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INVESTIGAÇÃO DOS MODELOS DE CIRCUITOS DE SINCRONISMO TRIFÁSICOS BASEADOS

NA TEORIA DAS POTÊNCIAS REAL E IMAGINÁRIA INSTANTÂNEAS (p-PLL E q-PLL).

EVANDRO M. SASSO(1), GUILHERME G. SOTELO(1), ANDRÉ A. FERREIRA(2)(*), EDSON H. WATANABE (1),


MAURÍCIO AREDES (1), PEDRO G. BARBOSA(2)
(1)
COPPE – Laboratório de Eletrônica de Potência, Programa de Engenharia Elétrica
Universidade Federal do Rio de Janeiro
PO Box 68.504, CEP 21.945-970, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
site: www.coe.ufrj.br
(2)
Departamento de Energia Elétrica, Universidade Federal de Juiz de Fora
PO Box 422, CEP 36.001.970, Juiz de Fora, MG, Brasil
E-mail: pgomes@engelet.ufjf.br

Resumo Este artigo apresenta modelos matemáticos de dois circuitos de deteção de fase de sistemas trifásicos (q-PLL e p-
PLL) baseados na teoria das potências real e imaginária instantâneas. Os circuitos modelados são analisados a partir de técnicas
de pequenas perturbações e através de simulações digitais. São apresentados resultados mostrando que os PLLs propostos podem
detetar a fase do sistema trifásico mesmo em presença de ruídos ou perturbações transitórias. Alguns resultados experimentais
são usados para confirmar os modelos matemáticos e as simulações computacionais.

Abstract This paper describes mathematics models of two detection phase circuits of three-phase systems (q-PLL and p-PLL)
based in the instantaneous real and imaginary power theory. The modeled circuits are analyzed from small signal techniques and
by digital simulations. Results are presented showing that the proposed PLLs are able to detect the phase of three-phase systems,
even when they operate in the presence of noise or transitory perturbations. Some experimental results are used to confirm
mathematical models and computational simulations.

Keywords PLL, pq theory, small signals model.

pamento como um todo. Desta forma, eles têm uma


1 Introdução importância vital para o bom desempenho dos equi-
pamentos FACTS, etc.
A atual complexidade do sistema elétrico e a necessi- Neste cenário, circuitos de sincronismo PLL tri-
dade de se aumentar a sua flexibilidade de controle fásicos passaram a ter importância vital no controle
fizeram com que a eletrônica de potência se tornasse dos equipamentos de eletrônica de potência conecta-
uma importante ferramenta para os engenheiros ele- dos à rede (e.g., Aredes,1996; Aredes and Santos,
tricistas. Este fato se tornou notório a partir da cria- 2000).
ção do conceito FACTS por Hingorani (1988) (Hin- Vários autores (e.g., Chung, 2000; Zhan et al.,
gorani and Gyugyi, 1999). Com isto, novas possibili- 2001), propuseram PLLs baseados em transformada
dades e soluções para os problemas no sistema elétri- dq e obtiveram resultados satisfatórios, porém há du-
co tem surgido, por meio da aplicação destes novos vidas se eles são suficientemente precisos para o seu
dispositivos de eletrônica de potência como filtros uso em equipamentos como STATCOM, onde erros
ativos, STATCOM, UPFC, entre outros. de apenas 1grau, ou menos, na fase, podem ser signi-
Estes dispositivos de eletrônica de potência têm ficativos. Desta forma, este trabalho propõe o estudo
de operar sincronizados com as tensões do sistema de dois circuitos de sincronismo PLLs baseados na
elétrico tornando necessário o uso de circuitos que Teoria p-q (Akagi, Kanazawa e Nabae, 1984) e atra-
garantam este sincronismo. Os sistemas mais simples vés de estudos matemáticos e simulações computaci-
de sincronismo apenas detectam a passagem da ten- onais analisa em detalhes um destes circuitos. O es-
são por zero ou detectam a fase a partir da tensão de tudo é validado através da comparação dos resultados
uma das fases. Porém, a presença de ruídos ou defa- simulados com resultados experimentais. O objetivo
sagens provocam erros graves nos sinais de sincro- em futuro próximo será a comparação destas várias
nismo. Em muitos casos as tensões ou correntes são técnicas.
perfeitamente senoidais, porém desequilibradas.
Mesmo nestes casos, é fundamental que haja circui-
tos de sincronismo capazes de detectar com precisão 2 Circuitos de Sincronismo p-PLL e q-PLL
a fase do conjunto de tensões que formam as compo-
nentes de seqüência positiva. Para isto são necessári- Os circuitos PLL apresentados neste artigo são es-
os circuitos mais sofisticados utilizando os conceitos truturas robustas, que podem rejeitar altos níveis de
do Phase Locked Loop (PLL) Trifásico. A resposta ruído e harmônicos ou desequilíbrio que estejam
dinâmica e em regime permanente destes circuitos de contidos nas tensões trifásicas do sistema elétrico.
sincronismo afetam fortemente a dinâmica do equi- Para este estudo assume-se que as tensões trifásicas
(*)Atualmente doutorando na UNICAMP/DSCE
e-mail:andreaug@dsce.fee.unicamp.br

480
são dadas por (1). Nestas tensões estão incluídas as
componentes de seqüência positiva fundamental V+,
i ’β
seqüência negativa fundamental V-, e harmônicas Vih, -cos
(i = a, b, c).
v a = 2V + sin(ωt + φ + ) + 2V − sin(ωt + φ − ) + vβ X kp
∑ 2V ah sin(ω h t + φ h ) + p’ + ωc 1 θc
+ + - + s
vb = 2V+ sin(ωt − 2π / 3 + φ+ ) + 2V− sin(ωt + 2π / 3 + φ− ) + vα ki
X p* s
(1)
∑ 2Vbh sin(ωht + φh )
sin
vc = 2V+ sin(ωt + 2π / 3 + φ+ ) + 2V− sin(ωt − 2π / 3 + φ − ) + i ’α

∑ 2Vch sin(ω h t + φh )
Figura 1. Diagrama de blocos do circuito p-PLL.
O PLL trifásico a ser estudado neste trabalho tem a
função de detectar o ângulo de fase referente apenas
à componente de seqüência positiva da componente i ’β
fundamental da tensão da fase “a”. Os ângulos de -cos
fase das fases “b” e “c” podem ser obtidos pela adi-
ção dos ângulos -120º e -240º, respectivamente. Ape- vα X kp
sar da componente de seqüência negativa estar na ωc
- q’ +
1 θc
mesma freqüência fundamental ela deve ser rejeitada. + - s
+ +
Desta forma, o PLL produz um sinal de saída que ki
está sincronizado tanto em fase como em freqüência vβ X q* s
com a componente fundamental de seqüência positiva
da tensão de entrada. Nota-se que não foi incluída a sin
tensão de seqüência zero porque esta pode ser facil- i ’α
mente eliminada com o uso de transformadores ou
pela transformada de Clarke (Clarke, 1950).
A Fig. 1 mostra o diagrama de blocos do circuito Figura 2. Diagrama de blocos do circuito q-PLL.
de sincronismo denominado p-PLL, enquanto a Fig. 2 por isto, chamado de p-PLL ou potência imaginária
mostra o q-PLL. Ambos operam baseados no instantânea e, por isto, chamado de q-PLL. A utiliza-
conceito da teoria de potência instantânea (Akagi et ção deste circuito com controle baseado na potência
al, 1984; Watanabe et al., 1993). Nestas duas figuras, imaginaria instantânea pode ser encontrada com mai-
as tensões vα e vβ correspondem à transformada de ores detalhes em (Barbosa, 2000).
Clarke das tensões das fases como mostrado a seguir: A partir dos diagramas de blocos apresentados
v a  na Fig.1 e Fig.2 é fácil perceber que os circuitos pro-
v α  2  1 - 1/2 - 1/2    postos, p-PLL e q-PLL, podem apresentar cada um,
v  = ⋅  vb (2)
 β 3  0 3/2 - 3/2   dois tipos distintos de configuração, conforme o sinal
v c 
da variável de controle. A Tabela 1 apresenta as con-
Nos diagramas de blocos apresentados na Fig. 1 figurações possíveis para o PLL, conforme a variável
e Fig. 2, as tensões vα e vβ são multiplicadas por du- de controle dada por (3), assumindo-se uma referên-
as correntes fictícias (i’α e i’β) ou (i’β e i’α), respecti- cia p* ou q* igual a zero e seus respectivos pontos de
vamente. Estas duas correntes fictícias são na verda- operação.
de variáveis auxiliares e seus produtos são dados por: Como todas as configurações apresentam mode-
 p ’ vα v β  i’α  lagens matemáticas idênticas, optou-se, por simplici-
q ’ =  v - v  i’  (3) dade, analisar unicamente a configuração q-PLL(0°),
   β α
 β correspondente à Fig. 2. Esta configuração foi esco-
No caso da Fig. 1 o produto das tensões com es- lhida com o objetivo de gerar um sinal de sincronis-
tas correntes fictícias resultam na potência real, tam- mo em fase com a tensão da fase “a”.
bém fictícia. No caso da Fig. 2 a potência fictícia re- Quando a freqüência angular ωc (rad/s) gerada
sultante é imaginária. Em ambos os casos estas po- pelo PLL for igual à freqüência angular fundamental
tências são comparadas com uma referência, no caso do sistema ω (rad/s) e, as correntes fictícias i’α e i’β
feita igual a zero. Em seguida um controlador pro- estiverem em fase (0 rad) com as tensões do sistema
porcional – integral (PI) produz como saída ωc, que é vα e vβ, o valor médio do sinal de entrada (q’) do
integrado e produz θc = (ωt+φ+). controlador PI se anulará. O bloco integrador do PLL
Os modelos apresentados nas Fig. 1 e Fig. 2 se possui um “reset”, cuja função é “zerar” o resultado
diferenciam do utilizado em (Aredes et al, 2000) de- da integração do sinal ωc gerando o ângulo de sincro-
vido ao fato de utilizarem potência real instantânea e, nismo θc variável entre 0 e 2π rad.

481
Tabela 1: Configurações do PLL.
Kp

Defasagem do sinal ∆q* = 0 +


+
∆ω c 1 ∆θ c
Variável de
Configurações de saída em relação s
Controle -
Ki
+
ao sinal de entrada ∆q’ s
q’ 0°
q-PLL
-q’ 180°
p’ 90°( adiantado) Modelo Linearizado
p-PLL
-p’ 90°( atrasado)
O desempenho dinâmico do q-PLL é basica-
mente determinado pelos ganhos do controlador pro-
∆vα ∆v β
porcional (kp) e do integral (ki). Da estrutura proposta
pode-se derivar um modelo de pequenos sinais a par-
tir da potência imaginária instantânea que é usada Figura 3. Diagrama do circuito de sincronismo linearizado
para alimentar o controlador PI. Sendo as tensões do De (6) pode-se deduzir as funções de transferência
sistema elétrico, nas coordenadas αβ, dadas por (2) que relacionam o sinal de saída ∆ωc com os sinais de
tem-se: entrada ∆ω e ∆V.
q’= v ⋅ i ’−vα ⋅ i β ’= − 3V sin(θ − θ c ) (4) ∆ω c ( − k i k1 ) s + ( −k p k1 ) s
2

= (8)
onde V é o valor eficaz da tensão de fase do sistema ∆V s 2 + k p ko s + ki k0
(V), a qual pode conter componentes fundamentais
de seqüência positiva e negativa, e harmônicos, mas ∆ω c (k p k0 ) s +k i k0
= 2 (9)
em regime permanente, a mesma deve conter apenas ∆ω s + k p k o s + k i k 0
componentes fundamentais de seqüência positiva; Estando o sistema elétrico em regime perma-
θ =(ωt +φ+), sendo ω a freqüência fundamental nente (φc = φ) e sendo V = 1p.u., tem-se a partir de
(rad s-1) e φ+ ângulo de fase (rad) das tensões de se-
qüência positiva do sistema; θc = (ωct +φc), sendo ωc (6) que k0 = 3 e k1 = 0.
a freqüência angular (rad s-1) e φc angulo de fase (rad) Então, pode-se observar em (8) que variações na
do sinal de sincronismo gerado pelo PLL. amplitude da tensão do sistema, ∆V, quando este es-
A linearização de (4), para pequenas perturbações em tava anteriormente em regime permanente, não cau-
torno de um ponto de operação, é dada por: sam perturbações no sinal de sincronismo gerado
pelo PLL. Porém de (9) nota-se que variações na fre-
∆q’= − 3V0 cos(θ 0 − θ c 0 )∆θ +
(5) qüência das tensões do sistema causam perturbações
3V0 cos(θ 0 − θ c 0 )∆θ c − 3 sin(θ 0 − θ c 0 )∆V na freqüência do sinal de saída do circuito de sincro-
onde, o sub-índice “zero” representa os valores em nismo. O diagrama de Lugar das Raízes e a localiza-
regime permanente no ponto de linearização. ção dos pólos e zeros da função de transferência de
A Fig. 3 mostra um modelo simplificado do q-PLL (9) são vistos nas Fig.’s 4 e 5, respectivamente, onde
obtido a partir de (5), da qual, pode-se deduzir uma G(s) é função de transferencia de malha aberta. Ob-
representação para o q-PLL. Obtém-se então: serva-se através destas figuras que a localização do
“zero” de (9) é dada por – ki / kp.
∆θc (s)   0 1  ∆θc (s) 
s⋅  = - k k - k k   + Analisando a função de transferência dada por
∆ωc (s)  i 0 p 0  ∆ωc (s) (9), nota-se que o erro em regime estacionário tanto
(6)
 0 0  ∆ω(s) para uma entrada em degrau unitário (erro de posição
(k k /s)+ k k -kk − s(k k )   estático) quanto para uma entrada em rampa unitária
 i 0 p 0 i 1 p 1  ∆V (s)
(erro de velocidade estático), é zero. Porém para uma
onde, k 0 = 3V0 cos(θ 0 − θ c 0 ) e k1 = − 3 sin(θ 0 − θ c 0 )
Baseado no modelo pode-se determinar a influ-
ência de kp e ki na localização dos pólos e, conse- G ( s) = k
(k k s + k k )
p 0 i 0

s2
quentemente, sobre o comportamento dinâmico do
circuito de sincronismo. Analisando (6), é possível
observar que o modelo linearizado do PLL se com-
porta como um sistema de segunda ordem, cujos pó-
los são:
− k p k0 ± (k k ) 2
− 4k i k 0
λ1, 2 =
p 0
(7)
2
Para que o modelo não tenha autovalores com
parte real positiva é necessário que a condição
ki⋅k0 > 0 seja respeitada.
Figura 4. Lugar das raízes de (9), para kp= 120, ki=15000 e k0=√3.

482
Para o caso exemplo (a), tem-se que as tensões
da fonte trifásica são dadas pela Eq. (1), onde o valor
de V+ é 1p.u. e os valores de V- , Vnh (n = a, b e c) e φ+
são iguais à zero.
Na Fig. 7 observam-se a tensão da fase “a” (va)
do sistema elétrico e o ângulo de sincronismo (θc) ge-
rado pelo q-PLL (0°). Em t = 0,1s as amplitudes das
tensões das três fases dobram de valor. Nota-se que o
ângulo θc está em fase com va e que a variação na
amplitude da tensão do sistema não causa perturba-
ção no sinal de sincronismo gerado, como era espe-
rado, conforme análise de (8).
Para o caso (b), foram escolhidas tensões “ re-
tangulares” de 120° para o sistema trifásico, confor-
Figura 5. Localização dos pólos e zeros da Eq. (9), para diferentes me mostrado na Fig. 8. Esta tensão “retangular” foi
valores de kp, com ki=15000 e k0=√3. considerada equilibrada nas três fases. Nesta figura
entrada da forma parábola unitária, o erro de regime observam-se a tensão da fase “a” (va), a sua compo-
estacionário (erro de aceleração estático) é: nente fundamental va1 e o ângulo de sincronismo (θc)
ess = 1/(ki k0). gerado pelo q-PLL (0°), o qual está em fase com a
A Fig. 6 mostra a resposta de ∆ωc ao degrau unitário componente fundamental de va.
Para se dar uma idéia do grau de distorção harmônica
de ∆ω para kp = 120, ki = 15000 e k0 = 3 obtida a em que pode se chegar, sem afetar o desempenho do
partir de (9). A curva referente ao modelo real nesta circuito PLL, uma análise harmônica é feita a seguir.
figura é relativo ao modelo completo (não lineariza- Na Fig. 9(a) observam-se a tensão da fase “a” (va) do
do) implementado no programa Simulink/Matlab, sistema elétrico e o seu espectro harmônico. Na Fig.
descrito na seção seguinte. Esta figura mostra que, 9(b) mostram-se um sinal quase senoidal gerado a
apesar do sistema ser altamente não-linear, a resposta partir do sinal de sincronismo θc gerado pelo q-PLL,
linearizada está bem próxima da resposta não-linear. e o seu espectro harmônico. Estas figuras mostram
que, apesar do sinal de entrada do q-PLL ser uma
3 Simulações Computacionais onda com alto conteúdo harmônico, o sinal de sin-
cronismo resultante apresenta um erro relativamente
Para o estudo simulado, utilizou-se como base o PLL pequeno (ondulações na rampa de θc).
da Fig. 2 e os ganhos escolhidos para as simulações Para o exemplo (c), tomou-se as mesmas tensões
foram: kp = 120 e ki = 15000. da fonte trifásica do exemplo (a), porém acrescidas
A seguir, vê-se a validação do modelo proposto de 10% de componente fundamental de seqüência
através de três exemplos: negativa. Na Fig. 10 observam-se as tensões do sis-
a) Circuito com fonte de tensão trifásica equilibra- tema e o sinal de sincronismo θc gerado pelo q-PLL.
da. A componente de seqüência negativa acrescen-
b) Circuito com fonte de tensão trifásica com har- tada na freqüência fundamental gera com os sinais de
mônicos. realimentação i’α e i’β potência imaginária na dupla
c) Circuito com fonte de tensão trifásica com se- freqüência, 2ω, e não gera valor médio. Portanto, sua
qüência negativa. presença não deve afetar o ângulo de fase do sinal de
sincronismo do PLL, independentemente do ângulo

Figura 6. Resposta ao degrau unitário dos modelos real e lineari- Figura 7. Resultados simulados para tensão de linha va (x7) e ân-
zado para kp=120, ki=15000. gulo de sincronismo gerado pelo q-PLL (0º).

483
Figura 8. Resultados simulados para tensão da fase ‘a’ (va) do Figura 10. Tensões do sistema e o sinal de sincronismo gerado
sistema elétrico, a sua fundamental e o ângulo de sincronismo (θc) pelo q-PLL
gerado pelo q-PLL (0°)
apresentados algumas propostas de soluções para este
de fase da componente de seqüência negativa. Em problema.
outras palavras, como os sinais de realimentação i’α e Da análise realizada, pode-se concluir que a es-
i’β correspondem a uma realimentação de correntes colha dos ganhos do controlador proporcional e inte-
fictícias de seqüência positiva, transformadas para as gral são fundamentais para o correto desempenho do
coordenadas αβ0, o sinal θc deverá estar em sincro- PLL. Nota-se que foi detectado que ganhos do con-
nismo com, a seqüência positiva, na freqüência fun- trolador-PI “grandes” resultam em respostas menos
damental, da tensão de entrada do PLL. Contudo esta precisas quando existem harmônicos no sinal de en-
oscilação de freqüência 2ω pode gerar erros na fase trada.
do sinal de sincronismo. Em (Zhan et al., 2001) são
4 Resultados experimentais

Na Fig. 11 é mostrada a implementação em labo-


ratório do circuito de sincronismo proposto. As ten-
sões da fase "a" e "b" são condicionadas e, posteri-
ormente, enviadas ao microcomputador através de
uma porta A/D (Analógico/Digital) do sistema de
aquisição de dados (placa PCL 818, Advantech Co.).
O microcomputador é responsável pelo processa-
mento dos dados, onde a tensão da fase “c” é obtida
indiretamente através das tensões medidas das fases
“a” e “b”. A tensão da fase “c” é igual a –(va+vb).
Esta simplificação tem o objetivo de reduzir o tempo
computacional que seria gasto na coleta de mais um
(a) canal analógico. Após o processamento do sinal pelo
circuito de sincronismo, os sinais da tensão da fase
"a" e o seu ângulo de fase rastreado pelo circuito de
sincronismo, são enviados ao osciloscópio, através
do conversor D/A (Digital/Analógico) da mesma pla-
ca PCL-818.
O sistema de controle foi implementado na lin-
guagem de programação Borland C.
Na implementação experimental usando a placa
de aquisição o sistema de equações do PLL é discre-
tizado, sendo que o intervalo de aquisição de dados é
constante e muito pequeno. Nesse trabalho fez-se a
opção pela utilização do método de Euler para obter
a solução numérica das equações diferenciais do cir-
cuito de sincronismo. Contudo, nada impede que
(b) métodos mais sofisticados sejam também aplicados,
como o método de Runge-Kutta 5º ordem, por exem-
Figura 9. (a)Tensão va e seu espectro harmônico. (b) sin(θc) e seu plo.
espectro harmônico.

484
Va amostrada.
Va sec.

Figura 11. Diagrama de blocos esquemático do sistema de aquisi-


ção de dados.
Figura 12. Tensão da fase "a" no lado secundário do transforma-
A Fig. 12 mostra a tensão do sistema elétrico dor e a amostrada através placa de aquisição de dados PCL-818.
medida no secundário do transformador e a tensão
amostrada pelo computador através da placa de aqui-
sição de dados PCL-818 para a fase “a”. Estas ten- Va
sões por serem reais não são senoidais puras. Theta

A Fig. 13 apresenta os resultados experimentais


para a tensão da fase "a" amostrada e o ângulo de-
tectado pelo circuito de sincronismo, para o q-PLL na
configuração 0°.

5 Conclusão

Este artigo apresentou modelagem matemática, Figura 13. Tensão da fase "a" do sistema elétrico e ângulo do cir-
simulações e resultados experimentais dos modelos cuito de sincronismo – Configuração 0º.
de circuitos de sincronismo q-PLL. Aredes, M. et al. (2000). An HVDC System Em-
Analisando os resultados das simulações é possí- ploying Multipulse GTO-Converters. Proceed-
vel verificar que o modelo linearizado apresentado é ings of the IPEC, Tokyo, Japan, vol.4, pp. 1934-
satisfatório. E através de uma correta escolha dos ga- 1939.
nhos do controlador PI, os circuitos propostos conse- Barbosa, P. G. (2000). Compensador Série Síncrono
guem rejeitar altos níveis de ruído e harmônicos con- Estático Baseado em Conversores VSI Multipul-
tidos nos sinais de entrada. so. D.Sc. Tese, COPPE / UFRJ, Rio de Janeiro,
O modelo implementado em laboratório apre- RJ, Brasil.
sentou bons resultados, os quais validaram os resul- Chung, S. (2000). A Phase Tracking System for
tados obtidos através de simulações computacionais. Three Phase Utility Interface Inverters. IEEE
Para uma melhor análise da performance do PLL Transactions on Power Electronics, vol. 15, pp.
proposto, o mesmo deve ser analisado frente a outros 431-438.
modelos, tais como os modelos baseados na trans- Clarke, E. (1950). Circuit Analysis of A-C Power
formada dq, aqui já mencionados. E deve ser imple- Systems, 2 vols. General Electric Co.,
mentado em DSPs. Estes são assuntos que serão Schenectady, N. Y.
abordados em trabalhos futuros. Hingorani, N. G. (1988). Power Electronics in Elec-
tric Utilities: Role of Power Electronics in Future
Referências Bibliográficas Power Systems, Proceedings of the IEEE, vol.
76, no. 4.
Hingorani, N. G., and Gyugyi, L. (1999). Under-
Akagi, H., Kanazawa, Y. and Nabae, A. (1984). In-
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stantaneous Reactive Power Compensator Com-
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Watanabe, E. H., Stephan, R. M. and Aredes, M.
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Aredes, M (1996). Active Power Line Conditioners.
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Aredes, M. and Santos Jr., G. (2000). A Robust Volt-
Zhan, C. et al (2001). Software Phase-Locked Loop
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applied to Dynamic Voltage Restorer (DVR).
ceedings of the IPEC, Tokyo, Japan, vol.4, pp.
IEEE Power Engineering Society Winter Meet-
2163-2168.
ing, vol. 3, pp. 1033-1038.

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