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PRODUTOS QUÍMICOS DE USO INDUSTRIAL

Gilmar da Cunha Trivelato


Químico, Pesquisado Titular
Fundacentro - MG

1. INTRODUÇÃO
1.1 SUBSTÃNCIAS QUÍMICAS NO AMBIENTE DE TRABALHO

Utilização de produtos químicos na sociedade:

12 milhões ou mais de substâncias químicas indexadas no CAS (Chemical Abstract Service)

Cerca de 100 mil são usadas em escala global. Esses produtos são encontrados
principalmente como misturas em produtos comerciais.

Cerca de 2 a 3 mil produtos são de uso no cotidiano.

1. 2 RISCOS ASSOCIADOS A USO DE PRODUTOS QUÍMICOS

As relações entre o ser humano, seu ambiente e os produtos químicos podem constituir riscos
de danos para a integridade física e saúde humana, instalações e meio ambiente.

Produto Químico
 Propriedades
 Estado
 Reatividade
 Dose

Indivíduo Processos
Características e Modos Operatorios
 Fisiológicas
 Psicológicas
 Patológicas
 sociais
Meio
Ambiente físico

Tempo = dinâmica da situação


 Duração da exposição
 Frequência do contato
 Variações aleatórias

O produto químico em si não é o risco, tem apenas o potencial de causar o dano em


determinadas condições ou circunstâncias.

O risco é a probabilidade de que o dano ocorra. O produto químico (ou agente químico) e as
condições/circunstâncias que tornam o dano possível são denominados fatores de riscos ou
perigos.

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Natureza de danos relativos de situações de risco envolvendo o uso de produtos químicos:

a) Danos materiais ou pessoais, decorrentes de acidentes


 Incêndio
 Explosão
 Reações violentas resultando em incêndio, explosão ou exposição humana ou
contaminação do ambiente acidentais.

b) danos à saúde humana, a curto e a longo prazo em decorrência da exposição humana


(ocupacional e não ocupacional

c) danos ao meio ambiente, a curto e a longo prazo decorrentes de contaminação ambiental

2. CLASSIFICAÇÃO DOS MATERIAIS

2.1Classificação geral dos materiais

Materiais

fisicamente
Homogêneos Heterogêneos
Separáveis em

fisicamente
Substâncias puras Soluções
Separáveis em

quimicamente
Compostos Elementos
separáveis

a) Substâncias

São os elementos (ou substâncias simples) e seus compostos (substâncias compostas), tanto
aqueles que se apresentam no seu estado natural ou aqueles outros produzidos em laboratório
ou industrialmente . Apresenta fórmula definida.

Exemplos:
 Oxigênio gasoso (O2)
 Enxofre (sólido, pó amarelo) – S8
 Ácido sulfúrico – H2SO4
 Ouro - Au

b) Misturas (ou preparações)

São constituídas de duas ou mais substâncias, podendo ser tanto naturais como sintéticas
(misturas intencionais). Não apresenta propriedades características nem fórmula fixa. Suas
propriedades são as mesmas dos seus constituintes e variam de acordo com a composição.

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Exemplos
 Um decapante (ácido fosfórico + água + butil glicol)
 Uma cola neoprênica (resina neoprênica + acetona + hexano)
 Um diluente (xileno + metil-etil-cetona)
 Uma liga metálica (ex. bronze = liga de cobre e estanho)
As substâncias têm propriedades físicas e químicas definidas. As mistura têm, ao contrário,
propriedades físicas e químicas variáveis.

2.2 Classificação das substâncias quanto à estrutura atômico-molecular:

a) Substâncias simples:

- Monatômica: Gases nobres – He, Ne, Ar


- Moleculares: O2, O3, Cl2, S8
- Macromoleculares: grafite, diamante
- Cristais metálicos: Fe, Al, Zn, etc...

Obs. São consideradas todas inorgânicas.

b) Substâncias Compostas:

- Iônicos: NaCl, Na2CO3, CaO, NiS


- Moleculares: H2O, HCl, CO2, C6H6, CCl4
- Macro-moleculares: Polietileno – (C2H4)n, polímeros em geral.

Obs. Não confundir um elemento com seus compostos (Ex. enxofre com gás sulfídrico, gás
cloro com hipoclorito de sódio)

c) Estrutura de compostos sólidos:

- Sólidos cristalinos: metálicos, iônicos, moleculares e macromoleculares (diamante,


sílica cristalina)

- Sólidos amorfos: ex. vidro, borracha, madeira

Obs. A estrutura cristalina pode determinar certa tipo de toxicidade (ex. sílica cristalina em
comparação com sílica amorfa).

d) Classificação quanto a presença de átomos de carbono.

Compostos orgânicos – compostos envolvendo átomos de carbono


- outros elementos mais freqüentes: H, O, N
- à exceção dos compostos contendo um átomo de carbono, os outros formam
cadeias carbônicas (átomos de carbono ligados entre si)

Compostos inorgânicos: envolvendo os outros elementos


Observações:

- Carbono na forma elementar (diamante, grafite), CO, CO 2 e outros como


carbonatos e cianetos são considerados inorgânicos.
- Compostos contendo cadeias carbônicas ligadas a metais são considerados como
orgânicos (organometálicos)
Ex: Metil-mercúrcio HgCH3, chumbo tetraetila Pb (C2H5)4. , apresentam toxicidade
diferente dos compostos inorgânicos de chumo.

2.3 COMPOSTOS INORGÂNICOS

- Hidretos
. H20, NH3, PH3, A8H3

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- Óxidos
. de metais (iônicos): CaO, Fe2O3
. de não – metais (moleculares): SO2, CO, NO2

- Ácidos: HCl, HF, HNO3, H2SO4

- Hidróxidos (bases): NaOH, Mg (OH)2


- Sais – compostos iônicos que em geral apresentam cations metálicos, e ânions
diferentes de O2-, OH- e H-.
Ex: Nacl, Pb(NO3)2, K2CrO4, Na3AlF6.
Observações:

- Em geral, nos compêndios contendo propriedades de compostos iônicos, eles


estão indexados pelo cátion. Ex. CdO e CdSO4 estão indexados como cádmio.

- Em muitos casos, as propriedades tóxicas dos elementos não são generalizáveis a


todas as espécies contendo o referido elemento.

Exemplos: Mercúrio (Hg elementar, sais de mercúrio e compostos orgânicos de Hg).

Carbonato de sódio e cianeto de sódio apresentam toxicidade diferentes pois o que


determina as propriedades tóxicas nesse caso são os ânions.

Cloreto de chumbo II e nitrato de chumbo II apresentam a mesma ação tóxica, devido


a presença do cátion Pb2+ . O nível de absorção pode variar em função da solubilidade
maior ou menor do composto.

2.4 COMPOSTOS DE CARBONO

Um composto de carbono em geral é constituído por uma cadeia de carbono e hidrogênio onde
um ou mais hidrogênios podem ser substituídos por outros grupos de átomos que caracterizam
uma determinada função química.

a) Exemplos de compostos orgânicos de uso industrial

Principais classes de solventes orgânicos

 Hidrocarbonetos alifáticos (saturados e insaturados) Ex. n-Hexano


 Hidrocarbonetos alifáticos cíclicos Ex. ciclohexano
 Hidrocarbonetos aromáticos Ex. Benzeno, Tolueno, Xileno
 Grupos funcionais conendo Oxigênio
 Alcoois Ex. Metanol, Etanol
 Eteres Ex. Éter etílico
 Aldeídos Ex. Etanal ou acetaldeído
 Cetonas Ex. Acetona (propanona), metil isobutil cetona
 Ácidos Ex. Ácido acético
 Ésteres Ex. Acetato de etila
 Grupos funcionais contendo nitrogênio
 Nitro-compostos Ex. nitrobenzeno
 Aminas Ex. anilina ou fenil amina
 Amida Ex. dimetil formamida (DMF)
 Hidrocarbonetos Halogenados Ex. 1,1,1-tricloroetano
 Funções mistas Ex. Éter glicólico (2-metóxietanol)

a) Observações práticas importantes sobre estrutura de compostos orgânicos

- Muitos isômeros de cadeia ou de posição, apesar de apresentarem propriedades


físicas e químicas semelhantes, podem apresentar toxicidades diferentes.

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Exemplo: Hexano comercial – mistura de isômeros do hexano – C 6Hl4

H3C – CH2 – CH2 – CH2 – CH3 n – hexano*

H3C – CH – CH2 – CH2 – CH3 2 – metil-pentano

CH3

- Muitos compostos de mesmo grupo funcional e cadeias diferentes, apesar de


apresentarem propriedades físicas distintas, podem resultar riscos análogos.

Exemplo: Aminas alifáticas – são alcalinas, irritantes

Etilamina H3C – CH2 – NH2


Ou R – NH2
N – butilamina H3C – CH2 – CH2 – CH2 – NH2

Neste caso a ação irritante é devido ao grupo funcional NH 2, que dá o caráter básico.
Mas, a fenilamina (anilina), além de ser irritante, possui outras ações tóxicas bem distintas.

NH2

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- cadeias carbônicas semelhantes, mas com grupos funcionais diferentes, além de
apresentarem propriedades físico – químicas distintas, os efeitos sobre a saúde
humana também são distintos.

NH2 OH
CH3

Benzeno Tolueno Fenilamina Hidroxibenzeno


(Anilina) (Fenol)

b) Como encontrar informações sobre compostos orgânicos?

Há várias possibilidades:

- pelo próprio nome do composto (indexado pela cadeia principal) ou pelo CAS
Number (número de indexação no Chemical Abstract Service)
ex: heptano, metil - ; heptano, 2 – cloro

- pelo grupo funcional: às vezes é o que determina o potencial de dano e não há


informações específicas daquele composto
ex: aminas alifáticas (metil – amina, etilamina) - irritantes
Fenóis (fenol, cresol) - corrosivos
Hidrocarbonetos clorados – nocivos para o meio ambiente

- Por determinadas classes de compostos, devido aplicações especificas ou


toxicidades análogas
Ex: Solventes
Borrachas
Abrasivos

3 CARACTERÍSTICAS FÍSICO-QUÍMICAS DOS MATERIAIS


O que as propriedades físico-químicas podem nos revelar que nos auxilie na identificação de
situações de risco envolvendo produtos químicos ?

Propriedades físicos – químicas


+
condições ambientais (temperatura, pressão, umidade, ventilação, etc)
+
condições de manuseio, armazenamento e descarte

permitem inferências sobre:


 Estado e aspecto físico dos produtos
 a dispersão/distribuição no ambiente.
 formas de exposição humana

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3.1 Propriedades físicas

A matéria se apresenta sob três estados físicos distintos:

 Sólido: um material está no estado sólido uma vez que as forças que unem suas partículas
(moléculas ou outras unidades microscópicas) são suficientemente fortes para impedir a
deformação (estado ordenado).

 Líquido: as forças entre as unidades microscópicas não podem evitar a deformação, mas
há força de coesão suficiente para manterem essas partículas unidas.

 Gasoso: as partículas (átomos, moléculas, etc) coexistem independentemente uma das


outras.

a) Mudança de Estado

GÁS

1 4

2 3
5
LÍQUIDO SÓLIDO
6

1. Vaporização 4. Condensação (gás a sol.)


2. Condensação (gas ao líq.) 5. Fusão
3. Sublimação 6. Solidificação

Evaporação é um caso particular da vaporização. É a passagem de uma substância do estado


líquido ao estado gasoso nas condições ambientes (temperatura e pressão), sem
necessidade de aporte de energia.

 PONTO DE FUSÃO

Indica a temperatura ou intervalo de temperatura em que a substância passa do estado sólido


ao líquido, à pressão atmosférica (101,3 kPa).

Quando existe uma diferença significativa entre o ponto de fusão e o ponto de solidificação o
intervalo é fornecido.

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 PONTO DE EBULIÇÃO

Indica a temperatura ou intervalo de temperatura em que a substância passa do estado líquido


ao gasoso, à pressão atmosférica (101,3 kPa).

Obs. Quando a substancia se decompuser antes ou durante o processo de fusão ou ebulição


deve ser indicado a temperatura de decomposição (ex. decompõe-se a ..... o C). Neste caso é
interessante investigar quais são os produtos de decomposição.

b) Estado e aspecto físico dos materiais no ambiente de trabalho

Dependendo das condições e processos aos quais está submetido os produtos podem ser
encontrados na forma de gás/vapor, líquido, sólido e material particulado atmosféiroc
(aerossóis). Mas

Gás/vapor, líquido ou sólido

Uma substância é classificada como gás, líquido ou sólido de acordo com seu ponto de fusão,
ponto de ebulição e pressão atmosférica (101,2 kPa)

Principais formas em que são encontrados os diferentes produtos:

Gás:
 Gás comprimido – Ex. cilindros de oxigênio, cloro, nitrogênio
 Gás comprimido liqüefeito Ex. cilindros de GLP (propano/butano)
 Gás dissolvido em um líquido sob pressão Ex. cilindros de acetileno dissolvido em acetona

Vapores
Um sólido ou um líquido, a uma certa temperatura abaixo do seu ponto de ebulição, sempre
está em contato com o seu vapor. A quantidade de vapor pode ser significativa, extremamente
baixa ou desprezível.

Líquido
 Liquido viscoso Ex. óleo mineral
 Líquido fumegante Ex. ácido sulfúrico fumegante
 Líquido Higroscópico Ex. ácido sulfúrico
 Solução Ex. soluções de sulfato de níquel em banho de niquelação

Sólido:
 Blocos Ex. blocos de granito
 Cristais Ex.pedras preciosas
 Grânulos Ex. PVC
 Lentilhas Ex. hidróxido de sódio
 Flocos Ex. aveia
 Pó(grosso ou finamente dividido, seco, úmido) Ex. areia (pó grosso); óxido de chumbo (pó
finamente dividido); cimento (pó seco),
 Pó cristalino Ex. sulfato de magnésio, sal comum
 Pasta Ex. mistura de óxido de chumbo e ácido sulfúrico (pasta para fabricar placas de
baterias ácido-chumbo)

Aerossóis

Dispersão de partículas sólidas ou líquidas no ar, de tamanho reduzido, que podem manter-se
em suspensão por um longo tempo, geralmente com diâmetro entre 0,001 e 100 m.

Podem ser classificados em poeiras, fumos, fumaças, neblinas e névoas.

Poeiras: partículas sólidas, formada por ruptura mecânica de sólidos (ex. moagem, abrasão,
desintegração)

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Fumos: partículas sólidas, formadas pela condensação ou oxidação de vapores de substâncias


sólidas à temperatura normal

Névoas: partículas líquidas formadas pela ruptura mecânica de líquidos (ex. processos de
gaseificação, borbulhamento, agitação mecânica)

Neblinas: partículas líquidas, formadas pela condensação de vapores de substâncias líquidas


à temperatura normal.

Fumaças: partículas sólidas podendo ter líquidos adsorvidos, formadas na combustão ou


decomposição térmica de materiais orgânicos.

c) pressão de vapor

É a pressão exercida pelo vapor quando sólidos ou líquidos se encontram em equilíbrio com
seus vapores, em recipientes fechados (presão de vapor de saturação). Varia com a
temperatura e torna-se igual à pressão atmosférica durante o processo de ebulição.

É indicada em unidades de pressão, mencionando-se a temperatura correspondente. Unidades


de pressão mais comuns: mmHg, Pa ou kPa, onde 100 kPa= 1 bar) 760 mmHg=101,3 kPa)

Como se mede:

Para líquidos e sólidos, se conhecermos:

Pressão de vapor
+
temperatura
+
pressão atmosférica
é possível estimar a concentração máxima de vapor (vapor de saturação, em ambientes
fechados)

conc. Máxima (em %) = P vapor __ X 100


Patm
Conc. Máxima (em ppm) = P vapor X 106
Patm

Para soluções a aplicação da lei de Raoult permite calcular a composição da fase de vapor,
que é diferente da fase líquida. A fase de vapor é mais rica do componente mais volátil.

d) densidade do gás ou vapor (em relação ao ar = 1)

Se forem conhecidas a densidade do gás e/ou vapor e as condições de ventilação é possível


inferir sobre a distribuição do contaminante e estimar sua concentração no ambiente.

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Como calcular a densidade do gás ou vapor em relação ao ar ?

Conhecendo-se as massas molares (numericamente iguais aos pesos moleculares):

Composição do Ar é aproximadamente 20% O2 e 80% N2


Massa molar (M) média do ar = 29

Densidade relativa = M gás


M ar

d) Taxa de evaporação

A taxa de evaporação fornece informação sobre a capacidade de evaporação relativa da


substância. Depende da área da superfície do líquido. Referências mais comuns: Acetato de
butila=1 ou Éter etílico=1

- Dá indicativo da velocidade de evaporação, em relação ao acetato de butila.

- Para se estimar a concentração de vapores nem sempre é suficiente conhecemos a


pressão de vapor. É necessário conhecer as condições de evaporação (superfície de
evaporação, principalmente)

- A pressão de vapor é medida em situação de equilíbrio, sem se levar em conta o tempo


necessário para que seja atingido.

e) solubilidade em água

Permite deduzir se formam soluções aquosas ou misturas heterogêneas quando misturados


em água.

Propriedade importante na seleção de agentes extintores por ocasião de combate a incêndios.

Observações:

- compostos orgânicos insolúveis em água geralmente se solubilizam em solventes orgânicos.

- compostos inorgânicos solúveis se ionizam ou reagem com a água formando soluções iônicas
(boas condutoras de corrente elétrica).

f) densidade relativa (água = 1)

Permite estimar a massa de um certo volume de líquido.

Em misturas aquosas heterogêneas permite inferir se o composto se distribue na superfície ou


não.

Líquidos espalhados sobre uma superfície aumentam a taxa de evaporação.

É importante na escolha da tática de combate a incêndios envolvendo o composto.

g) odor

Dependendo de suas propriedades é possível identificar o produto químico, qualitativamente no


ambiente, através do odor.

Exemplos:

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Odor pungente: vapores proveniente s de ácido clorídrico, óxidos de enxofre, amoníaco.
Odores característicos: muitas substâncias têm odores característicos (ex. ácido cianídrico –
odor de amêndoas; gás sulfídrico – ovo podre) mas a descrição do odor é muito subjetiva e
depende da concentração

CUIDADO:

A capacidade de percebermos através do olfato depende de faixa de concentração do


contaminante presente no ar.

Há tabelas com valores limiares para a percepção olfativa e estimativas de


concentração.

3.2 Propriedades químicas

a) pH

É o valor que define a acidez ou a alcalinidade de uma substância ou mistura em


termos da concentração de íons hidrogênio (H+)

pH = 1 7 pH=14
Ácidos fortes Bases fortes

O pH é expresso numa escala de 0 a 14, a qual pode ser dividida nas seguintes faixas:
pH 0-2 fortemente ácido
pH 3-5 fracamente ácido
pH 6-8 neutro
pH 9-11 fracamente básico
pH 12-14 fortemente básico

O pH de uma mistura varia em função da concentração da substância ácida ou básica


presente nessa mistura.

Incompatibilidades:

Ácido forte + base forte Reação violenta

b) Oxidantes e redutores

Numa reação onde ocorre transferência de elétrons, o redutor cede elétrons ao oxidante e o
oxidante capta elétrons cedidos pelo redutor.

Ex. materiais combustíveis ou inflamáveis são redutores: hidrocarbonetos / ácidos oxigenados


fortes (HCl04, HNO3)ou peróxidos são oxidantes

Incompatibilidades

Oxidante forte + Redutor Reação violenta

A combustão é um caso particular de reações de óxido-redução. Somente pode sofrer


combustão um produto que pode ser oxidado (combustível) por outro (comburente).

c) estabilidade de um composto: capacidade de não se alterar quimicamente nas condições


ambientes ou sob ação de um aquecimento ou choque brandos. Os produtos instáveis se
decompõem ou explodem em determinadas condições, como temperaturas altas, umidades e
choques.
Ex. ácido pícrico seco (explode), frasco com eter aberto forma peróxido que pode explodir.

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d) polimerização – capacidade de um produto reagir com ele mesmo ou outro produto


formado um polímero (macro-molécula). Muitas reações de polimerização são acompanhadas
de forte liberação de energia.

Ex. o acetileno quando aquecido ou sob pressão polimeriza violentamente

e) produtos perigosos de combustão/decomposição: alguns materiais ao se queimar ou


decompor sob ação do calor formam gases ou vapores altamente tóxicos ou
inflamáveis/explosivos. Por exemplo: hidrocarbonetos com grande cadeia carbônica, ao
serem aquecidos ou queimados podem formar monóxido de carbono, negro de fumo e
hidrocarbonetos poliaromáticos. Hidrocarbonetos clorados ao serem aquecidos a altas
temperaturas podem se decompor formando fosgênio (COCl 2 ). Polímeros em geral se
decompõem nos monômeros que os originaram (poliuretanos se decompõem em
isocianatos). Compostos acrílicos ou de lã se decompõem formando amônia e ácido
cianídrico.

4. COMPOSIÇÃO E A FORMA FÍSICA DOS CONTAMINANTES QUÍMICOS


PRESENTES NOS AMBIENTES DE TRABALHO

 Conhecer os materiais (composição, estado físico e aspectos): matéria prima, produtos,


intermediários, etc...
 Conhecer os processos (armazenamento, operações, transformações ocorridas, condições
de T e P do processo, emissões ou fugas etc.)
 Conhecer as condições ambientais (T, P, umidade, ventilação, outros contaminantes
presentes)

A partir da análise desses informações e observações empíricas é possível inferir o estado


físico e aspecto dos produtos nos ambientes de trabalho, e como poderão interagir com seres
humanos ou com as instalações e meio ambiente.

4.1 - Composição de produtos químicos de uso industrial

Como descobrir a composição de produtos usados industrialmente ou em outras aplicações?

a) Categorias de produto

Os produtos químicos podem ser:

 Misturas com diversos componentes e em várias proporções. Ex. gasolina comum

 Misturas com um componente majoritário e outros componentes em pequenas proporções.


Ex. álcool hidratado

 Substâncias puras (ou “quase”, com impurezas a nível de traço). Ex. Etanol absoluto, P.A.

 Podem ser ainda:

- Produtos comerciais com marca registrada, dispondo – se apenas do nome do


fabricante (trade names) ex: Sapamina.
- Fórmulas gerais amplamente conhecidas e que não são marcas registradas. Ex:
água sanitária.

b) Como descobrir a composição (qualitativa e quantitativa):

- Informações fornecidas pelo fabricante.


- Informações disponíveis na literatura (para formulações conhecidas ou certas
marcas registradas).

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- Análises químicas feitas por ocasião do controle de qualidade da matéria prima ou
produtos, ou em casos extremos, análise encomendada.

Obs. Caso não seja possível obter junto ao fabricante ou por pesquisa
bibliográfica/laboratorial a composição do produto, o fabricante deverá fornecer
informações sobre os riscos do produto.

Deve –se descobrir os nomes científicos de cada componente (nomes primários).

Prestar atenção nos termos concentrado/diluído e nas várias formas de se


expressar concentração.

c) Como obter informações bibliográficas sobre composição de produtos químicos:

- Nomes comerciais de produtos – dicionários de “trade names”.

Ex: GARDNER, William, Chemical Synonyms and Trade names.


Oxford: Technical Press. 1978

GOSSELIN, R.E.: SMITH, R.P. e HODGE, H.C. Clinical Toxicology of. Comercial
Products, 5th ed. Baltimore/London: William & Wilkins, 1984.

- Formulações conhecidas ou nomes usuais de produtos: enciclopédias de química


ou dicionários técnicos.
- Pesquisas em base de dados: Canadian, NIOSH, CIS, etc.
- Para se descobrir o nome primário (científico) consultar também o Chemical
Abstract Service da American Chemical Society – achar o CAS number.

Exemplos de Trade Name


BIG CAT

General cleaner concentrate


(Calgon Corp., Comercial Div.)

Dodecylbenzene sulfonate * +
Fatty amide
Water

See Alkyl aryl sodium sulfonates

* ingrediente (s) que se espera ser o maior responsável pelos efeitos tóxicos
+ a substância não será encontrada sob nome idêntico, mas listada sob um sinônimo ou
representada por uma substância proximamente relacionada.
Fonte: GOSSELIN, SMITH e HODGE (1984)

Produtos comerciais, para os quais a informação sobre ingrediente não é disponível, o


fabricante deve fornecer informação precisa sobre os riscos e medidas preventivas, assim
como fornecer endereços para obtenção de assistência em emergências.

Exemplo:
PAPER MATE PENS & REFILLS
(Gillette Co.: Paper Mate Div. Boston, Mass. 02199 Phone: 617-421-700

 formulações gerais que não são marcas registradas:

ABRASIVOS
Oxido de Aluminio
Corundum sintético

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PRODUTOS QUÍMICOS DE USO INDUSTRIAL
Si02 – 0 – 2,5%
Fe203 – 0 – 0,5%
Ti02 – 2 – 4%
Na20 – 0 – 1%
Al203 – 93 – 98%
Pode conter tracos de magnésio

ADESIVOS

Asfalto
Aftalto – 50 – 60%
Solvente de petróleo* – 30 – 50%
Fibras de asbesto – 0 – 20%
Calcáreo ou outros enchimentos – 0 – 20%

Film cement
Pode conter:
Esteres, cetonas, acetatos * ( amil, butil, etil
Dioxano*
Cloreto de metileno*
Butirolactona

* A base de algodão: nitroceluose – 16%


Etanol – 7%
Acetato de sec-butila – 30%
Metil-etil-cetona – 40%
Isopropanol

CLEANERS

(Metal cleaners)

1. Tipo alcalino
Soda caustica ou potassa – 0 – 50%
(Veja álcali)
Fosfato de trisódio – 25 - 75%
Metassilicato de sócio – 10 – 75%
Sabão ou detergente (alguil aril sulfonato de sódio) 5 – 20%

2. Tipo solvente

a) Perocloroetileno * – 1 – 100%
Tricloroetileno * – 1 – 100%
1,1,1 – Tricloroetano * – 1 – 100%
b) Querosene * - 5 – 80%
c) Sabão potássio de ácido oleio – 5 – 25%
Glicol éter – 5 – 20%
Surfactante – 5 – 20%

3. Tipo ácido
Ácido clorídrico ou um ou mais dos seguintes
Ácidos – 5 – 25%
Ácido sulfúrico – 10 – 20%
Ácido crônico * – 5 – 20%
Ácido fosfórico – 10 – 25%
Ácido cítrico – 5 – 10%

Pode conter: óleo de cedro


Querosene
Carbonato de sócio

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PRODUTOS QUÍMICOS DE USO INDUSTRIAL
Tripolifosfatos

Fonte: GOSSELIN, SMITH e HODGE (1984)

4.2 OBTENÇÃO, USO E TRANSFORMAÇÃO DE PRODUTOS QUÍMICOS

a) Processos de obtenção de novos materiais

Tipos de Processos:
 Misturas (formulações): os componentes misturas mantêm sua identidade química. Há uma
coexistência pacífica de substâncias.
 Reação química: produção de novos materiais a partir de outros. Há uma modificação
profunda da natureza dos constituintes
 Separações: um ou mais produto é separado de uma mistura, através de processos físicos
ou químicos,
 Uma combinação desses processos.

Obs. O processo de mistura é diferente de reação química:

Mistura: não há formação de novas substâncias; há conservação das propriedades individuais


dos componentes.

Reação Química:
são formadas novas substâncias com propriedades diferentes
 Reagentes: substâncias presentes no início da reação.
 Produtos: substâncias obtidas após a reação. Numa reação química pode haver formação
de um produto principal e produtos secundários ou mesmo produtos intermediários.

As reações podem ser completas (todos os reagentes foram transformados nos produtos) e
incompletas (há sobra de reagentes). Se não houver processo de separação ou purificação o
produto final irá conter uma parte dos reagentes.

Ex. a polimerização do tolueno diisocianato (TDI) para formar resinas poliuretânicas nem
sempre é completa. Há sobre de reagente (monômeros livres, que é o próprio TDI)

Aspectos energéticos:

As reações podem ser endotérmicas quando o aporte de energia é necessário, ou exotérmicas


quando há liberação de calor.
Ex: a transformação de óxido de mercúrio em mercúrio metálico é endotérmica; a reação de
ácido sulfúrico com uma base forte é extremamente exotérmica.

Aspectos dinâmicos das reações:

As reações podem ocorrer com diferentes velocidades.

Catalisadores são produtos utilizados para acelerar a reação, sem alterar a natureza dos
produtos formados. Participa da reação mas não é consumido. Pode, em alguns casos,
permanecer misturado com o produto final.

Reações explosivas: reações muito rápidas, com formação de grandes quantidades de gases e
liberação de energia

Portanto, na análise de preparação de um novo material é importante considerar:

Matéria Prima (reagentes, catalisadores, aditivos)

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PRODUTOS QUÍMICOS DE USO INDUSTRIAL
Intermediários

Produto final + produtos secundários e sobras de reagentes

b) Transformação de materiaias por ação de energia

Um material também pode ser transformado em outros pela ação de alguma forma de energia,
sem necessidade de um outro reagente.
 Calor: decomposição térmica de materiais Ex. obtenção de cal a partir do calcário
 Eletricidade: processo de eletrólise Ex. obtenção de soda e cloro a partir da eletrólise da
salmoura
 Luz ou outro tipo de reação Ex. formação de ozônio a partir do oxigênio gasoso ou
polimerização de uma resina pela ação da luz ultravioleta.

c) Manuseio, aplicação ou utilização de materiais

 Operações e processos mecânicos sem produção de novos materiais

Operações e processos de utilização dos produtos químicos para fins diversos, sem que
ocorra transformação química. - Só há mudança na forma física do material (estado e
aspecto físico)
ex. manuseio simples, transporte manual ou mecânico, transvasamento, trituração,
nebulização, etc.

 Processos envolvendo ação direta de alguma forma de energia ou queima do


material :
Processos no qual o produto é submetido à ação de alguma forma de energia, intrínseca
ao processo ou ambiente (ex.aquecimento, chama, eletricidade, radiação, ultra-som).
Pode ocorrer:
 Mudança apenas no aspecto físico – a composição química se mantém (ex. formação
de poeiras, névoas)
 mudanças de estado e aspecto físico Ex. evaporação, formação de fumos,
 reação química (decomposição do material, polimerização, explosão)

 Interação com outros fatores ambientais

Durante o armazenamento, manipulação e descarte do material pode ocorrer algum tipo de


interação entre os produtos manipulados e algum outro agente presente no ambiente como o
oxigênio do ar, a umidade, produtos incompatíveis ou outro contaminante atmosférico
existentes.

4.3 Processos, modos operatórios x estado e aspecto físico

Dependendo das condições do processo e modo operatório, os contaminantes químicos


podem:
 estar dispersos na atmosférica (gases, vapores e particulados)
 estar depositados/derramados em superfícies de trabalho (pisos, bancadas, etc)
 atingir o organismo dos trabalhadores ou superfícies materiais, através de respingos ou
projeções.

OPERAÇÕES POTENCIALMENTE PERIGOSAS E CONTAMINANTES ATMOSFÉRICOS

Tipos de processos Tipo de contaminantes Exemplos de contaminantes


Operações a quente
Solda Gases(g) Cromatos (p)
Reações químicas Particulados Zinco e seus compostos (p)
Fusão (Poeira, fumo, névoa) Mn e seus compostos (p)

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Tipos de processos Tipo de contaminantes Exemplos de contaminantes
Moldagem Óxidos metálicos (p)
Queima Monóxido de carbono (g)
Ozonio (g)
Óxido de cádmio (p)
Fluoretos (p)
Chumbo (p)
Cloreto de vinila (g)

Operações líquidas Vapores (v) Benzeno (v)


Pintura Gases (g) Tricloroetileno (v)
Desengraxe Névoas (n) Cloreto de metileno (v)
Imersão ácido clorídrigo (n)
Pulverização Ácido sulfúrico (n)
Pincelar Cloreto de hidrogênio (g)
Revestimento sais de cianeto (n)
Limpeza ácido crômico (n)
Limpeza a seco cianeto de hidrogênio (g)
Decapagem TDI, MDI (v)
Revestimento sulfeto de hidrogênio (g)
Mistura Dióxido de enxofre (g)
Galvanização
Reações Químicas

Operações com sólidos Poeiras (p) cimento


Despejar quartzo (sílica livre)
Misturas fibra de vidro
Separações
Extração
Moagem
Transporte
Carregamento
Ensacamento

Nebulização pressurizada Vapores (v) Solventes orgânicos (v)


Limpeza de partes Poeiras (d) Clordane (n)
Aplicação de pesticidas Névoas (n) Paration (n)
Desengraxe Tricloroetileno (v)
Jateamento quartzo (silica livre, d)
Pintura a revolver

Operações de dar forma Poeiras (d) Asbestos


Corte Berílio
Esmerilhar Zinco
Limar Chumbo
Fresagem Madeira
Modelar
Serrar
Furar com broca

Modos de exposição no ambiente de trabalho

Na interação entre os contaminantes químicos do ambiente de trabalho e o organismo humano


pode ocorrer:
 ação local, devido ao contato acidental ou direto de sólidos, líquidos e contaminantes
atmosféricos com a pele, mucosas e olhos;
 absorção de produtos por inalação (contaminantes atmosféricos), através da pele ou
ingestão acidental.

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VIAS DE EXPOSIÇÃO PARA AGENTES QUÍMICOS

Superfície
Processo de
Trabalho

Ar Pele

Absorção
Inalação Ingestão pela
Pele

A seguir apresentamos um roteiro de verificação para caracterizar e avaliar a Exposição


Química

A- Avaliação do potencial de exposição a contaminantes atmosféricos

1. Fontes de exposição (estimar a emissão ou concentração ambiental: alta, média, baixa)

a) Identificar tipos e quantidade de solventes usados ou produtos criados por combustão ou


decomposição
b) Identificar vazamentos visíveis.
c) Poeiras sedimentadas, as quais podem serem resuspensas no ar.
d) Recipientes abertos (evaporação de líquidos)
e) Processos de aquecimento ou secagem (volatilização de algum produto)

Técnicas de Estimativas da concentração


 Analogia com processos já avaliados
 Índices olfativos: Odores. Consulte uma tabela com valores limiares de odores para estimar
a concentração
 Métodos teóricos (ex. computacionais)
 Métodos de leitura direta (ex. tubos colorimétricos)

2. Atividades de trabalho (estimar horas/dia)

a) Atividades manuais em geral


b) Tarefas tais como: polir, esmerilhar, serrar, cortar, jatear, triturar, esmagar, pulverizar,
medir, misturar, coletar de amostras, transvasamentos, limpar, despejar, filtrar, extrair,
embalar, etc.
c) Permanência e circulação em áreas contaminadas.

3. Falhas nas medidas de controle

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a) Controle de qualidade da matéria prima deficiente, resultando em contaminação


indesejável. Ex. benzeno não deve estar presente em solventes comuns.
b) Vazamentos visíveis provenientes de sistemas de ventilação exaustora, dutos e coletores.
c) Tampas com problemas.
d) Problemas nos dutos (buracos, vazamentos).
e) Ar de reposição insuficiente
f) Contaminação dentro dos respiradores
g) Respiradores selecionados, mantidos ou usados impropriamente.
h) Falta ou limpeza inadequada de equipamento.
i) Falta ou procedimentos de retirada e lavagem de roupas contaminadas por poeiras.

B. Avaliação do potencial para ingestão acidental

1. Fontes de exposição

a) Tipos e quantidades de produtos em uso ou criados por combustão ou decomposição.


b) Contaminação de superfícies de trabalho, as quais podem atingir alimentos, bebidas,
gomas de mascar, cigarros, mãos ou faces.
c) Contaminação de mãos ou faces, que podem entrar na boca.

2. Falhas nos controles


a) Contaminação no interior dos respiradores, que podem entrar na boca.
b) Contaminação de superfícies de refeitórios, que podem atingir alimentos, bebidas, gomas
de mascar, cigarros, mãos ou faces.

C. Avaliação do potencial para contato com a pele e absorção dérmica

1. Fontes de exposição

a) Tipos e quantidades de produtos químicos usados ou criados pela combustão ou


decomposição. Verifique o potencial de efeitos nocivos locais e para absorção dérmica.
Assuma que muitos solventes possam penetrar pela pele.
b) Considerar a possibilidade de um produto químico atuar como transportador para outros
produtos. (Lembrar que grande parte dos solventes são lipossolúveis).
c) Visualizar a exposição dérmica tirando fotografias ou filmando.

2. Atividades de trabalho

a) Imersão das mãos em solventes.


b) Manuseio de objetos molhados ou estopas.

3. Falhas nos controles

a) Contaminação no interior das luvas.


b) Luvas selecionadas, mantidas ou usadas inadequadamente.
c) Roupas protetoras selecionadas, mantidas ou usadas inadequadamente.
d) Falta ou inadequação de instalações para lavar mãos e olhos próximos às áreas de
trabalho.
e) Falta ou inadequação de instalações de banho.

DEFINIÇÃO DE LIMITES DE EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL DE ACORDO


COM A ACGIH

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1998 Valores Limites de Exposição para Substâncias Químicas em Ambientes de
Trabalho ,Adotados pela ACGIH com as alterações pretendidas. Tradução: ABHO –
Associação Brasileira de Higienistas Ocupacionais

a) Limite de Exposição – Média Ponderada (TLV-TWA) 1 – a concentração média


ponderada pelo tempo para uma jornada normal de 8 horas diárias e 40 horas semanas, para a
qual a maioria dos trabalhadores pode estar repetidamente exposta, dia após dia, sem sofrer
efeitos adversos à sua saúde.

b) Limite de Exposição – Exposição de Curta Duração (TLV-STEL) 2 – é a


concentração a que os trabalhadores podem estar expostos continuamente por um período
curto sem sofrer: 1) irritação; 2) lesão tissular crônica ou irreversível; ou 3) narcose em grau
suficiente para aumentar a predisposição a acidentes, impedir auto-salvamento ou reduzir
significativamente a eficiência no trabalho, cuidando-se para que o limite de exposição – média
ponderada (TLV-TWA) não seja ultrapassado. O STEL não é um limite de exposição
independente, e sim um limite suplementar ao limite de exposição – média ponderada (TLV-
TWA), nos casos onde são reconhecidos efeitos tóxicos agudos para substâncias cujos efeitos
tóxicos são primordialmente de natureza crônica. Os STELs são recomendados somente
quando já foram relatados efeitos tóxicos em seres humanos ou animais como resultado de
exposições elevadas em curtos períodos.

c) Limite de Exposição – Valor Teto (TLV-C) 3 – É a concentração que não pode ser
excedida durante nenhum momento da exposição do trabalhador.

1
Threshold Limit Value – Time Weighted Average (TLV-TWA)
2
Threshold Limit Value – Short-Term Exposure Limit (TLV-STEL)
3
Threshold Limit Value - Ceiling

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