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DIREITO PENAL - RESUMO 2 PROVA

 Art. 235 - Bigamia


Obj. jurídico: preservação do casamento monogâmico;
Obj. material: casamento;
Suj. ativo: somente pessoa casada;
Suj. passivo: primeiramente o Estado, secundariamente o cônjuge do primeiro
casamento, e terceiramente o segundo cônjuge contanto que não saiba do primeiro
casamento;
El. objetivo: contrair casamento, não sendo suficiente para o crime a constituição de
união estável, a partir do 2º casamento já se constitui o crime independentemente de
ter mais de 2;
El. subjetivo: dolo (§1º- dolo direto);
Momento da consumação: quando o 2º casamento é oficialmente celebrado;
Possibilidade de tentativa: admite;
Classificação: próprio, material, de forma vinculada, comissivo, instantâneo de efeitos
permanentes, plurissubjetivo, plurissubsistente.
Particularidades: O termo inicial da prescrição não ocorre com a consumação, mas na
data em que o fato se tornou conhecido (art. 111, IV, CP). O conhecimento não precisa
ser oficial, ou seja, em registro de ocorrência policial; basta que se prove que a
comunidade, onde vive o bígamo, tenha ciência da situação. Pois, presume-se que a
autoridade tenha conhecimento do fato.

 Art. 236 - Induzimento a erro essencial e ocultação de impedimento


Obj. jurídico: interesse estatal na regularidade dos casamentos celebrados;
Obj. material: casamento;
Suj. ativo: qualquer pessoa que se case induzindo outra em erro ou ocultando-lhe
impedimento, que não seja outro casamento (neste caso é bigamia);
Suj. passivo: primeiramente o Estado, segundamente a pessoa ludibriada;
El. objetivo: contrair casamento ludibriando o outro;
El. subjetivo: dolo;
Momento da consumação: quando o casamento é oficialmente celebrado;
Possibilidade de tentativa: não admite;
Classificação: próprio, formal, de forma vinculada, comissivo, instantâneo de efeitos
permanentes, plurissubjetivo, plurissubsistente.
Particularidades: Se depois de ter descoberto o engano o indivíduo continuar casado,
então não cabe mais punição ao agente, pois não há mais punibilidade. Ação penal
privada personalíssima.

 Art. 297 - Falsificação de documento público


Obj. jurídico: fé pública;
Obj. material: documento público;
Suj. ativo: qualquer pessoa, mas próprio no §1º;
Suj. passivo: Estado, secundariamente a pessoa prejudicada pela falsificação
El. objetivo: falsificar, no todo ou em parte, documento público (desde que emanado
de funcionário público) - documento público (documento novo, que será criado) ≠
documento público verdadeiro (documento que já existe);
El. subjetivo: dolo;
Momento da consumação: quando qualquer conduta do tipo for praticada.
Possibilidade de tentativa: admite;
Classificação: comum, formal, de forma livre, comissivo, instantâneo, unissubjetivo,
plurissubsistente, não transeunte (deixa vestígios), de perigo abstrato.
Particularidades: uma modificação grosseira e visível de documento (público ou
particular), inapta a ludibriar pessoa comum, não é caracterizada como crime, pois trata-
se de crime impossível (art. 17, CP). Para a caracterização do crime, basta a modificação
do documento, não é preciso que cause efeitos naturalísticos (crime de perigo abstrato),
logo, guardar documento falsificado também configura o tipo penal, mesmo que ainda
sem ter sido utilizado, por causa do risco de dano, já que o mesmo pode ser utilizado a
qualquer momento (também vale para documentos particulares). Devido a regra de o
crime-fim absorver o crime-meio, o crime de falsificação pode ser absorvido pelo de
estelionato, sem mais potencialidade ofensiva (súm. 17, STJ). Havendo concurso entre
falsificação e uso documento falso, reconhece-se uma progressão criminosa,
respondendo apenas pelo uso de documento falso. Quem falsifica atestado ou certidão
emitida por escola responde por falsificação e não pelo art. 301 (certidão ou atestado
ideológica ou materialmente falso), sendo competente a Justiça Estadual. O artigo trata
também sobre falsificações na carteira de trabalho e previdência social, entretanto,
importa constar que, se tratando de direitos trabalhistas, se responde pelo art. 49 da
CLT e as penas do art. 299, CP, mas se tratando dos direitos relativos à previdência social,
cabe o art. 297.

 Art. 298 - Falsificação de documento particular


Obj. jurídico: fé pública,
Obj. material: documento particular,
Suj. ativo: qualquer pessoa;
Suj. passivo: Estado, secundariamente, a pessoa prejudicada pela falsificação;
El. objetivo: falsificar ou alterar documento particular (não emanado por funcionário
público, ou que não preencha as formalidades legais), no caso em que a falsificação,
mesmo sendo grosseira, trouxer vantagem indevida ao agente em prejuízo de outra
pessoa, pode se tratar de estelionato;
El. subjetivo: dolo;
Momento da consumação: quando qualquer conduta prevista no tipo é praticada,
independentemente de resultado naturalístico;
Possibilidade de tentativa: admite;
Classificação: comum, formal, de forma livre, comissivo, instantâneo, unissubjetivo,
plurissubsistente, de perigo abstrato (risco de dano presumido).
Particularidades: equipara-se a documento particular o cartão de crédito ou débito.
Enquanto que o cheque só se equipara quando já tiver sido apresentado ao banco e
recusado por falta de fundos, visto não ser mais transmissível por endosso. Fotocópias
sem autorização, documentos impressos sem assinatura ou documentos anônimos não
podem ser considerados documentos particulares para efeitos desse artigo.

 Art. 299 - Falsidade ideológica


Obj. jurídico: fé pública;
Obj. material: documento público ou particular;
Suj. ativo: qualquer pessoa, e próprio no parágrafo único;
Suj. passivo: Estado, e secundariamente a pessoa prejudicada pela falsificação;
El. objetivo: tipo penal, texto do art.;
El. subjetivo: dolo;
Momento da consumação: quando qualquer conduta do tipo é praticada;
Possibilidade de tentativa: admite na forma plurissubsistente, que não é a omissiva;
Classificação: comum, formal, de forma livre, comissivo ("inserir" ou "fazer inserir") e
omissivo ("omitir"), instantâneo, unissubjetivo, unissubsistente ou plurissubsistente
conforme o caso.
Particularidades: petição de advogado não é considerada documento, para fins penais.
Nem declaração de pobreza. No caso de laudo médico, pode, se o médico afirmar, em
laudo, que o paciente tem doença grave inexistente, mas não se pode considerar como
tal a sua conclusão (meramente opinativa) acerca do período necessário para repouso
ou afastamento do trabalho. Também não configura o delito a declaração particular
prestada em cartório de notas, pois se a finalidade do declarante era produzir provas é
apenas um meio ilegítimo de produção e não falsidade. Quanto as falsificações na
carteira de trabalho e previdência social, importa constar que, se tratando de direitos
trabalhistas, se responde pelo art. 49 da CLT e as penas do art. 299, CP, mas se tratando
dos direitos relativos à previdência social, cabe o art. 297.

* Falsificação (intervenção material no objeto alterado) ≠ falsidade (constitui uma


atitude intelectual ou ideológica). Logo, a falsificação material altera a forma do
documento, construindo um novo ou alterando o que era verdadeiro, produzindo este
documento sozinho através de itens (ex. timbres) semelhantes; enquanto que a
falsidade ideológica, provoca uma alteração de conteúdo, que pode ser total ou parcial,
deste modo, o sujeito, fornecendo dados falsos, consegue fazer com que o órgão
competente legitimo emita um documento com conteúdo que não corresponde à
realidade.

* FALSIDADE EM FOLHA DE PAPEL EM BRANCO - havendo a sua entrega, assinada por


alguém, para o fim de preenchimento em outra oportunidade com termos específico,
ocorrendo a deturpação do conteúdo, é a concretização de falsidade ideológica. Logo,
não se trata de falsidade material, que pressupõe a desfiguração do documento,
transformando-o em algo diverso. A folha em branco é construída pelo agente do crime
e quem a forneceu já sabia que o conteúdo seria formado posteriormente.

 Art. 312 - Peculato


Obj. jurídico: administração pública;
Obj. material: dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel; todavia, importa ressaltar
que se o funcionário vende um bem que não tem valor monetário, mesmo que não gere
prejuízos financeiros direitos a administração pública, ainda, o funcionário responde por
peculato, pois o crime se caracteriza pela violação da confiança da adm pública;
Suj. ativo: funcionário público;
Suj. passivo: Estado, e secundariamente a entidade de direito público ou o particular
prejudicado;
El. objetivo: tipo penal: peculato-apropriação (caput), peculato-desvio (caput) e
peculato-furto (§1º);
El. subjetivo: dolo ou culpa, conforme o caso;
Figura culposa: o funcionário tem o dever de agir, impedido o resultado de ação
delituosa de outrem, não o fazendo, responde por peculato culposo, ex.: vigia de prédio
público que se desvia da sua função de guarda e por negligência acaba permitido que
terceiros invadam e subtraiam bens do local; o peculato culposo será sempre
plurissubjetivo, pois necessita da presença do funcionário (garante) e de terceiro que
comenta o crime dolosamente;
Momento da consumação: quando houver prejuízo material para o Estado;
Possibilidade de tentativa: admite;
Classificação: próprio, material, de forma livre, comissivo, instantâneo, unissubjetivo
ou plurissubjetivo (em caso de peculato culposo), plurissubsistente.
Particularidades: Se provado que havia intenção de restituir, ou seja, que não queira se
apossar do bem (infungível) e que ele está só sob sua guarda e o utilizando para
benefício próprio, o fato pode se tornar atípico, constituindo apenas mero ilícito
administrativo, isto não se aplica, entretanto, quando o bem for dinheiro (fungível);
ainda, conforme esse entendimento, se um funcionário público por ex. fizer uso de carro
que esteja em sua posse por razão do cargo e for verificado consumo de gasolina ou de
outro material, configurar-se-á o crime de peculato. Cabe defesa preliminar e é
afiançável cabe, portanto, o procedimento do art. 514, caput, CPP. Funcionário que
recebe dinheiro ou outro valor de particular e aplica na própria repartição comete
peculato-desvio, pois qualquer investimento nos prédios públicos depende de
autorização e qualquer recebimento de vantagem exige a incorporação oficial ao
patrimônio do Estado. Se receber valores indevidos, porque os solicitou a particular,
ingressa no contexto de corrupção passiva, ainda que os aplique na repartição onde
trabalha.

* Peculato = furto de coisa do Estado.

 Art. 316 - Concussão


Obj. jurídico: administração pública;
Obj. material: a vantagem indevida ou o tributo ou a contribuição social;
Suj. ativo: funcionário público;
Suj. passivo: Estado, e secundariamente entidade de direito público ou outra pessoa
prejudicada;
El. objetivo: tipo penal do art.;
El. subjetivo: dolo;
Momento da consumação: quando houver a exigência ou o efetivo recebimento,
dependendo d afigura típica;
Possibilidade de tentativa: admite na forma plurissubsistente;
Classificação: próprio, formal (material, quanto a "empregar na cobrança" do §1º), de
forma livre, comissivo, instantâneo, unissubjetivo, unissubsistente ou plurissubsistente
conforme o caso.
Particularidades: Cabe defesa preliminar e é afiançável cabe, portanto, o procedimento
do art. 514, caput, CPP. Trata-se de norma penal em branco, pois é preciso consultar os
meios de cobrança de tributos e contribuições, instituídos em lei específica, para apurar
de está havendo excesso de exação (exação é a cobrança pontual de impostos).
 Art. 317 - Corrupção passiva
Obj. jurídico: administração pública;
Obj. material: vantagem indevida;
Suj. ativo: funcionário público;
Suj. passivo: Estado, e secundariamente a entidade pública de direito ou outra pessoa
prejudicada;
El. objetivo: tipo penal do art.;
El. subjetivo: dolo;
Momento da consumação: quando qualquer conduta do tipo for praticada,
independentemente de efetivo prejuízo para a adm.
Possibilidade de tentativa: admite na forma plurissubsistente;
Classificação: próprio, formal, de forma livre, comissivo, instantâneo, unissubjetivo,
unissubsistente ou plurissubsistente conforme o caso.
Particularidades: a absolvição do corrupto ativo, implica na absolvição do passivo. Cabe
defesa preliminar e é afiançável cabe, portanto, o procedimento do art. 514, caput, CPP.
Cabe aplicação do princípio da insignificância para pequenos mimos ou lembranças

* Corrupção própria (quando a prática se refere a ato é ilícito, contrário aos deveres
funcionais do agente) ≠ imprópria (quando a pratica se refere a ato lícito, inerentes aos
deveres impostos pelo cargo ou função do agente).

 Art. 317 - Corrupção passiva


Obj. jurídico: administração pública;
Obj. material: vantagem indevida;
Suj. ativo: funcionário público;
Suj. passivo: Estado, e secundariamente a entidade pública de direito ou outra pessoa
prejudicada;
El. objetivo: tipo penal do art.;
El. subjetivo: dolo;
Momento da consumação: quando qualquer conduta do tipo for praticada,
independentemente de efetivo prejuízo para a adm.
Possibilidade de tentativa: admite na forma plurissubsistente;
Classificação: próprio, formal, de forma livre, comissivo, instantâneo, unissubjetivo,
unissubsistente ou plurissubsistente conforme o caso.
Particularidades: a absolvição do corrupto ativo, implica na absolvição do passivo.
Aquele que dá a vantagem indevida responde por corrupção ativa.

* Cifra negra: são os crimes ocorridos e não punidos, por medo dos particulares de
denunciar, que ficam fora das estatísticas oficiais.

* Quando alguém encaminha a vantagem (solicitada ou não) ao funcionário com fins de


torna-lo flexível e receptivo a pedidos futuros comete-se corrupção passiva como
partícipe. Entretanto, se esse alguém encaminha a vantagem com um fim específico,
naquele momento, de um determinado ato de ofício comete-se corrupção ativa.

 Art. 333 - Corrupção ativa


Obj. jurídico: administração pública;
Obj. material: vantagem indevida;
Suj. ativo: qualquer pessoa;
Suj. passivo: Estado;
El. objetivo: tipo penal do art.;
El. subjetivo: dolo;
Momento da consumação: quando houver o oferecimento ou a promessa;
Possibilidade de tentativa: admite na forma plurissubsistente;
Classificação: comum, formal, de forma livre, comissivo, instantâneo, unissubjetivo,
unissubsistente ou plurissubsistente conforme o caso.
Particularidades: não se exige que a corrupção passiva esteja devidamente demonstrar
para ser configurado como corrupção ativa, logo, não é delito bilateral.

* Se o agente der ao servidor uma vantagem indevida para que realize (omita ou retarde)
ato de ofício, configura corrupção ativa; mas se o agente der ao funcionário uma
vantagem indevida porque este solicitou ou meramente receber, para qualquer outro
fim (que não é o de ofício), pratica corrupção passiva.

 Art. 342 - Falso testemunho ou falsa perícia


Obj. jurídico: administração da justiça;
Obj. material: pode ser o depoimento, o laudo, o cálculo ou a tradução;
Suj. ativo: somente a testemunha, o perito, o contador, o tradutor ou o intérprete;
Suj. passivo: Estado, e secundariamente a pessoa prejudicada pela falsidade produzida;
El. objetivo: tipo penal do art.;
El. subjetivo: dolo;
Momento da consumação: quando qualquer conduta do tipo for praticada,
independentemente de efetivo prejuízo para o Estado ou terceiros.
Possibilidade de tentativa: não admite;
Classificação: próprio, formal, de forma livre, comissivo ou omissivo conforme o caso,
instantâneo, unissubjetivo, unissubsistente.
Particularidades: se antes da sentença, no processo em que ocorreu o ilícito, o agente
se retrata ou declara a verdade, o fato deixa de ser punível (§2º). Se o fato falso não for
juridicamente relevante para o deslinde da causa, trata-se de crime impossível, pois não
tem a capacidade de lesar o bem jurídico protegido, que é a administração da justiça. A
opinião da testemunha sobre determinado fato também não configura crime de falso,
mesmo que a resposta seja mentira, cabe ao juiz valorar da forma que achar melhor. O
direito da testemunha de faltar com a verdade ou se calar, para evitar se comprometer,
está garantido pelo princípio constitucional do direito ao silêncio e de não ser obrigado
a se autoacusar. Aos parentes e a vítima não é imposto o compromisso da verdade de
depoimento, e prestam depoimento como mero declarantes.

* Concurso de pessoas no crime de falso - seria admissível um partícipe, que será punido
com pena menor do autor do suborno da testemunha ou perito. No caso de partícipes
que apresentam conduta mais reprovável que o autor do falso ou nos casos em que não
haja oferecimento de lucro ou dinheiro especificamente mas oferece outras vantagens
(não responde, portanto, por suborno), merece a mesma sanção do falso.

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