Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
MANIFESTAÇÃO MINISTERIAL
I – DO RELATÓRIO
II – DA FUNDAMENTAÇÃO
1/3
O flagrante foi homologado por decisão de interlocutória.
Assentadas estas premissas, passa-se a opinar sobre a necessidade de custódia
preventiva do flagranteado.
Reza o artigo 310 do Código de Processo Penal:
“Art. 310. Ao receber o auto de prisão em flagrante, o juiz deverá fundamentadamente: I - relaxar a
prisão ilegal; ou II - converter a prisão em flagrante em preventiva, quando presentes os requisitos
constantes do art. 312 deste Código, e se revelarem inadequadas ou insuficientes as medidas
cautelares diversas da prisão; III - conceder liberdade provisória, com ou sem fiança”. (Grifos
acrescidos).
“a prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem pública, da ordem econômica, por
conveniência da instrução criminal, ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova
da existência do crime e indício suficiente de autoria”. (Grifos acrescidos).
“Nos termos do artigo 312 deste Código, será admitida a decretação da prisão preventiva:
I - nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima superior a 4 (quatro) anos; II
- se tiver sido condenado por outro crime doloso, em sentença transitada em julgado, ressalvado o
disposto no inciso I do caput do art. 64 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código
Penal”.
“(...) a prisão preventiva previstas nos arts. 311 usque 316 do CPP é uma modalidade de prisão
cautelar de natureza processual e deve sempre (e unicamente) ser decretada pelo Juiz.
(…) a comprovada, e não apenas a alegada, necessidade é o que fundamenta a existência da prisão
preventiva. Em verdade, não só da prisão preventiva, mas de toda e qualquer prisão antes da pena.
No caso da preventiva, essa necessidade será verificada na análise dos pressupostos do fumus boni
iuris e no periculum in mora.”1
2/3
fundamento na garantia da ordem pública (art. 312 do CPP) e no artigo 313, I, do Código de
Processo Penal, visto que o crime de tráfico de drogas prevê pena máxima de 15 (quinze) anos.
Neste sentido:
PROCESSUAL PENAL E PENAL. HABEAS CORPUS. PRISÃO PREVENTIVA. TRÁFICO DE
DROGAS. QUANTIDADE DE DROGA. FUNDAMENTAÇÃO CONCRETA. ILEGALIDADE.
AUSÊNCIA. HABEAS CORPUS DENEGADO.
1. Apresentada fundamentação concreta para a decretação da prisão preventiva, evidenciada na
expressiva quantidade da droga apreendida, qual seja, 1.092g de maconha e 60g de cocaína, além de
uma balança de precisão e outros materiais para o fracionamento e armazenamento dos
entorpecentes, não há que se falar em ilegalidade do decreto de prisão preventiva.
2. Habeas corpus denegado. (HC 419.337/RS, Rel. Ministro NEFI CORDEIRO, SEXTA TURMA,
julgado em 21/11/2017, DJe 01/12/2017)(grifou-se)
III – DO PEDIDO
Ante o exposto, amparado nas razões supra, o Ministério Público do Estado do Rio
Grande do Norte, por meio da 13ª Promotoria de Justiça, opina pela conversão da prisão em
flagrante do autuado em prisão preventiva.
Pede deferimento.
Mossoró, 06 de junho de 2018.
3/3