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São Luís
2018
CARLA LAISA DO LAGO DA SILVA
GABRIELLE DE OLIVEIRA FREITAS
JOSE DAVID DA SILVEIRA MONIZ
YASMIM NASCIMENTO QUEIROZ
YASMIN COSTA BARROS RIBEIRO
São Luís
2018
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO...........................................................................................................3
1.1 Justificativa..................................................................................................................5
1.2 Objetivos......................................................................................................................5
1.2. Geral..............................................................................................................................5
1 Específicos....................................................................................................................5
1.2. METODOLOGIA.......................................................................................................7
2
2
2.1 Participantes................................................................................................................7
2.2 Local.............................................................................................................................7
2.3 Instrumento.................................................................................................................7
2.4 Procedimento...............................................................................................................7
3 RESULTADO E DISCUSSÃO..................................................................................8
3.1 Sobre evasão escolar...................................................................................................8
3.2 Medidas adotadas para diminuir a taxa de evasão.................................................10
3.2. Pedagogia da Presença.................................................................................................10
1 Protagonismo...............................................................................................................11
3.2. Profissionais e Demandas Emocionais.....................................................................13
2 CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................16
3.3 REFERÊNCIAS.........................................................................................................17
4 ANEXOS.....................................................................................................................20
3
1 INTRODUÇÃO
1.1. Justificativa
1.2 Objetivos
1.2.1 Geral
1.2.2 Específicos
2 METODOLOGIA
2.1 Participantes
2.2 Local
A pesquisa foi realizada em uma escola da rede pública estadual, que conta
com Ensino Médio de modalidade Integral e EJA (em processo de encerramento),
localizada no Centro de São Luís, Maranhão.
2.3 Instrumentos
2.4 Procedimentos
3 RESULTADOS E DISCUSSÕES
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Sabe-se que cada escola tem suas particularidades, com suas fragilidades e
potências, e é importante que a equipe pedagógica busque entender o que está causando
a evasão para intervir de forma eficaz. Assim, P1 destacou que os principais motivos
recaem na mobilidade e questão financeira:
[...] a escola é central. Mas o nosso alunado não é central. Nós atendemos
alunos de muitos bairros, e às vezes bairros muito distantes. E às vezes nós
ouvimos isso, a dificuldade que eles têm de continuarem estudando, pois eles
moram muito longe. Quando eles vão escolher a escola eles querem estudar
aqui, pois a escola é muito boa, e depois eles começam a ver as dificuldades.
‘Ah eu moro muito longe, é muito cansativo’... Questão de passagem. Pai
vem aqui reclamar da própria condição dele, “eu não tenho condição de
pagar passagem pro meu filho continuar estudando”. E isso, por exemplo,
nós temos alunos do 1º ano que tem que acordar 4h da manhã, pois é muito
longe de onde moram. O que ouço dos alunos quando pensam em sair da
escola, é por conta dessa dificuldade de chegar aqui.
Barros (2017) elenca três principais fatores que levam os jovens a não
frequentarem as escolas e, em primeiro lugar, está uma série de situações que impedem
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o aluno de estudar mesmo quando ele deseja. De acordo com os dados levantados por
esse estudo, a distância da residência em relação à escola e a precariedade do transporte
escolar são uns dos fatores que influenciam no engajamento juvenil com as atividades
escolares no Brasil.
Outro ponto indagado a eles foi a relação do índice de evasão com a
modalidade de Educação de Jovens e Adultos (EJA), e G1 respondeu:
Nós temos mais no turno noturno, porque nós também tínhamos o regular no
noturno. Então o nosso turno noturno é o campeão de abandono. Ele puxa
todos os nossos índices para menos, pois tem muito abandono (...). Eles são
adultos. Às vezes abandona por várias razões. Porque se muda, porque vai
trabalhar, porque se casa, porque tem filho (...). Todas essas nossas questões
aí.
Essa fala confirma estudos como os já citados de Silva (2015), Levy (2009)
e Nunes (2010) que ao fazerem estudos aprofundados sobre essa modalidade
demonstraram que a evasão ocorre, pois a maior parte desse público, como na escola em
questão, é adulto. As dificuldades vão desde o horário do seu emprego ser incompatível
com o dos estudos; dependência de acompanhamento com filhos e outros; cansaço do
dia-a-dia; dificuldades de aprendizagem; currículo burocrático; até questões sobre
motivações para permanecer na escola, pois, em épocas remotas, abandonaram seus
estudos devido a sucessivas repetências, falta de ambição de ter um futuro melhor, não
ter um incentivo da família, etc.
A gravidez aparece também como um dos fatores que retiram da escola uma
parcela significativa das jovens brasileiras em alguns estudos (AVILA, 2015; BARROS,
2017; CERATTI, 2008; NUNES, 2010; SILVA, 2015). Sabe-se que, uma vez que a
jovem engravida, a maternidade demanda muito do seu tempo e, com isso, são
necessárias ações específicas que viabilizem a continuidade dos estudos.
Durante a gestação e nos momentos imediatamente anterior e posterior ao
parto, a mãe adolescente precisa de atenção especial da escola. Suas obrigações
escolares e avaliações podem precisar ser reprogramadas e, dependendo dos riscos e
complicações associadas ao parto, o atendimento a domicílio ou no hospital pode
também ser necessário. Para que permaneçam envolvidas com as atividades escolares,
essas jovens precisam ser acolhidas por toda comunidade escolar e tratadas com a
devida atenção e respeito (AVILA, 2015). A ocorrência da gravidez na adolescência na
escola em questão não é rara, porém os entrevistados apontam intervenções para acolher
essas mães adolescentes:
As meninas que engravidam, elas passam o ano todo. Elas vêm pra escola
até na hora de se afastarem para o parto. [...] Na escola elas tem direito a
40 dias, que é a quarentena. [...] Mas elas terminam no período de
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Na verdade a única coisa que elas saem prejudicadas é que elas não têm as
aulas presenciais, mas todas as atividades, as avaliações, nós encaminhamos
pra família, vem sempre um responsável buscar, nós entregamos uma notinha
de atividades, elas fazem em casa e devolvem pra gente, a gente corrige e
devolve o resultado pra elas. [...] eles têm um acompanhamento, um sistema
de tutoria. No caso eu sou o tutor dela, e eu acompanho todo o processo, se
ela fez.. até coisas que vão além do nosso trabalho. Pergunto como ela está
se sentindo, como está vivenciando isso, você fez o pré-natal, você foi à
consulta? Então tem todo esse cuidado de ver o que tá acontecendo com ela,
como ela tá pensando isso, se ela precisa de ajuda financeira, se está
conseguindo vir pra aula... (Entrevistado P1).
Estas medidas propiciam não apenas suporte e conforto para ampliação do
tempo de permanência do jovem na escola, mas, também, um ensino de qualidade
apesar das limitações. A seguir, serão apontados mais métodos promovidos por essa
escola para promoção de engajamento e combate do abandono e da evasão.
E é claro que a educação não se faz apenas com o professor na sala de aula
e o aluno e o espaço para escrever. Não, ela vai ocorrer em vários setores.
Então a gente se dedica muito a isso, em estar acompanhando o dia-a-dia.
(Entrevistado G2).
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3.2.2 Protagonismo
Segundo Franco (2006), quando se fala em protagonismo juvenil, refere-se à
atuação cidadã do jovem que pode ocorrer nos mais diversos espaços, como
associações, igrejas, movimentos sociais, coletivos, clubes. Tal noção de participação
ativa do jovem, hoje, dentro das escolas, torna-se fundamental, visto que, já se sabe que
não basta uma educação escolar que apenas forneça conteúdos a serem estudados, de
modo tradicional, no qual o jovem absorve tudo passivamente.
Dessa forma, é necessário que a escola favoreça aos alunos, momentos em
que possam participar ativamente no processo de ensino-aprendizagem em sala de aula,
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organizar suas ações, definirem objetivos, assim como prever os resultados de suas
atividades.
Não é uma coisa que é realizada pelos professores, os Clubes não são
formados pelos professores, são pelos alunos. De acordo com o interesse
dele, que tenha haver com o projeto de vida deles, então os alunos vão se
reunindo de acordo com o projeto de vida de cada um e vão criando grupos.
Por exemplo, no presente momento, nós temos 8 grupos. Nós temos um
grupo de escritores, um grupo de música, de dança... Eles criam os temas.
Abrem inscrições e os alunos de outras salas se juntam, marcam um dia e os
horários das reuniões. Eles montam uma agenda, mas o objetivo central do
Clube do Protagonismo é exercer o autodidatismo deles, então nós não
podemos interferir, a não ser que haja algum problema, ou que eles precisem
de ajuda. (Entrevistado P1).
Aqui a gente não vê ‘Ah, mas você é aluno’. Você é um ser humano. E às
vezes você está passando por uma dificuldade, um relacionamento[...].
(Entrevistado G2).
global das dificuldades. Este profissional poderia trabalhar com grupos operativos,
oficinas, etc., que envolvessem diversos sujeitos na escola para troca de experiências
mútuas sobre diversas temáticas, a partir de técnicas específicas aprendidas em todo o
curso de formação em Psicologia. O profissional psicopedagogo, como apresenta Bossa
(2011) lida com a aprendizagem e seus problemas, para isso, conta com a contribuição
de diversas áreas, como a linguística, neurologia, psicologia e psicanálise e, assim como
o psicólogo, conta com uma escuta e um lidar diferenciado, buscando também a
mensagem implícita no não aprender; sendo assim, também lida e contribui com
questões afetivas na escola.
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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
<http://www.educacao.go.gov.br/imprensa/documentos/Arquivos/15%20-%20Manual
%20de%20Gest%C3%A3o%20Pedag%C3%B3gico%20e
%20Administrativo/2.10%20Combate%20%C3%A0%20evas%C3%A3o/EVAS
%C3%83O%20ESCOLAR%20-%20CAUSAS%20E%20CONSEQU
%C3%8ANCIAS.pdf>. Acesso em: 25 jun 2018
G1. Evasão escolar no ensino médio alcança 11% do total de alunos, apontam
dados do Censo, 2017. Disponível em:
<https://g1.globo.com/educacao/noticia/abandono-no-ensino-medio-alcanca-11-do-
total-de-alunos-apontam-dados-do-censo-escolar.ghtml> Acesso em: 24 jun 2018.
<http://bdm.unb.br/bitstream/10483/5751/1/2010_AlexandreNunes_FrancinaraDutra_Fr
anciscoCasteloBranco_GisleneLima_LucimarSilva_2_.pdf> Acesso em: 27 jun 2018.
Idade:
Gênero:
Grau de escolaridade:
Atuação na escola:
- Em sua opinião e baseado na sua experiência, quais os motivos que levam a evasão
escolar?