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Perfil nutricional de gestantes atendidas em primeira consulta de


nutrição no pré-natal de uma instituição filantrópica de São Paulo
Nutritional profile of pregnant women assisted in the first prenatal nutritional
consultation in a philanthropic institution from São Paulo
Perfil alimenticio de mujeres embarazadas asistidas en la primera consulta alimenticia
prenatal en una institución filantrópica de São Paulo

Ana Carolina Moreira Nochieri* Flávia Aparecida Lama Belmonte**


Magali Figueiredo de Assumpção* Maria do Carmo Azevedo Leung***

Resumo: A avaliação nutricional individualizada no início do pré-natal é importante para estabelecer as necessidades de nutrientes neste pe-
ríodo e deve ser realizada continuamente ao longo da gravidez. O presente estudo teve como objetivo analisar o perfil nutricional tendo como
base os registros coletados no banco de dados dos prontuários de 219 gestantes atendidas em primeira consulta de pré-natal, no ambulatório
do Amparo Maternal. As gestantes estudadas tinham em média 24,3 anos, eram em sua maioria solteiras, com ensino médio incompleto e per-
tencente à classe E. Com relação à primeira consulta de nutrição no pré-natal, 73,9% iniciaram no 3º trimestre de gestação, sendo que a maioria
eram primigestas. Quanto ao estado nutricional, notou-se que do estado pré-gestacional para o gestacional houve uma queda na classificação
de baixo peso e eutrofia, e um aumento do excesso de peso. A alimentação foi em média abaixo dos valores energéticos recomendados (2029
kcal e 2146 kcal, para gestantes adolescentes e adultas, respectivamente) e quanto à distribuição dos macronutrientes verificou-se que os car-
boidratos e lipídeos encontravam-se adequados e as proteínas acima da recomendação, segundo a Organização Mundial da Saúde. Em relação
aos micronutrientes, observou-se que o mineral cálcio e a vitamina A encontravam-se insuficientes, e a vitamina C acima do recomendado,
indicando, assim, a importância do acompanhamento do profissional nutricionista nas consultas de pré-natal, evidenciando ações educativas
com abordagem nos hábitos alimentares.
Palavras-chave: Estado nutricional. Nutrição pré-natal. Gestantes.
Abstract: Individualized nutritional evaluation in the beginning of the prenatal period is important to establish pregnant women nutritional
necessities in this period and must be carried out continuously along pregnancy. The present study had as its aim to analyze the nutritional profile
by surveying the registers contained in a database of 219 pregnant women attended in first prenatal consultation in the Outpatient Department
of Amparo Maternal, a philanthropic institution. The studied pregnant women had an average 24.3 years, most single, with incomplete secondary
education and pertaining to E class. Regarding the first prenatal nutritional consultation, 73.9% began in the 3rd gestation term, and most were
primigravid. As for nutritional condition, it was noticed that from pre- gestational to gestational state there was a fall in the classification of
low weight and eutrophy, and an increase of overweight. Food taken was on average below the recommended energetic values (2029 kcal and
2146 kcal, for adolescent and adult pregnant women, respectively) and as for the distribution of macronutrients carbohydrates and lipids were
adequate and proteins above WHO recommendations. Regarding micronutrients, it was noticed that calcium and vitamin A were insufficient,
and vitamin C above recommendations, an indication of the importance of assistance by a professional nutritionist in prenatal consultations for
promoting educative actions directed to correct eating habits.
Keywords: Nutritional status. Prenatal nutrition. Pregnant women.
Resumen: La evaluación alimenticia individualizada al principio del período prenatal es importante para establecer para mujeres embarazadas
necesidades alimenticias en este período, y debe ser realizada continuamente a lo largo del embarazo. El presente estudio tuvo como objetivo
analizar el perfil alimenticio contemplando los registros contenidos en una base de datos de 219 mujeres embarazadas acompañadas en la
primera consulta prenatal en el Departamento de Consulta Externa del Amparo Maternal, una institución filantrópica. Las mujeres embarazadas
estudiadas tenían en media 24.3 años, la mayoría es soltera, con educación secundaria incompleta y perteneciendo a la clase E. En cuanto a la
primera consulta alimenticia prenatal, el 73.9% comenzó en el 3er término de gestación, y la mayoría eran primíparas. En cuanto a la condición
alimenticia, se notó que del estado pregestacional al estado gestacional hubo una caída en la clasificación del peso bajo y de eutrofia, y un au-
mento de sobrepeso. La comida tomada era por término medio abajo los valores enérgicos recomendados (2029 kcals y 2146 kcals, para mujeres
embarazadas adolescentes y adultas, respectivamente) y en cuanto a la distribución de macronutrientes de carbohidratos y lípidos, eran adecuados,
y el de proteínas arriba de las recomendaciones. En cuanto a los micronutrientes, se notó que el calcio y la vitamina A eran insuficientes, y la
vitamina C arriba de las recomendaciones, una indicación de la importancia de ayuda por un dietista profesional en consultas prenatales como
para promover acciones educativas de corrección de hábitos de comida.
Palabras llave: Estado nutricional. Nutrición prenatal. Mujeres embarazadas.

*Alunas Graduandas do Curso de Nutrição pelo Centro Universitário São Camilo, São Paulo.
**Nutricionista Responsável pelo Departamento de Nutrição do Amparo Maternal, São Paulo.
***Nutricionista. Docente e Supervisora de Estágio do Centro Universitário São Camilo, São Paulo.

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Perfil Nutricional de gestantes atendidas em primeira consulta de Nutrição no Pré-Natal
de uma instituição filantrópica de São Paulo

Introdução prognóstico do desenvolvimento segundo e terceiro trimestres, o ga-


fetal e na promoção de saúde da nho adequado de peso vai depender
A assistência pré-natal de quali- mulher (Padilha et al, 2007). Se- do estado nutricional da gestante. A
dade é fundamental para a redução gundo a Organização Mundial da recomendação para o ganho de pe-
da mortalidade materna e perinatal. Saúde (1998), as medidas de peso so gestacional em relação ao Índice
Garantir uma assistência adequa- e estatura são as mais utilizadas. de Massa Corporal (IMC) pré-ges-
da significa prevenir, diagnosticar Essas medidas isoladas e suas com- tacional é que gestantes com baixo
e tratar os eventos indesejáveis na binações, como adequação percen- peso ganhe de 12,5kg a 18,0kg; eu-
gestação, visando ao bem-estar da tual de peso por estatura (P/E), e o tróficas, entre 11,5kg e 16,0kg; e ex-
gestante e seu concepto (Koffman, Índice de Massa Corporal (IMC), cesso de peso, entre 7,0kg a 11,5kg,
Bonadio, 2005). compõem os indicadores antro- durante todo o período gestacional
No Brasil, a assistência pré-natal pométricos indispensáveis para o (Rocha et al, 2005).
inclui o acompanhamento e o mo- diagnóstico nutricional da gestante No entanto, é difícil determinar
nitoramento de peso gestacional e (Vitolo, 2003). os fatores associados à variação do
prevê orientações nutricionais no É também importante a avalia- ganho ponderal na gestação entre
período que compreende da gra- ção dietética da gestante por meio as diferentes classificações do esta-
videz à amamentação (Baião, Des- de inquéritos alimentares, pois do nutricional, devido a diversos
landes, 2006). pode-se detectar problemas nutri- fatores que influenciam o período
De acordo com os princípios ge- cionais específicos já existentes, que gestacional, como o peso pré-gra-
rais e condições para o acompanha- podem ser prejudiciais no decorrer vídico, a quantidade e composição
mento pré-natal estabelecidos na da gestação. No caso de gestantes, do ganho de peso, o estágio da gra-
Portaria GM/MS n. 569, a primeira sabe-se que as alterações do estado videz e o nível de atividade física
consulta de pré-natal deve aconte- fisiológico e psicológico, muitas ve- (Azevedo, Sampaio, 2003; Padilha
cer até o 4º mês de gestação, deven- zes, podem influenciar os resultados et al, 2007).
do ser, no mínimo 6 (seis) consultas dos estudos de análise do consumo Destacam-se que alguns nu-
de acompanhamento; preferencial- alimentar (Bertin et al, 2006). trientes devem ser analisados
mente, uma no primeiro, duas no Durante a gestação, há a neces- quando se estuda a alimentação
segundo e três no terceiro trimestre sidade adicional de energia por cau- de gestantes, em virtude de serem
da gestação. sa do crescimento do feto, placenta, os que têm maior probabilidade de
Serruya, Lago, Cecatto (2004), dos tecidos maternos, bem como consumo inadequado, pelo fato de
ao avaliarem o programa de huma- para o próprio consumo da gestan- não serem amplamente distribuí-
nização no pré-natal e nascimen- te (Azevedo, Sampaio, 2003). dos nos alimentos e/ou por suas
to no Brasil, observaram que, em Os níveis de nutrientes nos te- recomendações serem percentual-
2001, 9,1% das gestantes iniciaram cidos e líquidos disponíveis para a mente muito maiores em compa-
o pré-natal no primeiro trimestre sua manutenção estão modificados ração com os demais. Entre esses,
e, em 2002, esse número aumen- por alterações fisiológicas (expan- encontram-se os minerais: cálcio
tou para 24,5%, indicando um au- são do volume sangüíneo, altera- e ferro e as vitaminas A e C (Nasci-
mento do número de gestantes que ções cardiovasculares, distúrbios mento, Souza, 2002).
iniciaram o pré-natal no primeiro gastrintestinais e variação da fun- O metabolismo do cálcio so-
trimestre de gestação. ção renal) e por alterações químicas fre ajustes devido às modificações
A avaliação nutricional indi- (modificações nas proteínas totais, hormonais presentes na gestação,
vidualizada no início do pré-natal lipídeos plasmáticos, ferro sérico e incluindo aumento da sua taxa de
é importante para estabelecer as componentes do metabolismo do utilização pelos ossos, diminuição
necessidades de nutrientes nesse cálcio) (Bertin et al, 2006). do processo de reabsorção óssea e
período e deve ser realizada con- No primeiro trimestre, o ganho acréscimo da absorção intestinal.
tinuamente ao longo da gravidez de peso da gestante não é muito Gestantes multíparas com baixa in-
(Azevedo, Sampaio, 2003). relevante, podendo ocorrer a per- gestão de cálcio podem desenvolver
As medidas antropométricas são da de até 3,0kg e a manutenção do osteomalácia e dar à luz bebês com
recomendadas e empregadas para peso pré-gestacional, ou o ganho menor densidade óssea (Vitolo,
o acompanhamento nutricional ponderal de até 2,0kg são situações 2003). Segundo a recomendação
de gestantes, devido à sua impor- previstas que não comprometem a advinda do Dietary Recomendation
tância reconhecida na prevenção saúde do binômio mãe/filho (Aze- Intakes (Institute of Medicine,
da morbimortalidade perinatal, vedo, Sampaio, 2003). A partir do Food and Nutrition Board, 2001)

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a gestante adulta deve consumir A, além de baixo peso do feto ao Justifica-se a importância deste
1000mg/dia de cálcio. nascer, que é considerado um dos trabalho, uma vez que a assistência
Com relação ao ferro, a partir fatores que mais contribuem para nutricional no pré-natal é conside-
do segundo trimestre sua necessi- a morbimortalidade neonatal, rada essencial e indispensável para
dade aumenta para manter os ní- com impacto, inclusive, sobre a a assistência à gestante.
veis adequados de hemoglobina, mortalidade infantil (Azevedo,
garantindo a saúde materno-fetal. Sampaio, 2003; Kassar et al, 2005; Objetivo
Caso contrário, o recém-nascido Baião, Deslandes, 2006; Padilha et
O presente estudo teve como
terá mais chances de apresentar al, 2007).
objetivo geral avaliar o perfil nu-
baixo peso e a mãe possíveis com- Crianças que nascem com pe-
tricional de gestantes atendidas
prometimentos cardíacos, hemor- so menor que 2500g (baixo peso
em primeira consulta de nutrição
ragia antes e durante o parto e a ao nascer) estão sob alto risco de
em pré-natal de uma Instituição
deficiência do sistema imunoló- morrer ou adoecer. Gestantes ado-
Filantrópica.
gico (Accioly, Lacerda, Saunders, lescentes, em fase de crescimento,
Destacaram-se os seguintes ob-
2004). A OMS (1998) recomenda têm seus recém-nascidos com mé-
jetivos específicos:
que todas as gestantes recebam su- dia de peso inferior em 150 – 200g
Caracterizar a população-alvo,
plementação de 27mg no último quando comparados com neona-
segundo as variáveis: idade, estado
trimestre da gravidez, como me- tos de mães adultas (Kassar et al,
civil, escolaridade, idade gestacio-
dida profilática à mobilização dos 2005).
nal (IG), paridade e nível sócio-
depósitos de ferro. Quanto ao excesso de peso da
econômico; identificar o estilo de
Durante a gestação, as reservas gestante, associa-se ao desenvolvi-
vida das gestantes inseridas neste
fetais de vitamina A são limitadas e mento do diabetes gestacional e/ou
estudo; verificar o estado pré-gesta-
acredita-se que esse fenômeno es- síndrome hipertensiva da gravidez,
cional e gestacional na população-
teja relacionado com a seletividade com conseqüências para a saúde
alvo; verificar o valor energético e
da barreira placentária que atua re- materna e do concepto (Azevedo,
adequação nutricional da ingestão
gulando a passagem dessa vitamina Sampaio, 2003; Baião, Deslandes,
dietética em relação a macronu-
da mãe para o feto, provavelmente 2006; Padilha et al, 2007).
trientes e micronutrientes.
para evitar efeitos teratogênicos Com relação ao Diabetes Ges-
(Silva et al, 2007). A recomenda- tacional, tal associação é atribuída Metodologia
ção de vitamina A para gestantes é à resistência insulínica, mais fre-
de 770 µg/dia (DRI’s, 2001). quente entre as obesas, que apre- Trata-se de um estudo retros-
Quanto às recomendações de sentam uma deficiente secreção pectivo descritivo, conduzido no
vitamina C são facilmente alcan- desse hormônio. Os mecanismos período de fevereiro a março de
çadas, desde que esteja presente explicativos para a predisposição 2008, com prontuários de gestan-
na alimentação diária, uma vez das mulheres com excesso de peso tes atendidas em primeira consul-
que não se formam reservas dessa à Síndrome Hipertensiva da gesta- ta de nutrição, no ambulatório de
vitamina (Vitolo, 2003). A reco- ção ainda não estão bem elucida- pré-natal, no período de março de
mendação de vitamina C para dos na literatura. Acredita-se que 2007 a fevereiro de 2008, no Hos-
gestantes é de 85 mg/dia (DRI’s, o aumento do IMC pré-gestacional pital Maternidade Amparo Mater-
2001). está diretamente relacionado ao nal, situado no município de São
Assim, as recomendações nutri- maior risco, podendo ser mediado Paulo.
cionais durante o pré-natal devem pela proteína C reativa, um potente Foram analisados neste estudo
ser direcionadas para dois focos: marcador inflamatóri, e triglicerí- os prontuários de 253 gestantes
o consumo energético pelo orga- deos. Outros importantes media- que continham o termo de consen-
nismo e o ganho de peso durante dores, presentes no SHG, podem timento livre e esclarecido assina-
a gestação, de modo que uma ade- ser o stress oxidativo, a resistência do e com os registros devidamente
quada ingestão energética se tradu- insulínica, a disfunção endotelial, a anotados no banco de dados da ins-
za num ganho ponderal gestacional função imune, outros marcadores tituição. Foram excluídos 34, por
satisfatório (Andreto et al, 2006). de dislipidemia, ou fatores relacio- não terem os registros completos,
O baixo peso materno e as nados ao estilo de vida, como quali- totalizando uma amostra de 219
carências específicas de micro- dade da dieta durante o pré-natal e prontuários.
nutrientes podem resultar em inatividade física (Accioly, Lacerda, Para caracterizar a população-
anemia e carência de vitamina Saunders, 2004). alvo, considerou-se como adoles-

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cente a faixa etária entre 10 e 19 valor energético consumido com o a participação das adolescentes
anos e adultas entre 20 e 59 anos recomendado pela OMS (1998). entre as mulheres grávidas. Nes-
(OMS,1998); quanto ao estado Quanto aos macronutrientes te estudo observou-se que 23,3%
civil: solteira, amasiada, casada, (carboidratos, proteínas e lipí­deos), das gestantes eram adolescentes,
viúva ou divorciada; quanto à esco- eles foram comparados com a Die- número significativo, uma vez que
laridade, determinou-se os termos: tary Recomedation Association (RDA, a gravidez na adolescência tem
sem estudo, ensino fundamental, 1989) e os minerais (cálcio e ferro) sido associada à elevação do ris-
médio ou superior completo ou in- e as vitaminas A e C foram com- co de baixo peso ao nascer, parto
completo; em relação à idade ges- parados com as Dietary Reference pré-termo e mortalidade infantil.
tacional, classificou-se segundo os Intakes (DRI’s, 2001). Além disso, durante a gestação,
trimestres de gestação: 1º trimestre Estes dados foram analisados há um aumento das necessidades
(1ª a 13ª semanas), 2º trimestre (14ª por meio de medidas de tendên- nutricionais, e na gestante adoles-
a 27ª semanas) e 3º trimestre (28ª a cia central e porcentagem, e para cente este aumento é ainda maior,
40ª semanas); e quanto a paridade: a melhor visualização dos resul- porque se superpõem as demandas
primigesta ou multípara. tados foram elaborados tabelas e referentes ao crescimento da mãe
A situação socioeconômica foi Gráficos. e aquelas relacionadas com o de-
classificada segundo a Associação Esta pesquisa foi aprovada pe- senvolvimento do feto (Barros et
Brasileira de Empresas de Pesquisa la Comissão de Ética em Pesquisa al, 2004).
(ABEP, 2003). com seres humanos do centro Segundo o estado civil e o nível
Sobre o estilo de vida da po- Universitário São Camilo (proces- socioeconômico, o fato de a mãe ser
pulação em estudo, verificou-se so: n. 158/07). solteira é um aspecto importante a
as informações contidas no banco ser considerado, pois, além da des-
de dados referente à presença ou vantagem psicológica, a ausência
Resultados e Discussão do pai, em geral, traz menor esta-
ausência da prática de atividade fí-
bilidade econômica para a família,
sica, etilismo e tabagismo, além do O Amparo Maternal é uma
podendo se constituir em um fator
consumo de água, sendo que este instituição filantrópica que atende
de risco para o baixo peso ao nascer
último registro foi comparado com gestantes, em sua maioria de baixa
(Lima, Sampaio, 2004).
o Guia Alimentar para a População renda, e de qualquer faixa etária, e
Quanto à escolaridade, obser-
Brasileira (2005), considerando-se em qualquer fase da gravidez.
vou-se que 62,1% da amostra es-
como adequado o consumo de 6 a No presente estudo, com rela-
tudada apresentou o ensino médio;
8 copos de água por dia. ção à caracterização das gestantes
desse número, 45,2% possuíam o
O estado pré-gestacional e ges- avaliadas (Tabela1), a idade mé-
ensino médio completo, enquanto
tacional foram classificados pelo dia encontrada foi de 24,3 anos no estudo de Nascimento, Souza
Índice de Massa Corporal (IMC) +/- 6dp, sendo 38,8% solteiras (2002), 59% das gestantes pos­
e analisados segundo o Institute e 62,1% das gestantes com nível suíam o ensino fundamental in-
of Medicine (1990) e Atalah et al socioeconômico pertencentes à completo.
(1997), respectivamente, confor- classe E. Andreto et al (2006) conside-
me Quadro 1. Carvalho, Araújo (2007) afir- ram que o nível de escolaridade
Com relação à adequação nutri- mam que, no Brasil, a rápida queda reflete a situação socioeconômica,
cional, os registros utilizados neste da fecundidade em outros grupos e cogitam que as gestantes com
estudo foram os obtidos pelo recor- etários observados nas últimas dé- baixo poder aquisitivo teriam tam-
datório de 24 horas, comparou-se o cadas tem contribuído para ampliar bém menos acesso aos alimentos
em termos quantitativos, todavia
consumiam alimentos mais calóri-
Quadro 1. Caracterização do estado nutricional pré-gestacional e cos, por serem mais baratos.
gestacional, segundo o Institute of Medicine (1990) e Atalah (1997),
Com relação à distribuição das
respectivamente
gestantes durante a primeira con-
Estado Nutricional
IOM (1990) Atalah (1997) sulta de nutrição no pré-natal, ob-
(Pré-Gestacional) (Gestacional) servou-se, na Tabela 2, que 50,7%
Baixo Peso < 19,8 kg/m² < 20 kg/m² da amostra realizou a primeira con-
Adequado 19,9 – 26,0 kg/m² 20,0 – 29,0 kg/m² sulta no 3º trimestre da gravidez,
sendo a maioria (73,9%) gestantes
Excesso de Peso > 26,0 kg/m² > 29,0
adultas (Tabela 2).

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Tabela1. Caracterização sociodemográfica das gestantes atendidas em ainda, que grande parcela das ges-
primeira consulta de nutrição, no ambulatório de pré-natal, do Amparo tantes (41,4%) era adolescentes e
Maternal. São Paulo, 2008 primigestas.
Variáveis n % No estudo de Costa et al (1999),
quando estudaram as condições
Adolescentes 51 23,3
Faixa Etária de gestação, parto e nascimento
Adultas 168 76,7 em adolescentes e adultas jovens
Sem escolaridade 4 1,8 da Santa Casa de Belém, os resul-
Fundamental 72 32,9 tados de paridade mostraram altas
Escolaridade proporções de não primíparas entre
Médio 136 62,1
as adolescentes (13,2% do grupo I
Superior 7 3,2
e 35% do grupo II), confirmado em
Sem informação 2 0,9 outras pesquisas que têm verifica-
Solteira 85 38,8 do a reincidência de gestação nes-
Amasiada 64 29,2 te grupo etário e mostrando uma
Estado Civil dupla situação de risco, que sugere
Casada 60 27,4
a necessidade de uma política de
Viúva 1 0,5 saúde reprodutiva voltada para o
Divorciada 7 3,2 grupo adolescente.
A1 1 0,5 De acordo com a Figura 1, no-
tou-se que do estado pré-gestacio-
B1 9 4,1
nal para o gestacional houve uma
Nível B2 20 9,1 queda na classificação de baixo pe-
Socioeconômico C 136 62,1 so e eutrofia e um aumento signi-
D 35 16 ficativo do excesso de peso.
E 18 8,2
No Brasil, entre 1991 e 1995,
foi realizado um estudo multicên-
trico em seis capitais, abrangendo
Tabela 2. Distribuição das gestantes, segundo idade gestacional (IG),
aproximadamente 3082 gestantes
atendidas em primeira consulta de nutrição no ambulatório de Pré-Natal, da rede pública de saúde, em que
do Amparo Maternal. São Paulo, 2008 52% da amostra iniciaram a gesta-
ção com peso pré-gestacional acima
Período 1º trimestre 2º trimestre 3º trimestre do recomendado pelo IOM (1990)
Gestacional n % n % n % (Stulbach et al, 2007), enquanto
Adolescentes 3 15,0 15 17,0 29 26,1 no presente estudo, 61,7% iniciou
Adultas 17 85,0 73 83,0 82 73,9
com o peso adequado.
Comparando o estudo de Nas-
Total (n=219) 20 9,1 88 40,2 111 50,7
cimento, Souza (2002), em que
avaliaram a dieta de gestantes com
sobrepeso, em sua maioria eram
No estudo de Carvalho, Araújo Sabe-se que o início tardio e a primigestas e com estado nutricio-
(2007), entre as mulheres que rea- realização de menor número de nal classificado como sobrepeso,
lizaram o pré-natal, pouco mais de consultas podem dificultar o diag- enquanto no presente estudo as
um terço iniciaram no primeiro tri- nóstico e o tratamento precoce de gestantes também eram primiges-
mestre. O início tardio do pré-natal certas condições, além de compro- tas, porém com classificação do es-
sugere o despreparo dos serviços de meter um dos principais trabalhos tado nutricional de eutrofia (Tabela
saúde para captar precocemente desenvolvidos durante o pré-natal, 3 e Figura 1).
essas gestantes, o que pressupõe a que é a promoção da saúde (Carva- Quanto ao consumo médio ca-
sensibilização e conscientização da lho, Araújo, 2007). lórico, os valores encontrados fo-
população quanto à importância Conforme ilustra a Tabela 3 em ram de 2173,84kcal, +- 886,9 dp,
do início precoce do pré-natal ou, relação à distribuição da paridade conforme ilustra o Quadro 2.
ainda, a dificuldade de acesso das das gestantes, 53,7% eram primi- Notou-se, ainda, que o con-
mulheres aos serviços de saúde. gestas e 58,6% adultas. Destaca-se, sumo calórico das adolescentes

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Tabela 3. Distribuição das gestantes, segundo paridade, atendidas em tudo de Azevedo, Sampaio (2003),
primeira consulta de nutrição no ambulatório de Pré-Natal, do Amparo em que o consumo médio excedeu
Maternal. São Paulo, 2008 o recomendado.
Primigesta Multípara Observou-se que a contribui-
ção energética proveniente dos li-
n % n %
pídios (28,9% das calorias totais)
Adolescentes 48 41,4 3 3,0 ficou próxima ao limite máximo
Adultas 68 58,6 97 97,0 recomendado e, como o percentual
Total 116 100,0 100 100,0 de gestantes com excesso de peso
aumentou no período gestacional,
seria prudente a redução do con-
Figura 1. Comparação do estado nutricional pré-gestacional e sumo de gorduras.
gestacional, de gestante atendidas em primeira consulta de nutrição do Quanto à análise da adequa-
Pré-Natal, no Amparo Maternal. Município de São Paulo, 2008 ção do consumo de cálcio, ferro,
vitamina A e C, apenas o cálcio
(59,4%) e a vitamina A (90,1%)
encontraram-se abaixo da reco-
mendação das DRI’s, enquanto a
vitamina C (168,2%) estava acima
do recomendado.
O mineral ferro não foi avalia-
do, uma vez que os resultados ob-
tidos não foram consistentes. No
estudo de Barros et al (2004), os
níveis de ferro foram insuficientes,
sendo que a maioria dos estudos
mostram que a porcentagem de
adequação é deficiente.
Em estudo de Nascimento,
Souza (2002), em que avaliaram a
dieta de gestantes com sobrepeso,
o consumo de cálcio também en-
controu-se insuficiente durante a
gestação. Outros estudos revelaram
com baixo peso encontrava-se in- nais aumentadas pela gravidez e a que durante a gestação as gestantes
ferior às suas necessidades, assim persistência das demandas da ma- tenderam a aumentar o consumo
como o das gestantes adultas eu- turação e crescimento físico. de leite, mas ainda assim a inges-
tróficas. Quanto às gestantes com Com relação à distribuição de tão de cálcio na dieta permaneceu
excesso de peso, as adolescentes macronutrientes nas dietas ana- abaixo dos níveis recomendados.
consumiam valor calórico abai- lisadas, foi possível verificar que Na gestante, a deficiência desse nu-
xo do recomendado, enquanto as apenas a distribuição de proteínas triente está associada à hipertensão
adultas acima da recomendação. (15,5%) encontrou-se acima da gestacional. Além disso, pode haver
De acordo com o estudo de recomendação da RDA (1989), aumento da mobilização do esto-
Barros et al (2004), em estudo que enquanto lipídios (28,9%) e car- que de cálcio ósseo e da ocorrência
analisaram o consumo alimentar boidratos (55,4%) estavam dentro de osteoporose pós-menopausa.
de gestantes no Rio de Janeiro, ve- do recomendado (Quadro 2). Trabalhos experimentais suge-
rificaram que o consumo de ener- O consumo elevado de proteí- rem que a ingestão tanto deficiente
gia durante a gestação das mães nas foi detectado em outras pes- quanto excessiva de vitamina A no
entrevistadas foi inferior à ingestão quisas realizadas com gestantes, período gestacional está associada a
recomendada para cerca de metade no entanto, o estudo de Ramirez et defeitos congênitos cerebrais, ocu-
da amostra. Vários fatores podem al (1998) encontrou 70% das ges- lares, auditivos, do aparelho genito-
estar influenciando, como, por tantes com consumo adequado de urinário e cardiovascular, podendo
exemplo, as necessidades nutricio- proteínas, confrontando com o es- promover até mesmo a morte fetal,

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de uma instituição filantrópica de São Paulo

Quadro 2. Distribuição das gestantes, segundo média da ingestão de Em estudo de Melo et al (2007),
proteínas, carboidratos e lípideos, atendidas em primeira consulta de quando avaliou o tabagismo e a
nutrição no ambulatório de pré-natal, do Amparo Maternal. São Paulo, prática de atividade física das ges-
2008. tantes, apenas 9% eram fumantes e
Média Recomendação apenas 1 praticava atividade física,
Baixo Excesso
número semelhante ao presente
Eutrófica* estudo em se tratando do tabagis-
VET (kcal) Peso* De Peso*
Net = kcal /kg peso + 2173,8 mo (9,59%), uma vez que, em re-
+ 300 kcal
kcal adicionais * + 300 kcal Não lação à atividade física, 40 gestantes
2º e 3º
1º trimestre adicionar
trimestre afirmaram a prática (Figura 3).
Proteínas (%)** 15,6 10 a 15% Apesar de ainda existirem pou-
cos estudos nessa área, exercícios
Carboidratos (%)** 28,8 55 a 75%
resistidos de intensidade leve a mo-
Lipídeos (%)** 55,4 15 a 30% derada podem promover melhora
*RDA, 89 na resistência e flexibilidade mus-
**OMS, 2002
cular, sem aumento no risco de le-
sões, complicações na gestação ou
sendo que a associação entre defi- mentar para a População Brasileira relativas ao peso do feto ao nascer.
ciência de vitamina A (DVA) e a per- (2005), podendo variar de acordo Os estudos também mostram que
da reprodutiva também foi descrita com a atividade física e com a tem- a manutenção da prática regular
em humanos (Vitolo, 2003; Accioly, peratura do ambiente. da atividade física aeróbia auxilia
Sabe-se que a água é um nu- no controle de peso, além de redu-
Lacerda, Saunders, 2004). Um tra-
triente essencial à vida. Ela de- zir riscos de diabetes gestacional e
balho realizado com gestantes no 3º
sempenha papel fundamental na apresentar fatores protetores sobre
trimestre gestacional demonstrou
regulação de muitas funções vitais a saúde mental e emocional da mu-
a importância da suplementação
do organismo, incluindo a regula- lher durante e depois da gestação
de vitamina A durante a gestação
ção da temperatura, participa do (Lima, Oliveira, 2005).
ou imediatamente após o parto,
podendo beneficiar as gestantes transporte de nutrientes e da elimi-
com esta carência nutricional, pe-
nação de substâncias tóxicas ou não Conclusão
mais utilizadas pelo organismo, dos
lo aumento das reservas hepáticas Com base nos resultados obti-
processos digestivos, respiratórios,
maternas (Silva et al, 2007). dos, as gestantes estudadas tinham
cardiovasculares e renal (Brasil, Mi-
A média de consumo de vita- em média 24,3 anos, eram em sua
nistério da Saúde, Guia Alimentar
mina C excedeu a ingestão reco- para a População Brasileira, 2005). maioria solteiras, com ensino mé-
mendada assim como em outros O corpo humano é, na sua maior dio incompleto e pertencentes à
estudos realizados em grandes parte, formado por água; a propor- classe E. Com relação à primeira
centros urbanos brasileiros encon- ção de água depende do volume consulta de nutrição no pré-natal,
traram níveis ótimos de ingestão de gordura orgânica (Astrand et al, 73,9% iniciaram no 3º trimestre de
desse nutriente. 1970), variando de 60% nos homens gestação, sendo que a maioria eram
Com relação ao estilo de vida, e entre 50-55% nas mulheres. primigestas.
42% das gestantes ingeriam menos Nota-se na Figura 3 que a maio- Quanto ao estado nutricional,
de 6 copos de água/dia (Figura 2), ria das gestantes não consumiam notou-se que do estado pré-ges-
quantidade insuficiente de acordo bebidas alcoólicas e nem fumavam, tacional para o gestacional houve
com as recomendações do Guia Ali- no entanto eram sedentárias. uma queda na classificação de bai-
xo peso e eutrofia, e um aumento
do excesso de peso. A alimentação
Tabela 4. Adequação da ingestão de minerais e vitaminas em relação às
recomendações para gestantes de acordo com as DRI’S, 2001
foi em média abaixo dos valores
energéticos recomendados (2029
Micronutrientes Recomendação Média % Adequação kcal e 2146 kcal, para gestantes
Cálcio 1000 mg 594 mg 59,4 % adolescentes e adultas, respectiva-
Vitamina A 770 µg 693,7 µg 90,1 %
mente) e quanto à distribuição dos
macronutrientes, verificou-se que
Vitamina C 85 mg 143 mg 168,2 %
os carboidratos e lípideos encontra-

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de uma instituição filantrópica de São Paulo

Figura 2. Consumo hídrico relatado pelas gestantes atendidas em vam-se adequados e as proteínas
primeira consulta de nutrição do Pré-Natal, no Amparo Maternal. acima da recomendação, segundo
São Paulo, 2008 as RDA (1989).
Em relação aos micronutrien-
tes, observou-se que o mineral cál-
cio e vitamina A encontravam-se
insuficiente, e a vitamina C acima
do recomendado.
O mineral ferro não foi ava-
liado, uma vez que os valores en-
contrados no banco de dados eram
inconsistentes, assim sugere-se que
o banco de dados seja revisado.
Conclui-se, ainda, que estas
gestantes não estão consumindo
uma dieta adequada, indicando a
importância do acompanhamento
do profissional nutricionista nas
consultas de pré-natal, evidencian-
Figura 3. Representação gráfica do estilo de vida de gestantes atendidas do ações educativas com aborda-
em primeira consulta do Pré-Natal, no Amparo Maternal. gem da situação socioeconômica e
Município de São Paulo, 2008 dos hábitos alimentares, de forma
a auxiliá-las na seleção de alimen-
tos compatíveis com seu estado
fisiológico.

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p. 18-29.

Recebido em 6 de maio de 2008


Versão atualizada em 18 de junho de 2008
Aprovado em 30 de julho de 2008

O Mundo da Saúde São Paulo 2008; 32(4):443-451. 451

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