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FACIS
A SOMBRA NA CONTEMPORANEIDADE
Casamentos Psíquicos e a Terapia de Casais sob
Enfoque Analítico.
Brasília
2014
Angela de Sá Barreto Sabiá
A SOMBRA NA CONTEMPORANEIDADE
Casamentos Psíquicos e a Terapia de Casais sob
Enfoque Analítico.
Monografia apresentada à
FACIS como requisito parcial
para obtenção do título de
especialista em Psicologia
Junguiana.
Brasília
2014
FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
FACIS
A SOMBRA NA CONTEMPORANEIDADE
Brasília
2014
Angela de Sá Barreto Sabiá
A SOMBRA NA CONTEMPORANEIDADE
Casamentos Psíquicos e a Terapia de Casais sob
Enfoque Analítico.
Monografia apresentada à
FACIS como requisito parcial
para obtenção do título de
especialista em Psicologia
Junguiana.
Brasília
2014
“Muitas vezes é trágico ver como uma pessoa estraga de modo evidente a própria
vida e a dos outros e como é incapaz de perceber até que ponto essa tragédia
parte dela e é alimentada progressivamente por ela mesma”.
JUNG
RESUMO
INTRODUÇÃO ............................................................................................ 07
7
submeter a essa forma de tratamento? Essas são as respostas que irei
responder no decorrer desse trabalho.
A ideia central é que a terapia de casal pode ser uma maneira eficaz na
orientação em lidar com os conflitos e as suas diferenças individuais.
Favorecendo assim uma melhor compreensão do conflito o quando se iniciou,
informações básicas que os casais devem saber. E que irá além de tudo
descobrir as potencialidades ou não desse relacionamento.
O referencial teórico será exposto por Jung e autores Junguianos através
de textos que relatem sobre as sombras nos casamentos e como a técnica da
terapia de casal analítica pode aprofundar o conflito entre eles e a resolução
desse problema resolvido entre o casal.
Será feita uma pesquisa bibliográfica para complementar a reflexão. O
trabalho vai ser estruturado em três capítulos, no primeiro será trabalhado o
conceito de Sombra exposto pelo próprio Jung em três das suas obras, Aion,
Psicologia do Inconsciente e Arquétipos e o Inconsciente Coletivo. O segundo
capítulo, trará como base o texto do próprio Jung encontrado no livro Formação
da Personalidade com o texto Casamento como relacionamento psíquico, que
traz uma descrição dos arquétipos da anima e animus e de que maneira
influenciam no relacionamento dos casais, trazendo ainda o significado de
persona e identificando os papéis que os casais quando estão com problemas
na anima e animus desempenham. Tenho como base obras de Jung, Sanford,
Cavalcanti e Yorio. No terceiro capítulo, discorro sobre a terapia de casais
pegando o próprio Jung, Vargas e Mindell.
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CAPÍTULO I - O QUE É SOMBRA?
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Podemos entender que a sombra pode ser integrada na personalidade
enquanto certos traços se opõem ou escapam de qualquer influência. Assim
Jung (2012, p.20) nos descreve “com compreensão e boa vontade a sombra
pode ser integrada de algum modo na personalidade, enquanto certos traços
como sabemos pela experiência opõe obstinada resistência ao controle moral,
escapando, portanto a qualquer influência”. Essas resistências ligam-se a
projeção que o conhecimento delas, resultando esforço moral que ultrapassa os
limites do indivíduo.
Portanto os traços que caracterizam a sombra podem ser conhecidos
ainda como qualidades da personalidade, em que a compreensão falha no
tocante a causa da emoção, onde a culpa é sempre do outro e não sua.
Pode ser que um bom observado perceba que se trata de uma projeção,
sem saber ao certo se o sujeito irá ou não ter consciência. Jung (2012, p.20)
“Talvez o observador objetivo perceba claramente que se trata de umas
projeções.”
No livro Psicologia do Inconsciente nos é tratado da importância de se
ter o autoconhecimento, favorecendo assim o conhecimento das projeções que
levamos ao outro. Jung (2011, p.37):
Uma diminuição da hipocrisia e um aumento de
autoconhecimento só podem resultar numa maior consideração
com o próximo, pois somos facilmente levados a transferir para
nossos semelhantes a falta de respeito e a violência que
praticamos contra nossa própria natureza.
Podemos definir sombra como diz Jung (2012, p.24) “lado obscuro da
própria personalidade” e temos de ter em mente ainda que não é difícil com um
certo grau de autocrítica perceber a sombra pois ela é de natureza pessoal.
A sombra é ainda a personificação de pessoas nos sonhos coincidindo
com o inconsciente pessoal. Pois o papel da sombra é dar vida a tudo que o
sujeito desconhece em si.
Outra figura menos importante e bem definida é a da sombra,
que também aparece como a anima na projeção sobre pessoas
adequadas ou muitas vezes personificadas em sonhos. (JUNG,
2008, p.277)
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Entende-se por Inconsciente Pessoal os conteúdos formados de acordo
com as experiências individuais constituídas por complexos e sonhos. Sendo
basicamente para Jung como Freud caracterizou o Inconsciente que são
formados por conteúdos que não são aceitos pela consciência ou mesmo aquele
material que já foi consciente agora está esquecido.
A sombra, o animus e a anima são arquétipos ou seja, conteúdos
psíquicos de grande energia e numinosidade (vem de numinoso um adjetivo que
qualifica algo como sagrado ou divino), trazem todas as representações
psíquicas da humanidade. Só podem ser acessados através de imagens
arquetípicas que, surgem através dos sonhos e contos de fada. Essas imagens
se realizam através das experiências contínuas por meio das quais surgem as
imagens arquetípicas da grande mãe, do grande pai. Entendemos ainda
arquétipos como estruturas inatas e herdadas no inconsciente como disse Franz.
Entendemos por anima como a própria feminilidade inconsciente no
homem, trazendo para o interior dele todo sentimento e delicadeza que a
persona reprime, podendo dizer que é a própria feminilidade inconsciente no
homem.
Por animus como a parte inconsciente do lado masculino na mulher,
apresentando-se como grupo, batalhão time. Propicia a reflexão, a
autoconfiança e a espiritualidade por que é parte consciente e inconsciente
masculina presente na mulher.
Muitas vezes é trágico ver como uma pessoa estraga de modo
evidente a própria vida e a dos outros e como é incapaz de
perceber até que ponto essa tragédia parte dela e é alimentada
progressivamente por ela mesma. (JUNG, 2012, p.21)
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CAPÍTULO II - Casamentos Adoecidos: anima, animus e persona.
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Isso mostra que o jovem apresenta um conhecimento tanto
incompleto de si como do outro conhecendo de modo
insuficiente os motivos próprios e do outro, agindo levado
apenas por seus motivos inconscientes, onde o jovem tem
impressão de estar consciente, sendo costume aumentar a
compreensão dos conteúdos conscientes atuais. Quanto maior
for a extensão da inconsciência, tanto menor se tratará de uma
escolha livre no casamento, de modo subjetivo e isso se faz
notar ela coação do destino, claramente perceptível em toda
pessoa apaixonada. (JUNG, 1972, p.168)
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Quando se fala em matrimônio logo entendemos que Jung (1972, p.3)
“raras vezes ou até mesmo nunca um matrimônio se desenvolve tranquilo e sem
crises, até atingir o relacionamento individual”. Pois entendemos que só
podemos falar em relacionamento quando conhecermos o que motivou
inconscientemente a identificação inicial.
Jung nos aponta no seu texto que “não é possível tornar-se consciente
sem passar por sofrimentos”. A medida que atingimos a maturidade a vontade
do indivíduo identifica-se cada vez mais com o lado inconsciente das coisas. O
indivíduo começa a conhecer a sua peculiaridade, conhecimento esse que não
vem de graça mas apenas por abalos violentos.
Quando alguém se encontra demasiadamente em atitude juvenil, a
consciência lança à frente de acordo com a falta de ação que é própria da
consciência. Já o inconsciente retém o avanço devido esgotarem-se a força e a
vontade ulterior ou que acontece depois da expansão. “Essa desunião consigo
mesmo gera descontentamento e, quando a pessoa não está consciente desse
seu estado, procura geralmente projetar no outro cônjuge os motivos de tudo
isso.” Jung (1972, p.3).
Nem sempre essa desunião acontece simultaneamente nos dois
cônjuges, pois entendemos que nem mesmo o casamento mais perfeito é capaz
de apagar as diferenças individuais, tornando-as iguais. Levando-se em
consideração que as pessoas tem o seu próprio tempo ou timing, existe sempre
um que vai resolver seu problema no matrimonio primeiro que o outro.
Ou seja, quando um dos cônjuges se embasa de forma positiva com os
pais não encontrará dificuldade em relacionar-se com o outro. Podendo ainda o
outro sentir-se impedido de avançar na relação por estar preso de forma
inconsciente aos pais. Por isso apenas mais tarde conseguirá adaptar-se
completamente, mas como atingiu esse estado com maior dificuldade procurará
ater-se a ele por mais tempo. Jung (1972, p.03).
Quando lidamos com naturezas em que uma delas pode se perder fácil,
por serem de muita face, geralmente cheia de problemas e vindo dotadas de
unidades psíquicas um pouco incompatíveis promovendo a inadaptação entre
elas e com pessoas de naturezas simples, apresentando-se com traços
irreconciliáveis do caráter e simples na aparência.
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Ao lidar com naturezas provindas de tais labirintos, qualquer
outra pode se perder facilmente; encontra-se diante de tal
exuberância de vivencias possíveis que seu interesse pessoal
se acha totalmente ocupado, certamente isso não precisaria
ocorrer de modo sempre agradável, pois antes é necessário
sondar a outra em todos os caminhos secundários e desvios
errados. JUNG (1972, p.3)
Jung nos aponta ainda que existe diversas formas de vida e uma pessoa
simples se sente envolvida por elas, ou seja, uma mulher intelectualmente está
contida no marido ou o mesmo que vive com sua mulher de forma emotiva.
Podendo ainda ser o envolvente e o envolvido.
O envolvido se encontra no matrimonio sem divisão, voltando-se
inteiramente para o outro. Tendo como desagradável, a dependência de uma
personalidade vasta, e isso gera um descredito e uma desconfiança. A vantagem
de ter essa dependência é que ele mesmo não está dividido.
O envolvente devido os seus dotes distorcidos, precisaria conciliar-se
consigo mesmo pelo amor indiviso a outra pessoa, mais nessa fase ou esforço
percebe que a pessoa simples toma a dianteira. O envolvente sempre busca
espiar para fora da janela, no início de forma inconsciente depois desperta nele
um desejo único e indivisível sendo necessário que busca aquilo que sempre
que sempre lhe faltou. Dessa forma os casamentos vão apresentando-se na sua
realidade com essas projeções do envolvido e envolvente.
No matrimonio é sempre o envolvido que projeta tal imagem no
envolvente, enquanto este último é capaz de projetar apenas em parte essa
imagem no outro cônjuge.
No livro ao Encontro com a Sombra diz que o encontro do parceiro com
o oposto no casamento deu-se primeiro devido a atração de um com o outro que
coincidiu com a identificação das fontes de conflitos no decorrer do
relacionamento, as qualidades atraentes recebem com o tempo rótulos
tornando-se coisas más e difíceis entre os parceiros sendo vistos como
problemático e negativo. As coisas mais atraentes ainda são as que tem maior
carga de sentimentos ambivalentes.
Entender esses conflitos que surgem entre os casais torna-se de
extrema relevância compreender o significado dos arquétipo anima e animus e
entender ainda a persona.
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Uma das contribuições importantes de Jung está na conceituação de
anima e animus em que aumenta de maneira única a compreensão de nós
mesmos como homens e mulheres. Somente Jung tem diferenciado a psicologia
do homem e da mulher e como se relacionam.
Portanto os homens por serem homens costumam julgar-se
penas como homens, assim também as mulheres por serem
mulheres julgam-se como mulheres. Mas o que ninguém se
adverte é que tanto homens como mulheres são andróginos, que
vem de duas palavras gregas andros e gynos, que significam
homem e mulher respectivamente e se refere a uma pessoa que
combina na sua personalidade tanto elementos masculinos
como femininos, como nos mostra Sanford (ano, p.9).
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relacionamentos. A anima e o animus geralmente aparecem projetados e
quando não são reconhecidos é mais fácil ocorrerem as projeções.
A respeito dessa projeção masculina sobre a mulher
CAVALCANTI(p.140), vem dizer que o homem projeta na mulher o seu lado
feminino e espera que ela realize por ele aquilo que ele não consegue viver. Da
mesma forma a mulher projeta no homem o seu lado masculino e deseja que ele
realize para ela o que ela tem dificuldade.
Em outras palavras como ocorre em toda projeção, deixa de ser visto
pelo sujeito assim como facilita as distorções. Tanto o homem como a mulher
ver no outro o seu lado inconsciente e menos elaborado. A projeção é uma
ferramenta que ajuda no autoconhecimento, desde que se torne consciente.
Podemos ver ainda que a projeção é responsável por grandes paixões,
ódios, supervalorização e encantamento em que o homem e a mulher assumirão
um ao outro.
Contudo é importante perceber que quando o homem projeta a sua
anima na mulher ela adquire qualidades mágicas para ele. A mulher recebendo
essa projeção da anima será vista com poder.
Mas ao mesmo tempo que o poder sobre o homem a satisfaz,
ela se sentirá sufocar por essa projeção, que nega a sua
personalidade. E quando fizer qualquer esforço no sentido de
desfazer essa cumplicidade para desenvolver a sua
personalidade num sentido próprio ele se ressentirá disso.
(CAVALCANTI, 19, p.141)
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CAPÍTULO III - PSICOTERAPIA DE CASAL
Ao nos depararmos com um casal em crise, o que mais deve nos chamar
a atenção é o seu sofrimento somado ao desejo de acertos. Eles são únicos
todavia as situações hipotéticas podem e devem ser construídas no processo
terapêutico como um dos caminhos.
O que se deve levar em consideração de início no processo terapêutico,
é a empatia ou seja a capacidade do terapeuta de se colocar no lugar do casal,
experimentar o sofrimento que eles experimentam principalmente em relação
aos conflitos. Deve ser firmado uma aliança com o casal e esse casal deve ser
internalizado para que as intervenções sejam feitas empaticamente no nível das
defesas conjugais. Perceber ainda que a contratransferência, deve ser
cautelosa, ou seja, podemos experimentar durante as sessões emoções
distantes da vida real do casal, isso deve ser colocado a serviço do tratamento,
muitas vezes explicitando-as.
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Temos como característica fundamental da Psicologia Analítica, a visão
do humano que implica em vê-lo como um ser que nasceu para individuar-se.
Por individuação entendemos “o processo de uma vida que se realiza na
sua plenitude. Nosso desenvolvimento psicológico entende-se desde que
nascemos até a nossa morte” VARGAS(p.37).
É comum confundir-se individuação com individualismo. O próprio Jung
nos diz sobre isso:
individualismo significa acentuar e dar ênfase deliberada a
supostas peculiaridades, em oposição a considerações e
observações coletivas. A individuação ao contrário, significa a
realização melhor e mais completa das qualidades coletivas e
individuais do ser humano, posto que a adequada consideração
das peculiaridades do indivíduo, levando em conta o outro, é
mais mobilizadora para um melhor desempenho social do que
quando a peculiaridade é negada. VARGAS(p.32).
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individuação na linguagem psicológica, a plenitude. Portanto torna-se necessário
sofrer e aguentar o mais difícil, e não desejado, tomando cuidado para não cair
na armadilha em reduzir de uma polaridade a outra, confundindo o melhor, com
o mais sofrido ou quem sabe o não desejado.
Portanto determinando previamente o que seria melhor para um casal,
pode ser tentadora, mas perigoso. Pois pode ser errado o seu ponto de vista.
Então o critério de certo e errado, será uma resposta encontrada em meio as
dúvidas, conflitos e sofrimentos. Nesse caso é melhor buscar o equilíbrio ou a
individuação. Torna-se necessário tomar cuidado para não achar que o melhor
caminho é sempre o mais difícil.
Em outras palavras, “o livre arbítrio é uma grande aquisição da nossa
personalidade, embora não custe muito caro. O melhor para a nossa
individuação, pode coincidir por vezes com o mais fácil ou o mais difícil; é outra
coisa e relaciona-se com a busca da nossa individuação.”
Tendo em vista que a curto prazo uma solução possa surgir
desagradando assim um ou aos dois cônjuges. Poderá surgir a médio e longo
prazo se adotar o caminho que leva a individuação.
Portanto o papel do terapeuta de casal é ajuda-los a identificar e
reconhecer a realidade de seu casamento, procurar esclarecer distorções e
defesas presentes no vínculo e ajuda-los, enfim, na procura de uma melhor
solução. A decisão do caminho a seguir contudo é sempre do casal. (VARGAS,
p.39)
Embora todos os caminhos mostrem que devem optar pelo fim do
casamento e mesmo assim o casal escolha seguir juntos “isso deverá ser
respeitado, pois a vida pertence a cada um e nunca poderemos saber como será
o futuro, poderemos apenas ter expectativas maiores ou menores, mas nunca
certezas”. VARGAS(P.39) Pois sabemos que o cônjuge ou a cônjuge escolhidos
por amor é sempre um carregador de muitos potenciais e de problemas de um
para outro.
Podemos observar que o casamento cumpre um papel muito importante
na busca da individuação, como nos aponta Vargas. “Um casamento deve
acabar quando um passa a ser um violentador da vida individual dos cônjuges,
passando a lesar a vida dos dois.” Isso é relevante para trabalhar na terapia de
casal, pois é necessário que um cônjuge por diversas não aceite ou não queira
a separação, sem conseguir introjetar que mesmo sem querer, deverá fazer por
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que um casamento se faz a dois. Isso poderá ser destrutivo se os dois
mantiverem a relação nos mesmos moldes que culminaram na crise.
Sendo assim “uma separação provisória ou definitiva seria um caminho,
quem sabe, possível de salvação do casamento” como nos aponta Vargas
(p.41). A aceitação da morte, embora possa ser encarada de forma amarga
desse casamento, poderá desembocar no nascimento ou renascimento de um
novo casamento entre antigos conjugais, mas aquele casamento que já está
morto deve ser enterrado.
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limpeza do vínculo de crescimento e desenvolvimento sendo ainda o terapeuta
uma escolha comum entre eles.
Quando se fala em contraindicação da terapia de casal, refere-se as de
ordem psiquiátrica, quando um deles está delirante, depressivo, lábil e
hipersensível, podendo estar incapacitado de conviver com depressões,
agressões ou realidades dolorosas que não suportaria conhecer. Segundo
Vargas, casos assim, são indicativos de uma terapia individual.
Fica claro que para haver ou não indicação de terapia de casal é
condição primária conhecer a demanda da crise entre o casal e se perceberem
mutuamente que uma ajuda terapêutica trará vantagens para os dois.
Os recursos usados, geralmente trabalha-se com uma sessão semanal,
para que não gere ônus tenha a promoção emocional. Sendo as condições
financeiras favoráveis, as sessões podem ser de duração maior com a duração
de cem minutos ou no caso de casais que não residam na cidade onde o
terapeuta se encontra.
Podendo variar o tempo em poucas sessões nos casos de crises
conjugais ou se estender por alguns anos, quando se torna produtiva para o
processo de individuação do casal.
O terapeuta deve estar a serviço e necessidades e possibilidades do
casal, podendo ate mesmo ser útil em um único atendimento, se este for
esclarecedor e orientador resumindo apenas ao que o casal busca, limitando a
essas circunstancias.
Os recursos técnicos para o trabalho com casais, pressupõe uma escuta
cuidadosa de ambos os cônjuges e o trabalho com um deles deve sempre ser
referenciado ao outro, devendo portanto o terapeuta ouvir os dois a respeito de
determinada situação, ouvindo do outro como é para ele a situação que um deles
trouxe.
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A verdade de cada um, precisa ser levada em conta. Vargas diz a
respeito disso:
as vivencias e conclusões ou seja, a verdade de cada um precisa
sempre ser levada em conta, Não analiso a “verdade” de cada
um sem trabalhar também a do outro, e se forem muito
diferentes, procurar ver de onde provêm as diferenças. É
importante também a análise das distorções nas comunicações
entre eles, procuro identificar problemas na emissão ou
recepção das mesmas. (VARGAS, p.138)
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CONCLUSÃO
26
REFERENCIAS
JUNG, Carl Gustav. Aion. Obras Completas. Vol. IX/II. Petrópolis. Ed. Vozes.
2012.
YORIO, Vanda Di. Amor Conjugal e Terapia de Casal. Ed. Summus. 1996.
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