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Resumo: A opção poética de Stanley Kubrick pela versão eletrônica de Wendy Carlos para
a Música para o Funeral da Rainha Maria na sequência inicial de Laranja Mecânica,
favorece uma grande quantidade de interpretações. Esse artigo busca, então, compreender
como uma música criada para um funeral, com seu discurso retórico próprio e codificado,
se relaciona com um contexto totalmente diverso daquele no qual foi pensado
originalmente. Para tanto, partiremos de uma abordagem formal e retórica da obra de Henry
Purcell a fim de compreender o contraponto de sentidos implicado na relação audiovisual
da primeira sequência do filme.
Analysis of the initial sequence of "A Clockwork Orange" made by a rhetoric and formal approach
of the "Music for the Queen Mary's funeral" by Henry Purcell
Abstract: The poetic option of Stanley Kubrick by the electronic version of Wendy Carlos
for the "Music for Queen Mary's Funeral" in the initial sequence of the "A Clockwork
Orange", favors a large number of interpretations. This article seeks, then, to understand
how, a music created for a funeral, with its own rhetoric and coded rant, is related to a
totally diverse context from that was originally thought. To this end, we will depart from a
formal and rhetoric approach of Henry Purcell's work in order to understand the
counterpoint of meanings implied in the audiovisual relation of first sequence of
the movie.
1. Introdução
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XXII Congresso da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Música – João Pessoa – 2012
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2.2.1. Exordium
2.2.2. Medium
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2.2.3. Finis
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4. Considerações finais
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Referências:
BUELOW, G.J. Rhetoric and Music. The New Grove Dictionary of Music and
Musicians. Ed.Sadie, S., Londres: Macmillan, 1980 vol.15, p.793-803.
_____________. Rhetoric and Music. The New Grove Dictionary of Music and
Musicians. Ed.Sadie, S., Tyrrell, J. , New York: Oxford University Press Published,
INC, 2001 vol. 21, p.260 - 275.
FRITSCH, Eloy F. Música Eletrônica: uma introdução ilustrada. Porto Alegre: Ed.
UFRGS, 2008.
GOMES, André Luiz. Expressão musical no Barroco: a Retórica e a Teoria dos Afetos.
Belo Horizonte, 2005.65 f. Monografia (Graduação em Música). Universidade do
Estado de Minas Gerais (UEMG).
RATNER, Leonard G. Classic Music: Expression, Form and Style. New York:
Schirmer Books; London: Collier MacMillan Publishers Company, 1985.
Notas
1
Em 1972, Walter Carlos se submeteu a uma cirurgia de troca de sexo e passou a se autodenominar
Wendy Carlos.
2
O filósofo, teólogo e teórico musical francês Marin Mersene (1588 - 1648) relata em sua Harmonie
Universelle (1636) que quando a alma se vê afetada por uma paixão produz dois tipos distintos de
movimentos de espíritos animais: o fluxo e refluxo. O primeiro move os afetos, o coração, alegria, já o
segundo concentração, tristeza, dor.
3
Phatos é o conjunto de emoções, paixões e sentimentos que o orador deve causar no auditório com seu
discurso.
4
O livro de Burgess é repleto de palavras que integram o vocabulário Nadsat, criado pelo autor a partir da
junção de diversos elementos distintos: expressões em russo, inglês, eslavo etc. A expressão droogs se
refere aos integrantes da “gangue” de Alex.
5
A noção de “tópica”, como definida por Leonard Ratner em seu livro Classic Music: Expression, Form
and Style, se refere ao imenso repertório de figuras formantes do discurso musical que os compositores
(no caso do livro, especificamente os compositores do período clássico) adquiriram das classes baixas e
dos períodos anteriores e associaram-nas a sentimentos e afeições, enquanto outras mantiveram apenas
um ‘aroma pitoresco’ (RATNER, 1985, p. 9).
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