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Diferenciabilidade fracionária na

análise p-ádica. Uma introdução.


Enno Nagel
22 de Novembro de 2012

Conteúdo
1 Programa de Langlands p-ádico e Espaços de Banach contı́nuos 1
1.1 Programa de Langlands p-ádico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
1.2 O exemplo mais fácil . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
1.3 Descrição explı́cita . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2

2 Funções diferenciáveis sobre os números reais 2

3 Funções r-vezes diferençáveis sobre espaços p-ádicos vetoriais 3


3.1 Definição da diferenciabilidade de grau 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
3.2 Diferenciabilidade iterada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
3.3 Diferenciabilidade de grau real . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
3.4 Propriedades naturais deste espaço . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5

Agradecimentos 5

Referências 6
1 Programa de Langlands p-ádico e Espaços de Banach
contı́nuos
1.1 Programa de Langlands p-ádico
Seja F um corpo p-ádico, isto é, uma extensão finita de Qp e n ∈ N. Uma representação
p-ádica é um espaço vetorial sobre um corpo p-ádico com uma ação de um grupo p-ádico.
Vagamente, o programa de Langlands p-ádica procura uma bijeção natural (a precisar)
entre as categorias seguintes:

{representações contı́nuas p-ádicas de Gal(Q̄p /F) de dimensão n}


l
{representações p-ádicas de Banach (unitários) de GLn (F)}.
Em geral as representações do lado direito são de dimensão infinita.

1.2 O exemplo mais fácil


Naturalmente o exemplo mais fácil é o caso de dimensão n = 2 e F = Qp . Este caso mais
fácil é o único onde a bijeção é completamente provada. A saber, existe uma bijeção
natural (e functorial) entre as categorias seguintes:

{representações contı́nuas p-ádicas de Gal(Q̄p /Qp ) de dimensão 2}


l
{representações p-ádicas de Banach (unitários) de GL2 (Qp )}.
Se n > 2 ou F é uma extensão verdadeira neste momento sabemos muito pouco para
provar esta conjetura.

Não visitáremos o lado de Galois nesta palestra e por isso não daremos aqui a definição
exata do termo seguinte. Neste momento é suficiente anotar que uma representação
cristalina tem uma parametrização fácil.

{representações contı́nuas p-ádicas de Gal(Q̄p /F) de dimensão n}


S

{representações contı́nuas p-ádicas cristalinas de Gal(Q̄p /F) de dimensão n}.

Isto é bem ao contrario de uma representação de Galois em geral, que ficam quase
sempre misteriosas e muito difı́cil construir. Seja ρ uma representação cristalina de Galois
irredutı́vel com pesos de Hodge-Tate diferentes e morfismo de Frobenius meio-simples.
Graça esta descrição simples, podemos associar a esta representação de Galois uma
representação de Banach V̂ . A saber:

1. O espaço vetorial V = IndG


P χ
loc.rac.
. Seja G = GL2 (Qp ), P as matrizes triangulares

superiores e χ : T → K um caráter das matrizes diagonais T localmente racional.

1
Então

IndG
P χ
loc.rac.
= {f : G → K loc.rac. : f (·p) = χ(p)f para todos os p ∈ P }

e o grupo G opera por f g = f (·g).

Isso é a maneira natural para construir representações do grupo GL2 (Qp ) a partir
de representações dos grupos menores GL1 (Qp ), isto é dos caráteres.

2. O espaço de Banach V̂ é o completamento unitário universal do espaço V . Um


espaço de Banach é unitário se a sua topologia é induzida de uma norma G-
invariável. Um espaço de Banach unitário é universal se para todos os espaços de
Banach Ṽ ⊇ V unitário, ha um mapeamento V̂ → Ṽ que fatore esta inclusão.

1.3 Descrição explı́cita


Em nosso caso temos uma descrição explicita:

C r
V̂ = IndG
P χ /U

com U ⊆ V um K[G]-sob-modulo fechado finitamente gerado e r = r(χ) ∈ R≥0 . Nos


lembramos que o espaço IndG P χ é constituto das funções f : G → K, uma função de tipo
C r quer dizer uma função r vezes diferençável.
Como V̂ é em particular um espaço unitário, a saber que a norma do quociente k·k da
norma k·kC r satisfaz kf g k = kf k para todas funções f ∈ IndG P χ
loc.rac.
.

2 Funções diferenciáveis sobre os números reais


Olharemos primeiro a situação clássica sobre R. Seja X ⊆ R um intervalo aberto e
f : X → R.

Definição. Uma função f é C 1 no ponto x0 ∈ X se

f (x) − f (x0 )
f 0 (x0 ) = lim
x→x0 x − x0

exista. Então f é C 1 se f é C 1 em todos os pontos x0 ∈ X e é contı́nua.

Proposição 2.1. (Seja X compacto.) O espaço C 1 (X, R) com a norma

kf kC 1 = max{kf ksup , kf 0 ksup }

é completo.

Demonstração. Usa teorema fundamental do cálculo. 

2
Se R é substituı́do por um corpo K não-Arquimediano, esta proposição falha. Mas
em qualquer forma precisamos de uma compensação deste resultado visto que queremos
construir completamentos de G-representações por estas C r -funções. Por isso vamos mudar
a definição de derivabilidade tal que este enuncio fica correto. Primeiro observamos o
seguinte:
Proposição 2.2. A função f ∈ C 1 (X, R) se e só se a função

f (x) − f (y)
f ]1[ (x, y) =
x−y

definida para todos x, y ∈ X desiguais estende-se a um função f [1] : X × X → R contı́nua.


Demonstração. A direção ⇐ é fácil. Na outra direção, se (x, y) → (a, a) ∈ X × X. Então

f ]1[ (x, y) = f 0 (ξ) → f 0 (a) = f [1] (a, a) com ξ ∈ [x, y]

onde a primeira identidade é verdadeira graças ao teorema do valor médio e a segunda por-
que f é contı́nua. Isto é suficiente visto que f [1] (X×X) ⊆ f ]1[ ({(x, y) ∈ X × X diferentes})
pela construção. 
Corolário. (Seja X compacto.) O espaço C 1 (X, R) é completo.
Demonstração. Como mostrado acima, a norma kf k = max{kf ksup , kf [1] ksup } é igual a
norma
kf kC 1 = max{kf ksup , kf 0 ksup }.
Quanto a primeira norma, esta proposição é clara. 

3 Funções r-vezes diferençáveis sobre espaços p-ádicos


vetoriais
3.1 Definição da diferenciabilidade de grau 1
Seja K um corpo não-Arquimediano não-trivialmente avaliado completo. (Por exemplo
Qp , Fp ((t)) e as extensões deles.) Visto que nesse caso não ha o teorema do valor
intermédio com todas suas consequências, em particular o teorema do valor médio
usado na prova da Proposição 2.2 acima, propões-se a definição seguinte para obter um
equivalente da Proposição 2.1:
Definição. Sejam X ⊆ K aberto e f : X → K. Então f é C 1 no ponto a ∈ X se
f (x) − f (y)
lim f ]1[ (x, y) com f ]1[ = e x, y diferentes
(x,y)→(a,a) x−y

existe. Então f é C 1 se f é C 1 em todos os pontos a ∈ X ou igualmente se f ]1[ estende a


uma função f [1] contı́nua.

3
Agora nos ocupamos-nos do problema de iterar a noção de diferenciabilidade: Como
definir uma função duas vezes diferenciável? Observamos que neste caso f [1] é uma
função em duas variáveis (ao contrario da função f [1] no caso real) e não podemos iterar
esta definição diretamente. Então já é necessário estudar o caso de muitas variáveis para
definir a diferenciação múltipla de uma função de uma variável. Lembramos a definição
de uma função derivável em argumentos múltiplos.
Definição. Sejam V e E espaços vetoriais de dimensões finitas, X ⊆ V aberto e
f : X → E. Então f é C 1 no ponto a ∈ X se existe um mapeamento linear A tal que
para todos ε > 0 existe U ⊆ X aberto tal que
f (x + h) − f (x) = A · h + R(x + h, x)
com o resto satisfazendo kR(x + h, x)k ≤ εkhk para todos x, y ∈ U .

3.2 Diferenciabilidade iterada


Isto não permite diretamente dar uma definição de diferenciabilidade general, mas motiva
a boa perspectiva para proceder em geral.
Definição. Sejam V, E, X ⊆ V e f : X → E como acima e supomos que V já tem uma
escolha de coordenadas. (Isto é V = Kd com e1 , . . . , ed a base natural.) Então f é C 1 se
para todos x + h, x ∈ X com h ∈ K∗ d a função f ]1[ (x + h, x) definida por
(x + h, x) 7→ A ∈ HomK (V, E)
com
A · hk ek = f (x + h1 e1 + · · · + hk−1 ek−1 + hk ek ) − f (x + h1 e1 + · · · + hk−1 ek−1 )
estende-se a uma função contı́nua f [1] : X × X → HomK (V, E).
Notamos que X × X ⊆ V × V é de novo um espaço vetorial com coordenados naturais
e im f ⊆ HomK (V, E) é de novo um espaço vetorial de dimensão finita.
Definição. Dizemos que f : X → E é C 2 se f é C 1 e f [1] : X × X → HomK (V, E) é C 1 .
(E em geral f é C n se f é C n−1 e f [n−1] é C 1 .

3.3 Diferenciabilidade de grau real


Lembramos nos que o objetivo era dar uma definição de funções r-vezes diferenciáveis
para r ≥ 0 em R. Por isso, escrevemos r = ν + ρ com ν ∈ N e ρ ∈ [0, 1[.
Definição. Sejam V, E, X ⊆ V e f : X → E como acima. Então f é C ρ no ponto a ∈ X
se para todos ε > 0, existe um U ⊆ X aberto tal que
kf (x) − f (x)k ≤ εkx − ykρ para todos x, y ∈ U.
Em seguida f é C ρ se f é C ρ em todos os pontos a ∈ X.
Definição. Dizemos que f é C r se f é C ν e f [ν] é C ρ .

4
3.4 Propriedades naturais deste espaço
Com esta definição concluı́da podemos estudar as propriedades destas funções. Isto
fez parte da minha tese. Visto que a definição é complicada e até o momento não
tı́nhamos muita teoria sobre a diferenciabilidade, mesmo as propriedades naturais exigem
de bastante trabalho para verificá-las. Por exemplo, nos ([Nagel(2011)]) provamos o
seguinte:

1. É possı́vel dar uma definição de diferenciabilidade local num ponto.

2. As funções r-vezes diferenciáveis podem ser compostas.

Em particular, ter uma boa definição de uma função r-vezes diferenciável sobre uma
variedade r-vezes diferenciável. (Não depende dos atlantes da variedade.)

3. O espaço C r (X, E) tem naturalmente uma topologia que torna-o um espaço completo
localmente convexo. Então as funções localmente polinomiais de grau ≤ r e também
as funções polinomiais (globalmente) densas em C r (X, E).

No caso de uma variável sobre Qp podemos dar descrições mais fácies das funções
r-vezes diferenciáveis.

4. Seja X ⊆ K aberto. Então f é uma C r -função se o resto de polinómio de Taylor

Rν f (x + h, x) = f (x + h) − [f (x) + f 0 (x)h · · · − f (ν) (x)/ν!hν ]

satisfaz uma função de duas variáveis x + h, x uma condição de convergência de grau


o(|h|r ).

4. Seja X = Zdp . O espaço de Banach C 0 (X, K) (de funções contı́nuas) tem uma base
ortogonal importante que chama-se base de Mahler. Mostra-se que as funções
C r (X, K) são as que os coeficientes de Mahler (an )n∈Nd satisfazem |an |nr → 0 quando
|n| = n1 + · · · + nd → ∞.

4. Como consequência dos pontos anteriores, nos obtemos que sobre conjuntos abertos
U ⊆ Qdp , as funções r-vezes diferenciáveis podem ser descritas igualmente para uma
condição de convergência do polinômio de Tayor.

Agradecimentos
Agradeço ao Moreno Bonutti e ao Alcindo Teles Galvão as correções de uma primeira
versão deste trabalho.

5
Referências
[Nagel(2011)] Nagel, E., 2011. Fractional non-archimedean differentiability. Münstersches
Informations- und Archivsystem für multimediale Inhalte (miami.uni-muenster.de),
1–187.

Institut de Mathématiques de Jussieu, 4 place Jussieu, 75005 Paris


e-mail address: enno.nagel@math.uni-muenster.de

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