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SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ


PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE RECURSOS NATURAIS DA AMAZÔNIA (PRODERNA/ITEC/UFPA)

ANÁLISE QUÍMICA ELEMENTAR DA BIOMASSA FLORESTAL


(EUCALIPTO) E ANÁLISE QUÍMICA IMEDIATA DO CARVÃO
VEGETAL E BIOMASSA in natura

Relatório apresentada à disciplina de Energia da


Biomassa Florestal, ministrada pela professora Dr.
Patrícia Soares Bilhalva dos Santos, referente aos
experimentos de análise química elementar e
imediata da biomassa e do carvão vegetal.

Aluno: Caio César Amorim de Melo nº matricula: 201722680006

Belém
2018
2

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 3
2. OBJETIVOS ........................................................................................................................... 3
2.1. Geral ........................................................................................................................... 3
2.2. Específicos ................................................................................................................. 3
3. MATERIAIS .......................................................................................................................... 4
4. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS ...................................................................................... 4
4.1 Análise química elementar da biomassa .......................................................................... 4
4.1.1. Preparo da madeira livre de extrativo (TAPPI T 204) ............................................ 5
4.1.2. Teor de umidade da madeira por secagem em estufa (ABNT NBR 14929) ........... 7
4.1.3. Determinação da Lignina de Klason (TAPPI T 222) .............................................. 7
4.1.4. Determinação do teor de celulose por reação com ácido nítrico ............................ 9
4.1.5. Solubilidade da madeira em hidróxido de sódio 1% ............................................. 10
4.2 Análise química imediata do carvão e da biomassa in natura ........................................ 12
4.2.1. Preparo do carvão para a análises ......................................................................... 12
4.2.2. Teor de umidade (TU%) ....................................................................................... 13
4.2.3. Teor de materiais voláteis (TMV%) ..................................................................... 14
4.2.4. Teor de cinzas (TC%) ........................................................................................... 15
4.2.5. Teor de carbono fixo (TCF%) ............................................................................... 16
4.3. Sumarizando os resultados ................................................................................................ 17
4.4. Análise do material lignocelulósico e carvão por espectrometria no infravermelho ........ 18
CONCLUSÕES ........................................................................................................................ 20
REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 20
3

1. INTRODUÇÃO

No contexto de buscas constantes de fontes limpas e renováveis que sejam alternativas


ao uso de combustíveis fósseis (não renováveis e danosos ao meio ambiente pela emissão de
CO2), a pesquisa de energia da biomassa tem crescido bastante. Assim, destaca-se a importância
da disciplina de energia da biomassa florestal, considerando ainda a vocação mineral da região
e sua extrema demanda por energia além da dádiva geográfica na qual o Brasil está inserido
desfrutando de um gigantesco acervo de possíveis fontes de biomassa.
Nesta disciplina buscou-se entender as definições de energias renováveis e biomassa,
além de se destacar os diferentes tipos e classificações. Para as aulas práticas foi utilizado uma
biomassa florestal – eucalipto – do qual se investigou sua eficiência energética. Dessa forma,
num primeiro momento se determinou a química elementar da biomassa e posteriormente, a
quantificação química imediata do carvão obtido desta biomassa.
Os experimentos de análise química elementar da biomassa consistiram basicamente
nas seguintes etapas: a) quantificar a umidade da madeira; b) obter um material livre de
extrativos para posteriormente, serem determinados os componentes da madeira; c) determinar
os teores de lignina, celulose e hemicelulose presentes.
Após a obtenção do carvão da amostra de eucalipto foram realizados os experimentos
de análise química imediata. Estes experimentos consistiram basicamente em tratamentos
térmicos e pesagem sucessivas do material, para assim, determinar os teores de materiais
voláteis, cinzas e umidade.
As atividades experimentais foram realizadas nos laboratórios de Química e
Caracterização Mineral do Instituto de Geociências (IG-UFPA) sob a supervisão da professora
Dr. Patrícia dos Santos. Os experimentos de análise química elementar da biomassa foram
realizados de acordo com as normas ABNT NBR 14929 (umidade da madeira por secagem em
estufa), TAPPI T 204 (preparo da madeira livre de extrativos, e TAPPI T 222 (Lignina de
KLASON), e para o procedimento de análise química imediata do carvão vegetal foi empregada
a norma ASTM D 1762 – 1995.

2. OBJETIVOS

2.1.Geral

- Realizar uma caracterização química da biomassa florestal – eucalipto.


2.2. Específicos

- Quantificar por meio de métodos padronizados a química elementar da biomassa;


- Preparar um carvão da biomassa estudada (eucalipto) e;
- Estimar por meio de método padronizado a química imediata do carvão.
4

3. MATERIAIS

A biomassa utilizada nestes experimentos foi uma amostra de eucalipto proveniente de


uma das fazendas de reflorestamento da SINOBRAS FLORESTAL localizada no estado do
Tocantins. A amostra foi fornecida pela própria empresa. A amostra foi previamente seccionada
em três partes: lenho juvenil, intermediário e adulto. Neste estudo foram utilizadas apenas
amostras de lenho intermediário da madeira. Um bloco pequeno da amostra foi separado para
fabricação do carvão conforme apresentado na Figura 1a e 1b, e uma parte foi moída em moinho
de facas, peneirada 40#, homogeneizada para ser utilizada na análise química elementar da
biomassa. O carvão foi obtido através da carbonização do bloco de madeira de eucalipto
envolvido em papel aluminio em mufla a 500 ºC por 1h.

a) b)
E
m
s
e
g
u
i
d
Figura 1: a) Amostra de madeira de eucalipto para se produzir o carvão; b) Carvão obtido;
a
Para os experimentos foram preparadas as seguintes a soluções (Figura 2): ácido sulfúrico
(H2SO4) 72%, hidróxido de sódio (NaOH) 1% e 4%,sácido acético (CH3COOH) 1% e 10%,
solução alcoólica de ácido nítrico, além da mistura homogênea e álcool etílico:tolueno (2:1). Os
procedimentos de preparo das soluções, bem comorrdas demais atividades realizadas, são
descritos a seguir em ordem de realização. a
g
e
m
f
o
i
tr
a
n
Figura 2: Soluções previamente preparadas para os experimentos de análise química elementar da biomassa.
s
f
4. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS e
ri
4.1. Análise química elementar da biomassa d
a
O procedimento de análise química elementarpda biomassa consiste na determinação
através de cálculos indiretos os teores de: umidade, extrativos, a celulose, hemicelulose e lignina
presentes na mesma. O somatório destes teores deve fechar r em 100%.
a
Pensando em maior poder energético da biomassa, espera-se que esta apresente um
o
baixo teor de umidade, além de elevados teores de extrativos e lignina, uma vez que estes
si
st
e
m
5

contêm menos oxigênio que os polissacarídeos presentes na celulose e hemicelulose. Segundo


Colet (1955) citado por Quirino et al. (2005) a quantidade de carbono fixo da madeira está
diretamente associada ao teor de lignina presente. Ainda segundo o autor, não há relação
definida entre o teor de celulose na madeira e a quantidade de carbono fixo retida.
Os procedimentos experimentais descritos a seguir referem-se, portanto, a obter os
teores destes compostos na biomassa estudada - eucalipto.
4.1.1. Preparo da madeira livre de extrativo (TAPPI T 204)

Antes de determinar os teores de celulose, hemicelulose e lignina presentes na madeira


é necessário que esta esteja completamente livre de voláteis e não-voláteis solúveis em solvente
(ex: umidade, compostos fenólicos, terpenos, alifáticos). Para isso, utilizou-se uma extração por
solvente – mistura homogênea: 2/3 de etanol e 1/3 de tolueno – em um extrator tipo soxhlet
(Figura 3).

Figura 3: Extrator tipo Soxhlet utilizado. Obs.: envelope de papel de filtro contendo a biomassa moída posicionada no
centro do tubo de extração.

Foram utilizados os seguintes equipamentos e materiais/solventes:


- Biomassa previamente moída e seca ao ar;
- Extrator tipo Soxhlet;
- Balão de 1000 mL;
- Manta aquecedora;
- Equipamento para filtração: funil de placa sinterizada de porosidade média, kitasato e
fonte de vácuo;
- Solução etanol-tolueno (2:1);
- Água destilada;
Procedimento

Para se realizar todos os experimentos da análise química elementar da biomassa se


estimou a utilização de aproximadamente 10 g de material de partida. Como já mencionado,
este material precisava estar livre dos materiais não voláteis e solúveis em solventes antes de
se estimar os teores de umidade, lignina, celulose e hemicelulose. Por isso, pesou-se
aproximadamente 10 g da biomassa previamente moída e seca ao ar em um filtro de papel (Pi
6

= 10,000 g). Preparou-se um envelope com este papel, de forma que este envolvesse toda a
biomassa e coubesse no tubo de extração.
O envelope foi então colocado dentro do tubo extração com cuidado para ficar longe
das extremidades do sifão. A solução etanol-tolueno foi colocada dentro balão (Figura 4a), o
qual foi posicionado na manta aquecedora. Ao se aquecer a solução evapora passando pelo tubo
de extração e condensando novamente é conduzida por densidade novamente ao balão (Figura
4b). Nisto consiste um ciclo de extração (refluxo). O sistema foi ajustado para realizar 6
refluxos/hora totalizando 24 refluxos.
Em seguida a serragem foi transferida para o sistema de filtragem a vácuo para remoção
do excesso do solvente utilizando cerca de 500 mL de água destilada (Figura 4c). O extrativo
foi colocado em um Becker e levado a estufa a 70 ºC para posterior análise e o material livre
de extrativo foi levado a estufa a 105 ºC para secagem, resfriado em dessecador e pesado (Pf =
7,730 g).

a) b) c)
E E
m m
s s
e e
g g
u u
i i
d d
a a
a a
s s
e e
rr rr
a a
g g
Figura 4: Procedimentos de obtenção de biomassaelivre de extrator; a) Solução etanol-tolueno
e sendo colocada no balão; b)
Sistema de refluxo em andamento;me c) Lavagem e filtragem após a extração
m por solvente.
f f
O teor de extrativo foi calculado então pela diferença entre o peso final (Pf) e o inicial (Pi). Obs.:
o o
Como a amostra não estava completamente seca (livre de umidade, uma vez que foi apenas
i i
seca ao ar) se descontou da massa inicial a quantidade relacionada a umidade (cujo calculo está
tr tr
descrito no próximo tópico). Dessa forma, o Pi utilizado não foi 10,00 g mas 8,80 g).
a a
n 𝑃𝑖 − 𝑃𝑓 n
%𝐸𝑥𝑡𝑟𝑎𝑡𝑖𝑣𝑜 = × 100%
s 𝑃𝑖 s
f f
8,80 − 7,73
%𝐸𝑥𝑡𝑟𝑎𝑡𝑖𝑣𝑜 e = × 100% e
ri 8,80 ri
d
%𝐸𝑥𝑡𝑟𝑎𝑡𝑖𝑣𝑜 = 12,15% d
a a
p p
a a
r r
a a
o o
si si
7

4.1.2. Teor de umidade da madeira por secagem em estufa (ABNT NBR 14929)

Com este método se determinou o teor de umidade presente na madeira. Este valor foi
no último momento substituído do total para se obter um valor correto dos teores de celulose,
hemicelulose e lignina na madeira. Os cálculos são apresentados em sequência para facilitar o
entendimento.
Para este procedimento se utilizou os seguintes equipamentos e materiais:
- Biomassa livre de extrativos e seca ao ar;
- Balança analítica com precisão de 0,1 mg;
- Estufa com temperatura controlada de 105 ± 3 ºC;
- Cadinho de porcelana;
- Dessecador;
Procedimento

Secou-se previamente o cadinho em estufa e após resfriar em dessecador, pesou-o e


tarou-se a balança. Em seguida, dos 10 g da biomassa já livre de extrativos pesou-se ~1 g da
amostra (Pi = 1,0002 g) no cadinho já tarado. O cadinho foi em seguida levado a estufa a 105 ±
3 ºC por uma noite. Após a secagem, o cadinho foi retirado e esfriado em dessecador, e por fim,
pesado (Pf = 0,8733 g). O teor de umidade, então foi calculado pela expressão:
𝑃𝑖 − 𝑃𝑓
%𝑈𝑚𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = × 100%
𝑃𝑖
1,0002 − 0,8733
%𝑈𝑚𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = × 100%
1,0002
%𝑈𝑚𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = 12,68%
4.1.3. Determinação da Lignina de Klason (TAPPI T 222)

A metodologia utilizada para se determinar o teor lignina é indireta por diferença do


peso total da amostra e do material sem lignina. Ou seja, o procedimento é realizado para se
degradar a lignina e assim, removê-la, para posteriormente se obter por diferença o teor de
lignina que foi removida.
Os equipamentos e materiais/reagentes utilizados foram:
- Biomassa livre de extrativos;
- Balão de 1000 mL;
- Equipamento para filtração: funil de placa sinterizada de porosidade média, kitasato e
fonte de vácuo;
- Estufa a 105 ºC;
Balança analítica com precisão de 0,1 mg;
8

- Bastão de vidro;
- Ácido sulfúrico 72%;
Procedimento

Inicialmente pesou-se o funil de placa sinterizada que seria utilizada na filtragem após
a remoção da lignina. Anotou-se o peso (Pfunil_seco = 272,87 g).
Aproximadamente 1 g da biomassa já livre de extrativos e seca ao ar foi pesada (Ps =
1,0007 g) e transferida para um balão. Em sequência foi adicionado lentamente 15 mL da
solução de ácido sulfúrico. A lignina é rapidamente degradada pela solução ácida e observou-
se que o material fica escuro (Figura 5a). O material foi homogeneizado por 1 min e conservado
por 1 h em temperatura ambiente em contato com o ácido.
Em seguida, foi adicionado ao balão 420 mL de água destilada para se diluir a solução
ácida, e manteve-se o material em sistema de refluxo por 4 h (Figura 5a). Após isto, transferiu-
se o material para o funil de placa sinterizada e o qual foi lavado com aproximadamente 500
mL de água destilada (Figura 5b) para remover completamente o ácido. Por último, o funil de
placa sinterizada juntamente com o material foram secos a 105 ºC em estufa por uma noite. O
peso do funil+amostra foi anotado (Pfunil+amostra = 273,13 g).
A massa de amostra sem lignina (Pf) foi obtida, portanto, pela subtração dos pesos:
Pfunil+amostra - Pfunil_seco, assim:
𝑃𝑓 = 𝑃𝑓𝑢𝑛𝑖𝑙+𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎 − 𝑃𝑓𝑢𝑛𝑖𝑙𝑠𝑒𝑐𝑜
𝑃𝑓 = 273,13 − 272,87

𝑃𝑓 = 0,26 g

a) b) c)
E E
m m
s s
e e
g g
u u
i i
d d
a a
a a
s s
e e
rr rr
Figura 5: Procedimentos da determinação de lignina; a) material escuro após ser degradado pelo ácido sulfúrico; b)
a a
Sistema de refluxo em andamento; e c) Lavagem e filtragem do material.
g g
Por fim, o teor de lignina foi calculado e utilizando a seguinte expressão:
e
m 𝑃𝑠 − 𝑃𝑓 m
%𝐿𝑖𝑔𝑛𝑖𝑛𝑎f = 100 − ( ) × 100%
f
𝑃𝑠
o o
i i
tr tr
a a
n n
9

1,0007 − 0,26
%𝐿𝑖𝑔𝑛𝑖𝑛𝑎 = 100 − ( ) × 100%
1,0007
%𝐿𝑖𝑔𝑛𝑖𝑛𝑎 = 25,98%

4.1.4. Determinação do teor de celulose por reação com ácido nítrico

Para a determinação de celulose também se utilizou um método indireto. Com isso os


reagentes utilizados neste procedimento dissolvem a celulose enquanto a lignina fica retida no
filtro. A determinação, portanto, é calculada pela diferença de massas antes e após a reação com
ácido.
Para este experimento foram utilizados os seguintes equipamentos e reagentes:
- Manta aquecedora;
- Sistema de filtragem a vácuo: funil de placa perfurada e funil de placa sinterizada,
kitasato;
- Sistema de refluxo;
- Balão de fundo redondo de 1000 mL;
- Ácido nítrico P.A.;
- Etanol P.A.;
- Solução de ácido acético 1%;
- Solução NaOH 4%.
Procedimentos

Inicialmente preparou-se as soluções alcóolicas de ácido nítrico (100 mL de etanol para


25 mL de ácido nítrico – solução preparada em capela) e de ácido acético 1% (100 mL de água
destilada para 1 mL de ácido acético) e NaOH 4% (100 mL de água para 4 g de NaOH).
Pesou-se aproximadamente 5 g da biomassa livre de extrativo (Ps = 4,9790) e a colocou
em sistema de refluxo com a solução alcóolica de ácido nítrico por 1 h. Em seguida, o material
foi filtrado em funil de placa perfurada (Figura 6a), e levado novamente a manta aquecedora
para ser aquecido com água destilada por 30 min (Figura 6b).
O material foi colocado em um balão de fundo redondo e levado novamente para o
sistema de refluxo. Com isso, o resíduo foi extraído com solução de NaOH 4% e, por fim, em
funil de placa sinterizada o resíduo foi filtrado e lavado, primeiro com água destilada, segundo
com ácido acético 1% e depois, novamente com água destilada. O funil + amostra contida nele
foram levados para secagem em estufa a 105 ºC por uma noite.
10

a) b)
E
m
s
e
g
u
i
d
a
a
s
Figura 6: a) Filtragem do material após a extração com solução alcóolica de ácido nítrico; b) Material levado a
e
aquecimento com água;
rr
Pesou-se o papel de filtro seco antes do procedimento a (Pfiltro_seco = 0,66 g, obs.: devido
a uma falha de execução do experimento um papel deg filtro foi danificado e, por isso, teve-se
que pesar 2 papéis de filtros e o valor de 0,66 g adotado e corresponde ao valor médio) e depois
da filtragem (Pfiltro+amostra = 2,5892 g). A diferença destes m é igual a massa de biomassa sem
celulose (Pf): f
o
𝑃𝑓 = 𝑃𝑓𝑖𝑙𝑡𝑟𝑜+𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎 − 𝑃𝑓𝑖𝑙𝑡𝑟𝑜_𝑠𝑒𝑐𝑜
i
𝑃𝑓 = 0,6600 − 2,5892 tr
a
𝑃𝑓 = 1,9291 g
n
Dessa forma, podemos facilmente encontrar o steor de celulose através da expressão:
f
𝑃𝑠 −e 𝑃𝑓
%𝐶𝑒𝑙𝑢𝑙𝑜𝑠𝑒 = 100 − ( ) × 100%
𝑃ri
𝑠

4,9790 −d1,9291
%𝐶𝑒𝑙𝑢𝑙𝑜𝑠𝑒 = 100 − ( a ) × 100%
4,9790
p
%𝐶𝑒𝑙𝑢𝑙𝑜𝑠𝑒 = 38,74% a
r
4.1.5. Solubilidade da madeira em hidróxido de sódio a 1%
o
A ideia por traz desde procedimento é a seguinte: si em solução NaOH 1% aquecida, tanto
a lignina quanto a hemicelulose presentes na madeira são st dissolvidas. Uma vez que já se tem o
teor de lignina, podemos facilmente encontrar por ediferença o valor referente ao teor de
hemicelulose. m
Para tal experimento se utilizou os seguintes equipamentos a e reagentes:
d
- Biomassa livre de extrativos e seca; e
- Balança analítica com precisão de 1 mg; fi
lt
- Estufa a 105 ºC; r
- Banho-maria com temperatura próxima a 100a ºC;
g
e
m
a
11

- Sistema de filtração a vácuo: funil de placa sinterizada, kitasato, bomba de vácuo;


- Becker de 250 mL;
- Pipeta volumétrica de 100 mL;
- Vidro de relógio;
- Bastão de vidro;
- Solução NaOH 1%;
- Solução ácido acético 10%;
Procedimentos

Inicialmente secou-se o papel de filtro que seria utilizado na filtragem e o pesou,


anotando o peso (Pfiltro_seco = 0,6377 g), e preparou-se as soluções de NaOH 1% e ácido acético
10%.
Posteriormente, pesou-se 2 g da biomassa já livre de extrativos e seca (Ps = 2,000 g) e a
transferiu para o Becker. Em seguida, foi adicionado com a pipeta 100 mL da solução NaOH
1% e agitou-se a mistura com bastão de vidro. O Becker contendo o material com a solução foi
tampado com um vidro de relógio e então posicionado em um banho-maria com temperatura
próxima a 100 ºC e deixado por 1 h (Figura 7a e 7b). Eventualmente neste tempo, a mistura era
agitada com o bastão de vidro.
Decorrido este tempo, o material foi transferido para o funil de placa sinterizada,
filtrado sob vácuo e lavado com solução de ácido acético 10% para interromper a reação (Figura
7c). Em seguida, o material junto com o papel de filtro foi levado a estufa para secagem a 105
ºC por uma noite, depois deixado esfriar em dessecador, e pesado (Pfiltro+amostra = 2,2850 g). Pela
diferença dos pesos do papel de filtro seco e com amostra se obteve, portanto, o peso da
biomassa sem o material que foi solubilizado em hidróxido de sódio 1% (Pf):
𝑃𝑓 = 𝑃𝑓𝑖𝑙𝑡𝑟𝑜+𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎 − 𝑃𝑓𝑖𝑙𝑡𝑟𝑜_𝑠𝑒𝑐𝑜
𝑃𝑓 = 2,2850 − 0,6377

𝑃𝑓 = 1,6473 g

A partir de então, encontramos o valor do teor de material solúvel em NaOH 1%


(%Solúvel) através da expressão:
𝑃𝑠 −𝑃𝑓
%𝑆𝑜𝑙ú𝑣𝑒𝑙 = ( ) × 100%
𝑃𝑠

2,000 − 1,6473
%𝑆𝑜𝑙ú𝑣𝑒𝑙 = ( ) × 100%
2,000
%𝑆𝑜𝑙ú𝑣𝑒𝑙 = 35,3%
E como:
%𝑆𝑜𝑙ú𝑣𝑒𝑙 = %𝐿𝑖𝑔𝑛𝑖𝑛𝑎 + %𝐻𝑒𝑚𝑖𝑐𝑒𝑙𝑢𝑙𝑜𝑠𝑒
12

Podemos facilmente rearranjar essa equação para encontrar o teor de hemiculose


presente na biomassa:
%𝐻𝑒𝑚𝑖𝑐𝑒𝑙𝑢𝑙𝑜𝑠𝑒 = 35,3 − 25,98
%𝐻𝑒𝑚𝑖𝑐𝑒𝑙𝑢𝑙𝑜𝑠𝑒 = 9,32%

a) c)
E
m
s
e
g
u
i
d
b) a
E a
m s
s e
e rr
g a
u g
i e
d m
Figura 7: Experimento
a de Solubilidade da biomassa em NaOH 1%; a) fMistura após a adição de NaOH 1%; b) Becker tampado
com vidro de relógio sendo posicionado em banho-maria; e c) filtragem do material após a extração;
a o
s
4.2. Análise química imediata do carvão e da biomassa i in natura
e tr
A rrcaracterização imediata consiste basicamente a em quantificar os teores de: umidade,
materiais avoláteis, cinzas e carbono fixo presentesn na matéria-prima. Assim como para a
quantificação
g química elementar da biomassa, o somatório s destes componentes deve ser igual
a 100%. Valee ressaltar que o poder calorífico do f
carvão está diretamente associado ao teor de
carbono fixom do mesmo. e
f ri
Os procedimentos descritos a seguir referem-se, portanto, a obter os teores destes
o d
componentes do carvão vegetal obtido do eucalipto e do próprio eucalipto in natura, seguindo
i a
a norma ASTM D 1762-1995.
tr p
4.2.1.a Preparo do carvão para análises a
n r
O scarvão da madeira de eucalipto preparadoa previamente, necessitava ser moído até
apresentarf uma granulometria inferior a 1,00 mm eo superior a 0,25 mm conforme a norma
descreve.e Para isso, o carvão foi cominuido utilizando si almofariz e pistilo e, em seguida,
peneiradoriem uma mesa vibratória utilizando peneiras st de 40 mesh e 60 mesh (Figura 8). A
biomassadin natura utilizada foi preparada exatamente e conforme descrito anteriormente para a
análise daa química elementar. m
p a
a d
r e
a fi
13

a) b)
E
m
s
e
g
u
i
d
a
a
s
e
rr
Figura 8: Preparação do carvão para análise da química imediata; a) cominuição em almofariz; b) peneiramento em mesa
a
vibratória;
g
4.2.2. Teor de umidade (TU%) e
m
O teor de umidade seguindo a norma de analise f química imediata foi realizada apenas
para a biomassa in natura. Para tal, o procedimento o foi realizado em replicata.
Para este procedimento se utilizou dois cadinhos i de porcelana, um contendo a amostra
tr
e o outro utilizando como tampa (Figura 9). Inicialmente levou-se o cadinho vazio a
aquecimento de 750 ºC em forno mufla por 10 min, a e em seguida, pesou-o anotando seu peso
(Pcadinho_seco). n
s
Em seguida, colocou-se 1 g da amostra preparada f de biomassa (Ps) no cadinho e levou
estufa a 105 ºC até se obter o peso constante o material. e Finalizado o tempo, o cadinho contendo
a amostra foi levado ao dessecador para resfriamento, ri e pesado (Pcadinho+amostra).
d
a
p
a
r
a
o
si
st
e
Figura 9: Cadinhos utilizados para determinação da química imediata.
m
Através da diferença dos pesos dos cadinhos a com amostra e seco obteve-se o peso do
material sem umidade (Pf): d
𝑃𝑓1 = 𝑃𝑐𝑎𝑑𝑖𝑛ℎ𝑜+𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎e − 𝑃𝑐𝑎𝑑𝑖𝑛ℎ𝑜_𝑠𝑒𝑐𝑜
fi
𝑃𝑓1 = 25,3458 lt − 24,4717
r
𝑃𝑓1 = 0,8741 g
a
g
e
m
a
14

A parti de então, encontramos o teor de umidade da biomassa através da expressão:


𝑃𝑠 − 𝑃𝑓
𝑇𝑈% = ( ) × 100%
𝑃𝑠
1,0005 − 0,8741
𝑇𝑈1 % = ( ) × 100%
1,0005
𝑇𝑈1 % = 12,63%

E para a duplicata:
1,0007 − 0,8734
𝑇𝑈2 % = ( ) × 100%
1,0005
𝑇𝑈2 % = 12,72%

4.2.3. Teor de materiais voláteis (TMV%)

Para se obter o teor de materiais voláteis do carvão foi utilizado o mesmo cadinho
empregado para a determinação de teor de umidade. Neste caso, o cadinho foi levado a mufla
a 950 ºC por 2 min sobre a porta aberta, 3 min na borda da mufla e por último, 6 minutos no
interior da mufla, conforme observado nas figuras 10 a, b e c, respectivamente.

a) b) c)
E E
m m
s s
e e
g g
u u
i i
d d
a a
a a
Figura 10: Procedimento para avaliação dos teor de materiais voláteis no carvão; a) 2 min
s com o cadinho sobre a porta aberta;
b) 3 min na borda da mufla; e c) 6 min no interior da mufla.
e e
Através da diferença dos pesos dos cadinhos com amostrarra 950 ºC e seco obteve-se o
rr
peso dos materiais sem materiais a voláteis (Pf): a
g g
𝑃𝑓 = 𝑃e𝑐𝑎𝑑𝑖𝑛ℎ𝑜+𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎950º𝐶 − 𝑃𝑐𝑎𝑑𝑖𝑛ℎ𝑜_𝑠𝑒𝑐𝑜 e
Para o carvão: m m
f f
𝑃
o 𝑐𝑎𝑟𝑣ã𝑜
𝑓 = 23,5583 − 22,8132 o
i 𝑃𝑓𝑐𝑎𝑟𝑣ã𝑜 = 0,7451 g i
tr tr
a a
n n
s s
f f
e e
ri ri
d d
15

E para a biomassa:
𝑃𝑓𝑏𝑖𝑜𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 = 27,0582 − 26,8356

𝑃𝑓𝑏𝑖𝑜𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 = 0,2226 g

A parti de então, podemos facilmente encontrar o teor de materiais voláteis através da


expressão:
𝑃𝑠 − 𝑃𝑓
𝑇𝑀𝑉% = ( ) × 100%
𝑃𝑠
Onde Ps é encontrado pela diferença do peso do cadinho com amostra seco a 105 ºC
(sem umidade) e do cadinho seco vazio.
𝑃𝑠 = 𝑃𝑐𝑎𝑑𝑖𝑛ℎ𝑜+𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎105º𝐶 − 𝑃𝑐𝑎𝑑𝑖𝑛ℎ𝑜_𝑠𝑒𝑐𝑜

Para o carvão:
𝑃𝑆𝑐𝑎𝑟𝑣ã𝑜 = 23,7801 − 22,8132

𝑃𝑆𝑐𝑎𝑟𝑣ã𝑜 = 0,9669 g

E para a biomassa:
𝑃𝑆𝑏𝑖𝑜𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 = 27,7089 − 26,8356

𝑃𝑠𝑏𝑖𝑜𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 = 0,8733 g

Logo, para o carvão o teor de materiais voláteis é:


0,9669 − 0,7451
𝑇𝑀𝑉𝑐𝑎𝑟𝑣ã𝑜 % = ( ) × 100%
0,9669
𝑇𝑀𝑉𝑐𝑎𝑟𝑣ã𝑜 % = 22,93%

E o TMV% da biomassa é:
0,8733 − 0,2226
𝑇𝑀𝑉𝑏𝑖𝑜𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 % = ( ) × 100%
0,8733
𝑇𝑀𝑉𝑏𝑖𝑜𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 % = 74,51%

4.2.4. Teor de cinzas (TC%)

Essa determinação do teor de cinzas é feita logo em seguida a determinação de materiais


voláteis. Assim, os mesmos cadinhos contendo as amostras foram então colocados em forno
mufla a 750 ºC por 6 h. Finalizado o tempo, estes foram resfriados dentro do dessecador e
pesados.
16

As massas iniciais (Ps) são as mesmas encontradas no calculo anterior para teor de
materiais voláteis (já descontado a umidade). E as massas finais referente ao teor de cinzas (Pf)
foram obtidas pela diferença dos pesos dos cadinhos com amostra a 750 ºC e do cadinho vazio
seco:
𝑃𝑓 = 𝑃𝑐𝑎𝑑𝑖𝑛ℎ𝑜+𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎750º𝐶 − 𝑃𝑐𝑎𝑑𝑖𝑛ℎ𝑜_𝑠𝑒𝑐𝑜

Para o carvão:
𝑃𝑓𝑐𝑎𝑟𝑣ã𝑜 = 22,8147 − 22,8132

𝑃𝑓𝑐𝑎𝑟𝑣ã𝑜 = 0,0015 g

E para a biomassa:
𝑃𝑓𝑏𝑖𝑜𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 = 26,8361 − 26,8356

𝑃𝑓𝑏𝑖𝑜𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 = 0,0005 g

O Teor de cinzas da biomassa e do carvão foram então encontrados pela expressão:


𝑃𝑓
𝑇𝐶% = ( ) × 100%
𝑃𝑠

Para o carvão:
0,0015
𝑇𝐶𝑐𝑎𝑟𝑣ã𝑜 % = ( ) × 100%
0,9669

𝑇𝐶𝑐𝑎𝑟𝑣ã𝑜 % = 0,155%

E para a biomassa:
0,0005
𝑇𝐶𝑏𝑖𝑜𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 % = ( ) × 100%
0,8733

𝑇𝐶𝑏𝑖𝑜𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 % = 0,057%

4.2.5. Teor de carbono fixo (TCF%)

Por último encontramos os valores do teor de carbono fixo. Para isto, basta
simplesmente aplicar a seguinte equação:

𝑇𝐶𝐹% = 100 − (𝑇𝑀𝑉% − 𝑇𝐶%)


Assim, para o carvão vegetal temos:
𝑇𝐶𝐹% = 100 − (22,93 − 0,155)
𝑇𝐶𝐹% = 76,92%
17

E para a biomassa temos:


𝑇𝐶𝐹% = 100 − (74,51 − 0,005)
𝑇𝐶𝐹% = 25,43%
4.3.Sumarizando os resultados

As tabelas 1 e 2 sumarizam os resultados obtidos para estimativa da química elementar


da biomassa e da química imediata da biomassa, respectivamente. E a tabela 3 apresenta os
valores obtidos da química imediata do e carvão vegetal. Uma vez que o poder calorífico está
diretamente associado ao teor de carbono fixo, podemos verificar que o carvão obtido é mais
eficiente que a biomassa in natura.
Tabela 1: Quantificação da química elementar da biomassa

Parâmetros estimado Teor (%)


Umidade (%Umidade) 12,68
Extrativos (%Extrativo) 12,15
Lignina (%Lignina) 25,98
Celulose (%Celulose) 38,74
Hemicelulose (%Hemicelulose) 9,32
TOTAL 98,93

Tabela 2: Quantificação da química imediata da Biomassa in natura.

Parâmetro estimado Teor (%)


Umidade (TU1%) 12,63
Umidade (TU2%) 12,72
Materiais voláteis (TMV%) 74,51
Cinzas (TC%) 0,057
Carbono fixo (TCF%) 25,43

Tabela 3: Quantificação da química imediata do carvão vegetal.

Parâmetro estimado Teor (%)


Materiais voláteis (TMV%) 22,93
Cinzas (TC%) 0,155
Carbono fixo (TCF%) 76,92
18

4.4. Análise do material lignocelulósico e carvão por espectrometria no infravermelho

A biomassa livre de extrativos e o carvão vegetal foram espectroscopia no


infravermelho (FTIR). Para isso, ambas as amostras precisavam estar completamente livres de
umidade, assim, foram deixadas na estufa a 105 ºC por uma noite.
Foram preparadas pastilhas de KBr utilizando uma prensa automática (Figura 11a). Para
isto, se utilizou aproximadamente 1 mg de amostra e 0,15 g de KBr (Figura 11b).
Foi utilizado um espectrofotômetro da marca Thermo, modelo Nicolet iS50 FT-IR
(Figura 11c) na região espectral de 4000-400 cm-1, a 100 scans e resolução de 4 cm-1. A
aquisição dos dados foram realizados através do software OMNIC.

a) b) c)
E E
m m
s s
e e
g g
u u
i i
d d
Figura 11: a) Pastilha de KBr sendo preparadas;
a b) Pastilha sendo posicionada
a dentro porta amostra para leitura no FTIR;
e c) Equipamento de espectrometria no infravermelho utilizado.
a a
Pode-se obser que os espctros s s
relacionados a biomassa e seus componentes extraídos
(celulose, lignina e hemicelulose) esão relativamente semelhantes, e resultado das vibrações e
rr
estiramentos de grupos funcionais presentes nestes (Figura 12). rr
a a
Próximo a 3350 cm-1 banda de estiramento intramolecular da ligação OH relacionados
g g
a ruptura das pontes de hidrogênio da celulose. Na região de 2900 cm-1 temos as bandas
e e
caracteristicas do CH e CH2 e estiramento intermolecular do OH. Próximo a região de 1650 cm-
1 m m
temos a banda referente a água absorvida. Em 1430 cm-1 temos a banda referente a vibração
f f
das ligações HCH e OCH. Em 1370 cm-1 podemos observar as bandas de vibração das ligações
o o
CH e em 1160 cm-1 as bandas de estiramento C-O-C ambas caracteristicas da celulose e
i i
hemicelulose. Ainda podemos observar na região entre 1058-1060 cm-1 bandas de estiramento
tr tr
da ligação C=O da hemicelulose e celulose.
a a
Pode-se observar que as bandas n caracteristicas nda lignina estão na região 1450-1500
-1
cm , estas referenm-se as ligações dos anéis aromáticos.s Pode-se observar que na amostra do
s
carvão estas bandas desaparecem, mostrando f que a ligninaf foi decomposta. Ainda se nota que
-1 e e
a banda a 3350 cm referente ao estiramento OH não é observada mais na amostra do carvão,
mostrando que não há mais preseçaride água. ri
d d
a a
p p
a a
r r
a a
o o
si si
st st
e e
m m
19

Biomassa
Lignina
Sol em NaOH
Celulose
Extrativo
Carvão
Transmitância

4000 3500 3000 1750 1500 1250 1000 750 500


-1
Nº de ondas (cm )

Figura 12: Espectros de infravermelho das amostras de biomassa, lignina, material solúvel em NaOH, celulose, extrativos e
carvão vegetal.
20

5. CONCLUSÃO

Ao final das atividades desenvolvidas ao longo da disciplina de energia da biomassa


florestal, pode-se consolidar a teoria aprendida em sala de aula através das práticas em
laboratório. A caracterização química elementar e imediata da biomassa e do carvão são
fundamentais para se estimar as possíveis aplicações destes, bem como prever indiretamente o
seu poder calorífico.
O eucalipto analisado apresentou quantidade apreciável de lignina, o que diretamente
está relacionado com o teor de carbono fixo do carvão produzido deste. O alto teor de carbono
fixo, bem como, o baixo teor de materiais voláteis do carvão obtido mostra que este tem um
poder calorífico apreciável. E, em comparação com a biomassa in natura é muito mais
adequado para se gerar calor.

6. REFERÊNCIAS

D.O. Hall, P.A. Moss. Biomass for energy in developing countries. GeoJournal, 7 (1983), pp.
5-14.
J. Twidell, T. Weir. Biomass and biofuels Renewable energy resources. 2ª ed., Spon Press
(2005), p. 351–99.
Empresa de Pesquisa Energética (Brasil). Balanço Energético Nacional 2017 – Relatório
Síntese: Ano base 2016 / Empresa de Pesquisa Energética. – Rio de Janeiro: EPE, 2017.
Disponível em:
https://ben.epe.gov.br/downloads/S%c3%adntese%20do%20Relat%c3%b3rio%20Final_2017
_Web.pdf
W. F. Quirino, A. T. Vale, A. P. A. Andrade, V. L. S. Abreu, A. C. S. Azevedo. Poder calorífico
da madeira e de materiais lignocelulósicos. Revista da Madeira, 89 (2005). pp 100-106.
S. Gharehkhania, E. Sadeghinezhada, S. N. Kazia, H. Yarmanda, A. Badarudina, M. R. Safaeib,
M. N. M. Zubi. Basic effects of pulp refining on fiber properties - A review. Carbohydrate
Polymers, 115 (2015) 785-803.

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