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História da Filosofia:
A doutrina da cópula como relação objetiva foi apresentada pela primeira vez por De
Morgan e adotada pelo criador da lógica matemática, Boole. Para este, a lógica tem
duas espécies de relações: entre coisas e entre fatos; estas últimas também podem
ser chamadas de relações entre proposições. De acordo com essa teoria, a relação
expressa pela cópula é a mesma em todas as formas proposicionais, não porque sua
natureza esteja expressa na proposição, mas porque é estabelecida por convenção. A
cópula pode então expressar uma relação qualquer. Nesse sentido, ela foi chamada
por De Morgan de cópula abstrata. Peirce distinguiu os vários tipos de cópula da
seguinte maneira: "Cópula transitiva é aquela para a qual é válido o modo Barbara.
Alguns autores demonstraram o importante teorema de que, se usamos A1 para
representar a espécie de cópula cujo exemplo é 'maior que', então existe algum termo
relativo R tal que a proposição S e P seja precisamente equivalente a 'S é R a P e é R
a qualquer coisa à qual P seja R'. Cópula de inclusão correlativa é aquela para a qual
são válidos tanto o modo Barbara quanto a fórmula de identidade. Se representarmos
essa cópula com é, existirá um termo relativo R tal que a proposição 'S é P' seja
precisamente equivalente a S é R a qualquer coisa à qual P é R. Se a última
proposição se seguir da penúltima, qualquer que seja o termo relativo R, a cópula será
a de inclusão, usada por Peirce e outros. De Morgan usa uma cópula que vale para
qualquer relação que seja ao mesmo tempo transitiva e conversível, como p. ex. 'igual
a' ou 'da mesma cor de'. Para cada cópula desse tipo existirá algum termo relativo R
tal que a proposição 'S é P' será exatamente equivalente a 'S é R a cada coisa e só a
cada coisa à qual P é f. Tal cópula pode ser chamada de identidade correlativa. Se a
última proposição se seguir da penúltima, a cópula é a de identidade, usada por
Thompson, Hamilton, Baynes, Jevons e muitos outros" (Coll. Pap., 3, 622). Com mais
simplicidade, hoje se costuma distinguir uma cópula de pertença, simbolizada por E,
que designa a relação entre um indivíduo e uma classe; uma cópula de inclusão,
simbolizada por U, que designa a relação entre uma classe e outra classe; estas duas
espécies de cópulas são distinguidas de operador (ou quantificador) existencial (v.
OPKRADOR). De qualquer forma, a característica fundamental desta concepção de S.
predicativo é a máxima generalidade: as outras interpretações de cópula podem ser
consideradas casos especiais de relação, e como tais analisados. Além desses, é
possível considerar outros casos. É exatamente essa teoria da cópula que possibilita a
doutrina da proposição como função, segundo a qual o predicado é a função, e o
sujeito é a variável da função (v. FUNÇÀO).
Mesmo quando esses atributos deixaram de referirse à estrutura formal do Ser (o que
ocorreu no neoplatonismo antigo e árabe e no aristotelismo medieval), e passaram a
referir-se a um ente privilegiado (ou seja, não a todas as substâncias, mas à
substância superior que seria Deus), considerou-se que as outras substâncias
derivariam ou participariam desta, e que derivariam ou participariam de sua
necessidade e de seus atributos. Assim, segundo S. Tomás, a participação das coisas
criadas no Ser de Deus é participação da perfeição e da imutabilidade d'Ele (.V. Th., I,
q. 65. a. I). Mas o conceito que dominou a metafísica medieval e, através dela, a
moderna e a contemporânea, foi exposto por Avicena no séc. XI: a necessidade do
Ser como tal. Todo Ser enquanto tal, é necessário. Avicena dizia: "Se Uma coisa não é
necessária em relação a si mesma, é preciso que seja possível em relação a si
mesma, mas necessária em relação a uma coisa diferente" (Met., II, I. 2). A
propriedade essencial do possível é exatamente esta: precisar de outra coisa que o
faça existir em ato. Mas, por isso mesmo, o que existe em ato existe sempre
necessariamente, só que às vezes sua necessidade provém de outra coisa. Os
mesmos conceitos, expressos por Algazel (Met., I, I, 8), fundamentaram a escolástica
judaica e cristã.
Ao que parece, a ontologia de Hartmann escapa a essa tradição, pois não assume a
necessidade como significado primário do Ser, mas a efetividade (à qual seriam
redutíveis possibilidades e necessidades. A efetividade e a terceira alternativa da
modalidade do Ser, a assertoriedade. O Ser ao qual o dever ser e o poder ser se
reduzem, segundo Hartmann, é o Ser simplesmente existente, em sua pura
efetividade ou atualidade, o Ser que, no domínio da realidade de fato, apresenta-se
"desse modo e não de outro", ou seja, como existência análoga à matéria. Mas os
enunciados nos quais, segundo Hartmann, se expressa a redução do necessário e do
possível ao atual demonstram que, na realidade, a efetividade ainda é e sempre foi
necessidade. Esses enunciados são os seguintes: Aquilo que é realmente possível é
também realmente efetivo; o que é realmente efetivo é também realmente necessário;
e o que é realmente possível é também realmente necessário. Negativamente: a
aquilo cujo Ser é realmente impossível também é realmente inefetivo; o que é
realmente inefetivo também é realmente impossível; Aquilo cujo não-Ser é realmente
possível também é realmente impossível.
Locke contrapõe a certeza das proposições universais, que não dizem respeito à
realidade, à contingência das proposições particulares, que dizem respeito à
existência. "As proposições universais, de cuja verdade ou falsidade podemos ter
conhecimento seguro não dizem respeito à existência; as afirmações ou negações
particulares, que não seriam certas se transformadas em gerais, referem-se apenas à
existência, pois declaram somente a união ou a separação acidental das ideias em
coisas existentes, ideias que em sua natureza abstrata, podem não ter entre si
nenhuma ligação ou rejeição conhecida".
Esse conceito da sensação como órgão de conhecimento do que existe nada mais é
que o antigo conceito estoico de representação cataléptica, que "deriva de um ente
subsistente e é impressa e marcada por ele, de tal modo que se conforma a ele.” Essa
doutrina equivale a definir o Ser das coisas como possibilidade de manifestação delas
à percepção ou como percepção mesmo.
2. Identidade: para identificar e/ou distinguir algo e/ou alguém em relação a si mesmo
e/ou aos outros. Por exemplo "A=A" ou "A beleza é bela"
3. Predicação: para exprimir uma propriedade de determinado objeto. Por exemplo: "y
é x" ou a maçã é vermelha. Platão descobriu que é condição da predicação "não haver
identidade entre os referentes dos nomes colocados nas posições de sujeito e
predicado." [3]. Por exemplo: "Vênus é a estrela da manhã". Gramaticalmente, temos
um sujeito e um predicado, mas logicamente temos uma falsa predicação, pois
"Vênus" e a "estrela da manhã" são termos cujo objeto é o mesmo, um dos planetas
do Sistema Solar.
Em filosofia, ser é considerado não só como um verbo (existir) mas também como
substantivo ("tudo o que é"). Os termos ser e existência podem ter significados
diferentes, embora, na linguagem corrente, possam ser sinônimos ("ser" como "o fato
de ser" = existência). As formas identitativa e predicativa são objeto de estudo da
lógica.
Bertrand Russell percebe que a lógica de Hegel foi construída sobre uma confusão a
respeito dos significados do verbo ser
Fontes:
ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de Filosofia. São Paulo: Martins Fontes, 2007. p. 878 - 888
"Ser es simplemente poder": Más de 2.000 años después los científicos ratifican una teoría de Platón
DIAS, J. R. Barbosa. O Ser no "Sofista" de Platão. Kalagatos, revista de filosofia. Fortaleza. v.7 n. 14,
2010. p. 57 - (Wikipédia).