Second Edition

And You
Will Be
Like God

Herman Fialho
Fumiã
Contents

Contents 2

I The Fairy Tales 4

1 When the death was gone 5

2 A Grande Reunião 10

2 13
 Introduction/Prologue

This is one of my finer quotations.

–John Smith

This is a great place to write an introduction or

prologue1 .

1
You can even use a footnote to seem smarter
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 Part I

The Fairy Tales

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Chapter 1

When the death was

gone

O fato de fazer dois anos que ele sempre acorda

às cinco da manhã não muda nada; ele sempre
permanece em um estado intermediário entre esse
mundo e o mundo de Morfeu por vários minutos. De-
pois de tomar um banho, sua vontade de potência
aumenta gradualmente e esse mundo se descortina
mais uma vez ante os seus olhos.

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Para o caso de você querer um panorama, ele é um

homem de trinta anos que trabalha como vendedor
de carros. Um emprego muito bom em termos mon-
etários. Depois do fim da crise que assolou o país, o
poder de compra e o ímpeto para gastar aumentaram
de forma vertiginosa e, se tem algo que se gosta de
comprar nesse país,é carro.
Hoje ele tem a expectativa de um bom dia nos
negócios; os lançamentos da Ford estão chegando
na loja e ele já tem dois possíveis compradores. Se
ele fechar essas vendas, pretende ir para Búzios com
sua namorada. O pensamento de descansar naquele
belo lugar, cujo único inconveniente é se falar mais
espanhol do que português, traz pequenos sorrisos
ao seus lábios.
Dizem que em casa de ferreiro espeto é de pau.
Pode não ser uma verdade universal, mas é verifi-
cada mais uma vez. Embora a sua loja ofereça vários
serviços especializados de conserto de carro, ao en-
trar no carro todo dia de manhã ele observa uma
mensagem no painel que insiste em dizer que o pneu
bom está furado, que há um problema na injeção, e
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outro na transmissão.
- Besteira! Vou passar o scanner e retirar esse
código de erro. Isso já tem uns dois anos...
Ao entrar no carro ele muda para o modo USB
do som e se lembra, para sua infelicidade, que havia
retirado o pen-drive no dia anterior para modificar
as músicas no computador:
-Maldição! Não vou voltar lá em cima pra pegar!
Vamos de rádio mesmo.
Ao sintonizar uma rádio:
- ..... pesquisadores da Universidade de Viçosa
farão um comunicado em rede nacional daqui a meia
hora...
- Próxima rádio, vamos!
-.... e então doutor? O que poderia ser tão impor-
tante para termos um comunicado em rede nacional.
Pensei que isso fosse apenas para anúncios presiden-
ciais ...
- Haja paciência! Parece que hoje todo mundo quer
ouvir falar de ciência. Não tem problema, acho que
tenho um velho CD perdido aqui... Ah sim! Mar-
avilha. Então vamos com o velho Tagliavini.
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- ... Parlami d’amore, Mariù, tutta la mia vita sei

tu. Gli occhi tuoi belli brillano come due stelle scin-
tillano...
- Esses italianos sabem fazer música mesmo.
A vida corre de forma singela nesses momentos;
uma música suave, o carro indo lentamente, e a expec-
tativa de férias merecidas. Não fosse a pequena lem-
brança de que sua namorada anda com umas ideias
meio estranhas ultimamente, tudo estaria perfeito.
Quer dizer, não que seja de todo inesperado a reação
dela. Afinal, depois de quatro anos de relacionamento
a sugestão de ir para " o próximo estágio do relaciona-
mento" talvez seja até tardia. Mas ele não entende
porque perturbar o arranjo que se encontra perfeito;
para que inserir variáveis desconhecidas no que anda
de forma correta. Mas... paciência. Talvez ela tenha
até razão.
A vista da entrada da loja sempre lhe propor-
cionava uma alegria nos últimos anos. Aquele era
um velho negócio de família; fora do pai e fora do
avô. A firma foi bem durante a administração do
avô e melhor ainda durante a administração do pai.
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Quando o pai se aposentou e a firma ficou sob sua

responsabilidade, a crise financeira começou. Foram
mais de cinco anos lutando para a firma não fechar
e ganhando apenas o bastante para viver mais ou
menos. Agora, as coisas estão indo muito bem nova-
mente, tão bem que ele já pode pensar em férias e em
construir uma casa nova.

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Chapter 2

A Grande Reunião

... Três meses antes...

Nenhum dos representantes dos cento e noventa e
quatro países faltaram à reunião. Cada general, min-
istro ou mesmo presidente conforme o caso estava
acompanhado de três ou quatro cientistas especial-
istas em Física, Biologia, Medicina ou Química, de
acordo com a suspeita de cada um dos países sobre o
tema da reunião. O certo é que o salão reunia quase
mil pessoas.
Como uma comitiva tão grande não poderia passar
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despercebida, oficialmente eles estavam em uma con-

ferência de fachada sobre o papel do homem no aque-
cimento global. Durante três dias encenaram a peça,
com apresentação de palestras, cientistas da área, e
ampla cobertura a nível mundial. Tudo conforme o
esperado para um evento dessa magnitude. Agora,
finalmente, estavam na reunião à porta fechadas para
o verdadeiro motivo dessa pantomima.
O general brasileiro Augusto foi quem deu início à
reunião.
- Atenção, senhores! Enfim, vamos ao assunto que
realmente importa. Agradeço aos senhores por terem
atendido ao nosso pedido e peço ao general Amberley
que liberte a esposa do nosso cientista.
Silêncio total no salão.
- O sr. Liberato está enclausurado em nosso quar-
tel desde o sequestro de sua esposa. Se a tivessem
matado, teríamos matado o sr. Liberato também, de
forma que ele não poderia lhes contar o que querem
saber.
Protestos do general Amberley:
- Isso é um ultrage! Meu governo não atua dessa
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forma...
O general Augusto o interrompe:
- Por favor, general! Sabemos como a coisa fun-
ciona, mas nada disso tem importância. Afinal, ire-
mos revelar todo o mistério e convidar os países dos
senhores para também fazer parte do nosso, digamos,
projeto.
O general Amberley, meio vermelho, voltou a se
sentar:
- Bom... creio ser certeiro afirmar que os EUA não
sabem o nosso segredo. Suspeito que a Rússia e a
China e possam ter uma ideia... Estou certo generais
Shokovysky e Huang?
- Temos uma ideia, general Augusto! Mas espero
que estejamos errados...
Disse o general Huang.
- Se estiverem desenvolvendo algum tipo de arma
biológica, aviso que a Rússia não tolerará!
Bravejou o irado general Shokovysky.
Do fundo da sala, um pequeno homem moreno se
levantou e falou:

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-Não sejam tolos meus amigos. Este não é um

projeto para matar, esse é um projeto para viver!
O espanto foi geral, e o general Augusto respondeu:
- Meu caro ministro Alvares, com todo o respeito,
não esperava que Cuba tivesse descoberto!
- Sim, general Augusto. Não temos tantos recur-
sos como as potências, mas o nosso serviço secreto é
excelente. Acho que temos que agradecer ao país do
general Amberley por isso. Décadas de tentativa de
assassinato ao comandante Fidel nos deram a exper-
tise necessária para descobrir coisas. Não que isso
tenha importância agora. Acredito que o mundo vai
mudar, estou errado general Augusto?
- Não está ministro. Se para melhor ou para pior, é
o que veremos hoje...
- Vamos, homem! Diga-nos logo o assunto !
Quase implorou um aflito general Shokovsky.
- Pois bem! Em curtas palavras, o governo
brasileiro descobriu o segredo da imortalidade!
...continua...

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