Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
OBJETIVOS: Fornecer aos alunos os conhecimentos básicos das propriedades dos fluidos,
dos esforços mecânicos e das leis de conservação de massa, quantidade de movimento e
energia. Apresentar noções e conceitos básicos do escoamento real.
SHAMES, Irving H.. Mecânica dos fluidos. São Paulo: Edgard Blucher, 1973. 2 v. : il.
FOX, Robert W.. McDONALD, Alan T.. Introdução à mecânica dos fluidos. 5.ed. Rio de
Janeiro: LTC, 2001. xii, 504 p. : il.
WHITE, Frank M.. Mecânica dos fluidos. 4.ed. Rio de Janeiro: McGraw-Hill, 1999. xiii, 570
p. : il. + 1 cd-rom.
ÍNDICE
1 Introdução ............................................................................................................................................. 4
1.1 Interesse nas engenharias ............................................................................................................... 4
1.2 Histórico resumido ......................................................................................................................... 4
1.3 Sistema de unidades ....................................................................................................................... 4
1.4 Conceito de fluido .......................................................................................................................... 5
1.5 Fluido como meio contínuo ........................................................................................................... 5
1.6 Propriedades físicas dos fluidos ..................................................................................................... 6
1.6.1 Massa específica ................................................................................................................... 6
1.6.2 Peso específico ..................................................................................................................... 6
1.6.3 Volume específico ................................................................................................................ 6
1.6.4 Densidade ............................................................................................................................. 7
1.6.5 Compressibilidade ................................................................................................................ 7
1.6.6 Pressão de vapor ................................................................................................................... 8
1.6.7 Tensão superficial ................................................................................................................. 8
1.6.8 Viscosidade......................................................................................................................... 10
1.7 Noções sobre Reologia ................................................................................................................. 11
1.8 Noções sobre relações de estado para gases ................................................................................. 12
1.9 Meios contínuos - esforços internos (tensões e pressões) ............................................................ 13
1.9.1 Definições ........................................................................................................................... 13
1.9.2 Tensões em um ponto no interior de fluidos ....................................................................... 14
1.9.3 Relação esforço X variação de pressão............................................................................... 15
2 Estática dos fluidos ............................................................................................................................. 17
2.1 Equilíbrio hidrostático - equação fundamental............................................................................. 17
2.2 Variação da pressão no interior de fluidos estáticos .................................................................... 17
2.2.1 Fluido compressível com variação de temperatura na vertical ........................................... 17
2.2.2 Fluido compressível isotérmico .......................................................................................... 18
2.2.3 Fluido incompressível......................................................................................................... 18
2.2.4 Manometria......................................................................................................................... 19
3 Cinemática dos fluidos ....................................................................................................................... 21
3.1 Representação gráfica do escoamento .......................................................................................... 21
3.2 Dimensões no escoamento ........................................................................................................... 21
3.3 Derivada material ......................................................................................................................... 22
3.4 Sistema e volume de controle....................................................................................................... 23
3.5 Vazão e velocidade média ............................................................................................................ 23
3.6 Equação da continuidade.............................................................................................................. 24
3.7 Circulação - Vorticidade .............................................................................................................. 25
3.8 Potencial de velocidades .............................................................................................................. 26
3.9 Função corrente ............................................................................................................................ 27
3.10 Rede de fluxo .......................................................................................................................... 29
3.11 Escoamentos elementares ........................................................................................................ 30
3.11.1 Escoamento uniforme ......................................................................................................... 30
3.11.2 Escoamentos fonte e sumidouro ......................................................................................... 30
3.11.3 Escoamento vórtice simples ............................................................................................... 31
3.11.4 Escoamento par fluido ........................................................................................................ 32
3.12 Superposição de escoamentos ................................................................................................. 32
3.12.1 Escoamento em torno do cilindro fixo ................................................................................ 33
3.12.2 Escoamento em torno do cilindro giratório ........................................................................ 34
3.13 Métodos de cálculo do escoamento potencial ......................................................................... 34
3.13.1 Rede gráfica de escoamento ............................................................................................... 34
3.13.2 Analogia elétrica ................................................................................................................. 35
3.13.3 Análise numérica - método de diferenças finitas ................................................................ 35
4 Dinâmica dos fluidos .......................................................................................................................... 37
4.1 Propriedades das substâncias ....................................................................................................... 38
4.2 Teorema do transporte de Reynolds ............................................................................................. 38
4.3 Conservação de massa: integral ................................................................................................... 39
4.3.1 Exemplo: escoamento permanente com perfis unidimensionais ........................................ 39
4.3.2 Exemplo: conservação de massa em formulação diferencial .............................................. 40
4.4 Conservação de quantidade de movimento linear: integral .......................................................... 40
4.4.1 Exemplo: visualização de grandezas .................................................................................. 41
IPH 01107 : MECÂNICA DOS FLUIDOS II – IPH/UFRGS Luiz Augusto Magalhães Endres -3-
1 Introdução
Entre muitos outros nomes que mereceriam ser citados, Leonardo da Vinci (séculos XV e XVI) é
tido como responsável por estudos organizados de escoamentos em torno de objetos e por considerações
sobre o voo de pássaros, ou seja, movimento no fluido ar. Isaac Newton, nos séculos XVII e XVIII,
apresentou estudos sobre o movimento de fluidos considerando seu efeito viscoso.
A partir do século XVIII, duas escolas de pesquisadores eram notáveis: a dos matemáticos,
Hidrodinâmica, que não conseguiam equacionar escoamentos mais complexos, em que a viscosidade e/ou
turbulência não pudessem ser desconsideradas e a dos empíricos, Hidráulica, que pecavam por não ser
possível montar "tabelas" tão genéricas quanto se desejava. A partir do início do século XX, devido a um
trabalho de Ludwig Prandtl, as escolas até então antagônicas foram reunidas em uma só, a Hidromecânica
ou Mecânica dos Fluidos de hoje. Com este trabalho ficou estabelecido que tanto o equacionamento
matemático puro, baseado nas leis da física clássica, como a experimentação racional seriam necessários
ao menos enquanto não fosse descoberta a ordem das coisas nos escoamentos de fluidos que ocorrem na
natureza, se é que esta ordem existe.
O sistema inglês possui muitos fatores "quebrados" para conversão entre suas grandezas;
O sistema internacional de medidas é exigido por uma série de associações internacionais de técnicos.
τ
α2
α
1
elemento de fluido
Entre os fluidos os gases possuem forças coesivas negligenciáveis e expandem-se livremente até o
confinamento, enquanto os líquidos possuem forças coesivas expressivas e retêm um volume, formando
superfície quando submetidos a um campo gravitacional, sem confinamento superior.
Porém, existem substâncias que se deformam elasticamente e continuamente (asfalto, chumbo, vidro,
parafina, etc) cujos comportamentos são estudados na Reologia. Além disso, podem ocorrer problemas
além das faixas críticas de temperaturas e pressões, por exemplo: Tcrít. (H2O) = 647 K; pcrít. (H2O) = 219
atm.
A distribuição de matéria nesta unidade de volume é, então, tomada como contínua e não mais serão
consideradas as "falhas" ou "faltas" de matéria em determinados pontos do volume.
A matéria, assim convenientemente distribuída, obedece a hipótese do contínuo que tem como exigência
formal
[menor comprimento característico do volume analisado] > [livre caminho médio das partículas]
sendo este livre caminho a distância média percorrida entre colisões pelas partículas.
[ρ] = M3 → (SI) →
kg
3
ρágua (15 ºC, 1 atm) = 999,1 kg/m3
L m
[γ ] = F
3
→ (SI) →
N
3
=
kg
2 2
γágua (15 ºC, 1 atm) = 9798 N/m3
L m m .s
v
vu ≅ 10-9 mm3
1.6.4 Densidade
d = relação entre massa ou peso específico de uma substância e a massa ou peso específico de um padrão
(normalmente água sob 4 ºC e 1 atm: ρPADRÃO = 1000 kg/m3)
[d] = −
OBS.: O termo "density", em inglês, é utilizado para representar a grandeza aqui definida como a massa
específica
1.6.5 Compressibilidade
Como os fluidos podem ser comprimidos sob ação de uma pressão e...
...o volume comprimido retorna à posição original após cessar a pressão,
os fluidos são meios elásticos que, como os sólidos, são caracterizados por um módulo E,
sendo definido pela declividade inicial da curva resultante entre pressão X relação entre volumes
(final/inicial):
p=F/A
Vi A
Vf/Vi
1
[E] = F
2
→ (SI) → Pa Eágua (15 ºC, 1 atm) = 2,15x106 kPa
L
[p v ] = F
→ (SI) → Pa pv (água) (15 ºC, 1 atm) = 1,7 kPa
L2
pv (água) (100 ºC, 1 atm) = 101,33 kPa ≅ 1 atm
σ = (força que atua no plano de uma superfície) / (comprimento da linha de atuação dessa força)
σ dy R1 R1 σ dy
α
α
pe pi
σ σ dx
dx
R2
σ
σ pe pi
β
dy
R2
σ σ dx
β
O fenômeno está presente em elevação capilar, formação de bolhas e gotas, interrupção de jatos e
interpretação de resultados em modelos reduzidos:
Em gotas: R1 = R2 = R com 1 superfície de separação (pi - pe) = (2.σ)/R
Em bolhas: R1 = R2 = R com 2 superfícies de separação (pi - pe) = (4.σ)/R
Em jatos: R1 = R; R2 = ∞ com 1 superfície de separação (pi - pe) = σ/R
vidro σ vidro
ar ar 0º
130º
mercúrio
água
σ
θ > 90º o líquido não "molha" o vidro θ < 90º o líquido "molha" o vidro
atração Hg/Hg > Hg/vidro atração H2O/H2O < H2O/vidro
1.6.8 Viscosidade
Quando um fluido é cisalhado entre duas placas...
movimenta-se continuamente...
enquanto persistir a tensão:
placa móvel
dV τ dV.dt
dθ dθ
dy dy
placa fixa
Figura 6: Deformação do elemento de fluido entre placas - lei de Newton da viscosidade
Assim, o ângulo de deformação (dθ) cresce continuamente com o tempo (dt);
Segundo Newton (1687), para alguns fluidos comuns como água, óleo e ar:
OBS.: Nos sólidos este efeito resulta no atrito entre superfícies, portanto, com natureza diferente do
ocorrido entre fluidos.
[µ] = [τ] =
FT
→ (SI) →
Ns
µ (água) (15 ºC, 1 atm) = 1,145x10-3 N.s/m2
dV L2
m 2
dy
µ
A relação ν= define o coeficiente de viscosidade cinemático
ρ
[ν] = [µ] = L
2
m2
→ (SI) → ν (água) (15 ºC, 1 atm) = 1,146x10-6 m2/s
[ρ] T s
LUBRIFICAÇÃO
∆V1,2
τ≅µ
V1 ∆y1, 2
y1
Existem materiais: (a) com correspondência bem definida entre tensão e deformação;
(b) cuja permanência de tensões pode "quebrar" a resistência, transformando-a
quando submetidos ao cisalhamento; com tensões menores podem comportar-
se como no caso anterior;
A viscosidade aparente pode reduzir (+ comum) / elevar (+ raro) com o aumento da tensão em bifásicos,
...tais como suspensões (partículas sólidas) ou emulsões (partículas líquidas) em meio líquido.
n
τ
dV
plástico real: τ − τ c = k ; n < 1
dy
dV
plástico Bingham: τ − τ c = k (tinta óleo, pasta de dente)
dy
fluido Newtoniano n
dV
pseudo plástico: τ = k ; n < 1 (água + cal)
τc dy
τc n
dV
dilatante: τ = k ; n > 1 (água + areia)
dy
dV/dy
Modelos reológicos:
Os materiais reais são representados por associações em série e/ou paralelo dos modelos
reológicos apresentados na Figura 9.
Hook
Newton
Saint-Venant
Como exemplo, a determinação da massa específica do vapor de água a uma pressão absoluta
p=689500 Pa e temperatura relativa t=204 ºC, conduz a:
T=273+204=477 K
Mágua=2.MH + MO=2.1 + 16=18
IPH 01107 : MECÂNICA DOS FLUIDOS II – IPH/UFRGS Luiz Augusto Magalhães Endres - 13 -
1.9.1 Definições
Grandezas: para a caracterização de grandezas (ou quantidades) usuais em engenharia...
...podem ser necessários diferentes números de especificações:
1 especificação: grandeza escalar;
3 especificações: grandeza vetorial; e
9 especificações: grandeza tensorial.
Forças: de campo: forças externas que agem sobre o material, sem contato físico
de contato: forças exercidas sobre o contorno do material, através do contato direto com as
vizinhanças
A operação do {tensor de tensões} pelo {vetor unitário normal ao plano genérico n}...
(tn ) , correspondente a este plano genérico n.
r
...fornece o vetor de tensões
lim (dz ) = 0
elemento → ponto
lim (dz ) = 0
elemento → ponto
Do resultado obtido, σxx = σyy = σzz = σnn e τij = 0 conclui-se, da mesma forma que no caso do item
1.9.2.1 que...
...para o fluido com aceleração e hipótese de viscosidade nula...
...a tensão em um ponto é caracterizada por apenas 1 grandeza escalar...
...e adota-se σxx = σyy = σzz = σnn = –p = pressão hidrostática.
p 0 0
Resulta para o tensor de tensões T = − 0 p 0
0 0 p
...e define-se
1
(σ rr + σss + σ tt ) = −p mecânica
3
OBS.: (a) a pressão mecânica é a responsável por processos de compressão / distensão;
(b) no repouso pmecânica = p; e
(c) a pressão mecânica é a que surge na lei dos gases ideais p.v = R .T
∂p dx ∂p dz ∂p dx ∂p dz ∂p ∂p
resulta p + + − p + + + dy = − dy
∂x 2 ∂z 2 ∂x 2 ∂z 2 ∂y ∂y
∂p
e a variação elementar da força, em y, será: dFy = − dx.dy.dz
∂y
∂p
De maneira análoga, em x, teremos: dFx = − dx.dy.dz e
∂x
∂p
em z: dFz = − dx.dy.dz
∂z
r
dFcontato ∂p r ∂p r ∂p r r
A variação total por volume será: = − i + j + k = −∇p
dv ∂x ∂y ∂z
com dv = dx.dy.dz
ou seja,...
{força por unidade de volume} para o elemento de fluido = {gradiente (-)do campo de pressões}
IPH 01107 : MECÂNICA DOS FLUIDOS II – IPH/UFRGS Luiz Augusto Magalhães Endres - 17 -
∂p =0
∂x
ou seja
∂p =0 caracterizando a inexistência de variação de pressão no plano horizontal.
∂y
∂p = −γ
∂z
dp
Obtém-se, assim, a expressão da equação fundamental da hidrostática = −γ
dz
z2
z1
T
T2 T1
p p.g p.g
e a partir de p.v = R.T ⇒ = R.T ⇒ = R.T ⇒ γ =
ρ γ R.T
g
p2 g T1 T1 R.K
que resulta log e = log e ou p 2 = p1
p1 R.K T2 T1 + K (z 2 − z1 )
p p1
A partir de p.v = constante ⇒ pv = p1v1 = ... = constante ⇒ = = ... = constante
ρ ρ1
p
chega-se a γ = γ1
p1
Substituindo na resolução da equação fundamental da hidrostática
p2 z2 p2 z
p dp γ1 2
∫ ∫
dp = − γ1 dz ⇔
p1 p
=− ∫p1
dz ∫
p1 z1 p1 z1
γ1
p γ (z1 − z 2 )
que resulta log e 2 = − 1 (z 2 − z1 ) ou p 2 = p1e 1
p
p
1 p 1
z2 h
y
x
p2 z2
∫ dp = − γ ∫ dz
p1 z1
resulta p2 - p1 = γ (z1 - z2); denominada fórmula de Stevin.
2.2.4 Manometria
Conjunto de técnicas para medição de pressões.
Exemplo:
Para o manômetro tubo em "U" da Figura 16, determinar a pressão no centro do balão (ponto F).
pB - pA = γx h1 pB = pA + γx h1
pC = pB pC = pA + γx h1
pC - pD = γx h2 pD = pC - γx h2 pD = pA + γx h1 - γx h2 pD = pA + γx (h1 - h2)
pD - pE = γy h3 pE = pD - γy h3 pE = pA + γx (h1 - h2) - γy h3
pF = pE pF = pA + γx (h1 - h2) - γy h3
sendo pA = patm pF = patm + γx (h1 - h2) - γy h3, com pF em escala absoluta...
...e pF = γx (h1 - h2) - γy h3, com pF em escala relativa.
IPH 01107 : MECÂNICA DOS FLUIDOS II – IPH/UFRGS Luiz Augusto Magalhães Endres - 20 -
patm
h1
γy
E F
h3
D
h2
B C
γx
BALANÇO DE FORÇAS
tubo de corrente = passagem entre as linhas de corrente traçadas apoiadas sobre uma linha fechada
(esta passagem é impermeável ao escoamento pois é formada por linhas de
corrente, sempre tangentes aos vetores velocidade).
No entanto, para o escoamento entre duas fronteiras conforme representado na Figura 18,...
...ao longo da direção y, em cada uma das seções (1 e 2), não há variação na forma do perfil,...
r
...ou seja, entre as seções V = f ( x , z ) ,...
...caracterizando o escoamento bidimensional (por hipótese).
IPH 01107 : MECÂNICA DOS FLUIDOS II – IPH/UFRGS Luiz Augusto Magalhães Endres - 22 -
y
z
x
2
r
1 V = f ( x, z)
y
z
x
2
r
1 V = f (x)
Para uma propriedade η do escoamento, função da posição e do tempo η(x, y, z, t), a derivada total é
dη ∂η ∂η dx ∂η dy ∂η dz
= + + +
dt ∂t ∂x dt ∂y dt ∂z dt
dx
=u
dt
dy r r r r
sendo que = v são as componentes da velocidade do escoamento V = u i + v j + wk
dt
dz
=w
dt
então a variação temporal de η resulta
Dη ∂η ∂η ∂η ∂η
= +u +v +w = derivada material de η.
Dt ∂t ∂x ∂y ∂z
IPH 01107 : MECÂNICA DOS FLUIDOS II – IPH/UFRGS Luiz Augusto Magalhães Endres - 23 -
D ∂ ∂ ∂ ∂
O operador derivada material é = +u +v +w
Dt ∂t ∂x ∂y ∂z
e para um sistema de coordenadas genérico
D ∂
( )
r r
= + V•∇
Dt ∂t
Adotando o termo "aceleração" como indicativo da variação temporal de uma grandeza,
∂
denomina-se = "aceleração" local e
∂t
( )
r r
V • ∇ = "aceleração" convectiva (ou de transporte).
1 2
sistema em t
I II III
sistema em (t + dt)
ds1 ds2
No caso de fluido incompressível, em que a massa específica não é função das coordenadas espaciais:
r r
∇⋅V = 0
A expressão desta equação, para fluido compressível em coordenadas polares (bidimensional) será:
IPH 01107 : MECÂNICA DOS FLUIDOS II – IPH/UFRGS Luiz Augusto Magalhães Endres - 25 -
y
dr (r+dr)dθ
vθ
vR
r
ρ
ρv R ∂(ρv R ) ∂(ρv θ )
+ + =0
dθ r ∂r r∂θ
θ x
Definição: vorticidade = (circulação infinitesimal em torno da SC) / (área contida na SC) = ...
∂v ∂u
− dx dy
... =
∂x ∂y = ξZ =
∂v ∂u
−
dx dy ∂x ∂y
resultando a componente na direção perpendicular ao plano xy (direção z) do vetor vorticidade (ξZ).
v ∂v ∂v
O caso bidimensional, em coordenadas polares, resulta ξZ = θ + θ − R
r ∂r r∂θ
OBSERVAÇÕES:
(1) A rotacionalidade de elementos do fluido é avaliada através da vorticidade, sendo rotacional o
r
escoamento comξ ≠ 0.
r
(2) O caso em que ξ = 0 , Escoamento Irrotacional, tem tratamento matemático simplificado, que
emprega a teoria potencial (linear) do eletro-magnetismo. Por este motivo, o Escoamento Irrotacional é
denominado, também, de Escoamento Potencial.
(3) A rotação de uma partícula fluida...
∂v
...pressupõe a existência de tensão de cisalhamento: τ=µ função de viscosidade do fluido e
∂n
gradientes de deformação.
Para fluidos de baixa viscosidade em escoamento irrotacional...
...emprega-se tratamento matemático simplificado em todo o domínio...
...exceto junto aos contornos das fronteiras sólidas... princípio do não-deslizamento
...e em misturas de escoamentos com diferentes velocidades.
U0
U0
∂v
elevados : escoamento rotacional
∂n
contorno da fronteira
sólida, bidimensional
r
Demonstração: no escoamento irrotacional ξ = 0 , ou seja...
∂w ∂v ∂ ∂ϕ ∂ ∂ϕ ∂ 2ϕ ∂ 2 ϕ
em x: − = − − − = − + = 0;
∂y ∂z ∂y ∂z ∂z ∂y ∂y∂z ∂z∂y
∂u ∂w ∂ ∂ϕ ∂ ∂ϕ ∂ 2ϕ ∂ 2ϕ
em y: − = − − − = − + = 0; e
∂z ∂x ∂z ∂x ∂x ∂z ∂z∂x ∂x∂z
∂v ∂u ∂ ∂ϕ ∂ ∂ϕ ∂ 2ϕ ∂ 2ϕ
em z: − = − − − = − + = 0.
∂x ∂y ∂x ∂y ∂y ∂x ∂x∂y ∂y∂x
r
Sendo assim, ξ = 0 e o escoamento é irrotacional.
Pelo enunciado do teorema, Observação: qualquer campo que pode ser
podemos representar o campo de r r representado pelo gradiente de uma
r V = −∇ϕ
velocidades V através de ϕ... função escalar tem seu rotacional nulo
(irrotacional)
r
Para que a expressão de V represente um escoamento, a equação da continuidade deve ser satisfeita,...
r r r r
...então de ∇ ⋅ V = 0 e V = −∇ϕ resulta...
...o laplaciano de uma função potencial representativa de um escoamento é nulo, ou seja...
... ∇ ϕ = 0 , equação da continuidade em termos do potencial de velocidades.
2
Assim, se a função corrente representa analiticamente a posição das linhas de corrente do escoamento,
para duas linhas de corrente de valores ψ e (ψ + dψ) segue que:
y
entre O e ψ, a vazão pode ser caracterizada por
dψ ψ; e
Para estas relações e atendendo à equação da continuidade aplicada ao elemento triangular da Figura 29,
com espessura unitária na direção z, resulta:
dψ = v dx − u dy
Por outro lado, a derivada total da função corrente ψ(x,y) será
∂ψ ∂ψ
dψ = dx + dy
∂x ∂y
Para que tenhamos igualdade entre os primeiros membros das equações apresentadas, deve-se chegar a:
∂ψ ∂ψ
u=− v=
∂y ∂x
A condição de irrotacionalidade, apresentada no item 3.7, quando escrita em termos da função corrente
terá o seguinte aspecto:
∂v ∂u ∂ ∂ψ ∂ ∂ψ
ξz = − = − − = ∇ 2 ψ = 0
∂x ∂y ∂x ∂x ∂y ∂y
ou seja, a função corrente do escoamento irrotacional tem o laplaciano nulo (ψ é definida no plano).
IPH 01107 : MECÂNICA DOS FLUIDOS II – IPH/UFRGS Luiz Augusto Magalhães Endres - 29 -
ϕ1
A
ψ2
ψ1
x
Para o ponto A (interseção entre as duas linhas analisadas), substituindo as coordenadas (xA; yA) nas duas
dy 1
expressões de declividades determinamos =− ...
dx ψ1 dy
dx ϕ1
...relação que caracteriza linhas ortogonais entre si.
x
ψ2
ψ1
ϕ1 ϕ2
ψ1
ϕ2
ϕ1
x
r ∂ϕ r ∂ϕ r
Determinação do campo de velocidades do escoamento: V = − r + − θ
∂r r∂θ
∂ q q
Vr = − − ln r = , sempre positivo, confirmando a característica da fonte; e
∂r 2π 2πr
1 ∂ q
Vθ = − − ln r = 0 , confirmando que não há componente tangencial na fonte.
r ∂θ 2π
O ponto de coordenada r = 0, resulta indeterminação na componente radial da velocidade...
...sendo denominado ponto singular.
ϕ1
ψ2 ψ
1
x
r r 2π Γ
Circulação: Γ = ∫ V ⋅dl = ∫ r dθ = Γ ...
L 0 2πr
... a magnitude do vórtice equivale à circulação em torno dos "caminhos" que envolvam a
origem.
IPH 01107 : MECÂNICA DOS FLUIDOS II – IPH/UFRGS Luiz Augusto Magalhães Endres - 32 -
∇ 2ψ = 0 ∇ 2ψ ≠ 0
χ cos θ χx
ϕ=− =
r x + y2
2
Rede de fluxo:
Para o traçado da linha de potencial igual a K (genérica)...
χx χ
= K ou x 2 + y 2 − x = 0 que é a equação da circunferência com centro sobre o eixo x; e
x 2 + y2 K
De forma análoga, para o traçado da linha de corrente de valor C (genérica)...
χ
x 2 + y2 − y = 0 que é a equação da circunferência com centro sobre o eixo y. Resulta...
C
y
ψ2
ψ1
x
ϕ1
ϕ2
i=N
...mais simples, obtidas de ψR = ∑ ψi
i =1
V0 y y
x =?
x
χ sen θ χ
ψ = − V0 r sen θ ψ= ψ R = sen θ − V0 r +
r r
O traçado da linha de corrente de valor igual a zero, resulta:
χ
sen θ − V0 r + = 0 ou seja sen θ = 0 ⇒ θ = nπ com n = 0, 1, 2, ... (o eixo "x"); e
r
χ
V0 r 2 − χ = 0 ⇒ r = V0 (o círculo de raio r).
Como as linhas de corrente não se interceptam, as demais terão o aspecto representado a seguir (sem
apresentar as linhas no interior do círculo de raio r):
y
A B
x
χ
r= V0
No caso em que fonte e sumidouro não estiverem sobre a origem (no par fluido), a superposição
anterior resulta no escoamento em torno do corpo oval de Rankine, exemplificado a seguir.
IPH 01107 : MECÂNICA DOS FLUIDOS II – IPH/UFRGS Luiz Augusto Magalhães Endres - 34 -
x
A B
Neste caso, a circulação em torno do círculo que representa o cilindro bidimensional é diferente de zero, e
este valor caracteriza a sustentação (L = função [Γ; V0; ρ]), que é o esforço normal a V0
exercido sobre o cilindro pelo contato com o fluido em movimento (ver "escoamento de fluidos
reais").
2
OBSERVAÇÃO: A resolução da equação de Laplace de uma função genérica λ, ∇ λ = 0 é empregada
neste estudo de escoamentos potenciais, da mesma forma que no estudo de fluxo
permanente de correntes elétricas e de fluxo de calor em meio homogêneo.
Sobre um cruzamento entre ψ e ϕ, sendo "s" a direção do escoamento e "n" a direção normal:
n
ψ r
V
s
ϕ
∂ψ ∂ϕ ∆ψ ∆ϕ
V= = ≈ = ; expressões que concordam com V = Q / A
∂n ∂s ∆n ∆s
Aplicação do método:
1) Escolher o número de linhas de corrente em função da precisão desejada; e
2) traçado das linhas ψ e ϕ, interceptando-se segundo ângulos de 90o
O resultado é aplicável a distribuições de pressões e escoamento sob barragens, por exemplo.
ψ + ψ 2 + ψ3 + ψ 4
...trabalharemos com a aproximação ψ0 = 1 em cada ponto da malha.
4