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Pontifícia Universidade Católica – Minas Gerais

Aluna: Nathália Cristina de Freitas Campos


Comunicação Social/ Jornalismo – 2º período
Resenha Pérsepolis

Recentemente uma iraniana ganhou as páginas dos jornais: Sakineh


Mohammadi foi condenada à morte por apedrejamento porque estava
envolvida com dois homens depois de ficar viúva. O caso causou
repercussão no mundo inteiro e envolveu milhares de pessoas em
discussões que cercam a cultura iraniana, dentre elas, uma mais
específica – e pouco respondida, por causa de conflitos internos e
religiosos – Como vive a mulher naquele país?

Pérsepolis, lançado recentemente em DVD aqui no Brasil, conta a


história de uma mulher iraniana, desde quando essa era pequena até
ficar adulta e sair definitivamente de seu país. A história, que até
então era apenas uma Graphic Novel, de traços simples e marcantes,
se transformou em filme de mesmo nome, lançado na França em
2007, mas que chegou às lojas do Brasil apenas nesse ano. O filme –
bem como o livro homônimo – é a auto biografia de Marjane Satrapi,
escritora iraniana, que atualmente mora na França. Apesar do tema
sombrio que por muitas vezes é um tabu, Pérsepolis conta a história
de Marjane de uma forma engraçada e – acredite – leve!

O filme é uma animação que segue os mesmos traços da HQ e assim


como no livro, é apresentado em preto e branco. O filme é a história
da pequena Marjane, que é uma garota de oito anos, muito curiosa e
hiperativa. A infância de Marjane piora quando o Irã sofre vários
golpes e a menina que sempre teve liberdade de pensamento, se vê
presa em um regime religioso autoritário. A menina cresce junto com
a guerra e vê ela de perto, mas quer ser resistente e “desafia” a
sociedade como pode: consumindo a cultura considerada subversiva
para a sociedade em que vivia, como Iron Maiden, por exemplo.
Mas a história empolga mesmo quando os pais decidem mandar a
menina para a Europa, porque sabem que ela é idealista demais e
pode correr riscos ficando em seu país. A menina, agora já uma
adolescente, vai para a Europa e encontra tudo o que sempre sonhou:
festas, conheceu punks e idealistas de sua época. Mas Marjane
percebe que seu sonho utópico por liberdade contrasta
dramaticamente com tudo que ela deixou para trás, no Irã. Percebe
que sua nacionalidade vai ser sempre um “problema”, por causa do
preconceito que irá enfrentar.

Mas Marjane é sensacional. Com uma sagacidade e uma sensibilidade


incrível, a personagem conta sua história de modo a não intimidar o
espectador, mas fazendo o ficar emocionado e mesmo morrendo de
rir em algumas cenas, como quando ela se ridiculariza cantando
“Eyes of Tiger”. Marjane não é uma heroína perfeita: poderia se dizer
que erra mais do que acerta. Mas isso é só parte do seu charme. A
relação de Marjane com sua mãe e mais ainda com sua avó, é que
encanta de verdade, pois é a avó na verdade o grande guia de
Marjane rumo às suas descobertas passando pela adolescência até a
vida adulta.

Além do roteiro leve e descontraído, o filme tem uma trilha sonora


apropriada para mostrar o que se passa na cabeça da menina.
Pérsepolis concorreu ao Oscar de melhor animação e ao Globo de
Ouro, por melhor filme estrangeiro, dentre outros prêmios tão
importantes quanto.

Se vale a pena assistir? Sempre. Além de aprender um pouco sobre a


história e a cultura iraniana, o filme ainda é um exemplo para as
tantas pessoas que, assim como Marjane, tentam ser donas de si
mesmas e lutam e nunca desistem disso. Uma verdadeira lição de
vida – com muitos toques de humor.

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