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Sociedade Portuguesa de Pastagens e Forragens

Autor(es): Sociedade Portuguesa de Pastagens e Forragens


Publicado por: Publindústria
URL URI:http://hdl.handle.net/10316.2/25688
persistente:
Accessed : 25-Jun-2018 17:13:36

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PRADOS, PASTAGENS E FORRAGENS

SOCIEDADE PORTUGUESA DE SPPF - Sociedade Portuguesa

PASTAGENS E FORRAGENS de Pastagens e Forragens

A
PRESENTAÇÃO A Sociedade publica periodicamente a
A Sociedade Portuguesa de Pastagens e Forragens (SPPF), foi criada em 1979, com o revista Pastagens e Forragens, que inclui
objectivo de contribuir para o estudo e a divulgação das pastagens e das forragens, artigos de natureza técnico-científica avalia-
nas suas múltiplas vertentes. Conta actualmente com cerca de 500 sócios, alguns dos por elementos qualificados que funcio-
dos quais já aposentados mas que constituem sólidas referências de saber técnico e vontade, nam como comissão editorial especializada,
incentivando assim o trabalho desenvolvido pelos demais sócios activos, que estão dispersos para além da recente publicação da newslet-
por diversas instituições e organizações em todo o país.. ter TRIFÓLIA, que teve início em 2010 e é
Como associação de cariz interprofissional, a SPPF procura nortear as suas actividades de periodicidade semestral. A SPPF é ainda
para a resolução de problemas da agricultura e do mundo rural, para a preservação da biodiver- membro activo da “European Grassland Fede-
sidade, a salvaguarda dos recursos naturais e a competitividade dos agro-sistemas produtivos. ration”, tendo representado nesta instituição,
Funciona ainda como um fórum técnico de debate e discussão públicas, procurando contribuir as demais associações congéneres dos países
para a formulação, implementação e avaliação dos instrumentos e medidas de política agrícola. do Sul da Europa, com as quais mantém pro-
Para além de apoiar pontualmente outras iniciativas conexas com a sua área de actividade, fícuas relações de trabalho. Tal facto possibi-
designadamente na difusão de informação técnica e científica entre os seus associados, a SPPF litou, entre outras iniciativas, a organização
realiza anualmente duas grandes reuniões: conjunta de quatro grandes reuniões ibéricas
–– a de Outono, geralmente com base em palestras técnicas a que se associam, já no campo, de Pastagens e Forragens.
acções de demonstração e de divulgação, com duração de um dia; A sociedade tem a sua sede social em
–– a de Primavera, marcada pelo seu carácter técnico e científico mais aprofundado, normal- Elvas, na ex-Estação Nacional de Melhora-
mente com duração de 3 dias, complementando-se as sessões e os debates em sala com visitas mento de Plantas, junto da qual funciona um
a ensaios e culturas no campo. secretariado técnico permanente. Outros ele-
mentos de caracterização e resenha histórica,
bem como os estatutos e plano de actividades
da SPPF poderão ser consultados na Internet
em www.sppf.pt.

ANTECEDENTES, CRIAÇÃO E
CRESCIMENTO DA SPPF
Nas décadas de quarenta a sessenta fervilha-
va um grande entusiasmo na experimentação
agrária e era intensa a actividade científica
no seio das nossas estações experimentais da
época (nomeadamente nos departamentos de
Forragens, da Estação Agronómica Nacio-
nal – EAN e da Estação de Melhoramento de
Plantas – EMP). Esse entusiasmo era supor-
tado por importantes dotações em pessoal de
investigação e para equipamento, enquadra-
do por políticas bem definidas e alimentadas
através de contactos regulares com as melho-

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res instituições estrangeiras de investigação agronómica. Os primórdios da formação da SPPF
terão germinado por esta altura, encontrando forte inspiração na “British Grassland Society”,
sociedade científica pioneira a nível mundial nesta área de actividade e neste campo do saber.
Também as sociedades francesa e espanhola, cuja fundação nos antecedeu, foram mais um
estímulo à criação da SPPF, tal como a constituição da “European Grassland Federation”.
Embora a ideia da criação de uma Sociedade dedicada ao estudo das pastagens e forragens
estivesse latente a partir da segunda metade do século passado, foi o esforço e a visão clarivi-
dente do Engº Agrónomo David Gomes Crespo que levaram à sua concretização em 1978-79,
quando este técnico organizou, na Estação Nacional de Melhoramento de Plantas (ENMP) de
Elvas, um curso sobre pastagens e forragens, frequentado por vinte e dois técnicos designados
pelo “Ministério da Agricultura” e provenientes de todo o país. Quinze destes técnicos, em
estreita colaboração com David Crespo, prepararam os estatutos e a escritura de constituição
da SPPF, que teve lugar em Maio de 1979, constituindo-se assim como sócios fundadores desta
Associação. Além do seu objectivo essencialmente
Ao longo dos seus trinta e três anos de vida, muitos foram os eventos e os marcos relevantes produtivo, as pastagens revestem-se de um
da associação. Em reconhecimento do mérito e interesse da missão prosseguida, foi atribuído elevado interesse na protecção do ambiente
à SPPF o estatuto de instituição de pessoa colectiva de utilidade pública a 31 de Julho de 1987, (por exemplo na conservação da biodiver-
pelo seu papel no desenvolvimento do sector agro-pecuário e, de forma mais global, dos terri- sidade, na prevenção de fogos florestais, no
tórios rurais do todo nacional. combate à erosão do solo, no sequestro de
Nos anos de 1990 a 2000, retomou-se um acentuado incremento da investigação e expe- CO2), na melhoria da fertilidade e na preven-
rimentação na área das forragens e pastagens, em grande medida fomentado pelos programas ção da erosão dos solos, no embelezamento
PAMAF e AGRO, com o envolvimento das instituições de ensino superior, de centros de inves- e humanização da paisagem, na saúde e no
tigação e dos serviços de agricultura. Estes estudos possibilitaram um progresso significativo bem-estar animal (existem espécies nas pas-
do conhecimento sobre estas culturas em condições diversas, situação que urge retomar, a bem tagens que têm fins terapêuticos), na melho-
do desenvolvimento do sector e do País. Convém, a este respeito, recordar que Portugal foi o ria das características sensoriais dos produtos
primeiro país do mundo a integrar o sequestro de carbono atmosférico por parte das pastagens animais e na saúde dos consumidores.
biodiversas e ricas em espécies de leguminosas no programa global de redução dos gases com Relativamente a estes últimos aspectos,
efeito estufa. há trabalhos científicos recentes que de-
monstram que a carne produzida à base de
pastagens, e em particular em pastagens com
IMPORTÂNCIA E POTENCIAL DAS PASTAGENS E FORRAGENS elevada biodiversidade, é mais rica em ácidos
PARA OS ECOSSISTEMAS AGRÁRIOS gordos poli-insaturados (reduzem o nível
Actualmente os objectivos da produção forrageira e pratense vão bem mais além da função de colesterol e as doenças cardiovasculares),
clássica de suporte da produção pecuária extensiva, nomeadamente de ruminantes (bovinos, sendo também mais ricas em antioxidantes
ovinos e caprinos), abrangendo outras espécies de interesse zootécnico e indo ao encontro das e com melhores atributos sensoriais, quando
mais recentes preocupações de cariz ambiental e das modernas tendências de consumo ali- comparadas com a carne produzida à base de
mentar. alimentos concentrados.

AGROTEC / JUNHO 2012 27


PRADOS, PASTAGENS E FORRAGENS

Assim, a importância e o futuro das pas- matérias-primas (cereais e proteaginosas) que, na sua grande maioria, são importadas do ex-
tagens deverão estar directa e estritamente terior, com todos os inconvenientes daí resultantes no agravamento do nosso défice comercial.
associados às políticas relativas ao bem-estar Constata-se assim que é enorme o potencial de desenvolvimento do sector agro-pecuário
das populações, às alterações climáticas e em Portugal, com base em pastagens e forragens melhoradas, com os correspondentes retornos
energias renováveis, o que está a conduzir a económicos e assinaláveis benefícios no plano da preservação ambiental.
novas abordagens do desenvolvimento rural
e a novos desafios em termos de investigação


agrária.
A produção pratense e forrageira e os sis-
temas agro-silvo-pastoris em que se integram Além do seu objectivo essencialmente
podem ser realizados nos modos de produção produtivo, as pastagens revestem-se de um


biológico, no modo de produção integrado,
ou no contexto da agricultura de conservação.
elevado interesse na protecção do ambiente.
Surgem assim novas utilizações das pastagens
como por exemplo a dos “prados de flor”, para
melhoria do impacto visual da paisagem em
regiões eminentemente turísticas ou as pasta-
gens para zonas de caça e de uso exclusivo por
parte das espécies cinegéticas.
A área potencial para instalação de pas-
tagens semeadas, juntamente com as áreas de
pastos naturais, susceptíveis de serem melho-
rados com recurso a técnicas que associem
baixos custos e reduzida incorporação ener-
gética, pode atingir 2,0 a 2,5 milhões de hec-
tares do território nacional.
A par da melhoria das pastagens naturais
de muitas regiões do país, aumentando a sua
produtividade para poder suportar maiores
cargas animais, é possível incrementar estas
culturas valorizando extensas áreas de incul-
tos e baldios, criando riqueza e fixando popu-
lações em zonas de baixa densidade e atrac-
tividade populacional. O País poderia deste
modo vir a produzir toda a carne e leite de
que necessita, ou seja, garantir o auto-apro-
visionamento em produtos animais, evitando
enormes gastos com importação de carne.
Acresce que haveria ainda a registar uma
poupança muito relevante no consumo de
alimento compostos, fabricados com base em

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