpo, está
susceptível as infecções dermatológicas.
! Pericondrite do pavilhão auricular: embaixo da pele tem cartilagem, que pode se infectar
facilmente por trauma, picada de inseto, brinco. A orelha fica vermelha e edemaciada. É
uma situação muito dolorosa e frequente em traumas (como o de esporte, em lutas). Nesse
caso utiliza-se antibióticos, principalmente Amoxicilina com ácido clavulânico. Geralmente
as pericondrites são causadas por Protheus ou pseudomonas aureginosas.
! Abcessos: muitas vezes a cartilagem que está embaixo da pele come ça a degenerar e
formar um abcesso. No abcesso do pavilhão auricular será necessário drenagem. Abre-se
utilizando as linhas naturais que se tem no pavilhão, faz a incis ão e faz um debridamento
(retirada de tecido necrosado), seguido de um curativo compressivo (feito com gaze na
frente e atrás da orelha, de forma que ela fique esticada sobre o osso da mastóide) e
antibiótico. Se esse processo não for feito, com ênfase no curativo compressivo para a
orelha não dobrar, há grande chance de deformidade da orelha e a ausência do tratamento
pode levar a atrofia da orelha (orelha em couve-flor - orelha dos lutadores). O abcesso pode
vir de uma complica ção de otohematoma (associado a traumas, acidentes) ou da
pericondrite.
! A regi ão superior do pavilhão auricular, por causa do sol, frequentemente desenvolve
carcinomas basocelular (associado a quem trabalha no campo, no sol, pessoas que são
mais claras).
! Corpos estranhos: podem ser animados (vivos) ou inanimados (sem vida). Isso acontece
muito mais em crianças, que colocam em si própria ou em outro colega e em pessoas com
deficiência mental. A depender do local que o corpo estranho está pode doer muito ou não,
a depender se tiver antes ou depois do estreitamento. Na junção da cartilagem com o osso
tem-se um estreitamento fisiol ógico, é a partir desse estreitamento que a pessoa come ça a
sentir dor. Quando o cotonete provoca dor é sinal de que chegou a este estreitamento.
" Animados: moscas de frutas, borboletinhas, mosquitos, aranha, formiga, barata
(a barata entra na orelha porque nos pacientes com má higiene a orelha pode ter
cheiro de necrose, o que atrai as baratas. Elas entram e não conseguem sair
Não informar ao pct porque não dão ré e como é estreita, ficam paradas lá, roçando as pernas e
que é uma barata,
devido ao pavor que
antenas na membrana timpânica, causando grande incomodo). A primeira
desperta, dificultando medida a se tomar é jogar uma substância oleosa (óleo mineral, óleo vegetal
o tratamento.
como o de azeite), que afoga o inseto e diminui o atrito dele com a membrana
timpânica, facilitando a remoção do inseto. O único cuidado que tem que ter na
Larvas de mosca, jogada do óleo e analisar se o paciente não tem uma perfuração timpânica,
principalmente em
área rural, que são porque se ele tiver o óleo vai passar pelo furinho e cair na orelha média e não vai
necrófagas.
- Cochlyomia sp. ter o efeito desejado, além de provocar uma otite média no paciente, sendo
necessário utilizar antibióticos. Continuando, em condições normais, depois de
jogar o óleo, a depender do tamanho do inseto:
- lavagem para remoção: feita com um seringa de plástico de 10 a
20ml com uma sonda adaptada para dar pressão, jogando soro morno na
orelha. O soro entra, bate na membrana timpânica e volta removendo o
corpo estranho.
- remoção com pinça jacaré: remove os insetos aos pedaços. Depois
que tira tudo faz uma limpeza e se não houver nenhum tipo de
trauma na orelha não precisa usar antibiótico e nem nada. Se tiver
trauma, aí será necessário utilizar alguma substância.
" Inanimados: geralmente são coisas pequenas (espumas, sementes, grãos,
brinquedinhos) que foram colocadas de forma volunt ária por uma criança. Não
podem ser empurrados, senão podem ser encaixados no estreitamento e doer
mais. Logo, não deve-se tentar retirar com tampas de caneta, clipes e outros
objetos inapropriados, porque podemos empurrar o objeto. É necessário retirar
com uma pinça apropriada, a de jacaré não permite retirar objetos esféricos, mas
pode ser útil para retirar objetos como pedaços de papel.
Obs: a presença do corpo estranho não levará a uma inflamação, na maioria dos casos, logo não
será necessário fármacos após a retirada. Em alguns casos de insetos e sementes pôde-se ter
que utilizar. As crianças precisam ser contidas, sedadas para retirada do corpo estranho.

! Otite externa difusa aguda: no ter ço anterior/externo do conduto auditivo tem-se uma
quantidade muito grande de cerúmen. O cerúmen é produzido pela união da secreção das
glândulas ceruminosas com suor das glândulas sudoríparas e da secre ção das glândulas
sebáceas. Esse cerúmen tem repelente natural, antibiótico e protege o epitélio do contato
com a água. Porém, as pessoas são orientadas a limpar o ouvido todo dia, retirando o
cerúmen. A água é uma grande inimiga da orelha e a permanência da água no conduto
auditivo externo pode levar a uma OEDA. A OEDA é muito dolorosa, só de tocar na orelha
o paciente sente muita dor. A água na orelha vai favorecer a solução de continuidade,
deixando a pele local mais fragilizada, levando a edema, otalgia, diminuição da audição
pela diminuição da luz do conduto e pode ainda ter prurido e raramente otorréia. A pele do
conduto auditivo fica tão adelgaçada e vermelha, com edema tão grande que as vezes não
se consegue nem fazer a otoscopia. As bact érias envolvidas são geralmente Protheus,
Pseudomonas e Staphilococcus. Quando a otite externa não é tão volumosa, ao ponto de
que ainda tenha-se espaço para pingar uma medicação, pode-se utilizar gotas otológicas -
antibióticos tópicos. Porém, às vezes o conduto está tão fechado que utiliza-se antibióticos
sistêmicos, a Amoxacilina com Clavulanato ou ela pura, a depender da sensibilidade do
paciente. criança 50 mg/kg/dia 8/8h de 7-10 dias // adulto 875 mg de 12/12 h de 7-10 dias

! Otite externa localizada ou furúnculo do conduto auditivo extern o: é uma otite externa
localizada somente no aparelho pileo-sebáceo. O paciente tem um microabcesso
localizado, como se fosse uma espinha, causado geralmente por Staphylococos que
inflamam os pelinhos do local e causam muita dor. Quando há muita recorrência dessa
situação, pesquisa-se o paciente não tem DM ou outra situação que leve à queda da
imunidade, porque essa região tem muito cera que protege o conduto e essa situação é
rara de ocorrer. O tratamento tem que ser com antibióticos, Amoxacilina com Clavulanato.
Quando o abcesso está muito grande e flutuando (maduro e com local amarelado, prestar a
romper --> pode ser drenado), pôde-se com bisturi fazer um cortezinho e tirar a secre ção
que está dentro, pois vai aliviar muito a dor do paciente (drenagem).
! Rolha de cera: paciente que usa demais o cotonete, empurrando a cera, que se acumula e
pode causar hipoacusias. O paciente pode mergulhar, entrar água no ouvido e a água não
sair, devido ao acúmulo de depósito dessa cera. Pinga-se substância cerolítica, como o
Cerumin, 4 gotas por dia durante 4 dias e depois o paciente volta pra fazer a lavagem, que
se faz igual à do corpo estranho (com soro morno).
Borato de 8-hidroxiquinolina - CERUMIN
! Otite externa eczematosa: situação de prurido no ouvido devido à alergia alimentar
(crustáceos, corantes). Na OEE pode ter descamação do conduto externo e às vezes uma
Se tiver escoriação, associar antibiótico para
otorréia clara. O tratamento é feito com gotas de corticoide tópico. evitar infecção disseminada pelo uso de
corticoide
! Otomicoses : situação que causa prurido no ouvido, comum em pessoas que colocam
coisas na orelha com frequência (coçar a orelha com chave, capim, tampa de caneta),
levando o fungo para o conduto. Geralmente são causadas pelo Aspergillus niger ou
Aspergillus fumigatos, por ém podem ser causados por outros fungos tamb ém, como a
Cândida. Na otoscopia percebe-se micelos. O tratamento é a limpeza, a remoção dessas
placas e o uso de substância antimicótica local (Fungirox) em gotas tópicas por média de 2
semanas. Ciclopirox Olamina

A membrana timpânica tem três camadas: externa (pele), média (fibras que a fazem ficar
tensa) e interna (mucosa da orelha média). Na membrana timpânica normal temos o cabo
(apófise longa) do martelo, umbigo do martelo, apófise curta do martelo e a presen ça do
triângulo luminoso (reflexo da luz do otoscópio). Esse triângulo luminoso existe porque a
membrana timpânica não é plana mas sim côncava, logo a gente vê a imagem dela pelo
triângulo luminoso. Na orelha média podemos ter os seguintes acometimentos:

! Meningite bolhosa: é uma inflamação, causada geralmente por um vírus, na pele da


camada externa da membrana (que é a zona entre a orelha interna e a orelha média). Há a
formação de bolhas , que são dolorosas e que podem ser vistas na otoscopia. Não se deve
mexer nessas bolhas e muito menos fura-las. Muitas vezes esse quadro é confundido com
otite média, levando a utilização de antibiótico, o que não teria efeito algum. Na meningite
bolhosa utiliza-se no máximo AINES e analgésicos para a dor, com o tempo as bolhas se
rompem sozinhas e o paciente melhora
! Otite média aguda: tudo começa com um problema geralmente faríngeo, paciente tem
um resfriado comum, na criança é mais fácil porque ela tem a tuba mais horizontalizada
otalgia, hipoacusia
hiperemia do tímpano (por isso que tem que orientar a mãe a não alimentar a criança deitada, porque senão
e abaulamento devido a
secreção. facilmente o conteúdo ingerido passa para a orelha interna), que propicia o quadro. O
conteúdo da faringe passa pela tuba auditiva e contamina a região da caixa timpânica,
levando a OMA. A OMA pode ser causada por vírus ou bact érias, principalmente pelos
pneumococos. É uma situação muito dolorosa, em que pode ter a forma ção de secreções,
que deixam a membrana abaulada (aspecto de tetas de vaca, prestes a romper), até que
ela se rompa. Quando essa membrana se rompe, a dor é aliviada, porém terá-se otorreia
amarelada. Se a criança não tiver adenoide muito aumentada, não mergulhar na água, tiver
a função do parênquima normalizada, a membrana timpânica vai fechar. Porém, se o
paciente tiver alguma altera ção ou mergulhar em água logo depois (até 2 semanas após o
fim da otorreia amarelada), pode contaminar a membrana novamente e o paciente passa a
ter otorreia crônica. Se a membrana perfurar muito perto da margem, a pele do conduto, a
parte cutânea do conducto vai tentar fechar a membrana timpânica e do outro lado a
mucosa também vai tentar fechar a membrana, se as duas se encontram e conseguem fazer
isso, certo, elas fecham a membrana timpânica. Porém, se uma delas for mais rápido do que
a outra e a pele passar para dentro do conduto da membrana timpânica, vai ter pele em
uma região que não existe pele. Essa pele começa a crescer e forma um cisto, chamado de
colesteatoma (vide abaixo). Atualmente não utiliza-se mais a perfuração da membrana pelo
médico , porque os antibióticos atuam de forma eficiente e a membrana rompe por si só.
Na otite média aguda, trata-se com Amoxicilina de 50-80 mg/kg/peso por dia de 8 em 8h na
criança e no adulto comprimido de 500mg de 8 em 8 horas ou comprimido de 875mg de 12
em 12 horas, durante 10 dias (tanto na criança como no adulto). O comprimido de 875mg
seria melhor por ter que ser ministrado menos vezes ao dia, porém ele é mais caro. Na
criança geralmente utiliza-se com Clavulanato, por maior ocorr ência de bact érias, como a
Moraxella catarralise de outras bactérias que a Amoxicilina não pega sozinha. Pode recomendar compressa
quente.
Obs:
" Otorragia: geralmente acontece no trauma craniano. Quando vem acompanhada
de secreção mucopurulenta, geralmente é quando houve o rompimento da
membrana na OMA.
" Na OMA, na regeneração da membrana que se rompeu, todo conteúdo do
conduto auditivo externo vai sendo expulso para fora, porque a pele está sempre
em movimentação para fora, se regenerando para fora (movimentação da pele
do conduto externo no sentido externo).
! Colesteatoma: é um cisto formado pela proliferação de pele dentro do conduto da
membrana timpânica, devido ao processo de fechamento da membrana timpânica pela
por ção cutânea do conduto, após uma OMA. Nesse caso tem-se a otite média crônica
colesteatosa. Nesse caso tem-se otorreia fétida, que ocorre pela descamação com a
presença de bact érias gram negativas. Além disso, a otorreia possui uma descamação
semelhante à raspas de velha (branco nacarada). Esse cisto não é maligno, mas ele vai
crescendo e destruindo os ossículos e pode chegar a atingir tímpano, mastóide e evoluir até
para meningite. Quando pegar uma criança com otorreia fétida tem duas opções: já pedir
uma TC das mastóides para afastar a presença de colesteatomas ou avisar a mãe de que a
criança precisa de um especialista. O tratamento é cirúrgico, terá que abrir esse ouvido,
fazer a remoção, raspando toda mucosa e colesteatoma, senão ele volta.
! Otite média secretora ou serosa: acontece quando a tuba auditiva não funciona bem,
como por exemplo, em uma criança que não mastiga. Para abrir a tuba auditiva temos que
❖ E valsalva
engolir, bocejar para que entre ar, se não fizermos isso a tuba auditiva não abre e não
entra ar na caixa timp ânica, isso faz com que a membrana timpânica sofra e que apareça
uma secreção conhecida como glue tea (substância espessa e transparente parecida com
Desaparece o triângulo
luminoso. cola, que na otoscopia aparece com um aspecto de bolhas). Isso acontece porque dentro
da caixa timpânica tem-se a secreção a dado pH (não disse qual), quando deixa de passar ar,
há uma baixa concentração de oxigênio e a secre ção começa a ser muito espessa, a
membrana fica cheia de secreção glue tea e o paciente come ça a ter baixa da audição, por Cerca de 30 dB.
condução do som, porque não será possível fazer a membrana timpânica vibrar, porque ela
está cheia da secre ção. A OMS é muito mais comum na criança e é causadora de distúrbios
da comunicação, a criança passa a não prestar atenção na escola, a não fazer plural, a não
escutar algumas consoantes como o r ou s. Muitas vezes a criança tem hipertrofia da
adenoide, que está causando essa obstrução tubária. O tratamento inicialmente é feito com
uso de corticoide para ver se melhora. Se não melhorar ter á que fazer uma cirurgia para
colocar um tubo de ventilação, que vai funcionar como a tuba e vai ficar arejando a
membrana timpânica. Em seis meses em média esse dreno vai ser expulso e durante esse
período deve-se descobrir a causa do problema tub ário. As pessoas que tem disfunção
tub ária sofrem muito quando viajam de avião. Como causa pode-se pensar em origem
alérgica, hipertrofia das adenoides e pessoas que não mastigam (muitas crianças
atualmente tomam só iogurte, todinho e não mastigam, essa falta de mastiga ção faz com a
tuba não abra e não desenvolva).
! Trauma na membrana timpânica por perfuração: com passar do tempo ela vai regenerar,
vai fechando e não precisa usar nada. O paciente nessa situação não pode molhar o ouvido
(não entrar na água). Apenas a membrana externa e a interna regeneram, enquanto a média (fibrosa) é perdida.
Observar na membrana - triângulo luminoso, umbigo, cabo e apófise curta do Martelo

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