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Primeiro Passo

- Cruz Costa: Pequena História da República

Editora: Civilização Brasileira, 3ª edição

1. O Fim da Monarquia (p. 5)

Proclamação: 15 de novembro de 1889l

Brasil era uma tranquila "democracia coroada".

Os acontecimentos são quase irrelevantes, mas suas raízes são


profundas.

Não houve um choque de opiniões nem reformas importantes


que marcaram a mudança.

Regime Monárquico se estabeleceu como fruto do entendimento


entre interesses ingleses e dos senhores proprietários rurais. Ao
terminar a primeira metade do século XIX, consolida-se no poder
a classe senhorial, "empresária da Independência". (p. 6/7)

Fim do tráfico negreiro em 1850 impulsionou uma


transformação econômica no país - mas para o regime
monárquico, essa era uma mudança ruim, pois o Império havia
se estabelecido sobre o regime monárquico.

1870, após a Guerra do Paraguai: Manifesto Republicano.


(pequeno alcance, mas um sintoma de inquietação)

1888: Lei Áurea.

Os Senhores de terras e escravos, na segunda metade do século


XIX, ainda formavam a classe dominante do Brasil. (Antes
barões, agora coronéis)

(Indicação: Virgínio Santa Rosa: O sentido do tenentismo)

Também se percebia uma incipiente classe média urbana


comercial. Gravitava em torno da classe senhorial. Militares e
sacerdotes, a maioria de origem pobre (tentavam ascender por
suas ocupações). Alguns trabalhadores imigrantes livres, mas
maioria ainda escrava. Profissionais liberais e também
intelectuais (em geral funcionários públicos, como Machado de
Assis).

Citando San Tiago Dantas, Cruz Costa (p. 10) anota que a
burguesia não era capaz de alterar a estrutura da sociedade,
embora estivesse em plena ascensão. E a classe média se
identificava cada vez mais mais com o Exército.

Exército recebeu muito poder a partir da Guerra do Paraguai.


Ganhou estabilidade e coesão interna. "A monarquia agrária,
impregnada de civilismo, não quis ou não soube captar a nova
força, para a qual também não contribuíram os filhos da
aristocracia produtora de algodão, açúcar e café." (p. 10)

Exército colhe oficiais na classe média.

Escola Militar vai se opor às faculdade de direito em que


estudavam os filhos da aristocracia. (será? O próprio Bentinho
era filho, na verdade, da classe média)

Três questões levam à queda do Regime: militar; religiosa;


abolição da escravidão.

"Por ocasião da Independência, com a ascensão ao poder e à


direção política do Estado, da classe dos proprietários rurais,
interesse havia, naturalmente, na conservação desse regime. A
partir da extinção do tráfico em 1850, reverlar-se-iam, porém, as
contradições da economia nacional, contradições que
determinarão, por fim, o desaparecimento da escravidão". - p. 12

Guerra do Paraguai adiou o debate, que o Imperador já desejava


iniciar em 1867. Mas a opinião pública estava cada vez mais
radicalizada quanto a este assunto.

Abolicionistas organizam sociedades que estimulam fugas de


escravos em São Paulo - isso causa desorganização crescente do
trabalho agrícola.
Outubro de 1887: Clube Militar, sob a presidencia de Deodoro,
recusava-se a cumpria a ordem de capturar quilombolas.

Senhores de terra, irritados com a Monarquia, passam a ser


indiferentes a esse regime e, em alguns casos, até a lhe fazer
oposição, filiando-se ao Partido Republicano (nunca muito claro
quanto ao problema da escravidão).

"O clero adaptara-se e vivera na sociedade patriarcal colonial,


respeitado por todos, usufruindo dos bens que possuía, dando-se
bem com o regalismo, nada propenso à Teologia (salvo para a do
gasto modesto e cotidiano), em paz com o povo, acariciando-lhe
as crendices e superstições, precisamente porque, de fato,
estava também impregnado delas."

Havia uma parte do clero, a elite do clero, que entrará em


choque com o governo imperial.

Querela religiosa entre bispos e maçons.

1873 governo ordena que a Igreja levantasse o interdito contra


os maçons.

Alto clero aceitou com indiferença e até regozijo a República.

Querela militar: perdeu apoio das Forças Armadas

Três partes das Forças Armadas: Marinha, Guarda Nacional e


Tropa Mercenária. Guarda Nacional ligada aos senhores de
terras.

Monarquia tinha preferência pela Marinha. Exército não gozava


de simpatia por parte dos políticos.

Propagandistas republicanos explorariam a desconfiança


existente entre oficias e políticos monárquicos.

Militares dão o golpe de misericórdia - então liderados por


Benjamin Constant.
José Murilo de Carvalho: Os bestializados

Capítulo 2: República e Cidadania

Fim do Império e início da República foi uma época


caracterizada por grande movimentação de ideias, em geral
importadas da Europa.

Houve mudança no campo da mentalidade coletiva.

1881: eleições diretas. Proibiu voto de analfabetos

Constituição de 1891: proibia voto de analfabetos. Diferença


entre cidadãos ativos e cidadãos simples, ou inativos. Voto era
considerado função social, não direito.

Retirou a obrigação do Estado de fazer socorros públicos.


Código Criminal de 1890 tentou proibir greves e criminalizá-la.
Governo foi obrigado, mais tarde, a reformar.

República fez muito pouco pela expansão de direitos civis e


políticos.

"O que foi feito já era demanda do liberalismo imperial. Pode-se


dizer que houve até retrocesso no que se refere a direitos
sociais. Algumas mudnaças, como a eliminação do Poder
Moderador, do Senado vitalício e do Conselho de Estado e a
introdução do federalismo, tinham sem dúvida inspiração
democratizante na medida em que buscavam desconcentrar o
exercício do poder. Mas, não vindo acompanhadas por expansão
significativa da cidadania política, resultaram em entregar o
governo mais diretamente nas mãos dos setores dominantes,
tanto rurais quanto urbanos." p . 46/47

Radicais da época: Silva Jardim. Ao lado de Luís Gama e Lopes


Trovão. Silva Jardim era radical, queria ditadura republicana.

Silva Jardim era adepto da idéia de vontade geral, vontade do


povo como entidade abstrata e homogênea. Isso o aproximava
também da ideia de ditadura republicana.

Além dos propagandistas civis (conservadores ou radicais) havia


os militares, que desejavam mais peso na vida política, queriam
ser partícipes da cidadania ativa. Inspiração ideológica mais
forte foi o positivismo transmitido por Benjamin Constant.

Desejam para si a plenitude dos direitos de cidadania.

Republicanos consideram que o Exército estava plenamente


identificado com o povo. Entre os praças, essa ideologia era
ainda mais radical. Comparavam soldados a operários.

Operários do Estado eram gurpo signficativo, em especial no Rio


de Janeiro, e viam na República uma oportunidade de redefinir
seu papel político.

José Augusto Vinhaes, da Marinha: proclamava-se


socialista.Fundador do Partido dos Operários.

Noção positivista de cidadania não incluía os direitos políticos,


apenas civis e sociais. Vinhaes servia de intermediário entre
governo e operários - as negociações entre ele e o governo
representaram uma ação cooptativa do Estado. (p. 55)

Socialistas que mais se aproximavam de uma concepção de


expansão da cidadania: França e Silva, Vicente de SOuza,
Evaristo de Moraes, Gustavo de Lacerda. Expunham suas ideias
no "Echo Popular".

"A rigidez do sistema republicano, sua resistência em permitir a


ampliação da cidadania, mesmo dentro da lógica liberal, fez com
que o encanto inicial com a República rapidamente se esvaísse e
desse origem à decepção e ao desânimo." - p. 56

Operários se viram diante da escolha entre um socialismo


reformador, buscando uma "estadania" nas palavras de JMC, ou
um anarquismo revolucionário. Corrente anarquista ganhou
crescente influência.

Primeiro Jornal anarquista: O Despertar.

Dois grupos: anarquistas comunistas e individualistas. O


primeiro era mais numeroso.
Congresso Operário Regional Brasileiro de 1906: adotou teses
do anarquismo comunista, rejeitou a luta partidária. Avessos à
política,e às tentativas de cooptação do Estado.

Conflito entre cidadania (racional) e pátria (laços afetivos,


culturais).

Anarquistas negavam totalmente a idéia de pátria. Também


antimilitaristas. Enquanto isso, os positivistas a enfatizavam. A
concepção dos positivistas reduz o relacionamento social "ao
pólo comunitário. Não cabe aí a ideia de conflito legítimo e de
contrato. (...) Não há direitos, apenas deveres dos membros para
com a coletividade, que é um valor superior." - p. 63

"Os republicanos radicais talvez tivessem sido os únicos a propor


uma idéia de pátria compatível com a cidadania liberal e
democrática, descontados os traços rousseaunianos que a
tingiam. Mas, ao evoluir para o nativismo exacerbado do
movimento jacobino e para o autoritarismo florianista, a
proposta radical perdeu a viabilidade política, sobretudo no Rio
e em São Paulo, os centros do poder político e econômico do
país, devido à presença de estrangeiros entre os setores
populares." - p. 64

Boris Fausto: Primeira República

Proclamação foi um "passeio", mas houve disputa ideológica


posterior. PRP e Minas eram republicanos liberais. No RS,
consolidou-se o positivismo.

Deodoro da Fonseca chefiou governo provisório como


representante do grupo de militares. Em torno dele, os
tarimbeiros, que não frequentaram a escola militar e não eram
positivistas.

Em torno de Floriano, estavam os militares positivistas. Queriam


ser soldados-cidadãos, com a missão de dar sentido aos rumos
do país. Mas, de modo geral, os oficiais do exército, positivistas
ou não, jovens ou velhos, eram adversários dos políticos liberais.

Para os militares, a República deveria ser dotada de poder


executivo forte, ou passa rpor uma fase mais ou menos
prolongada de ditadura. Suspeitavam da autonomia das
províncias.

Barão do Rio Branco, Ministro das Relaçõex Exteriores entre


1902 e 1912, aproximou o Brasil de Washington, recusou
alinhamento automático a Londres.

Em sua estadia como chanceler, Barão do Rio Branco "resolveu"


questões de limites com Uruguai, Peru e COlômbia. Pelo Tratado
de Petrópolis, o Brasil ficou com o Acre, indeizando a Bolívia.

Primeira Constituição da República inspirou-se no modelo norte-


americano, consagrando a República federativa liberal.

Estados receberam autonomia, mas a União manteve muitos


poderes. Não venceu a tese gaúcha de um ultrafederalismo.
Executivo: presidente da república. Legislativo: Senado (9 anos,
tres senadores por UF) e Câmara, com mandatos de tres anos.

Ministério era d elivre nomeação do presidente. Extinguiu a


pena d emorte, aliás raramente aplicada no Império.

Separou-se Estado e Igreja. Estabeleceram-se registros civis das


pessoas e dos casamentos, cemitérios deixaram de ser da alçada
da Igreja. Essa separação visava, inclusive, facilitar a integração
dos imigrantes, muitos deles protestantes luteranos.

1891: especulação de negócios leva ao encilhamento, enquanto


Ruy Barbosa é Ministro da Fazenda.

- Deodoro da Fonseca

Ascende em 25 de fevereiro de 1891, vencendo Prudente de


Morais, com Floriano na vice. Deodoro fecha o congresso em 3
de novembro de 1891, prometendo novas eleições e revisão da
Constituição.

Não obteve unidade das forças armadas e foi, assim, obrigado a


renunciar em 23 de novembro de 1891. Subiu ao poder Floriano
Peixoto.

"O marechal Floriano encarnava uma visão da República não


identificada com as forças econômicas dominantes. Pensava
construir um governo estável, centralizado, vagamente
nacionalistas, baseado sobretudo no Exército e na mocidade das
escolas civis e militares. Essa visão chocava-se com a da
chamada "República dos fazendeiros", liberal e descentralizada,
que via com suspeitas o reforço do Exército e as manifestações
da população urbana do Rio de Janeiro." - p. 254.

Floriano governou baseado em acordo com PRP.

- Revolução Federalista

Antes de Julio Castilhos se tornar presidente do RS, em 1893, o


RS teve 17 presidentes, desde a proclamação da republica.

Facções: republicanos positivistas (PRR) e o Partido Federalista,


que tinha raízes entre os liberais do império.

Federalistas: estancieiros das campanhas. Republicanos:


população do litoral e da serra, onde se encontravam muitos
imigrantes.

Maragatos: federalistas. Chimangos: republicanos.

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