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Química Geral e Experimental II

Propriedades coligativas: Resolução


comentada de exercícios selecionados
Prof. Fabrício R. Sensato

Engenharias: Materiais e Ambiental


Regimes: Normal/Dependentes
Período: Noturno

Agosto, 2005

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9) Organize as seguintes soluções aquosas na ordem dos pontos de ebulição crescentes.
Justifique a sua resposta.
(a) Etilenoglicol 0,20 m (não volátil e não eletrólito)
(b) (NH4)2SO4 0,12 m
(c) CaCl2 0,10 m
(d) KNO3 0,12 m

( 10) Uma solução aquosa que contém 1,00 g de insulina de boi (uma proteína não-ionizável)
por litro, tem pressão osmótica de 3,1 mmHg, a 25 oC. Calcule a massa molecular da
insulina de boi.

11) Organize as seguintes soluções aquosas na ordem (i) da pressão de vapor crescente e (ii)
do ponto de ebulição crescente.
(a) HOCH2CH2OH 0,35 m (um soluto não-volátil e não eletrólito)
(b) Açúcar 0,50 m (um soluto não-volátil e não eletrólito)
(c) KBr 0,20 m
(d) Na2SO4 0,20 m

12) Uma solução 5,00 10-2 m de HF em água apresenta um ponto de congelamento normal
de -0,103 oC. Qual a percentagem de dissociação do HF nesta concentração?

13) A concentração de CO2 num refrigerante aquoso é 0,0506M, a 25 oC. Qual a pressão do
CO2 gasoso na bebida?

1) 62,51 o C
2) Massa molar do ácido acético em (i) benzeno: 120 g/mol; (ii) em água: 62,4 g/mol; No benzeno, as moléculas do ácido acético formam
dímeros, ou seja, duas moléculas de ácido acético unidas por ligações de hidrogênio.
5) C14H10
6) 1,8 × 102 g/mol
7) 8,60 molal; 28,4%
8) 360 g/mol; C20 H16 Fe2 .
9) Etilenoglicol < KNO3 < CaCl2 < (NH4 )2 SO4
10) 5,9 × 103 g/mol
11) Na2 SO4 < açúcar < KBr < HOCH2 CH2 OH
12) 11%
13) 1,13 × 103 mmHg

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Química Geral e Experimental II
Soluções e propriedades coligativas
Resolução comentada de exercícios selecionados – versão colig_v4_2005
Prof. Fabricio R. Sensato

1) Qual o ponto de ebulição de uma solução constituída por 15,0 g de CHCl3 e 0,515 g do
composto não-volátil acenaftaleno, C12H10, encontrado no alcatrão do carvão?

Resolução
A temperatura de ebulição do clorofórmio puro, CHCl3, é 61,70 oC (ver, por exemplo, Tabela
14.3, Kotz & Treichel). A adição de um soluto eleva a temperatura de ebulição devido ao efeito
ebulioscópico. A dependência entre a elevação da temperatura de ebulição e a concentração
(molalidade) da solução é dada pela relação:

em que Keb é a constante ebulioscópica do solvente (clorofórmio, 3,63 oC/m) e m é a molalidade


da solução. A massa molar do C12H10 é 154,2 g/mol de tal forma que 0,515 g deste composto
corresponde a

A molalidade, m, da solução é, então, calculada:

Assim, a correspondente elevação da temperatura de ebulição é:

Como a temperatura de ebulição do clorofórmio puro é 61,70 oC, a temperatura de ebulição da


solução constituída por 0,515 g de C12H10 dissolvidos em 15,0 g do solvente é 61,70 oC + 0,809
o
C = 62,51 oC.

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2) Uma solução de 5,00 g de ácido acético, CH3COOH, em 100 g de benzeno congela a 3,37
o
C. Uma solução de 5,00 g de ácido acético em 100 g de água congela a -1,49 oC. Achar a
massa molar do ácido acético a partir de cada experiência. O que se pode concluir sobre o
estado das moléculas de ácido acético dissolvido em cada solvente?

1º caso: Ácido acético em benzeno:


Através do abaixamento da temperatura de congelamento do benzeno pode-se determinar a
molalidade da solução e, posteriormente, a massa molar do soluto (ácido acético). A temperatura
de congelamento normal do benzeno puro é 5,50 oC (ver, por exemplo, Kotz & Treichel, Tabela
14.3). O abaixamento da temperatura de congelamento do benzeno está relacionada à molalidade
da solução segundo a expressão abaixo

Como Tf = (3,37oC – 5,50 oC) = -2,13 oC e Kf(benzeno) = -5,12 oC/m, tem-se que a molalidade,
m, da solução é:

A molalidade revela que na solução há 0,416 mols do soluto em 1 kg de benzeno. Assim, em 100
g de benzeno (massa de solvente proposta pelo problema) haveria 0,0416 mols de ácido acético.
Como todo o ácido acético presente no sistema corresponde a 5,00 g de ácido acético (ver
enunciado do problema), pode-se calcular a massa molar do ácido (massa de 1 mol do ácido).

Como 1 mol de CH3COOH corresponde a 120 g de CH3COOH, sua massa molar obtida pelo
efeito crioscópico do ácido acético sobre o benzeno é 120 g/mol.

2º caso: Ácido acético em água


O adição de 5,00 g de ácido acético à água provoca um abaixamento da temperatura de
congelamento de -1,49 oC (-1,49 oC – 0,0 oC). A constante crioscópica da água, Kf, é de -1,86
o
C/m. A molalidade da solução pode, então, ser determinada:

Ou seja, em 1 kg da solução de ácido acético em benzeno há 0,801 mols do soluto. Em 100


gramas de água há, então, 0,0801 mols de ácido acético. Como tal quantidade corresponde a 5,00
gramas de ácido acético, a massa molar pode, então, ser calculada:

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Assim, a massa molar do ácido acético obtida pelo seu efeito crioscópico sobre a água é de 62,4
g/mol.

Certamente, a massa molar de um soluto (ácido acético, neste exercício) não pode depender do
meio em que este se encontra. O aparente conflito (120 g/mol em benzeno e 62,4 g/mol em água)
reside no fato de que a propriedade coligativa (efeito crioscópico) reflete a quantidade de
partículas presentes na solução (transcrita pela molalidade de solução). Observe que a molalidade
do 1º caso (0,416 mol/kg, solução de benzeno) é, praticamente, metade do valor obtido para o 2º
caso (0,801 mol/kg, solução aquosa). Isto indica que o ácido acético em benzeno se dimeriza, ou
seja, forma dímeros (devido, especialmente, às ligações de hidrogênio), segundo a equação
química abaixo:

O O O HO
H 3C C + H 3C C H 3C C C CH 3
OH OH OH O
O efeito líquido de tal é a redução da quantidade de espécies em solução, pois duas moléculas de
ácido acético se convertem em uma espécie dimerizada. Como na solução aquosa o ácido acético
não se dimeriza, a concentração de espécies nesta solução é, praticamente, o dobra daquela
prevista para a solução de benzeno.

( 3)(a) Qual o efeito da adição de um soluto não-volátil sobre i) o ponto de ebulição; ii) o
ponto de congelamento e (iii) a pressão de vapor de um líquido? (b) Justifique, em nível
molecular, como a presença do soluto influencia o ponto de ebulição e a pressão de vapor do
líquido; (c) O efeito da adição de uma dada quantidade de soluto sobre o ponto de ebulição
é maior no caso da água ou do benzeno?

Resolução:
(a) i) aumento a temperatura de ebulição; ii) diminuição da temperatura de congelamento e iii)
diminuição da pressão de vapor do líquido.
(b) A presença do soluto diminui a tendência de escape das moléculas do solvente para a fase
gasosa, assim, diminuindo a pressão de vapor do líquido e, como conseqüência, demandando
mais alta temperatura de ebulição. Em nível molecular, as espécies de soluto, especialmente
aquelas na superfície do líquido, obstruem a passagem das moléculas do solvente para a fase
vapor pois reduzem a área da superfície disponível para que se dê a evaporação do solvente (ver
Kotz & Treichel, v.1, p. 451). Ainda, O aumento da temperatura de ebulição e o ocasionado pela
adição de um solvente, pode ser interpretada em termos da desordem molecular que acompanha o
processo de vaporização. O aumento da desordem de um sistema isolado é a força motriz de
processos espontâneos. A pressão de vapor de um líquido (puro ou solução) reflete sua tendência
de atingir um estado de maior desordem molecular, o qual é atingido quando o líquido se

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vaporiza para formar o gás mais desordenado. A presença do soluto confere adicional desordem
ao líquido, tornando a solução mais desordenada que o líquido puro. Assim, como a desordem da
solução é maior que a desordem do correspondente líquido puro, existe uma menor tendência da
solução de formar o gás. Como conseqüência, a pressão de vapor da solução é menor que a
pressão de vapor do líquido a uma dada temperatura, tal que a temperatura de ebulição deste é
menor que a temperatura de ebulição daquele.
(c) A elevação da temperatura de ebulição de um líquido promovida pela adição de um soluto
pode ser calculada com a expressão: Teb = Keb × m. Se a concentração do soluto for a mesma, o
solvente que exibir maior valor de Keb sofrerá maior aumento em sua temperatura de ebulição.
Keb (H2O) = 0,5121 oC/m e Keb(benzeno) = 2,53 oC/m. Assim, a maior variação de temperatura
dar-se-á no benzeno.

4) Se quantidades iguais de NaCl e CaCl2 forem dissolvidas em água, o sal de cálcio provoca
um abaixamento crioscópico que é cerca de 1,5 vez o que é provocado pelo NaCl. Por quê?

Resolução: Propriedades coligativas dependem da quantidade de soluto por massa de solvente.


Tais sais (NaCl e CaCl2) se dissociam em íons quando em solução aquosa e o fazem segundo as
equações químicas:
NaCl(s) + água Na+(aq) + Cl-(aq)
CaCl2(s) + água Ca2+(aq) + 2Cl-(aq)
Cada entidade de NaCl(s) que se dissolve, gera duas espécies em solução (dois íons), enquanto
cada entidade de CaCl2(s) o faz gerando três espécies em solução (um íon Ca2+ e dois íons Cl-).
Assim, a dissolução do CaCl2 gera 1,5 mais espécies que o NaCl e, portanto, o efeito do CaCl2(s)
sobre o abaixamento crioscópico é 1,5 vez aquele ocasionado pelo NaCl.

(5) O antraceno é um hidrocarboneto que se obtém do carvão. A fórmula empírica do


antraceno é C7H5. Para determinar-se a sua fórmula molecular, dissolve-se 0,500 g em 30,0
g de benzeno. O ponto de ebulição do benzeno puro é 80,10 oC e o da solução é 80,34 oC.
Qual a fórmula molecular do antraceno?

Resolução
Enquanto a fórmula empírica revela a razão mais simples possível entre os átomos numa
molécula, a fórmula molecular dá o número real de cada espécie de átomo em uma molécula
(ver Kotz & Treichel, v1, p. 88). Assim, conhecendo-se a fórmula empírica de uma molécula e
sua massa molar pode-se determinar sua fórmula molecular. O problema se resume basicamente
na determinação da massa molar do antraceno. O aumento da temperatura de ebulição, Teb, se
relaciona à molalidade da solução segundo a expressão:
Teb = Keb × m
Como Teb é conhecido (80,34 C- 80,10 C = 0,24 oC) e Keb também (2,53 oC/m), a molalidade
o o

pode ser facilmente calculada:


m = Teb/Keb m = 0,24 oC/2,53 oC/m) m = 0,095 m

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Isto significa que a solução obtida com a adição de 0,500 g de antraceno a 30,0 g de benzeno é
0,095 molal, ou ainda, que na solução há 0,095 mols de antraceno para 1 kg de benzeno. Isto quer
dizer que em 30,0 g de benzeno há

Todo o antraceno encontrado em 30,0 g de benzeno (0,028 mols) é proveniente da massa de


antraceno adicionada (0,500 g). Isto permite relacionar a massa de antraceno e sua quantidade
correspondente e, então, obter sua massa molar (massa de 1 mol da substância)

A massa molar do antraceno é, portanto, 180 g/mol.


H H H
Este resultado revela que a fórmula molecular do antraceno
é distinta de sua fórmula empírica, pois se assim o fosse a H H
massa molar do antraceno seria 89,1 g/mol (cálculo baseado
nas massas atômicas do C e H no C7H5). Isto significa que a
formula molecular possui o dobro de átomos (2 × 89,1
H H
180) que a fórmula empírica e, portanto, a fórmula
molecular do antraceno é C 14H10. Compare a fórmula H H H
molecular do antraceno com sua estrutura molecular
mostrada na Figura 1. Figura 1. Estrutura molecular
do antraceno

6) O hidroxianisol butilado (sigla inglesa BHA) é usado como antioxidante na margarina e


em outras gorduras e óleos; impede a oxidação e prolonga o tempo de estocagem dos
alimentos. Qual a massa molecular do BHA sabendo-se que o ponto de ebulição da solução,
com 0,640 g dissolvidos em 25,0 g de clorofórmio, é 62,22 oC. O ponto de ebulição normal do
clorofórmio é 61,70 oC.

Resolução
Deve-se determinar qual é a quantidade de matéria (número de mols) de BHA que corresponde à
massa de 0,640 g de BHA. Uma vez estabelecido tal relação pode-se calcular a massa de 1 mol
de BHA, ou seja, sua massa molecular.
A variação da temperatura de ebulição de uma solução relaciona-se com sua concentração por:
Tb = Keb m
em que Keb é constante ebulioscópica do solvente e m é a molalidade da solução. Assim, com a
medida experimental de T é possível determinar a molalidade, m, da solução.

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Isto significa que em 1 kg de solvente (clorofórmio) há 0,14 mols de BHA. Assim, em 25,0 g do
solvente há:

Esta quantidade corresponde à massa de 0,640 g de BHA. Assim, a massa molecular (massa de 1
mol de BHA) pode ser, então, calculada:

A massa molecular do BHA é, desta forma, 1,8 × 102 g/mol

7) O ponto de congelamento de uma solução de etanol (C2H5OH) em água é -16,0 oC. Qual a
molalidade do álcool na solução? Qual a percentagem ponderal do álcool na solução?
(Percentagem ponderal do componente A em uma mistura A + B, é a razão:

Resolução
O abaixamento da temperatura, Tf, de congelamento de uma solução se relaciona a sua
concentração, m (molalidade), como segue:
Tf = Kf × m
em que Kf é a constante crioscópica do solvente (H2O = -1,86 oC/m). Conhecendo-se Tf e Kf
pode-se, então, determinar a molalidade da solução. Uma vez que a temperatura de congelamento
da água pura é 0,0 oC, Tf = -16,0 oC. Assim,

Se a solução é 8,60 molal, há 8,60 mols de etanol por quilograma de água. A massa molar do
etanol é 46,07 g/mol. Assim, 8,60 mols correspondem a massa de

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Ou seja, em uma solução 8,60 molal há 396 g de etanol por quilograma de água. A percentagem
ponderal de etanol é, então, calculada:

% de etanol = 28,4 %

8) Junta-se 0,255 g de um composto, alaranjado, cuja fórmula empírica é C10H8Fe, a 11,12 g


de benzeno. O ponto de ebulição do benzeno passa de 80,10 oC para 80,26 oC. Qual a massa
molar e qual a fórmula molecular do composto? (Lembre-se que enquanto a fórmula
empírica mostra a razão mais simples possível entre os átomos em uma molécula, a fórmula
molecular dá o número real de cada espécie de átomo em uma molécula. A fórmula
molecular é determinada pela multiplicação da fórmula empírica por um número inteiro).

Resolução:
A solução do problema exige que se determine qual a quantidade de substância (número de mols)
que corresponde a 0,255 g do composto alaranjado. Conhecendo-se tal quantidade, pode-se,
então, calcular a massa de 1 mol do composto, ou seja, sua massa molar.
A aumento da temperatura de ebulição, Teb, de uma solução se relaciona com sua concentração
(m, molalidade) por:
Teb = Keb × m
em que Keb é a constante ebulioscópica do solvente (benzeno = +2,53 oC/m)
A molalidade da solução pode então ser calculada conhecendo-se Teb (80,26 oC – 80,10 oC =
0,16 oC) e Keb.

Isto significa que em 1 kg de benzeno há 0,063 mols do composto desconhecido. Portanto, em


11,12 g (0,01112 kg) do solvente, há

A quantidade 7,0 × 10-4 mols corresponde à massa de 0,255 g do composto desconhecido. A


massa de 1 mol (massa molar) pode, então, ser calculada:

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Ou seja, a massa molar do composto alaranjado é 360 g/mol
Se a fórmula molecular do composto alaranjado fosse igual a sua fórmula empírica, C10H8Fe, sua
massa molar seria 184,0 g/mol, ou seja, praticamente metade do valor determinado pela medida
ebuliscópica. Isto significa que a fórmula molecular do composto alaranjado é duas vezes sua
fórmula empírica e, portanto, C20H16Fe2.

9) Organize as seguintes soluções aquosas na ordem dos pontos de ebulição crescentes.


Justifique a sua resposta.
(a) Etilenoglicol 0,20 m (não volátil e não eletrólito)
(b) (NH4)2SO4 0,12 m
(c) CaCl2 0,10 m
(d) KNO3 0,12 m

Resolução
A temperatura de ebulição de uma solução depende marcadamente da quantidade de espécies do
soluto dissolvidas no solvente. O aumento da temperatura de ebulição (elevação ebulioscópica)
de um líquido está relacionado à concentração da solução de acordo com a expressão:
Teb = Keb × m
em que Keb é a constante ebulioscópica do solvente e m é a molalidade da solução. Nos casos
propostos, o solvente é a água e, portanto, o valor de Keb é o mesmo para todas as soluções
consideradas. Assim, o valor de Teb depende somente de m. Entretanto, se o soluto sofre
dissociação, tal fenômeno deve também ser considerado uma vez que o processo aumenta o
número de espécies do soluto em solução.
O etilenoglicol não se dissocia apreciavelmente em água e, portanto, a molalidade de espécies é
igual à molalidade do soluto: 0,20 m
Etilenoglicol (l) + água etilenoglicol(aq)
Todas as demais substâncias se dissociam em água conforme as equações químicas:
(b) (NH4)2SO4(s) + água 2NH4-(aq) + SO4-(aq)
(c) CaCl2(s) + água Ca2+(aq) + 2Cl-(aq)
(d) KNO3(s) + água K+(aq) + NO3-(aq)
Como um (NH4)2SO4 se converte em 3 espécies em solução, a concentração de espécies em
solução torna-se (3 × 0,12m) = 0,36m. CaCl2 também gera três espécies em solução e, portanto, a
concentração de espécies na solução será (3 × 0,10m) = 0,30m. Entretanto, KNO3 gera apenas 2
espécies em solução para cada espécie do soluto. Assim, a correspondente concentração é (2 ×
0,12m) = 0,24m. Quanto maior a concentração de espécies de soluto no solvente, mais alto será o
ponto de ebulição e, portanto, as soluções dispostas em ordem crescente de ponto de ebulição
será:
Etilenoglicol < KNO3 < CaCl2 < (NH4)2SO4

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( 10) Uma solução aquosa que contém 1,00 g de insulina de boi (uma proteína não-ionizável)
por litro, tem pressão osmótica de 3,1 mmHg, a 25 oC. Calcule a massa molecular da
insulina de boi.

Resolução
A pressão osmótica se relaciona a pressão segundo a equação:

é a pressão osmótica, c é a concentração (mol/L), R é a constante dos gases ideais


(0,0820578 atmLmol-1K-1) e T é a temperatura absoluta (Kelvin). Como ão
conhecidos, a concentração de insulina, c, pode ser calculada diretamente. O valor da
concentração informa qual é a quantidade de matéria (número de mols) de insulina em 1 litro da
solução aquosa. Ainda, é conhecido que em 1 L de solução há 1,00 g de insulina. Assim, a
quantidade de insulina que houver em 1L da solução corresponde à massa de 1,00 g de insulina.
Desta relação, calcula-se a massa molecular (massa de 1 mol) da insulina.
A concentração é obtida, então, pela expressão:

c = RT/
( = 3,2 mmHg = 0,0042 atm (760 mmHg = 1 atm) e T = 25 + 273 = 298 K)

c = 0,0042 atm/( 0,0820578 atmLmol-1K-1 × 298K)


c = 1,7 × 10-4 mol/L

Isto significa que 1,7 × 10-4 mol de insulina pesa 1,00 g. A massa de 1 mol (massa molecular) é,
então, calculada:

Assim, a massa molar da insulina de boi é 5,9 × 103 g/mol

11) Organize as seguintes soluções aquosas na ordem (i) da pressão de vapor crescente e (ii)
do ponto de ebulição crescente.
(a) HOCH2CH2OH 0,35 m (um soluto não-volátil e não eletrólito)
(b) Açúcar 0,50 m (um soluto não-volátil e não eletrólito)
(c) KBr 0,20 m
(d) Na2SO4 0,20 m

Resolução:
As propriedades coligativas (elevação da temperatura de ebulição, diminuição da temperatura de
congelamento, diminuição da pressão de vapor e efeito osmótico) dependem essencialmente da
quantidade de entidades dissolvidas na solução. Assim, a solução que contiver a maior
quantidade de espécies dissolvidas (para uma mesma massa de um mesmo solvente), exibirá o
maior efeito coligativo. Entretanto, é necessário considerar a dissociação do soluto no cômputo
das espécies presentes em solução.

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Como o HOCH2CH2OH e o açúcar são solutos não-eletrólitos, eles não se dissociam em água e,
como conseqüência, a concentração de espécies na solução é igual a concentração do próprio sal.
Já o KBr e o Na2SO4 se dissociam conforme as equações químicas abaixo:
KBr + água K+(aq) + Br-(aq)
Na2SO4 + água 2Na+(aq) + SO42-(aq)
Assim, a concentração de espécies geradas na dissociação do KBr é o dobro da concentração do
sal e, portanto, igual a 0,40 m (0,20 m × 2). Para o Na2SO4, a concentração das espécies em
solução é o triplo da concentração do sal (veja equação química de dissociação) e, portanto, 0,60
m (0,20 m× 3).
Desta maneira, a concentração de espécies em cada solução é
HOCH2CH2OH = 0,35 m
Açúcar = 0,50 m
KBr = 0,40 m
Na2SO4 = 0,60 m
i) pressão de vapor em ordem crescente: quanto maior a concentração de espécies em solução,
menor é a pressão de vapor do solvente. Assim, a ordem crescente de pressão de vapor será:
Na2SO4 < açúcar < KBr < HOCH2CH2OH
ii) ponto de ebulição em ordem crescente: quanto maior a concentração de espécies em solução,
maior será o ponto de ebulição: Assim, a ordem crescente de pontos de ebulição será:
HOCH2CH2OH < KBr < açúcar < Na2SO4

12) Uma solução 5,00 10-2 m de HF em água apresenta um ponto de congelamento normal
de -0,103 oC. Qual a percentagem de dissociação do HF nesta concentração?

Resolução:
A percentagem de dissociação (grau de dissociação, é definida como:

úmero de moléculas dissociadas)/(número total de moléculas)

A concentração de espécies em solução se relaciona com a diminuição da temperatura de


congelamento, Tf, conforme a expressão:
Tf = Kf m
Com o valor medido de Tf é possível calcular a concentração de espécies presentes na solução:

Observa-se que a concentração de espécies (5,54 10 -2 m) estimada pelo efeito crioscópico


(abaixamento da temperatura de congelamento) é maior que a concentração de HF na solução
(5,00 10-2 m). Tal diferença decorre da dissociação do HF na solução, ou seja, aparentemente
ocorreu um aumento de 0,54×10-2 mols de espécies por quilograma do solvente. Deve-se
considerar, entretanto, que para cada quantidade, x, de HF que se dissocia, são formados 2x de
espécies em solução (H+ e F-), conforme a seguinte equação química:

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HF(l) H+(aq) + F-(aq)
Assim, a quantidade de moléculas HF dissociadas, x, pode ser calculada considerando-se a
seguinte igualdade:
5,00 10-2 m– x +2x = 5,54 10-2 m
O lado direito da equação supracitada é a quantidade total de espécies na solução, dissociadas ou
não (por kg de solvente). O primeiro termo à esquerda é a quantidade total de moléculas de HF
sem a consideração da dissolução. O segundo termo, -x, é a quantidade de HF que se dissocia, ou
ainda, é a quantidade de HF na forma molecular que desaparece. O último termo do lado
esquerdo, +2x, é a quantidade de espécies que são geradas pelo fenômeno da dissociação (o
dobro da quantidade de espécies de HF que se dissocia). Assim, o valor de x que valida a
igualdade acima é 0,54 10-2 m (quantidade de moléculas dissociadas).
A percentagem de dissociação, %dissoc. pode ser, então, calculada:

Uma maneira alternativa de desenvolver o problema é explorar a dependência entre o grau


de dissociação, i. Certamente, ambos os desenvolvimentos se baseiam
nas mesmas considerações físico-químicas.
O fator i é calculado da seguinte forma:

Tf é calculado sem a consideração do fenômeno de dissociação. Ainda, o valor de i pode ser


obtido com qualquer propriedade coligativa e não somente com o abaixamento crioscópico.
Calcula-se o valor de i como segue:

O valor de i indica o número médio de partículas formadas, por uma molécula. Se uma molécula
quando se dissocia forma n íons, a quantidade média total de espécies formadas (íons mais
moléculas não dissociadas) é calculada do seguinte modo: o número de íons (por molécula) será
n úmero de moléculas não dissociadas será (1 – ório destes termos
resulta no valor de i.
i=n – n-
Rearranjando a igualdade acima, obtém-se:

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ão, calculado (n = 2; i éculas
dissociadas, %dissoc, é igual a 11% como havia sido determinado previamente.

13) A concentração de CO2 num refrigerante aquoso é 0,0506M, a 25 oC. Qual a pressão do
CO2 gasoso na bebida?

A solubilidade de um gás, Sg, se relaciona a sua pressão parcial, Pg, de acordo com a lei de
Henry:
Sg = kH × Pg
kH é a constante de Henry que é característica do solvente e do soluto. Para o CO2, o valor da
constante de Henry a 25 oC é 4,48 × 10-5 M/mmHg.
Assim, a pressão exercida pelo CO2 sobre a solução é:
Pg = Sg/kH = 0,0506 M/4,48 × 10-5 M/mmHg = 1,13 × 103 mmHg

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