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X CONGRESO INTERNACIONAL y XV NACIONAL de PSICOLOGÍA CLÍNICA

16-19 de novembro de 2017

Os pais de crianças ansiosas percecionam os seus filhos como


vulneráveis?
Leila Costa e Ana Beato
Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, Escola de Psicologia e Ciências da Vida

 Enquadramento Teórico
A família desempenha um papel primordial no desenvolvimento biopsicossocial da criança1. A literatura tem evidenciado que, entre os
fatores ambientais que contribuem para o desenvolvimento e manutenção da ansiedade infantil, a influência do papel dos pais parece ser
determinante2,3. Estudos indicam que pais de crianças ansiosas tendem a ser mais protetores e creem que os filhos aparentam ser mais
vulneráveis devido à ocorrência de comportamentos de dependência, de evitamento e de menor capacidade de autorregulação, quando
confrontados com situações que os deixem desconfortáveis4. O presente estudo procurou compreender a perceção de vulnerabilidade e de
necessidade de proteção de pais de crianças com perturbação de ansiedade generalizada (PAG) e fobia específica (FE). Esta investigação
procura colmatar a escassez de literatura dedicada às cognições parentais associadas a perturbações de ansiedade (PA) específicas.

 Objetivos  Metodologia
 Explorar as perceções parentais relacionadas com as  Análise Temática
fragilidades ou vulnerabilidades das crianças;  Estudo qualitativo, exploratório e transversal
 Verificar se os pais creem que as crianças de proteção
ou tratamento especial, devido ao diagnóstico. Amostra

Cuidadores de crianças com diagnóstico


principal de PAG e FE
M = 38.94; SD=6.16

Instrumentos
Entrevista
semiestruturada Análise da perceção parental
 Resultados relativamente à vulnerabilidade dos
Ansioso por Saber filhos em situações ansiogénicas.
Perceção parental das principais vulnerabilidades dos filhos (Beato, 2016)5
Categoria n % Exemplo de unidade de registo

Manifestações “ela procura logo apoio em algum de nós, se eu


comportamentais 39 97,5% estiver, seguramente que vem logo para mim,
de ansiedade para a mãe, os avós” (pai, menina de 9 anos)  Conclusão e Discussão
Manifestações
Os pais consideram que as principais áreas de vulnerabilidade dos
cognitivas e
“Eu sei que está na cabecinha dele e que o vai filhos estão associadas a problemas de regulação da ansiedade,
38 95% atormentando, possivelmente por isso às vezes o
emocionais de comportamento dele” (mãe, menino de 9 anos)
evidenciando as manifestações comportamentais, cognitivas e
ansiedade emocionais (i.e., evitamentos, dependência e baixa autoestima). À
semelhança de estudos anteriores os pais esperam que as crianças,
Características das “Ela não tem os instrumentos pessoais para se
crianças
37 92,5% defender” (pai, menina de 9 anos) quando confrontadas com situações difíceis, reajam com ansiedade e
tenham dificuldades na autorregulação emocional 4,6. A maioria dos
“Estudos, desempenho… o ficar um bocadinho pais, quando diretamente questionados, considera que os filhos não
Desempenho 20 50% preocupada em ser boa” (mãe, menina de 10
necessitam de proteção ou cuidados especiais. Constatou-se que os
anos)
cuidadores tiveram dificuldade em responder à questão de forma
“Isola-se muito, fala com um ou dois, mas tenta-
Socialização 14 35% se isolar” (mãe, menino, 12 anos)
concisa. A especificidade da questão ou a dificuldade em reconhecer
os seus comportamentos como superprotetores podem ajudar a
Sem “Mais frágil? Não estou a ver…” (avó, menino de explicar este resultado, uma vez que no restante discurso surgiram
4 8,5% 10 anos)
vulnerabilidade
frequentemente comportamentos controladores dos pais7. Neste
sentido a perceção de vulnerabilidade poderá levar os pais a
Perceção de necessidade de proteção ou tratamento especial
superproteger os filhos, sem que estes se apercebam.
Não Sim
90 % dos cuidadores considera não ser 10% dos cuidadores considera que os
necessário o apoio ou tratamento filhos necessitam de ajuda  Bibliografia
1Legerstee, J. S., Garnefski, N., Jellesma, F. C., Verhulst, F. C., & Utens, E. M. (2010). Cognitive coping and childhood anxiety disorders. European child & adolescent
especial psychiatry, 19(2), 143-150.; 2McLeod, B. D., Wood, J. J., & Weisz, J. R. (2007). Examining the association between parenting and childhood anxiety: A meta-
analysis. Clinical psychology review, 27(2), 155-172.; 3Cobham, V. E., & Dadds, M. R. (1999). Anxious children and their parents: What do they expect?. Journal of
Clinical Child Psychology, 28(2), 220-231.; 4Kortlander, E., Kendall, P. C., & Panichelli-Mindel, S. M. (1997). Maternal expectations and attributions about coping in
anxious children. Journal of Anxiety Disorders, 11(3), 297-315.; 5Beato, A. (2016) Estilos, estratégias e crenças de pais e mães e ansiedade infantil : o pai é importante?.
(Tese de Doutoramento), Universidade de Lisboa, Lisboa. 6Donovan, C. L., Holmes, M. C. & Farrell, L. J. (2016). Investigation of the cognitive variables associated with
worry in children with Generalised Anxiety Disorder and their parents. Journal of Affective Disorders, 192, 1-7. , 192. 7Hudson, J. L., & Rapee, R. M. (2001). Parent–child
interactions and anxiety disorders: An observational study. Behaviour research and therapy, 39(12), 1411-1427.

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