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PRÉ-VESTIBULAR
LIVRO DO PROFESSOR
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© 2006-2008 – IESDE Brasil S.A. É proibida a reprodução, mesmo parcial, por qualquer processo, sem autorização por escrito dos autores e do
detentor dos direitos autorais.
ISBN: 978-85-387-0573-4
CDD 370.71
Disciplinas Autores
Língua Portuguesa Francis Madeira da S. Sales
Márcio F. Santiago Calixto
Rita de Fátima Bezerra
Literatura Fábio D’Ávila
Danton Pedro dos Santos
Matemática Feres Fares
Haroldo Costa Silva Filho
Jayme Andrade Neto
Renato Caldas Madeira
Rodrigo Piracicaba Costa
Física Cleber Ribeiro
Marco Antonio Noronha
Vitor M. Saquette
Química Edson Costa P. da Cruz
Fernanda Barbosa
Biologia Fernando Pimentel
Hélio Apostolo
Rogério Fernandes
História Jefferson dos Santos da Silva
Marcelo Piccinini
Rafael F. de Menezes
Rogério de Sousa Gonçalves
Vanessa Silva
Geografia Duarte A. R. Vieira
Enilson F. Venâncio
Felipe Silveira de Souza
Fernando Mousquer
Projeto e
Produção
Desenvolvimento Pedagógico
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Parnasianismo
e simbolismo
brasileiro
Características
Lasciva dor, beijo de três saudades, Tal estética e sua ideologia irão perdurar até
Flor amorosa de três raças tristes. 1922, quando temos uma virada na Literatura Brasi-
leira: A Semana de Arte Moderna.
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Autores e obras Percebe-se em sua obra uma concepção estética
daquilo a ser retratado. Outra obra desse “parnasia-
Os principais escritores do Parnasianismo são no ortodoxo”:
Alberto de Oliveira, Raimundo Correia e Olavo Bilac.
Eles formam a chamada Tríade Parnasiana. O Muro
Raimundo da Mota
Estranho mimo aquele vaso! Vi-o,
Azevedo Correia nasceu
Casualmente, uma vez, de um perfumado na costa litorânea do Ma-
Contador sobre o mármor luzidio, ranhão, a bordo de um
Entre um leque e o começo de um bordado. barco no ano de 1859. Es-
tudou Direito em São Paulo,
tornando-se bacharel em
Fino artista chinês, enamorado, 1882. Na década de 1890,
Nele pusera o coração doentio dedicou-se à vida diplomá-
Em rubras flores de um sutil lavrado, tica. Foi um dos fundadores
Na tinta ardente de um calor sombrio. da ABL (cadeira n.° 5). Fa-
lece em Paris, no ano de 1911.
Suas principais obras são: Sinfonias (1883) e
Mas, talvez por contraste à desventura,
Aleluias (1891).
Quem o sabe?... de um velho mandarim
Também lá estava a singular figura. Características e temas
Que arte em pintá-la! A gente acaso vendo-a, Além dos temas convencionais como a des-
crição de objetos e sua perfeição formal, a cultura
Sentia um não sei quê com aquele chim
clássica e a descrição da natureza temos um traço
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Domínio público.
Ver através da máscara da face,
Guimarães Bilac, nasceu
Quanta gente, talvez, que inveja agora
no ano de 1865, na cidade
Nos causa, então piedade nos causasse! do Rio de Janeiro. Estudou
Medicina, porém interrom-
Quanta gente que ri, talvez, consigo peu tal curso e matriculou-
se na Faculdade de Direito
Guarda um atroz, recôndito inimigo,
de São Paulo, também não
Como invisível chaga cancerosa! concluindo. Dedicou-se à
vida jornalística e exerceu
Quanta gente que ri, talvez existe, funções em cargos públicos
como inspetor escolar do Distrito Federal. Apoiava
Cuja ventura única consiste
veementemente o serviço militar obrigatório. Foi
Em parecer aos outros venturosa! eleito o “Príncipe dos Poetas Parnasianos”. Faleceu
em 1918.
No poema visto, encontramos versos que ex- Suas principais obras são: Poesias (1888) e Tarde
pressam melancolia e tristeza frente à vida. O poeta (1919).
toma uma postura existencial de desilusão de perda
dos sonhos. Características e temas
As pombas A obra de Olavo Bilac surge quando o Parnasia-
nismo já está fixado como estética artística predo-
minante no meio social. Sua obra vem confirmar os
Vai-se a primeira pomba despertada... preceitos parnasianos: a busca da perfeição formal,
Vai-se outra mais... mais outra... enfim a utilização de decassílabos e alexandrinos, a temá-
dezenas tica greco-latina. Além disso, temos a preocupação
De pombas vão-se dos pombais, apenas constante em aplicar em seus poemas a “chave de
ouro”. O poema “Profissão de Fé” é a definição pre-
Raia, sanguínea e fresca, a madrugada...
cisa do seu ideal poético e consequentemente a do
Parnasianismo. Leia alguns trechos deste poema.
E à tarde quando a rígida nortada
Sopra, aos pombais de novo elas, serenas, Profissão de Fé
Ruflando as asas, sacudindo as penas,
(...)
Voltam todas em bando e revoada...
Invejo o ourives quando escrevo:
Imito o amor
Também dos corações onde abotoam,
Com que ele, em ouro, o alto relevo
Os sonhos, céleres voam,
Faz de uma flor.
Como voam as pombas dos pombais;
Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto, antiintelectual, não racionalizada na qual construirá
Inda as procuro pelo céu deserto. imagens e não mais conceitos.
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A partir dessa poesia hermética, destrói-se a Dessa forma, a interpretação de um poema
poética tradicional. O Simbolismo será o “caminho simbolista nunca é única ou objetiva, na medida em
de abertura” para as estéticas vanguardistas que que nos fala sobre algo que não tem limites bem
surgirão no início do século vinte, como o Expressio- estabelecidos. Pode-se dizer que por esse motivo – a
nismo e o Surrealismo. extrema subjetividade das poesias – o Simbolismo é a
corrente literária do século XIX que mais se aproxima
Contexto histórico da música (a mais subjetiva das artes).
sensações e percepções acerca de algo que jamais mensagem diretamente, todas são transmitidas
pode ser definido em conceitos exatos: a emoção (o a partir da sugestão. No Simbolismo, insinua-se,
inconsciente, o subconsciente, as sensações). nunca se é direto ou claro. Há um hermetismo in-
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tencional na significação por parte do artista, que
“Para as Estrelas de cristais gelados
prefere, com essa forma de linguagem, deixar sua
obra aberta a mais do que uma interpretação; é o As ânsias e os desejos vão subindo,
fim do descritivismo parnasiano. Não foi por acaso Galgando azuis e siderais noivados
que o poeta simbolista francês Mallarmé disse: De nuvens brancas a amplidão vestindo...”
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Suas obras principais foram: Broquéis (1893), Outras características fundamentais da poesia
Missal (1893), Faróis (1900), Últimos Sonetos (1905). de Cruz e Sousa são a musicalidade, atingida através
da aliteração e repetição intencional de palavras; a
Características e temas obsessão pelo branco, relacionada a ideia de pure-
za e espiritualidade; a utilização de palavras raras
Cruz e Sousa “renova a expressão poética em e palavras com inicial maiúscula, buscando o valor
língua portuguesa” a partir e uma “linguagem revo- absoluto e universal que a palavra passa; e a sines-
lucionária” (Alfredo Bosi). tesia. Encontramos todos esse aspectos no poema
“Antífona”, uma espécie de poética do Simbolismo.
Sua obra caracteriza-se pela presença da angús-
tia e pelo sofrimento humano. O que se observa é a
Ó Formas alvas, brancas, Formas claras
busca de uma “transfiguração”, como o próprio poe-
ta fala, entendendo-a como um processo psicológico De luares , de neves, de neblinas!...
de sublimação, de busca da essência, de abandono Ó Formas vagas, fluidas, cristalinas...
da matéria, de espiritualização. Essa tendência na Incensos dos turíbulos das aras...
sua poesia se deve ao fato de ter sofrido imensamente
na sua vida, fazendo com que procurasse, assim, algo Formas do Amor, constelarmente puras,
de bom fora de sua biografia de derrotas. O poeta De Virgens e de Santas vaporosas...
vence pela arte.
Brilhos errantes, mádidas frescuras
O ser que é ser e jamais vascila
E dolências de lírios e de rosas...
Nas guerras imortais entra sem susto
Leva consigo este brasão augusto Indefiníveis músicas supremas,
Do grande amor, da grande fé tranquila. Harmonias da Cor e do Perfume...
Os abismos carnais da triste argila Horas do Ocaso, trêmulas, extremas,
Ele os vence sem ânsia e sem custo Réquiem do Sol que a Dor da Luz resume...
Fica sereno, num sorriso justo,
Visões, salmos e cânticos serenos,
Enquanto tudo em derredor oscila
Surdinas de órgãos flébeis, soluçantes...
Ondas interiores de grandeza
Dormências de volúpicos venenos
Dão esta glória em frente à Natureza
Sutis e suaves, mórbidos, radiantes...
Esse esplendor, todo esse largo eflúvio
O ser que é ser transforma tudo em flores Infinitos espíritos dispersos,
E para ironizar as próprias dores Inefáveis, edênicos, aéreos,
Canta por entre as águas do Dilúvio. Fecundai o Mistério destes versos
Percebe-se também a angústia sexual, que Com a chama ideal de todos os mistérios.
também é sublimada, tornando-se uma idealização
platônica (segundo o crítico Alfredo Bosi). Leia o Do sonho as mais azuis diafaneidades
poema “Lésbia”:
Que fuljam, que na Estrofe se levantem
E as emoções, todas as castidades
.............................. Da alma do Verso, pelos versos cantem.
Nesse lábio mordente e convulsivo,
Ri, ri, risadas de expressão violenta Que o pólen de ouro dos mais finos astros
O Amor, trágico e triste, e passa, lenta, Fecunde e inflame a rima clara e ardente...
A morte, o espasmo gélido, aflitivo... Que brilhe a correção dos alabastros
Sonoramente, luminosamente.
Lésbia nervosa, fascinante e doente,
Forças originais, essência, graça
Cruel e demoníaca serpente
De carnes de mulher, delicadezas...
Das flamejantes atrações do gozo.
Todo esse eflúvio que por ondas passa
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Cristais diluídos de clarões alacres, Alphonsus de Guimaraens
Desejos, vibrações, ânsias, alentos,
Afonso Henriques da
Domínio público.
Fulvas victórias, triunfamentos acres, Costa Guimarães nasceu em
Os mais estranhos estremecimentos... Ouro Preto, no ano de 1870. Em
1888, morreu prematuramente
Flores negras do tédio e flores vagas sua noiva Constança, que foi
De amores vãos, tantálicos, doentios... tema permanente de sua obra.
Fundas vermelhidões de velhas chagas Estudou Direito em São Paulo,
voltando depois de formado a
Em sangue, abertas, escorrendo em rios...
Mariana, Minas Gerais, para
exercer o cargo de juiz. Casou-
Tudo! Vivo e nervosos e quente e forte,
se em 1897, tornou-se pai de
Nos turbilhões quiméricos do Sonho, 14 filhos. Faleceu em 1921.
Passe, cantando, ante o perfil medonho Suas principais obras são: Septenário das Dores
E o tropel cabalístico da Morte... de Nossa Senhora (1899), Dona Mística (1899), Kyriale
(1902) e Pauvre Lyre (1921).
Temos ainda o importante poema “Litania dos
Pobres”, uma poesia de denúncia social, que faz com Características e temas
que o Simbolismo não seja uma arte totalmente des-
vinculada da questão social. Leia alguns trechos: A obra de Alphonsus de Guimaraens tem como
tema único a morte da amada. Desse tema-base sur-
Os miseráveis, os rotos girão outras temáticas como o misticismo religioso
São as flores dos esgotos. (voltado à liturgia católica) e o amor transcendente
e espiritualizado, como uma fuga ao seu sofrimento.
São espectros implacáveis A morte, em seus poemas, apresenta-se como uma
os rotos, os miseráveis. forma de sublimação numa tentativa de aproximar-se
de sua amada, tratada de forma idealizada – “plato-
São prantos negros de furnas nismo místico”.
Caladas, mudas, soturnas.
..............................
As sombras das sombras mortas, Hão de chorar por ela os cinamomos
Cegos a tatear nas portas. Murchando as flores ao tombar do dia
Dos laranjais hão de cair os pomos
Procurando o céu, aflitos
Lembrando-se daquela que os colhia.
e varando o céu de gritos.
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Seus poemas revelam uma atmosfera noturna,
O astro glorioso segue a eterna estrada.
lunar. O sofrimento é um aspecto característico de
sua obra. O crítico Alfredo Bosi define Alphonsus Uma áurea seta lhe cintila em cada
como um poeta “fluido e depressivo”. Observa-se Refulgente raio de luz.
também a figura de Nossa Senhora, no livro Septe- A catedral ebúrnea do meu sonho,
nário das Dores de Nossa Senhora. Onde os meus olhos tão cansados ponho,
Utilizou-se muito da redondilha e do soneto Recebe a bênção de Jesus.
decassílabo, seus versos possuem grande poder de
sugestão devido à forte musicalidade presente. E o sino clama em lúgubres responsos:
Vamos ler alguns de seus principais poemas. “Pobre Alphonsus! Pobre Alphonsus!”
A Catedral
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`` Solução: D II. Opõe-se ao Naturalismo e ao Parnasianismo, valori-
zando uma realidade subjetiva, metafísica, espiritual.
O Parnasianismo no Brasil é a poesia do Realismo, po-
rém há uma importante diferença entre os realistas e os III. Possui em comum com o Parnasianismo o apuro
parnasianos. Enquanto aqueles criavam a obra artística a formal.
fim de estabelecer uma determinada crítica à sociedade
a) se apenas a informação I for correta.
com o fim de reformá-la, estes fechavam seus olhos para
o mundo e criavam uma arte desvinculada das questões b) se apenas a II for correta.
sociais da época. Lembre-se que tanto Realismo como c) se apenas a I e a II forem corretas
Parnasianismo acontecem no mesmo período histórico.
d) se apenas a II e a III forem corretas.
2. (Elite) Conforme visto neste módulo, os parnasianos
tiveram forte influência da cultura clássica em suas e) se todas estiverem corretas.
poesias.
`` Solução: E
Leia e responda.
A afirmativa I está correta pelo fato de o trecho apresentar
A Grécia em seu período arcaico foi palco de grandes
c aracterísticas típicas de um poema simbolista como a
transformações. Uma delas foi a passagem do mythos
aliteração, que proporciona o efeito de musicalidade. A
ao logos: em outras palavras, da forma de pensar
afirmativa II também está correta, pois temos um cará-
baseada nos mitos ao pensamento racional (logos). Por
ter místico-espiritual no poema, as palavras “infinitos”,
muito tempo, vários estudiosos atribuíram o advento do
“inefáveis”, “aéreos”, “Mistérios” escrito com letra maiús-
pensamento filosófico, independente das explicações
cula (sinal de algo absoluto) confirmam tal caráter. Este
religiosas (mitológicas) ao milagre grego. Isto é, o
aspecto espiritual vai de encontro aos valores pregados
que ocorrera entre os gregos seria algo tão único que
pelas estéticas naturalista e parnasiana.
não haveria uma explicação para o seu surgimento.
Porém, esta proposição de milagre é contestada por 4. (Elite) Cite o nome de dois importantes pintores e de
muitos historiadores. Acredita-se hoje que o advento um importante músico simbolista/impressionista. Faça
da filosofia está calcado nas condições históricas vividas um breve comentário sobre suas obras.
pelos gregos do período arcaico.
Com base no que foi comentado anteriormente, `` Solução:
responda: No campo da pintura, dois nomes encontram-se no mais
Quais as transformações ocorridas no período arcaico alto nível da pintura simbolista, desenvolvida na transição
foram responsáveis pelo surgimento do pensamento do século XIX para o século XX, são eles: Paul Gaughin
racional? e Odilon Redon.
O Carteiro, de Gaughin.
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Odilon Redon (1840-1916) começou produzindo qua- 3. (CUFSA-SP) Poemas como “Anoitecer” e “A Cavalgada”,
dros em preto e branco, vindo somente depois aderir às de Raimundo Correia, ou “Vaso Chinês” e “Vaso Grego”,
cores. Possui um repertório inusitado de figuras como de Alberto de Oliveira, exemplificam uma feição típica
insetos, plantas com cabeças humanas e estranhas do Parnasianismo. É ela:
criaturas.
a) descritivismo.
Domínio público.
b) pendor filosofante.
c) a preocupação com temas particulares e indivi-
duais.
d) a valorização da Antiguidade greco-latina.
e) a expressão indireta do autor.
4. (UM-SP) Assinale a alternativa que não se aplica à
estética parnasiana.
a) Predomínio da forma sobre o conteúdo.
b) Tentativa de superar o sentimento romântico.
c) Constante presença da temática da morte.
d) Correta linguagem, fundamentada nos princípios
dos clássicos.
Olhos Fechados, de Redon.
e) Predileção pelos gêneros fixos, valorizando o sone-
Na música, um nome que merece destaque é o do fran- to.
cês Claude Debussy (1862–1918), que inovou no campo 5. (PUC-Rio) É incorreto afirmar que no Parnasianismo:
da harmonia e da estrutura musicais, aproximando-se dos
ideais de arte almejados pelos escritores simbolistas. a) a natureza é apresentada objetivamente.
b) a disposição dos elementos naturais (árvores, es-
trelas, céu, rios) é importante por obedecer a uma
ordenação lógica.
c) valorização dos elementos naturais torna-se mais
1. (UEL) Em seus poemas mais representativos, os poetas importante que a valorização da forma do poema.
parnasianos cultivavam:
d) a natureza despe-se da exagerada carga emocional
a) a simplicidade da natureza, a musicalidade das pa- com que foi explorada em outros períodos literá-
lavras doces e a confissão dos sentimentos. rios.
b) o vocabulário raro, a metrificação impecável e as e) as inúmeras descrições da natureza são feitas
rimas preciosas. dentro do mito da objetividade absoluta, porém os
c) o jogo de antíteses, a angústia da divisão psicológi- melhores textos estão permeados de conotações
ca e o tema da vida efêmera. subjetivas.
d) o verso livre, a rima apenas ocasional e os temas 6. (UFRGS) “É na convergência de ideais antirromânti-
diretamente ligados ao cotidiano. cos, como a objetividade no trato dos temas e o culto
da forma, que se situa a poética do Parnasianismo. O
e) a retórica da indignação e do protesto, a participa- nome da escola vinha de Paris e remontava a antologias
ção política e os temas sociais. publicadas [...] sob o título de Parnasse Contemporain,
2. (Fesp) A designação “arte pela arte” aplica-se a que que incluíam poemas de Gautier, Banville e Lecomte de
tipo de tendência? Lisle. Seus traços de relevo: o gosto da descrição nítida,
concepções tradicionalistas sobre metro, ritmo e rima
a) Conceptista. e, no fundo, o ideal de impessoalidade que partilhavam
b) Cultista. com os realistas do tempo.”
d) Romântica.
Com base no texto acima, referente ao Parnasianismo
e) Modernista. brasileiro, são feitas as seguintes inferências.
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I. Parnasianismo opôs-se a princípios românticos O autor desse quarteto foi poeta de grande cultura,
como a subjetividade e a relativa liberdade do ver- e sua obra manifesta patente dualidade romântico-
so. parnasiana. O poeta
a) é contemporâneo de Gonçalves Dias.
II. Tendo seu nome calcado num termo criado na
França, o Parnasianismo brasileiro seguiu um cami- b) nasceu sob o domínio português.
nho estético próprio, independente e original. c) chama-se Olavo Bilac.
III. Parnasianismo e Realismo são correntes literárias d) morreu em meados do século XIX.
com ideais e princípios estéticos totalmente dife-
renciados. 10. (PUCRS)
“Esta de áureos relevos, trabalhada
Quais estão corretas?
De divas mãos, brilhante copa, um dia,
a) Apenas I.
Já de aos deuses servir como cansada,
b) Apenas II. Vinda do Olimpo, a um novo deus servia.”
c) Apenas I e II. A poesia que se concentra na reprodução de objetos
decorativos, como exemplifica a estrofe de Alberto de
d) Apenas II e III. Oliveira, assinala a tônica da:
e) I, II e III. a) espiritualização da vida.
7. (FMTM/FCC) “Admitida esta necessidade, não admi- b) visão do real.
tamos confusões entre os que se resignam ao poetar c) arte pela arte.
espontâneo e os que ambicionam ao sacerdócio do
poeta artístico. Não tragam os aprendizes para a oficina d) moral das coisas.
da joalheria um material indigno, vocação errada, inca- e) nota do intimismo.
pacidade, pechisbeque e miçangas, em vez de ouro e
pérolas, preguiça em vez de paciência, negligência em
vez de vontade e gosto.” Cantiga Outonal
Outono. As árvores pensando...
O excerto acima representa um fragmento do programa
Tristezas mórbidas no mar...
estético do:
O vento passa, brando, brando...
a) Arcadismo.
E sinto medo, susto, quando
b) Nomantismo. Escuto o vento assim passar...
c) Parnasianismo. Cecília Meireles
d) Simbolismo.
11. (Unirio) Apesar de modernista, a autora apresenta
e) Modernismo. tendências de outro movimento literário, evidentes no
8. (UFRJ) Todos os itens apresentam características do texto. Que movimento é esse?
Parnasianismo, exceto: 12. (Unirio) Retire do texto uma passagem que justifique
a sua resposta anterior e, a seguir, cite a característica
a) prevalência de formas fixas de composição poéti- que ela apresenta.
ca.
13. (Vunesp) Assinale a alternativa em que se caracteriza a
b) anseio de liberdade criadora. estética simbolista.
c) preocupação com a perfeição formal. a) Culto do contraste, que opõe elementos como
amor e sofrimento, vida e morte, razão e fé, numa
d) gosto pela precisão descritiva.
tentativa de conciliar pólos antagônicos.
e) ideal de objetividade no tratamento dos temas. b) Busca do equilíbrio e da simplicidade dos modelos
9. (Osec-SP) greco-romanos, por meio, sobretudo, de uma lin-
guagem simples, porém nobre.
“Sonhei que me esperavas. E, sonhando,
c) Culto do sentimento nativista, que faz do homem
Saí, ansioso por te ver: Corria... primitivo e sua civilização um símbolo de indepen-
E tudo ao ver-me tão depressa andando, dência espiritual, política, social e literária.
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Soube logo o lugar para onde eu ia.” d) Exploração de ecos, assonância, aliterações, numa
tentativa de valorizar a sonoridade da linguagem,
aproximando-a da música.
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e) Preocupação com a perfeição formal, sobretudo e) a analogia profunda entre a realidade aparente e a
com o vocabulário carregado de termos científicos, realidade oculta das coisas, a sugestão, a musica-
o que revela a objetividade do poeta. lidade.
14. (UFV) Assinale a alternativa em que todas as caracte- 18. (UFPA) Na última década do século XIX surge, no Brasil,
rísticas de estilo são do Simbolismo. a manifestação de um estilo de época, que é o
a) Impassibilidade, vida descrita objetivamente, ecle- a) Parnasianismo, que reagiu violentamente contra o
tismo. estilo então vigente: o Simbolismo.
b) Hermetismo intencional, alquimia verbal, musicali- b) Romantismo, que se ajustou perfeitamente à alma
dade. do brasileiro, cujos anseios de liberdade política e
literária passou a exprimir.
c) Pavor da forma, expressões ousadas, fidelidade nas
observações. c) Impressionismo, que pregava a volta à rigidez for-
mal dos clássicos.
d) Atmosfera de imprecisão, realismo cru, religiosida-
de. d) Arcadismo, que pregava seu ideal de felicidade de-
corrente da vida em contato com a natureza.
e) Complexidade, ressurreição dos valores humanos,
materialismo pornográfico. e) Simbolismo, que encontrou uma oposição hostil
por parte dos parnasianos, a ponto de quase pas-
15. (PUC) A crítica constata nas metáforas simbolistas de
sar despercebido.
Cruz e Sousa a obsessão pela cor
19. (UFSCar) Aponte a alternativa correta.
a) branca.
a) Em Cruz e Sousa, a forma guarda o apuro parna-
b) negra.
siano.
c) rubra.
b) A poesia de Cruz e Sousa é predominantemente
d) roxa. otimista e superficial.
e) azul. c) Em Cruz e Sousa, encontramos poesia desleixada,
sem apuro formal.
16. (UFSCar-SP) A ênfase na seleção de vocabulário poéti-
co, com o objetivo de transferir ao poema o máximo de d) O Simbolismo tem seu início em 1893, com a pu-
correspondência sensorial, é uma característica do blicação de duas obras de Alphonsus de Guima-
raens.
a) Romantismo, sobretudo na obra de Castro Alves.
e) Cruz e Sousa, devido à sua forte espiritualidade,
b) Barroco, principalmente em Gregório de Matos.
nunca abordou a angústia sexual.
c) Simbolismo, representado pelas obras de Cruz e
20. (UEL) Assinale a alternativa que contém apenas carac-
Sousa e Alphonsus de Guimaraens.
terísticas da estética simbolista.
d) Parnasianismo, representado pela obra de Alberto
a) Temática social; hermetismo; valorização dos tons
de Oliveira.
fortes; materialismo; antítese.
e) Pré-Modernismo, principalmente em Jorge de
b) Temática intimista; ocultismo; valorização dos tons
Lima.
fortes; espiritualidade; sinestesia.
17. (FMU/FIAM-SP) O poeta simbolista tem outra visão da
c) Temática intimista; hermetismo; valorização do
natureza e do mundo. Para ele, o que importa é
branco e da transparência; espiritualidade; sines-
a) a impassibilidade, o rigor formal, a busca da per- tesia.
feição.
d) Temática bucólica; hermetismo; valorização do
b) a valorização dos gosto burguês, o nacionalismo, branco e da transparência; espiritualidade; antíte-
a tradição. se.
c) a realidade social, o combate ao idealismo, o racio- e) Temática bucólica; ocultismo; valorização das tona-
nalismo. lidades verdes; materialismo; sinestesia.
d) o elemento pitoresco, o final inesperado, a carica-
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tura.
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5. (FMABC-SP) Assinale a alternativa que caracteriza o
Parnasianismo:
a) Subjetivismo, imaginação e sentimentalismo.
1. (FEI-SP) São características do Parnasianismo, do qual
b) “Sob o manto diáfano da fantasia, a nudez crua da
Olavo Bilac é legítimo representante:
verdade.”
a) predomínio da razão, individualismo.
c) Impassibilidade, perfeição formal, rimas raras, sele-
b) determinismo biológico, retorno à Idade Média. ção vocabular.
c) culto da forma, arte pela arte. d) Registro de impressões, emoções e sentimentos
d) objetividade, sentimentalismo exagerado. despertados no espírito do poeta.
e) belo, criado pelo perfeito uso dos recursos estilís- É correto afirmar que, em “A um Poeta”, o autor sugere
ticos. ao poeta
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a) evitar que a obra demonstre o esforço que foi em- a) Romantismo.
pregado na sua elaboração.
b) Movimento Antropofágico.
b) abandonar os apelos do mundo para se dedicar a
c) Trovadorismo.
atividades manuais.
d) Arcadismo.
c) evitar que a obra esconda haver sido planejada
como um edifício. e) Parnasianismo.
d) abandonar o movimento da rua para se dedicar ao 11. Leia este poema de Olavo Bilac e diga, quanto à temática,
ócio, que deflagra a inspiração. à qual poema da corrente romântica ele se assemelha.
Justifique sua resposta.
e) evitar que o esforço excessivo torne a obra sóbria a
ponto de parecer um templo grego. Última Página
8. (PUC-Rio) A respeito de “Via Láctea”, de Olavo Bilac, Primavera. Um sorriso aberto em tudo. Os ramos
é lícito dizer: Numa palpitação de flores e de ninhos.
a) que contém poemas os quais o autor compara o Doirava o Sol de outubro a areia dos caminhos
trabalho do poeta com o lavor do ourives. (lembras-te, Rosa?) e ao Sol de outubro nos amamos.
b) que há uma profunda influência da Ilíada, mas tam- Verão. (Lembras-te Dulce) À beira-mar, sozinhos,
bém da Odisseia, ainda que em pequena escala. Tentou-nos o pecado: olhaste-me... e pecamos;
c) que é uma coletânea de poemas, cujo tema é o E o outono desfolhava os roseirais vizinhos,
amor sensual, vazado em versos de ritmos neo- Ó Laura, a vez primeira em que nos abraçamos...
clássicos, em que se observa, muitas vezes, uma Veio o inverno. Porém, sentada em meus joelhos,
estruturação intencional com vistas à chave de ouro Nua, presos aos meus lábios os teus lábios vermelhos,
do soneto.
(Lembras-te, Branca?) ardia a tua carne em flor...
d) que é uma coletânea a qual o principal tema é o Carne, que queres mais? Coração, que mais queres?
céu noturno.
Passam as estações e passam as mulheres...
e) n.d.a. E eu tenho amado tanto! e não conheço o Amor!
9. (UFRGS) Assinale a alternativa que preenche correta- 12. (Unirio - adap.)
mente as lacunas.
Busca de palavras límpidas e castas,
A obra de Olavo Bilac é marcada pela exploração
Novas e raras de clarões ruidosos,
da temática ................. pelo verso .................. e pelo
virtuosismo ............... nas .............. Dentre as ondas mais pródigas mais vastas
a) greco-romana clássica, livre, musical, variações de Dos sentimentos mais maravilhosos.
ritmo.
Cruz e Sousa
b) greco-romana clássica, metrificado, plástico, des-
crições. Assinale a afirmativa improcedente com relação ao
texto.
c) urbana, metrificado, plástico, descrições.
a) Refere-se ao fazer poético.
d) urbana, livre, musical, variações de ritmo.
b) Expressa sentimentos mais profundos.
e) greco-romana clássica, metrificado, musical, varia-
ções de ritmo. c) Apresenta elementos sensoriais relativos a som e
cor.
10. (Fuvest)
d) Apresenta musicalidade marcada pelos esquemas
“Quero que a estrofe cristalina, rítmico e rímico.
Dobrada ao jeito
e) Há equilíbrio na utilização de metáforas.
Do ourives, saia da oficina
13. (Fuvest)
Sem um defeito.”
A concepção de poema como peça de ourivesaria, como Só, incessante, um som de flauta chora,
objeto estético harmonioso e perfeito, expressa nos Viúva, grácil, na escuridão tranquila,
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versos acima, é característica fundamental do – Perdida voz que de entre as mais se exila,
– Festões de som dissimulando a hora.”
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Os versos anteriores são marcados pela presença .......................................................................................
_________ e pela predominância de imagens auditivas, o Vozes veladas, veludosas vozes,
que nos sugere a sua inclusão na estética _________.
Volúpias dos violões, vozes veladas,
Assinale a alternativa que completa os espaços.
Vagam nos velhos vórtices velozes
a) Da comparação, romântica.
Dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas.”
b) Da aliteração, simbolista. As estrofes anteriores, claramente representativas
c) Do paralelismo, trovadoresca. do_____ , não apresentam _____ .
Assinale a alternativa que completa corretamente as
d) Da antítese, barroca.
duas lacunas anteriores.
e) Do polissíndeto, modernista. a) Romantismo, sinestesia.
14. (Unirio) “Conta-se que, diariamente, na hora de ador- b) Simbolismo, aliterações e assonâncias.
mecer, Saint-Pol-Roux mandava colocar sobre a porta
de sua mansão de Camaret um aviso onde se lia: O c) Romantismo, musicalidade.
POETA TRABALHA.” d) Parnasianismo, metáforas e metonímias.
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14. B
15. A
16. C
1. B
17. E
2. C
18. E
3. A
19. A
4. C
20. C
5. C
6. A
7. C
8. B
1. C
9. C
2. B
10. C
3. B
11. Simbolismo.
4. E
12. Passagem: Resposta pessoal do aluno.
5. C
Característica: O esquema rímico e o esquema rítmico
6. E
traduzem a musicalidade; a presença de elementos
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Domínio público.
com várias mulheres. Em Castro Alves as mulheres são
personagens conhecidas da literatura universal e em
Olavo Bilac temos uma mulher a cada estação do ano.
Veja um trecho do poema de Castro Alves.
Boa noite, Maria! Eu vou-me embora,
A lua nas janelas bate em cheio,
Boa noite , Maria! É tarde... é tarde...
Não me apertes assim contra teu seio.
[...]
É noite, pois! Durmamos, Julieta! Olhos Fechados, de Redon.
Recende a alcova ao trescalar das flores.
Fechemos sobre nós estas cortinas... Na música, um nome que merece destaque é o do
francês Claude Debussy (1862-1918), que inovou
São as asas dos arcanjos dos amores. no campo da harmonia e da estrutura musicais,
[...] aproximando-se dos ideais de arte almejados pelos
12. E escritores simbolistas.
13. B
14. Romantismo ou Simbolismo, ou Modernismo.
15. B
16. B
17. A
18. E
19. D
20. E
21. No campo da pintura, dois nomes encontram-se no mais
alto nível da pintura simbolista, desenvolvida na transição
do século XIX para o século XX, são eles: Paul Gaughin
e Odilon Redon.
Paul Gaughin (1848-1903) caracteriza-se por pintar seus
quadros sem a preocupação com a perspectiva. Outro
traço da obra de Gaughin é o contorno em cor preta
que faz nas suas figuras.
Domínio público.
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20 O Carteiro, de Gaughin.
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