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Política

Entre inimigo e herói da Nação: a


repercussão do HC de Lula no Facebook

Por Natasha Bachini e João Feres Jr. 12/07/2018 10:34

A Carta Maior, foi fundada em 2001. Era o início da rede mundial de computadores no Brasil. O
Facebook foi lançado em 2004, o YouTube em 2005 e o Twitter, em 2006. No dia 28 de janeiro
passado, completamos 17 anos. O GOLPE de 2016, nos atingiu violentamente, quase nos levando ao
desaparecimento. Porém, nossos leitores não permitiram que isso ocorresse e nos trouxeram até
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uma doação, para que possamos continuar fazendo o tipo de jornalismo que 2018 exige.
judiciais acerca da soltura do ex-presidente Lula. Desde às 9h, quando o
desembargador plantonista do TRF4, Rogério Favreto, acolheu o pedido de habeas
corpus da defesa do ex-presidente, baseado no preceito fundamental da presunção
da inocência e no direito político de participar do processo eleitoral, seguiram-se
ao menos quatro tentativas de impedir sua execução. As reviravoltas do caso
tiveram grande repercussão nas mídias sociais, com destaque para o Facebook,
onde observou-se larga circulação de posts dedicados ao assunto. Considerando a
dimensão política do evento, decidimos elaborar esse estudo especial.

Neste dia, foram realizadas 1.583 postagens pelas 145 páginas que monitoramos
regularmente no M Facebook.[1] O assunto da concessão da liberdade a Lula foi tão
importante que todos 20 posts mais compartilhados trataram dele, conforme
podemos observar na tabela abaixo. Estes posts representam 36% (ou 657.798) do
volume total de compartilhamentos registrados nessas páginas durante o período,
uma taxa altíssima em relação à média alcançada pelos 20 posts mais
compartilhados em semanas “normais”. Dentre os posts que possuem texto, 22%
citam diretamente Lula ou Moro.

Tabela 1: 20 posts mais compartilhados de 8 de julho de 2018.

A Carta Maior, foi fundada em 2001. Era o início da rede mundial de computadores no Brasil. O
Facebook foi lançado em 2004, o YouTube em 2005 e o Twitter, em 2006. No dia 28 de janeiro
passado, completamos 17 anos. O GOLPE de 2016, nos atingiu violentamente, quase nos levando ao
desaparecimento. Porém, nossos leitores não permitiram que isso ocorresse e nos trouxeram até
aqui. Agora precisamos de todos. Se você valoriza o que obtém da Carta Maior, junte-se a nós com
uma doação, para que possamos continuar fazendo o tipo de jornalismo que 2018 exige.
A Carta Maior, foi fundada em 2001. Era o início da rede mundial de computadores no Brasil. O
Facebook foi lançado em 2004, o YouTube em 2005 e o Twitter, em 2006. No dia 28 de janeiro
passado, completamos 17 anos. O GOLPE de 2016, nos atingiu violentamente, quase nos levando ao
desaparecimento. Porém, nossos leitores não permitiram que isso ocorresse e nos trouxeram até
aqui. Agora precisamos de todos. Se você valoriza o que obtém da Carta Maior, junte-se a nós com
uma doação, para que possamos continuar fazendo o tipo de jornalismo que 2018 exige.
(http://www.manchetometro.com.br/wp-content/uploads/2018/07/lula.pdf)

As páginas que mais veicularam posts na data foram Juventude Contra Corrupção
(100 posts), Juiz Sergio Moro – o Brasil está com você (93 posts) e Movimento
Contra Corrupção (91 posts). Tal dado e a composição do ranking, majoritariamente
ocupado por páginas da nova direita, sugerem que a reação à soltura no Facebook
acompanhou a cobertura midiática, cujo enquadramento do assunto foi
predominantemente negativo, como mostrou estudo nosso sobre a Band News e o
portal UOL.

Imagem 1: Nuvem de palavras criada a partir dos textos dos posts coletados em
8/7/2018 pelo site https://wordart.com/create.

As páginas que mais emplacaram posts na lista foram Movimento Brasil Livre, Vem
Pra Rua Brasil e Juiz Sergio Moro – O Brasil está com você. Utilizando-se do mesmo
recurso de comunicação, a combinação entre foto e texto, esses movimentos
acusaram Rogério Favreto de agir ideologicamente, por ter sido filiado ao PT antes
de assumir o cargo de desembargador, e comemoraram as investidas do juiz Sergio
Moro e do desembargador Pedro Gibran para impedir a soltura do ex-presidente. As
fotos desses personagens estamparam os posts. Enquanto Favreto foi declarado o
“maior inimigo do Brasil”, Sergio Moro foi exaltado como “herói da nação”.

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Carta Maior,discurso semelhante,
foi fundada em 2001. Eraporém emdaformato
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Facebook foi lançado em 2004, o YouTube em 2005 e o Twitter, em 2006. No dia 28 de janeiro
Bolsonaro (PSL-RJ) e o ex-prefeito de São Paulo, João Dória (PSDB), que é
passado, completamos 17 anos. O GOLPE de 2016, nos atingiu violentamente, quase nos levando ao
publicamente Porém,
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uma doação, para que possamos continuar fazendo o tipo de jornalismo que 2018 exige.
verdadeiro fantasma que assombra o Brasil”, em resposta à matéria da revista Veja,
que o tratou dessa forma. Já Dória questionou o que não teria acontecido com o
Brasil se Dilma ainda continuasse no poder e cumprimentou Moro por sua atitude,
endossando o coro que o chamou de “herói”.

Três páginas da imprensa também garantiram posições no ranking a partir de


matérias que trataram da concessão do habeas corpus. Tivemos uma matéria do G1,
uma de O Globo, e uma da VEJA. A primeira e a segunda trataram a decisão de modo
neutro, citaram o antigo vínculo partidário do desembargador Favreto,
enquadraram Lula de modo ambivalente e Sergio Moro de modo neutro. No vídeo
que a acompanha a primeira, a decisão é tratada “com surpresa”, visto que todas as
instâncias anteriores a tinham negado. O vídeo também criticou as “inúmeras
possibilidades recursais”, a “falta de unidade jurídica no Brasil” e comentou o
impacto positivo que a soltura teria na campanha do petista, que alcança bom
desempenho nas pesquisas, mesmo preso. A terceira, da VEJA, focou na militância
anterior do desembargador, não entrando em detalhes sobre o processo. Ou seja,
Favretto é desqualificado como ideológico nas três matérias.

Por fim, temos dois posts da página do próprio Lula. O sexto post, é um vídeo dos
deputados Wadih Damous (PT-RJ) e Paulo Pimenta (PT-RS), gravado na frente da
Polícia Federal em Curitiba-PR, no qual comentam a decisão de Rogério Favretto e
denunciam a ligação de Moro, em férias, para a polícia federal pedindo que a ordem
de soltura não fosse acatada. Os deputados destacam que tal conduta é passível de
processo disciplinar e criminal, e configura Estado de exceção. No décimo segundo
post do rol, juristas brasileiros denunciam que o caso Lula é “uma farsa jurídica”,
pois já se sabia do resultado antes que chegasse ao final. Comentam ainda o
espetáculo midiático realizado e a postura inadequada do juiz Sergio Moro, que
“perdeu sua imparcialidade ao tornar-se parte da acusação”. Participam do vídeo
Celso Antonio Bandeira de Mello, Eugênio Aragão, Alamiro Velludo Netto, Claudio
Lembo, José Francisco Siqueira Neto e Weida Wancaner.

Em suma, a repercussão no Facebook da concessão do habeas corpus a Lula foi


amplamente negativa, ao menos dentre as páginas da nossa amostra. O resultado
A Carta Maior, foi fundada em 2001. Era o início da rede mundial de computadores no Brasil. O
dessa coleta
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desaparecimento. Porém, nossos leitores não permitiram que isso ocorresse e nos trouxeram até
nova direita. Isto pode ter diversas explicações, entre elas está a evidente
aqui. Agora precisamos de todos. Se você valoriza o que obtém da Carta Maior, junte-se a nós com
uma doação, para que possamos continuar fazendo o tipo de jornalismo que 2018 exige.
profissionalização dos grupos da nova direita, vários deles capazes de produzir 100
posts em um só dia.

O evento da batalha jurídica em torno do habeas corpus nos dá uma oportunidade


ímpar para verificar a cobertura da mídia e a movimentação das mídias sociais de
modo comparativo. A matéria em si foi bastante controversa inclusive entre os
operadores do Direito. Contudo, a grande mídia, como já mostramos em outro
estudo, somente deu voz aos especialistas contrários ao habeas corpus e a políticos
adversários de Lula, enquanto que a perspectiva simpática ao petista quando não
foi ignorada, apareceu na voz de seus advogados, ou seja, daqueles que defendem o
interesse da parte acima de tudo. No Facebook o desequilíbrio foi bastante
semelhante, só que os agentes agora são os movimentos da nova direita e não a
grande mídia, que aparece de maneira marginal entre os posts mais
compartilhados, sempre em matérias negativas para Lula.

Nem a grande imprensa nem o Facebook re�etiram a controvérsia que se


desenrolou e que atinge o Judiciário, a Política e boa parte da sociedade brasileira.
Com tamanha distorção na mídia tradicional e nas mídias sociais, é difícil saber o
que de fato é opinião pública em nosso país.

[1] As 145 páginas monitoradas incluem candidatos à Presidência da República e aos


governos dos Estados de São Paulo e do Rio de Janeiro; todos os partidos políticos
registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), meios de comunicação com maior
número de seguidores (essa categoria contempla mídia impressa, canais da
internet e mídia televisiva), principais instituições políticas do país
governamentais mais curtidas (as dez primeiras), movimentos sociais e sindicatos
de maior expressão (estão incluídos nessa categoria tanto os tradicionais quanto os
novíssimos) e políticos mais populares na rede. Para a lista completa de páginas
monitoradas pelo M Facebook ver: http://www.manchetometro.com.br/index.php
/mfacebook/metodologia/2018/05/15/nova-amostra/.

*Publicado originalmente no Manchetômetro (http://www.manchetometro.com.br


/index.php/publicacoes/serie-m/2018/07/11/entre-inimigo-e-heroi-da-nacao-a-
A Carta Maior, foi fundada em 2001. Era o início da rede mundial de computadores no Brasil. O
-repercussao-do-habeas-corpus-de-lula-no-facebook/)
Facebook foi lançado em 2004, o YouTube em 2005 e o Twitter, em 2006. No dia 28 de janeiro
passado, completamos 17 anos. O GOLPE de 2016, nos atingiu violentamente, quase nos levando ao
desaparecimento. Porém, nossos leitores não permitiram que isso ocorresse e nos trouxeram até
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passado, completamos 17 anos. O GOLPE de 2016, nos atingiu violentamente, quase nos levando ao
desaparecimento. Porém, nossos leitores não permitiram que isso ocorresse e nos trouxeram até
aqui. Agora precisamos de todos. Se você valoriza o que obtém da Carta Maior, junte-se a nós com
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