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Resumo
O concreto é um material amplamente utilizado para execução de elementos estruturais na construção civil.
Em virtude disto, tem-se uma preocupação cada vez maior quanto ao conhecimento de seu estado de
deterioração e segurança, o que estimula a busca por métodos que permitam avaliar estruturas acabadas.
Os ensaios não destrutivos são ferramentas úteis para este fim. Dentre eles destaca-se o ensaio de pulso
ultra-sônico, que possibilita a caracterização da compacidade, homogeneidade e integridade do material. A
natureza do ensaio permite, além disto, que se estabeleçam correlações entre a velocidade de pulso
ultrassônico e a resistência à compressão. A modelagem desta relação é complexa, pois a mesma é
afetada por muitos fatores relativos à natureza e estado do concreto. Apesar disto, sua utilidade potencial
tem estimulado o desenvolvimento de vários estudos na área. Os dados coletados foram analisados visando
estabelecer modelos que ajudem a entender como os resultados do ensaio ultra-sônico são afetados por
variações nas condições do concreto.
Palavra-Chave: Concreto, Ensaios Ultra-sônicos
Abstract
Concrete is a widely used material in civil engineering. Due to this, it had a concern about to state of
deterioration and security, and about methods that better evaluate the concrete characteristics. In order to
prevent and control the deterioration of concrete structures it is therefore interesting to establish continuous
monitoring strategies, which might become a powerful tool to increase the service life of concrete. Therefore,
it is quite useful to have a system for constantly monitoring structures, with the purpose to increase the
service life of concrete. Non-Destructive Testing methods are an essential tool to do that. Ultrasonic methods
can play an important role in this sense, since they allow us to monitor the density and homogeneity of the
material, providing information about the strength evolution and the existence of internal flaws and defects.
The nature of tests allows to establishing the relation between quality of concrete and ultrasonic pulse
velocity. The data had been analyzed to establish models that help to understand how the ultrasonic tests
results are affected by variations at the concrete conditions.
Keywords: Concrete, Ultrasonic Tests
Vale ressaltar que a superfície do material deve estar plana, lisa e isenta de sujeira.
Quando estas condições não são atendidas a mesma pode ser regularizada por
processos mecânicos ou pelo uso de um acoplante. Geralmente se empregam, como
acoplante, vaselina, silicone ou graxa.
O ensaio pode também ser usado para explorar a relação entre a qualidade do concreto,
estimada pela velocidade de pulso ultra-sônico, com sua resistência à compressão.
Teoricamente, pode-se estabelecer uma relação de regressão entre a densidade do
concreto (expressa pelo UPV) e a resistência à compressão. A possibilidade de estimar a
resistência a partir de um ensaio rápido e não destrutivo é muito atraente, pois isto
permitiria obter uma maior segurança quanto às características reais do concreto. A idéia
é explorar o fato de que a velocidade é uma função da densidade do material e de sua
dureza, que estão correlacionadas com a resistência à compressão.
Landis et al. (2002) lembra que relação não é sempre confiável, pois o número de
variáveis que afetam a resistência do concreto é grande e inclui, por exemplo, a relação
água-cimento, o tamanho e tipo do agregado, o procedimento de moldagem, o tamanho
da amostra e o tipo de cimento. Apesar disto, o UPV é um indicativo útil e pode ser
aplicado com segurança para avaliar a uniformidade do concreto em uma estrutura. Além
disto, o mapeamento de zonas de compacidade distintas é razoavelmente simples, e
pode ser empregado como indicativo de variações na qualidade/resistência do concreto.
3 Programa Experimental
Foram consideradas na pesquisa seis variáveis de estudo: relação água/cimento (a/c);
traço; idade; tipo de agregado graúdo, tipo de cura e tipo de cimento. A relação a/c é um
parâmetro de dosagem que tem influência direta na resistência do concreto.
O traço, que expressa a proporção entre cimento e agregados, também tem influência
marcante, embora menos intensa, na definição da estrutura de poros e compacidade do
material. Neste estudo foram analisados traços com relações a/c de 0,35; 0,50 e 0,65; e
com proporções de material seco (m) de 3,5; 5,0 e 6,5, em relação ao peso de cimento. A
idade de ensaio é uma variável que vai tendo sua importância relativa reduzida, na
medida em que avança a hidratação.
De posse dos dados coletados, foi iniciada a análise estatística dos resultados, para
verificação da influência da variação de cada parâmetro estudado e o seu reflexo na
resistência à compressão e UPV do concreto.
A complexidade das relações entre as variáveis de estudo e variáveis de saída
(resistência e UPV) ilustram como é difícil obter correlações confiáveis entre os
parâmetros estudados. É possível, todavia, observar alguns padrões de comportamento
bastante interessantes.
Nas figuras 2 e 3 podemos destacar a influência do tipo de cimento na resistência à
compressão e UPV do concreto. Podemos observar pelas figuras que tanto a resistência
à compressão quanto o UPV são afetados pelo tipo de cimento, porém de maneiras
diferentes.
Observa-se claramente que, como esperado, o cimento CP V obteve valores mais
elevados tanto para a resistência do concreto quanto para a UPV. Já o cimento CP IV
ficou em uma posição intermediária, fato que pode ser explicado pela presença de
adições pozolânicas em sua composição. O teor menor de compostos que se hidratam
mais rapidamente resulta em uma evolução mais lenta da resistência. Já o CP II-F foi o
que obteve valores mais baixos.
Além disto podemos comprovar, como um fator bastante conhecido, a grande influência
da relação água/cimento (a/c) para a resistência do concreto e também a pequena
diferença dos resultados para os diferentes tipos de agregados, sendo que observa-se um
leve aumento da resistência quando utilizamos agregado granítico. Na figura 3 visualiza-
70
60
Resistência (MPa)
50
40
30
20
10
0
Relação a/c:
Relação a/c:
Relação a/c:
0,35
0,50
0,65
0,35
0,50
0,65
0,35
0,50
0,65
Basalto
Calcáreo
Granito
CP II CP IV CP V
4700
4600
4500
4400
4300
4200
4100
Relação a/c:
Relação a/c:
Relação a/c:
0,35
0,50
0,65
0,35
0,50
0,65
0,35
0,50
0,65
Basalto
Calcáreo
Granito
CP II CP IV CP V
70
60
Resistência (MPa)
50
40
30
20
10
0
Tipo de Cura:
Tipo de Cura:
Tipo de Cura:
Saturada
Ambiente
Saturada
Ambiente
Saturada
Ambiente
Úmida
Úmida
Úmida
Basalto
Calcáreo
Granito
CP II CP IV CP V
Figura 4 – Influência do tipo de cura na resistência.
4700
4600
4500
4400
4300
4200
4100
Tipo de Cura:
Tipo de Cura:
Tipo de Cura:
Saturado
Ambiente
Saturado
Ambiente
Saturado
Ambiente
Úmido
Úmido
Úmido
Basalto
Calcáreo
Granito
CP II CP IV CP V
Figura 5 – Influência do tipo de cura na UPV.
5 Conclusões
ANDREUCCI, R., Ensaio por Ultra-som – Aspectos Básicos. São Paulo: 2002. 59p.
Disponível em: <http:www.abende.org.br>.
LANDIS, E., PETERSON, E., SELLECK, S., SHAH, S., LI, Z., ZDUNEK, A., PRINE, D.,
Developments in NDE of Concrete. Northwestern University Center for Advanced
Cement-Based Materials e BIRL Industrial Research Laboratory. Evanston: 2002.