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“O Egito já era antigo quando os gregos e romanos passaram a governa-lo, acrescentando suas
próprias camadas de cultura helenística e latina aos estratos profundos da história faraônica. Em
consequência, sua civilização na verdade não se “perdeu” no mesmo sentido que outras da
Antiguidade. Com efeito, os romanos logo adotaram alguns deuses e costumes locais como a
mumificação, mostrando-se exportadores entusiastas de relíquias egípcias. A cultura do país
constituiu, pois, uma cadeia ininterrupta do período pré-dinástico, por volta de 3000a.C., até os
primeiros séculos da era cristã. Só o advento do cristianismo copta presenciou a proibição dos velhos
costumes e das tradicionais formas de escrita –a hieroglífica cerimonial e a hierática popular–, que se
perderam na obscuridade. A ignorância das escritas antigas foi o principal fator responsável pela
transformação do Egito, de uma sociedade histórica e bem conhecida, num mundo misterioso e quase
mítico. Daí por diante, estudiosos e viajantes tiveram de contentar-se com os relatos não raro
tendencioso e frequentemente pouco confiáveis de historiadores clássicos, como Heródoto, ou
traduções fragmentárias de textos mais antigos.”
-Era a partir de textos, ilustrações, traduções, mapas e informações deixadas pelas sociedades antigas
que os viajantes imaginavam o que encontrariam. Dependiam dos relatos e livros deixados por figuras
como Plínio, Heródoto e Estrabão para se guiarem nas explorações à África.
“Os estudiosos e colecionadores da Renascença e do Iluminismo mostraram mais interesse, sobretudo
pelos fragmentos hieroglíficos sobreviventes, que aos poucos foram abrindo caminho para as coleções
dos museus. Em meados do século XVIII, o Egito (e as pirâmides em particular) tornaram-se o destino
de um número cada vez maior de turistas aventureiros, enquanto a criação dos grandes museus
europeus assistia ao começo do comércio de antiguidades egípcias. As múmias eram os objetos mais
apreciados, embora por uma razão singularmente grotesca: uma leitura equivocada das receitas
médicas árabes que continham mumiya (breu cru) levou à crença amplamente disseminada nos
poderes curativos do pó de múmia. Na verdade, os árabes chamavam os cadáveres envoltos em faixas
de “múmias” porque muitos estavam cobertos de mumiya; os turistas não sabiam disso e muitos
corpos que se haviam preservado por milhares de anos sob as areias do Egito acabaram se
transformando em remédios caros para os crédulos europeus. Esse desagradável comércio persistiu
até começos do século XIX.”
-Quando voltavam para seus países de origem, os viajantes levavam com eles os inúmeros objetos
enigmáticos, que tanto causavam curiosidade nos europeus. Essa curiosidade e fascínio pelo Egito
cooperou para a criação dos chamados Gabinetes de curiosidade, que serviam para organizar de
modo que os objetos ficassem à mostra (normalmente em estantes) para o público. Com a chegada do
Iluminismo a cientificidade atingiu os gabinetes e exigiu objetividade nas coleções, fazendo surgir os
métodos de seriações, cronologias, identificações, descrições e tipologias dos objetos. A partir desses
métodos e com a ideia de deixar à mostra para o público, foram desenvolvidos os museus. É
compreensível o interesse dos europeus nos antigos egípcios, já que suas lendas, deuses, rituais
religiosos etc descritos pelas sociedades clássicas era bastante atrativo para os exploradores que
buscavam esses itens, pois lhe proporcionariam muita fama e ainda conseguiriam saquear para
comercializar os itens roubados.
“A frota invasora de Napoleão abriu velas a 20 de maio, e no início tudo correu bem; a ilha de Malta se
rendeu sem luta no começo de junho e, após um desembarque sem incidentes perto de Alexandria, a
1º de julho também o porto da cidade foi capturado. A tropa francesa rumou para o sul, em direção
ao Cairo, onde encontrou sua primeira resistência séria: um exército de 60 mil soldados mamelucos
comandados por Murad Bey. Apesar da marcha extenuante, os franceses mostraram uma disciplina
férrea sib seu talentoso general; a chamada “Batalha das Pirâmides”, travada em 21 de julho de 1798,
transformou-se em debandada, com apenas 30 franceses mortos contra milhões de adversários.”
“Uma propagando engenhosa permitiu-lhe descrever a expedição egípcia como pelo menos um êxito
limitado e, em última instancia, ajudou-o a conquistar o poder graças a um golpe de estado que o
tornou líder de um novo governo, o consulado, em novembro daquele ano”
-Enquanto trocam farpas, a França decide atingir a Inglaterra conquistando o Egito, que estava
servindo como uma espécie de colônia de exploração, de onde os ingleses tiravam informações a
respeito do mundo antigo. Quando Napoleão Bonaparte chega ao Egito se direciona para o controle
do Sul do mediterrâneo, e nessa região tinha tudo o que os exploradores buscavam. Napoleão leva
consigo dezenas de estudiosos e exploradores para registrar e saquear o maior número de objetos
possíveis. Nesse contexto o jogo político territorial ganha força, pois a França dominava a maior rede
de comércio da região egípcia: o porto de Alexandria. Ao longo desses desejos pelo desconhecido e
por tudo que era belo e precioso, foi criado um mecanismo para levar aos navios do porto
monumentos e artefatos enormes que na época não podiam ser deslocados e que antes de Napoleão
chegar, provavelmente seriam enviados a Londres. Quando retornou à Europa, Napoleão foi almejado
por ter conseguindo recolher tantas informações do Egito e ainda conquistar o porto. Conseguiu
cargos políticos e prestígio a partir disso.
CIDADES DO PÓ
“O achado mais espetacular de Layard ocorreu a 20 de fevereiro de 1846. Ele voltava de uma visita à
aldeia local e encontrou o sítio em polvorosa. Os trabalhadores haviam desenterrado uma gigantesca
cabeça humana e alegavam ser o poderoso caçador Nimrod em pessoa, e um operário até correra
aterrorizado para Mossul. Layard suspeitou imediatamente que se tratava do topo de uma figura
gigante de touro alado(...)”
“A primavera coloriu o vale e as obras prosseguiram, liberando mais recintos ornamentais do palácio.
Entrementes, Layard escreveu a Canning em Constantinopla pedindo mais dinheiro do governo
britânico e permissão oficial do sultão otomanico, para não só continuar os trabalhos, como remover
os achados. Quando a resposta chegou, assinada pelo grão-vizir do sultão, Layard se sentiu seguro o
bastante para abrir uma segunda frente de trabalho. Bem à vista de Mossul.”
-Layard, durante sua infância desejava muito encontrar tesouros da antiguidade, tanto que um dos
fatores que motivou essa sua ambição foi a ida a museus britânicos, que continham fascinantes e
chamativos monumentos e artefatos trazidos de países que "não podiam” protegê-los. Na sua
maturidade e idas a vilas em busca de novos tesouros não explorados, em 20 de fevereiro de 1846 foi
descoberto em uma aldeia vizinha na qual ele estava uma gigantesca cabeça humana e assim sua nova
gama para contemplar o belo se iniciou, aprova desse fato foi o investimento de 2 mil libras do Museu
britânico, para a continuação de suas escavações no local desse achado.
“Aproveitando-se da nova onda de curiosidade publica, Smith solicitou verbas que lhe permitissem
visitar Nívine e procurar as peças que faltavam. O jornal Daily telegraph logo apareceu com o dinheiro
e, no início de 1873, Smith examinava os resquícios das escavações de Layard.”
-Smith pesquisou os achados Layard em Nívine, e publicou que a Epopeai de Gilgamieh foi a primeira
obra literária já escrita gravada em tabuinhas uniformes. Essa escrita contava a história de um rei
divino na busca da vida eterna e que havia encontrado um homem que havia feito uma arca para
sobreviver ao diluvio. Isso foi que chamou a atenção do público por ter uma parte relacionada a um
fato ocorrido na bíblia, apesar de que o próprio Smith tinha o problema de não possuir fragmentos
dessa tabuinha, e por consequência desejado pelo financeiro do Museu britânico, teve aceita a sua
proposta de voltar a Nívine em busca dos fragmentos que restavam.
“Koldewey logo encontrou evidências da enorme estrutura vista por Heródoto -originalmente, um
templo de degraus de 91m de lado e outros tantos de altura, distribuídos por sete plataformas. No
entanto, esse templo era claramente contemporâneo dos edifícios neobabilônicos de Nabucodonosor,
não podendo ser a torre descrita na Bíblia e em outros textos antigos.”
-O alemão Koldewey, em busca de descobrir a famosa Torre da babilônia mencionada na bíblia e no
mundo antigo pelos gregos, no qual vem dividindo “ao encontro com Zeus aqueles que desejam
encontra-lo, deveras seguir em frente subindo a torre que os verá com seus próprios olhos.”. Koklewey
descobre um templo que demonstra características que aparentavam ser da Torre, entretanto era de
uma época muita além do tempo que desejava. Enfim um dia ele encontra degraus que seriam
originais da Torre com uma datação de 2.000 a.C., através dos meios estratigráficos gerando essa
cronologia.