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Brasília
2018
Victor Santana da Rocha
Brasília
2018
ii
Reprodução parcial permitida desde que citada a fonte.
1. Assunto. I. Título
CDU 620
iii
Victor Santana da Rocha
Banca Examinadora
_________________________________________
Tiago de Melo
Mestre
UDF
__________________________________________
Tiago de Bortoli Luciano
Mestre
UDF
___________________________________________
Willian Arvey Molano Gabalan
Mestre
UDF
Nota: ______
iv
Dedico em especial ao meu pai José
Domingos, por quem tenho muito carinho e
admiração. Minha querida tia Cristina, por
todo amor e carinho. Minha esposa,
Fernanda Oliveira, por ser a melhor e
sempre estar ao meu lado, me apoiando e
passando comigo por todas as
dificuldades. Agradeço ao Ricardo
Hosannah, melhor amigo que uma pessoa
pode ter. Agradeço a Luiz Antônio,
Sinfrônio Lopes e Sergio Bezerra por me
proporcionar uma das melhores
experiências de vida. Agradeço ao meu
amigo Marcos Wolfenson E por último
agradeço aos melhores amigos que
estiveram presentes nessa batalha (Xaxá,
Gilzimar, Ewerson, Pipo, Lucas, Fabricio,
Grilo, Boo, Pretinho, Mandy, Miguel, Mark,
Ivan, Dudu, Carol e Danilão).
v
AGRADECIMENTO
vi
RESUMO
vii
ABSTRACT
The purpose of this study is to study and characterize the effects of normalization and
quenching on the thermally treated SAE 4340 laminated steel in order to evaluate the
mechanical properties. The methodology used was stress tests, hardness and
metallography, where they were tested in a total of 12 specimens divided into 6 groups
in which different heat treatments were used; in group A, 2 specimens were tested in
their form as received from metallurgical. Group B, 2 specimens were tested in the
normalized state. Group C, 2 specimens were tested in the temperate state at 850 °
C, cooled in 10w40 oil and tempered at 200°C. Group D, 2 test bodies were tested in
the temperate state at 850°C, cooled in 20w50 oil and tempered at 200°C. Group E, 2
specimens were tested in the temperate state at 850°C, cooled in 10w40 oil and
tempered at 300°C. Group F, 2 specimens were tested in the tempered state at 850°C,
cooled in 20w50 oil and tempered at 300°C while the material remained in the
preheated oven for normalization and tempera for a period of 20 minutes, counted after
stabilization of the desired temperature. The tempering was done in a preheated oven
for a period of 2 hours counted after its stabilization of the desired temperature and
cooled in the air. After the heat treatment, the traction, hardness and micrograph tests
were performed. The micrograph showed the change in the constituents of the steel.
Regarding the hardness test, the tested material showed an increase in hardness after
the tempering process. In the *stress* test it is clear the increase in the *stress*
strength evidencing the difference of resistance for the different oils because its
kinematic viscosity is different, generating such a difference in the traction.
Key words: SAE 4340 steel. Heat treatment. Hardness test. Stress test.
Metallographic test.
viii
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Estrutura de um aço com baixo teor de carbono..........................................7
ix
LISTA DE TABELAS
x
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ABREVIATURAS
SIGLAS
°C Graus Celsius
°C/h Graus Celsius por hora
mm Milímetro
ASTM American Society for Testing and Material
UCI Ultrasonic Contact Impedance
µ Micro (10-6)
ABNT Associação brasileira de normas técnicas
Ac1 Linha inicial da transformação da ferrita – austenita no aquecimento
Ac3 Linha final transformação ferrita-austenita no aquecimento
Acm Linha correspondente ao ferro carbono
AISI American iron and steel institut
Al Alumínio
C Carbono
CCC Estrutura cubica de corpo centrado
CFC Estrutura cubica de face centrada
Cr Cromo
Cu Cobre
Mf Temperatura final da transformação da martensita
Mi Temperatura inicial de transformação da martensita
Mn Manganês
Mo Molibdênio
MPa Mega pascal
Ni Níquel
P Fósforo
S Enxofre
SAE Society of automotive engineers
Si Silício
TCC Estrutura tetragonal de corpo centrado
UDF Universidade do Distrito Federal
xi
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO .................................................................................................................................................. 2
3. METODOLOGIA ...................................................................................................................................... 22
4. RESULTADOS ......................................................................................................................................... 25
6. CONCLUSÃO .......................................................................................................................................... 34
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS........................................................................................................ 35
8. ANEXOS .................................................................................................................................................. 37
1
INTRODUÇÃO
O aço 4340, por se tratar de um material de alta resistência tem sido utilizado
largamente em componentes mecânicos, principalmente componentes estruturais. Suas
principais áreas de aplicação são: aeroespacial, aeronáutica, automobilística, petrolífera,
construções e muitas outras.
2
1.1. OBJETIVO
3
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1. ELEMENTOS QUÍMICOS PRESENTES NO AÇO E SUAS FUNÇÕES
O aço SAE 4340 recebe concentrações de elementos químicos para aumentar sua
qualidade mecânica. Essa alteração que ocorre no aço, pode ser visualizada na tabela
3. Em sua composição, estão presentes dez elementos químicos, em diferentes
proporções, que auxiliam na sua melhora de qualidades mecânicas, conforme
apresentado na tabela 2.
Tabela 1 - Elementos químicos e suas concentrações do aço a ser utilizado (AÇOVISA, 2018).
COMPOSIÇÃO QUÍMICA AÇO SAE 4340
C% Si% Mn% P% S% Cr% Mo% Ni% Al% Cu%
0,40 0,25 0,71 0,015 0,004 0,76 0,22 1,68 0,023 0,17
Cada elemento químico tem a função de modificar alguma das propriedades do aço
SAE 4340, conforme apresentado na tabela 3, abaixo.
ELEMENTOS QUÍMICOS
INFLUÊNCIA NA PROPRIEDADE C Si Mn P S Cr Mo Ni Al Cu
Aumento da resistência
Aumento do limite de escoamento
Redução de elasticidade
Aumento da dureza
Aumento da resistência ao impacto
Redução da ductibilidade
Resistência em altas temperaturas
Aumento da temperabilidade
Ação desoxidante
Aumento da resistência à corrosão
Aumento da resistência à abrasão
Redução da soldabilidade
4
Para aços com teor de carbono entre 0,25% e 0,4%, tal qual o utilizado neste
trabalho, durante o aquecimento acima de 850 °C, temos o aumento da proporção de
Perlita. Este processo aumenta a dureza do aço e diminui a sua deformidade. Esse efeito,
ainda, tem como resultado uma maior dificuldade na usinabilidade da peça, haja vista o
maior desgaste da ferramenta - como consequência direta do aumento de dureza (COSTA,
2013).
No caso do aço SAE 4340 o enxofre, devido sua afinidade com o manganês,
ocasiona a formação de sulfetos de manganês (MgS). E essa formação é positiva para a
usinabilidade pois leva a formação de cavacos curtos e quebradiços, além de melhorar a
qualidade superficial e diminuir a tendência de formação de fumes postiços. Contudo, o
sulfeto de manganês diminui a tenacidade, o alongamento, a resistência à compressão e
resistência à fadiga, especialmente quando a direção da solicitação está no sentido do
fibramento mecânico do material (TOTTEN, 2006).
5
temperabilidade. Entretanto, altas concentrações de Cromo resultam em inevitável
resistência à corrosão e acaba diminuindo tanto a tenacidade e quanto a soldabilidade.
Através da adição de Níquel, o aço tem a sua tenacidade aumentada. Esse aumento
ocorre principalmente em baixas temperaturas. Entretanto, especialmente nos aços onde
esse elemento químico apresenta-se em grandes teores, o fator usinabilidade é prejudicado
(KONIG, 2002).
O Cobre, por sua vez, proporciona um aumento de resistência, serve como limitador
de escoamento e gera uma resistência à corrosão atmosférica. Influi, também, para uma
significativa redução quanto a elasticidade do material (BRAMFITT, 1998).
6
Figura 1- Estrutura de um aço com baixo teor de carbono
FERRITA
PERLITA
FERRITA
PERLITA
7
interna. Eles são comumente utilizados já revenidos, onde as microestruturas são
martensita (COSTA, 2013). Na figura 3 é apresentado - em caráter meramente ilustrativo -
um diagrama de transformação de fases por resfriamento contínuo. Segundo Chiaverini
(1998), a transformação da microestrutura do metal pode ser percebida graficamente,
quando esse for aquecido acima da linha da austenização e sofrer um resfriamento
continuo. Esses pontos de resfriamento encontram-se indicados no gráfico de “A” a “I”.
O ponto “A” demostra um resfriamento ao forno caraterizado pela lentidão, indicando
um provável recozimento do aço e consequente alteração de suas propriedades (reduzindo
a dureza, aumentando a ductilidade e ajudando a eliminar os estresses internos).
Os pontos “B” e “C” demostram um resfriamento ao ar e, esse ar, apresenta-se
levemente agitado, caracterizando um processo de normalização. Essa normalização é um
processo comumente utilizado para melhorar a usinabilidade do aço. Essa melhora consiste
na redução da dureza do aço.
Os pontos “D” e “E” demonstram o processo de têmpera. Contudo, o ponto “D” tem
resfriamento com base em óleo e o ponto “E” com base em água. O resfriamento no óleo
tal qual aquele realizado na água (em menor proporção para o óleo) gera tensões internas
que por fim tendem a fragilizar o aço.
8
2.2.1. PERLITA
A perlita, que pode ser visualizada na figura 1 e 2, é uma estrutura em duas fases,
laminar ou em camadas, composta por camadas alternadas de alfa-ferrita e cementita. De
fato, a aparência lamelar é enganosa, uma vez que as lamelas individuais, dentro de uma
colônia, estão conectadas em três dimensões. Uma única colônia é, portanto, um bicristal
interpenetrante de ferrita e cementita (COLPAERT, 1983).
2.2.2. FERRITA
A ferrita que pode ser visualizada na figura 1 e 2 geralmente está presente em aços
como uma solução sólida, podendo gerar pequenas impurezas, como silício, cromo,
manganês e níquel. A ferrita possui uma estrura cristalina de ferro ou cúbica de corpo
centrado (COSTA, 2006).
2.2.3. BAINITA
A bainita que pode ser visualizada na figura 4, com aspecto de agulhas, é criada a
partir do aquecimento constante da austenita acima da temperatura Mi, ou seja, entre 230°C
e 280 °C e abaixo da temperatura de formação da perlita fina, que é transformada perto de
540 °C. Uma vez que os aços bainíticos possuem uma estrutura mais fina (isto é, partículas
de ferrita α e Fe3C menores), em geral, tem resistência e dureza maiores que os aços
perlíticos (CALLISTER, 2002).
BAINITA
9
2.2.4. AUSTENITA
A austenita que pode ser visualizada na figura 5, é uma solução sólida, metálica e
não magnética de carbono e ferro que existe no aço acima da temperatura crítica de 723
°C. Sua estrutura cúbica de face centrada (CFC) permite manter uma alta proporção de
carbono em solução. À medida que esfria, esta estrutura divide-se em uma mistura de ferrita
e cementita (geralmente nas formas estruturais perlita ou bainita), ou sofre uma ligeira
distorção de rede, conhecida como transformação martensítica. A taxa de resfriamento
determina as proporções relativas desses materiais e, portanto, as propriedades mecânicas
(por exemplo, dureza e resistência à tração) do aço (CALLISTER, 2002).
AUSTENITA
2.2.5. MARTENSITA
10
MARTENSITA
Austenita
(ferrita CFC)
Reaquecimento
Martensita revenida
11
2.3. TRATAMENTO TÉRMICO
2.3.1. TÊMPERA
É o método utilizado para se obter dureza nos aços. A temperatura da liga é elevada
até que atinjam níveis que superam o ponto de austerização, ou seja, a partir 800 °C. O
tempo de aquecimento é calculado pela espessura da peça a ser tratada. Para cada 25 mm
de material estima-se a permanência de uma hora ao forno. Após o aquecimento, deve-se
sujeitar a peça a um resfriamento rápido mediante a utilização de água, óleo, ar ou
polímeros.
2.3.2. REVENIMENTO
12
2.3.3. NORMALIZAÇÃO
2.3.4. RECOZIMENTO
13
2.3.6. RECOZIMENTO ISOTÉRMICO OU CÍCLICO
Paralelo a isso, vemos que a metodologia dos ensaios é normatizada para não haja
divergências na execução. Essas normatizações padronizam os procedimentos utilizados
nos testes, cálculos, gráficos e consultas à tabelas.
14
• ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas
• ASTM - American Society for Testing and Materials
• DIN - Deutsches Institut für Normung
• AFNOR - Association Française de Normalisation
• BSI - British Standards Institution
• ASME - American Society of Mechanical Engineer
• ISO - International Organization for Standardization
• JIS - Japanese Industrial Standards
• SAE - Society of Automotive Engineers
• COPANT - Comissão Panamericana de Normas Técnicas.
O corpo de prova utilizado para o ensaio de tração (figura 9), pode variar de acordo
com cada equipamento. Hoje em dia pode-se encontrar facilmente no mercado
equipamentos com diferentes encaixes, tal como se visualiza na figura 10.
15
Figura 9 - Corpo de prova cabeça lisa.
Segundo Teófilo (2013), a área útil do corpo de prova, conforme se observa na figura
11, é identificada por Lo. Essa é a região de onde se extraem as medidas das propriedades
mecânicas do material. Ainda tratando da figura 11, dizemos que as cabeças são a parte
onde ocorre a fixação do corpo de prova à máquina de modo que a força de tração atuante
seja axial.
16
Figura 11 - Desenho de um corpo de prova submetido à carga de tração (CALLISTER, 2002).
Equação 1.
𝐹
𝜎=
A
Onde,
• σ = Tensão (MPa).
Equação 2.
∆𝑙
𝜀=
𝑙𝑜
17
• ε = Deformação.
• ∆𝑙 = variação entre o comprimento final menos o comprimento inicial.
• 𝑙𝑜 = Comprimento inicial.
18
Para a escala Brinell (HB) a dureza é medida através da penetração de uma esfera
de tungstênio de diversas medidas na superfície do corpo de teste. Foi a primeira escala
de dureza amplamente utilizada no mercado siderúrgico.
Já para a escala Vickers (HV) utiliza-se uma ponta de diamante como penetrador. E
é exatamente essa a grande vantagem da escala: um único penetrador é capaz de realizar
a medição de qualquer material. Por esse motivo a escala Vickers é aplicada em metais,
cerâmicas, medições de nanodureza e muitos outros.
A escala Rockwell (HR) foi a escolhida para os ensaios de dureza desse trabalho.
Com ela, a medição é calculada pela penetração de uma ponta de diamante no material.
Essa escala possui 7 variações, cada qual diferenciada pela utilização de uma letra:
Rockwell “A”, “B”, “C”, “D”, “E”, “F” e “G”. Nesse trabalho, em particular, contamos com a
utilização da escala “C”.
19
• HR= valor da dureza Rockwell.
• F0= pré-carga em kgf que, no caso por se tratar de um metal duro e tratado, a pré-
carga a ser usada é de 150
• F1 = carga em kgf.
20
Por isso que, durante a microscopia, as amostras foram divididas em dois grupos
que se valeram de um microscópio com objetivas de 50x, 100x, 200x, 500x, 1000x, 1500x
e 2500x. Vale ressaltar que esse equipamento – por melhor que seja em termos
tecnológicos – possui um campo focal limitado, abrangendo uma pequena área que permite
apenas uma visualização superficial. Já na macroscopia a análise pode ser feita a olho nu,
lupa ou com auxílio de microscópio. Após a realização destes ensaios foi possível
caracterizar diversos pontos do material estudado.
21
3. METODOLOGIA
O estudo, inicialmente, se deu pelo levantamento de informações acerca do aço
comercial SAE 4340, adquirido na metalúrgica Cerpal, localizada em Goiânia – GO. Esse
material é laminado e em sua composição estão presentes dez elementos químicos que
fornecem características diferentes para o aço podendo, estes, serem facilmente
visualizados na tabela 2 (Carbono, Silício, Manganês, Fosforo, Enxofre, Cromo, Molibdênio,
Alumínio e Cobre).
O grupo A é composto por 2 corpos de prova no estado tal qual foram recebidos da
metalúrgica não passaram por qualquer tratamento térmico ou aquecimento.
22
ambiente. 2 corpos de prova dos 10 foram separados para análise enquanto os demais
seguiram para o processo de têmpera.
23
como número/modelo 810 material test system. O objetivo do ensaio foi alcançado com
êxito após a devida configuração do equipamento.
24
4. RESULTADOS
4.1. MICROGRAFIA
Com o auxílio da microscopia óptica pode-se visualizar (figura 14) o aço em seu
estado de fornecimento, ou seja, da maneira que veio da metalúrgica, onde a microestrutura
do aço 4340 atacada com Ácido Nital a 5%. Nesse exemplo, é evidente a complexidade
das microestruturas com seus diversos microconstituintes. A microestrutura heterogênea,
composta por bainita (destacada pelo círculo vermelho) em formato de agulhas, ferrita
(visualizada dentro do círculo azul) que é o material de cor clara e regiões martensita não
revenida e possivelmente austenita retida (destacada pelo círculo amarelo).
25
Figura 15 - Estado normalizado a 850°C.
Figura 16 - Estado temperado resfriado em óleo 10w40 e revenido a 200°C, imagem com 500X de aumento.
26
Figura 17 - Estado temperado resfriado em óleo 10w40 e revenido a 300°C, imagem com 500X de aumento.
Figura 18 - Estado temperado resfriado em óleo 20w50 e revenido a 200°C, imagem com 500X de aumento.
Figura 19 - Estado temperado resfriado em óleo 20w50 e revenido a 300°C, imagem com 500X de aumento.
27
4.2. ENSAIO DE DUREZA
Pode-se observar que mudança quanto a qualidade do óleo teve influência direta
nos resultados da dureza do material. Essa constatação é facilmente visualizada na figura
supracitada. Deve-se reforçar que a metodologia de tratamento foi a mesma e que a única
diferença consiste na diferença de viscosidade cinemática do óleo para o resfriamento.
28
tomada após o primeiro teste do corpo de prova temperado, cujo escorregar da pinça nos
levou ao consequente inutilização dos dados.
1200 1200
1000 1000
Tensão (MPa)
Tensão (MPa)
800 800
600 600
400 400
200 200
0 0
0 1 2 3 4 5 0 1 2 3 4 5 6
Alongamento (mm) Alongamento (mm)
CP 01 CP 02 CP 03 CP 04
(a) (b)
Um fator merece destaque: o óleo 10w40 é mais fino que o 20w50. Vemos que tal
característica culminou em uma significativa diferença no momento da têmpera. Durante o
29
resfriamento ocorreu uma melhor troca de calor entre o óleo e o corpo de prova, situação,
esta, que terminou por gerar uma maior resistência a tração.
2500 2000
2000
Tensão (MPa)
Tensão (MPa)
1500
1500
1000
1000
500
500
0 0
0 1 2 3 4 5 0 1 2 3 4
Alongamento (mm) Alongamento (mm)
CP 05 CP 06 CP 07 CP 08
(c) (d)
2500 2000
2000
Tensão (MPa)
Tensão (MPa)
1500
1500
1000
1000
500
500
0 0
0 1 2 3 4 0 1 2 3 4
Alongamento (mm) Alongamento (mm)
CP 09 CP 10 CP 11 CP 12
(e) (f)
30
Tabela 5 - Valores calculados de acordo com o ensaio de tração.
CP Tensão Tensão de
máxima Alongamento ruptura Deformação
𝑭 ∆𝒍 = 𝑳𝒇 − 𝑳𝒐 σRUP (MPa) 𝑳𝒇 − 𝑳𝒐
𝝈 = (𝑴𝑷𝒂) 𝜺=
𝑨 (mm) 𝑳𝒐
01 1099,58 4,14 940,43 3,26x10-2
02 1099,94 4,11 1070,22 3,23x10-2
03 1074,83 5,01 893,38 3,94x10-2
04 1147,68 4,29 1011,52 3,16x10-2
05 2077,50 4,04 2014,19 3,38x10-2
06 1960,78 4,41 1836,65 3,47x10-2
07 1735,14 3,73 1318,86 2,94x10-2
08 1744,69 3,39 1375,45 2,67x10-2
09 1992,97 3,74 1982,71 2,94x10-2
10 2003,94 3,69 1986,96 2,91x10-2
11 1702,96 3,89 1212,41 3,06x10-2
12 1723,82 3,61 1283,14 2,84x10-2
31
5. ANALISE DE RESULTADOS
Ao analisarmos os dados obtidos no ensaio metalográfico a alteração estrutural dos
corpos de prova. Essas alterações decorrem dos tratamentos térmicos realizados. O aço
4340 aquecido acima de sua linha da austenização e resfriado adequadamente relevou
alteração estrutural, como pode ser visto nas figuras 14, 15, 16, 17, 18, e 19. Nos corpos
de prova que foram temperados em óleo visualiza-se muito bem o surgimento da martensita
revenida (resultado característico de materiais tratados termicamente).
32
se aquecer o material normalizado (figura 15), acima da linha de austenização e resfria-lo
rapidamente fez que a parte com menor resistência mecânica (partes claras) se
transformassem em martensita (partes escuras) seguindo o gráfico de transformações TTT
(figura 3), validando os dados por meio de comparação com a revisão da literatura.
33
6. CONCLUSÃO
34
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
BHADESHIA, Harshad. Current Opinion in Solid State and Materials. 2ª ed. Londres:
IOM communications, 2004.
BRAMFITT, Bruce, Structure/property relationships in irons and steel. 2ª ed. J.R. Davis,
1998.
CHIAVERINI, Vicente. Aços e Ferros Fundidos. 7ª ed. São Paulo: Associação Brasileira
de Metalurgia e Materiais, 1998.
COSTA, André, Aços e ligas especiais. 2ª ed. São Paulo: Edgard blucher, 2006.
35
REBECHI, João. Correlações Numéricas entre taxas de resfriamento, microestruturas
e propriedades mecânicas para o tratamento térmico do aço AISI/SAE 4140. Rio
Grande do Sul, Dissertação Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2011.
TOTTEN, George. Steel Heat Treatment. 2ª Ed. Portland: Taylor & Francis, 2006.
36
8. ANEXOS
37