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2 – Lei da Categoria
Caso um produto não tenha chegado primeiro na mente do consumidor, é
necessário descobrir/criar alguma nova categoria em que ele possa se encaixar e
ser o primeiro. A maioria das pessoas se interessa pelo que é novo e não pelo que
é melhor. Um exemplo de empresa que criou uma nova categoria de produto é o
da DEC, que se encaixou como sendo a primeira empresa em minicomputadores.
Ela se tornou líder neste segmento, e não enfrentou diretamente a IBM, que é a
primeira empresa no segmento de computadores.
3 – Lei da Mente
É importante ressaltar de que nada adiante ser o primeiro a se lançar no mercado,
se não for o primeiro a chegar na mente do consumidor. O pioneirismo no
mercado é importante, pois permite chegar à mente primeiro, e para isto é
necessário desenvolver ações de marketing para posicionar a empresa na mente
das pessoas. Depois que a pessoa teve uma certa percepção é quase impossível
faze-la mudar de idéia, pois aquele conceito é arquivado no cérebro.
4 – Lei da Percepção
No mundo do marketing não existem melhores produtos, tudo o que existe são
percepções passadas para as mentes dos clientes. A percepção é a realidade, e o
marketing é a manipulação destas percepções. A percepção que existe na mente
da cada individuo é geralmente interpretada como verdade universal. A maioria
dos produtos com a mesma qualidade, estilo, preços, etc... não obtém o mesmo
resultado em diferentes mercados consumidores devido a percepção em que é
dada ao produto nestes diversos mercados. Um exemplo é a Honda (automóveis),
que é líder nos EUA, e no Japão ela está em terceiro lugar.
5 – Lei do Foco
É preciso representar por meio de uma simples palavra, de fácil memorização,
algum benefício, serviço, venda ou público, que a marca passe para seus clientes.
Esta palavra vai ser o foco da empresa e o elo que a liga com o cliente. É
necessário restringir o foco para que a empresa não perca o rumo dos negócios.
Podemos citar a Atari, que tinha como foco videogames, e quando ela quis
incorporar o significado Atari com computador, perdeu a direção e não conseguiu
mais se recuperar.
6 – Lei da Exclusividade
Varias empresas conseguem colocar alguma palavra na mente do consumidor,
que tornará um significado para a marca. Depois que as pessoas adotarem e
perceberem esta palavra como significado, de nada adiantará empresas
concorrentes tentarem utilizar o mesmo conceito. De fato, o que irá ocorrer é
reforçar a posição da empresa, o que dará mais importância ao conceito da
empresa que criou. Um fato real na lei da exclusividade é da rede Burger King,
que realizou uma pesquisa e detectou que as pessoas valorizavam a rapidez. Daí
ela focou como sendo A melhor comida para as ocasiões rápidas. Porém a
pesquisa menosprezou o fato de a Mc Donald’s ser percebida como a rede de
hambúrgueres mais rápida, e com isto a Burger King teve grandes dificuldades no
mercado.
7 – Lei da Escada
Toda pessoa cria uma escada imaginária em ordem decrescente de afinidade
quanto a determinados produtos ou serviços. Para uma categoria de alto interesse
geralmente o número de degraus é sete, e para categoria de baixo interesse o
numero de degrau é no máximo duas ou três marcas. Não adianta o marketeiro
tentar contrariar a ordem dos produtos nas escadas estabelecidas para os
clientes, que eles não aceitarão. Um exemplo disto é a marca RCA, que entrou no
ramo de computadores dizendo que eles eram melhores que os IBM. De fato
quanto à qualidade técnica eles realmente eram, mas o consumidor não aceitava,
já fazia a associação de que a IBM tem 70% do mercado de computadores e
conseqüentemente deve ter o melhor produto.
8 – Lei da Dualidade
Na maioria das vezes apenas duas marcas são focadas como referencia. Isto se
da devido à competição e faz com que elas cresçam no mercado. A tendência é a
segunda colocada chegar mais perto da líder, e as demais perderem cada vez
mais mercado. A longo prazo o marketing se torna uma corrida de dois
participante. Um exemplo disto ocorreu no segmento de refrigerantes cola, em que
em 1960 a Coca-Cola detinha 60% do mercado, a Pepsi 25% e a Royal Crown
Cola detinha 6%. Vinte e dois anos depois a líder Coca-Cola caiu para 50%, a
Pepsi foi para 40% e a Royal Crown Cola caiu para 2%.
9 – Lei do Oposto
Onde quer que o líder seja forte, alguém com pretensões ao segundo lugar tem
grandes possibilidades de vira a mesa. É preciso descobrir a essência do líder, e
então apresentar alguma coisa diferente, outra alternativa, algo contrario para os
clientes, ou seja, não tente ser melhor do que o primeiro, pois a luta será entre o
iniciante e o confiável consagrado.
10 – Lei da Divisão
As categorias de produtos vão se dividindo cada vez mais para atingir
determinados nichos de consumidores. As empresas cometem um erro quando
tentam pegar a marca bem conhecida em uma categoria e usa-la em outra
categoria. Um exemplo clássico é o da Volkswagen nos EUA, que lançou a
categoria dos carros pequenos e abocanhou 67% do mercado de carros
importados nos EUA. Porém logo depois a Volkswagen juntou todos os modelos
de carros que produzia na Alemanha (grandes, rápidos e caros) e enviaram para
os EUA com a mesma marca. Não deu certo, pois a percepção que os americanos
tinham era que a Volkswagen era a melhor empresa de carros pequenos.
11 – Lei da Perspectiva
Podemos avaliar o efeito do álcool como sendo estimulante a curto prazo, pois as
pessoas ficam felizes, e dão risadas. Mas a longo prazo seu efeito é depressivo,
pois as pessoas ficam caídas na rua e largadas. Muitos movimentos de marketing
exibem o mesmo fenônemo. Os efeitos de longo prazo são, com freqüência,
exatamente oposto aos efeitos de curto prazo. Uma liquidação a curto prazo
aumenta as vendas, mas há cada vez evidências mostrando que, a longo prazo,
as liquidações diminuem os negócios por instruir os clientes a não comprar pelos
preços “regulares”. A maior loja de mobília na região da cidade de New York, a
Seamans, vinha fazendo liquidações todas as semanas. Há pouco tempo, a
Seamans foi à falência.
13 – Lei de Atributos
É preciso encontrar uma palavra forte e própria para expressar um atributo
importante que a empresa tenha. As empresas geralmente imitam o líder, e isto
não da certo. É preciso encontrar outros atributos e a partir daí concentrar os
esforços da empresa. No creme dental a Crest entrou primeiro e colocou o atributo
de combate as cáries, e a partir daí outras empresas deram outros atributos como
gosto, brancura, proteção do hálito e bicarbonato de sódio. O Mac Donald’s tem o
atributo de rápido. Se a Burguer King tivesse achado outro atributo para combater
o Mc Donald’s ao invés de ter tentado tomar o atributo de rapidez, ela teria obtido
mais sucesso. Mas o atributo oposto de rápido é lento, e isto para um fast food
não funciona. Porém outro atributo que o Mc Donald’s representa é de crianças,
então a Burguer King deveria abrir mão deste mercado (sacrifício) e se posicionar
para crianças mais velhas. Para fixar o conceito na mente, a Burguer King
precisaria de uma palavra que poderia ser “cresça”. (EX: Você ainda é daqueles
que chama o papai e a mamãe para tomar um lanchinho. Cresça, venha para o
Burguer King).
15 – Lei da Singularidade
No marketing, com muita freqüência, há apenas um lugar onde o concorrente é
vulnerável. E esse lugar deve ser o foco de toda força invasora. O que da certo no
marketing é o inesperado. Não adianta dar tiro para todo qualquer lado sendo que
o que resolve mesmo é o tiro certeiro.
17 – Lei do Sucesso
Quando as pessoas alcançam o sucesso, tendem a ser menos objetivas. Com
freqüência, substituem o que o mercado deseja pelo que elas próprias acham
certas. O marketeiro talentoso é aquele que tem capacidade de pensar como
pensa seu cliente. Ele se coloca no lugar dos clientes e não impõe sua situação
pessoal de visão que tem do mundo. Em vez de conversar sobre as coisas e
problemas, é melhor ir lá e ver por si mesmo. Temos que vivenciar mais as coisas
que rondam nosso negócio e sermos mais humildes em nossas funções.
18 – Lei do Fracasso
É preciso admitir os erros quando eles ocorrem, repará-los e continuar a
caminhada. Temos credito para errar se estivermos aprendendo e tentando algo,
mas coitado de quem comete o mesmo erro duas vezes.
19 – Lei do Alarde
Cuidado com os alardes (noticias). Atualmente o maior alarde é sobre os
desenvolvimentos que prometem mudar, sozinhos, todos uns industria, de
preferência uma que seja essencial para a economia. Lembre-se do alarde sobre
o helicóptero, depois da Segunda Grande Guerra. Toda garagem teria um
helicóptero, tornando obsoletas, da noite para o dia, estradas, pontes e a industria
automobilística. E você, comprou o seu? Depois surgiu o alarde da casa pré-
fabricada. O produto mais caro que a família compra, agora podia ser fabricado na
linha de montagem, revolucionando a industria da construção. Você já comprou a
sua casa pré-montada?
As verdadeiras revoluções não chegam ao meio-dia em cobertura dos noticiários
de televisão, elas chegam sem ser anunciadas, no meio da noite, de forma
sorrateira.