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AULA DE RECUPERAÇAO PARALELA - 9ºs ANOS

Retrato
Marly de Oliveira

Deixei em vagos espelhos


a face múú ltipla e vaú ria,
mas a qúe ningúeú m conhece,
essa eú a face necessaú ria.
Escúto qúando me falam,
de alma longe e rosto liso,
e os laú bios vaã o sústentando
indiferente sorriso.
A força heroú ica do sonho
me empúrra a distantes mares,
e estoú sempre navegando
por caminhos singúlares.
Inqúiri o múndo, as núvens,
o qúe existe e naã o existe,
mas, por detraú s das múdanças,
permaneço a mesma, e triste.
João Cabral de Melo Neto (Org.). Antologia poética. Rio de Janeiro: Nova
Fronteira, 1997.
Proposta 1
Os objetivos dessa atividade são:
Verificar a capacidade de compreensaã o e de interpretaçaã o de úm texto poeú tico.
Questão
O tema deste poema eú o contraste entre o retrato (a maneira como as pessoas nos veem) e o aúto-
retrato (o qúe conhecemos de noú s). O espelho reflete úma imagem qúe corresponde ao modo como
as pessoas veem nosso rosto.

a) Expliqúe, com súas palavras, as caracteríústicas da imagem da múlher, sújeito-líúrico do poema,


refletida nos espelhos (1a. estrofe).
b) A imagem refletida nos espelhos oferece úm retrato verdadeiro do sújeito-líúrico?

Proposta 2
Os objetivos dessa atividade são:
Verificar a capacidade de relacionar partes de úm texto poeú tico para constrúir a interpretaçaã o e
interpretar metaú foras.
Questão
Releia as estrofes 3 e 4.
a) A qual face do eu-lírico correspondem as características apresentadas nessas estrofes?

b) A que expressão utilizada na 2a. estrofe corresponde a metáfora “me empurra a


distantes mares”?

c) Interprete o significado da metáfora “inquiri nuvens”, observando o paralelismo


existente entre os dois primeiros versos da última estrofe: Inquiri o mundo, as nuvens,
[inquiri] o que existe e não existe

Em súa interpretaçaã o, relacione tambeú m essa metaú fora com a 3a. estrofe do poema.
d) Qual é a característica, sempre imutável, da verdadeira face do sujeito lírico?

Intertexto: texto literaú rio qúe preexiste a oútro texto e qúe eú aproveitado, por absorçaã o oú
transformaçaã o, na elaboraçaã o deste, oú qúe o inflúencia.
(Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa)
Texto I
Soneto
Alma minha gentil, qúe te partiste
Taã o cedo desta vida descontente,
Repoúsa laú no ceú ú eternamente,
E viva eú caú na terra sempre triste
Se laú no assento eteú reo, onde súbiste,
Memoú ria desta vida se consente,
Naã o te esqúeças daqúele amor ardente
Qúe jaú nos olhos meús taã o púro viste.
E se vires qúe pode merecer-te
Algúma coúsa a dor qúe me ficoú
Da maú goa sem remeú dio de perder-te,
Roga a Deús, qúe teús anos encúrtoú,
Qúe taã o cedo de caú me leve a ver-te,
Qúaã o cedo de meús olhos te levoú.

In: CAMÕES. Sonetos de Camões: Corpus dos sonetos camonianos. Edição e notas de
Cleonice Cerôa da Motta Berardinelli. Lisboa/Paris : Centre Culturel Portugais;
Rio de Janeiro : Fundação da Casa de Rui Barbosa, 1980.
Texto II
No avesso
Adeús,
alma minha
gentil
qúe nem partiste
apenas esqúeceste
ao contraú rio daqúela,
a de Camoã es.
Leit_ 8ª_ 1º bi_ 05 3
Alma,
qúe núnca foste minha,
por qúe mentia o bardo
se a alma eú sozinha
e o mais saã o apeê ndices
qúe oúsam
parecer o amor?
ARCHANJO, Neide. In: Todas as horas e antes: poesia reunida. São Paulo: A
Girafa, 2004.
Vocabulário
Assento etéreo: lúgar celestial; ceú ú (eteú reo: de eú ter)
Bardo: poeta (refereê ncia a Camoã es)
Proposta 3
Os objetivos dessa atividade é:
Avaliar a capacidade de:
 compreensaã o de úm texto poeú tico.
 reconhecimento e de interpretaçaã o de recúrsos imageú ticos em úm poema (antíútese)
 entendimento da dimensaã o conceitúal de úm poema. (Capacidade de perceber úm raciocíúnio
como recúrso poeú tico-expressivo)
Questão
Releia o soneto de Camões e responda:

a) O sújeito líúrico dirige-se aà múlher amada, qúe ele chama de “Alma minha”. O qúe aconteceú
com súa amada? Qúe expressaã o da primeira estrofe jústifica súa resposta?

b) Encontre no soneto úma antíútese qúe exprime a distaê ncia qúe separa o amante da amada.

c) Na úú ltima estrofe, o sújeito líúrico faz úm pedido aà amada. Expliqúe qúal eú o seú desejo.

d) Na penúú ltima estrofe, o sújeito líúrico útiliza úm argúmento para convencer a


amada a atender o seú pedido. Expliqúe o argúmento.

Proposta 4
O objetivo dessa questão é:
Observar acapacidade de interpretaçaã o de úm texto pela comparaçaã o com seú intertexto

Questão
O poema de Neide Archanjo soú pode ser completamente compreendido pelo leitor qúe conheça seú
intertexto, oú seja, o soneto de Camoã es. Compare os dois poemas e responda:

a) Observando a forma dos dois poemas, explique a diferença de metrificação (medida


silábica dos versos) e de estrofação (divisão das estrofes) utilizadas pelos poetas.

b) O avesso é o lado oposto e escondido das coisas. A expressão é utilizada


freqüentemente em sentido negativo, indicando o lado feio ou ruim de algo que parece
bonito e bom.

Considerando que os dois poemas exprimem o sofrimento amoroso do sujeito lírico, explique
por que o de Neide Archanjo é o “avesso” do soneto de Camões.

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