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O documento apresenta a obra A Paixão Segundo São Mateus, de Johann Sebastian Bach. A obra é um oratório que representa o sofrimento e morte de Cristo segundo o Evangelho de Mateus, com mais de duas horas e meia de duração. O documento descreve a estrutura da obra, incluindo introdução, corais, árias e recitativos, e destaca a importância histórica da obra para a popularização de Bach como um dos maiores compositores.
O documento apresenta a obra A Paixão Segundo São Mateus, de Johann Sebastian Bach. A obra é um oratório que representa o sofrimento e morte de Cristo segundo o Evangelho de Mateus, com mais de duas horas e meia de duração. O documento descreve a estrutura da obra, incluindo introdução, corais, árias e recitativos, e destaca a importância histórica da obra para a popularização de Bach como um dos maiores compositores.
O documento apresenta a obra A Paixão Segundo São Mateus, de Johann Sebastian Bach. A obra é um oratório que representa o sofrimento e morte de Cristo segundo o Evangelho de Mateus, com mais de duas horas e meia de duração. O documento descreve a estrutura da obra, incluindo introdução, corais, árias e recitativos, e destaca a importância histórica da obra para a popularização de Bach como um dos maiores compositores.
7º GRAU | ACADEMIA DE MÚSICA JOSÉ ATALAYA ÍNDICE ÍNDICE ......................................................................................................... 1 BREVE INTRODUÇÃO ................................................................................... 2 BACH ........................................................................................................... 3 PAIXÕES, ORATÓRIOS E MISSAS .................................................................. 4 PAIXÃO SEGUNDO SÃO MATEUS ................................................................. 5 CONCLUSÃO ................................................................................................ 8 BREVE INTRODUÇÃO No âmbito da disciplida de História da Cultura e das Artes, lecionada pela professora Jacinta Borges, foi-nos proposta a realização de um trabalho sobre uma obra de um compositor do período Barroco. Dentro das várias opções, a que escolhi foi A Paixão Segundo São Mateus, de Johann Sebastian Bach. A Paixão segundo São Mateus, é uma oratória de Johann Sebastian Bach, que representa o sofrimento e a morte de Cristo segundo o Evangelho de Mateus, com libreto de Picander (Christian Friedrich Henrici). Com uma duração de mais de duas horas e meia, é a obra mais extensa do compositor. Trata-se, sem dúvida alguma, de uma das obras mais importantes de Bach e uma das obras-primas da música ocidental. Esta e a Paixão segundo São João são as únicas paixões autênticas do compositor conservadas em sua totalidade. BACH Johann Sebastian Bach (Eisenach, 21 de março de 1685 — Leipzig, 28 de julho de 1750) foi um compositor, cantor, cravista, maestro, organista, professor, violinista e violista oriundo da atual Alemanha. O apelido de Johann Sebastian Bach significa “ribeiro”. Wagner pensava na totalidade da obra de Bach, referindo-se principalmente ao ponto alto das suas obras vocais, a Paixão segundo São Mateus e Missa em Si Menor, quando disse, numa célebre frase: “Não um ribeiro, mas sim um mar.” Mendelssohn, autêntico descobridor do compositor através da Paixão segundo São Mateus, pôs na moda um Bach passado pelo crivo dos gostos musicais do século XIX. PAIXÕES, ORATÓRIOS E MISSAS O oratório surgiu em Roma no século XVI, e era, originalmente, um drama musical sobre um tema religioso interpretado nas igrejas sem qualquer tipo de cenário ou vestuário. Rapidamente a Alemanha protestante fê-lo seu mas definindo como tema a Natividade e Paixão. Nos oratórios Bach destaca-se com: Oratório de Natal, BWV 248; e Oratório de Páscoa, BWV 249. Ao compôr estas obras Bach recorreu a antigas cantatas profanas. O seu sucesso deu-se nas paixões, onde consegue um impulso dramático que muitos compositores de ópera do seu tempo deveriam tar gostado de ter. Foram elas: Paixão segundo São João, BWV 245 (1725), Paixão segundo São Mateus, BWV 244 (1727 ou 1729), e consta-se que haja pelo menos uma terceira paixão, Paixão segundo São Marcos, mas desta só nos chegou o texto, e uma quarta também, pois chegou autografada pelo pai e filho (Carl Philipp Emanuel Bach), sendo ela a Paixão segundo São Lucas. As duas paixões foram criadas também com fim pedagógicos, visto que foram criadas na igreja de São Tomás, com coros desta igreja e solistas e instrumentistas locais. Bach destaca-se também com as suas missas, com as Missas Luteranas, BWV 233-236, mas principalmente com a Missa em Si menor, BWV 232. Era destinada a seis solistas vocais, um coro a cinco partes e uma orquestra formada por duas flautas, três oboés, dois fagotes, uma trompa, três trombetas, timbales, cordas e baixo contínuo, sendo que o próprio Bach reconheceu que era pouco adequada à liturgia, mas continua a ser um monumento da arte musical de todos os tempos. PAIXÃO SEGUNDO SÃO MATEUS A Paixão segundo São Mateus é um exemplo de uma obra fortemente tingida pela sensibilidade do seu pela sensibilidade do seu criador. Ele próprio considerava-a uma das suas obras mais conseguidas, por vezes referindo-a como “a minha grande Paixão”. Ele próprio se encarregou de elaborar uma versão caligráfica da partitura especialmente cuidada, em que indica inclusive o nome dos músicos de Leipzig que deveriam interpretá-la. A 11 de Março de 1829, em Berlim, Mendelssohn (20 anos) dirigiu a Paixão segundo São Mateus, de Johann Sebastian Bach, num concerto que ficou registado como algo histórico. Antes deste concerto, Bach era considerado um compositor um pouco antiquado, uma antiguidade que para os especialistas não se comparava com a arte de um Mozart ou Beethoven, compositores estes muito mais próximos da nova sensibilidade. Por este motivo este concerto foi uma grande revelação. A irmã de Mendelssohn, Fanny, também compositora, disse: “Nunca até agora ouvira coros com tanta força e, simultaneamente, de uma doçura tão emocionante...”. Voltava assim à vida a obra, e com ela o compositor. Esta obra foi apresentada na Sexta-feira santa de 1727/29, na igreja de São Tomás, em Leipzig. Alguns dos fiéis manifestaram uma firme oposição, visto que para uma sociedade tão conservadora, musical e moralmente falando, a obra apresentava aspetos que a aproximavam da ópera, excessivamente frívolo e superficial, sendo assim impróprio para a data tão sagrada: a morte de Cristo. Mas a beleza, a impressão, e a emoção acabaram por ter mais força do que estes preconceitos. O libreto desta paixão vem diretamente do Evangelho de São Mateus, ao qual se juntaram versos novos para dar forma aos recitativos, árias e corais. Juntamente com Picander estabeleceu partes dramáticas junto a outras meditativas, as primeiras a cargo de personagens como o Evangelista (tenor), Jesus (baixo), Pedro (barítono) ou Pilatos (barítono), que se expressavam por meio de recitativos, as segundas a cargo de solistas vocais, que, nas suas árias, meditam sobre o que vai acontecendo. O coro encarrega-se de representar a multidão vociferante que assiste à Paixão de Cristo, intervindo diretamente na ação da obra. A Paixão segundo São Mateus é composta por 68 números, isto é, coros, corais, recitativos e árias. Passo a explicar as mais significativas: Abre-se com uma introdução lenta da orquestra, antecedendo um duplo coro atribuindo assim um caráter meditativo; Depois incorpora também um coral cantado por um coro de crianças (“Cordeiro do Senhor sem mácula”); Segue-se outro coral (“Amado Jesus, que crime cometeste?”) e é uma espécie de comentário dos fiéis, também representado no palco. Trata-se de uma simples composição breve, sem adornos, de expressão direta, em que se unem as vozes do coro e da orquestra; Seguidamente temos uma ária para contralto (“Penitência e arrependimento”) na forma da capo – três partes, onde a terceira é repetição da primeira – onde reduz a orquestra ao baixo contínuo e a flauta, que acompanhava o solista; Temos depois a ária do soprano (“Sangra, querido coração”), em forma de ritornello, e o tema seria então apresentado pelas cordas e flauta de bisel; Depois temos o coral (“Quero ficar aqui, perto de Ti”), de uma brevidade impressionante; Com a ária do tenor (“Quero velar perto do meu Jesus”) chegamos a um dos fragmentos mais belos de toda a composição, onde cada intervenção do solista, acompanhado pelo oboé, é respondida pelo segundo coro; O baixo intervem , comentando o episódio onde Cristo pede ao Pai que afaste dele o cálice da morte, num recitativo tenso. A sua ária, com cordas e baixo contínuo, insiste nessa ideia de aceitação de Cristo e de como esse sacrifício lava todos os pecado da Humanidade; Já na segunda parte temos uma ária do contralto (“Tem piedade de mim, meu Deus”) que sucede a um dos momentos mais dramáticos de toda a obra, o da tripla negação de Pedro no Monte das Oliveiras, onde o primeiro violino brilha; A seguinte ária do baixo (“Devolvam-me o meu Jesus!”) contrasta pelo tempo rápido e ritmo bem marcado, onde é descrita a traição de Judas; Seguidamente temos a ária do contralto (“Se as lágrimas das minhas faces”) onde Jesus foi condenado à morte. A próprima música adquire um tom de marcha lenta e solene; Temos depois uma ária do baixo (“Purifica-te, meu coração”) com uma doçura incomparável, quase pastoril nas intervenções dos oboés; Temos ainda um recitativo onde mostra Jesus já enterrado (“Agora o Senhor já descansa em paz”); “Boa noite, meu Jesus” profere o coro, juntando-se os solistas vocais com uma textura quase operística; E por fim o coro final interpreta um hino de louvor e gratidão, em que os dois coros de unem pela útima vez. CONCLUSÃO Como vimos, esta foi a obra que elevou o nome de Bach para junto dos grandes compositores, juntamente com outras obras não menos importantes. Espero que esta apresentação tenha sido minimamente exclarecedora e que tenha tirado as vossas dúvidas. ÁUDIOS https://www.youtube.com/watch?v=Xf2jGSvsA7c – Abertura https://www.youtube.com/watch?v=lar4DWUmY9k – “Quero velar perto de meu Jesus” https://www.youtube.com/watch?v=UqNVVBzzu3c – “Se as lágrimas das minhas faces” https://www.youtube.com/watch?v=s6KMb9BKNAA – “Agora o Senhor já descansa em paz”