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1 Programa de Langlands p-ádico e Espaços de Banach contı́nuos 1
1.1 Programa de Langlands p-ádico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
1.2 O exemplo mais fácil . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
1.3 Descrição explı́cita . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
Agradecimentos 5
Referências 6
1 Programa de Langlands p-ádico e Espaços de Banach
contı́nuos
1.1 Programa de Langlands p-ádico
Seja F um corpo p-ádico, isto é, uma extensão finita de Qp e n ∈ N. Uma representação
p-ádica é um espaço vetorial sobre um corpo p-ádico com uma ação de um grupo p-ádico.
Vagamente, o programa de Langlands p-ádica procura uma bijeção natural (a precisar)
entre as categorias seguintes:
Não visitáremos o lado de Galois nesta palestra e por isso não daremos aqui a definição
exata do termo seguinte. Neste momento é suficiente anotar que uma representação
cristalina tem uma parametrização fácil.
Isto é bem ao contrario de uma representação de Galois em geral, que ficam quase
sempre misteriosas e muito difı́cil construir. Seja ρ uma representação cristalina de Galois
irredutı́vel com pesos de Hodge-Tate diferentes e morfismo de Frobenius meio-simples.
Graça esta descrição simples, podemos associar a esta representação de Galois uma
representação de Banach V̂ . A saber:
1
Então
IndG
P χ
loc.rac.
= {f : G → K loc.rac. : f (·p) = χ(p)f para todos os p ∈ P }
Isso é a maneira natural para construir representações do grupo GL2 (Qp ) a partir
de representações dos grupos menores GL1 (Qp ), isto é dos caráteres.
C r
V̂ = IndG
P χ /U
f (x) − f (x0 )
f 0 (x0 ) = lim
x→x0 x − x0
é completo.
2
Se R é substituı́do por um corpo K não-Arquimediano, esta proposição falha. Mas
em qualquer forma precisamos de uma compensação deste resultado visto que queremos
construir completamentos de G-representações por estas C r -funções. Por isso vamos mudar
a definição de derivabilidade tal que este enuncio fica correto. Primeiro observamos o
seguinte:
Proposição 2.2. A função f ∈ C 1 (X, R) se e só se a função
f (x) − f (y)
f ]1[ (x, y) =
x−y
onde a primeira identidade é verdadeira graças ao teorema do valor médio e a segunda por-
que f é contı́nua. Isto é suficiente visto que f [1] (X×X) ⊆ f ]1[ ({(x, y) ∈ X × X diferentes})
pela construção.
Corolário. (Seja X compacto.) O espaço C 1 (X, R) é completo.
Demonstração. Como mostrado acima, a norma kf k = max{kf ksup , kf [1] ksup } é igual a
norma
kf kC 1 = max{kf ksup , kf 0 ksup }.
Quanto a primeira norma, esta proposição é clara.
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Agora nos ocupamos-nos do problema de iterar a noção de diferenciabilidade: Como
definir uma função duas vezes diferenciável? Observamos que neste caso f [1] é uma
função em duas variáveis (ao contrario da função f [1] no caso real) e não podemos iterar
esta definição diretamente. Então já é necessário estudar o caso de muitas variáveis para
definir a diferenciação múltipla de uma função de uma variável. Lembramos a definição
de uma função derivável em argumentos múltiplos.
Definição. Sejam V e E espaços vetoriais de dimensões finitas, X ⊆ V aberto e
f : X → E. Então f é C 1 no ponto a ∈ X se existe um mapeamento linear A tal que
para todos ε > 0 existe U ⊆ X aberto tal que
f (x + h) − f (x) = A · h + R(x + h, x)
com o resto satisfazendo kR(x + h, x)k ≤ εkhk para todos x, y ∈ U .
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3.4 Propriedades naturais deste espaço
Com esta definição concluı́da podemos estudar as propriedades destas funções. Isto
fez parte da minha tese. Visto que a definição é complicada e até o momento não
tı́nhamos muita teoria sobre a diferenciabilidade, mesmo as propriedades naturais exigem
de bastante trabalho para verificá-las. Por exemplo, nos ([Nagel(2011)]) provamos o
seguinte:
Em particular, ter uma boa definição de uma função r-vezes diferenciável sobre uma
variedade r-vezes diferenciável. (Não depende dos atlantes da variedade.)
3. O espaço C r (X, E) tem naturalmente uma topologia que torna-o um espaço completo
localmente convexo. Então as funções localmente polinomiais de grau ≤ r e também
as funções polinomiais (globalmente) densas em C r (X, E).
No caso de uma variável sobre Qp podemos dar descrições mais fácies das funções
r-vezes diferenciáveis.
4. Seja X = Zdp . O espaço de Banach C 0 (X, K) (de funções contı́nuas) tem uma base
ortogonal importante que chama-se base de Mahler. Mostra-se que as funções
C r (X, K) são as que os coeficientes de Mahler (an )n∈Nd satisfazem |an |nr → 0 quando
|n| = n1 + · · · + nd → ∞.
4. Como consequência dos pontos anteriores, nos obtemos que sobre conjuntos abertos
U ⊆ Qdp , as funções r-vezes diferenciáveis podem ser descritas igualmente para uma
condição de convergência do polinômio de Tayor.
Agradecimentos
Agradeço ao Moreno Bonutti e ao Alcindo Teles Galvão as correções de uma primeira
versão deste trabalho.
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Referências
[Nagel(2011)] Nagel, E., 2011. Fractional non-archimedean differentiability. Münstersches
Informations- und Archivsystem für multimediale Inhalte (miami.uni-muenster.de),
1–187.