Respostas das questões apresentadas nos capítulos 
Capítulo 30  •  Aspectos Éticos  1
30 Aspectos Éticos
Respostas [e Níveis] de Questões
para Aprendizagem
1. Q: Descreva, em termos comportamentais, como a
história da civilização é uma história de abuso con-
tínuo do poder. [Nível 5/S] Com base no seu conhe-
cimento sobre história ou eventos atuais, dê um
exemplo desse abuso. [Nível 3/Ap]
R: Ao longo das eras, vários grupos usaram reforços e
punidores disponíveis para controlar o comporta-
mento dos grupos menos poderosos (que tinham
menos reforçadores e punidores para aplicar ou que
careciam de meios para aplicá-los de maneira con-
tinente aos comportamentos-alvo selecionados).
Entre os exemplos, poderiam ser incluídos a subju-
gação ou a exploração por outros, o imperialismo
dos EUA e soviético observado no Vietnã e no Leste
Europeu, e a exploração de um grupo por outro
junto a uma nação (p. ex., exploração de escravos
por seus senhores). Qualquer exemplo apropriado
é aceitável.
2. Q: A partir do seu conhecimento sobre história ou
eventos atuais, dê um exemplo daquilo que acon-
tece com frequência quando os reforços que ocor-
rem em um grupo na sociedade caem abaixo de
determinado nível crítico em relação àqueles em
outro grupo na mesma sociedade. [Nível 5/S]
R: Qualquer exemplo apropriado em que um grupo
com menos reforçadores tenha se revoltado contra
um grupo que controla mais reforçadores ou que
tenha conduzido outra ação para promover uma
distribuição mais igualitária de reforçadores. Os
exemplos poderiam incluir revoluções nacionais, o
movimento do trabalho, greves, black power [mo-
vimento negro], red power*, chicano power [a favor
dos direitos civis para a população norte-americana
de ascendência mexicana], liberação das mulheres,
movimento a favor dos direitos LGBT e o movimen-
to separatista francês no Canadá.
3. Q: Da perspectiva comportamental, como seria
possível explicar as constituições, as declarações de
direitos e os documentos políticos afins dos estados
modernos? [Nível 4/An]
* O movimento red power foi um movimento
social entre os anos 1960 e 1970 liderado por jovens indí-
genas norte-americanos para exigir direitos, a partir de
políticas e programas, dos indígenas nos EUA.
R: Documentos políticos podem ser vistos como espe-
cificações formais de contingências designadas a
controlar o comportamento daqueles que controlam
o comportamento de outros.
4. Q: Explique por que tendemos a reagir negativa-
mente a todas as tentativas manifestas de controlar
nosso comportamento. [Nível 2/C]
R: Em virtude de uma história cultural em que o poder
frequentemente foi abusado e das experiências
pessoais com pessoas que cometeram abuso de
poder (i.e., usaram o poder que tinham em benefício
próprio e para desvantagem daqueles sobre quem
exerciam controle).
5. Q: Por que e como as pessoas que controlariam
nosso comportamento disfarçam seus objetivos?
[Nível 5/S] Dê um exemplo não mencionado no
texto. [Nível 3/Ap]
R: Elas encobrem seus objetivos fazendo parecer que
não controlam o comportamento de outros, porque,
se seus objetivos forem evidentes demais, as pesso-
as resistirão fortemente a eles. Um exemplo não
citado no texto poderia ser o de um político fingin-
do desinteresse em se tornar presidente ou primeiro-
-ministro, mas, ao mesmo tempo, fazendo coisas que
colaboram para que isso aconteça. Outros exemplos
plausíveis também são aceitáveis.
6. Q: Descreva duas proposições que servem de base
para a modificação de comportamento. [Nível 2/C]
R: (a) O comportamento pode ser controlado; e (b) é
desejável que se faça isso sem demora, para alcançar
certos objetivos.
7. Q: Por que a cautela extrema é uma reação saudá-
vel a todo avanço científico ou tecnológico novo?
[Nível 4/An] Discuta com um exemplo. [Nível 4/An]
R: A cautela extrema pode levar as pessoas a adotarem
precauções apropriadas para evitar que uma tecno-
logia moderna fique “fora de controle” e seja
abusada. Os alunos podem dar qualquer exemplo
em que a tecnologia tenha ficado “fora de controle”
em consequência do fato de as pessoas não terem
adotado as devidas precauções na primeira vez em
que ela foi desenvolvida ou que possa estar a ponto
de ficar “fora de controle”.
8. Q: Do ponto de vista comportamental, o que signi-
fica o termo ética? [Nível 2/C]
2  Modificação de Comportamento | O Que É e Como Fazer
R: Certos padrões de comportamento desenvolvidos
por uma cultura e que promovem a sua sobrevivência.
9. Q: Descreva a evolução da ética como parte da
cultura humana. [Nível 3/Ap]
R: Em uma cultura, desenvolveram-se certas maneiras
de se comportar que foram aceitas e reforçadas,
enquanto outras se desenvolveram, mas foram re-
jeitadas e/ou punidas. Por exemplo, muitas culturas
reforçaram o comportamento de não roubar e pu-
niam esse ato. Provavelmente, as culturas em que o
comportamento honesto em relação aos bens ma-
teriais não era reforçado e o roubo não era punido
tenderam a não sobrevivência. Isso pode ter ocorri-
do por muitos motivos – sejam quais forem eles,
muitas culturas consideram ético ou certo o compor-
tamento de não roubar, e o de roubar antiético ou
errado. Outras práticas comportamentais (ética)
provavelmente evoluíram de maneira semelhante.
10. Q: Do ponto de vista comportamental, explique
em uma frase quando as diretrizes éticas repre-
sentam uma fonte importante de controle
comportamental. [Nível 2/C]
R: As diretrizes éticas são uma fonte importante de
controle comportamental quando os reforçado-
res imediatos influenciam um indivíduo a se
comportar de um modo que leva a estímulos
aversivos para os outros.
11. Q: Usando um exemplo, explique como as diretri-
zes éticas envolvem o controle governado por
regras sobre o comportamento. [Nível 2/C]
R: Considere a diretriz ética “Não roubarás”: ela po-
deria implicar uma regra especificando contin-
gências legais (p. ex., “Se você roubar o que
pertence a outra pessoa, será multado ou pre-
so”) e, às vezes, uma regra baseada em crenças
religiosas (p. ex., “Se você roubar, irá para o
inferno quando morrer”). Em qualquer caso, a
diretriz tende a exercer um controle governado
por regra sobre o comportamento (e minimizar
o comportamento de roubar). Outros exemplos
apropriados são aceitáveis.
12. Q: Explique por que todas as profissões assisten-
ciais estão envolvidas no controle do compor-
tamento, independentemente de os profissio-
nais que as exercem perceberem isso ou não.
[Nível 2/C] Dê um exemplo. [Nível 2/C]
R: Todas as profissões relacionadas com assistência
social estão envolvidas em ajudar as pessoas a
solucionarem seus problemas e/ou a se autoa-
primorarem. Isso implica necessariamente a
mudança de seus comportamentos, o que signi-
fica “controlá-los”. Um exemplo poderia ser o
de ensinar alguém a ler, que requer submeter o
comportamento dessa pessoa ao controle apro-
priado de palavras impressas ou escritas. Qual-
quer outro exemplo apropriado é aceitável.
13. Q: Discuta os méritos relativos do planejamento
versus não planejamento para a modificação de
comportamento. [Nível 4/An]
R: A menos que alguém seja preguiçoso ou esteja in-
teressado em “espontaneidade” para o seu
próprio bem, parece haver pouco mérito em não
fazer planos para modificar o comportamento.
Contudo, uma pessoa é muito mais propensa a
realizar mudanças desejáveis de comportamen-
to se fizer planos para isso. Contrariamente, a
falta de planejamento pode resultar na introdu-
ção de contingências que produzem um com-
portamento indesejado.
14. Q: Discuta o contracontrole. [Nível 4/An] Qual é a
sua importância? [Nível 6/Av]
R: O contracontrole é a recíproca do controle. Consis-
te na influência que o controlado exerce sobre
o controlador graças ao acesso a reforçadores
convenientes. Por exemplo, em um relaciona-
mento terapêutico, o contracontrole se referiria
à quantidade de controle que o cliente pode
exercer sobre o terapeuta (como pelo contato
social direto, por meio da retenção de taxa por
serviço ou de outras maneiras). É importante por
se tratar de um meio de garantir o comporta-
mento ético da parte do terapeuta ou do con-
trolador em uma dada situação.
15. Q: Qual foi a conclusão primária do relatório
abrangente de Stolz e Associates sobre as ques-
tões éticas envolvidas na modificação de com-
portamento? [Nível 2/C]
R: Aqueles que se engajam em qualquer tipo de inter-
venção psicológica devem se inscrever e seguir
os códigos de ética e padrões de suas profissões.
16. Q: Quais passos podem ser seguidos para ajudar
a garantir que o analista comportamental apli-
cado ou o terapeuta comportamental seja de-
vidamente qualificado? [Nível 2/C]
R: O cliente deve garantir que o modificador de com-
portamento descreva com clareza suas creden-
ciais e que seja membro da associação de psico-
logia local, estadual ou federal. Os clientes
também podem checar se o modificador de
comportamento é membro da ABAI [Association
for Behavior Analysis International] ou da ABCT
[Association for Behavioral and Cognitive The-
rapies] (embora essas associações não avaliem
as competências desses profissionais) ou certifi-
cado pelo Behavior Analysis Certification Board
ou pelo American Board of Behavioral Psychology.
17. Q: Descreva duas medidas de contracontrole refe-
rentes à definição dos problemas e à seleção
das metas. [Nível 2/C]
R: (a) O cliente pode requerer que o modificador de
comportamento especifique claramente seus
valores em relação aos problemas que apresen-
ta. (b) O cliente deve ser participante ativo na
seleção de metas e na identificação de compor-
tamentos-alvo (ou contar com um terceiro
competente imparcial para fazê-lo).
18. Q: Em uma frase, quais devem ser as características
dos métodos de intervenção usados pelos mo-
dificadores de comportamento? [Nível 2/C]
 Respostas das questões apresentadas nos capítulos
R: Os analistas de comportamento devem usar as in-
tervenções empiricamente validadas mais efeti-
vas, com o mínimo de desconforto e efeitos
colaterais negativos.
19. Q: Discuta três possíveis significados de interven-
ções intrusivas e restritivas. [Nível 4/An]
R: (a) As intervenções baseadas no reforço positivo são
consideradas menos intrusivas que aquelas ba-
seadas no controle aversivo. (b) As intervenções
em que os clientes têm opções e liberdade de
movimento em um ambiente terapêutico são
consideradas menos intrusivas e restritivas que
aquelas em que há menos escolhas ou menos
liberdade de movimento. (c) As intervenções que
capitalizam em reforçadores naturais geralmen-
te são consideradas menos intrusivas e restritivas
que aquelas que capitalizam em reforçadores
forjados ou deliberadamente programados.
20. Q: Descreva um mecanismo para facilitar o con-
sentimento informado. [Nível 2/C]
R: A assinatura de um contrato entre cliente e tera-
peuta que destaque claramente os objetivos e
métodos do tratamento, a estrutura do serviço
a ser prestado e as contingências de remunera-
ção possivelmente futuras ao terapeuta.
21.Q: O que constitui a base para garantir programas
de tratamento éticos e efetivos aplicados por
modificadores de comportamento? [Nível 2/C]
R: (a) Definir os problemas em termos de comporta-
mento que pode ser medido de alguma manei-
ra; (b) usar as alterações na medida comporta-
mental do problema como melhor indicador da
extensão do benefício para o problema; (c)
compartilhar dados (de a e b) com todas as
partes interessadas e com avaliações periódicas
por pares.
22. Q: Explique resumidamente por que deveria ser
difícil usar a modificação de comportamento em
detrimento de qualquer grupo cujos membros
fossem bem versados nos princípios e táticas de
modificação de comportamento. [Nível 2/C]
R: Um grupo de pessoas bem versadas nos princípios
e táticas de modificação de comportamento
pode reconhecer quando esse procedimento
está sendo usado para sua desvantagem e tomar
as contramedidas apropriadas, como usar a
modificação de comportamento contra os seus
controladores.
 
Capítulo 30  •  Aspectos Éticos  3
Respostas [e Níveis] de Questões
Adicionais
1. Q: Discuta a visão de Skinner segundo a qual deve-
mos ir “além da liberdade e da dignidade”, nos casos
em que a civilização deve solucionar alguns de seus
problemas mais difíceis. [Nível 4/An]
R: Skinner argumentou que, no século 18, o conceito
de liberdade era um grito de guerra valioso para
levar os indivíduos a romperem com as formas aver-
sivas de controle usadas por ditadores e tiranos.
Entretanto, o conceito de liberdade pode impedir o
indivíduo de ver como o seu comportamento é
controlado por reforço positivo. Também pode in-
fluenciá-lo a dar um crédito indevido (mais “digni-
dade”) àqueles que são bem-sucedidos e atribuir
uma culpa indevida aos não bem-sucedidos (dada a
consideração de que todos são livres para dominar
seu próprio destino), em vez de reconhecer que as
realizações ou os fracassos de alguém resultam da
história de condicionamento e das predisposições
genéticas de cada um. Assim, deve-se “ir além da
liberdade e dignidade” para reconhecer que todos
são produtos de seus ambientes.
2. Q: Dê um exemplo que ilustre como os governos
usam o reforço positivo para controlar o comporta-
mento sem que os cidadãos percebam que estão
sendo controlados. [Nível 3/Ap]
R: A maioria das pessoas que alegremente compra
bilhetes da loteria federal sente que é “livre” para
fazê-lo e falha em reconhecer que seu comporta-
mento está sendo controlado do mesmo modo como
se estivesse sendo “forçada” a pagar a mesma
quantidade em impostos. A diferença é que, em um
caso, o controle é feito com reforço positivo, en-
quanto no outro se dá por controle aversivo.
3. Q: Discuta a abordagem de Prilleltensky sobre a
melhor forma de os psicólogos ajudarem seus clien-
tes. [Nível 4/An]
R: Prilleltensky argumentou que a melhor maneira de
os psicólogos ajudarem seus clientes pode se dar em
três níveis: (a) na apresentação do problema ao
cliente; (b) no modo de influenciar os membros da
comunidade com quem o cliente interage; e (c) no
nível político, que consiste nas leis e regulamenta-
ções que afetam o cliente. Ele argumenta que o
enfoque nesses três níveis ajudará o cliente a atuar
de modo mais integral na sociedade.