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O DESAFIO DA INCLUSÃO SOCIAL NA EDUCAÇÃO SUPERIOR, POLÍTICAS


PÚBLICAS E CONTEMPORANEIDADE

Marco Costa
André Pereira

Resumo: O presente trabalho tem como intuito refletir os desafios da inclusão social na
educação superior, políticas públicas e na contemporaneidade, através do ensino, pesquisa e
extensão. Neste sentido, o processo de universalização se torna fragilizado na medida em que
não há medidas emergentes relacionadas a inclusão social. A metodologia utilizada, no que
tange ao tipo de procedimento, utilizado será a pesquisa bibliográfica, pois esta indica a
utilização de livros, revistas científicas e sítios eletrônicos confiáveis relacionados ao tema.
Quanto à abordagem utilizada, será a qualitativa. Quanto ao objeto da pesquisa, torna-se
exploratória, pois irá aprofundar os conhecimentos a respeito do tema.

Palavra-chave: Educação. Políticas Públicas. Inclusão Social.

INTRODUÇÃO

A universidade é uma instituição que promove a educação superior de pessoas, com a


finalidade de formar profissionais para o mercado de trabalho, através da pesquisa, extensão e
pelo saber científico. Porém, o processo de universalização se torna fragilizado na medida em
que não há medidas emergentes relacionadas a inclusão social.
Ocorre que o ensino superior no Brasil passa por uma grande dificuldade, ou seja, as
universidades públicas sofrem com a falta de verbas pública e infraestruturas precárias. Já as
universidades particulares sofrem com a inadimplência e o baixo número de alunos, fato este
que prejudica a inclusão social.
Diante disto, o Governo Federal e as instituições particulares vêm estimulando e
incentivando os financiamentos estudantis, através de bolsas e cotas. Entretanto, pareia uma
certa dúvida quanto à eficácia dessas políticas públicas, pois é questionável a veracidade da
inclusão social.
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Portanto, têm-se um grande desafio da inclusão social no ensino superior, haja vista que
as políticas públicas deveriam ser destinadas as pessoas carentes, com etnias diferentes e sem
condições financeiras de pagar universidades particulares. Porém, o que se vê é a desigualdade.
A metodologia utilizada, no que tange ao tipo de procedimento, utilizado será a pesquisa
bibliográfica, pois esta indica a utilização de livros, revistas científicas e sítios eletrônicos
confiáveis relacionados ao tema. Quanto à abordagem utilizada, será a qualitativa. Quanto ao
objeto da pesquisa, torna-se exploratória, pois irá aprofundar os conhecimentos a respeito do
tema.

A UNIVERSIDADE E SEU PAPEL SOCIAL

Conforme a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB, Lei nª 9.393, de 20


de dezembro de 1996, trata a Universidade a partir do ensino, da pesquisa, da extensão,
indissociáveis, e da pós graduação. Com isso, têm-se que o papel social da universidade é de
formar profissionais através do saber científico, cultural, bem como proporcionando a pesquisa
tecnológica e aprimorar o conhecimento cultural.
Para Trigueiros, a Universidade é uma instituição na qual convivem corpo docente,
corpo discente e corpo técnico-administrativos, com a inclinação em atender seus próprios
objetivos, construindo e reforçando a identidade universitária: ensino, pesquisa e extensão. A
tríade que identifica a universidade como um espaço no qual nasce, cresce e se fortalece o
conhecimento e sem a qual a própria instituição não existiria. (SANTOS, 2011).
Diante disto surge o questionamento: Qual a função social da universidade?
As IES são geradoras de influências sociais, quando disponibilizam profissionais e
conhecimento e pelo fato de terem de lidar com o retorno potencializado das demandas,
resultado das ações qualificadas destes profissionais, seus egressos, assim como com o
conhecimento que recaem em seus meandros, em forma de novas demandas, para que
novamente, possam melhorá-los e devolvê-los à sociedade. Uma espécie natural de vai e vem,
cada vez mais complexo e cada vez mais intensos e interessantes. Dito de outra forma, quando
os produtos das IES, caem no contexto social reagem, quer dizer cumprem a sua finalidade
momentânea e são superados. Retornam então como novos desafios a serem investigados,
porque enquanto os atuais respondem as demandas, geram outras, que requerem produtos
melhorados, para serem novamente devolvidos à sociedade, em condições atualizadas. Como
protagonistas desta recursividade, as IES inserem-se no rol das principais organizações
responsáveis pela geração da complexidade social existente (FÁVERO, 2014).
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Santos (2004) afirma que muitas instituições veem se denominando de universidades,


entretanto, ele afirma que:

Isto foi possível devido à acumulação indiscriminada de funções atribuídas à


universidade ao longo do século XX. Como elas foram adicionadas sem articulação
lógica, o mercado do ensino superior pôde auto-designar o seu produto como
universidade sem ter de assumir todas as funções desta, selecionando as que se lhe
afiguraram fonte de lucro e concentrando-se nelas. (...) no século XXI só há
universidade quando há formação graduada e pós-graduada, pesquisa e extensão. Sem
qualquer destes, há ensino superior, não há universidade (SANTOS, 2004, p. 64).

Desta forma, uma universidade responde à sociedade, em maior ou menor grau de


consistência, por meio do ensino de graduação e de pós-graduação, da pesquisa e de ações de
extensão universitária, pela integração e articulação desses segmentos. Assim, por ser
patrimônio da sociedade, a universidade pública, em especial, deve oferecer respostas concretas
a essa mesma sociedade, respostas que reproduzam ou modifiquem os valores da sociedade na
qual esteja inserida, por meio das pesquisas nascidas em seu seio e dos debates que visem
melhorar a qualidade de vida. (SANTOS, 2011).
No Brasil as fontes de pesquisa de maior produção se encontram nas Universidades,
então são elas as geradoras de conhecimento, capazes transformas os fenômenos naturais em
produtos de necessidade social, assim como são nos seus laboratórios que interpretam e
renovam os conhecimentos sobre o comportamento social e são nelas que acontecem a
construção de respostas para isso tudo. (GOMES, 2014).
Portanto, o papel social das universidades é levar à sociedade o conhecimento e
aprendizado através do ensino, pesquisa e extensão, pois as universidades são promotoras de
transformações sociais e que essas transformações são inerentes às finalidades de investigação,
ensino e prestação de serviços.

AS POLÍTICAS PÚBLICAS E O ENSINO SUPERIOR

Políticas afirmativas de acesso à educação superior têm sido implantadas no Brasil, na


primeira década do Século XXI, a partir das Universidades Públicas, como uma tentativa de
estabelecer igualdade de direitos e oportunidades para contribuir com a diminuição das
desigualdades socioeconômicas no nosso País. Assim, as primeiras iniciativas observadas
tratam o assunto como ações reparadoras e consideram o acesso por meio de cotas
(percentagem) das vagas, aos cursos, destinadas exclusivamente a candidatos de baixa renda,
egressos de escolas públicas, de origem negra ou o oferecimento de bônus (acréscimo) na
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pontuação em seus processos vestibulares. As Universidades estavam exercendo, de alguma


forma, a Autonomia para decidir sobre seus processos de acesso por meio da implementação
de políticas públicas diferenciadas ou de discriminação positiva. (SANTOS, 2011).
Ocorre que estas implantações não surtiram os efeitos necessários, pois a valorização
do ensino superior pelo Governo Federal não é suficiente para tornar eficaz as políticas
públicas, eis que faltam verbas para o básico, ou seja, infraestrutura e corpo docente, tendo em
vista que a maior parte do orçamento das instituições públicas de ensino superior são
comprometidas com o pagamento de pessoal, restando quase nada para investimentos na
promoção do ensino, pesquisa e na extensão.
Pode-se dizer que há dificuldade do Estado em gerenciar as instituições de ensino
superior, tornando-se um grande desafio a implementação de políticas públicas que sejam
eficazes, pois manter um aluno em uma instituição pública é mais caro que mantê-lo no ensino
privado.
Quanto a estrutura física das instituições de ensino superior públicas, encontra-se
sucateadas, o que demanda maior custo com a construção e reforma de novas unidades, além
da necessidade de verbas para instalação de cursos. Analisando em termos de educação, o
Estado vem aprimorando a legislação que regula a avaliação do ensino superior e tem sido mais
criterioso na expansão de cursos e instituições. Por essas análises, já da para perceber que o
custo de expansão do ensino público demanda muito mais verbas a um custo muito maior do
que concentrar a expansão do ensino superior nas mãos da iniciativa privada. (ALVES, 2010).
Entretanto, as IES privadas tem sofrido com as críticas nos últimos tempos devido a
mercantilização do ensino, além da baixa qualidade de ensino.
Gabriel explica que:

As instituições de ensino superior privado tiveram que suprir uma defasagem de oferta
de vagas causada pelo próprio Estado, preenchendo uma lacuna e gerando
desenvolvimento ao país, pois, vale ressaltar, que pessoas educadas são sinônimas de
crescimento. E ainda se tem muito a crescer, uma vez que apenas 20% da população
brasileira possui nível superior. (GABRIEL, 2008, p.3).

Mas, falando em crise e qualidade de ensino superior privado, pode-se dizer que a
questão está relacionada diretamente com a questão financeira, pois estas instituições oferecem
todas as condições necessárias para a manutenção do ensino, mas não possuem recursos
suficientes para o investimento, principalmente em pesquisa. Isto nada mais é do que o reflexo
da inadimplência de mensalidades e da redução do número de candidatos aos vestibulares.
(ALVES, 2010).
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Além do mais, as instituições privadas são obrigadas a manter os custos dos alunos
inadimplentes por força de lei, agravando ainda mais a situação das IES privadas e
comprometendo o ensino.
Todavia, como forma de minimizar os problemas das instituições públicas e privadas e
promover a inclusão social, o Governo Federal criou mecanismos que ajudam no acesso dos
cidadãos as IES, oferecendo o Programa Universidade para Todos – PROUNI, concedendo
bolsas de estudos. Outra forma de ingresso nas IES é através do Fundo de Financiamento ao
Estudante do Ensino Superior – FIES, cuja finalidade é financiar os cursos de graduação do
ensino superior aos estudantes que não possuem condições financeiras de arcar com os custos
de sua formação. Além de outros programas do Governo federal que promovem a inclusão
social, bem como convênios com a Caixa Econômica Federal, que oferece estágio, programa
Escola da Família, além dos convênios com IES privadas.
Portanto, o Governo Federal vem contribuindo com a inclusão social dos cidadãos as
IES. No entanto, deixa a desejar quando o assunto é repasse de verbas para investimentos em
infraestruturas e no corpo docente das instituições.

A INCLUSÃO SOCIAL E A RELAÇÃO COM CONTEMPORANEIDADE

A contemporaneidade, período marcado por grandes transformações e avanços de quase


todas as ordens, em especial os científicos e tecnológicos, constitui um período histórico
fortemente caracterizado por tensões e antagonismos que se expressam mais do que nunca nas
relações sociais, na economia, na política, na cultura, nos valores, nas instituições e na
construção das identidades individuais e coletivas que se refletem e fazem-se refletir na
educação. Tais transformações expressam-se tanto na esfera da interação e inter-relação
homem-meio na cotidianidade da sua prática, destacando-se o mundo do trabalho, como
também, na esfera daquilo que se projeta para as sociedades na tentativa de torná-la
qualitativamente melhor - a Educação, visto que, é a partir dela que se visa promover e assegurar
as transformações pensadas e projetadas pelas outras esferas. (SANTOS, 2011).
Entretanto, no contexto pós-moderno, as IES sofrem com a crise quanto ao seu papel
social, eis que estão enfraquecidos quando se trata da função de produzir e repassar os
conhecimentos necessários à sociedade.
O cenário contemporâneo, ou, pós-moderno, interferindo diretamente na ciência e no
local privilegiado da sua produção – a Universidade – termina por interferir, também, nos
demais espaços educativos e etapas de escolarização, gerando a intitulada “crise da educação”,
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fato que afeta o papel educativo de promoção da inclusão e transformação social, ao menos nos
moldes tradicionais da educação escolar. Para Lyotard (1989), no momento em que o saber
científico perde a sua posição privilegiada de emancipação dos homens, sua transmissão escapa
à responsabilidade exclusiva dos mestres e dos professores, e, nesse caso, outros espaços-tempo
e instituições são chamados a buscar alternativas para chamada “crise da educação”. (SANTOS,
2011).
Neste sentido, Fialho, acerca da contemporaneidade que permeia na universidade,
salienta que:
Refletir sobre a missão da universidade na contemporaneidade e sua contribuição para
o desenvolvimento local e sustentável constitui uma aventura intelectual, dado o
caráter multirreferencial das questões que aí se encontram imbricadas, bem como a
complexidade inerente a constituição histórica desse nível de ensino e sua estreita
relação com os meios e modos de produção. (FIALHO, 2005, p. 40).

Portanto, é notório que o papel social da universidade deve ser analisado por meio do
ensino, pesquisa e extensão, pois tais meios constituem tarefa fundamental para enfrentar as
questões pertinentes a contemporaneidade, além de propor o entendimento de uma nova ordem
social que visa a promoção e o desenvolvimento dos cidadãos, através de políticas públicas
decorrentes da participação e em conformidade com as necessidades e demandas da sociedade
de um modo geral.

CONCLUSÃO

Através deste trabalho pode-se refletir acerca dos os desafios da inclusão social na
educação superior, políticas públicas e na contemporaneidade através do ensino, pesquisa e
extensão.
Têm-se que o objetivo do trabalho foi alcançado pois apresentou-se a universidade e seu
papel social, cuja finalidade é levar à sociedade o conhecimento e aprendizado através do
ensino, pesquisa e extensão, pois as universidades são promotoras de transformações sociais.
Além disso foi a apresentado as políticas públicas e seu papel para a inclusão social dos
cidadãos ao acesso as IES. Por fim, apresentou-se inclusão social e sua relação com a
contemporaneidade.
Diante do exposto, os resultados apontam para uma universidade consciente do seu
papel social, além de agregar as políticas públicas no seu dia-a-dia para proporcionar uma
melhor qualidade de ensino e promover a universalização do conhecimento, através do ensino,
pesquisa e extensão. Todavia, muitos desafios ainda perduram no que tange aos problemas
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relativos ao acesso as IES, porém, é de se observar que as políticas públicas estão presentes
como forma de possibilitar, aos cidadãos, meios para concluir o curso superior e ingressar no
mercado de trabalho.

REFERÊNCIAS

ALVES, Hosana Cristina. POLÍTICA DE INCLUSÃO SOCIAL NO ENSINO SUPERIOR.


2010. Disponível
em:<https://intranet.redeclaretiano.edu.br/download?caminho=upload/cms/revista/sumarios/1
34.pdf&arquivo=sumario2.pdf artigo inclusão social do ensino superior>. Acesso em: 10 de
maio 2018.

FÁVERO, Maria de Lourdes de Albuquerque. A universidade no Brasil: das origens à


reforma universitária de 1968. 2014. Disponível em: <
http://www.scielo.br/pdf/er/n28/a03n28> Acesso em: 10 de maio 2018.

FIALHO, Nadia Hage. Universidade multicampi. Brasília: Autores Associados; Plano


Editora, 2005.

GABRIEL, Sérgio. Financiamento Estudantil: Uma contribuição para a solução da crise


no ensino superior brasileiro. 2008. Disponível em:
http://www.boletimjuridico.com.br/doutrina/texto.asp?id+1053>. Acesso em: 11 de maio
2018.

SANTOS, Boaventura de Sousa. A UNIVERSIDADE NO SÉCULO XXI: para uma reforma


democrática e emancipatória da Universidade. São Paulo: Cortez, 2004.

SANTOS, Maria Cristina Elyote Marques. EDUCAÇÃO PÚBLICA, POLÍTICAS


PÚBLICAS E CONTEMPORANEIDADE: O DESAFIO DA INCLUSÃO SOCIAL. 2011.
Disponível em:<http:// flacso.redelivre.org.br/files/2013/03/1094.pdf>. Acesso em: 11 de maio
2018.

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