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PROCESSAMENTO PRIMÁRIO DE PETRÓLEO

Parte 4
TRATAMENTO DE ÁGUA PRODUZIDA
CAPTAÇÃO E TRATAMENTO DE ÁGUA DO MAR PARA INJEÇÃO

Elói Rotava
Parte 4 – TRATAMENTO DE ÁGUA PRODUZIDA
CAPTAÇÃO E TRATAMENTO DE ÁGUA DO MAR
PARA INJEÇÃO
I.– INTRODUÇÃO

II.– TRATAMENTO DA ÁGUA PRODUZIDA


1. – Hidrociclones
2. – Flotadores
3. – Produtos químicos
4. – Tratamento da água produzida em unidades terrestres

III.– RISCOS ASSOCIADOS À INJEÇÃO DE ÁGUA

IV.– QUALIDADE DA ÁGUA DE INJEÇÃO


1. – IQUAI: Índice de Qualificação Global da Água de Injeção

V.– TRATAMENTO DA ÁGUA DE INJEÇÃO


1. – Esquemas simplificados
2. – Descrição detalhada do tratamento da água de injeção.
Introdução
O destino dado à água produzida depende dos seguintes fatores:

€ instalação onshore ou offshore;

€ disponibilidade/demanda de água para injeção;

€ facilidades de tratamento;

€ possibilidade/viabilidade de reuso/reaproveitamento

€ etc.

Destinos dados à água produzida atualmente:


€ Descarte direto no mar;
€ Descarte no mar através de emissário;
€ Descarte em sub-superfície;
€ Reinjeção;
€ Aplicação industrial;
€ Outros.
Introdução

Padrão de descarte de água produzida no mar – Nova legislação brasileira:

Resolução CONAMA 393 de 08 de agosto de 2007:

Itens mais importantes:

€ “Art. 5° O descarte de água produzida deverá obedecer à concentração média


aritmética simples mensal de óleos e graxas de até 29 mg/L, com valor máximo
diário de 42 mg/L.”

€ “Art. 6° A concentração de óleos e graxas a que se r efere o artigo 5° desta


Resolução deverá ser determinada pelo método gravimétrico.

§ 1° O órgão ambiental poderá aceitar outras metodolog ias de análise, desde que
apresentem correlação estatisticamente significativa com o método gravimétrico.

§ 2° A média mensal deverá ser determinada a partir de amostras diárias,


compostas por quatro coletas em horários padronizados, podendo as análises
serem realizadas posteriormente, respeitado o prazo de validade das amostras.
Introdução
Padrão de descarte de água produzida no mar – Nova legislação brasileira:

€ Art. 10° As empresas operadoras de plataformas reali zarão monitoramento


semestral da água produzida descartada nas plataformas, para identificação da
presença e concentração dos seguintes parâmetros:
I.– compostos inorgânicos: arsênio, bário, cádmio, cromo, cobre, ferro, mercúrio,
manganês, níquel, chumbo, vanádio, zinco;
II.– radioisótopos: Ra-226 e Ra-228;
III.– compostos orgânicos: HPA, benzeno, tolueno, etilbenzeno, e xilenos- BTEX,
fenóis e avaliação de hidrocarbonetos totais de petróleo – HTTP através de perfil
cromatográfico;
IV.– toxicidade crônica da água produzida determinada através de método
ecotoxicológico padronizado com organismos marinhos; e
V.– parâmetros complementares: carbono orgânico total – COT, pH, salinidade,
temperatura e nitrogênio amoniacal total.

€ Art. 14° Os padrões de lançamento dos compostos e ra dioisótopos mencionados


no Art. 10° serão objeto de resolução específica a s er encaminhada ao Plenário do
CONAMA no prazo de um ano a contar da publicação desta Resolução.
Introdução

Livre
o óleo, na água produzida, pode estar nas formas: Emulsionado
Dissolvido

€ Quando existentes, as emulsões são do tipo óleo em água (ou emulsão


inversa).

Fase contínua: água

Fase dispersa: óleo


Introdução
€ O tamanho das gotas do óleo emulsionado na água produzida depende das
condições de cisalhamento pelas quais a água passa.

Efeito da intensidade de cisalhamento (queda de pressão em uma válvula) no


diâmetro médio das gotículas geradas.
Introdução
€ Quanto menor o tamanho médio das gotículas de óleo, mais difícil é a sua remoção.

Distribuição de tamanho de gota: “fotografia” da emulsão


Contagem relativa

Contagem relativa

Diâmetro da partícula (mm) Diâmetro da partícula (mm)


Tratamento da água produzida
Princípios básicos do tratamento em unidades marítimas:

€ Deverão ser avaliadas diversas configurações dos seguintes equipamentos, de


modo a atender ao teor máximo de TOG permitido para descarte: hidrociclones,
flotadores, filtros de casca de noz e filtros de leito misto.

Além desses equipamentos, o enquadramento da água para descarte é conseguido


através de:
€ uso de produtos químicos de forma adequada (desemulsificante, polieletrólitos);
e

€ otimização das condições de processo;


Tratamento da água produzida

€ Em unidades marítimas, normalmente o sistema de tratamento baseia-se na


combinação HIDROCICLONES / FLOTADOR.

€ As correntes de água oleosa, separadas nos vasos separadores de produção, nos


tratadores eletrostáticos e no separador de teste são encaminhadas para seus
respectivos conjuntos de hidrociclones.

Entrada dos hidrociclones: TOG máximo típico de 1000 mg/L

€ Após os hidrociclones as correntes de água produzida são misturadas e enviadas ao


flotador, para enquadramento do TOG.

Entrada do flotador: TOG máximo típico 100 a


200 mg/L

Amostras de água com diferentes


valores de TOG (1000, 100 e 10 mg/L)

€ Em unidades mais antigas, após enquadramento do TOG no flotador, a água é


resfriada em permutadores de calor para ser descartada a Tmax = 40 °C.
Tratamento da água produzida
Exemplo de planta de tratamento de água - unidade offshore (SS)
vaso separador de gás
do separador
condensado do sistema flare combustível
de produção
hidrociclones de compressão
flotador
do separador
de teste

do tratador
eletrostático
floculante
drenagem fechada

para separador
de produção Vaso de
drenagem
fechada
condensados do
sistema de
compressão

headers de permutador
produção de placas drenos abertos de
AeB área classificada e
não classificada
descarte caisson

(TD) descarte
Tratamento da água produzida

Hidrociclones:

“Equipamentos tubulares, constituídos de partes cilíndricas e cônicas justapostas, nas


quais a dispersão é alimentada por um tubo de entrada, cujo eixo é normal ao eixo do
equipamento, e que é posicionado tangencialmente à parede lateral do equipamento. O
equipamento tem duas aberturas para saída da dispersão classificada, posicionadas
axialmente ao equipamento, uma delas situada próxima da seção de alimentação e a
outra situada numa seção afastada da seção de alimentação, próxima ao vértice do
corpo cônico do hidrociclone.”
Tratamento da água produzida
Hidrociclones – Partes componentes:

liner

orifício de
rejeito orifício de saída
de água
Tratamento da água produzida
Hidrociclones – Partes componentes:

INVOLUTA

O’RINGS
ANEL DE TEFLON CABEÇOTE

LINER
Tratamento da água produzida
Hidrociclones – Princípio de funcionamento:

€ A água oleosa entra no liner tangencialmente à involuta, adquirindo movimento


espiral. Em seguida é dirigida da involuta para a câmara cilíndrica de turbilhonamento,
onde o fluxo é estabilizado e posteriormente acelerado através das seções cônicas
seguintes.

Transformação da energia potencial (pressão) em energia cinética (aceleração


centrífuga). Podem ser alcançadas acelerações da ordem de 1000 G.

Ponto de reversão
do fluxo axial

Rejeito Água

€ Diferença de densidade óleo-água: devido à aceleração centrífuga, o fluido mais denso


(água) vai para as paredes do liner e o menos denso (óleo) vai para o centro do liner.
Tratamento da água produzida
Hidrociclones – Princípio de funcionamento:

Principais direções de fluxo:

1. Fluxo Azimutal: movimento tangencial rotativo da


corrente fluida.

2. Fluxo Radial: deslocamento das gotículas de óleo


para o centro e da água para a parede externa.

3. Fluxo Axial: deslocamento da água e do óleo ao


longo da direção do liner em sentidos opostos.
Tratamento da água produzida

Hidrociclones – Princípio de funcionamento:

Variação da velocidade azimutal (tangencial):

Dc

Fonte:
Gomez et al.
SPE 71538, 2001.
Tratamento da água produzida

Hidrociclones – Princípio de funcionamento:


Variação da velocidade axial: valores positivos indicam a
velocidade em direção à saída de água e valores negativos
indicam a velocidade em direção à saída de rejeito.

Dc

Fonte:
Gomez et al.
SPE 71538, 2001.
Tratamento da água produzida
Vantagens dos hidrociclones:

€ Pequeno tamanho e peso;

€ Não sofrem influência dos movimentos da plataforma;

€ Podem ser instalados na posição horizontal ou vertical;

€ Não apresentam partes móveis;

€ Normalmente não exigem consumo extra de energia (aproveitamento da pressão


disponível);
Tratamento da água produzida
Desvantagens dos hidrociclones:

€ Susceptíveis à deposição de incrustações devido ao pequeno diâmetro dos liners;

€ Em caso de produção de areia, podem sofrer erosão, comprometendo seu


desempenho;

€ Pouca inércia volumétrica (capacitância), o que o torna susceptível a oscilações na


alimentação (variações na pressão de alimentação afetam fortemente o
desempenho);

€ Em uma única passagem, não enquadram o TOG da água a ser descartada em 20


mg/L;

OBS: usando-se baterias em série é possível enquadrar o TOG da água para descarte.
Porém nesse caso é necessário uma pressão disponível de cerca de 10 kgf/cm2 pelo
menos ou o uso de bombas de baixo cisalhamento.
Tratamento da água produzida
Hidrociclones – Problemas operacionais:

Entrada de
água oleosa
Tratamento da água produzida
Hidrociclones – Problemas operacionais:

Acúmulo de borra no interior do vaso: Vaso após limpeza:


Tratamento da água produzida
Hidrociclones – Problemas operacionais:

Areia encontrada nos filtros, tipo


cesta, instalados a montante do
hidrociclone na PCH-2. Sólidos presentes na água oleosa.

€ Operações regulares de retrolavagem (uma vez por turno) são extremamente


importantes para manter o orifício de rejeito desobstruído e garantir um bom
desempenho do hidrociclone.
Tratamento da água produzida
Hidrociclones – arranjo dos liners:

1) Liners em vaso de pressão: um único vaso contém vários liners em seu interior.

entrada de água

saída de rejeito

saída de água

Vantagem: ocupa menos espaço


Desvantagem: maior dificuldade de acesso para manutenção e limpeza
Tratamento da água produzida
Hidrociclones – arranjo dos liners:

2) Liners separados: os liners são conectados individualmente a um header comum.

Vantagem: facilidade de acesso para manutenção e limpeza


Desvantagem: ocupa mais espaço, riscos de queimaduras.
Tratamento da água produzida
Disposição dos hidrociclones na planta de tratamento de água:

Recomendações de projeto:

€ “O hidrociclone deverá estar posicionado preferencialmente a montante de


qualquer válvula de controle, de modo a minimizar o cisalhamento das gotículas de
óleo e a liberação de gás. Pelo mesmo motivo, deverá ser minimizado o uso de
curvas, derivações, válvulas na tubulação do sistema de tratamento de água, bem
como o uso de bombas.”

€ “Sempre que possível, os liners deverão ser independentes (sem vaso de pressão)
e com alinhamento por grupos de liners.”

€ O rejeito do hidrociclone (corrente oleosa) é direcionado para o vaso de


drenagem fechada;

€ A água por sua vez recebe dosagem de polieletrólito e é direcionada para o


flotador a fim de enquadrar o TOG.
Tratamento da água produzida
Operação dos hidrociclones:
€ A vazão de água é controlada através da válvula de controle de nível da
interface óleo-água.

óleo
LC
água

SDV

PV

LV

€ É importante que o sistema de controle seja capaz de “amortecer”


as oscilações do processo (devido a golfadas, balanço, etc.) a fim de
garantir uma alimentação estável ao hidrociclone.
Tratamento da água produzida
Hidrociclones - operação:

€ Há uma faixa ótima de vazão para uma boa operação do hidrociclone.

À medida que a vazão aumenta, a aceleração radial no interior do liner também aumenta,
fazendo com que o núcleo oleoso comece a se formar.

A partir de uma vazão Qmin a eficiência atinge um platô.

togentrada - togsaída
E= x100
togentrada
Tratamento da água produzida
Hidrociclones - operação:

Por outro lado, uma vazão excessiva no liner pode causar:


- tempo de residência muito baixo para possibilitar a separação;
- ruptura das gotas de óleo devido a cisalhamento e turbulência;
- falta de gradiente de pressão para dirigir o cone oleoso para a saída de rejeito, devido
despressurização do eixo do liner.

€ Assim, se estabelece uma faixa ótima de operação entre Qmin e Qmax.

Adaptado de:
Husveg et al. SPE
Production &
Operations, August,
2007.
Tratamento da água produzida
Hidrociclones - operação:

Como a vazão média que passa através da bateria de hidrociclones pode variar ao
longo do tempo, é importante que haja um alinhamento do número correto de liners de
forma que o sistema opere dentro da faixa de vazão apropriada (entre Qmin e Qmax).

€ Quando os hidrociclones são do tipo “liners separados” este ajuste pode ser feito
isolando individualmente liners ou grupos de liners, de acordo com a configuração do
sistema.

€ Quando os hidrociclones são do tipo “liners em vaso de pressão” o vaso deve


possuir divisões (câmaras) de forma que se possa isolar grupos de liners.
Tratamento da água produzida
Hidrociclones - operação:

Câmara D com 15 liners Câmara B


com 3 liners

Câmara C com 6 liners

Câmara E com 25 liners Câmara A


com 1liner

Total: 50 liners
Tratamento da água produzida
Hidrociclones - operação:

Algumas combinações possíveis para ajustar o número de liners à vazão:


Câmara
A B C B+C D E E+C A+B+C+D+E
Número de 1 3 6 9 15 25 31 50
Liners
Vazão Mínima 30 86 180 270 450 750 930 1502
(m 3 /dia)
Vazão Máxima 63 179 375 563 939 1565 1940 3132
(m 3 /dia)

€ Além disso, é possível tamponar um ou mais liners para diminuir a vazão mínima de uma
câmara.
Tratamento da água produzida
Hidrociclones - operação:
Tratamento da água produzida
Hidrociclones - operação:

Uma vez permanecendo na faixa ótima de vazão – definida pelo fabricante de cada tipo
de liner – pode-se otimizar o desempenho do hidrociclone minimizando-se o rejeito
produzido.

€ Observar que o rejeito normalmente contém mais de 90 % de água, sendo o


restante óleo.

Qrej
Definindo-se Flow Split como: FS = x 100 %
Qent

Observa-se que a eficiência do


hidrociclone aumenta rapidamente em
baixos valores de flow split (FS),
estabilizando-se logo em seguida:

Adaptado de: Husveg et al.


SPE Production & Operations, August, 2007.
Tratamento da água produzida
Hidrociclones - operação:

Assim, a fim de garantir a máxima eficiência de separação e minimizar o


reprocessamento da água é necessário que o FS se mantenha constante e no menor
valor possível acima do platô da figura anterior.

€ FS típicos costumam ficar entre 1 e 5 %.

€ O controle desta relação de vazões é feito através da chamada Relação de


Pressão (RP) entre Entrada/Rejeito e Entrada/Saída:

Pent - Prej
RP = Onde:
Pent - Psaída RP = relação de pressão
Pent = Pressão na entrada do hidrociclone
Prej = Pressão na saída do rejeito
Psaida = Pressão na saída de água
Tratamento da água produzida
Hidrociclones - operação:

óleo
LC
água

SDV

PDC
PV

LV

A relação de pressão deve ser mantida tipicamente entre 1,4 a 2,0


€ RP muito baixa: parte do cone de óleo pode sair com a água;
€ RP muito alta: vazão excessiva de água no rejeito.
Tratamento da água produzida
Hidrociclones - operação:
Observar que existe uma relação entre a RP e a vazão de rejeito:
14
PERCENTAGEM DE REJEITO (%)

12

10

6 Orificio de Rejeito=1.5mm

0
1.0 1.2 1.4 1.6 1.8 2.0 2.2 2.4 2.6 2.8 3.0 3.2 3.4
3.6
(PENT _ P REJEITO ) (PENT _ PSAIDA)
/
€ A vazão de rejeito tipicamente é de 2 a 4 % da vazão de entrada.
Tratamento da água produzida
Hidrociclones - operação:
RESUMO:

O sistema de controle do hidrociclone deve:

1) garantir que a vazão se mantenha entre Qmin e Qmax

€ Embora nos sistemas de produção normais a válvula que controla a vazão


através do hidrociclone tenha como prioridade o controle de nível do vaso a
montante, é importante que o esquema de controle leve em conta também a faixa
de vazão adequada para o hidrociclone, de forma que este opere entre Qmin e Qmax.

2) garantir que um Flow Split adequado seja estabelecido e mantido.


€ Isto é feito através de um controlador diferencial de pressão atuando na
válvula de pressão da saída de rejeito.
Tratamento da água produzida
Exercício:
Uma bateria de hidrociclones trata 160 m3 de água produzida por dia. O TOG na
entrada é de 1000 mg/L e na saída é de 100 mg/L. A vazão de rejeito é de 2%. Calcule
a concentração de óleo no rejeito.
Tratamento da água produzida

FLOTAÇÃO:
€ O processo de flotação de emulsões está baseado na ocorrência de contato entre
as bolhas de gás e as gotas de óleo e contaminantes oleosos.

O gás, sendo muito menos denso que o óleo, tende a levar as gotas e contaminantes
oleosos para a superfície.

Recuperação do óleo flotado

Ascensão dos agregados bolha/gotícula à superfície

Adesão bolhas de gás/gotículas de óleo

Colisão das bolhas de gás com gotículas de óleo dispersas

Geração de bolhas gasosas no interior do efluente


Tratamento da água produzida

Evolução dos sistemas de flotação:

1° Sistema mecânico: rotor promove a indução do gás na água.

2° Spargers : as bolhas de gás são geradas através da passagem do fluxo de gás


pelos poros de tubos distribuidores de gás.

3° Sistema hidráulico: bomba centrífuga direciona a água para edutores que criam as
bolhas de gás.
Tratamento da água produzida

Sistema mecânico com rotor:

Sistema antigo.
Bolhas geradas são relativamente grandes (200 a 2000 mm).
Baixa eficiência.
Princípio do gás induzido.
Tratamento da água produzida
Sistema de sparger:

T u b o s c o m aberturas m i c r o p o r o s a s
d e 2 micr a para a saída d e g á s

O sistema utiliza um tubo microporoso de metal sinterizado por onde o gás é injetado
para gerar bolhas pequenas na água.
Tamanho de bolha: 25 a 100 µm.
Problema: os tubos porosos são muito vulneráveis a entupimento.
Tratamento da água produzida
Sistema de sparger
Recomendações:

€ A fim de minimizar os problemas de entupimento dos microporos dos tubos


aspersores é fundamental que estes não fiquem em contato com a água sem que gás
esteja sendo injetado no flotador.
Quando isso acontece, os resíduos oleosos da água penetram nos poros dos tubos,
aderem-se, e provocam entupimento.

€ Além disso recomenda-se a limpeza semestral dos mesmos com uma solução de
citrato monossódico 10%. Esta limpeza objetiva retirar ou dissolver sólidos
depositados nos poros.

€ Antes de parar a operação do flotador para manutenção e/ou limpeza, é preciso baixar
o nível de água produzida até abaixo dos tubos aspersores, ainda com o gás de
aspersão alinhado para o vaso.

€ Em caso de entupimento severo, é necessário a retirada dos tubos para limpeza


externa. Isso pode ser feito com imersão em um solvente (por ex. querosene) e
posterior limpeza com jato d’água.
Tratamento da água produzida
Sistema de sparger
Recomendações:

retirada dos tubos

lavagem com jato d’água após imersão em solvente


Tratamento da água produzida
Sistema com edutor hidráulico:

A entrada da água em alta velocidade cria um vácuo na base do


tubo ejetor, induzindo a entrada de bolhas de gás.
Tamanho de bolha: 50 a 1000 mm
Bomba para reciclo da água (40 % a 125 % da vazão)
Princípio do gás induzido.
Tratamento da água produzida
Flotação a gás dissolvido (FGD):

Parte da água é previamente saturada com gás sob pressão e injetada no flotador.

A despressurização da água na câmara de flotação gera uma grande quantidade de


bolhas, de tamanho extremamente reduzido.

ENTRADA DE
ÁGUA
Bomba DGF Monosep.

Tamanho de bolha: Ø = 1 a
100 µm

O tamanho de bolha pode


ser controlado pela
válvula de pressão.
SAÍDA DE ÁGUA
TRATADA
Tratamento da água produzida
Flotação a gás dissolvido (FGD):

Bomba
Desligada t=5 s

Bomba
ligada

t=30 s
Tratamento da água produzida

Principais problemas potenciais de um flotador:

€ Deposição de borras nos internos do equipamento (recheio);

€ Entupimento nos orifícios distribuidores de água floculada;

€ Coleta incompleta dos flotados;

€ Incrustação / corrosão nos internos do sistema;

€ Tamanho da gota de óleo;


Tratamento da água produzida

ß Água descartada com TOG < 29 mg/L


situação normal

Água
descartada
com TOG
acima do
normal
Tratamento da água produzida
Produtos químicos – polieletrólito:

€ São moléculas poliméricas catiônicas: apresentam cargas positivas, as quais se


associam às cargas negativas das gotas de óleo emulsionadas na água.

€ O floculante (polieletrólito) deverá ser utilizado diluído na proporção de pelo menos


10 vezes com água doce.

€ Isso tem a função de “desenrolar” ou “abrir” a cadeia do polímero, melhorando a


sua eficiência e evitando a formação de borras.

€ Pode-se utilizar sistema de diluição em linha ou utilizar bombas que proporcionam


diluição automática do produto com água, não havendo necessidade de diluição no
tanque.
Tratamento da água produzida
Produtos químicos – polieletrólito:

Mecanismo de atuação do polieletrólito:


flocos
gotas de óleo dispersas na água
Tratamento da água produzida

Produtos químicos - recomendações:

€ Em sistemas com tendência a incrustação deverá ser injetado anti-incrustante nas


linhas de entrada dos hidrociclones.

€ Prever ponto para injeção de floculante a montante e a jusante dos hidrociclones.

€ O ponto de injeção deverá ser localizado o mais próximo possível da saída da linha
de água dos equipamentos que descartam água (separadores e tratadores
eletrostáticos) e da saída de água do hidrociclone.

€ Deverá ser previsto sistemas para injeção de biocida na linha de alimentação dos
tanques de slop do navio, para evitar geração de H2S.
Tratamento da água produzida
Tratamento de água produzida em campos terrestres:
Devido à maior disponibilidade de espaço e inexistência de limitações de peso, nas
plantas terrestres de tratamento de água produzida costuma-se usar separadores API
(flotação gravitacional) ao invés de hidrociclones.
Além disso, torna-se viável a utilização de diferentes tipos de filtros (areia, casca de
nozes, etc.)
Tratamento da água produzida
Principais Equipamentos:

Separador API € campos terrestres;

Flotadores € campos terrestres e


marítimos.

Hidrociclones € campos marítimos;

Outras tecnologias:
€ Filtros de casca de nozes e leito misto
Novas tecnologias:
€ Centrífugas;
€ Processos com membranas;
Tratamento da água produzida em unidades onshore:
ETO - ETE CANTO DO AMARO UN - RNCE
Exemplo de planta de tratamento de água - unidade offshore (simplificado)
Oleodutos
Destino da águaTanque
co-produzida:
de Óleo
lavagem a frio Tq petróleo Tq petróleo Tq petróleo
28500 m3/dia
Desemulsificante (separação por
BSW 78 % Unidades terrestres
densidade)
10 ppm EMED
BSW máximo: 4 %
Água t »37 °C
d » 0,83
Polieletrólito

Tanque
Tanques de
pulmão Separador Mistura Rápida
± 1400 ppm de Água-Óleo ± 200 ppm e Lenta
óleo de óleo
Flotador
Ar
Filtros de Cartucho Filtros de Areia Reator de
saturação

± 2 ppm de ± 20 ppm de óleo


óleo

10.000 m3/dia
Tanque
pulmão de 12.500 m3/dia Estação 60-70kgf/cm2 Manifold de BSW ± 65 %
água tratada 4 kgf/cm2 de Injeção
Injeção (± 600 poços)
Bactericida Para
+ NaHSO3 Guamaré
Tratamento da água produzida
Tratamento da água produzida em unidades terrestres:
Separador água-óleo.
Tratamento da água produzida
Tratamento da água produzida em unidades terrestres:
Flotador a ar dissolvido.
Captação e tratamento de água do mar
para injeção
Riscos associados à injeção de água

RISCOS:

- TAMPONAMENTO DOS POROS DA ROCHA: material particulado.

- INCRUSTAÇÃO por incompatibilidade


química: água do mar € sulfato
água do reservatório € bário

- SOURING (ACIDIFICAÇÃO por H2S): Desenvolvimento de


bactérias redutoras de sulfato (BRS)
Riscos associados à injeção de água

Tamponamento da rocha reservatório por material particulado:

O arraste de material particulado até os canhoneados do poço injetor pode ocorrer por diferentes
causas:

€ filtração deficiente: permite a introdução do material particulado naturalmente presente


na água captada.

€ atuação de bactérias: além de gerarem material polimérico de origem metabólica


(material particulado), as bactérias podem ainda provocar a ocorrência de corrosão pela
acidificação do meio e despolarização catódica.

€ corrosão nas tubulações e coluna do poço injetor: caso o oxigênio não seja
eficientemente removido.
Qualidade da água de injeção
IQUAI – Índice de Qualificação Global da Água de Injeção:
Limite Máx. Freqüência
Parâmetro Unidade Típico(1) Peso de análise

Parâmetros relativos a plugueamento dos poços injetores


Teor de sólidos suspensos totais mg/L 1,5 a 2 2 2 x semana
(SST)
Teor de óleos e graxas (TOG) (2) mg/L 20 2 diário
Número de partículas (NP) (3) n°/mL 5 a 20 2 diário
Teor de Sulfato (SO4) (4) mg/L 100 2 diário
Parâmetros relativos a corrosão
Teor de O2 dissolvido (TOD) ppb 10 1 diário
Teor de sulfetos solúveis (TSS) mg/L 2 1 2 x semana
Bactérias redutoras de sulfato (BRS) NMP/mL(5) 50 1 semanal
Bactérias anaeróbicas heterotróficas NMP/mL(5) 5000 1 semanal
totais (BANHT)
(1) Depende das características do reservatório
(2) Somente quando há reinjeção de água produzida
(3) Número de partículas maiores do que x mm por mililitro (tipicamente, x = 5 mm)
(4) Apenas em sistemas com unidade de remoção de sulfato (atualmente FPSO Brasil e P-50)
(5) Número mais provável por mililitro
Qualidade da água de injeção
IQUAI – Índice de Qualificação Global da Água de Injeção:
n

å IRESP x PESO
IQUAI = i =1
n

å PESO
i =1

IRESP = índice de realização da especificação


PESO = peso atribuído a cada parâmetro de especificação
Considerar:
peso = 1 para especificações associadas a efeitos de corrosão e incrustação;
peso = 2 para especificações associadas a efeitos de plugueamento dos poços injetores

é! æ média aritmética das medições - especificação öù!


IRESP = ê1 - ç! ÷ú x100
ë! è! especificação øû!

M1 + M 2 + ... + M n M1, M2, Mn = medições


Média aritmética das medições =
n efetuadas no mês
Qualidade da água de injeção
IQUAI – Índice de Qualificação Global da Água de Injeção:

OBS.: * Bactérias termófilas somente nos casos de água produzida.


Tratamento da água de injeção

O tratamento da água de injeção deve:

€ Remover o material particulado – naturalmente presente ou gerado


no processo Þ filtração

€ Remover o oxigênio dissolvido – evitar corrosão Þ desaeração

€ Eliminar microorganismos – naturais (aeróbicos) ou gerados no


processo (anaeróbicos) Þ biocidas

Ainda: garantir a compatibilidade da água injetada com a água de formação Þ remoção


de sulfato
Tratamento da água de injeção
Esquema simplificado 1

água para
usos diversos
água para sistema de compressor
água potável booster

flare

pré
pré-filtro de
80 um

biocida
permutador gás de stripping
choque
de placas
desaeradora
eletroclorador

seqüestrante
de oxigênio

seqüestrante
de oxigênio filtros
filtro bomba de
hipoclorito cartucho
cesto de biocida injeção de
(NaClO) 5 mm
500 mm contínuo água

teor máximo
CAIXA DE MAR de oxigênio
residual:
bomba
0,01ppm
booster
Tratamento da água de injeção
Esquema simplificado 2

Inibidor de incrustações Bissulfito de sódio UR


S
biocida
Utilidades
Água de refrigeração
Filtros
cartucho
ar
dissolvido
descarte
coarse filter UNIDADE ar
80 mm DE Desaeradora
dissolvido
autolimpante VÁCUO
biocida de choque
2 x por semana
eletro-
bissulfito de sódio
clorador
Descarga catalisado
de água bomba de
bomba de salgada injeção de água
biocida contínuo
elevação

CAIXA DE MAR amostragem para


bomba
aquecimento verificação da
booster
qualidade da água
Tratamento da água de injeção
Descrição detalhada de um sistema de tratamento de água de injeção

1. Captação: feita na chamada caixa de mar (reentrância no casco) ou através de tubulão de


captação (30 a 50 metros de profundidade).
Tratamento da água de injeção
Descrição detalhada de um sistema de tratamento de água de injeção
1. Captação: Filtração grosseira (2000 mm) a fim de proteger o restante do sistema.
Tratamento da água de injeção
Descrição detalhada de um sistema de tratamento de água de injeção
2. Eletrocloração: injeção de hipoclorito na captação a fim de evitar a formação de “cracas” e
atuar como bactericida no trecho aerado do tratamento (até o recheio da desaeradora).
Geração de hipoclorito in situ
Teor de cloro livre na água captada: 0,6 a 1,0 ppm

eletroclorador

filtro cesta de hipoclorito para


500 mm outras aplicações

hipoclorito
CAIXA DE (NaClO)
MAR

O cloro é posteriormente removido do sistema pelo seqüestrante de oxigênio.


Nas unidades dotadas de URS deve-se garantir que o cloro seja removido a montante desta
para evitar dano às membranas.

NaHSO3 + NaOCl € NaHSO4 + NaCl


Tratamento da água de injeção
Descrição detalhada de um sistema de tratamento de água de injeção

3. Aquecimento: pode ser empregado para promover o resfriamento de outras correntes da


planta.
€ Promove uma melhoria do desempenho da desaeradora (maior temperatura, menor
solubilidade do O2 na água).
€ Aumenta a corrosividade da água (maior temperatura, maiores velocidades de corrosão)
€ Diminui a eficiência da Unidade de Remoção de Sulfato, se houver.
Tratamento da água de injeção
Descrição detalhada de um sistema de tratamento de água de injeção

4. Pré-Filtração: coarse filters para partículas maiores do que 80 mm (em projetos antigos).

S Sérias dificuldades operacionais têm levado ao abandono deste tipo de filtro € filtros não
operam € alto custo com reposição de elementos filtrantes do tipo cartucho.
Tratamento da água de injeção
Descrição detalhada de um sistema de tratamento de água de injeção

4. Pré-Filtração:
Segundo as diretrizes de projeto atuais - ET-3000.00-1200-941-PCI-002 REV. D – “Critérios
Gerais Para Projetos de Sistemas de Processamento de Óleo/Gás/Águas Oleosas/Água de
Injeção” a filtração deve ser do tipo candle auto-limpante para partículas maiores do que 25 mm.
Tratamento da água de injeção
Descrição detalhada de um sistema de tratamento de água de injeção
4. Pré-Filtração:
Internos de um filtro autolimpante:

OBS: A primeira plataforma própria da Petrobras na BC onde está prevista a


utilização de filtros auto-limpantes é a P-52 (filtro de 50 mm).
Tratamento da água de injeção
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5. Desaeração: Remoção do O2 dissolvido na água (7 a 8 ppm)


€ redução da corrosividade
€ evita plugueamento do poço injetor.

Desaeração física: remoção do oxigênio pela redução da pressão em torres desaeradoras.


€ a concentração de O2 cai para a faixa de 50-100 ppb.

Desaeração química: remoção do O2 através de sequestrante de oxigênio.


€ a concentração de O2 cai para a faixa de 10 ppb.
Tratamento da água de injeção
Descrição detalhada de um sistema de tratamento de água de injeção

5. Desaeração:

Desaeração física: torres desaeradoras


Para reduzir a quantidade de gás dissolvido na água, é necessário reduzir a pressão
parcial deste gás em contato com a água. Isto pode ser realizado de duas formas:

1. Reduzindo a pressão total do sistema


€ Desaeradora a Vácuo: redução da pressão através de bombas de vácuo.

2. Reduzindo a pressão parcial do gás na mistura gasosa em contato com a água.


€ Desaeradora a Gas Stripping: redução da pressão parcial do O2 através da injeção
de gás combustível em contra-corrente com a água de injeção.
Tratamento da água de injeção
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5. Desaeração: torres desaeradoras

P-50: gas stripping P-40: gas stripping FPSO Brasil: vácuo


Tratamento da água de injeção
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5. Desaeração:
recheio

distribuidor de gás

suporte do recheio
Tratamento da água de injeção
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5. Desaeração:

Torres desaeradoras:

€ Leito recheado com função é aumentar a área de contato entre a água e o gás de
stripping, melhorando a eficiência do processo de transferência de massa entre as fases.

€ Se a cloração não for eficiente, pode ocorrer crescimento bacteriano no recheio,


danificando-o e diminuindo a eficiência da desaeradora.

€ A razão vazão de gás / vazão de água deve ser igual a 1


(1 m3 gás/ 1 m3 de água);

€ A eficiência da desaeradora depende dos seguintes parâmetros:


- concentração de O2 na água de entrada;
- altura da desaeradora e tipo de recheio usado;
- razão vazão de gás / vazão de água;
- pressão de operação da desaeradora;
- temperatura da desaeradora.
Tratamento da água de injeção
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5. Desaeração:

Desaeração química: remoção do O2 através de sequestrante de oxigênio

NaHSO3 + ½ O2 € NaHSO4

€ a concentração de O2 cai para a faixa de 10 ppb.


€ a dosagem deve ser ajustada de forma a garantir um residual de bissulfito de 2 a 3 mg/L
na água de injeção.
€ O sequestrante de oxigênio normalmente contém catalisador de Co a fim de acelerar a
sua reação com o O2 (exceto quando há URS a jusante).
€ utilizada para complementar a desaeração física
€ utilizada quando não há disponibilidade de gás na planta
Tratamento da água de injeção
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6. Dosagem de biocidas:

€ A montante da desaeradora:
Biocida de choque: duas dosagens semanais durante 1 hora a 300 ppm.
Produtos: glutaraldeído ou THPS.
Incompatibilidade: estes biocidas reagem com o bissulfito de sódio durante o período de
dosagem, aumentando a demanda de biocida e reduzindo a eficiência da desaeração químíca.

OBS: recomendável reforçar a dosagem de bissulfito no período.

Glutaraldeído: bastante volátil, o que o torna agressivo ao manuseio.


Ex.: EC 6112 A (Nalco)

THPS (sulfato de tetra-cis-hidroximetil fosfônio): menos volátil,


menos agressivo ao meio ambiente (sofre degradação).
Ex.: Fongrabac THPS (Clariant); Tolcide PS75 (Rhodia)
Tratamento da água de injeção
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6. Dosagem de biocidas:

€ A jusante da desaeradora:
Biodispersante (biocida contínuo): dosagem constante a 10 ppm.
Produtos: Sal quaternário de amônio
Exemplos: Dodigem 1611 (Clariant); Denvercide QT50 (Poland); Preventol R-50 (Bayer)

OBS: este produto não deve ser dosado a montante da desaeradora pois é um tensoativo, o que
leva a intensa formação de espuma.

€ atua evitando a formação de biofilmes (biodispersante) em baixas concentrações ou


dissolvendo lipídios da membrana celular em altas concentrações (detergente).
Tratamento da água de injeção
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6. Dosagem de biocidas: caso haja URS

€ Usar produto específico para URS!


Produto compatível com as membranas (não ataca o material da membrana)
Produto: DBNPA (di-bromo nitrilo propionamida)

Neste caso, pode-se dispensar o uso de biocida de choque e do biodispersante.

Atenção: Produto altamente corrosivo! (inclusive para o aço inox 316). Recomendado o uso
de FRP ou PVC quando possível.
Tratamento da água de injeção
Descrição detalhada de um sistema de tratamento de água de injeção

6. Dosagem de biocidas:
OBS: o hipoclorito dosado também é um biocida!
Age no trecho aerado da planta e é removido pelo seqüestrante de oxigênio.

Contaminação dos internos da desaeradora devido a falha na cloração.


Tratamento da água de injeção
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7. Filtração de polimento: filtros tipo cartucho de polipropileno (fine filters) descartáveis para
partículas maiores do que 5 mm.

Etapa responsável pela qualidade


final da água em termos de partículas
em suspensão. Elemento
Entrada filtrante

OBS: no caso de injeção de água


produzida, não se recomenda o
empregos de filtros de polipropileno,
pois tem baixa eficiência de retenção de Saída
gotículas de óleo.
Tratamento da água de injeção
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7. Filtração de polimento:
Tratamento da água de injeção
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7. Filtração de polimento: devido às dificuldades


de operação da pré-filtração, o consumo
excessivo de filtros cartucho representa
atualmente uma parte significativa do custo do
tratamento de água de injeção.
Tratamento da água de injeção
Descrição detalhada de um sistema de tratamento de água de injeção
7. Filtração de polimento:

OBS:
Caso a unidade seja dotada de Unidade de Remoção de Sulfato, a filtração fina
necessariamente deve estar a montante desta unidade, sob pena de danificar as membranas
de dessulfatação.

€ Neste caso, o parâmetro de controle não necessariamente será número de partículas


maiores do que 5 mm, mas sim um valor máximo de SDI (Silt Density Index).

Recomendações do fabricante das membranas:


SDI <5: tempo de vida estimado das membranas de 3 anos
SDI <2: tempo de vida estimado das membranas de 5 anos

€ Para se atingir este SDI pode-se empregar diferentes configurações de filtros finos.
Por exemplo, camadas filtrantes subseqüentes de 80, 40 e 20 mm (caso da P-52).
Tratamento da água de injeção
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8. Remoção de sulfato: tem o objetivo de prevenir incrustação devido à incompatibilidade da


água do mar, que contém sulfato (»2800 mg/L), com águas conatas contendo bário.

€Adicionalmente pode prevenir o desenvolvimento das BRS.

Dessulfatação € Tecnologia de separação por membranas

Conjunto de tecnologias que permitem a


separação de componentes de soluções
líquidas ou gasosas através da passagem
seletiva através de membranas.

€ No caso da dessulfatação de água do mar, a tecnologia de membrana empregada é


a nanofiltração, com membranas com seletividade específica para o ânion sulfato.
Tratamento da água de injeção
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8. Remoção de sulfato:
Tratamento da água de injeção
Descrição detalhada de um sistema de tratamento de água de injeção
Dimensões
das Partículas
Técnica de Separação
Filtração DP
e Moléculas (m)
Microfiltração
-5
Micro- 10 Células / Colóides
Materiais em Suspensão P
Organismos
-6 Membrana
Moléculas Macromoléculas
1 mm 10 Água Sais
de médio PM
Ultrafiltração
Macromoléculas
e Vírus -7 Macromoléculas P
10
Membrana
Moléculas
Água Sais
-8 de médio PM
Moléculas de 10 Nanofiltração
médio PM Moléculas
de médio PM P
Membrana
-9
10 Água Sais
Moléculas de
Osmose Inversa
baixo PM e
Íons o - 10
Sais P
1A 10
Membrana
Átomos Água
Tratamento da água de injeção
Descrição detalhada de um sistema de tratamento de água de injeção
8. Remoção de sulfato:

Filtração frontal e tangencial:

direção do fluxo
direção do fluxo

permeado permeado
Tratamento da água de injeção
Descrição detalhada de um sistema de tratamento de água de injeção

8. Remoção de sulfato:

interconector

permeado
alimentação

rejeito
Tratamento da água de injeção
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8. Remoção de sulfato:

Princípio da Dessulfatação:

Emprego de membranas semipermeáveis de nanofiltração (atualmente membranas


patenteadas SR90 Dow Filmtec) para retenção do SO42- presente na água do mar.
Osmose inversa € dessalinização da água do mar
Nanofiltração € dessulfatação da água do mar

Diferença importante:
Na dessulfatação a pressão osmótica no sistema é relativamente pequena porque em
ambos os lados da membrana temos água do mar.
A diferença é apenas a presença do sulfato (e seu contra-íon).
Tratamento da água de injeção
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8. Remoção de sulfato:

Rejeição salina em membranas de NF:


Mecanismo misto envolvendo repulsão eletrostática, e exclusão por tamanho.

O fluxo através da membrana pode ser divido em dois:

€ Fluxo do solvente (água) (Ja):

JP = LP (DP - Dp) Onde: Lp = permeabilidade hidráulica ( L/h.m2.bar)


DP = gradiente de pressão hidráulica
Dp = gradiente de pressão osmótica

Para membranas de nanofiltração LP depende:


€ das características da membrana: porosidade, raio de poro, espessura, etc.
€ das características do fluído: viscosidade
Tratamento da água de injeção
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8. Remoção de sulfato:

€ Fluxo do soluto (sais) (Js):

Js = Ks (DC) A/E
Onde: Ks = coeficiente de permeabilidade da membrana aos sais
DC = diferença de concentração salina através da membrana
E = espessura da membrana
Tratamento da água de injeção
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8. Remoção de sulfato:

Rejeição salina:

- Coeficiente de Rejeição (R):

Ca - C p Ca é a concentração do soluto na alimentação


R(%) =! x100
C Cp é a concentração do soluto no permeado
a

R (%)
4,57
13,5
22,75
76,4
3,80
98,2
85,7
Tratamento da água de injeção
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8. Remoção de sulfato:
Efeito da temperatura

Efeito da temperatura a 1000 psi e 3,5 % de NaCl

temperatura fluxo do permeado rejeição salina


Tratamento da água de injeção
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8. Remoção de sulfato:
Parâmetros de separação:

€ Vazão (Q): L/h, m3/d, etc...

€ Fluxo de permeado (JP): L/h.m2


O fluxo é proporcional à força motriz. Para processos que utilizam DP como força motriz:
JP = LP (DP - Dp) = QP / A

Por exemplo, para membranas SR90:


JP max = 0,652 m3/m2.dia na pressão de operação.
Dependência de LP com a temperatura: ≈ 0,25 bar/°C

Ø Dp é desprezível para MF e UF.


Ø Jp é inversamente proporcional à espessura
Ø Q é diretamente proporcional à área
Tratamento da água de injeção
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8. Remoção de sulfato:

À medida que o fluido escoa ao longo do elemento de membrana, parte atravessa a


membrana e se transforma em permeado.

o o
Assim, ao longo dos sucessivos fluid entod
am
esco
elementos de membrana:

€ Diminui o fluxo do rejeito;


€ Aumenta a concentração do rejeito;
€ Aumenta a perda de carga do rejeito
(Pentrada > Psaida)
Tratamento da água de injeção
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8. Remoção de sulfato:

Polarização de concentração

Fenômeno inerente a qualquer processo de separação por membrana.


Caracteriza-se por um aumento da concentração do soluto na interface membrana-
solução sempre que ocorre a permeação do solvente através da membrana
Tratamento de água de injeção
Descrição detalhada de um sistema de tratamento de água de injeção
8. Remoção de sulfato:

Polarização de concentração

d = espessura da camada
de polarização
O soluto presente na camada polarizada
tende a voltar para o seio da solução C
Permeado m J solução
por difusão.
Co
Jsolvente
Após algum tempo de permeação é
estabelecido um regime estacionário, no difusão iônica
qual a camada polarizada tem uma
espessura definida (d).
direção de escoamento

transporte convectivo
transporte difusivo
Tratamento da água de injeção
Descrição detalhada de um sistema de tratamento de água de injeção
8. Remoção de sulfato:

Polarização de concentração

permeação do solvente

aumento da conc. do soluto na interface


aumento localizado da pressão osmótica
diminuição da força motriz da separação
diminuição do fluxo do solvente
deposições, incrustações, etc...

No caso de escoamento frontal, é ainda mais intenso.


É um fenômeno reversível... mas seus efeitos podem ser irreversíveis.
Tratamento da água de injeção
Descrição detalhada de um sistema de tratamento de água de injeção
8. Remoção de sulfato: d!
Os fatores determinantes da polarização de Cio
concentração são:

S o fluxo de permeado (J v)
Cib
Cip
S o coef. de difusão do íon (D )i
S a espessura da camada de polarizção (d)

A espessura da camada de polarização pode ser reduzida pelo favorecimento do


transporte convectivo em direção ao seio da solução, ou seja, através de turbulência.
d d d!

aumento da velocidade de escoamento reduzindo d!


Tratamento da água de injeção
Descrição detalhada de um sistema de tratamento de água de injeção
8. Remoção de sulfato:

Considerando que parte da água vai sendo removida à medida que percorre a superfície
da membrana, vai havendo concomitantemente uma redução de fluxo.

permeado
alimentação

rejeito

Isto tende a causar polarização de concentração tornado as últimas membranas do


sistema mais susceptíveis à incrustação.
Tratamento da água de injeção
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8. Remoção de sulfato:

vaso de pressão
1°estágio módulo de membrana

2°estágio

Alimentação
Concentrado
(descarte para
o mar)

Permeado (água
dessulfatada)

Por esta razão, as plantas de dessulfatação operam na configuração 2:1, ou seja, evitam
uma redução excessiva do fluxo nas últimas membranas do sistema.

Cada estágio trabalha com uma razão permeado/concentrado de 1:1


Tratamento da água de injeção
Descrição detalhada de um sistema de tratamento de água de injeção
8. Remoção de sulfato:
Permeado: 75 %
[SO4] < 100 mg/L
Trem 1

75 m 3
25 m 3
A razão final
permeado/concentrado 50 m 3
Banco A
é de 3:1, ou seja, 75 %
25 m 3
do volume de água 25 m 3
Banco C
tratada é convertido em Banco B
50 m 3
permeado dessulfatado
e 25 % é descartado
como concentrado.
Trem 2

Trem 3

Trem n

Rejeito: 25 %
[SO4] ≈ 11.000 mg/L
Tratamento da água de injeção
Descrição detalhada de um sistema de tratamento de água de injeção

8. Remoção de sulfato: Localização da URS

DESSULFATADORA A MONTANTE DA DESAERADORA

Aspectos Negativos
Aspectos Positivos
1- Presença de O2 nas membranas –
1 - Desaeradora projetado para capacidade
biofouling certo;
25% menor;

2- Necessidade de limpezas constantes:


perda da capacidade do sistema;

3- Consumo em excesso de reagentes:


garantir ausência de cloro nas membranas;

4 – Instrumentação redundante: controle de


cloro residual.

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