Вы находитесь на странице: 1из 2

Atuação do enfermeiro nos casos de violência infantil

Atenção à saúde de crianças vitimizadas sexualmente é abordada em várias


produções científicas como uma ação multiprofissional e um desafio para o
setor da saúde, tendo em vista a necessidade de mudança de paradigma para
o enfrentamento do problema, e a atuação da enfermagem é percebida como
ampla e complexa, abrangendo a participação no diagnóstico, no tratamento
dos agravos resultantes da violência, nas ações educativas (orientação,
encaminhamento, etc) e na notificação. (Silva; Ferriani; Silva, 2011 apud
MINAYO, 2007)
Torna-se, então, um desafio permanente para os enfermeiros a incessante
busca da compreensão dos fatos para uma intervenção segura. É
imprescindível que haja um trabalho em equipe multidisciplinar, pois um
diagnóstico precoce da situação permite a elaboração de planos de cuidados
adequados. (ALGERI; SOUZA, 2006 apud NARVAZ, 1999)

A prática dos enfermeiros deve estar pautada no rompimento do silêncio e


da acomodação que envolve a problemática da violência intrafamiliar,
buscando entender as contradições das relações de poder constitutivas de uma
ordem social hierárquica e desigual, na qual se mesclam relações de gênero,
classe, raça, idade, entre outras. Cabe aos enfermeiros ao desenvolverem
suas atividades de cuidado, educação e pesquisa, sobretudo, acreditar que são
agentes essenciais na transformação deste grave problema. (ALGERI ,2005)

Neste sentido pode-se observar ao decorrer desta citação a importância da


intervenção do enfermeiro no processo do cuidado através de diferentes tipos
de abordagem.
O ato da notificação pelo enfermeiro inicia um processo que visa interromper
atitudes e comportamentos violentos no âmbito da família e por parte de
qualquer agressor. Algeri salienta que “cabe aos enfermeiros, ao
desenvolverem suas atividades de cuidado, educação e pesquisa, sobretudo,
acreditar que são agentes essenciais na transformação desse grave problema”.
(ALGERI et al., 2007)

A intervenção dos profissionais que integram o programa visa basicamente


ajudar a família a ter uma qualidade de vida mais satisfatória junto à criança,
dentro de suas próprias possibilidades e potencialidades, e estimular o vínculo,
o cuidado e a atenção com a intenção de que a mesma permaneça segura e
protegida em seu ambiente familiar, interrompendo o ciclo de violência. É
através da realização de uma adequada consulta de enfermagem que há
possibilidade de conhecer os pais ou cuidadores da criança; e, através de um
acompanhamento sistemático do enfermeiro, é possível identificar o risco,
dando oportunidade, também, de estabelecer medidas preventivas. (ALGERI et
al., 2007)
Segundo Almoarqueg et al. (1999 apud ALGERI, 2007, p. 59), “ o papel do
enfermeiro pediátrico é reconhecer as situações de risco e/ou evidências que
indiquem situação de maus tratos à criança hospitalizada nas unidades de
internação, participar do processo de levantamento de dados acerca da
criança, da família, estimular a manutenção do vínculo da criança com a
família, preservar a ética e proteger a criança da manifestação de preconceito e
violência, avaliação do paciente através do exame físico e da aplicação da
anamnese de enfermagem, observar as atitudes da criança e do
acompanhante, realizar entrevistas com familiares e pacientes, proceder visita
domiciliar, orientar familiares nos cuidados básicos de saúde, a partir do
diagnóstico de enfermagem estabelecido”.

O processo educativo desenvolvido pelo enfermeiro da unidade de


internação pediátrica, no cotidiano de cuidado à criança e à família em situação
de violência, durante a internação hospitalar e por ocasião da visita domiciliar,
está focado num elenco de orientações, que pretende articular-se ao
conhecimento da experiência existencial de cada um dos envolvidos no
processo de cuidado. Portanto, as orientações dizem respeito à importância do
acompanhamento na área de saúde, necessidades básicas da criança.
Interação mãe e filho, cuidados de higiene, prevenção de acidentes,
estimulação psicomotora, orientação medicamentosa, desenvolvimento normal
da criança e direitos da criança. (ALGERI et al., 2007)

Pela especificidade e complexidade na abordagem da violência


intrafamiliar, torna-se imprescindível o compartilhamento na busca de novos
conhecimentos, assim como a formulação de programas de atuação
interdisciplinar para avaliação, diagnóstico e tratamento do fenômeno da
violência, a fim de que todo o profissional da saúde possa exercer, através de
suas atividades específicas, a função de proteger a criança sempre. (ALGERI
et al., 2007)

Вам также может понравиться