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Carlos Alberto Pimentel
Management Systems Auditor and Consultant (ISO 14001/9001/20000­1;OHSAS Seguindo
18001, NBR 16001/SR­10; Strategic Planning)

Risk Based Thinking – O novo desafio para a
implantação e condução de um Sistema de Gestão
da Qualidade ISO 9001:2015
24 de abr de 2016 16 visualizações 2 pessoas gostaram 1 comentário
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O que é risco?


O conceito de risco de acordo com a ISO 9001:2015 está relacionado com a
incerteza de a organização não atingir os dois principais objetivos através do seu
Sistema de Gestão da Qualidade, ou seja:

Prover confiança na habilidade de a organização fornecer consistentemente
produtos e serviços em conformidade com os requisitos dos clientes e aos
estatutários e regulamentares aplicáveis;

Aumentar a satisfação dos clientes.

A norma ISO 9000:2015 – Sistemas de gestão da qualidade – Fundamentos e
vocabulário define risco como o efeito de uma incerteza (3.7.9). O efeito é o desvio
do esperado e pode ser negativo ou positivo. O risco frequentemente é resultante
da combinação das consequências de um evento ou das combinação de fatores
envolvidos, levando em consideração a probabilidade da sua ocorrência.

A palavra chave ao tratarmos do fator risco é a incerteza. O estado de incerteza é a
falta total ou parcial de informação, de conhecimento ou de entendimento
relacionado a um evento, as possíveis consequências ou da sua probabilidade de
ocorrência. Assim para melhor entendermos o conceito de risco, devemos
considerar o quanto o contexto interno e externo de atuação de uma organização
é afetado pelas incertezas.
 As organizações de qualquer tamanho ou ramo de atuação são fortemente
afetadas pelo contexto externo e interno, principalmente devido à globalização e
os novos meios de comunicação digital. Neste sentido, já em 1967, o economista e
filosofo John Kenneth Galbraith previa, na sua obra "A Era da Incerteza" , o
cenário da globalização nas próximas décadas e descrevia as possíveis incertezas
da economia com o surgimento das megacorporações. Assim, por conta de todas
essas mudanças, há um cenário de muita incerteza em relação ao futuro da
economia neste início do Século XXI. Sem dúvida os diversos efeitos dessas
mudanças que afetam as grandes corporações, direta ou indiretamente, também
afetariam os negócios das médias e pequenas empresas.

Em sintonia com esse novo paradigma, a versão da ISO 9001:2015 reconhece a
importância de as organizações passarem a considerar e tratar sistematicamente
os efeitos do contexto externo e interno no sucesso e sobrevivência do negócio em
garantir a qualidade de seus produtos e serviços.

Na avaliação das oportunidades e ameaças do seu contexto externo haverá
sempre um ou mais fatores onde a incerteza poderá representar um risco maior
ou menor. Portanto, no contexto interno, as organizações necessitam mais que
nunca focar os seus processos gerenciais, de realização e de apoio, assim como
nos seus pontos fortes e nos pontos fracos identificados. A manutenção ou o
reforço de um ponto forte irá influir na redução dos riscos pertinentes a um ou
mais desses processos. Por outro lado, um ponto fraco não considerado poderá
aumentar os riscos envolvidos. À organização não restará outra opção a não ser
sistematicamente reduzir ou eliminar os seus pontos fracos. A prática de
“empurrar o problema com a barriga”, com certeza, só irá aumentar o risco
envolvido e, numa mudança de cenário externo, poderá ser fatal à sobrevivência
do negócio.

 O que é “Risk Based Thinking” ou Mentalidade de Risco ?

O conceito de mentalidade de risco não é novo e estava presente implicitamente
nas versões anteriores desta Norma nos requisitos de planejamento, análise
crítica e melhoria contínua.

Um dos objetivos principais de um sistema de gestão da qualidade é ser usado
como uma ferramenta preventiva. Assim, para atender os seus princípios básicos,
a 9001:2015 especifica requisitos para a organização entender seu o contexto (4.1)
e determinar riscos com uma base para o planejamento (6.1). Isto deve resultar
na aplicação da mentalidade de risco ao planejamento e implementação dos
processos de gestão da qualidade (4.4) e servir de auxílio na determinação e
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requisitos de sistema de gestão da qualidade.
Risk Based Thinking – O novo