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1 Introdução
1.1 Histórico:
Existem apenas três métodos conhecidos de transmissão de potência na esfera comercial: (1) a mecânica, (2) a
elétrica e (3) a fluídica.
Naturalmente, a transmissão mecânica é a mais velha delas, por conseguinte, a mais conhecida. Começou com o
“ilustre desconhecido” inventor da roda e utiliza hoje de muitos outros artifícios mais apurados como
engrenagens, cames, correias, molas, polias e outros.
A elétrica, que usa geradores, motores elétricos, condutores e uma gama muito grande de outros componentes, é
um desenvolvimento dos tempos modernos. É o melhor meio de se transmitir energia a grandes distâncias.
A força fluida tem sua origem, por incrível que pareça a milhares de anos antes de Cristo. O marco inicial, de que
se tem conhecimento, foi o uso da potência fluida em uma roda d’água, que emprega a energia potencial da água
armazenada a certa altura, para a geração de energia. Os romanos por sua vez, tinham um sistema de
armazenamento de água e transmissão, através de canais ou dutos para as casas de banho ou fontes ornamentais.
O uso do fluido sob pressão, como meio de transmissão de potência, já é mais recente, sendo que o seu
desenvolvimento ocorreu, mais precisamente, após a primeira grande guerra.
A grande vantagem da utilização da energia hidráulica consiste na facilidade de controle da velocidade e
inversão, praticamente instantânea, do movimento. Além disso, os sistemas são auto lubrificados e compactos se
comparados com as demais formas de transmissão de energia.
As desvantagens dos sistemas é que se comparados com a eletricidade, por exemplo, os sistemas têm um
rendimento baixo, de modo geral em torno de 65%, principalmente devido a perdas de cargas e vazamentos
internos nos componentes. A construção dos elementos necessita de tecnologia de precisão encarecendo os
custos de produção.
2 CONCEITOS FUNDAMENTAIS
2.1 FLUIDO
Fluido é qualquer substância capaz de deformar-se continuamente e assumir a forma do recipiente que a contém.
Como o presente trabalho trata apenas de circuitos hidráulicos, o fluido que nos interessa é o óleo hidráulico. O
fluido pode ser líquido ou gasoso.
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2.2 FORÇA E PRESSÃO
Pode-se definir força, como qualquer causa capaz de realizar trabalho. Por exemplo, se se quer movimentar um
corpo qualquer, deve-se aplicar uma força sobre ele. O mesmo ocorre quando se quer pará-lo.
Por outro lado, o conceito mais amplo de pressão pode ser entendido como a resistência oferecida pelo
recipiente ao escoamento de um fluido. Disso decorre duas situações, as observações estática e dinâmica. Nas
observações estáticas diz-se que “em um fluido confinado sobre áreas iguais atuam forças iguais”(princípio de
Pascal), nas observações dinâmicas a pressão corresponde à energia necessária para vencer as resistência de
escoamento decorrentes do atrito e choque dentro das tubulações.
A aplicação mais simples do princípio de Pascal consiste em ao aplicar uma força “F” sobre uma superfície “A”,
defini-se como pressão “P” , a razão entre a força “F” e a superfície “A”. Por exemplo, se se tem uma dada
pressão igual a 300000N/m2 (300kPa) distribuída em uma superfície de 1m2, diz-se que em cada quadrado de
lado igual a 1m da superfície considerada, está atuando uma força
de 300000N (300kN) e pode-se dizer, ainda, que se tem 300kN de
força atuando sobre o corpo.
No caso da FIG.1, sobre o êmbolo de 1m2 de área atua a força de
300kN, resultando numa força de 900kN sobre o êmbolo de área
de 3m2. Portanto, com o aumento da área nota-se a multiplicação
da força aplicada pela razão de acréscimo da área, considerando o
equilíbrio, ou seja, sistema ideal
FIGURA 1 Prensa de Joseph Bramah
O resumo matemático do princípio de Pascal é:
F
P ou F P.A
A
ou ainda
F
A
P
onde: P = pressão
F = força
A = área
A FIG. 2 representa um macaco hidráulico fundamental, onde F é a força que o operador faz e G e a força
multiplicada pelo macaco.
Na óleo-hidráulica diz-se que existe pressão em determinada parte do
circuito hidráulico, quando existe resistência ao fluxo de óleo gerado pela
bomba. A bomba nunca gera pressão, gera somente vazão de óleo. As
resistências encontradas pelo óleo na sua trajetória são as responsáveis
pela geração da pressão.
Como exercício calcule a força “F” do operador do macaco hidráulico
para elevar uma carga “G” de 20kN, considere as distâncias apresentadas
em centímetros e o sistema ideal, sem atrito.
FIGURA 2 Macaco hidráulico fundamental
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Manômetro de BOURDON
O tubo de Bourdon consiste de uma escala calibrada em unidades de pressão e de um ponteiro ligado, através de
um mecanismo, a um tubo oval, em forma de “C”. Esse
tubo é ligado à pressão a ser avaliada.
QUADRO 1
FATORES DE CONVERSÃO DE UNIDADES DE PRESSÃO
1 atm 1,0333kgf/cm2 1kgf/cm2 0,9677atm
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1atm 1,0134bar 1kgf/cm 0,9807bar
1 atm 14,697psi(lbf/pol2) 1kgf/cm2 14,223 psi(lbf/pol2)
1atm 760mmHg 1kgf/cm2 736mmHg
1bar 0,9867atm 1psi 0,0680atm
1bar 1,0196kgf/cm2 1psi 0,0703kgf/cm2
1bar 14,503 psi(lbf/pol2) 1psi 0,0689bar
1bar 759mmHg 1psi 51,719mmHg
1MPa 10,2kgf/cm2 1MPa 10bar
2
1Mpa 145,04 psi(lbf/pol ) 1MPa 7501,2mmHg
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2.3 VAZÃO VOLUMÉTRICA
A vazão de um fluido pode ser determinada de duas formas distintas. Como ela é dada por 1/min (litros por
minuto) ou g.p.m. (galões por minuto) ou no sistema internacional em m3/seg., etc., pode-se determiná-la pela
razão do volume escoado do fluido por unidade de tempo ou ainda pelo produto da velocidade do fluido versos a
área da secção transversal na qual o mesmo está escoando.
V
Q Q v .A
t
Onde:
Q = vazão
A = área
v = velocidade
V= volume
t = tempo
ph F V
Onde;
Ph = Potência hidráulica (Watt)
F = Força desenvolvida considerando uma segurança de ± 10% na carga (Newton)
V = Velocidade de movimentação da carga (m/s)
Ph P Q
Onde:
Ph= Potência hidráulica (Watt)
P = pressão de trabalho do circuito (N/m2 = Pa)
Q = Vazão volumétrica (m3/s)
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Ph
Pac
Onde o denominador da relação é o rendimento total do circuito
O QUAD. 2 apresenta os componentes básicos de uma unidade de potência hidráulica representada na FIG. 5.
QUADRO 2
COMPONENTES DE UMA UNIDADE DE POTÊNCIA HIDRÁULICA
1. Motor elétrico 2. Entrada de energia elétrica
3. Capacitor 4. Chave liga/desliga
5. Saída de pressão 6. Válvula de segurança
7. Manômetro 8. Retorno para o tanque
9. Visor de nível 10. Conexão para o tanque
11. Reservatório 12. Dreno
13. Flange de acoplamento 14. Bomba de deslocamento positivo
15. Tubulação de sucção 16. Filtro de retorno
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2.6 TRANSMISSÃO DE ENERGIA HIDRÁULICA
A óleo-hidráulica pode ser definida como um meio de transmitir energia, através de um líquido confinado sob
pressão. O componente de entrada de um circuito hidráulico denomina-se bomba, e o de saída, atuador.
A maior parte das bombas incorporam vários elementos de bombeamento tais como pistãos, palhetas, parafusos
ou engrenagens,. Os atuadores, podem ser do tipo linear (cilindro), ou rotativo, no caso de motores hidráulicos.
O circuito hidráulico não é uma fonte de energia. A fonte de energia é o acionador, tal como, o motor que gira a
bomba. O leitor poderia perguntar então, porque não esquecer a hidráulica e ligar a parte mecânica diretamente
ao acionador principal? A resposta está na versatilidade de um circuito hidráulico, o qual oferece algumas
vantagens sobre outros meios de transmissão de energia.
3 COMPONENTES HIDRÁULICOS
3.1 BOMBAS
A bomba é provavelmente o componente mais importante e menos compreendido no circuito hidráulico. Sua
função é a de converter a energia mecânica em energia hidráulica, empurrando o fluido hidráulico no circuito. As
bombas são feitas em vários tamanhos e formas, mecânicas e manuais com diversos mecanismos de
bombeamento e para diversas aplicações. Todas as bombas, entretanto, são classificadas em uma de duas
categorias básicas: Turbobombas (bombas centrífugas ou deslocamento dinâmico) ou bombas volumétricas
(deslocamento positivo).
a- manuais
b- engrenagens
c- parafusos
d-palhetas
radiais
e- pistões
axiais
a- manuais
b- palhetas
radiais
c- pistões
axiais
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3.2 VÁLVULAS
A pressão máxima do circuito hidráulico pode se controlada com o uso de uma válvula limitadora de pressão
normalmente fechada. (FIG. 6) Com a via primária da válvula conectada à pressão do sistema, e a via secundária
conectada ao tanque, o carretel no corpo da válvula é acionado por um nível predeterminado de pressão, e neste
ponto as vias primária e secundária são conectadas, e o fluxo é desviado para o tanque.
QUADRO 3
COMPONENTES DA VÁLVULA LIMITADORA DE PRESSÃO
1. Cone de vedação 2. Sede da válvula
3. Mola 4. Botão de ajuste
5. Encaixe do parafuso 6. Porca de trava
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3.2.2 VÁLVULAS DE RETENÇÃO
As válvulas de retenção (FIG.7) são aparentemente pequenas quando comparadas aos outros componentes
hidráulicos, mas elas são componentes que servem à funções importantes e muito variadas.
Uma válvula de retenção consiste basicamente de corpo da válvula , vias de entrada e saída e de um assento
móvel que é preso por uma mola de pressão
QUADRO 4
COMPONENTES DA VÁLVULA RETENÇÃO
1. Corpo da válvula 2. Esfera de vedação
3. Mola A- Engate macho
B- Engate rápido (femea)
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FIGURA 8 Válvula controladora de fluxo
QUADRO 5
COMPONENTES DA VÁLVULA CONTROLADORA DE FLUXO
1. Corpo da válvula 2. Botão de ajuste
3. Válvula estranguladora 4. Sede da válvula
5. Esfera de vedação 6. Mola
A- União macho B- Engate rápido(femea)
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3.2.4 VÁLVULAS DIRECIONAIS
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3.2.4.3 TIPOS DE VÁLVULAS DIRECIONAIS
FIGURA 10 Válvula direcional principal 4/2vias acionada por alavanca e retorno por mola
QUADRO 6
COMPONENTES DA VÁLVULA DIRECIONAL 4/2 VIAS
1. Carretel 2. Mola
3. Mola 4. Sede
5. Alavanca P – Via de pressão
A – Via de utilização B – Via de utilização
T – Via de retorno
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QUADRO 7
COMPONENTES DA VÁLVULA DIRECIONAL 4/3 VIAS, CENTRO ABERTO
1. Carretel 2. Sede
3. Mola 4. Mola
5. Alavanca 6. Mecanismo de encosto
P – Via de pressão A – Via de utilização
B – Via de Utilização T – Via de retorno
FIGURA 11 Válvula de controle direcional 4/3 vias, centro aberto, alavanca e centrada por mola
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FIGURA 12 Válvula de controle direcional 4/3 vias, centro fechado, acionada por alavanca e centrada
por mola
QUADRO 8
COMPONENTES DA VÁLVULA DIRECIONAL 4/3 VIAS, CENTRO FECHADO
1. Carretel 2. Sede
3. Mola 4. Mola
5. Alavanca 6. Mecanismo de encosto
P – Via de pressão A – Via de utilização
B – Via de Utilização T – Via de retorno
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3.3 ATUADORES HIDRÁULICOS
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3.3.2 ATUADORES ROTATIVOS
A energia hidráulica fornecida para um motor hidráulico é convertida em mecânica sob a forma de torque e
rotação.
QUADRO 10
COMPONENTES DO ATUADOR ROTATIVO
1. Sede com dutos de ligação 2. Engrenagem interna fixa
3. Engrenagem externa 4. União universal
5. Eixo de saída
Construtivamente, o motor assemelha-se a uma bomba, excetuando-se, evidentemente, a aplicação que é inversa
uma da outra. Existem casos, inclusive, em que o equipamento pode trabalhar ora como bomba, ora como motor
hidráulico.
4 BIBLIOGRAFIA
PARKER HANNIFIN CO., Tecnologia hidráulica industria, Centro Didático de Automação Parker Hannifin
– Divisão Schrader Bellows
REXROTH, Treinamento hidráulico – curso thr, Rexroth Hidráulica Ltda, 1985
PALMIERI, A.C., Manual de hidráulica básica, Albarus,
DRAPINSK, J., Hidráulica e pneumática industrial e móvel, São Paulo, SP, MacGraw Hill do Brasil, 1977,
287p.
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