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TENTH INTERNATIONAL CONFERENCE ON NON-CONVENTIONAL MATERIALS AND

TECHNOLOGIES

NOCMAT 2008
Cali, Colômbia. 12-14 November, 2008

ADERÊNCIA DE SISTEMAS CERÂMICOS: USO DE


MATERIAL ALCALINAMENTE ATIVADO.
Gomes, K.C.* ; Rego, S.R.; Felix, J.; Torres, S.M.; De Barros, S.; Barbosa, N.P.

Universidade Federal da Paraíba – UFPB. João Pessoa; kcgomes1411@gmail.com,


sostenes_rego@yahoo.com.br, felixneto_jp@hotmail.com,
sandromardentorres@yahoo.co.uk, silvio.debarros@gmail.com,
nperazzo@ct.ufpb.br

RESUMO
O descolamento de placas cerâmicas de revestimento em edificações é um
problema que ainda persiste em diversas construções modernas. Embora
disponham de um conjunto de técnicas específicas para a prevenção de quedas de
materiais de fachadas, há diversos parâmetros importantes que ainda necessitam de
um maior aprofundamento. Estes descolamentos acontecem comumente em
fachadas que são sujeitas a alguns destes parâmetros, tais como (i) a incidência de
raios solares nas superfícies, (ii) diferentes coeficientes de dilatação dos materiais
constituintes dos substratos das fachadas bem como as (iii) capacidades de
absorção de calor devido a diferentes cores das superfícies cerâmicas. Neste
trabalho investigou-se a aderência do sistema porcelanato-adesivo-substrato através
dos ensaios de propagação de fissura em modo misto MMF (Mixed-Mode Flexure
Test) e pelo teste de arrancamento (ABNT NBR-14084). Foram utilizados dois tipos
de adesivos: um adesivo comercial, classificado pela norma brasileira como sendo
de alta aderência (ACIII-E) e outro, não convencional, desenvolvido através da
ativação alcalina da metacaulinita com silicato de sódio. Os sistemas colados foram
submetidos a temperaturas ambiente e 50oC. Em geral, os adesivos a base de
geopolímero tiveram melhor aderência do que os sistemas aderidos com a
argamassa colante ACIII-E, especialmente com o aumento da temperatura.

Palavras-chave: revestimento cerâmico, geopolímero, aderência, sistemas colados.


1. INTRODUÇÃO

A experiência brasileira com a tecnologia de revestimento de fachadas com material


cerâmico remonta ao século XVII [1]. Embora disponha de um conjunto de técnicas
específicas para a prevenção de quedas de materiais de fachadas, a definição das
normativas sobre aderência aparenta ser bastante simplista, não levando em
consideração fatores como: tipo de base, dureza dos substratos, cor, temperatura e
idade de exposição, além do tipo de material adesivo. Por sua vez, parâmetros
como, por exemplo, a presença de falhas de colagem e diferentes espessuras de
material adesivo, típicas em construções, afetam grandemente a resistência dita de
aderência, reduzindo-a significativamente. Isto pode ser avaliado de acordo com a
mecânica do dano onde, quanto maior a fissura inicial menor a força de aderência
de um sistema colado [2].

Desta forma, o processo de degradação da colagem de vigas aderidas durante toda


a fase de carregamento até a ruptura total tem sido investigado através de modelos
[3] que têm origem no estudo da representação da degradação interlaminar nos
materiais compósitos [4] e, posteriormente, adaptados à problemática da colagem
estrutural. O fenômeno físico representado por esses modelos tipifica as condições
de colagem que se deseja estudar no caso das placas cerâmicas aderidas com
argamassa colante, onde existem esforços combinados de tração (devido a
expansões térmicas diferenciais) e de cisalhamento (devido ao escorregamento e
tensões devido ao peso próprio das camadas aderidas).

A identificação dos parâmetros do modelo de interface para o tipo de adesão em


questão pode ser feita através de ensaios clássicos da mecânica da ruptura. Neste
trabalho utilizou-se o MMF (Mixed Mode Flexure) que combinam os modos I
(abertura pura ou DCB - Double Cantilever Beam) e II (cisalhamento puro ou ENF -
End Notched Flexure) de propagação, sendo um dos mais comuns para placas
coladas.

O papel da temperatura nas características de argamassa colantes é complexo. Se


por um lado, este aumento contribui para a aceleração da hidratação no caso de
materiais à base de cimento Portland como é o caso da argamassa do tipo ACIII-E,
por outro este aumento pode gerar tensões diferenciais na interface entre a peça
cerâmica e a argamassa colante, reduzindo sua adesividade [2]. Uma investigação
de campo constatou que a maioria dos descolamentos em fachadas revestidas com
material cerâmico se deu entre a interface entre o material cerâmico e o adesivo,
principalmente em superfícies da fachada expostas a maior incidência solar [2].

Por sua vez, diversos trabalhos indicam que a ativação alcalina de aluminosilicatos
proporciona um material com elevadas propriedades termomecânicas. Este material
cimentício resultante tem características que vêm despertando o interesse da
comunidade científica, principalmente pela sua capacidade de contribuir par a a
redução de emissões poluentes, imobilizando resíduos industriais, mantendo
propriedades termomecânicas eficientes o que permite seu uso tanto em estruturas
como em compósitos [5-7]. Este tipo de material também vem mostrando
propriedades adesivas para placas metálicas e cerâmicas (vidro) superiores às de
resina epóxica, mesmo quando submetidos a temperaturas elevadas, da ordem de
400ºC [8,9]. No tocante ao uso deste material como adesivo de elementos cerâmicos
para revestimento de fachada de edifícios, uma revisão crítica da literatura indica
que estudos acerca de seu potencial de uso são bastante limitados, haja vista a
ausência de publicações em periódicos especializados.

Desta forma, este trabalho se propõe a investigar o efeito da ciclagem térmica na


aderência e no comportamento mecânico de sistemas constituídos de revestimento
cerâmico-adesivo-substrato, bem como nas suas interfaces, contribuindo para o
entendimento de condições de utilização de peças em estruturas reais sujeitas a
variações térmicas cíclicas, além de contribuir para o desenvolvimento de
tecnologias sustentáveis através da utilização de materiais ativados alcalinamente
em substituição as argamassas colantes tradicionais.

2. MATERIAIS E MÉTODOS

2.1 Materiais

2.1.1. Material Cerâmico

Neste trabalho foi utilizado um porcelanato polido. Foram utilizadas duas cores
(branca e preta) com o objetivo de avaliar a influência da cor do revestimento
cerâmico na aderência dos sistemas colados.

2.1.2. Material Adesivo (ACIII-E e Geopolímero de Metacaulinita ou GP-MK)

Foi utilizada, neste trabalho, a argamassa colante ACIII-E classificada pela norma
brasileira como um adesivo comercial de alta aderência e o geopolímero de
metacaulinita. Estes materiais podem ser observados na Figura 01.

Figura 01: (a) Argamassa colante ACIII-E, (b) Metacaulinita.

A caracterização da metacaulinita foi obtida através do espectrômetro de


florescência de raios-x por comprimento de onda em equipamento Shimadzu XRF-
1800. Os resultados estão descritos na Tabela 01.

Tabela 01: Composição Química da Metacaulinita.


SiO2 Al2O3 Fe2O3 CaO MgO Na2O K2O SO3
Metacaulinita 62,96 34,61 0,63 0,05 0,12 0,07 1,34 0,04
2.1.2. Ativador Alcalino

Utilizou-se o silicato de sódio como ativador, cuja composição química pode ser
observada na Tabela 02. O silicato de sódio foi fornecido pela Pernambuco Química
S/A com um módulo de sílica (relação SiO 2/Na2O, em massa) igual a 2,17 e pH em
torno de 13. Este é um dos silicatos solúveis mais comuns.

Tabela 02: Composição química do Silicato de Sódio.


SiO2 Na2O H2O
Ativador 36,25 16,63 47,12

2.2 Métodos

2.2.1 Preparação das Pastas

A preparação das argamassas foi realizada por meio de processo manual, como
pode ser observado na Figura 02, de acordo com as especificações do fabricante da
argamassa colante. No caso da metacaulinita, a mistura manual foi empregada com
o objetivo de avaliar a viabilidade da síntese de materiais resistentes que não
necessitam de processo de produção especializado, com elevada tecnologia,
viabilizando seu uso em obras de construção civil.

Figura 02: Preparação das pastas: (a) ACIII-E, (b) GP-MK.

2.2.2 Condições de Cura

Os sistemas colados foram submetidos a dois regimes de cura, de acordo com a


Tabela 03.

Tabela 03: Regimes de cura aos quais os sistemas colados foram submetidos (tempo
acumulado).
Tipo 1/dia 7/dias
Regime Normal 30oC 30oC
Regime com Irradiação Cíclico: 50ºC por 4 horas ao dia

O regime cíclico ocorreu de acordo com o diagrama apresentado na Figura 03.


Onde: t = temperatura
o
H = h = altura para atingir a temperatura de 50 C

Figura 03: Esquema de sistema térmico de irradiação cíclica.

Este sistema térmico de irradiação cíclica foi desenvolvido por Rego (2007) em que
consta de uma fonte de irradiação situada na parte superior do equipamento
conectado a um temporizador, com finalidade de proporcionar um acionamento
automático. Este sistema teve monitorado a sua altura para atingir a temperatura de
50°C em um globo negro através de um termopar colocado na parte inferior do
mesmo, de modo a garantir uma uniformidade de fluxo de iluminação em toda a
superfície dos corpos de prova. A temperatura de 50° C foi escolhida por ser ela
normalmente atingida nas cerâmicas expostas a incidência solar.

2.2.3 Testes de Propagação de Fissuras (Ensaio em Modo Misto - MMF)

O teste de Modo Misto (MMF) está esquematizado na Figura 04. Na Figura 05 vê-se
o ensaio realizado.

Figura 04: Esquema do Ensaio MMF


Figura 05: Realização do Ensaio MMF para revestimentos cerâmicos.

Os ensaios de propagação de fissuras realizados neste trabalho foram conduzidos


em um equipamento de ensaios universais da Shimadzu Servopulser.

A determinação da força de propagação da primeira fissura (F 1C) foi determinada a


partir da visualização do primeiro pico, como observado na Figura 06.

Figura 06: Gráfico de propagação da primeira fissura

2.2.4 Ensaio de resistência à aderência a tração (Ensaio de Arrancamento)

Os ensaios de arrancamento foram realizados segundo a NBR 14084 [10] com as


peças de 5x5 cm aderidas em substrato padrão [11]. Foi utilizado um Aderímetro
Novus N1500 fabricado pela Contenco. O nível horizontal da base do equipamento
foi controlado através do uso de um nível de bolha colocado em diversas direções
da superfície do equipamento.

3. RESULTADOS E DISCUSSÕES

3.1 Propagação da Primeira Fissura

3.1.1 Porcelanato em Regime de Temperatura Ambiente


A Figura 07 apresenta a força de propagação da primeira fissura dos porcelanatos,
submetidos à temperatura ambiente em função do tipo de cola e da cor do
porcelanato, bem como o tipo de colagem (com ou sem fissura inicial, CF e SF
respectivamente).

Figura 07: Força de propagação de fissura em função do tipo de cola (ACIII-E e MK),
cor do revestimento (branco e preto) e tratamento (com ou sem fissura).

Na Figura 07, observa-se que tanto para as peças com (CF) ou sem (SF) fissura
inicial, os porcelanatos colados com geopolímero de metacaulinita apresentaram
forças de propagação da primeira fissura maiores quando comparadas com as
coladas com ACIII-E. Isto ocorreu tanto para os porcelanatos de cor branca quanto
para os de cor preta. Pode-se observar ainda que os porcelanatos brancos colados
com metacaulinita apresentassem, aproximadamente, uma força 3 vezes maior
quando comparados com os sistemas colados com ACIII-E. Já para os porcelanatos
pretos, a força de propagação da fissura foi em torno de 30% maior para os de
metacaulinita.

3.1.2 Porcelanato em Regime de Temperatura Cíclico (50oC)

A Figura 08 apresenta a força de propagação da primeira fissura dos porcelanatos,


submetidos à temperatura de 50oC, em função da espessura e tipo de cola e da cor
do porcelanato, bem como o tipo de colagem (com ou sem fissura inicial).
Figura 08: Força de propagação de fissura em função do tipo de cola (ACIII-E e MK),
cor do revestimento (branco e preto) e tratamento (com ou sem fissura).

Na figura 08, observa-se que os porcelanatos submetidos à 50oC apresentaram um


comportamento semelhante daqueles submetidos à temperatura ambiente, tanto
para as peças coladas com (CF) ou sem (SF) fissura inicial, onde os porcelanatos
colados com geopolímero de metacaulinita apresentaram forças de propagação da
primeira fissura maiores quando comparadas com as peças coladas com ACIII-E.
Pode-se observar ainda que os porcelanatos brancos colados com metacaulinita
apresentaram força 4 vezes maior quando comparados com o de ACIII-E e os pretos
3 vezes maior, evidenciando o efeito positivo da elevação da temperatura para as
peças coladas com metacaulinita.

3.2 Ensaio de Arrancamento (Ensaio ABNT- NBR 14084)

As peças ensaiadas podem ser observadas nas Figuras 09a, 09b, 09c e 09d.
Figura 09: Peças ensaiadas: (a) Porcelanato Branco com ACIII-E, (b) Porcelanato Preto
com ACIII-E (c) Porcelanato Branco com GP-MK, (d) Porcelanato Preto com GP-MK.

Para a cola ACIII-E, o descolamento nos porcelanatos, tanto na cor branca quanto
na preta, foi predominantemente entre a peça cerâmica e a cola (Figura 09a e 09b).
Em ambas as cores, nota-se que a ruptura predominante foi à adesiva entre a
cerâmica e a argamassa ACIII-E. As peças brancas apresentaram uma maior
incidência de ruptura coesiva, indicada pela presença de argamassa c olante
remanescente na peça cerâmica (Figura 09a). É importante ressaltar que a ruptura
ocorreu sempre entre a cerâmica e a argamassa colante.

Já nas peças coladas com geopolímero de metacaulinita, o modo de ruptura foi


bastante diferente. Neste caso, o descolamento se deu entre a cola e o substrato de
concreto, evidenciando a capacidade adesiva superior deste material. Também
pode-se ressaltar que o adesivo de geopolímero não sofreu processo de dano em
nenhuma amostra, excluindo-se, portanto, rupturas do tipo coesiva como
evidenciado nas Fig. 9c e 9d.

A resistência ao arrancamento das peças cerâmicas pode ser observada na Figura


10.
Figura 10: Resistência a Aderência dos Porcelanatos com ACIII-E e GP-MK.

Nota-se que o aumento de temperatura teve um efeito deletério na resistência à


aderência nos porcelanatos colados com ACIII-E, para ambas as cores. Já para os
sistemas contendo adesivo à base de geopolímero de metacaulinita, o aumento da
temperatura apresentou um efeito positivo na resistência à aderência para ambas as
cores. Pode-se observar, ainda, que quando analisados as temperaturas em
separado (ambiente e 50oC) e as colas (ACIII-E e GP-MK), nota-se que não houve
uma variação significativa da resistência à aderência quando comparadas às peças
brancas e pretas.

4. CONSIDERAÇÕES GERAIS

4.1 Efeito da temperatura

A temperatura teve um efeito adverso nos sistemas cerâmicos colados, dependendo


do tipo de material adesivo utilizado. Enquanto este efeito foi negativo para o
sistema contendo argamassa colante do tipo ACIII-E, o aumento da temperatura
resultou numa maior eficiência quando o adesivo foi o de metacaulinita
alcalinamente ativada (Figuras 07, 08 e 10). Embora o mecanismo pelo qual este
efeito contribua para a aderência destes sistemas ainda necessita de estudos mais
sistemáticos, o aumento da resistência de geopolímeros com o aumento de
temperatura está bem estabelecido na literatura [12,13]. Por outro lado, em virtude
dos sistemas colados terem sido expostos ao ambiente, uma maior evaporação da
água necessária para a hidratação das argamassas do tipo ACIII-E pode ter sido o
principal fator responsável pela redução de suas propriedades mecânicas e
adesivas.
4.2 Efeito da Cor

De modo geral, em ambos os sistemas com geopolímero e com argamassa colante


ACIII-E, os porcelanatos brancos apresentaram maior resistência quando
comparadas com as peças pretas (Figuras 07, 08 e 10). Esta tendência também
ocorreu para os sistemas submetidos à ciclagem térmica. Se por um lado ambos os
porcelanatos tenham apresentado absorção semelhante, o porcelanato branco
apresentou um tardoz mais rugoso (Figuras 09a e 09c), podendo este parâmetro ter
sido preponderante para a adesividade. Possivelmente, por esta razão, observou-se
ruptura do tipo coesiva em maior incidência nos sistemas de cor branca colados com
ACIII-E (Figuras 09a e 09b). O papel da absorção de calor diferenciada na interface
entre o adesivo e a cerâmica necessita de maiores experimentações de ordem
microestruturais, avaliando a variação das características dos compostos na região
da interface em comparação com as características da matriz.

4.3 Efeito do tipo de adesivo

Sob esforços mistos, todos os sistemas contendo geopolímeros também


apresentaram maiores resistência adesiva (Figuras 07 e 08). Porém, a presença de
uma fissura, representando falhas na colagem, reduziu significativamente esta
resistência (Figuras 07 e 08). Embora o sistema com geopolímero tenha sido mais
sensível à presença da fissura em temperaturas elevadas, os seus sistemas
obtiveram forças superiores aos sistemas com ACIII-E da ordem de 3 a 5 vezes. Em
temperatura ambiente, a presença da fissura atuou negativamente em ambos os
sistemas em ordem de grandeza semelhante, com redução na capacidade adesiva
da ordem de 50%.

Quando submetidos a esforços de tração pura, os sistemas colados com


geopolímero de metacaulinita (Figura 10) obtiveram resultados superiores aos
sistemas colados com argamassa ACIII-E. Em temperatura ambiente, a aderência foi
da ordem de 2 vezes maior enquanto que este valor foi da ordem de 4 vezes maior
quando os sistemas foram submetidos à ciclagem térmica. A aderência dos sistemas
contendo ACIII-E reduziu com a ciclagem térmica, enquanto que o inverso ocorreu
com os sistemas contendo geopolímero de metacaulinita (Figura 10).

5. CONCLUSÃO

O efeito da temperatura é deletério para a aderência de materiais cerâmicos colados


com ACIII-E e positivo para os sistemas colados com metacaulinita.

Os sistemas colados tanto com ACIII-E quanto com metacaulinita utilizando os


porcelanatos brancos apresentaram maior resistência adesiva quando comparadas
com as peças pretas, tanto para temperatura ambiente quanto para temperatura
mais elevadas, possivelmente isto está associado com a maior rugosidade do seu
tardoz.

Os sistemas colados com ACIII-E apresentaram descolamento predominantemente


adesivo na interface entre a cola e placa cerâmica. Já os sistemas colados à base
de metacaulinita apresentaram uma resistência adesiva bastante significativa,
evidenciada pela ruptura adesiva entre a cola e o substrato.

A presença de falhas na colagem das peças cerâmicas (presença de fissura inicial)


acarreta numa redução significativa da resistência adesiva de ambos os sistemas
colados, mais pronunciada para os sistemas contendo metacaulinita ativada em
regime de variação cíclica da temperatura.

O geopolímero de metacaulinita tem potencial de ser utilizado como material adesivo


para placas cerâmicas com desempenho mais elevado quando comparado com a
argamassa colante ACIII-E, tanto para temperaturas amenas (30oC) quanto para o
regime de variação cíclica da temperatura.

6. REFERÊNCIAS

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colante. São Paulo, 2003. 198p. Dissertação (Mestrado), escola Politécnica,
Universidade de São Paulo.

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cíclicas - Dissertação de Mestrado, Programa de Pós-graduação em Eng. Mecânica
da Universidade Federal da Paraíba – PB, 2008.

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colante industrializada para assentamento de placas cerâmicas – determinação da
resistência de aderência – NBR 14084. Rio de Janeiro, 1998.

[11] ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Argamassas


colantes industrializada para assentamento de placas de cerâmicas – execução do
substrato padrão e aplicação de argamassa para ensaio - NBR 14082. Rio de
Janeiro, 1998.

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