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PAIXÃO SEGUNDO

SÃO MATEUS
BWV 247, BACH

Ana Lúcia Silva


7º GRAU | ACADEMIA DE MÚSICA JOSÉ ATALAYA
ÍNDICE
ÍNDICE ......................................................................................................... 1
BREVE INTRODUÇÃO ................................................................................... 2
BACH ........................................................................................................... 3
PAIXÕES, ORATÓRIOS E MISSAS .................................................................. 4
PAIXÃO SEGUNDO SÃO MATEUS ................................................................. 5
CONCLUSÃO ................................................................................................ 8
BREVE INTRODUÇÃO
 No âmbito da disciplida de História da Cultura e das Artes, lecionada
pela professora Jacinta Borges, foi-nos proposta a realização de um
trabalho sobre uma obra de um compositor do período Barroco. Dentro
das várias opções, a que escolhi foi A Paixão Segundo São Mateus, de
Johann Sebastian Bach.
 A Paixão segundo São Mateus, é uma oratória de Johann Sebastian
Bach, que representa o sofrimento e a morte de Cristo segundo o
Evangelho de Mateus, com libreto de Picander (Christian Friedrich
Henrici). Com uma duração de mais de duas horas e meia, é a obra mais
extensa do compositor. Trata-se, sem dúvida alguma, de uma das obras
mais importantes de Bach e uma das obras-primas da música ocidental.
Esta e a Paixão segundo São João são as únicas paixões autênticas do
compositor conservadas em sua totalidade.
BACH
 Johann Sebastian Bach (Eisenach, 21 de março de 1685 — Leipzig, 28
de julho de 1750) foi um compositor, cantor, cravista, maestro, organista,
professor, violinista e violista oriundo da atual Alemanha.
 O apelido de Johann Sebastian Bach significa “ribeiro”. Wagner
pensava na totalidade da obra de Bach, referindo-se principalmente ao
ponto alto das suas obras vocais, a Paixão segundo São Mateus e Missa
em Si Menor, quando disse, numa célebre frase: “Não um ribeiro, mas sim
um mar.”
 Mendelssohn, autêntico descobridor do compositor através da Paixão
segundo São Mateus, pôs na moda um Bach passado pelo crivo dos gostos
musicais do século XIX.
PAIXÕES, ORATÓRIOS E MISSAS
 O oratório surgiu em Roma no século XVI, e era, originalmente, um
drama musical sobre um tema religioso interpretado nas igrejas sem
qualquer tipo de cenário ou vestuário. Rapidamente a Alemanha
protestante fê-lo seu mas definindo como tema a Natividade e Paixão.
 Nos oratórios Bach destaca-se com: Oratório de Natal, BWV 248; e
Oratório de Páscoa, BWV 249. Ao compôr estas obras Bach recorreu a
antigas cantatas profanas.
 O seu sucesso deu-se nas paixões, onde consegue um impulso
dramático que muitos compositores de ópera do seu tempo deveriam tar
gostado de ter. Foram elas: Paixão segundo São João, BWV 245 (1725),
Paixão segundo São Mateus, BWV 244 (1727 ou 1729), e consta-se que
haja pelo menos uma terceira paixão, Paixão segundo São Marcos, mas
desta só nos chegou o texto, e uma quarta também, pois chegou
autografada pelo pai e filho (Carl Philipp Emanuel Bach), sendo ela a
Paixão segundo São Lucas. As duas paixões foram criadas também com fim
pedagógicos, visto que foram criadas na igreja de São Tomás, com coros
desta igreja e solistas e instrumentistas locais.
 Bach destaca-se também com as suas missas, com as Missas Luteranas,
BWV 233-236, mas principalmente com a Missa em Si menor, BWV 232.
Era destinada a seis solistas vocais, um coro a cinco partes e uma
orquestra formada por duas flautas, três oboés, dois fagotes, uma trompa,
três trombetas, timbales, cordas e baixo contínuo, sendo que o próprio
Bach reconheceu que era pouco adequada à liturgia, mas continua a ser
um monumento da arte musical de todos os tempos.
PAIXÃO SEGUNDO SÃO MATEUS
 A Paixão segundo São Mateus é um exemplo de uma obra fortemente
tingida pela sensibilidade do seu pela sensibilidade do seu criador. Ele
próprio considerava-a uma das suas obras mais conseguidas, por vezes
referindo-a como “a minha grande Paixão”. Ele próprio se encarregou de
elaborar uma versão caligráfica da partitura especialmente cuidada, em
que indica inclusive o nome dos músicos de Leipzig que deveriam
interpretá-la.
 A 11 de Março de 1829, em Berlim, Mendelssohn (20 anos) dirigiu a
Paixão segundo São Mateus, de Johann Sebastian Bach, num concerto que
ficou registado como algo histórico. Antes deste concerto, Bach era
considerado um compositor um pouco antiquado, uma antiguidade que
para os especialistas não se comparava com a arte de um Mozart ou
Beethoven, compositores estes muito mais próximos da nova
sensibilidade. Por este motivo este concerto foi uma grande revelação. A
irmã de Mendelssohn, Fanny, também compositora, disse: “Nunca até
agora ouvira coros com tanta força e, simultaneamente, de uma doçura
tão emocionante...”. Voltava assim à vida a obra, e com ela o compositor.
 Esta obra foi apresentada na Sexta-feira santa de 1727/29, na igreja de
São Tomás, em Leipzig. Alguns dos fiéis manifestaram uma firme oposição,
visto que para uma sociedade tão conservadora, musical e moralmente
falando, a obra apresentava aspetos que a aproximavam da ópera,
excessivamente frívolo e superficial, sendo assim impróprio para a data
tão sagrada: a morte de Cristo. Mas a beleza, a impressão, e a emoção
acabaram por ter mais força do que estes preconceitos.
 O libreto desta paixão vem diretamente do Evangelho de São Mateus,
ao qual se juntaram versos novos para dar forma aos recitativos, árias e
corais. Juntamente com Picander estabeleceu partes dramáticas junto a
outras meditativas, as primeiras a cargo de personagens como o
Evangelista (tenor), Jesus (baixo), Pedro (barítono) ou Pilatos (barítono),
que se expressavam por meio de recitativos, as segundas a cargo de
solistas vocais, que, nas suas árias, meditam sobre o que vai acontecendo.
O coro encarrega-se de representar a multidão vociferante que assiste à
Paixão de Cristo, intervindo diretamente na ação da obra.
 A Paixão segundo São Mateus é composta por 68 números, isto é,
coros, corais, recitativos e árias. Passo a explicar as mais significativas:
 Abre-se com uma introdução lenta da orquestra, antecedendo um
duplo coro atribuindo assim um caráter meditativo;
 Depois incorpora também um coral cantado por um coro de
crianças (“Cordeiro do Senhor sem mácula”);
 Segue-se outro coral (“Amado Jesus, que crime cometeste?”) e é
uma espécie de comentário dos fiéis, também representado no
palco. Trata-se de uma simples composição breve, sem adornos, de
expressão direta, em que se unem as vozes do coro e da orquestra;
 Seguidamente temos uma ária para contralto (“Penitência e
arrependimento”) na forma da capo – três partes, onde a terceira é
repetição da primeira – onde reduz a orquestra ao baixo contínuo e
a flauta, que acompanhava o solista;
 Temos depois a ária do soprano (“Sangra, querido coração”), em
forma de ritornello, e o tema seria então apresentado pelas cordas
e flauta de bisel;
 Depois temos o coral (“Quero ficar aqui, perto de Ti”), de uma
brevidade impressionante;
 Com a ária do tenor (“Quero velar perto do meu Jesus”) chegamos a
um dos fragmentos mais belos de toda a composição, onde cada
intervenção do solista, acompanhado pelo oboé, é respondida pelo
segundo coro;
 O baixo intervem , comentando o episódio onde Cristo pede ao Pai
que afaste dele o cálice da morte, num recitativo tenso. A sua ária,
com cordas e baixo contínuo, insiste nessa ideia de aceitação de
Cristo e de como esse sacrifício lava todos os pecado da
Humanidade;
 Já na segunda parte temos uma ária do contralto (“Tem piedade de
mim, meu Deus”) que sucede a um dos momentos mais dramáticos
de toda a obra, o da tripla negação de Pedro no Monte das
Oliveiras, onde o primeiro violino brilha;
 A seguinte ária do baixo (“Devolvam-me o meu Jesus!”) contrasta
pelo tempo rápido e ritmo bem marcado, onde é descrita a traição
de Judas;
 Seguidamente temos a ária do contralto (“Se as lágrimas das
minhas faces”) onde Jesus foi condenado à morte. A próprima
música adquire um tom de marcha lenta e solene;
 Temos depois uma ária do baixo (“Purifica-te, meu coração”) com
uma doçura incomparável, quase pastoril nas intervenções dos
oboés;
 Temos ainda um recitativo onde mostra Jesus já enterrado (“Agora
o Senhor já descansa em paz”);
 “Boa noite, meu Jesus” profere o coro, juntando-se os solistas
vocais com uma textura quase operística;
 E por fim o coro final interpreta um hino de louvor e gratidão, em
que os dois coros de unem pela útima vez.
CONCLUSÃO
 Como vimos, esta foi a obra que elevou o nome de Bach para junto dos
grandes compositores, juntamente com outras obras não menos
importantes.
 Espero que esta apresentação tenha sido minimamente exclarecedora
e que tenha tirado as vossas dúvidas.
ÁUDIOS
 https://www.youtube.com/watch?v=Xf2jGSvsA7c – Abertura
 https://www.youtube.com/watch?v=lar4DWUmY9k – “Quero velar
perto de meu Jesus”
 https://www.youtube.com/watch?v=UqNVVBzzu3c – “Se as lágrimas
das minhas faces”
 https://www.youtube.com/watch?v=s6KMb9BKNAA – “Agora o Senhor
já descansa em paz”

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