Вы находитесь на странице: 1из 10

PROSPECÇÃO DE RESULTADOS DE ENSAIOS NÃO DESTRUTIVOS NO

CONCRETO ATRAVÉS DE ENSAIOS ULTRA-SÔNICOS


PROSPECTION OF NONDESTRUCTIVE TESTING RESULTS AT CONCRETE
TROUGHT ULTRASONIC PULSE VELOCITY

A. Lorenzi (1), L. C. P. da Silva Filho (2), J. L. Campagnolo (3), L. S. Lorenzi (4)

(1) Doutorando, Programa de Pós Graduação em Engenharia Civil, PPGEC/UFRGS


(2) Professor Doutor, Programa de Pós Graduação em Engenharia Civil, PPGEC/UFRGS
(3) Professor Mestre, Programa de Pós Graduação em Engenharia Civil, PPGEC/UFRGS
(4) Professor Mestre, Curso de Engenharia Civil, CTTMAR, UNIVALI
Av. Osvaldo Aranha, 99 - térreo, CEP 90035-190, Porto Alegre, RS, Brasil - e-mail:
alexandre.lorenzi@ufrgs.br

Resumo
O concreto é um material amplamente utilizado para execução de elementos estruturais na construção civil.
Em virtude disto, tem-se uma preocupação cada vez maior quanto ao conhecimento de seu estado de
deterioração e segurança, o que estimula a busca por métodos que permitam avaliar estruturas acabadas.
Os ensaios não destrutivos são ferramentas úteis para este fim. Dentre eles destaca-se o ensaio de pulso
ultra-sônico, que possibilita a caracterização da compacidade, homogeneidade e integridade do material. A
natureza do ensaio permite, além disto, que se estabeleçam correlações entre a velocidade de pulso
ultrassônico e a resistência à compressão. A modelagem desta relação é complexa, pois a mesma é
afetada por muitos fatores relativos à natureza e estado do concreto. Apesar disto, sua utilidade potencial
tem estimulado o desenvolvimento de vários estudos na área. Os dados coletados foram analisados visando
estabelecer modelos que ajudem a entender como os resultados do ensaio ultra-sônico são afetados por
variações nas condições do concreto.
Palavra-Chave: Concreto, Ensaios Ultra-sônicos

Abstract
Concrete is a widely used material in civil engineering. Due to this, it had a concern about to state of
deterioration and security, and about methods that better evaluate the concrete characteristics. In order to
prevent and control the deterioration of concrete structures it is therefore interesting to establish continuous
monitoring strategies, which might become a powerful tool to increase the service life of concrete. Therefore,
it is quite useful to have a system for constantly monitoring structures, with the purpose to increase the
service life of concrete. Non-Destructive Testing methods are an essential tool to do that. Ultrasonic methods
can play an important role in this sense, since they allow us to monitor the density and homogeneity of the
material, providing information about the strength evolution and the existence of internal flaws and defects.
The nature of tests allows to establishing the relation between quality of concrete and ultrasonic pulse
velocity. The data had been analyzed to establish models that help to understand how the ultrasonic tests
results are affected by variations at the concrete conditions.
Keywords: Concrete, Ultrasonic Tests

ANAIS DO 50º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2008 – 50CBC0009 1


1 Introdução
Muitas das construções em concreto armado que formam a nossa infra-estrutura civil
estão se aproximando do final de sua vida útil de projeto ou de serviço e,
conseqüentemente, há uma preocupação crescente sobre o estado de deterioração e
segurança das mesmas. No atual cenário em que o ritmo de construção necessita ser
cada vez rápido e as exigências de qualidade estão se firmando, é de vital importância o
desenvolvimento de alternativas que permitam, de forma célere e eficaz, avaliar a
qualidade de estruturas de concreto.
A aplicação de ensaios não destrutivos (Non-Destructive Testing – NDT) se constitui em
uma estratégia interessante para monitorar o estado das nossas estruturas. Para viabilizar
seu uso, todavia, é necessário efetuar uma transferência efetiva dos desenvolvimentos de
pesquisa para o meio técnico, propiciando o treinamento de profissionais que estão
ativamente envolvidos na aplicação de NDT.
Apesar das suas conhecidas limitações, a propriedade de controle mais utilizada como
indicativa da qualidade do concreto ainda é a resistência à compressão. Embora se
reconheça que este tipo de controle tem eficiência limitada, e é tecnologicamente
rudimentar, o mesmo ainda é prevalente. Normalmente, admite-se que, se um concreto
não é suficientemente resistente, não suportará as cargas previstas no projeto ou a ação
de agentes ambientais.
Considerando que a resistência está fortemente correlacionada com a densidade do
material, pode-se utilizar o ensaio de velocidade de propagação do pulso ultra-sônico
(Ultrassonic Pulse Velocity - UPV) para estimá-la, de uma forma indireta, sem que seja
necessário retirar amostras do material. Esta possibilidade é muito atraente por evitar que
a investigação da resistência provoque danos que podem ser caros de corrigir, ou que
resultem num reparo cuja interface com o material original vai se constituir numa zona
mais vulnerável à deterioração. Danos mal corrigidos podem, inclusive, resultar numa vida
de serviço encurtada e, até mesmo, provocar falhas locais ou globais, colocando em risco
os usuários das edificações ou estruturas sob análise.

2 Ensaios Não Destrutivos


Para Nogueira (2002) nas últimas décadas, a aplicação de NDT na engenharia civil vem
se tornando um tema de interesse em diversos países. Isto ocorre devido ao fato que os
NDT permitem não só a avaliação de estruturas envelhecidas e deterioradas, mas podem
também ser usados no controle de qualidade de estruturas novas.
Acompanhando a tendência mundial, no Brasil a aplicação de NDTs vem crescendo em
vários setores. A engenharia civil é um campo no qual sua utilização ainda pode se
desenvolver bastante, tornando-os importantes ferramentas para auxiliar os profissionais
envolvidos no controle de obras.
Os NDT podem ser aplicados em diversas fases da construção, permitindo o exame de
materiais ou o monitoramento da integridade da estrutura. Novos métodos estão sendo
desenvolvidos para acompanhar o desenvolvimento de novos materiais.

ANAIS DO 50º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2008 – 50CBC0009 2


Dentre os métodos de NDT disponíveis, o UPV merece destaque, pois possibilita o exame
da homogeneidade do material, facilitando o diagnóstico de defeitos e o controle das
condições de conservação de estruturas durante a sua vida útil. O mesmo pode ser
particularmente importante no controle tecnológico do concreto, no laboratório ou em
obra.

2.1 Ensaio de Velocidade de Propagação do Pulso Ultra-sônico

De acordo com Andreucci (2002) os sons produzidos em um ambiente qualquer refletem


ou reverberam nas superfícies circundantes, podendo ainda ser transmitidos a outros
ambientes. Este fenômeno se constitui no fundamentos da aplicação do método à análise
de materiais. No ensaio de UPV, uma onda de som ultra-sônica é projetada num material,
sendo medida a velocidade de propagação da mesma, que vai depender da natureza do
material, da sua porosidade e da presença de vazios ou de água no sistema de poros,
entre outros fatores.
Segundo a American Society of Nondestructive Testing o ensaio de UPV pode ser
considerado como um dos mais promissores para a avaliação de estruturas de concreto.
Através da sua utilização consegue-se realizar um controle das variações da
compacidade da estrutura, que pode ser associada a mudanças das suas propriedades.
O ensaio pode ser utilizado para controle da qualidade, detecção de defeitos, medição de
espessuras ou caracterização dos materiais constituintes do concreto, ASTM E 114-95
(1995).
A NBR 8802 estabelece procedimentos para a realização deste tipo de ensaio no
concreto, que normalmente é efetuado com o objetivo de verificar a uniformidade do
mesmo, detectar eventuais falhas internas de concretagem, avaliar a profundidade de
fissuras ou outras imperfeições, estimar o módulo de deformação e a resistência à
compressão e/ou monitorar as variações das características do concreto ao longo do
tempo, NBR 8802 (1994).
A metodologia de aplicação destes ensaios está baseada no monitoramento do tempo de
propagação de pulsos por uma seção do objeto moldado. A presença de vazios causa o
retardo das ondas, em função da baixa velocidade do som no ar. A metodologia de
interpretação está, portanto, baseada no fato de que o tempo de propagação dos pulsos
ultra-sônicos pode ser correlacionado com a densidade do material.
Uma das vantagens é que, por ser rápido e não-destrutivo, o UPV oferece a oportunidade
de fazer um controle total dos elementos que compõem a estrutura, inclusive ao longo do
tempo. Os resultados deste tipo de análise podem ser usados para prognóstico da
qualidade ou para correção do processo tecnológico.
Popovics (1998) ressalta que a aplicação prática do método faz uso de um equipamento
com transdutores de superfície de baixa freqüência. A Figura 1 ilustra a execução do
ensaio com um equipamento portátil de UPV em uma viga de concreto.

ANAIS DO 50º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2008 – 50CBC0009 3


Figura 1 - Execução do Ensaio de Propagação do Pulso Ultra-sônico.

Vale ressaltar que a superfície do material deve estar plana, lisa e isenta de sujeira.
Quando estas condições não são atendidas a mesma pode ser regularizada por
processos mecânicos ou pelo uso de um acoplante. Geralmente se empregam, como
acoplante, vaselina, silicone ou graxa.
O ensaio pode também ser usado para explorar a relação entre a qualidade do concreto,
estimada pela velocidade de pulso ultra-sônico, com sua resistência à compressão.
Teoricamente, pode-se estabelecer uma relação de regressão entre a densidade do
concreto (expressa pelo UPV) e a resistência à compressão. A possibilidade de estimar a
resistência a partir de um ensaio rápido e não destrutivo é muito atraente, pois isto
permitiria obter uma maior segurança quanto às características reais do concreto. A idéia
é explorar o fato de que a velocidade é uma função da densidade do material e de sua
dureza, que estão correlacionadas com a resistência à compressão.
Landis et al. (2002) lembra que relação não é sempre confiável, pois o número de
variáveis que afetam a resistência do concreto é grande e inclui, por exemplo, a relação
água-cimento, o tamanho e tipo do agregado, o procedimento de moldagem, o tamanho
da amostra e o tipo de cimento. Apesar disto, o UPV é um indicativo útil e pode ser
aplicado com segurança para avaliar a uniformidade do concreto em uma estrutura. Além
disto, o mapeamento de zonas de compacidade distintas é razoavelmente simples, e
pode ser empregado como indicativo de variações na qualidade/resistência do concreto.

3 Programa Experimental
Foram consideradas na pesquisa seis variáveis de estudo: relação água/cimento (a/c);
traço; idade; tipo de agregado graúdo, tipo de cura e tipo de cimento. A relação a/c é um
parâmetro de dosagem que tem influência direta na resistência do concreto.
O traço, que expressa a proporção entre cimento e agregados, também tem influência
marcante, embora menos intensa, na definição da estrutura de poros e compacidade do
material. Neste estudo foram analisados traços com relações a/c de 0,35; 0,50 e 0,65; e
com proporções de material seco (m) de 3,5; 5,0 e 6,5, em relação ao peso de cimento. A
idade de ensaio é uma variável que vai tendo sua importância relativa reduzida, na
medida em que avança a hidratação.

ANAIS DO 50º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2008 – 50CBC0009 4


Para avaliar se o UPV era capaz de acompanhar estas mudanças foram feitas medições,
logo antes da ruptura à compressão, em corpos-de-prova com idades de 3, 7, 28 e 56
dias. Além de variações nestes parâmetros básicos, o planejamento experimental previa a
utilização de agregados graúdos dos tipos basáltico, granítico e calcáreo, com o intuito de
verificar se as diferenças de compacidade e de afinidade com a matriz de cimento destes
materiais acarretariam variações sensíveis nos resultados do UPV. Outra variável de
estudo foi o tipo de cura do concreto, pois esta pode exercer influência sobre a dinâmica
da hidratação e sobre a perda de água, afetando a porosidade superficial, a resistência e
a permeabilidade, ao reduzir a possibilidade de aparecimento de fissuras de retração.
Foram avaliados corpos-de-prova submetidos a três tipos de cura: úmida, em câmara
úmida ou em ambiente de laboratório.
A última variável de estudo foi o tipo de cimento. Isto se justifica pela influência da
composição do cimento no concreto. Para tanto se analisou de que forma as diversas
combinações, realizadas com três tipos de cimento (CP II-F, CP IV e CP V), irão afetar o
comportamento da resistência mecânica e da UPV.
Em vários dos pilares do trecho supracitado foram detectadas fissuras passantes, as
quais se situavam nos consolos das vigas, como pode ser observado na figura 2. Estas
fissuras propagavam-se de forma aproximadamente vertical, em direção à base do pilar.
Existia a incerteza quanto à manutenção desta direção de propagação.

4 Análise dos Resultados

De posse dos dados coletados, foi iniciada a análise estatística dos resultados, para
verificação da influência da variação de cada parâmetro estudado e o seu reflexo na
resistência à compressão e UPV do concreto.
A complexidade das relações entre as variáveis de estudo e variáveis de saída
(resistência e UPV) ilustram como é difícil obter correlações confiáveis entre os
parâmetros estudados. É possível, todavia, observar alguns padrões de comportamento
bastante interessantes.
Nas figuras 2 e 3 podemos destacar a influência do tipo de cimento na resistência à
compressão e UPV do concreto. Podemos observar pelas figuras que tanto a resistência
à compressão quanto o UPV são afetados pelo tipo de cimento, porém de maneiras
diferentes.
Observa-se claramente que, como esperado, o cimento CP V obteve valores mais
elevados tanto para a resistência do concreto quanto para a UPV. Já o cimento CP IV
ficou em uma posição intermediária, fato que pode ser explicado pela presença de
adições pozolânicas em sua composição. O teor menor de compostos que se hidratam
mais rapidamente resulta em uma evolução mais lenta da resistência. Já o CP II-F foi o
que obteve valores mais baixos.
Além disto podemos comprovar, como um fator bastante conhecido, a grande influência
da relação água/cimento (a/c) para a resistência do concreto e também a pequena
diferença dos resultados para os diferentes tipos de agregados, sendo que observa-se um
leve aumento da resistência quando utilizamos agregado granítico. Na figura 3 visualiza-

ANAIS DO 50º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2008 – 50CBC0009 5


se a influência do tipo de cimento sobre os resultados de UPV. Observa-se claramente
que as tendências apresentadas nas figuras são as mesmas.

Tipo de Agregado*Relação a/c*Tipo de Cimento; LS Means


Wilks lambda=,78537, F(16, 268)=2,1507, p=,00694
Effective hypothesis decomposition
Vertical bars denote 0,95 confidence intervals
80

70

60
Resistência (MPa)

50

40

30

20

10

0
Relação a/c:

Relação a/c:

Relação a/c:
0,35

0,50

0,65

0,35

0,50

0,65

0,35

0,50

0,65

Basalto
Calcáreo
Granito
CP II CP IV CP V

Figura 2 – Influência do tipo de cimento na resistência.

Nas figuras 4 e 5 podemos destacar a influência do tipo de cura na resistência à


compressão e UPV do concreto. Podemos observar pelas figuras que tanto a resistência
à compressão quanto o UPV são afetados pelo tipo de cura do concreto. O
comportamento dos resultados, levando-se em consideração o mesmo tipo de cimento,
demonstra que tanto os resultados da resistência quanto os resultados do UPV obtiveram
o mesmo tipo de comportamento, levando-se em conta os diferentes tipos de cura
analisados.
As figuras 6 e 7 demonstram claramente as tendências de crescimento, tanto da
resistência do concreto quanto da UPV, com a evolução da idade do concreto para as
diferentes variáveis analisadas. Observa-se um ganho de ambas com a evolução do
tempo, mesmo quando variamos os diferentes parâmetros que foram objeto deste estudo.
Isto pode ser explicado em função do crescimento da hidratação do cimento com o
decorrer do tempo.

ANAIS DO 50º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2008 – 50CBC0009 6


Tipo de Agregado*Relação a/c*Tipo de Cimento; LS Means
Wilks lambda=,78537, F(16, 268)=2,1507, p=,00694
Effective hypothesis decomposition
Vertical bars denote 0,95 confidence intervals
5200
5100
5000
4900
4800
VPU (m/s)

4700
4600
4500
4400
4300
4200
4100
Relação a/c:

Relação a/c:

Relação a/c:
0,35

0,50

0,65

0,35

0,50

0,65

0,35

0,50

0,65
Basalto
Calcáreo
Granito
CP II CP IV CP V

Figura 3 – Influência do tipo de cimento na UPV.

Tipo de Agregado*Tipo de Cura*Tipo de Cimento; LS Means


Wilks lambda=,53867, F(16, 268)=6,0721, p=,00000
Effective hypothesis decomposition
Vertical bars denote 0,95 confidence intervals
80

70

60
Resistência (MPa)

50

40

30

20

10

0
Tipo de Cura:

Tipo de Cura:

Tipo de Cura:
Saturada

Ambiente

Saturada

Ambiente

Saturada

Ambiente
Úmida

Úmida

Úmida

Basalto
Calcáreo
Granito
CP II CP IV CP V
Figura 4 – Influência do tipo de cura na resistência.

ANAIS DO 50º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2008 – 50CBC0009 7


Tipo de Agregado*Tipo de Cura*Tipo de Cimento; LS Means
Wilks lambda=,53867, F(16, 268)=6,0721, p=,00000
Effective hypothesis decomposition
Vertical bars denote 0,95 confidence intervals
5200
5100
5000
4900
4800
VPU (m/s)

4700
4600
4500
4400
4300
4200
4100
Tipo de Cura:

Tipo de Cura:

Tipo de Cura:
Saturado

Ambiente

Saturado

Ambiente

Saturado

Ambiente
Úmido

Úmido

Úmido
Basalto
Calcáreo
Granito
CP II CP IV CP V
Figura 5 – Influência do tipo de cura na UPV.

Figura 6 – Influência da idade na resistência.

ANAIS DO 50º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2008 – 50CBC0009 8


Figura 7 – Influência da idade na UPV.

5 Conclusões

Em decorrência do fato do concreto ser um material heterogêneo a interpretação da


relação existente entre a resistência e o UPV torna-se bastante complexa. Sabe-se que a
relação a/c, o tipo de cimento, o tipo de agregado utilizado, o tipo de cura, entre outros,
são fatores que afetam os valores de resistência deste material. Os resultados obtidos
indicam que existe boa correlação entre a resistência e a UPV, embora alguns fatores se
mostrem mais impactantes sobre uma delas.
Os dados indicam que a variação das condições de cura e do tipo de agregado pode
gerar efeitos mais sensíveis no UPV do que na resistência. Em geral, pode-se considerar
que os resultados demonstram que, através da quantificação e da qualificação de dados
em laboratório, é possível entender como variações das condições de ensaio afetam os
resultados de testes ultra-sônicos, o que pode auxiliar a minorar os erros na estimativa da
resistência.
O estudo indica que ensaios de pulso ultra-sônico são ferramentas sensíveis a variações
de homogeneidade e densidade, podendo, portanto, fornecer dados importantes para a
tomada de decisão a respeito das condições de estruturas de concreto. Ou seja, pode-se
concluir que, mediante a execução de ensaios de UPV é possível contribuir com o
controle da deterioração e qualidade das estruturas de concreto.

ANAIS DO 50º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2008 – 50CBC0009 9


6 Referências

ANDREUCCI, R., Ensaio por Ultra-som – Aspectos Básicos. São Paulo: 2002. 59p.
Disponível em: <http:www.abende.org.br>.

American Society of Nondestructive Testing. ASTM E 114-95, Standard Practice for


Ultrasonic Pulse-Echo Straight-Beam Examination by the Contact Method. Vol. 03.03
Nondestructive Testing. West Conshohocken: 1995, 920 p., p. 12-15.

Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 8802: Concreto endurecido –


determinação da velocidade de propagação da onda ultra-sônica: método de ensaio. Rio
de Janeiro, 1994.

LANDIS, E., PETERSON, E., SELLECK, S., SHAH, S., LI, Z., ZDUNEK, A., PRINE, D.,
Developments in NDE of Concrete. Northwestern University Center for Advanced
Cement-Based Materials e BIRL Industrial Research Laboratory. Evanston: 2002.

NOGUEIRA, C. L. Análise Ultra-Sônica da Distribuição dos Agregados no Concreto


através de Wavelets. XXI Congressso Nacional De Ensaios Não Destrutivos. Salvador,
Brasil. 2002. São Paulo: ABENDE, 2002. 1 CD-ROM.

POPOVICS, S., Strength and Related Properties of Concrete - A Quantitative


Approach. Nova York: John Wiley and Sons, 1998.

ANAIS DO 50º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2008 – 50CBC0009 10

Вам также может понравиться