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DDA 04

TÍTULO: Papel Social


DATA: Terça-feira, 28 de fevereiro de 2018
AUTOR: Joaquim Cesário de Mello

Centremos nossa atenção na família nuclear tradicional: casal com filho (s). Como
grupo social que é, a família nuclear tem seus papéis sociais. O papel social é definido
como um conjunto de normas e expectativas que condicionam o comportamento dos
indivíduos pertencentes ao grupo, não tanto em conformidade com as características
pessoais de cada indivíduo, mas pelo que se espera de quem ocupa determinada
posição social. Sociologicamente falando o papel social é aquilo que se espera de
alguém que tem um estatuto social. Neste sentido se pode dizer que o papel social
tem o status do papel e o exercício ou desempenho do mesmo (função). Vejamos,
pois, isto em termo de família nuclear.

Considerando a família nuclear com base na conjugalidade e com finalidade de


criação de filhos, então a mesma pode ter até quatro papéis sociais distintos, a saber:

 Papel conjugal (casal)


 Papel parental (pais)
 Papel filial (filho)
 Papel fraterno (irmãos)

O papel conjugal transcende ao ato de casar ou de uma pessoa se unir à outra. Duas
pessoas casadas, ou que moram juntas, formam um casal enquanto status. Porém, há
de se ver se funcionam como um casal. De antemão destaquemos que uma relação
conjugal traz a expectativa que a parceria se estabeleça através de laços sexuais e
afetivos, provenientes do desejo de compartilharem juntos a vida, independente de
terem ou não filhos, bem como de ser esta união institucionalmente formalizada ou
não.

O papel conjugal pressupõe a interdependência entre seus membros e o exercício de


tal interdependência envolve, por sua vez, compreensão, cooperação,
compartilhamento, competição, cumplicidade e mutualidade. O papel conjugal não
deve se confundir com o papel parental (cuidar de filhos), embora na esfera da
conjugalidade resida a reprodução.

Um casal quando tem um filho não deixa de ser um casal, mas um casal com filhos
soma à conjugalidade um novo e outro papel, pois tornam os membros conjugais em
pais. A díade (casal) torna-se agora tríade (casal + filho).
Como dito acima, embora a reprodução esteja no âmbito da conjugalidada, os
atributos, tarefas, exigências e funções inerentes pertencem ao exercício do papel
parental. O nascimento de uma criança implica obrigações e prazeres, bem como
dispêndio de energia ao projeto educativo parental. À guisa de melhor compreensão
do papel parental, costuma-se distinguir as funções maternas e paternas. Funções
materna e paternas não devem ser confundidas com pai ou mãe, homem ou mulher.
Não se trata de biologia, nem questão de gênero. Estamos a destacar a
funcionalidade. Uma mãe solteira, por exemplo, ao longo do crescimento de seu filho
pode muito bem exercer os dois papéis em momentos distintos da vida, isto é,
funcionar inicialmente como mãe e posteriormente como pai.

FUNÇÃO MATERNA

Cabe a função materna nutrir e proteger a prole. No início da vida o bebê está exposto
a medos, angústia e ansiedades frente aos quais não sabe lidar. A função materna,
neste sentido, é a de ser continente das emoções existenciais do pequeno infante. A
mãe (ou quem exerce o papel) auxilia a criança a "digerir" seus próprios afetos
inominados através de uma postura responsivamente empática onde, como
receptáculo, além de mitigar a ansiedade dá sentido a mesma.

FUNÇÃO PATERNA

A função paterna representa "soltar" o filho pro mundo. Soltar aqui está em aspas
exatamente por não significar largar, mas sim ajudá-lo a andar com suas próprias
pernas até não mais necessitar de pais para viver e/ou lidar com seus conflitos
existenciais. Assim sendo, considerando que a função materna é simbolizada pelo
colo, a função paterna é "tirar" do colo e ajudá-lo a prosseguir por seus próprios meios
estrada à fora. Por isto que se diz que o papel paterno é dessimbiotizante, ou seja, se
entrepor psicologicamente entre o filho e a mãe, dando curso ao processo de
individuação da criança em crescimento.

Confuso? Então, mais adiante, em outra aula, aprofundaremos o assunto.

PAPEL FILIAL

É o papel centrado na dependência relacionada a prematuridade inicial do recém-


nascido, pois este depende absolutamente de um outro para sobreviver. Quanto mais
o filho cresce menos ele vai dependendo dos pais. O processo de individuação se faz
assim da dependência absoluta, passando pela dependência relativa, rumo a
independência.
PAPEL FRATERNO

Havendo irmãos surge na família nuclear o papel fraterno. O mesmo é vivido na


polaridade e antagonismo entre solidariedade e rivalidade. Com o tempo o termo
fraterno foi sendo higienizado dos seus aspectos rivalizantes, e sendo destacado tão
somente a solidariedade. Porém, ser irmão implica, também, disputas, entre elas a
preferência e o amor dos pais.

Para leitura sobre o assunto sugerimos o capítulo dois do livro FAMÍLIA HOJE, de Luiz
Carlos Osório, cujo título é "O que é família, afinal", bem como o texto publicado na
revista Psicologia: Teoria e Pesquisa (mai-ago/2005), com o título "Compartilhar
Tarefas? Papéis e Funções de Pai e Mãe na Família Contemporânea", que pode ser
linkado em http://www.scielo.br/pdf/ptp/v21n2/a08v21n2.pdf/

E para quem quer um pouco mais de aprofundamento, sugerimos a leitura da


dissertação abaixo:
http://www.webposgrad.propp.ufu.br/ppg/producao_anexos/014_Maria%20Luiza%20S
oares%20Ferreira%20Borges.pdf

Joaquim Cesário de Mello

Link para o presente texto:


http://literalmente-literalmente.blogspot.com.br/2018/02/diario-de-aula-papel-
social.html

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