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Discente do curso de pós-graduação em Estudos Teológicos do CPAJ.
Terceiro Concílio de Cartago (397), em que Agostinho esteve presente, reconheceu os 27
livros do Novo Testamento e, depois disso, no Ocidente praticamente não houve quem se
afastasse dessa posição.
É importante observar que, embora não houvesse nenhum poder eclesiástico como o
papado medieval para impor decisões, assim mesmo a igreja em todo o mundo veio quase
universalmente a aceitar os mesmos 27 livros. A questão não foi tanto a de a igreja ter feito a
seleção do cânon, mas de o cânon ter feito a seleção de si próprio.
Foram basicamente três os critérios que a igreja empregou nos debates para determinar
quais livros eram canônicos:
1) Uma exigência básica para determinar a canonicidade era a conformidade à "regra de fé”
conformidade entre o documento e a ortodoxia, ou seja, a verdade cristã reconhecida como
normativa nas igrejas.
2) Nos Pais o critério mais comumente mencionado é talvez a apostolicidade, que, como
critério, veio a incluir aqueles que estiveram em contato direto com os apóstolos. Nesse
sentido o evangelho de Marcos era entendido como ligado a Pedro; o de Lucas estava ligado a
Paulo.
3) Um critério quase tão importante é a aceitação disseminada e contínua de um documento e
seu uso por igrejas em toda parte. É assim que Jerônimo insiste em que não importa quem
escreveu Hebreus, pois de qualquer maneira esse livro é a obra de um "escritor da igreja". Se
as igrejas latinas foram lentas em aceitar Hebreus e as igrejas gregas foram lentas em aceitar
Apocalipse, Jerônimo aceita ambos, em parte porque muitos escritores antigos haviam
aceitado os dois como canônicos.