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Amanda Siqueira Carvalho
Sobre o autor: Alberto Guerreiro Ramos nasceu em Santo Amaro (BA) no dia 13 de
setembro de 1915. Diplomou-se em ciências pela Faculdade Nacional de Filosofia do
Rio de Janeiro em 1942 e um ano depois se bacharelou um ano depois pela Faculdade
de Direito da mesma cidade. Assessorou o presidente Getúlio Vargas durante seu
segundo governo, atuando em seguida como diretor do departamento de sociologia do
Instituto Superior de Estudos Brasileiros (Iseb). Foi deputado federal pelo Rio de
Janeiro e atuou também como delegado do Brasil junto à Organização das Nações
Unidas. Como jornalista colaborou em O Imparcial, da Bahia, O Diário, de Belo
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Horizonte, e Última Hora, O Jornal e Diário de Notícias, do Rio de Janeiro. Guerreiro
Ramos deixou o país em 1966, radicando-se nos Estados Unidos, onde passou a lecionar
na Universidade do Sul da Califórnia. Foi um autor que em suas obras analisa a situação
da sociologia na segunda metade do século XX. Entre suas obras tem-se: Sociologia e a
Teoria das Organizações - Um Estudo Supra Partidário (1983), Administração e
Estratégia do Desenvolvimento - Elementos de uma Sociologia Especial da
Administração (1966), A Redução Sociológica - Introdução ao Estudo da Razão
Sociológica (1965), Mito e verdade da revolução brasileira (1963).
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b. O Movimento Positivista
O problema da formulação da teoria da sociedade brasileira como fundamento da ação
política e social foi colocado primeiramente pelos positivistas. Algumas obras da época
abordaram os problemas nacionais, como “A Escravidão no Brasil” de Francisco José
Brandão, “Fórmula da civilização brasileira” de Anibal Falcão e “A Pátria Brasileira”
de Teixeira Mendes.
O positivismo no Brasil caracteriza-se pelo seu caráter normativo, em que a atenção é
voltada para o que se apresenta como discrepante em relação aos padrões. Existem dois
aspectos na concepção positivista, as teses gerais e o programa. O modelo de Comte foi
adotado e refletia as condições vividas naquele momento junto com o papel de
desenvolvimento da sociedade europeia.
e. A Revolução de 1930
Algumas mudanças ocorreram com a revolução de 1930, sendo elas no campo
político. Houve a expansão da participação da classe média, a sindicalização, a
intervenção do Estado na economia. Além disso, o processo de teorização política da
realidade nacional tomou determinadas direções, como a direção acadêmico-normativa,
a direção indutiva e a direção pragmático-partidária.
Seria uma sociologia útil a construção nacional, para isso, deve considerar as
disponibilidades de renda nacional nas suas formulações. Substituindo uma visão
parcelada das necessidades do país por uma visão unitária de sua contextura
integral.
Neste ponto o autor não trata dos problemas do negro em si, mas da forma como
fora estruturado na literatura. Distingue três correntes de estudo. A primeira,
chamada crítico-assimilativa, teve seu mérito em desenvolver um estudo
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verdadeiramente brasileiro ao abordar suas peculiaridades, porém contribuiu para
torna-los exóticos ou estranhos a comunidade. A segunda, monográfica, realizou
levantamentos e resgatou a origem e cultura desse povo, contudo os trata de maneira
apartada do restante da sociedade e, através da reprodução de obras europeias e
americanas, trata-os como inferiores e incapazes. Aponta como falha dessas
correntes a não dissociação de raça e cultura. Consideravam questões culturais como
desvios étnicos. Guerreiro chama atenção para os problemas que o processo de
europeização do mundo tem causado, entre eles, o de populações passarem a se ver
sob um ponto de vista importado e passar a considerar os problemas do país como
acidentes étnicos. Acredita que superar esse problema só será possível por meio da
crítica e autocrítica da situação em questão.
Como também retratado por Luiz Gama, o Teatro Experimental Negro apresentou
no período de 9 a 13 de maio de 1955, uma Declaração de Princípios, com base em
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estudos sociológicos e antropológicos sobre o negro no Brasil e levando em
consideração a conjuntura do momento.
No encerramento da Semana de Estudos sobre Relações de Raça foi considerado o
que foi tratado e discutido na conferência; as mudanças do quadro das relações
internacionais impostas pelo desenvolvimento econômico, social e cultural dos povos de
cor; que é anti-histórico fazer com que negros voltem às formas arcaicas de
sociabilidade e cultura; as mudanças no cenário atual de teorias científicas acerca das
questões coloniais; que o Brasil é uma nação em que predomina o contingente
populacional de origem negra; que apesar de termos instrumentos para a democracia
racial, ainda há discriminação.
E a partir dessas considerações foi declarado:
a. É desejável que organismos internacionais sejam cada vez mais encorajados
a discutir medidas concretas para a liquidação do colonialismo;
b. Reconhecer que o recente incremento da importância dos povos de cor tem
contribuído para restaurar a segurança psicológica das minorias desses
povos;
c. É condenável toda medida ou toda política que tenha por objetivo fazer
retornar as minorias e os povos de cor às formas arcaicas de sociabilidade e
de cultura, ou conserva-las marginais;
d. É necessário desenvolver a capacidade crítica dos quadros científicos,
intelectuais e dirigentes dos povos e grupos de cor, a fim de que eles se
tornem aptos a discernir nas chamadas ciências sociais o que é mera
camuflagem e sublimação de propósitos espoliativos e domesticadores e o
que é objetivamente positivo na perspectiva das sociedades ditas
subdesenvolvidas;
e. É desejável que o Governo Brasileiro apoie os grupos e as instituições
nacionais que, pelos seus requisitos de idoneidade científica, intelectual e
moral, possam contribuir para a preservação das sadias tradições de
democracia racial no Brasil.
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