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3 UNIDADE 1 - Introdução
8 UNIDADE 2 - Definição de conceitos principais
8 2.1 Saúde
13 UNIDADE 3 - Epidemiologia
13 3.1 Noções gerais sobre epidemiologia
SUMÁRIO
17 3.2 Paciente crônico: características biopsicossociais
31 4.4 NASF
32 UNIDADE 5 - Benefícios da Atividade Física em Situações Especiais
32 5.1 Atividade física na promoção da saúde do idoso
44 6.2 Bulimia
48 REFERÊNCIAS
3
UNIDADE 1 - Introdução
Se eu dissesse que possuo uma fór- deixados em abertos, para aguçar o senso
mula que vai auxiliá-lo a viver mais crítico, e apenas serão fechados em se-
tempo, evitar – e mesmo curar – al- ções posteriores). Desta forma, isso justi-
gumas doenças, aliviar o estresse e fica os constantes ires e vires do tema.
torná-lo mais forte com praticamen-
Da mesma forma, inicialmente já justifi-
te nenhum efeito colateral perni-
camos o uso de algumas citações de cita-
cioso, provavelmente você pagaria
ções (apuds), o que não é recomendado do
uma boa quantia por ela. Mas, se eu
ponto de vista da metodologia da pesqui-
lhe dissesse que ela é gratuita? Pro-
sa, porém, se fez necessário em algumas
vavelmente você demonstraria um
situações devido à dificuldade em se loca-
certo ceticismo e diria a si mesmo:
lizar algumas obras originais. Sugerimos
“É bom demais para ser verdade”,
que, na introdução, anotem as questões
“Ninguém consegue algo por nada”
que mais despertaram sua curiosidade ou
ou “Se é tão bom assim, por que nem
dúvidas e após o estudo da apostila reve-
todos a possuem?”. A verdade é que
jam se as mesmas ficaram realmente cla-
eu possuo uma fórmula como essa,
ras. Bons estudos!
e ela não custa nada. Mas você não
pode tê-la por nada. Você deve fazer Não é novidade lermos, vermos por aí e
um investimento. A fórmula é ativi- ouvirmos falar sobre os benefícios da ati-
dade física – simples física – simples vidade física para a nossa estética, para a
exercícios. E se você investir pelo nossa mente e para o bem-estar do nosso
menos trinta minutos, três vezes por corpo, ou seja, a atividade física é benéfi-
semana, numa atividade moderada- ca para a nossa saúde.
mente vigorosa, você pode obter os
benefícios por mim descritos (NIE- Figura 1: O remédio
MAN, 1999, p.3).
referência e merecem ser reforçadas, por deixam a relação entre atividade física e
trazerem bons argumentos de autorida- saúde bastante clara, como veremos ao
de, os quais continuam sendo utilizados longo da apostila. Observa-se que, se-
até os dias de hoje. A mensagem geral gundo Taylor (apud LEITE, 2000, p.4), o
que pretendemos passar através desta indivíduo busca na prática dos exercícios
apostila, a qual ficou evidente na nossa físicos:
epígrafe, é que a atividade física é um im-
lazer; estabilidade emocional; de-
portante meio através do qual é possí-
senvolvimento intelectual; consci-
vel alcançar saúde. Aqui sempre iremos
ência estética; competência social;
reforçar a ideia de que a atividade física
desenvolvimento moral; autorrea-
pode auxiliar na prevenção de doenças e
lização; desenvolvimento das capa-
na melhora da qualidade de vida das pes-
cidades motoras; desenvolvimento
soas.
físico-orgânico.
Ao longo desta apostila, muitas defi-
Destacamos que, ao contrário da epí-
nições serão feitas para que o conteú-
grafe, não fica explícita a busca do espor-
do possa ser bem compreendido. Alguns
te como forma de prevenção ou promoção
desses termos, tais como atividade físi-
da saúde. É notório que a partir de nossa
ca, saúde, qualidade de vida, prevenção,
visão de saúde como um completo estado
promoção da saúde, equipe multidiscipli-
de bem-estar físico mental e social, a par-
nar, já foram citados e talvez você esteja
tir desses nove motivos consegue-se ter
se perguntando o que serão essas pala-
subentendido que através do esporte, o
vras. Não se preocupe, o nosso objetivo
indivíduo está buscando a saúde como um
aqui é falar bastante sobre elas, portan-
todo.
to, as mesmas serão muito bem definidas
nas próximas seções. Para o momento, é Atualmente, as pessoas sabem que
suficiente que vocês compreendam ati- precisam se manter ativas fisicamente
vidade física como qualquer movimento para serem saudáveis; e, para que a ativi-
corporal cujo gasto energético seja maior dade física seja desempenhada correta-
que durante o repouso. Também precisam mente, é indispensável a atuação do pro-
entender saúde enquanto um estado de fissional de educação física que, como já
bem-estar biopsicossocial e espiritual, ou foi falado, além de ser um profissional da
seja, saúde não se limita à ausência de do- área da educação é também um membro
enças. A partir dessas definições, podere- da equipe multiprofissional de saúde (as-
mos avançar um pouco mais num estudo sim como o médico, o enfermeiro, o fisio-
teórico generalizado, ainda superficial, in- terapeuta, o psicólogo, dentre outros pro-
trodutório, que é o objetivo dessa seção. fissionais que visam o cuidado do cliente).
Mas, será que sempre ocorreu assim?
Na epígrafe, Niemam (1999) apresen-
Como não é o foco desse material definir o
tou a atividade física como uma espécie
percurso histórico da Educação Física en-
de fórmula milagrosa para se viver mais,
quanto profissão no Brasil, iremos apenas
prevenir e curar doenças do corpo e da
discorrer sobre alguns detalhes que nos
mente. Porém, outros autores também
ajudam a compreender como aspectos só-
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Não apenas os meios científicos, mas de atividade física. Disso pode-se concluir
também a mídia e o senso comum em ge- que o participante regular de atividade
ral bombardeiam informações sobre como física apresenta melhores níveis de apti-
a prática regular da atividade física pode dão física, tornando-se, provavelmente,
contribuir para a melhoria da qualidade mais ativo. Como os níveis de aptidão fí-
de vida de pessoas de diferentes idades, sica também se relacionam ao estado de
etnias, condições de saúde, socioeconô- saúde, este sofre influência dos índices
micas, sejam elas homens ou mulheres. de aptidão física (mas também influen-
Porém, esta é uma consideração bastante ciam este índice). O diagrama a seguir ilus-
informal, que não serve de embasamento tra bem o que foi apresentado, ou seja, as
teórico a nível de uma pós-graduação. variáveis de aptidão e saúde (bem-estar,
morbidade e mortalidade) são interde-
Durante sua formação, o acadêmico
pendentes, porém lazer e trabalho tam-
de educação física aprende mais do que
bém podem ser compreendidos como for-
isso. Ele entende que, segundo Guedes e
mas de atividades físicas:
Guedes (1995), a prática de atividade físi-
ca influencia nos níveis de aptidão física,
os quais interferem nos níveis de prática
Figura 2: Relação entre atividade física habitual, aptidão física e saúde.
UNIDADE 3 - Epidemiologia
3.1 Noções gerais sobre epi- Segundo Powers e Howley (2000), nos
EUA, nos últimos 100 anos, a principal
demiologia causa de morte deixou de ser as doenças
Como esta apostila tem como tema infecciosas, como a tuberculose e a pneu-
“atividade física e saúde”, aqui iremos en- monia, passando a ser as doenças dege-
focar a importância da epidemiologia nos nerativas, como o câncer e as doenças
estudos sobre a distribuição e os deter- cardiovasculares. Essas últimas são multi-
minantes das condições de saúde, assim causais, podendo-se destacar fatores ge-
como do uso dessas informações para a néticos (não podem ser modificados, são
prevenção e o controle das doenças, no inatos), ambientais e comportamentais
nosso caso, através da atividade física. (esses dois últimos podem ser modifica-
dos pelo indivíduo). Os autores costumam
Define-se epidemiologia como: o “es- falar em uma rede de causas, já que os
tudo da distribuição e as determinantes denominados fatores de risco interagem
das condições ou eventos relacionados à entre si, além disso, vale a pena destacar
saúde em populações específicas e a apli- que é de extrema importância o desen-
cação deste estudo no controle dos pro- volvimento de programas de prevenção
blemas de saúde” (CHOW; WILMORE, 1984 voltados à saúde pública para que a po-
apud POWERS; HOWLEY, 2000, p.256). pulação se eduque e se torne responsável
Assim, a epidemiologia é utilizada para pela sua própria saúde. Importante desta-
estabelecer a causa da doença (e assim car que algumas dessas doenças degene-
adotar-se estratégias de prevenção); para rativas podem ter seu início retardado ou
se traçar a história natural de uma doen- impedido se alguns fatores ambientais ou
ça; para descrever o estado de saúde de comportamentais forem modificados.
determinadas populações e para reali-
zar uma intervenção (POWERS; HOWLEY,
2000).
dos e dependem não apenas da atuação que é portador de uma doença incurável.
da equipe multidisciplinar – incluindo-se Muitos pacientes com histórico de lon-
o profissional da educação física – mas, gas e frequentes internações costumam
principalmente do próprio indivíduo. Cabe manter a doença crônica, pois com isso re-
a ele, a partir de seu próprio engajamento cebem cuidados que não receberiam fora
na mudança de seu estilo de vida, preve- do ambiente hospitalar. Outros demons-
nir as doenças e atuar para o controle das tram uma necessidade psicológica de vi-
mesmas. ver todo o drama da doença crônica. O
paciente luta constantemente no sentido
[...] Semelhantemente a outros com-
de compreender e aceitar a doença para
portamentos de promoção da saúde,
assim conseguir viver esta nova condição.
como hábitos alimentares saudáveis,
Isto não é fácil.
abstinência ao fumo, controle da in-
gestão ao álcool e níveis satisfatórios A personalidade do paciente crônico é
da prática de exercícios físicos deve- marcada por quatro características mar-
rão ser cultivados desde as idades cantes, as quais veremos a seguir (ANGE-
mais precoces e persistir, necessaria- RAMI-CAMON, 2011):
mente, ao longo de toda a vida (GUE-
Regressão: mesmo que de manei-
DES; GUEDES, 1995, p. 68).
ra inconsciente, os profissionais de saúde
Importante agora compreender um e os familiares desejam que o paciente se
pouco mais sobre os aspectos psicológi- torne passivo e regredido, de forma que
cos do funcionamento do paciente crôni- facilite a realização dos cuidados e a acei-
co, em especial aquele portador das do- tação de sua condição de doente. Isso,
enças crônicas não transmissíveis, grande por outro lado, acaba por contribuir para a
escopo dessa seção sobre epidemiologia, cronicidade do paciente.
para darmos prosseguimento a este ma-
Passividade: o paciente deixa de
terial.
ser agente de seu tratamento, passan-
do a responsabilidade à equipe de saúde
e aos familiares, o que também contribui
3.2 Paciente crônico: carac- para a cronicidade emocional.
mentar (ANS, 2009) elucida uma série de preserva a independência (ANS, 2009).
fatores de proteção para as doenças, den-
Leite (2000) faz algumas ponderações
tre eles podem-se destacar a atividade fí-
muito pertinentes no que diz respeito ao
sica e a alimentação saudável. Em linhas
esporte recreativo. Segundo ele, para que
gerais, esse manual técnico elucida que a
campanhas publicitárias motivacionais do
atividade física pode trazer uma série de
tipo “Mexa-se” sejam válidas, faz-se ne-
benefícios para praticantes de diversas
cessário que a atividade física seja devi-
idades, tais como:
damente orientada por profissionais com-
consciência corporal; petentes e atentos. Não basta ter local
disponível (como clubes, praças públicas)
aumento da capacidade intelectu-
ou partir para a educação à saúde e espe-
al;
rar que cada indivíduo faça a sua parte por
melhoria da capacidade cardiovas- si só.
cular e respiratória;
Programas de reabilitação do cardiopa-
redução dos fatores de risco para ta com a prática de exercícios físicos pro-
as DCNT; porcionam benefícios psicossociais, tais
como diminuição da ansiedade e depres-
diminuição dos níveis de massa
são ocasionadas pela doença, melhora da
gorda e aumento da massa magra;
autoestima e consequente reinserção so-
prevenção de osteoporose e doen- cial e profissional. A partir de todas essas
ças nos ossos e articulações; mudanças, o cardiopata pode encontrar
o incentivo para modificar os hábitos não
aumento da força muscular; saudáveis e então atingir a necessária
aumento da resistência dos ten- mudança em seu estilo de vida. (GUEDES;
dões e ligamentos; GUEDES, 1995).
Pelo que foi possível observar até aqui Compreende-se como senescência o
através de pesquisas bibliográficas reali- processo fisiológico de envelhecimento
zadas em diferentes materiais, tais como que compreende alterações nas funções
Leite (2000), Nieman (1999), Powers, orgânicas e mentais. Essas alterações se
Howey (2000), ANS (2009), a atividade dão exclusivamente em decorrência do
física aparece como fator de proteção processo natural de envelhecimento no
(junto com alguns outros) para algumas organismo. Esse processo sofre varia-
doenças, em especial as DCNT, ao mesmo ções em decorrência de fatores ligados
tempo em que o fato de não fazer ativi- ao estilo de vida que o indivíduo assume
dade física regularmente aparece como desde a infância e adolescência, como,
fator de risco (dentre outros fatores) por exemplo, prática regular de exercício
para esse mesmo tipo de doenças. físico ou sedentarismo, hábitos nutricio-
nais, tipo de atividade nutricional, vícios,
Como devido às limitações de espaço
dentre outros (LEITE, 2000).
para desenvolver a apostila fica impossí-
vel abordar, em particular, todas as situa- Segundo Nóbrega et al. (1999), o en-
ções que envolvam os benefícios da ati- velhecimento é um ciclo vicioso marcado
vidade física, selecionamos aqui alguns por eventos biopsicossociais, ilustrados
casos – em especial os fatores de risco na figura a seguir. Porém, nos indivíduos
relacionados às DCNT (como o avanço da que têm um estilo de vida ativo e saudá-
idade) – os quais serão abordados a se- vel as alterações que vão surgindo com a
guir. Vale a pena ressaltar que, para um idade podem ser minimizadas, assim, tor-
maior aprofundamento sobre o tema, ao na-se compreensível que a qualidade de
final da apostila, nas referências, é possí- vida do idoso será melhor.
vel recorrer às obras completas consulta-
das para a confecção deste material.
porém, não diabéticas. Por outro lado, os prometimento sistêmico ocasionado pela
diabéticos fisicamente ativos apresentam doença. Nesse sentido, antes de se iniciar
melhor prognóstico se comparados com qualquer atividade, é essencial que o dia-
os inativos (SBD, 2014). bético se submeta a uma avaliação com-
pleta, incluindo avaliações cardiológica,
Ainda as Diretrizes da SBD (2014) elu-
vascular, renal, oftalmológica e o teste er-
cidam que, de maneira geral, qualquer
gométrico, caso o diabético queira iniciar
atividade física pode ser executada pelo
um programa de exercícios de intensida-
diabético, porém a equipe multidisciplinar
de moderada a alta e atenda às condições
deve estar atenta para quaisquer compli-
abaixo:
cações e limitações impostas pelo com-
Nieman (1999, p.195) adverte que a néfica tanto para a prevenção quanto
hipertensão arterial é definida como uma para o tratamento da hipertensão arte-
“assassina silenciosa” por ser uma doença rial, assim como para a redução do risco
que não costuma apresentar sinais pre- de mortalidade. Exercícios aeróbicos, tais
coces, porém, seus riscos a longo prazo como caminhada, corrida, ciclismo e nata-
podem ser muito graves, incluindo o óbi- ção, em frequência de 5 a 7 dias por sema-
to. A Sociedade Brasileira de Hipertensão na, em treinos de intensidade moderada,
(s.d.) postula que a doença ataca os vasos, de 30 minutos de duração mostraram-se
coração, rins e cérebro, homens e mulhe- satisfatórios. Treinos isométricos não são
res, brancos e negros, de todas as idades recomendados. (SBH, 2014)
e condições socioeconômicas.
Segundo Nieman (1999), quando uma
Assim como o diabetes é uma doença pessoa pratica atividade aeróbica sua
que pode ser prevenida ou tratada desde pressão arterial sobe acentuadamente.
o início, minimizando custos financeiros e Após o término da atividade, a tendência
sofrimentos biopsicossociais para todos é a pressão cair abaixo dos níveis normais
os envolvidos. A aderência ao tratamen- por um período de 30 a 120 minutos. Nos
to é de suma importância, assim como hipertensos esse efeito é bastante inten-
a atenção multidisciplinar, que inclui o so.
profissional da educação física. Nieman
Importante destacar que, segundo
(1999) mostra que, além da importância
Powers e Howey (2000), nos hipertensos
da terapêutica medicamentosa, o trata-
que praticam atividade física e fazem uso
mento da hipertensão arterial implica em
de medicação, é importante realizar afe-
mudanças no estilo de vida, que incluem
rição frequente da pressão arterial, pois,
perda de peso, mudanças no padrão nu-
caso necessário, o médico deverá ser in-
tricional (principalmente redução de sal e
formado para que, a critério dele, o esque-
ingestão de potássio), limitar ingestão al-
ma medicamentoso possa ser alterado.
coólica, praticar exercícios regularmente.
“Em outras palavras, a prática de exercí-
A atividade física regular pode ser be- cios pode diminuir a pressão arterial pelos
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po, percepção essa que sofre influência sinaliza pesquisa de Pereira e colabora-
de aspectos físicos, psicológicos e cultu- dores (2009).
rais. Importante destacar que a insatis-
Para ilustrar melhor o conceito de au-
fação com a imagem corporal é comum
toimagem, a figura a seguir mostra a
nos transtornos alimentares, associados
escala de Stunkard et al. (1983), instru-
à adolescência, como também na fase do
mento utilizado por profissionais da edu-
envelhecimento, marcada por uma série
cação física para avaliar a percepção cor-
de mudanças no esquema corporal, como
poral dos indivíduos.
Figura 07: Conjunto de silhuetas proposto por Stunkard et al. para avaliação da imagem corporal
Fonte: PEREIRA et al. (2009, p.56).
Os distúrbios alimentares podem ser Estratégias simples, como não incenti-
ocasionados tanto por fatores invariá- var um atleta de competição a utilizar es-
veis – como genética, personalidade e tratégicas como jejum, restrição de líqui-
antecedentes familiares – quanto por dos, uso de diuréticos e laxantes antes de
fatores mutáveis, como aqueles relacio- pesagem são muito válidas, pois podem
nados ao ambiente esportivo e sociocul- trazer consequências negativas à saúde
tural (WEINBERG; GOULD, 2006). Por isso dos atletas a longo prazo (WEINBERG;
é importante que o profissional da edu- GOULD, 2006).
cação física compreenda esses fatores e
Comentários de técnicos e compa-
encaminhe o atleta para ajuda profissio-
nheiros de equipe podem ser perigosos
nal caso detecte algo anormal com ele.
no sentido de parecerem pressão para a
Em muitos dos casos, o profissional da
perda de peso. Um bom técnico conhece
educação física (seja ele técnico, instru-
métodos seguros e efetivos para o con-
tor, professor, personal trainer) é o pri-
trole de peso e deve incentivar seus atle-
meiro a perceber que há algo errado com
tas a utiliza-los. “Nunca se sabe quan-
a pessoa que apresenta os sintomas. O
to um comentário descuidado, mesmo
problema é grave, precisa de tratamento
quando a intenção é fazer piada, pode ser
multiprofissional e não irá se corrigir so-
interpretado erroneamente e contribuir
zinho.
para um distúrbio alimentar” (WEINBERG;
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efeito dos laxantes) (WEINBERG; GOULD, Como pessoas com esses transtornos
2006). estão presentes em diferentes locais
e contextos, é muito importante que o
Embora a anorexia e a bulimia sejam
profissional da educação física conheça
de especial preocupação nos esportes
suas características em busca de dife-
que enfatizam a forma (p. ex., ginás-
renciá-los, além de, como será elucidado
tica, mergulho e patinação artística)
a seguir, também atuar em prol da pro-
ou o peso (p. ex., luta), há atletas com
moção e da reabilitação da saúde desses
distúrbios alimentares em uma gran-
indivíduos. A tabela a seguir visa fazer
de variedade de esportes (WEINBERG;
uma comparação ente as características
GOULD, 2006, p.437).
clínicas da anorexia e da bulimia.
REFERÊNCIAS