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Até que ponto os que ensinam sobre este texto, compreendem verdadeiramente o que Cristo
disse ao afirmar que o espírito está pronto, mas a carne é fraca?
Sabemos que estudar um versículo bíblico sem considerar o seu contexto, significa, na
maioria das vezes, não compreender toda a verdade nele contida, e se adotarmos essa prática
em relação às escrituras sagradas, obteremos quase sempre, um resultado confuso,
cometeremos falhas, e induziremos muitas pessoas ao erro.
Temos observado que, aqueles que não receberam a revelação da Palavra através do Espírito
Santo de Deus, mas tentam compreendê-la pelo seu próprio raciocínio, geralmente procuram
juntar um versículo daqui e outro dali, como se fosse um quebra-cabeça, até conseguir
uma base bíblica que dê respaldo a uma doutrina puramente humana.
Alguém já parou para observar em que condições, Jesus declarou que a carne é fraca?
Observe o contexto: Chegando o Senhor a um lugar chamado Getsêmani, disse a seus
discípulos: Assentai-vos aqui, enquanto vou além orar, levando consigo Pedro e os dois filhos
de Zebedeu, começou a entristecer-se e a angustiar-se muito. E lhes disse: A minha alma está
cheia de tristeza até à morte; ficai aqui e vigiai comigo.
Naquela ocasião a advertência aos seus discípulos, era unicamente para que permanecessem
em constante vigília e oração, a fim de fortalecer o espírito, pois a hora em que o Senhor seria
entregue às autoridades estava se aproximando, e a perspectiva, era de grande angústia e dor.
Precisavam estar fortes e unirem-se ao Mestre durante as horas mais difíceis de sua vida (na
carne), por isso Ele disse: ficai aqui e vigiai comigo.
O Mestre não estava apresentando aos discípulos uma justificativa para cumplicidade à
prática do pecado. Ao contrário, lhes admoestou para se santificarem ainda mais; desta
forma, a carne não prevaleceria sobre o espírito, e seriam fortalecidos espiritualmente para
suportar toda dor e angustia que estavam prestes a vivenciar, em razão da submissão à
vontade de Deus, que era oferecer em sacrifício vivo o seu único Filho para salvar o homem
que estava morto na maldição dos pecados.
Mencionando o Senhor que a carne é fraca, referia-se também a si mesmo, pois sabia que
era chegada sua hora, e Ele próprio sentiu a fraqueza da carne na sua natureza humana,
porque era homem de dores, servo sofredor.
E, ainda que possuía uma natureza humana, o fato de estar constantemente vigilante e em
comunhão com o Pai, ao qual orava sem cessar, tornava o seu Espírito forte, a ponto de vencer
o pecado, deixando de lado a sua própria vontade para submeter-se incondicionalmente à
vontade daquele a quem amava acima de todas as coisas.
A bíblia diz que, humanamente, Jesus era como nós: Por isso convinha que em tudo fosse
semelhante aos irmãos, para ser misericordioso e fiel Sumo Sacerdote naquilo que é de Deus,
para expiar os pecados do povo (Hebreus 2.17).
Sua carne era fraca, mas o Espírito forte, por isso Ele não conheceu pecado, porntanto, pode
também salvar perfeitamente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para
interceder por eles (Hebreus 7. 25).
Logo, se alguém é vencido pelo pecado, não é porque a carne é fraca, mas porque o espírito
do homem está fraco; este ainda não recebeu os dons do Espírito Santo do Senhor para
conversão, salvação e certeza de vida eterna. Porque se pecarmos voluntariamente, depois de
termos recebido o conhecimento da verdade, já não resta mais sacrifício pelos pecados
(Hebreus 10.38).
Quando deixamos de ser homens e mulheres naturais e passamos a ser, homens e mulheres
espirituais a luz das escrituras nos dizem que já não temos prazer nenhum no pecado.
Se alguém quer tomar Paulo como exemplo, deve então atentar para tudo o que ele disse, e
não apenas para uma única frase. Eis aqui algumas palavras de Paulo:
- Sois vós tão insensatos que, tendo começado pelo Espírito, acabeis agora pela carne?
(Gálatas 3.3).
- Digo, porém, andai em Espírito, e não cumprireis a concupiscência da carne (Gálatas 5.16).
- Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus. Vós, porém, não estais na carne,
mas no Espírito, se é que o Espírito de Deus habita em vós. Mas, se alguém não tem o Espírito
de Cristo, esse tal não é dele, porque, se viverdes segundo a carne, morrereis, mas se pelo
Espírito mortificardes as obras do corpo, vivereis. (Romanos 8.9).
- Porque os que são segundo a carne, inclina-se para as coisas da carne; mas os que são
segundo o Espírito, para as coisas do Espírito. (Romanos 8.5-13).
Isso de maneira nenhuma define que uma vez que conhecemos a graça de Jesus Cristo nunca
mais cometeremos pecado algum. Mas tudo o que foi escrito, para o nosso ensino foi escrito,
e a verdade é que, à medida em que nos santificamos através do conhecimento de Deus e da
sua Palavra, a probabilidade de pecarmos contra o Senhor é bem menor, pois o pecado
entristece o Espírito de Deus profundamente (Efésios 4.30).
E por isso que Paulo insistia em dizer: Os que são de Cristo Jesus, crucificaram a carne com
as paixões e concupiscências (Gálatas 5.24).
Mas alguém pode ainda questionar: E se alguém pecar? Se alguém pecar, deve seguir a
orientação que está no livro de I João 2:1: Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo para que
não pequeis; e, se alguém pecar, temos um advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo.
fonte: cristoeaverdade.net
Abraço a todos!
Obras da Carne
Ora, as obras da carne são manifestas (vs.19).
Da Carne (σαρκὸς “sarkos/sarx), é a natureza pecaminosa com seus desejos
corruptos, a qual continua no cristão após a sua conversão, sendo seu inimigo moral
(Romanos 8.6, 5; Gálatas 5.17, 21). Aqueles que praticam as obras da carne não
poderão herdar o Reino de Deus (5.21). Por isso, a natureza pecaminosa precisa ser
resistida e mortificada numa guerra espiritual contínua que o crente batalha através
do poder do Espírito Santo (Romanos 8.4 – 14).
O Espírito e a carne são diretamente opostos um ao outro, conforme evidenciados por
suas “obras” e “frutos” (v.19–22). O resultado é um conflito implacável e arrebatador
dentro dos cristãos, em que eles não podem ser vitoriosos por sua própria força (cf.
Romanos 7.15 – 23). (NOTA DE GÁLATAS 5.17)
As obras da carne incluem:
1) Imoralidade Sexual e Prostituição (πορνεία – porneia) de todas as formas,
também quadros, filmes ou publicações pornográficos (cf. Mateus 5.32; 19.9; Atos
15.20, 29; 21.25; 1 Coríntios 5.1). Os termos μοιχεία (moicheia) e (πορνεία) porneia
são traduzidos por “prostituição” (relação sexual ilícita, adultério, fornicação,
homossexualidade, lesbianismo, relação sexual com animais, relação sexual com
parentes próximos (Levíticos 18), relação sexual com um homem ou mulher
divorciada (Marcos 10.11, 12). Em sentido metafórico, denota adoração aos ídolos.
Da impureza que se origina a idolatria, na qual decorria o ato de comer sacrifícios
oferecidos aos ídolos.
2) Impureza (ἀκαθαρσία – akatharsia). Pecados sexuais, atos pecaminosos e vícios,
inclusive maus pensamentos e desejos o coração (Efésios 5:3; Colossenses 3.5).
Impureza física no sentido moral: impureza proveniente de desejos sexuais, luxúria,
vida devassa.
NOTA:
“(De acordo com a lei de Moisés, em Números 5.11–30, homens obcecados com inveja,
deveriam apresentar seu caso diante de sacerdotes e juízes com provas. No caso de não
existirem provas, ele teria de se satisfazer simplesmente com o ritual em que a mulher
tomava a “água da inveja” e permitir que Deus revelasse se havia infidelidade ou não.
De acordo com Levítico 20.10 e Deuteronômio 22.22, o homem envolvido em um caso
de adultério é sempre o primeiro responsável. Todos os casos de pena de morte exigem
um julgamento justo com pelo menos duas a três testemunhas)”.
A palavra “zelos” (um termo omamopoeic que imita o som da água borbulhando do
calor e talvez derivado de STRONG: 2204 / zeo, “a ferver”) – adequadamente,
emoção que queima (sentimento interior fervendo, “ebulição do calor” J. Thayer);
(figurativamente) algo muito fervoroso como com zelo alimentado pelo Espírito
para servir ao Senhor. Esta raiz (zē-) é utilizada tanto negativa (“inveja/Ciúme”) e
positiva (“zelo”) dependendo do contexto. No contexto de Gálatas 5 é utilizado
negativamente para inveja.
A raiz (zē- “zelo”) significa, literalmente, “quente o suficiente para ferver”. Ele é
metaforicamente utilizada para “raiva, amor, zelo ardente” (AS) – ou seja – para
queimar (em espírito). Pode se referir a “ira de ebulição, amor, zelo, para o que é
bom ou mau” (J. Thayer).
O termo “thumos” significa raiva inflamatória, uma raiva explosiva, uma agitação
turbulenta, uma agitação fervorosa, ímpetos impulsivos de raiva.
16) Glutonarias (κωμος “komos”). Diversões, festas com comida e bebida de modo
extravagante e desenfreado, envolvendo drogas, sexo e coisas semelhantes.
As obras da carne são categorizadas como pecados da carne (v.19), pecados ligados
à religião pagã (os dois primeiros termos do v.20), pecados de temperamento (os
noves seguintes) e pecados de embriaguez (os últimos dois).
As palavras finais de Paulo sobre as obras da carne são severas e enérgicas: quem se
diz crente em Jesus e participa destas atividades iníquas exclui-se do reino de Deus;
não terá salvação (5.21; cf.1 Coríntios 6.9).
CONCLUSÃO
Os que pertencem a Cristo Jesus crucificaram a carne, com as suas paixões e os seus
desejos. (v.24).
Paulo descreve metaforicamente o arrependimento como uma crucificação da vida
antiga, afastando-se completa e finalmente dela. O tempo verbal indica um ato
decisivo, que realizamos na nossa conversão.
Conselho prático:
Não sejamos presunçosos, provocando uns aos outros e tendo inveja uns dos
outros (v.26). Se vivermos assim, será evidenciado em nosso testemunho o exercício
de amor ao próximo, e, consequentemente, provado de que o amor de Deus habita
abundantemente em nós (Igreja).
Ninguém jamais viu a Deus; se nos amarmos uns aos outros, Deus permanece em nós,
e o seu amor está aperfeiçoado em nós. Sabemos que permanecemos nele, e ele em nós,
porque Ele nos deu do seu Espírito… Dessa forma o amor está aperfeiçoado entre nós,
para que no dia do juízo tenhamos confiança, porque neste mundo somos como Ele.
Ele nos deu este mandamento: Quem ama a Deus, ame também seu irmão (1 João 4.12,
13, 17, 21).
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Este material foi escrito e baseado em obras de Hendriksen, de Adam Clarke, Aristóteles, Albert
Barnes e Edith Hamilton
Existem três grandes inimigos da vida cristã: o mundo, o diabo e a carne. O mais próximo e,
portanto, o mais perigoso deles, pois está dentro de nós, é a carne (natureza humana) que luta
contra nossa vida e declara guerra a tudo que é de Deus, em nós e ao nosso redor.
Contra o mundo guerreamos não olhando para os seres humanos e os lugares em que habitam
como se dali pudéssemos ter inimigos ou que fosse algo que Deus odiaria – Deus amou o
mundo, portanto não é sobre isso que é nossa guerra e sim contra o sistema que rege o mundo,
o sistema anti-Deus, anti-Cristão, que está impregnado de malignidade (o mundo está morto
nas obras do mal – 1 João 5.19) e que, portanto se opõe a Deus, a Cristo e seu Reino. As
estruturas malignas do mundo são contrárias a Deus e aos seus planos. Há uma intenção
maligna no mundo – a intenção de retirar da proteção de Deus e de seu amor justo e bom as
pessoas que ele mesmo criou –criando um lugar para habitação que tende a ser desprovido de
fé, de amor, de justiça, de bem, de Deus.
Contra a carne é uma luta inglória, pois ao lutarmos com ela lutamos contra nós mesmos e
nossos desejos mais profundos e mais arraigados.
O primeiro elemento que vemos é a carne física – é a parte física que encobre os nossos ossos;
que dá forma ao nosso corpo; que mostra quem somos, pelo menos mostra como somos
fisicamente; é a parte da qual temos maior lembrança de sermos e como interagimos com o
mundo que nos cerca é através desta carne que se destaca em nosso corpo. Nós somos carne
que aparece. Carne a mostra.
Em segundo lugar, devemos entender a carne como uma forma de ligação interpessoal –
Paulo diz que Jesus descendia de Davi “segundo a carne” (Romanos 1.3). A carne forma uma
ligação entre os membros de uma família, de modo que Jesus, “segundo a carne” (Romanos 9.5)
faz parte dos descendentes de Abraão. Nós somos carne que se relaciona. Carne viva.
Quando em Gênesis 2.23 e seguintes diz que a união entre o homem e sua mulher é uma união
“carnal”, ou seja, os dois são unidos “segundo a carne” e tornam-se “uma só carne”. Portanto o
que entendemos é que muito mais que um elemento físico está em jogo aqui.
Em quarto lugar deve ser entendida como natureza humana – a santificação é muito mais que
uma posição que nos confere o Senhor como “separados” para ele – é um “alvo que deve ser
conquistado pela luta contra a carne” (Russel Shedd) – esta luta que o Russel Shedd afirma
aqui é como referência a natureza humana.
Nossa natureza humana, decaída em Adão, continua ocupando todo espaço que o Espírito de
Deus não domina. Somos novas criaturas em Cristo (II Coríntios 5.17; Colossenses 2.10), mas
também velhos portadores do vírus do pecado, sujeitos a tentações e quedas (Gálatas 6.1;
Mateus 18.15 ss; Hebreus 4.15; 12.1).
1. A NATUREZA DA CARNE
Nossa natureza caída, pecaminosa, caracteriza-se pela sutileza e hipocrisia. Todos nós temos
uma tremenda dificuldade em enxergar nossa carnalidade. Vivemos atrás de máscaras que nos
escondem até de nossos próprios olhos e percepções e assim impedimos que o espelho de Deus
nos revele quem somos (cf. Tiago 1.23 s).
Auto-justificação – cobrimos o mau cheiro dos nossos pecados com o desodorante das
desculpas. Defendemos nossas ações sempre colocando em alto relevo as boas intenções que
temos ou tivemos. Salientamos nossas boas qualidades para evitar a penosa necessidade de
uma cirurgia – do arrependimento real.
Prazer nas falhas dos outros – um sinal da “carne” em nós é aquele gosto perverso de receber
notícias de que outros (mesmo nossos irmãos!) vão mal ou estão indo para o “buraco”.
Geralmente nós gostamos quando outros caem para que nossa luz brilhe mais forte (e
apareça!) ante a escuridão que reina.
“A carne envergonha-se de sua fraqueza – a sociedade nos cria para sermos fortes e não fracos –
´a vida é maravilhosa, basta não enfraquecermos´ que vai contrariamente ao que a Palavra de
Deus nos ensina que a vida melhora apenas quando enfraquecemos. Somente almas conscientes
de sua própria fraqueza encostam-se ao Senhor com peso suficiente para conseguir ficar
firmemente em pé e andar em linha reta pelo poder da sua ressurreição” (J I Packer).
A fuga da culpa – é o método pelo qual a carne evita as dores provindas da humilhação. Nossa
natureza herdada de Adão não vê com bons olhos as próprias falhas. A “carne” detesta o
sentimento de culpa de maneira que carrega em si a verdadeira necessidade de se defender e
fugir, geralmente levando a culpa pessoal para outros.
Lutamos contra a Palavra de Deus que nos ordena confessar nossos pecados (I João 1.9) para
não admitirmos nossa culpa, concordando assim com Deus. Não fosse uma característica da
carne fugir da culpa a vida em comunidade e na presença de Deus seria repleta de paz.
“Há dois alvos que tenho procurado contemplar sempre durante estes 40 anos; um deles é a
minha própria imundície; o outro é a glória de Deus na face de Jesus Cristo; e penso que ambos
devem ser vistos em conjunto” (Charles Simeon).
Rebelião contra Deus – a inimizade contra Deus cria o desgosto humano por cultos, oração e
comunhão prolongada na presença do Senhor (Romanos 8.7; I Pedro 2.11). Mesmo sendo
libertados por Jesus da autoridade das trevas sobre nossas vidas e transportados para o reino
do Filho de seu amor (Colossenses 1.13) não escapamos da lei de nossa carne que guerreia
contra a lei de Deus. Se não tornarmos providências, tornamo-nos novamente prisioneiros da
“lei do pecado” (Romanos 7.23). A carne continua infectada pelo pecado, mesmo após ter a
participação nessa nova vida (de Cristo!).
Vimos a questão da Natureza Carnal – carne física, carne como ligação entre pessoas e
natureza humana.
A natureza humana em nós é carnal e por isso pecaminosa. Nascemos em pecado, em pecado
vivemos e pecamos todos os dias através de nossos pensamentos, palavras, ações e omissões.
Conhecer nosso inimigo é necessário para podermos aprender lutar contra ele.
2. AS OBRAS DA CARNE
Gálatas 5.19-21 – essa lista mostra juntamente com a lista citada por Jesus (Marcos 7.21s e
Mateus 15.19) a repugnância que tais “obras” provocam em Deus e nos homens.
O apóstolo Paulo enumera as obras da carne em grupos, para que fique fácil o entendimento de
que algumas coisas têm ligações com outras. Vejamos:
Prostituição é porneia (que juntamente com moichea – adultério) substituem o amor pelo
egoísmo. A prostituição trata o corpo como uma “coisa”, portanto podendo ser usado ou
vendido para que outros usem de qualquer maneira, em qualquer situação.
Adultério é moicheia. O adultério é a infidelidade para com o outro – podendo ser um ato
sexual consumado ou apenas nos pensamentos (esta palavra está colocada aqui por conter em
certos manuscritos).
Impureza é akathasia. Impureza sexual, ou seja, toda a extensão dos pensamentos, palavras
ou ações sexuais impuras ou ilícitas.
Lascívia é aselgeia. O “a” é uma partícula negativa – ou seja, é o mesmo que dizer – sem
limites, ou licença para fazer o que se deseja. Paixão lasciva ou desejo maligno.
Idolatria – Feitiçaria
Idolatria é eidolatreia. Junção de duas palavras eidolon (ídolos) e latreia (culto, serviço
prestado). Latreia é o culto prestado a Deus e que em substituição a Deus era prestado
para ídolos e, portanto “idolatria”. Qualquer atitude nossa que não adore a Deus (glorifique o
seu nome) é idolatria. Paulo ainda fala que a avareza é idolatria (Colossenses 3.5), portanto
nossos pecados capitalistas, de querer mais e mais o dinheiro e coisas no lugar de Deus é
idolatria e será tratado de igual forma por Deus.
Feitiçaria é pharmakeia. Da mesma palavra para a qual traduzimos nossa “farmácia”, antes
era a manipulação de drogas para cura de pessoas. A utilização (manipulação) de substâncias
para conseguir mudar a realidade das pessoas. A feitiçaria é a manipulação de objetos (que se
tornam sagrados com a consagração aos ídolos – idolatria) para que estes objetos tenham
poder para mudar a vida das pessoas. Rosa benta, copo de água santo, etc.
Inimizades é echthra. Literalmente antipatias ou falta de amor. É este não amor que conduz
aos outros pecados deste grupo.
Porfia é eris. Briga, oposição, luta por superioridade. Resulta da inimizade ou falta de amor.
Ciúmes é zelos. É o cuidado exagerado por aquilo que lhe pertence e o desejo de possuir o que
é do outro (Aristóteles).
Iras é thumos. Ira ou fúria explosiva que irrompe através de palavras e ações violentas.
Discórdias é eritheia. Pelejas. Ambição vã com o fim de ganhar ´seguidores´ de suas idéias
egoístas e a cobiça do poder.
Dissensões é dichostasia. Ensinar outros sobre divisões. Fazer parecer que a palavra de Deus
autoriza o pensamento.
Facções é hairesis. Heresias. Grupos divididos que destroem a unidade da igreja. O desejo
desmedido por posições, prestígio e destaques que geram ´contendas´.
Inveja é fthonos. Antipatia ressentida contra outra pessoa que possui algo que não temos e
queremos. Literalmente é desejo amargo ou ressentimento com o sucesso de outros. A inveja é
o sentimento de infelicidade produzido pelo sucesso de outros.
Bebedices é methe. Descontrole das faculdades físicas e mentais por meio de bebida
embriagante.
Glutonarias é komos. Diversões (folias – festas em que tudo era permitido), festas com
comida e bebida de modo extravagante e desenfreado, envolvendo drogas, sexo e coisas
semelhantes.
Coisas semelhantes a estas – aqui poderia entrar a palavra phonos – homicídios. Em certas
festas de bebedices e glutonarias eram praticados certos sacrifícios (homicídios) grande parte
pela falta de controle do corpo e da mente por causa do álcool e comida em excesso. Alguém
embriagado que ao dirigir mata outro com o seu carro é um exemplo desse excesso que causa a
bebida e as folias (glutonarias).
Vimos as marcas da carne e a natureza carnal descrita obra por obra. Resta-nos pedir
misericórdia de nossas vidas, pois a luta é tremendamente dura.
Veremos mais duas partes deste estudo teológico sobre a carne e o Espírito. Até lá!
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Publicado na coluna semanal “Teologia para sobreviventes” no site www.irmaos.com
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