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Curso de Especialização em Redes e

Segurança de Sistemas - PPGIA - PUCPR

Projeto de Redes:
Modelagem e Desempenho

Especialização em Redes e Segurança de Sistemas

Prof. Marcelo E. Pellenz


http://www.ppgia.pucpr.br/~marcelo
marcelo@ppgia.pucpr.br

Modelagem de Desempenho de Redes

 Objetivo:
 Apresentar os fundamentos para o projeto e avaliação de
desempenho de redes de computadores através de estudos
analíticos e ferramentas de simulação.

 Estudo analítico através de modelos matemáticos.


 Modelagem e simulação do segmento de rede em estudo.

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Tópicos

 Introdução
 Avaliação de Desempenho de Sistemas

 Teoria de Probabilidades
 Eventos aleatórios
 Variáveis aleatórias
 Função densidade de probabilidade
 Função distribuição de probabilidade
 Principais distribuições de probabilidade
 Teste de Aderência (Teste de Hipótese)

Tópicos

 Teoria de Filas
 Processo de chegada
 Processo de atendimento
 Modelos de filas
 Disciplina de gerência de filas
 Aplicações

 Simulação de Sistemas
 Software NS-2

 Análise de Resultados de Simulação

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Bibliografia

 Apostila do Prof. Carlos M. Pedroso


 JAIN, Raj - The art of computer systems performance analysis:
techniques for experimental design, measurement, simulation, and
modeling. New York: J. Wiley & Sons, c1991. 685 p. ISBN 0-471-50336-3
 PARK, Kihong; WILLINGER, Walter (Ed.). Self-similar network traffic and
performance evaluation. New York: J. Wiley & Sons, c2000. 558 p. ISBN
0-471-31974-0
 TANENBAUM, Andrew S. Computer networks. 3rd ed. Upper Saddle
River: Prentice Hall PTR, c1996. 813 p. ISBN 0-13-349945-6
 PRADO, Darci. Teoria das filas e da simulação. Belo Horizonte: DG,
1999. 122 p. ISBN 85-86948-12-8

Procedimento de Avaliação

 Ao final do curso os alunos deverão entregar um relatório com o


detalhamento dos experimentos realizados.
 Durante as aulas serão indicados os itens que deveram fazer
parte do relatório.

 Data das Aulas:


 14/09

 21/09

 28/09

 05/10

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Introdução

 Técnicas de Avaliação de Desempenho

Seleção de Técnicas de Avaliação de Desempenho


Modelagem
Critério Simulação Medidas
Analítica
Estágio do Sistema Qualquer Qualquer Após Protótipo
Tempo Requerido Baixo Médio Variável
Ferramentas Analistas Software Instrumentação
Precisão Baixa Moderada Variável
Avaliação de Impacto de Fácil Moderada Difícil
Parâmetros
Custo Baixo Médio Alto

Introdução

 Seleção de Métrica de Desempenho


Tempo
Requisição
do Serviço i (Tempo de Resposta)

Realizado Taxa
Corretamente (Throughput)

Recursos
(Utilização)
Realizado

Sistema Probabilidade
Realizado
Erro j
Incorretamente
Tempo entre
Erros
Duração
do Evento
Não
Evento k
Realizado
Tempo entre
Eventos

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Introdução

 Estudo de Caso
 Considere o problema de comparar dois algoritmos de
controle de congestionamento para redes de computadores.

 Rede de Computadores
 Inúmeros sistemas finais (end systems) interconectados por
inúmeros sistemas intermediários (intermediate systems)

 O congestionamento ocorre quando o número de pacotes


em espera nos sistemas intermediários excede a
capacidade de armazenamento (buffering) do sistema,
ocasionando descarte de pacotes.

Introdução

 Redes de Computadores / Telecomunicações


 Rede = Conjunto de Nós + Conjunto de Enlaces

R3
R1
A R4 D

B E

C R2
R5 F

10

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Introdução

 Estudo de Caso
 Quando um usuário envia um bloco de pacotes para um
destinatário, podem ocorrer as seguintes possibilidades:

 Alguns pacotes são entregues na ordem para o destinatário


 Alguns pacotes são entregues fora de ordem para o destinatário
 Alguns pacotes são entregues duplicados
 Alguns pacotes são descartados (perdidos) ao longo do caminho

11

Introdução

 Sistema de Telecomunicações do Ponto de Vista do Tráfego


 O sistema serve o tráfego que está chegando (gerado pelos usuários)
R3
R1
A R4 D

B E

R2
C
R5
F
Usuários Sistema
Tráfego Tráfego
chegando saindo

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Introdução

 Complexidade da Rede (POPs)


POP3
POP2

POP1
A POP4 D

B E
POP5

C POP6
POP7
POP8
F

13

Introdução

 Estudo de Caso
 Para os pacotes entregues em ordem, teremos as seguintes
métricas possíveis de desempenho:

 Tempo de resposta
 Atraso na rede para pacotes individuais

 Taxa Média de Transmissão (Vazão/Throughput)


 Número médio de pacotes por unidade de tempo

 Tempo de processamento por pacote no transmissor


 Tempo de processamento por pacote no receptor
 Tempo de processamento por pacote no sistema intermediário

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Introdução

 Estudo de Caso
 Como a rede é um sistema multiusuário, uma métrica importante é a
justiça (fairness) que define a variabilidade do throughput entre
usuários.
 Para o conjunto de taxas de n usuários (r1 , r2 , K , rn ) a seguinte
função pode ser usada para atribuir uma medida de justiça ao
conjunto:
2
 n 
 ∑ ri 
f (r1 , r2 , K, rn ) =  i =1n 
n ⋅ ∑ ri 2
i =1

15

Introdução

 Exemplo
 Considere as taxas normalizadas médias de 4 usuários que
estejam compartilhando uma determinada rede:

Distribuição das Taxas Medida de Justiça


r1 r2 r3 r4
0,25 0,25 0,25 0,25 1
0,35 0,25 0,2 0,2 0,943
0,8 0,1 0,05 0,05 0,381

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Introdução

 Tempo de Resposta de um Sistema


Requisição Resposta
do Usuário do Sistema

Tempo de Resposta Tempo

(a) Requisição e Resposta Ideal

Usuário Inicia Usuário Termina Sistema Inicia Sistema Inicia Sistema Completa Usuário Inicia
Requisição Requisição Execução Resposta Resposta Próxima Requisição

Tempo de Tempo
Reação
Tempo de Resposta
(Definição 1)
Tempo de Resposta
(Definição 2)

(b) Requisição e Resposta Real

17

Introdução

 Capacidade de um Sistema
Joelho
Taxa (Throughput)

Capacidade
Nominal
CPU: MIPS
MFLOPS
Capacidade Capacidade REDE: pps
de Joelho Útil bps
Carga
Tempo de Resposta

Capacidade
Utilizável

Carga

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Introdução

 Eficiência de um Sistema
 A razão entre o máximo throughput atingível pela capacidade
nominal do sistema é denominado de eficiência.

 Exemplo 1: Se o máximo throughput atingível em uma LAN


de 100Mbps for de 85Mbps, a sua eficiência é de 85%.

 Exemplo 2: A razão entre o desempenho de um sistema


multiprocessado com n processadores em relação a um
sistema com um único processador.

19

Introdução

 Exemplo 2 - Eficiência de um Sistema Multiprocessado

4
Eficiência em
MIPS/MFLOPS 3

1 2 3 4 5
Número de Processadores

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Introdução

 Parâmetros que Afetam o Desempenho da Rede


Capacidade de Processamento
Perfil de Tráfego Estratégias de Escalonamento
das Aplicações R3
R1
A R4 D

B E

C R2
Capacidade dos Enlaces
(Taxa de Transmissão)
R5 F
Atraso de Propagação
Confiabilidade
Taxa de Erro
21

Introdução

 Complexidade da Rede (POPs)


POP3
POP2

POP1
A POP4 D

B E
POP5

C POP6
POP7
POP8
F

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Introdução

R2 (2.5 Gb/s)
(2.5 Gb/s) R1 R6
R5
R4
R3 R7

R9
R8 R10
R11
R12
R14
R13
R16
R15
(2.5 Gb/s)
(2.5 Gb/s)
23

Introdução

 Arquitetura Geral de Roteadores e Switches


1 write per “cell” time 1 read per “cell” time
Rate of writes/reads
determined by switch
Lookup fabric speedup
& Output
Drop Scheduling
Policy

Switch
Lookup Fabric
& Output
Drop Scheduling
Policy Switch
Arbitration

Lookup
& Output
Drop
Switch Core Scheduling
Policy

Linecard Linecard
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Introdução

 Questões Relevantes:
 Dado o sistema e o tráfego de chegada, qual é a qualidade
de serviço experimentada pelo usuário ?

 Dado o tráfego de chegada e a qualidade de serviço


desejada, como o sistema deve ser dimensionado ?

 Dado o sistema e a qualidade de serviço desejada, qual a


máxima carga de tráfego ?

25

Introdução

 Sistema=Dispositivo(s)+Princípio(s) de Controle
 Um Único Dispositivo
 Um processador roteando pacotes numa rede de dados

 Um multiplexador estatístico numa rede ATM (Switch ATM)

 Um servidor de páginas

 Uma Rede de Comunicações/Telecomunicações


 Rede Telefônica (Comutação por Circuito)

 Rede de Dados (Comutação por Pacotes)

 Tráfego
 Chamadas Telefônicas (PSTN)
 Pacotes/Células (Voz/Vídeo/Dados)

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Introdução

 Parâmetros de Qualidade de Serviço (QoS)

Ponto de Vista Parâmetro de QoS


- Probabilidade de bloqueio de chamadas
Usuário - Distribuição do atraso experimentado por uma
seqüência de pacotes

Sistema (Desempenho) - Utilização

- Bloqueio experimentado por requisições de


Tráfego Oferecido
conexão ATM

Tráfego Transportado - Taxa de perda de pacotes

27

Introdução

 Relações Qualitativas:
Qualidade
 Capacidade do Sistema x Carga de Tráfego ? de serviço

(Dada a qualidade de Serviço)


 Qualidade de Serviço x Carga de Tráfego ?
(Dada a capacidade do sistema) Capacidade Carga de
do Sistema Tráfego
 Qualidade de Serviço x Capacidade do Sistema ?
(Dada a carga de tráfego)

 Relações Quantitativas:
 Exigem a utilização de modelos matemáticos
 Modelos de tráfego
 Modelos de dispositivos

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Introdução

 Objetivos Práticos da Teoria de Tráfego:

 Planejamento da Rede
 Dimensionamento

 Otimização
 Análise de Desempenho

 Controle e Gerência da Rede


 Operação Eficiente
 Recuperação de Falhas

 Gerência de Tráfego
 Roteamento

29

Introdução

 Áreas Relacionadas com Estudo de QoS:


 Teoria de Probabilidades
 Processos Aleatórios (Estocásticos)
 Teoria de Filas
 Análise Estatística (Medidas de Tráfego)
 Teoria de Otimização
 Teoria de Decisão
 Técnicas de Simulação

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Introdução

 Projeto de Redes:
 Estudo analítico através de modelos matemáticos
 Modelagem e simulação do segmento de rede em estudo

 Sistema Real versus Modelo


 O modelo é uma descrição de apenas uma certa parte ou
propriedade do sistema real
 Os modelos em geral são aproximações

31

Introdução

 Elementos de Redes
 Roteadores/Comutadores
 Capacidade de Processamento

 Capacidade de Armazenamento (Buffer)

 Algoritmos de Escalonamento

 Enlaces de Transmissão
 Fibra ótica

 Pares metálicos/cabo coaxial

 Enlaces de Rádio (Microondas/Satélite)

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Introdução

 Arquitetura Geral do Roteador

Header Processing
Data Hdr Data Hdr
Lookup Update Queue
IP Address Header Packet

IP Address Next Hop

Address
Address Buffer
Buffer
Table
Table Memory
Memory

33

Introdução

Data Hdr Header Processing


Buffer
Data Hdr
Lookup Update
IP Address Header Manager

Address Buffer
Address Buffer
Table Memory
Table Memory

Data Hdr Header Processing


Buffer Data Hdr
Lookup Update
IP Address Header Manager

Address Buffer
Address
Table Data
MemoryHdr
Buffer
Memory
Table

Data Hdr Header Processing


Buffer
Lookup Update
IP Address Header Manager

Address Buffer
Address Buffer
Table Memory
Table Memory 34

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Estudo Analítico de Redes

 Exemplo de Modelo Determinístico:

NB=Número de bits transmitidos

N B = R ⋅T R=Taxa de transmissão

T=Tempo de transmissão

R bits/s
1 2
Enlace de Transmissão

35

Estudo Analítico de Redes

 Muitos fenômenos que ocorrem na rede são de


natureza probabilística:
 Instante de chegada dos pacotes
 Tamanho dos pacotes (Tempo de Serviço)
 Número de usuários
 Chegadas de requisições em um servidor de páginas
 Condições do canal (taxa de erro)
 Falha de enlaces e nós (confiabilidade)

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Estudo Analítico de Redes

 Exemplo de Modelo Probabilístico:


 Considere dois roteadores, R1 e R2, conectados através de um
enlace full-duplex na taxa de 256kbps, com atraso de
propagação de 50ms
256 kbps - Atraso de 50ms
R1 R2

 Na modelagem é necessário estabelecer qual a taxa de


transmissão λ1 e o tamanho dos pacotes gerados por R1 em
direção a R2
λ1
R1 R2

37

Estudo Analítico de Redes

 Parâmetros que Modelam o Tráfego:


 Tamanho dos Pacotes (Ti)
 Intervalo entre Pacotes (Ii)

 O comportamento do sistema precisa ser modelado


de forma probabilística
I5 I4 I3 I2 I1

T6 T5 T4 T3 T2 T1
R1 R2

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Estudo Analítico de Redes

 Tráfego numa LAN Ethernet (Bellcore)


 Tamanho dos dados (64 bytes – 1518 bytes) no quadro Ethernet,
não incluindo o preâmbulo, cabeçalho ou CRC

1600 1600

1400 1400
Tamanho dos Pacotes (Bytes)

Tamanho dos Pacotes (Bytes)


1200 1200

1000 1000

800 800

600 600

400 400

200 200

0 0
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0 3.5 4.0 4.5 5.0
Tempo (s) Tempo (s)

39

Estudo Analítico de Redes

 Tráfego WAN (Internet-Bellcore)

600
Tamanho dos Pacotes (Bytes)

400

200

0
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200
Tempo (s)

40

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Estudo Analítico de Redes

600
Tamanho dos Pacotes (Bytes)

400

200

0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20
Tempo (s)
41

Teoria de Probabilidades

 Portanto não podemos estudar o desempenho de redes sem utilizar


ferramentas matemáticas apropriadas:
 Teoria de Probabilidades
 Variáveis Aleatórias (V.A.)
 Processos Aleatórios (Estocásticos)

 Considere a realização de um experimento aleatório. O conjunto das


possíveis saídas (resultados) do experimento aleatório é denominado
espaço amostral (S)
 Dentro do espaço amostral podemos estar observando a ocorrência de
um evento específico (A)

42

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Teoria de Probabilidades

 Definições Básicas:
 A probabilidade é uma medida que associa a cada evento A
um número real P(A) tal que:

0 ≤ P ( A) ≤ 1
 Conceito de Freqüência Relativa:

nA
P( A) = lim
n→∞ n

43

Teoria de Probabilidades

 Principais Leis da Probabilidade:

P(S ) = 1 P ( A ) = 1 − P ( A)

P(φ ) = 0

P ( A ∪ B ) = P ( A ) + P (B ) − P ( A ∩ B )

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Teoria de Probabilidades

 Variáveis Aleatórias (V.A.)


 Uma variável aleatória, X, é uma função que associa um
número real com cada elemento do espaço amostral S.
 V. A. Contínuas
 Intervalo entre pacotes

 Tempo de atendimento de requisições num servidor

 Atraso dos pacotes na rede

 Variação do atraso (jitter)

 V. A. Discretas
 Número de pacotes transmitidos durante um intervalo

 Tamanho dos pacotes recebidos

45

Exemplo de Variáveis Aleatórias

 Suponha que foi medido o tráfego em um servidor de páginas.


Os seguintes parâmetros são modelados como uma variável
aleatória:
 X=Tamanho do pacote (bytes)
 Y=Intervalo entre pacotes (s)
 Z=Tempo de atendimento da requisição (s)

 As letras maiúsculas X, Y e Z designam a variável aleatória.


 As letras minúsculas designam x, y e z designam números reais,
que são os valores que as V.A. podem assumir.

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Exemplo de Variáveis Aleatórias

 Tráfego LAN Ethernet: Tempo (s) x Tamanho dos dados (bytes)

0.001340 1090 0.035844 174 0.072760 162


0.001508 174 0.038468 162 0.076728 174
0.004176 162 0.042524 174 0.079616 162
0.008140 174 0.044044 150 0.083732 174
0.011036 162 0.045324 162 0.086476 162
0.015072 174 0.047296 90 0.090484 174
0.017892 162 0.049248 174 0.093332 162
0.020604 150 0.050360 150 0.097492 174
0.022032 174 0.052184 162 0.101832 162
0.024300 90 0.053820 90 0.105752 174
0.024752 162 0.056356 174 0.110332 162
0.027356 150 0.059044 162 0.114340 174
0.028692 174 0.063028 174 0.118832 162
0.030840 90 0.065900 162 0.122752 174
0.031608 162 0.070032 174 0.125692 162

47

Variáveis Aleatórias

 Caracterização das Variáveis Aleatórias:


 Função Distribuição de Probabilidade da variável aleatória X:

FX ( x ) = P( X ≤ x )
Pr ( X ≤ a ) = FX (a )
Pr (a ≤ X ≤ b ) = FX (b ) − FX (a )

 Função Densidade de Probabilidade da variável aleatória X:


dFX ( x ) +∞
f X (x ) =
dx ∫
−∞
f X ( x ) dx = 1
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Distribuição Exponencial Negativa

 Distribuição Exponencial Negativa:

f X ( x ) = λ ⋅ e − λx
FX ( x ) = P( X ≤ x ) = 1 − e − λx
1
Média = E [X ] =
λ
 Considere como exemplo que o intervalo entre a chegada de
pacotes num enlace siga a distribuição exponencial negativa.
 Podemos interpretar graficamente a probabilidade de duração
dos intervalos.

49

Exemplo

Dis t ribuiç ão A c um ulada de P robabilidade


1

0.8

0.6
P(X<=x)

0.4

0.2

0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
x

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Variáveis Aleatórias

 Exercício – Desenhe o gráfico da seguinte função distribuição de


probabilidade:

 0, x ≤ 0

FX ( x ) =  x 3 , 0 < x < 1
 1, x ≥ 1

 Determine:

P( X > 0,7 )
P(0,4 < X ≤ 0,9 )

51

Variáveis Aleatórias

 Caracterização das Variáveis Aleatórias


 Função Densidade de Probabilidade:

dFX ( x ) +∞
f X (x ) =
dx
∫ −∞
f X (x ) dx = 1

x
FX ( x ) = P( X ≤ x ) = ∫ f X ( y ) dy
−∞

 Utilizando a função densidade de probabilidade podemos calcular:

b
P(a ≤ X ≤ b ) = ∫ f X ( y ) dy
a

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Variáveis Aleatórias

Função Densidade de Probabilidade


0.5

0.4

0.3
p(X=x)

0.2

0.1

0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
x

53

Distribuição de Probabilidade

 Principais Distribuições:
 Distribuição Uniforme
 Distribuição Normal
 Distribuição Lognormal
 Distribuição de Pareto

Exemplos do Matlab

54

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Estatísticas das Variáveis Aleatórias

 Quando utilizamos variáveis aleatórias na modelagem de


experimentos, estamos interessados nas médias estatísticas.

 Estas estatísticas são denominadas de momentos da variável


aleatória.

 Em geral, os dois momentos de particular interesse são:


 Valor Médio=Valor Esperado (primeiro momento)
 Variância (segundo momento central)

55

Estatísticas das Variáveis Aleatórias

 Se X é uma variável aleatória discreta, o n-ésimo momento é


definido como:

[ ]
E X n = ∑ xin ⋅ P{X = xi }
i

 Se X é uma variável aleatória contínua, o n-ésimo momento é


definido como:

[ ] +∞
E X n = ∫ x n ⋅ f X (x ) dx
−∞

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Estatísticas das Variáveis Aleatórias

 Se X é uma variável aleatória discreta, o n-ésimo momento


central é definido como:

[ ]
E ( X − X ) n = ∑ ( xi − X ) n ⋅ P{X = xi }
i

 Se X é uma variável aleatória contínua, o n-ésimo momento


central é definido como:

[ ] +∞
E (X − X ) = ∫ ( x − X ) n ⋅ f X (x ) dx
n
−∞

57

Estatísticas das Variáveis Aleatórias

 A média é designada por:

µ = E[ X ] = X

 A variância é designada por:

[
Var[X ] = E ( X − µ ) 2 = σ 2]
[ ]
Var[X ] = E X 2 − µ 2
 A raiz quadrada da variância é denominada de desvio padrão, σ

58

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Estimadores

 Os estimadores são utilizados para se obter as estatísticas a


partir da repetição (observação) do experimento.
 A média amostral:

n
xi 1 n
x =∑ = ∑ xi
i =1 n n i =1

 A variância amostral:
( xi − x ) 2
n
σ =∑
2

i =1 n

59

Exemplo

 Suponha que foi realizada as seguintes medições em um


servidor de páginas:
 Intervalo entre requisições
 Tamanho dos pacotes enviados
 Quantidade de pacotes transmitidos por requisição

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Exemplo

 Intervalo entre Requisições

0.1493 0.0357 0.0273 0.2188 0.2188 0.0788 0.1557 0.1605 0.0337 0.2607

0.2009 0.0366 0.2935 0.0237 0.4973 0.0306 0.0059 0.0403 0.0024 0.0187

0.1448 0.0479 0.1043 0.3216 0.0102 0.0109 0.0089 0.1096 0.0579 0.0102

0.1031 0.0613 0.0358 0.0579 0.4676 0.1101 0.0259 0.0112 0.0532 0.0018

0.1628 0.1193 0.0595 0.0141 0.1058 0.0277 0.1169 0.1221 0.1622 0.0345

0.0020 0.0823 0.0105 0.0622 0.0454 0.1983 0.0673 0.1023 0.1090 0.1952

0.0066 0.0281 0.0308 0.0286 0.1379 0.0624 0.1028 0.1088 0.1308 0.1700

0.0956 0.1246 0.0285 0.0166 0.1226 0.0325 0.0434 0.0699 0.2957 0.0754

0.0719 0.0473 0.1027 0.0327 0.0074 0.0603 0.0092 0.1291 0.0518 0.3773

0.0138 0.0095 0.0584 0.1092 0.0396 0.0716 0.0271 0.1024 0.1219 0.1712

61

Exemplo

 Intervalo entre Requisições:


 Valor médio estimado: 0,0937 Desvio padrão: 0,0943
 Histograma:
Freqüência Observada
Intervalo (s)
(fo)
0 – 0,05 41
0,05 - 0,1 18
0,1 – 0,15 23
0,15 – 0,20 8
0,20 – 0,25 3
0,25 – 0,30 3
0,30 – 0,35 1
0,35 – 0,40 1
0,40 – 0,45 0
0,45 – 0,50 2

62

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Exemplo

Histograma de Ocorrências
45

40

35

30
Número de Ocorrências

25

20

15

10

0
0 0.05 0.1 0.15 0.2 0.25 0.3 0.35 0.4 0.45 0.5
Intervalo

63

Teste de Aderência

 O histograma é similar a uma distribuição exponencial negativa.


 Para verificar a qualidade da aproximação oferecida pela distribuição
exponencial negativa aplicamos o teste Chi-quadrado.
 Calcula-se:
k
( f oi − f ei )2 f X ( x ) = λ ⋅ e − λx
χ =∑ 2
=D
i =1 f ei FX (x ) = 1 − e − λx
 fe = freqüência esperada pela distribuição teórica
 fo = freqüência observada (histograma)

64

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Teste de Aderência

Freqüência Freqüência
Intervalo D
Observada (foi) Esperada (fei)
0 – 0,05 41 41,3561 0,0031
0,05 - 0,1 18 24,2528 1,6121
0,1 – 0,15 23 14,2228 5,4166
0,15 – 0,20 8 8,3408 0,0139
0,20 – 0,25 3 4,8914
0,25 – 0,30 3 2,8685
0,30 – 0,35 1 1,6822
0,1606
0,35 – 0,40 1 0,9865
0,40 – 0,45 0 0,5785
0,45 – 0,50 2 0,3393
7,2063

65

Teste de Aderência

 O teste de aderência de Chi-quadrado compara o valor de D com o valor


tabelado da distribuição Chi-quadrado:

χ α2 , k −r −1

 onde α é o nível de significância, k é o número de classes, k-1 é o


número de graus de liberdade e r é o número de estimadores da
distribuição em estudo.
 Para que a hipótese seja aceita,

D < χ α2, k −r −1

66

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Segurança de Sistemas - PPGIA - PUCPR

Teste de Aderência

 Para um nível de significância de α = 0,05 χα , k −r −1 = χ 0.05, 3


alfa
Graus de 0.995 0,990 0,950 0,900 0,800 0,500 0,200 0,100 0,050 0,010 0,005
Liberdade
1 0,000 0,000 0,004 0,016 0,064 0,455 1,642 2,706 3,841 6,635 7,879

2 0,010 0,020 0,103 0,211 0,446 1,386 3,219 4,605 5,991 9,210 10,597

3 0,072 0,115 0,352 0,584 1,005 2,366 4,642 6,251 7,815 11,345 12,838

4 0,207 0,297 0,711 1,064 1,649 3,357 5,989 7,779 9,488 13,277 14,860

5 0,412 0,554 1,145 1,610 2,343 4,351 7,289 9,236 11,070 15,086 16,750

6 0,676 0,872 1,635 2,204 3,070 5,348 8,558 10,645 12,592 16,812 18,548

7 0,989 1,239 2,167 2,833 3,822 6,346 9,803 12,017 14,067 18,475 20,278

8 1,344 1,647 2,733 3,490 4,594 7,344 11,030 13,362 15,507 20,020 21,955

9 1,735 2,088 3,325 4,168 5,380 8,343 12,242 14,684 16,919 21,666 23,589

10 2,156 2,558 3,940 4,865 6,179 9,342 13,442 15,987 18,307 23,209 25,188

67

Teste de Aderência

 Considere os seguintes valores médios estimados para o


exemplo anterior:
 Intervalo entre requisições= 0,0937s
 Tamanho dos Pacotes=503 bytes
 Quantidade de pacotes transmitidos por requisição=12

 Determine a capacidade mínima para o enlace deste servidor ?


 Quais fatores afetam este dimensionamento ?

68

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Exercício

 Realize o teste de aderência para os dados abaixo, que representam o


tamanho dos pacotes (bytes) transmitidos pelo servidor:

512 448 498 587 435 583 489 373 342 470
630 582 458 517 565 531 673 541 502 639
449 346 473 453 507 456 431 429 550 410
469 531 505 537 357 486 612 529 370 451
591 438 612 423 488 558 601 444 628 525
461 471 441 392 690 384 566 630 365 654
571 617 584 530 448 533 569 724 370 433
408 551 452 468 387 447 324 543 479 489
435 555 542 249 452 485 586 422 528 502
506 487 474 352 352 577 554 341 273 669

69

Teoria de Filas

 A teoria de filas é uma importante área de aplicação da teoria de


probabilidades.
 A teoria de filas é utilizada para análise e dimensionamento de
redes de comunicações e sistemas computacionais.

70

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Segurança de Sistemas - PPGIA - PUCPR

Teoria de Filas

 Sistemas de fila também são formados em sistemas e redes de


comunicações:
 Fila de pacotes aguardando por transmissão.
 Fila de pacotes aguardando por roteamento/comutação.
 Fila de pacotes recebidos na placa de rede de um terminal.
 Fila de chamadas telefônicas aguardando por linha em um PABX.
 Fila de amostras de voz recebidas em um telefone IP.

71

Teoria de Filas

 Um sistema de filas (Q – Queuing System) é um sistema


composto por:
 Uma ou mais filas (W – Waiting Line) onde são armazenados os
elementos que aguardam por atendimento.

 Um ou mais servidores (S – Servers) que atendem os elementos.

 Um processo de chegada, que define como os elementos chegam


ao sistema.

 Um processo de atendimento, que define como os elementos são


atendidos pelo sistema.

 O tamanho da população que gera os elementos.

72

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Segurança de Sistemas - PPGIA - PUCPR

Teoria de Filas

 Sistema de Filas com 1 Fila e vários Servidores


Autor: Prof. Antonio M. Alberti - INATEL

Processo Processo
Taxa média de chegada de Chegada de Atendimento
de elementos. Ex.: 5
elementos/segundo.
λ Fila (W)
S1
µ
População S2
µ
.
Elemento que chega . Servidores (S)
ao sistema. .
Sm
Armazenamento µ
Elemento sendo
servido. Servidor
Taxa média de
ocupado. atendimento de

Sistema de Fila (Q) = Fila (W) + Servidor (S)


elementos. Ex.: 273
elementos/segundo.

Teoria de Filas

 Métricas de Desempenho: Ocupação Nº Médio de Elementos


nos Servidores
Autor: Prof. Antonio M. Alberti - INATEL

Nº Médio de Elementos que Chegam ao Sistema E{s}


E{x} = λ Fila (W)
S1
µ
População S2
Nº Médio de Elementos na Fila
µ
E {w} .
. Servidores (S)
.
Sm
µ
Nº Médio de Elementos no Sistema de Fila Nº Médio de
E{q} = E{w} + E{s} Elementos que
Saem ao Sistema

74
E{y} = µ

Prof. Marcelo E. Pellenz 37


Curso de Especialização em Redes e
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Teoria de Filas

Tempo Médio
 Métricas de Desempenho: Atraso de Serviço
1
E{t s } =
Autor: Prof. Antonio M. Alberti - INATEL

µ
Fila (W)
S1
µ
População S2
Tempo Médio de Armazenamento
µ
E {t w } .
. Servidores (S)
.
Sm
µ
Tempo Médio no Sistema de Fila

E {t q } = E {t w }+ E {t s }
75

Teoria de Filas

 A notação de Kendall foi desenvolvida em 1951 para


descrever o comportamento de um sistema de fila em uma
Autor: Prof. Antonio M. Alberti - INATEL

única frase:

A/ B/m/ K / S / X
Processo de chegada Disciplina de serviço

Processo de atendimento
Tamanho da população

Número de servidores Nº total de elementos no sistema

76

Prof. Marcelo E. Pellenz 38


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Teoria de Filas

 Notação de Kendall Expandida:


Autor: Prof. Antonio M. Alberti - INATEL

A/ B/m/ J / K / S / X
Processo de chegada Disciplina de serviço

Processo de atendimento
Tamanho da população

Número de servidores Nº total de elementos no sistema

Número de elementos na fila

77

Teoria de Filas

 Processo de Chegada (A)


 Descreve o processo que modela as chegadas de elementos ao
Autor: Prof. Antonio M. Alberti - INATEL

sistema.

 As seguintes opções são utilizadas:


 M – Markoviano
 Intervalo de tempo entre chegadas é exponencial.

 D – Determinístico
 Intervalo de tempo entre chegadas é constante.

 Ek – Erlang

 Hk – Hiperexponencial
 G – Genérico
 Intervalo de tempo entre chegadas é tratado de forma
genérica, independente da distribuição.
78

Prof. Marcelo E. Pellenz 39


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Teoria de Filas

 Processo de Atendimento (B)


 Descreve o processo que modela o atendimento de elementos no
Autor: Prof. Antonio M. Alberti - INATEL

sistema.

 As seguintes opções são utilizadas:


 M – Markoviano
 O tempo de serviço de um elemento é exponencial.
 D – Determinístico
 O tempo de serviço de um elemento é constante.

 Ek – Erlang
 Hk – Hiperexponencial
 G – Genérico
 O tempo de serviço de um elemento é tratado de forma
genérica, independente da distribuição.

79

Teoria de Filas

 Tamanho da População (S)


Descreve o tamanho da população que gera elementos para o
Autor: Prof. Antonio M. Alberti - INATEL


sistema. Tipicamente é considerada como infinito.

 Disciplina de Serviço (X)


 Os elementos que aguardam por serviço na fila podem ser
selecionados de acordo com uma regra chamada disciplina de
serviço. Dentre as principais disciplinas estão:
 FCFS – First Come First Served
 Primeiro elemento que chega é o primeiro a ser atendido.
 LCFS – Last Come First Served
 Último elemento que chega é o primeiro a ser atendido.

 SIRO – Service In a Random Order


 Elementos são atendidos em ordem aleatória.
80

Prof. Marcelo E. Pellenz 40


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Teoria de Filas

Processo Processo
de Chegada
A de Atendimento
B
Autor: Prof. Antonio M. Alberti - INATEL

λ Buffer Infinito
S1
µ
S2
µ m
.
.
.
X Sm
µ
População
S K
81

Teoria de Filas
Processo
A/ B /m/ J / K / S / X de Atendimento B=M
Markoviano
M / M / 9 / 5 / 14 / ∞ / FCFS
Autor: Prof. Antonio M. Alberti - INATEL

J=5
λ S1
µ
S2
Processo
Buffer finito com no µ
máximo 5 elementos. .
de Chegada
. m=9
Markoviano .
A=M X=FCFS S9
µ

S=∞ População Infinita


K=5+9=14
82

Prof. Marcelo E. Pellenz 41


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Segurança de Sistemas - PPGIA - PUCPR

Teoria de Filas

 Modelo do Roteador
 Enlaces full duplex
 O processo de roteamento insere pacotes no buffer

83

Modelo Simplificado de Tráfego

µ clientes/s

1
λ clientes/s m

n
1 λ = tempo médio entre chegadas
1 µ = tempo médio de serviço
84

Prof. Marcelo E. Pellenz 42


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Modelo de Sistema com Perdas Puras

 Usuário – Qual a probabilidade do sistema estar ocupado chegar ?


 Sistema – Qual o fator de utilização dos servidores ?

µ clientes/s
m=0 1
λ clientes/s
M

n
85

Processo de Tráfego Telefônico

ocupação canal-por-canal Tempo de duração da chamada


6
5
Canais

4
3
2
1

tempo
instantes de chegada das chamadas

chamada bloqueada
Número de canais ocupados

6
5
4
3
2
1
0
volume de tráfego tempo
86

Prof. Marcelo E. Pellenz 43


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Segurança de Sistemas - PPGIA - PUCPR

Processo de Tráfego Telefônico

ocupação canal-por-canal Tempo de duração da chamada


6
5
Canais

4
3
2
1

tempo
instantes de chegada das chamadas

chamada bloqueada
Número de canais ocupados

6
5
4
3
2
1
0
volume de tráfego tempo
87

Modelo de Sistema com Atrasos Puros

 Usuário – Qual a probabilidade de se esperar muito tempo ?


 Sistema – Qual o fator de utilização dos servidores ?
µ clientes/s

1
m=∞
λ clientes/s
M

88

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Segurança de Sistemas - PPGIA - PUCPR

Modelo de Sistema Misto

µ clientes/s

1
λ clientes/s 0 < m < ∞
M

89

Sistema Sem Perdas

 Nenhum cliente é perdido, nem precisa esperar para


ser atendido
µ clientes/s
m=0 1
λ clientes/s
M

90

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Segurança de Sistemas - PPGIA - PUCPR

Fórmula de Little

 Considere um sistema onde:


 Novos clientes chegam na taxa λ clientes/s

 Condição de Estabilidade:
 Os clientes não se acumulam no sistema
 Ocasionalmente o sistema está vazio

 Conseqüência:
 Os clientes deixam o sistema na taxa λ
N = número médio de cliente no sistema
T = tempo médio do cliente no sistema
N = λ ⋅T
91

Modelos de Tráfego

 Modelos Clássicos para Rede Telefônica


 Modelos de Perda

 Modelos Clássicos para Rede de Dados


 Modelos de Filas
 Tráfego consiste de pacotes transmitidos no enlace

92

Prof. Marcelo E. Pellenz 46


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Modelo Clássico para Tráfego de Dados

 1 Servidor + Buffer Infinito


 Cliente=Pacote
 Taxa de chegada de pacotes (pacotes/s)
 L=Tamanho médio dos pacotes (unidades de dados)

 Servidor=Enlace
 C=Velocidade do enlace (unidades de dados/tempo)

 Tempo de Serviço=Tempo de Transmissão dos Pacotes

λ pacotes/s m=∞ 1µ=L C

93

Processo de Tráfego de Dados

Estado dos Pacotes no Sistema (em espera ou sendo transmitidos)


tempo de espera

tempo de transmissão

tempo
instantes de chegada dos pacotes
Número de pacotes

Número de Pacotes
no Sistema
no sistema

4
3
2
1
0
tempo

Utilização do Enlace
1
0
tempo
94

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Carga de Tráfego

 Redes de Dados Comutada por Pacotes

Tráfego=Pacotes

Taxa de Chegada = λ

C
Taxa de Serviço = µ =
L
λ λL
Carga de Tráfego = ρ = =
µ C
 A carga de tráfego é adimensional

95

Exemplo

 Considere um enlace entre dois roteadores. Assuma que:


 Na média, 10 novos pacotes chegam em um segundo
 O tamanho médio dos pacotes é 400 bytes
 A velocidade do enlace é de 64kbps

λL 10 ⋅ 400 ⋅ 8
ρ= = = 0,5 = 50%
C 64000
 Se a velocidade do enlace for aumentada para 150Mbps:

λL 10 ⋅ 400 ⋅ 8
ρ= = = 0,0002 = 0,02%
C 150 ⋅10 6

96

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Teoria de Filas

 a/b/m/K
 a=distribuição de probabilidade do intervalo entre chegadas
 M (Markov) denota o processo de chegada de Poisson, com
chegadas independentes e identicamente distribuídas (iid)
 b=distribuição de probabilidade do tempo de serviço
 M (Markov) denota exponencialmente distribuído

 D (Determinístico) denota tempo de serviço constante

 G (Geral) denota tempo de serviço i.i.d. seguindo alguma


distribuição geral
 E (Erlang)

 H (Hiperexponencial)

 m=número de servidores
 K=número máximo de clientes permitidos no sistema

97

Teoria de Filas

 Notação:
 NS=Número médio de pacotes no sistema
 NF=Número médio de pacotes na fila
 NA=Número de pacotes em atendimento
 TS=Tempo no sistema
 TF=Tempo na fila
 TA=Tempo de atendimento

98

Prof. Marcelo E. Pellenz 49


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Teoria de Filas

 Teorema de Little
 Aplicando o teorema obtemos as seguintes relações:

E [NS ] = λ ⋅ E [TS ]
E [NA] = λ ⋅ E [TA]
E [NF ] = λ ⋅ E [TF ]

99

Fila M/M/1

 Probabilidade de existirem n pacotes no sistema:


n
λ  λ
Pn =   ⋅ 1 −  = ρ n ⋅ (1 − ρ )
µ  µ
λ2
 Número de pacotes na fila: NF =
µ (µ − λ )
λ ρ
 Número de pacotes no sistema: NS = E[n] = =
µ −λ 1− ρ

 Número de pacotes sendo atendidos: NS = NF + NA

100

Prof. Marcelo E. Pellenz 50


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Fila M/M/1

 Tempo na fila:
λ
TF =
µ (µ − λ )
 Tempo no sistema:

1
TS = NS = λ ⋅ TS
µ −λ

1
 Tempo de atendimento: TS = TF + TA TA =
µ

101

Exercício 1

 Considere uma interface de um roteador recebendo uma média


de 100 pacotes/s. O tamanho médio dos pacotes é 1000 bytes.
Os pacotes são transmitidos (roteados) para o enlace na taxa de
1Mbps. Considerando que o intervalo entre chegadas e o
tamanho dos pacotes podem ser modelados utilizando a
distribuição exponencial (M/M/1).
 Determine:
 O tempo médio de atraso dos pacotes devido à fila no roteador e o
tempo médio entre a recepção do pacote e a sua transmissão
 O número médio de pacotes no buffer
 Se o buffer for dimensionado para suportar o número médio de
pacotes, qual será a probabilidade de perda de pacotes ?

102

Prof. Marcelo E. Pellenz 51


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Exercício 1

 Resolução:
 Para 100 pacotes/s com tamanho médio de pacote de 1000bytes,
teremos uma taxa de chegada de 100*1000*8=800kbps
 O tempo de atendimento médio (TA) será 8000bits/1Mbps=8ms
1 L C
TA = = = 8ms µ= = 125
µ C L
 Utilizando as equações do modelo M/M/1:

λ 100 λ ρ
ρ= = = 0,8 NS = = =4
µ 125 µ −λ 1− ρ
NS = λ ⋅ TS
TS = 0,04
103

Exercício 1

 Resolução:
 Para 100 pacotes/s com tamanho médio de pacote de 1000bytes,
teremos uma taxa de 100*1000*8=800kbps

TS = TF + TA TF = 0,032
E [NF ] = λ ⋅ E [TF ] NF = 3,2
 Utilizando as equações do modelo M/M/1, se o buffer for
dimensionado para 3200 bytes, as probabilidades de se ter
0, 1, 2 e 3 pacotes no sistema é dada por:

P0 = 0,2 P2 = 0,128
Pn = ρ n ⋅ (1 − ρ )
P1 = 0,16 P3 = 0,1024

104

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Exercício 1

 Resolução:
 A probabilidade de haver mais que 3 pacotes no sistema
(probabilidade de perda) é calculada como:

Pn >3 = 1 − (P0 + P1 + P2 + P3 ) = 0,4096

 A probabilidade de descarte é de 41%

105

Exercício 2

 Um concentrador recebe mensagens de um grupo de terminais e


transmite através de uma única linha de transmissão. O sistema é
modelado como uma fila M/M/1. O tempo médio entre chegadas das
mensagens é de 4ms. O tempo médio de transmissão é de 3ms.
 Determine:
 Número médio de mensagens no sistema e o atraso total
 Qual aumento percentual na taxa de chegada resulta em dobrar o
atraso médio total

106

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Exercício 3

 Num gateway da rede, medidas mostram que os pacotes chegam numa


taxa média de 125 pacotes/s e o gateway leva em média 2ms para
encaminhar um pacote. Utilizando um modelo de fila M/M/1, analise o
gateway.
 a) Qual a probabilidade de estouro do buffer se o gateway possui um
buffer para apenas 13 pacotes ?
 b) Qual a capacidade do buffer para manter a taxa de perda de
pacotes inferior a 1E-6 ?

107

Multiplexação TDM/FDM

1 2 … m 1 2 … m 1 2 … m
t
µ1
λ1
C
Ci =
µ2 m
λ λ2 C 1
λi = µi = ⋅
m m L
µm Ci
λm µi =
L

108

Prof. Marcelo E. Pellenz 54


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Técnicas de Multiplexação

 Comparação: A multiplexação estatística possui menor atraso médio, mas


maior variância de atraso. A multiplexação estatística elimina a
necessidade de identificar o fluxo de tráfego associado com cada pacote.
1 1 m
TS SM = TSTDM = = = m ⋅ TS SM
µ −λ µ m−λ m µ −λ
µ m
λ µ λ m
λ m
λ m λ m

λ m …

Multiplexação λ m
Estatística
TDM/FDM
109

Simulação de Fila M/M/1

 Utilizar simulador NS-2 (filamm1.tcl)


 Esboçar o cenário de simulação (nós+enlaces)
 O intervalo entre chegadas e o tempo de serviço seguem
distribuição exponencial
 Identificar o tempo médio entre chegadas e o tempo médio de
serviço (tamanho médio dos pacotes)
 Calcular analiticamente o número médio de pacotes na fila
 Utilizando os resultados de simulação, traçar o gráfico de
comportamento do tamanho do buffer (coluna 5) versus tempo
(coluna 1)

110

Prof. Marcelo E. Pellenz 55

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