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27-30
A RECOMPENSA NAS RELAÇÕES
Sabemos que a recompensa influencia de forma significativa a motivação e a
satisfação das pessoas para o cumprimento de suas funções.
Jesus em alguns momentos ensina antagonicamente à vontade humana. Por
exemplo em relação aos direitos de poder [mulher de Zebedeu]: Mande que
meus dois filhos se assentem um à tua direita e outro a tua esquerda Mt 20.21.
Resposta de Jesus: quem quiser tornar-se grande entre vós, será esse o que
vos sirva v26. Ou como Marcos registra a discussão dos mesmos para saber
qual deles era o maior v33,34. Maior é aquele que está pronto a ser o último e
pronto a servir.
Nestas relações o comportamento humano, egoísta é sempre rechaçado e
nunca é aprovado. Toda a esperança humana de obter alguma vantagem
pessoal e sobrepujante é removida. Com Jesus, as relações são sempre
movidas para um interesse coletivo e maior que o pessoal.
Entretanto, Jesus esclarece e fundamenta suas motivações ao colegiado de
discípulos que lhe acompanha esclarecendo as suas dúvidas incipientes:
1. Diante do quadro das riquezas proferidas por Jesus ao jovem rico, “quem
pode ser salvo”?
2. Diante da negativa do jovem rico de abandonar suas posses e segui-lo, “o
que será de nós”? “eis que deixamos tudo e te seguimos”.
CONTEXTO - O jovem rico manifestava todas as características religiosas de
seu tempo de quem era profundamente abençoado por Deus e por isso mesmo
alguém que na visão dos outros era salvo visto que a riqueza conquistada
honestamente era vista como sinal da bênção de Deus o que favorecia ao rico
condições de agradar a Deus em todas as áreas.
Comparando suas relações com a do jovem rico Pedro logo conclui:
1. De fato, deixaram tudo Mt 4.20; Lc 5.11; Mc 1.18
2. Realmente o seguiram
Pr. Joel C. Araújo
Essa discussão de interesse e recompensa ainda não havia sido entendida, não
estava clara na mente deles, a questões que envolvem a relação de Deus com
eles e como seria dali para frente produzia dúvidas. Tiveram que romper os laços
familiares, abandonar as atividades profissionais, deixar para trás suas
propriedades e pôr-se à sua disposição. Era justo quererem conhecer, de
antemão, o prêmio reservado para si.
Se as riquezas não são sinal da bênção de Deus, seguir a Jesus lhes daria o
que? O que será melhor do que elas? Então as contestações:
1. O que se pode fazer para ser salvo? Imediatamente Jesus suaviza: aos
homens isso é impossível, mas para Deus nada é impossível. A boa nova
da salvação já está com eles e não precisariam temer.
2. O que será de nós?
Você pode perceber que estas perguntas nós a fazemos de algum modo:
1. Deixar tudo? Tem um significado marcante e profundo – é renúncia real dos
apegos v29 – relacionamentos mais profundos existentes, coisas materiais
que representam muito mais do que a segurança de um lar, objetos que
figuram na mente lembranças marcantes de um momento especial vivido
etc. Lucas ainda registra: Se alguém vem a mim e não *aborrece a seu pai,
e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs e ainda a sua própria vida, não
pode ser meu discípulo Lc 14:26. [*Odiar – comp. Mt 10.37 amar menos]
mas são coisas e relacionamentos que impede a imediata libertação, quando
o chamado de Jesus é urgente
2. Seguir? Para onde? Fazendo o quê? Tomar uma atitude dessas e nas
condições das quais os cercam, promoviam muitas dúvidas e gerava um
enorme compromisso. De fato, seguir, ir junto, acompanhar, é uma grande
responsabilidade ato de um profundo compromisso – não se pode voltar
atrás, retroagir. O caminho percorrido, o tempo discorrido a referência social
etc. não se recupera mais – ver Lc 9.57-62 - Ninguém que, tendo posto a
mão no arado, olha para trás é apto para o reino de Deus v62. Ou seja,
não há espaço para o sentimento de religiosidade ingênuo – sem
conhecimento etc.