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A ciência pós-moderna, delineada por Boaventura Santos, propicia interação entre razão e

ética. A filosofia na modernidade era considerada meta científica, já na pós- modernidade científica,
a filosofia tenderá a possuir o mesmo status científico de outras áreas. Na ciência pós-moderna a
distinção entre indução e dedução será no mínimo reduzida. Autores da chamada Filosofia das
ciências propuseram novos conceitos para explicar a crise e a descontinuidade no âmbito do
conhecimento científico. Entre esses conceitos estão os de “ruptura epistemológica” e revolução
científica, formulados, respectivamente, por Gaston Bachelard e Thomas Kuhn. Para Karl-Otto
Apel (1994), o problema de uma fundamentação da ética na era da ciência – portanto, sob o nexo
desta contextualização, tal problemática se instala na contemporaneidade – ocorre pelos seguintes
motivos: Validez intersubjetiva, prejudicada pela ciência e ideia cientifista da “objetividade”, isenta
de valoração.
Paul Feyrabend, em Contra o Método (2011), questiona os procedimentos científicos. Nessa
via, o cientista evidencia a fragilidade de algumas ideias muito difundidas sobre a natureza do
conhecimento. Na veia deste fato, inclusive, relacionado ao pensamento deste autor, bem como sua
relação com o conhecimento e ciência, as teorias tornam-se claras e “razoáveis” apenas depois que
partes incoerentes dela tenham sido usadas por longo tempo. O anarquismo ou o tudo vale contribui
para que se obtenha o progresso científico.
A Filosofia da Ciência ajuda a discutir os fundamentos epistemológicos da educação. Um
tema que não pode ficar fora desta discussão é o falsificacionismo. Popper afirma: “Eu posso, [...],
admitir alegremente que falsicacionistas como eu preferem uma tentativa de resolver um problema
interessante por uma conjectura audaciosa, mesmo (e especialmente) se ela logo se revela falsa, a
alguma récita da sequência de truísmos irrelevantes” (POPPER apud CHALMERS, 1993, p 20).
Para os falsificacionistas, o empreendimento da ciência consiste na proposição de hipóteses
falsificáveis; as teorias que foram falsificadas devem ser inexoravelmente rejeitadas; aprendemos de
nossos erros. A ciência progride por tentativa e erro; especulações precipitadas devem ser
encorajadas, desde que sejam falsificáveis e desde que sejam rejeitadas quando falsificadas.
Discutir as concepções diversas de Ciência é uma das atribuições do professor de filosofia.
Entre estas concepções encontramos a de Imre Lakatos, que “desenvolveu sua descrição da ciência
como uma tentativa de melhorar o falsificacionismo popperiano e superar as objeções a ele”
(CHALMES, p. 113). Para Lakatos, os programas de pesquisa serão progressivos ou
degenerescentes, dependendo de sucesso ou fracasso persistente quando levam à descoberta de
fenômenos novos; o núcleo irredutível de um programa de pesquisa é tornado infalsificável pela
“decisão metodológica de seus protagonistas”; o trabalho no interior de um único programa de
pesquisa envolve a expansão e a modificação de seu cinturão protetor pela adição e modificações e
articulação de várias hipóteses; os méritos relativos de dois programas de pesquisa somente podem
ser decididos “olhando-se para trás”, ou seja, estudando o desenvolvimento de cada um.
Para Feyerabend, a ideia de que a ciência pode e deve ser governada de acordo com regras
fixas e universais é simultaneamente não-realista e perniciosa. Segundo Popper Eu posso [...]
admitir alegremente que falsificacionistas como eu preferem uma tentativa de resolver um problema
interessante por uma conjectura audaciosa. Para Lakatos O núcleo irredutível de um programa é
tornado infalsificável pela “decisão metodológica de seus protagonistas”. Para Ravetz O
conhecimento científico é realizado por um esforço social complexo, e é obtido do trabalho de
muitos artífices em sua interação muito especial com o mundo da natureza. Kuhn Substituiu o termo
chave de sua teoria pelo termo “Matriz disciplinar” em sentido mais geral, e “exemplar” para tratá-
lo em sentido mais restrito.
Chalmers (1993) ao discutir a filosofia da Ciência em seu livro “O que é a Ciência afinal?”
procurou familiarizar-se com as teorias sobre a Ciência. Logo no primeiro capítulo ele discute o
Indutivismo e a Ciência como conhecimento derivado dos dados da experiência. O autor trata neste
capítulo dos seguintes assuntos: uma concepção de senso comum da ciência; raciocínio lógico e
dedutivo; a previsão e explicação no relato indutivista; a atração do indutivismo ingênuo. A
inauguração da Ciência Moderna seria impossível sem um conjunto de fatores sociais, políticos e
econômicos, que, de forma sincronizada e gradual, atuaram e permitiram a implosão da cosmovisão
aristotélico-tomista. O Principio da Parcimônia, legado por Guilherme de Occam dá sustentação à
fundamentação do método cartesiano, sobretudo quando consideramos o seu primeiro preceito, o da
evidência. O Discurso do Método foi uma obra que por pouco não fora escrita, tendo sido
concretizada por ocasião da perseguição e inquérito sofrido por Galileu.
O Positivismo sustenta-se num profundo ceticismo metafísico, ainda que a crença absoluta
na ciência e a premissa de neutralidade científica não venham a comprometer o seu status
determinista. Epistemologia: O advento da relatividade e dos fenômenos quânticos coloca por terra
o ideal de ciência, modelo atribuído à física clássica. De acordo com a Teoria Crítica, na medida em
que a razão se torna instrumental, a ciência vai deixando de ser uma forma de acesso ao
conhecimento para tornar-se um instrumento de dominação, poder e exploração. Os conceitos de
“corte epistemológico” e “paradigma”, respectivamente, radicados em Gaston Bachelard e Thomas
Kuhn, endossam a tese da descontinuidade da ciência.
Principais características da ciência moderna: Rejeição do modelo cosmológico geocêntrico;
noção de espaço ininito; postulação de uma concepção de ciência ativa.
Na perspectiva contemporânea, muitas vezes, o cientista é equiparado a um mito.
Ideologicamente, essa comparação pode ser descrita como perigosa, porque os mitos moldam
comportamentos e inibem o pensamento autônomo.
Na língua portuguesa, anomalia é o estado ou qualidade do que é anômalo; refere- se à
anormalidade; é qualquer irregularidade de um corpo, objeto, fenômeno. No século vinte, há uma
imagem teórica de ciência que adiciona a categoria anomalia, assegurando ser esta um sinal grave
de crise na ciência e que seu aparecimento causa mudança de paradigmas ou contribui
significativamente para isso. Esta categoria compõe a teoria de Thomas Kuhn.
Uma questão recorrente e relevante em filosofia da ciência, no último século, é a
substituição de uma teoria por outra mais satisfatória. Vários pensadores assentem sobre o problema.
Sobre isto, Karl Popper cria um esquema relacionando T1 (teoria anterior) e T2 (teoria que
suplantou ou progrediu para além de T1). O esquema pressupõe que o conteúdo das teorias
desempenha um importante papel e, evidencia algumas condições para que T2 suplante T1: T2 faz
asserções mais precisas do que T1 e estas asserções mais precisas resistem a testes mais rigorosos.
T2 leva em conta e explica maior número de fatos do que T1. T2 agrega o maior número de
cientistas possível, em seu entorno, que passam a desconsiderar T1.
Na tentativa de empreender uma ruptura ou “corte epistemológico” com toda filosofia, as
ciências humanas procuraram estabelecer uma revolução, criando um método próprio de
investigação que se aproximasse o quanto possível do ideal de cientificidade. (Texto adaptado de
JAPIASSU, H. Nascimento e morte das ciências humanas.). Émile Durkheim foi um dos principais
defensores dessa revolução ao recomendar que os “fatos ou fenômenos sociais” fossem tratados
como coisas. Sem considerar os métodos de caráter interpretativos e compreensivos as ciências
humanas caem na armadilha do mito da cientificidade.
O pesquisador pode utilizar vários tipos de métodos de raciocínios ao formular uma
hipótese. A dedução é o método mais usado nas ciências experimentais.
Em certos períodos da história da Filosofia e das ciências, chegou-se a pensar num único
método que ofereceria os mesmos princípios e as mesmas regras para todos os campos do
conhecimento. Assim, tornou-se célebre a seguinte frase “a natureza é um livro escrito em
caracteres matemáticos”, formulada por Galileu.
A Revolução Industrial mudou radicalmente o modo de vida na Europa. Nesse período, foi
grande o entusiasmo em torno da ideia de progresso humano e social, entendendo-se que já se
possuía os instrumentos para a solução de todos os problemas. Pensava-se à época que esses
instrumentos, vindos da ciência, aplicavam-se à indústria, ao livre intercâmbio de produtos e à
educação. É o momento em que emerge o positivismo, estabelecendo-se em tradições culturais bem
diferentes. Foram seus principais representantes na França e na Inglaterra, respectivamente:
Auguste Comte e John Stuart Mill.
“A ciência, tanto por sua necessidade de coroamento como por princípio, opõe-se
absolutamente à opinião. Se, em determinada questão, ela legitimar a opinião, é por motivos
diversos daqueles que dão origem à opinião; de modo que a opinião está, de direito, sempre errada.”
A afirmação de que a opinião está sempre errada: A opinião designa os objetos pela utilidade,
impedindo-nos de conhecê-los.
Bachelard, em seu livro A formação do espírito científico: contribuição para uma
psicanálise do conhecimento diz que nada prejudicou tanto o progresso do conhecimento científico
quanto a falsa doutrina do geral, que dominou de Aristóteles a Bacon, inclusive, e que continua
sendo, para muitos, uma doutrina fundamental do saber. Segundo Bachelard, o conhecimento geral
se refere a um fracasso do empirismo inventivo.

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