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CONGRESSO

DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA
5ª Mostra de Pesquisa da Pós-Graduação

www.unisa.br

São Paulo • SP • Brasil


de 11 a 13 de Novembro de 2008
Ciências Agrárias
UNISA - Universidade de Santo Amaro

“Ação de Diferentes Fontes de Fósforo Sobre a Digestibilidade


de Alimentos Fibrosos no Rúmen.”
MURILO POMPEU E SILVA(1)

CARLOS DE SOUSA LUCCI(2)(Orientadores)


Ciências Agrárias
INTRODUÇÃO:
O fósforo é um elemento amplamente estudado que faz parte de muitas funções
vitais ao organismo (Karn, 2001). É o segundo mineral mais abundante na
composição dos tecidos animais, aproximadamente, 1 % do peso corporal dos
quais 80% está nos ossos e dentes, e os 20% restantes distribuídos nos tecidos
moles, envolvidos com metabolismo de modo geral, principalmente, nas células
vermelhas do sangue, músculos e sistema nervoso (Signoretti et al., 1999;
Underwood & Suttle, 1999).
Para os ruminantes, além de o fósforo desempenhar importantes papéis no
organismo do animal, ele é muito importante para atender às exigências da
microflora ruminal, pois na sua deficiência no rúmen a síntese de proteína
microbiana pode ser prejudicada (Ternouth & Sevilla, 1990).
Segundo Witt & Owens (1983), a disponibilidade de fósforo (P) para os
microrganismos do rúmen é importante para atingir a máxima eficiência de
digestão dos nutrientes.
A deficiência de fósforo é uma condição freqüente em bovinos criados a pasto,
uma vez que as forrageiras, sobretudo as de clima tropical, são notoriamente
deficientes do mineral; o seu nível nessas forragens é amplamente variável e
influenciado principalmente pelos teores de fósforo do solo, fase de maturidade
da forragem e clima (Underwood & Suttle, 1999).
Entre as fontes de fósforo inorgânico mais comumente encontradas estão o
fosfato bicálcico (18,5% P) e fosfato monoamônico (21% P) (Lima et al., 1999).
No Brasil, o método mais utilizado para corrigir as deficiências do mineral nos
rebanhos é através de oferta de misturas ou suplementos minerais, colocados à
disposição permanente em cochos dispostos nas pastagens (Pilati et al., 1997).

OBJETIVO:
O objetivo do presente trabalho foi verificar a possível ação do MAP (fosfato
monoamônio) comparativamente a do DCP (fosfato bicálcico), no que tange à
digestibildade ruminal da fibra pelos microorganismos do rúmen.

METODOLOGIA:
Foram empregados doze carneiros machos, castrados, mestiços da raça
Sulfock, dotados de cânulas ruminais. Os animais foram divididos em dois lotes

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de seis para serem submetidos a dois tratamentos: duas fontes de fósforo,


Fosfato Monoamônio- MAP (Tratamento A) e Fosfato Bicálcico-DCP
(Tratamento B).
Todos receberam feno à vontade (aproximadamente 800 g/dia/animal), além de
misturas concentradas que continham composição similar para ambos os
tratamentos, exceto quanto às fontes de P.
Os animais, mantidos em regime de estabulação permanente em boxes
individuais, receberam a alimentação em duas refeições diárias, às 8:00 e às 16
horas.
A formulação da ração foi realizada com base no consumo de 400 g de
concentrados/animal/dia, e a suplementação de fósforo obedeceu às exigências
de animais com peso médio de 40 kg e necessidades de ingestão diária de 3,7
g de fósforo. Foi realizada suplementação com uréia pecuária, a fim de suprir as
necessidades em nitrogênio.
Foi realizado um período pré-experimental de 60 dias, para ajustes de
alimentação. A técnica empregada foi a dos sacos de náilon in situ.
Após lavagem, os sacos foram conduzidos à estufa onde permaneceram à
temperatura de 65°C por 72 horas. Posteriormente, as amostras foram
processadas em moinho de faca, embaladas e numeradas para posteriores
análises bromatológicas.

RESUMO:
Nos resultados obtidos para a degradabilidade da fibra nos vários tempos de
incubação, foi notável a similaridade de valores para ambos os tratamentos.
As medias de digestibilidade “in situ” efetiva, quando comparada entre
tratamentos, foi considerada estatisticamente não significativa.
As médias de digestibilidade potencial “in situ” da fibra do feno, também nesta
situação, não foram notadas diferenças estatisticamente significativas.
A similaridade dos resultados obtidos com emprego de MAP ou DCP, em
termos de digestibilidade ruminal da fibra, mostra que essas fontes de P, neste
experimento, não alteraram a eficiência das bactérias celulolíticas do rúmen. A
expectativa era de que, tendo o MAP uma maior solubilidade no liquido ruminal,
conforme literatura citada apresentaria maior disponibilidade energética em
favor da ação das bactérias que digerem celulose.
Uma questão a ser investigada é sobre a disponibilidade dessas fontes de
fósforo sofrer ou não interferência de rações com diferentes teores de fibra.

CONCLUSÃO:
As fontes de fósforo empregadas neste experimento, Fosfato Monoamônio e
Fosfato Bicálcico, em rações pobres em proteína, não alteraram taxas de

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digestibilidade ruminal da fibra, “in situ”.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
HUNGATE, R.E. The rumen and its microbes. New York: Academic Press,
p.346-347. 1966.
VAN SOEST, P.J. et al – Analysis of forages and fibrous foods – 1 ed. Ithaca,
Cornell University, 1985 – 202 pp.
WITT, K.E.; OWENS, F.M. Phosphorus ruminal availability and effects on
digestion. Journal of Animal Science, v.56, n.4, p.930-937, 1983.

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1- Acadêmico, bolsista PIBIC-CNPq.
2- Professor orientador.

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Pesquisa de Presença de Salmonella sp. e coliformes


termotolerantes em leite pasteurizado comercializado na Região
Sul de São Paulo
JESSICA YUMI ASANO REIMBERG(1)

JOSE CESAR PANETTA(2),RENATA SAVARINO LEVENHAGEN(3)(Orientadores)


Ciências Agrárias
INTRODUÇÃO:
Em sua composição o leite apresenta proteínas, carboidratos, lipídios, sais
minerais, vitaminas e água, sendo um alimento de excepcional valor nutritivo
para o ser humano e, apresentando um meio propício para a multiplicação
bacteriana. O leite, ao ser extraído do animal sadio, já contém alguns
microrganismos. Além disso, pode haver contaminação, posteriormente,
durante as operações que se seguem até o consumo. A quantidade de
bactérias, sua importância e seu impacto dependerão do tipo de bactéria e do
subseqüente tratamento do leite.
O Leite Pasteurizado, quando destinado ao consumo humano direto na forma
fluida, submetido a tratamento térmico na faixa de temperatura de 72 a 75ºC
(setenta e dois a setenta e cinco graus Celsius) durante 15 a 20s (quinze a vinte
segundos), em equipamento de pasteurização a placas, dotado de painel de
controle com termo-registrador e termo-regulador automáticos, válvula
automática de desvio de fluxo, termômetros e torneiras de prova, seguindo-se
resfriamento imediato em aparelhagem a placas até temperatura igual ou
inferior a 4ºC (quatro graus Celsius) e envase em circuito fechado no menor
prazo possível, sob condições que minimizem contaminações (BRASIL, 2002).
A análise do leite visa estabelecer um monitoramento constante para assegurar
a qualidade do produto que vai ser consumido pela população. Com isso, o
presente trabalho teve como objetivo avaliar a qualidade microbiológica de
leites pasteurizados comercializados na Região Sul de São Paulo, comparando
os resultados.

OBJETIVO:
Este trabalho tem por objetivo, analisar a qualidade do leite pasteurizado,
comercializado na Região Sul de São Paulo, do ponto de vista microbiológico.
Neste experimento as amostras foram analisadas após pasteurização, para
avaliar a presença de bactérias patogênicas, especificamente a Salmonella sp.
e bactérias indicadoras de higiene, os coliformes termotolerantes.

METODOLOGIA:
Foram analisadas 15 amostras de leite pasteurizado, sendo 4 amostras de leite

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B integral e 11 amostras de leite pasteurizado padronizado. Todas as amostras


da mesma marca. Foram encaminhadas, acondicionadas em isopor e gelo, ao
Laboratório de Análises de Alimentos da Faculdade de Medicina Veterinária da
Universidade de Santo Amaro, e posteriormente foram processadas.

Coliformes totais

Pesar 25g da amostra a ser analisada. Adicionar 225ml de água peptonada a


0,1%. Homogeneizar por 60 segundos. Pipeta-se 1ml desta diluição e inocula-
se em um tubo contendo 9ml de Caldo Lauril Triptose, e um tubo de Durhan
invertido. Repete essa passagem mais duas vezes, pois a leitura é feita em
triplicata, ou seja, são inoculados três tubos para cada diluição. Pipeta-se mais
1ml para adicionar em um tubo contendo 9ml de água peptonada a 0,1%, este
tubo é considerado, então, a segunda diluição. Desta diluição, pipeta-se 1ml
para cada tubo contendo 9ml de Caldo Lauril triptose e 1ml contendo 9ml de
água peptonada 0,1%. Este tubo será considerado a terceira diluição e assim
por diante.
A estante contendo os tubos já inoculados será levada em uma estufa de
cultura à 35°C por 24-48 horas. Após este período será realizada a leitura e os
tubos que apresentarem turbidez e presença de gás dentro dos tubos de
Duhran serão considerados positivos. Dos tubos positivos, com uma alça de
platina, é coletada uma alíquota, que é transferida para um tubo contendo
Caldo Verde Brilhante Bile e um tubo de Durhan invertido. Estes tubos são
levados para uma estufa de cultura à 35°C, por 24-48 horas. É realizada a
leitura. Dos tubos positivos, é coletada uma alíquota e então inocula-se em um
tubo contendo 9ml de Caldo EC e um tubo de Durhan invertido. Estes tubos são
levados para uma estufa de cultura à 44,5°C, por 24-48 horas. Será, então,
realizada leitura e serão considerados positivos os tubos que apresentarem
turbidez e presença de gás dentro do tubo de Durhan. Lê-se a tabela de NMP.

Salmonella

Pesar 25g da amostra a ser analisada e adicionar 225ml de água peptonada


tamponada a 1%, homogeneizar por 60 segundos, e levar a estufa à 35°C por
24 horas. Após este período, pipeta-se 1ml e inocula-se um tubo contendo 10
ml de Caldo Rapapport e 1ml em um tubo contendo 10ml de Caldo Selenito
Cistina. Estes tubos serão levados à um banho-maria com agitação à 44,5°C
por 24 horas. Após este período transfere-se uma alíquota de cada tubo para
uma placa contendo Agar Hektoen, uma placa contendo Agar BPLS e uma
placa contendo Agar XLD. Estas placas são levadas a estufa de cultura à 35°C,
por 24 horas. Após este período, faz-se a leitura.

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RESUMO:
Das 15 amostras analisadas, somente 1 apresentou crescimento maior que o
estipulado para coliformes totais, sendo valor maior que 110 g/ml, estando com
o crescimento muito acima do permitido pela resolução da ANVISA. Também
apresentou crescimento maior que o permitido para coliformes termotolerantes.
A amostra que apresentou crescimento foi de leite pasteurizado padronizado e
estava em geladeira própria para refrigerantes, o que leva a crer que a falha foi
devido a esta amostra estar em local inadequado de venda, ou seja, é uma
geladeira que os consumidores abrem constantemente.
Das 15 amostras analisadas nenhuma apresentou positividade para Salmonella
sp., estando em conformidade com a legislação que preconiza ausência em
25ml.

CONCLUSÃO:
Foram compradas 15 amostras da mesma marca, sendo de uma marca muito
conhecida, de quatro comércios distintos, para verificar a influência do
armazenamento na qualidade do leite comercializado, pois sabe-se que este
tipo de tratamento térmico visa destruir todas as bactérias patogênicas, porém
podem restar formas esporuladas e é por isso que o leite deve ser mantido sob
refrigeração. No caso da amostra que apresentou crescimento maior que o
tolerado pela ANVISA, pode ter ocorrido uma falha no armazenamento do leite.
Isso demonstra que os alimentos possuem uma cadeia, desde a matéria prima
até a venda, e que nesta cadeia, não pode ocorrer nenhuma falha, pois uma
falha pode causar um sério dano para o consumidor.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
ANVISA, Resolução - RDC n° 12, de janeiro de 2001

BRASIL, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.Instrução


Normativa n° 51, de 18 de Setembro de 2002.

BRASIL, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Instrução


Normativa nº 162 de 26/08/2003. D.O.U. 18/09/2003.

FRANCO, B.D.G.M.; LANDGRAF, M.; Microbiologia dos Alimentos.São Paulo.


Editora Atheneu, 1996.

JAY, J.M.; Microbiologia de Alimentos. 6° Edição. Porto Alegre. Artmed, 2005.

REHAGRO; Disponível em
http://www.rehagro.com.br/siterehagro/interna/index_pub.jsp. Acesso em: 10

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agosto. 2008.

________________________________________________________________
1 - Aluna do oitavo semestre da Faculdade de Medicina Veterinária da
Universidade de Santo Amaro
2 - Professor titular de HIPOA e TPOA da Faculdade de Medicina Veterinária da
Universidade de Santo Amaro
3 - Médica Veterinária do Laboratório de Análises de Alimentos da Faculdade
de Medicina Veterinária da Universidade de Santo Amaro

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Ciências Biológicas

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Acessibilidade em Trilhas: Comparação entre Métodos


VANESSA GIOVANNA VASQUES RIBEIRO(1)

TATIANA PAVÃO(2)(Orientadores)
Ciências Biológicas
INTRODUÇÃO:
O presente estudo foi realizado a partir da percepção da carência de opções em
lazer para cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida. Buscou-se integrar
esta perspectiva com a necessidade de que todos os cidadãos tenham acesso
à educação ambiental e possam usufruir das belezas cênicas dos ambientes
naturais, sem que haja ampliação na degradação ambiental. Para isso, foram
utilizados como subsídio fundamental da análise dois métodos que abordam a
preservação ambiental em trilhas. Ao longo do trabalho, buscou-se a
caracterização dos parâmetros de acessibilidade em trilhas, para que os
indivíduos que possuem deficiências motoras ou mobilidade reduzidas possam
usufruir dos mesmos direitos que os demais cidadãos.
A acessibilidade é caracterizada pela possibilidade de acesso a um lugar que
influência fortemente nos valores essenciais e fundamentais de uma pessoa,
sendo considerada como uma relação entre pessoas e o espaço. A
incapacidade existe em função da relação entre as pessoas deficientes e o seu
ambiente, que ocorre quando essas pessoas se deparam com barreiras
culturais, físicas ou sociais que impedem os acessos a diversos sistemas da
sociedade, que se encontram à disposição dos demais indivíduos,
caracterizando na perda, ou na limitação das oportunidades de participar da
vida em igualdade de condições com os demais cidadãos.

OBJETIVO:
O objetivo deste trabalho é analisar e comparar os métodos de IAPI (Índice de
Atratividades em Pontos Interpretativos) desenvolvido por MAGRO &
FREIXÊDAS (1998) e MIV (Manejo do Impacto de Visitação) de GRAEFE et al.
(1990), quanto aos parâmetros de acessibilidade em trilhas para cadeirantes e
pessoas com mobilidade reduzida.

METODOLOGIA:
Este trabalho consistiu na analise e na comparação de material bibliográfico
referente à qualidade de trilhas em áreas de interesse biológico, sendo
consideradas bibliografias relacionadas à acessibilidade e impactos ambientais
em trilhas. Os métodos IAPI e VIM foram comparados com os atributos

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presentes na literatura sobre parâmetros de acessibilidade em trilhas.

RESUMO:
Para analise e comparação dos métodos IAPI e VIM foram utilizados
indicadores aplicados em respectivos trabalhos, verificou-se a partir dos
indicadores selecionados para este estudo que nenhum dos dois métodos
atendia completamente aos parâmetros de acessibilidades presentes na
literatura. Todavia, entre alguns parâmetros abordados pelos dois métodos
existem considerações (indicadores) que podem ser adotadas para uma análise
da acessibilidade em trilhas.
Tais parâmetros de acessibilidade foram confrontados com os resultados
(indicadores), demonstrando a eficácia dos métodos em diversos aspectos
abordados, porém em alguns indicadores é possível observar a ausência de
parâmetros acessíveis e até mesmo na totalidade dos métodos estudados.

CONCLUSÃO:
Desta forma propõe-se neste trabalho a inclusão da acessibilidade nestes
métodos em forma de indicador, e em posteriores construções e adaptações de
trilhas para promoção dá educação e preservação ambiental para pessoas
portadoras de necessidades especiais, gerando nestes indivíduos uma nova
forma de enxergar o ambiente, promovendo a integração e conscientização
socioambiental, e por fim a importância da concretização das políticas públicas
na substituição de nossos planos de governo para garantir a efetiva
acessibilidade em ambientes naturais.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
GRAEFE, A. R.; KUSS, F. R. & VASKE, J. J..1990. Visitor Impact Management
– The Planning Framework. Washington, D.C., National Parks and Conservation
Association, Volume 2.
MAGRO, T. C. & FREIXÊDAS, V. M..1998. Trilhas: Como Facilitar a Seleção de
Pontos Interpretativo. Departamento de Ciências Florestais. Circular Técnica
IPEF, ESALQ/USP, Nº. 186.

________________________________________________________________
Estudos demonstram que certa de 10% da população mundial possui algum tipo
de deficiência, no Brasil um levantamento realizado em 2000, diagnosticou que
certa de 24,5 milhões de pessoas apresentava algum tipo de deficiência, este
número representava certa de 14,48% da população do país, sendo que a
categoria de deficiência física ficou com uma porcentagem de aproximadamente

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4,1%, em seguida da deficiência motora com 23%.

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ações de educação ambiental no SESC Interlagos


SOLANGE DE FATIMA SOARES DE OLIVEIRA(1)

MARIA DO SOCORRO S PEREIRA LIPPI(2)(Orientadores)


Ciências Biológicas
INTRODUÇÃO:
Problemas sócio-ambientais vêm surgindo como ameaças para a sobrevivência
da vida na Terra. O homem, com o avanço do progresso, foi se distanciando da
natureza, á medida que se foi utilizando de todos os recursos disponíveis,
transformando-os em bens consumíveis. Com o passar do tempo, surgiram os
sinais de que estes recursos são finitos, e que sua utilização indevida não era
sustentável (Secretaria do Meio Ambiente, 1997).
A Educação Ambiental visa uma nova forma de encarar o papel do ser humano
no mundo (Secretaria do Meio Ambiente, 1997).
Um dos objetivos da Educação Ambiental é fazer com que o homem tenha
noção de seu vinculo com a natureza e fazer com que ele retome essa relação
(Antuniassi, 1995).Segundo Carvalho (2004), para entender o encontro
presente entre os sujeitos humanos e a natureza, devemos refletir sobre como
as diferentes experiências históricas constituem um repertório de
compreensões das relações com o mundo natural e como tais experiências
incidem sobre nossas visões contemporâneas do ambiente.

OBJETIVO:
Este trabalho tem por objetivo analisar a percepção e sensibilização da equipe
de jardineiros do SESC Interlagos, sobre as questões ambientais em seu
ambiente de trabalho.

METODOLOGIA:
A metodologia utilizada é a observação participante, que consiste em participar
realmente do conhecimento na vida dos envolvidos, ou do grupo, sendo que o
observador tem o papel de um membro do grupo, com essa técnica pode-se
chegar ao conhecimento da vida de um grupo, fazendo parte do mesmo (Gil,
1999).
Essa técnica foi utilizada por antropólogos nos estudos das chamadas
“sociedades primitivas”, e desde então, passou a ser utilizada nos estudos de
comunidades e culturas específicas, e recentemente passou a ser adotada nos
estudos de “pesquisa participante” (Gil, 1999).
Pode ser classificada em duas formas distintas, a natural quando o observador
faz parte da comunidade e a artificial quando ele se integra ao grupo com o
objetivo de investigação (Gil, 1999). No caso do estudo realizado, a observação

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pode ser classificada como natural, uma vez que o estágio foi realizado na
Unidade e muitas vezes os trabalhos foram realizados em parceria com a
referida equipe.
A intenção do projeto foi resgatar o passado dessas pessoas, através de uma
entrevista feita individualmente, cujas questões abordaram contato dos mesmos
com a natureza durante a infância, qual o grau de interesse por animais e
vegetação, se eles gostam de exercer a profissão, dentre outras.
Além da entrevista, no início do trabalho foi aplicado questionário avaliativo para
saber qual a opinião deles em relação às questões ambientais, e o mesmo
questionário, foi repetido ao término do trabalho. O ponto de partida foi o
questionário aplicado, para dar início às pesquisas sobre quais os perfis destas
pessoas, e traçar melhor metodologia a ser aplicada.
Pesquisas foram realizadas para resgatar a história de cada um, onde procurei
fotos e recursos visuais que pudessem ser apresentados para despertar as
origens muitas vezes esquecidas com o passar do tempo.
Também realizou-se entrevista individual, para saber como foi o passado de
cada um em relação ao contato com a natureza, de onde vieram, como era a
cidade natal.

RESUMO:
O resultado dessa pesquisa demonstrou-se produtivo com toda a equipe
reunida, quando lhes apresentado um pouco da história da cidade de cada um,
voltadas aos aspectos históricos, econômicos e ambientais e com algumas
fotos obtidas da internet dos sites das prefeituras locais para demonstrar como
estão atualmente as cidades de onde vieram, uma vez que a grande maioria
destes trabalhadores deixou suas cidades em busca de oportunidades e alguns
nunca mais retornaram. O mais importante foi ver a resposta de cada um à
medida que as imagens foram apresentadas e os depoimentos dos mesmos
sobre como era antigamente, do que se recordavam e das mudanças
observadas, alguns , se emocionaram ao rever sua cidade natal nas imagens.
Também foram abordados os temas voltados ao Meio Ambiente e em
específico ao ambiente onde os mesmos trabalham, foram ressaltadas a
importância da fauna encontrada no SESC, da exuberante vegetação e da
importância do papel de cada um deles não só na manutenção de toda a área
verde, como também com todo o público que eles atendem.
Para o encerramento da atividade, foi elaborado um mini-jogo de perguntas,
onde os jardineiros se dividiram em 2 equipes que se desafiavam entre
perguntas e respostas sobre os assuntos abordados durantes os bate-papos, e
com grande surpresa, apesar do grau de facilidade das questões, todos
demonstraram ter compreendido e retido as informações transmitidas.
Para Ludke e Andre (1986) é fato bastante conhecido que a mente humana é
altamente seletiva. O que cada pessoa seleciona para “ver” depende muito de

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sua história pessoal e principalmente de sua bagagem cultural. Assim, o tipo de


formação de cada pessoa, o grupo social a que pertence, suas aptidões e
predileções fazem com que sua atenção se concentre em determinados
aspectos da realidade, desviando-se de outros.
Com a observação direta permite-se que o observador chegue mais perto da
“perspectiva dos sujeitos”, um importante alvo nas abordagens qualitativas
(Ludke e Andre,1986).
Acompanhando o trabalho dos jardineiros ao longo desse 1 ano, a pesquisa
tornou-se mais fácil, uma vez que pôde-se traçar o perfil dessas pessoas, para
uma melhor compreensão da visão deles com as questões do Meio Ambiente, e
do próprio ambiente de trabalho.

CONCLUSÃO:
Com isso, o que se pôde concluir é que todos têm consciência e certo grau de
sensibilidade para as questões ambientais não só do ambiente no qual
trabalham, bem como do Meio Ambiente como um todo.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
Antuniassi, Maria H. R. 1995. Cadernos do III Fórum de Educação Ambiental.
Gaia. São Paulo.
Carvalho, Isabel Cristina de Moura. 2004. Educação Ambiental: A Formação do
Sujeito Ecológico. Cortez. São Paulo.
Dias, Genebaldo Freire. 2004. Educação Ambiental Princípios e Práticas. Gaia.
9ª edição. São Paulo.
Gil, Antônio Carlos. 1999. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5º Edição.
Atlas. São Paulo.
Ludke, Menga e Andre, Marli E.D.A. Pesquisa em Educação: Abordagens
Qualitativas. Editora Pedagógica e Universitária. 1986. São Paulo.
Oliveira, Maria A. O. 1999. SESC Interlagos de Centro Campestre a Ilha Verde
na Cidade. SESC. São Paulo.
ProNEA/ Ministério do Meio Ambiente -Programa Nacional de Educação
Ambiental. 2005. 3º Edição. Brasília.
SESC- Serviço Social do Comércio. 2004. Diretrizes Gerais de Ação do SESC.
www.sesc.org.br. Data de acesso: 23/10/2007.
Secretaria do Meio Ambiente São Paulo (Estado). 1997. Conceitos para se
fazer Educação Ambiental. 2º Edição. São Paulo.

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educação ambiental,ações,capacitação,sensibilização,funcionários

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ANÁLISE DE CASOS DE GESTANTES COM OLIGOAMNIO


ATENDIDAS NO HOSPITAL GERAL DO GRAJAU NO PERIODO
DE 2000 A 2005
FERNANDA SCHENK BERTOLI(1), CAROLINA KYRIE OTANI(2), ERICA MAXIMIANO
COSTA(3), RAQUEL OLIVEIRA DA SILVA(4), VANESSA COLTURATO DE ARAUJO
FRANCO(5)

MIGUEL ARCANJO PEDROSA(6),MARCELO ALVARENGA CALIL(7)(Orientadores)


Ciências Biológicas
INTRODUÇÃO:
O líquido amniótico (LA) é fundamental ao desenvolvimento e ao bem estar
fetal. O oligoâmnio é uma alteração clássica associada ao sofrimento fetal
crônico por insuficiência placentária. A hipóxia crônica condiciona redistribuição
do débito cardíaco com conseqüente diminuição do fluxo sanguíneo renal e do
volume urinário. Como esta é a principal via de formação do LA, ocorre
oligoâmnio. A diminuição do LA predispõe à compressão do cordão umbilical e
prejudica o fluxo sangüíneo fetal, agravando ainda mais as condições do feto.
Este passa a ter maior risco de hipoplasia pulmonar, infecção e anormalidades
esqueléticas e faciais.
A quantificação do volume de líquido amniótico tem sido, desde os primeiros
estudos na década de 60, objeto de investigação, no intuito de se determinarem
valores abaixo dos quais se poderia denominar oligoâmnio, e acima,
polidrâmnio. No passado, a estimativa do volume de líquido amniótico era
realizada pela palpação abdominal e medida da altura uterina. Os primeiros
investigadores que quantificaram o volume de líquido amniótico no momento da
histerotomia e em abortos observaram um aumento progressivo no período
entre a 10a e 20a semana de gestação. Posteriormente, Gadd correlacionou
estes dados com os de técnicas de diluição de corantes, mostrando um
aumento de líquido amniótico até a 30a semana, permanecendo estável de 30 a
37 semanas e, após, apresentando um declínio gradual. Após a 42a semana,
demonstrou-se haver um rápido declínio em seu volume.

A variação de volume do líquido amniótico começou a ser melhor avaliada após


o advento da ultra-sonografia, quando técnicas qualitativas e semiquantitativas
foram desenvolvidas. Dentre os métodos qualitativos, o mais importante é a
análise subjetiva do observador quanto aos múltiplos lagos de líquido amniótico.
No entanto, esta análise depende da experiência do observador e está sujeita a
grande variabilidade, tanto inter quanto intra-observador.

Os métodos semiquantitativos determinam o volume de líquido amniótico pela


medida da profundidade ou largura do maior bolsão do mesmo, ou pela técnica

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dos quatro quadrantes descrita por Phelan et al., denominada índice de líquido
amniótico (ILA). Este índice é obtido pela soma das profundidades do maior
bolsão de cada um dos quadrantes do útero, determinados pela divisão
imaginária do útero pela linea nigra longitudinalmente e perpendicularmente por
uma linha que passa pela cicatriz umbilical. Ambos os métodos mostraram boa
correlação entre as medidas e o volume verdadeiro de líquido amniótico,
quando comparados à medição direta do mesmo, pela técnica da diluição de
solução de para-amino-hipurato a 10% por amniocentese.

Pode-se utilizar ainda a medida do maior bolsão de líquido amniótico,


considerando-se, pela definição de Manning et al., oligoâmnio quando a medida
do maior e único bolsão for menor que 1 cm; quando medir de 8 a 12 cm,
polidrâmnio discreto; de 12 a 16 cm, polidrâmnio moderado, e acima de 16 cm,
polidrâmnio grave. A acurácia deste método parece ser equivalente à avaliação
subjetiva do líquido amniótico. Moore comparou a medida do maior bolsão com
o ILA, encontrando uma menor capacidade de detectar casos de oligoâmnio
pela primeira técnica (sensibilidade de 42% e valor preditivo positivo de 51%).

Na década passada, descreveu-se uma técnica ultra-sonográfica para avaliação


da vitalidade fetal, conhecida como perfil biofísico fetal (PBF). Aplicando-a na
prática, seu idealizador diagnosticou alterações da vitalidade fetal com alta
especificidade, com uma taxa de falso-negativos extremamente baixa, de 0,6 a
0,7/1.000, associadas a um índice de mortalidade perinatal de 1/1.000. O PBF
consiste na análise de cinco parâmetros, sendo quatro biológicos fetais
(movimentos corpóreos e respiratórios, reatividade cardíaca fetal, tônus) que
refletem a atividade do sistema nervoso central e, indiretamente, seu estado de
oxigenação e a quantidade de líquido amniótico em um bolsão para avaliar se o
processo é crônico. Ao apresentar movimentos corpóreos e respiratórios,
preservação do tônus e reatividade cardíaca aos movimentos, o feto recebe
dois pontos para cada item. Da mesma forma, se apresentar líquido amniótico
em um bolsão com medida maior que 20 mm de diâmetro, também recebe dois
pontos. Caso esses critérios não sejam cumpridos, não recebe pontos (escore
zero).

Alguns autores indicam interrupção da gestação baseados na diminuição do


volume do líquido amniótico no PBF, mesmo que os outros parâmetros estejam
normais8. Os padrões de normalidade do líquido amniótico, no PBF, são
avaliados pela presença de pelo menos uma bolsa de líquido amniótico com
mais de 2 cm de diâmetro, medida em dois planos perpendiculares. Permanece,
contudo, a dúvida se este valor de maior bolsão de líquido amniótico é mais
apropriado para se diagnosticar oligoâmnio pelas evidentes repercussões em
termos de decisões clínicas e resultados perinatais.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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UNISA - Universidade de Santo Amaro

OBJETIVO:
O objetivo deste trabalho é analisar comparativamente os casos de oligoâmnio
e o total de partos. A seguir, comparar com a incidência de cesárea do HEG
(25%), analisando as variantes: paridade, Apga idade gestacional, diagnóstico
principal de entrada, tipos de parto e peso do recém nascido (RN).

METODOLOGIA:
levantamento no SAME do Hospital Estadual do Grajau, dos casos de
oligoâmnio num total de partos de 13.797 no período de 2000-2005.

RESUMO:
De acordo com os resultados obtidos foi concluído neste trabalho que a
incidência de oligoâmnio no período e local estudado foi de 0.2%, sendo inferior
à literatura (0.5-5.5%). As nulíparas foram mais acometidas (40.74%). O parto
cesáreo foi a resolução mais comum (77.77%), com idade gestacional 37
semanas. A maioria dos RN pesaram acima de 2.500g (55.55°h) com Apgar 8
(81 .48%).

CONCLUSÃO:
O oligoâmnio é importante marcador de sofrimento fetal crônico, levando à
hipóxia intraparto, justificando alta incidência de cesárea na amostra.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
1. Neme, B. – Obstetrícia Básica; 3ª edição; 2006.
2. Cunningham, Mac Donald, Gant – Williams Obstetrics; 18º edition; Appleton
& Lange.
3. Benzecry, R. – Tratado de Obstetrícia Febrascg; Revinter.

________________________________________________________________
Trabalho realizado pela Disciplina de Obstetrícia da Faculdade de Medicina da
Universidade de Santo Amaro

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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ANÁLISE DE CASOS DE PLACENTA PRÉVIA OCORRIDOS NO


HOSPITAL ESTADUAL DO GRAJAÚ NO PERÓDO DE JANEIRO
DE 2000 À JANEIRO DE 2008
PRISCILLA SOARES FREIRE(1), CAROLINA KYRIE OTANI(2), MILTON BURLIM
JUNIOR(3), JULIANA MIORIN(4), NILTON GIOIA DI CHIACCHIO(5)

MARCELO ALVARENGA CALIL(6)(Orientadores)


Ciências Biológicas
INTRODUÇÃO:
A placenta prévia tem sido reconhecida como importante fator determinante de
morbidade materna e resultados perinatais adversos. Alguns estudos têm
observado aumento na freqüência de placenta prévia em mulheres com
antecedente de operação cesariana, sugerindo associação com procedimentos
cirúrgicos que possam prejudicar a cavidade uterina. O dano endometrial e
miometrial provocado durante a cesárea podem favorecer a inserção baixa da
placenta na cavidade uterina. Entre mulheres com placenta prévia, o risco de
placenta acreta aumenta naquelas que apresentam história de duas ou mais
cesáreas anteriores. Gestantes que optam pela cesárea (como via de parto)
devem ser alertadas quanto ao maior risco para desenvolvimento de placenta
prévia em gestação subseqüente. Entre as patologias hemorrágicas da
segunda metade da gestação, a placenta prévia ocupa lugar destacado, tanto
pela freqüência e características com que se apresenta clinicamente, quanto
pelas formas de tratamento. Isto leva o obstetra a tangenciar entre a conduta
que vai desde uma simples observação até a realização de procedimentos
muitas vezes revestidos de dramático desfecho. Dentre os fatores que podem
estar relacionados diretamente com seu aparecimento destacam-se, por sua
relevância, a idade materna e a multiparidade, os abortamentos anteriores, as
cicatrizes uterinas prévias, a gemelaridade e o tabagismo. Os autores
apresentam breve atualização sobre os principais aspectos epidemiológicos e o
prognóstico materno e perinatal relacionados com gestações associadas à
placenta prévia e seu manejo em distintas situações de interesse clínico.

OBJETIVO:
Analisar pacientes com diagnóstico de Placenta Prévia atendidas no Hospital
Escola da Faculdade de Medicina da UNISA

METODOLOGIA:
Estudo retrospectivo através do livro de partos do Hospital Geral do Grajaú no
período de janeiro de 2000 à janeiro de 2008. Foram encontrados e analisados
42 casos de Placenta Prévia levando em conta os seguintes dados: idade

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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materna, paridade, tipo de placenta prévia, queixa, cesárías prévias, via de


parto, lG no diagnóstico, tabagismo materno, abortamento prévio, peso do
recém-nato, Apgar.

RESUMO:
Incidência de 0,5:100 a 1:100 de todas as gestações no nosso serviço, 55%
com idade entre 30 a 40 anos, 57,5% eram multíparas, 70% Centro Total,
queixa principal foi sangramento vaginal com 55%, dor e sangramento 22%,
55% cesárias prévias, 98% parto Cesário 80% diagnosticado no terceiro
trimestre, tabagismo: 75% negam o habito, abortamento: 68% negam episódio
prévios, peso do RN: 32% baixo peso, 55% Apgar no 1°minuto maior ou igual a
7. A placenta prévia ocorre em cerca de 1 em 200 nascimentos, sendo 2O%
destes, placenta previa total. Pode estar relacionada a pacientes que
apresentam uma ou mais gestações, abortamentos espontâneos, idade
materna, multiparidade, parto cesário pregresso e tabagismo. O principal
sintoma é a hemorragia indolor. Em 10% dos casos a dor está associada ao
sangramento. O sofrimento fetal é incomum.

CONCLUSÃO:
Os dados encontrados no Hospital Geral do Grajaú concordam com a literatura
na maioria dos quesitos, apresentam como discordâncias a porcentagem de
placenta centro total (70%) e a via de parto 98% cesário.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
1. Neme, B. – Obstetrícia Básica; 3ª edição; 2006.
2. Cunningham, Mac Donald, Gant – Williams Obstetrics; 18º edition; Appleton
& Lange.
3. Benzecry, R. – Tratado de Obstetrícia Febrascg; Revinter.

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Trabalho realizado pela Disciplina de Obstetrícia da Faculdade de Medicina da
Universidade de Santo Amaro

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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ANÁLISE DE MACROSSOMIA FETAL NO PERÍODO DE JANEIRO


DE 2006 À JULHO DE 2007 NO HOSPITAL ESTADUAL DO
GRAJAÚ
FERNANDA SCHENK BERTOLI(1), FERNANDA CABREIRA PANITZ CRUZ(2), RAQUEL
OLIVEIRA DA SILVA(3), RENATA DE PAULA TEMOTHEO(4), ANNA TEREZA NEGRINI
FAGUNDES(5)

MARCELO ALVARENGA CALIL(6)(Orientadores)


Ciências Biológicas
INTRODUÇÃO:
A estimativa do peso fetal pela ultra-sonografia é importante para se verificar o
bem estar do feto, avaliar a evolução de seu crescimento no decorrer da
gestação e também para reduzir a morbidade e mortalidade associadas a
desvios do crescimento intra-útero. O termo macrossomia é utilizado para
designar os recém-nascidos demasiadamente grandes, pois todo feto
macrossômico é grande para a idade gestacional. Em relação às complicações
fetais, estes fetos apresentam risco aumentado de asfixia e trauma ao nascer,
havendo relatos de distocia de ombro, lesão no plexo braquial, fratura de
clavícula e úmero, inclusive óbito perinatal. Os autores revêem a literatura nesta
área e, entre os principais aspectos de interesse clínico, enfocam fatores
epidemiológicos, etiopatogenia, diagnóstico e complicações associadas à
macrossomia.
Tanto o estado nutricional materno como o ganho de peso gestacional vem
sendo estudado em relação ao papel determinante que desempenham sobre o
crescimento fetal e o peso ao nascer. O peso inadequado ao nascer é uma das
grandes preocupações da saúde pública devido ao aumento da
morbimortalidade no primeiro ano de vida e ao maior risco de desenvolver
doenças na vida adulta, tais como a síndrome metabólica, nos casos de baixo
peso, e diabetes e obesidade, nos casos de macrossomia.
A macrossomia fetal tem crescente incidência, sendo relacionada ao sobrepeso
materno, ganho de peso excessivo na gravidez e diabetes mellitus gestacional
(DMG). A morbimortalidade materna e fetal elevada envolve fatores como
hiperglicemia, hiperinsulinemia, presença de co-morbidades e complicações
agudas e crônicas próprias do diabetes mellitus. A macrossomia tem
repercussões fetais importantes, como o aumento do risco de óbito fetal e
complicações como tocotraumatismo, distócias, hipoglicemia neonatal,
miocardiopatia hipertrófica, malformações e trombose vascular. As
conseqüências maternas observadas são: elevada taxa de cesárea, laceração
perineal extensa, hemorragia pós-parto e tempo prolongado de hospitalização.
Controle metabólico durante o pré-natal, dieta, exercícios físicos, uso de
insulina e interrupção da gravidez com 38 semanas são estratégias utilizadas

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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com o intuito de prevenir esta morbidade. O conhecimento dos fatores de risco


possibilita o rastreio e diagnóstico precoce do diabetes gestacional para que,
estabelecida uma terapêutica eficaz e individualizada, a grávida seja mantida
em euglicemia, prevenindo assim, a ocorrência da macrossomia e suas
implicações.

OBJETIVO:
Traçar o perfil epidemiológico das puérperas com recém- nascidos
macrossômicos, cujo parto ocorreu no período de janeiro de 2006 até julho de
2007 no Hospital Escola da Faculdade de Medicina da UNISA.

METODOLOGIA:
Realizado estudo prospectivo, com analise de 3369 prontuários sendo 100
casos de pacientes com recém-nascidos macrossômicos, avaliadas as
variáveis: idade materna, etnia, tipo de parto, indicações de cesáreas, idade
gestacional, paridade, número de consultas de pré-natal, sexo, boletim de
Apgar.

RESUMO:
- Incidência: 3%;- Idade materna: 52% entre 20 e 39 anos;- Etnia materna: 41%
brancas;- Tipo de parto: 52% cesarianas;- Indicação de Cesariana: 27% por
Desproporção céfalo-pélvica;- Idade Gestacional: 95% termo;- Paridade: 65%
multíparas;- Realização de pré-natal: 56% adequado;- Sexo dos Recém
nascidos: 58% masculinos;- Apgar: 99% sem asfixia.

CONCLUSÃO:
Observou-se baixa incidência de partos operatórios com relação à literatura,
implicando na possibilidade de parto normal sem intercorrências mesmo em
conceptos com peso acima de 4000g.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
1. Neme, B. – Obstetrícia Básica; 3ª edição; 2006.
2. Cunningham, Mac Donald, Gant – Williams Obstetrics; 18º edition; Appleton
& Lange.
3. Benzecry, R. – Tratado de Obstetrícia Febrascg; Revinter.

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Trabalho realizado pela Disciplina de Obstetrícia da Faculdade de Medicina da
Universidade de Santo Amaro

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Análise do Potencial Alelopático de Extratos de Clusia criuva


Camb. (Clusiaceae)
CHESLEY DIANA SOUZA DE MIRANDA(1)

MARCO AURELIO SIVERO MAYWORM(2)(Orientadores)


Ciências Biológicas
INTRODUÇÃO:
As plantas são fontes importantes de produtos biologicamente ativos (GUERRA
& NODARI, 2004). São capazes de produzir, transformar e acumular inúmeras
substâncias não necessariamente relacionadas de forma direta à manutenção
da vida do organismo, essas substâncias garantem vantagens para a sua
sobrevivência e para a perpetuação de sua espécie, em seu ecossistema
(SANTOS, 2004).
Por serem fatores de interação entre os organismos, os metabólitos
secundários, frequentemente apresentam atividades biológicas interessantes,
sendo de importância comercial tanto na área farmacêutica quanto nas áreas
alimentar, agronômica e entre outras. O maior interesse deriva principalmente
do grande número de substâncias promissoras de novas moléculas
potencialmente úteis ao homem (SANTOS, 2004).
A família Clusiaceae inclui cerca de trinta gêneros e mil espécies, no Brasil
ocorrem dezoito gêneros e cento e cinqüenta espécies. Clusia criuva Camb. é
comum em áreas de mata atlântica com porte arbustivo, pertencente à família
Clusiaceae (SOUZA & LORENZI, 2005). Muitas espécies de Clusia apresentam
látex contendo terpenóides, benzofenonas, flavonóides e outros compostos
fenólicos (CHEDIER et al., 1999; LOKVAM et al., 2000).
Estudos realizados com benzofenonas isoladas a partir do látex de espécies de
Clusia apresentaram atividade antibacteriana (LOKVAM et al., 2000).
Possui no látex a presença de xantonas, analises realizada com as xantonas
mostra que possui atividade antioxidante (MAHABUSAKARAM et al., 2005).
Além de possuir também outras propriedades farmacológicas como ação
antiinflamatória, antimicrobiana, antifúngica e citotoxica (PINHEIRO et al.,
2003).

OBJETIVO:
Este trabalho teve como objetivo analisar o potencial alelopático de extratos
foliares e caulinares de Clusia criuva Camb.

METODOLOGIA:
Amostras de caule e folhas foram coletadas em área preservada do município
de São Paulo, e maceradas em etanol PA, constituindo os extratos etanólicos
brutos, cujas concentrações foram acertadas a 1% em rotaevaporador a 45º C.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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Os testes de ação alelopática (em triplicata) foram desenvolvidos em placas de


Petri, previamente preparadas com 4 mL de cada extrato, após eliminação do
solvente acrescentou-se 3 mL de água destilada e foram depositados 20
aquênios de alface (Lactuca sativa L.). As placas foram vedadas com papel
filme (PVC) e foram mantidas em ambiente com iluminação constante e
temperatura ambiente. (Li, H.H, J. Chem. Ecol. 19: 1775, 1993).

RESUMO:
Foram avaliados a taxa de germinação final, o IVG (índice de velocidade de
germinação) e o comprimento do eixo hipocótilo radicular (EHR) e cotilédones
das plântulas de alface. As médias dos dados foram comparadas pelo teste de
Tukey a 5% de probabilidade, utilizando o software Sodek. Os extratos não
afetaram a taxa de germinação final, porém afetaram a 1º contagem e o IVG. O
extrato de folhas afetou significativamente os valores de IVG (19,9 ± 5,93) e a 1º
contagem (21,6% ± 10,4). Os extratos de caule e folha reduziram
significativamente o comprimento do Eixo hipocótilo-radicular (25,8 ± 1,54 e
<=3,0 mm, respectivamente) em relação as plântulas controle (45,1 ± 1,5 mm).
Apenas as folhas cotiledonares das plântulas desenvolvidas no extrato de
folhas apresentaram redução expressiva (4,83 ± 0,2 mm) em relação as
plântulas controle (6,27 ± 0,69 mm).

CONCLUSÃO:
Os resultados obtidos neste trabalho mostram que os extratos etanólicos de
Clusia criuva não afetaram significativamente a germinabilidade das sementes
de alface. Mostraram ainda que os extratos apresentam efeito alelopático
significativo no desenvolvimento das plântulas.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
CHEDIER, L.M.; PAIVA, S.R.; COSTA, J.L.M.; FIGUEIREDO, M. R. & KAPLAN,
M.A.C. 1999. Jornaul of High Revolution Chromatography 22: 527-530.

GUERRA, P.M. & NODARI, R.O. 2004. Biodiversidade: aspectos geográficos,


legais e éticos. In: SIMÕES, C.M.O.; SCHENKEL, E.P.; GOSSMANN, G.;
MELLO, J.C.P.; MENTEZ, L.A. & PETROVICK, P.R. Farmacognosia da planta
ao medicamento. 5º Edição. Editora UFRGS/ Editora UFSC. Porto Alegre e
Florianópolis.

LI, H.H.; INOQUE, M.; MIZUTANI, J. & TSUZUKI, E. 1993. Interactions of


transcinnamic acid, its reated phenolic allelochemicals, and abscisic acid is
seedling and seed germination of lettuce. Journal Chemical Ecology 19: 1975-
1987.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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UNISA - Universidade de Santo Amaro

LOKVAN, J.; BRADDOCK, J. F.; REICHARDT, R. B. & CLAUSEN, T. P. 2000.


Two polyisoprenylated benzophenones from the trunk latex of Clusia grandiflora
(Clusiaceae). Phytochemistry 55: 29-34.

MAHABUSARAKAM, W.; CHAIRERK, P. & TAYLOR, W. C. 2005. Xanthones


from Garcinia cowa Roxb. látex. Phytochemistry 66: 1148-1153.

PINHEIRO, L.; CORTEZ, D.A.G.; VIDOTTI, G.J.; YOUNG, M.C.M. & FERREIRA,
A.G. 2003. Estudo fitoquímico e avaliação da atividade moluscicida da
Kielmeyera variabilis Mart (Clusiaceae). Química Nova 26: 157-160.

SANTOS, R.I. 2004. Metabolismo básico e origem dos metabólitos secundários.


In: SIMÕES, C.M.O.; SCHENKEL, E.P.; GOSSMANN, G.; MELLO, J.C.P.;
MENTEZ, L.A. & PETROVICK, P.R. Farmacognosia da planta ao medicamento.
5º Edição. Editora UFRGS/ Editora UFSC. Porto Alegre e Florianópolis.

SOUZA, V.C. & LORENZI, H. 2005. Botânica Sistemática: guia ilustrado para
identificação das plantas das famílias de angiospermas da flora brasileira,
baseado em APG II. Editora Nova Odessa. São Paulo.
________________________________________________________________
Laboratório de Fitoquímica, Faculdade de Biologia, Universidade de Santo
Amaro – Unisa, São Paulo, SP

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ANÁLISE RETROSPECTIVA DE DESCOLAMENTO PREMATURO


DE PLACENTA NO HOSPITAL ESTADUAL DO GRAJAÚ
FERNANDA SCHENK BERTOLI(1), ROBERTA MORENO CORRÊA TSUBOI(2), VIVIANE
CISI PELIELLO(3), RENATA DE PAULA TEMOTHEO(4), PRISCILLA SOARES FREIRE(5)

MARCELO ALVARENGA CALIL(6)(Orientadores)


Ciências Biológicas
INTRODUÇÃO:
O descolamento prematuro da placenta (DPP), definido como separação da
placenta implantada no corpo do útero, antes do nascimento do feto, em
gestação de 20 ou mais semanas completas, resulta de uma série de processos
fisiopatológicos, muitas vezes de origem desconhecida.

É complicação obstétrica com elevado potencial de morbimortalidade materna e


fetal. Está associada a grande morbidade materna - maior incidência de
anemias, coagulopatias, hemotransfusão, histerectomia e infecções puerperais
– e também representa risco à vida da gestante e do feto. Além disso,
resultados perinatais adversos, com freqüência, acompanham esse diagnóstico,
tais como: prematuridade, baixo peso ao nascer, sofrimento fetal e morte
perinatal.

O diagnóstico e atuação oportuna perante a gestante com hipótese de DPP


melhora o prognóstico materno e fetal. Os riscos maternos associados referem-
se, geralmente, aos seguintes aspectos: perda sanguínea excessiva,
coagulação intravascular disseminada (CIVD), insuficiência renal e morte
materna. Os estudos que analisam os fatores maternos associados ao óbito
fetal em gestações com DPP ressaltam a importância da atuação rápida na
tomada de decisão e preconizam a retirada do concepto, ainda vivo, em período
inferior a 20 minutos.

Em estudos que analisam séries históricas de casos, têm-se verificado


mudanças no perfil de determinados fatores associados ao DPP. A investigação
acurada dessas modificações pode facilitar o acompanhamento das gestantes
de maior risco, proporcionando maior precocidade no diagnóstico, de modo a
favorecer o prognóstico da gestação e diminuir os elevados índices de
mortalidade fetal.

OBJETIVO:
Comparou-se o perfil dos fatores maternos e resultados perinatais no

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descolamento prematuro da placenta (DPP), no departamento de Obstetrícia do


Hospital Estadual do Grajaú (HEG) de janeiro de 2005 a março de 2007.

METODOLOGIA:
Foram analisados retrospectivamente 12.714 prontuários de gestantes que
procuraram o serviço no período estudado. Os fatores avaliados foram: idade
materna, raça, escolaridade, estado civil, número de consultas pré-natais,
abortamentos prévios, idade gestacional, paridade, pressão diastólica, via de
parto, tipo de anestesia, peso do recém nascido e evolução pós-natal.

RESUMO:
A incidência dos casos de DPP no HEG foi de 0,7%, sendo 95,5% dos casos de
parto cesárea, com 29,4% de anestesia geral. A maioria dos casos ocorreu com
idade materna entre 21 e 30 anos, sendo somente 2,3% acima dos 40 anos.
Observou-se uma prevalência da raça branca e de pacientes com parceiro fixo
nos casos de DPP. O descolamento a partir da 34 semana ocorreu em 72% dos
casos, predominantemente em primigestas. Apenas 21,4% fizeram mais de 6
consultas pré-natais e 18% apresentavam história prévia de aborto. Pressão
arterial diastólica maior que 110 mmHg em 5,6%. Dos recém-nascidos, 20,2%
eram natimortos, correspondendo 8% dos casos de óbito fetal do período
estudado e, 48,3% dos recém-nascidos tinham peso entre 2500 e 4000 gramas.

CONCLUSÃO:
A gravidade e a imprevisibilidade do fenômeno alertam para a prevenção e
controle adequados diante dos fatores associados ao DPP. A ausência de
acompanhamento pré-natal pode ser considerada importante fator de risco para
DPP.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
1. Neme, B. – Obstetrícia Básica; 3ª edição; 2006.
2. Cunningham, Mac Donald, Gant – Williams Obstetrics; 18º edition; Appleton
& Lange.
3. Benzecry, R. – Tratado de Obstetrícia Febrascg; Revinter.

________________________________________________________________
Trabalho realizado pela Disciplina de Obstetrícia da Faculdade de Medicina da
Universidade de Santo Amaro

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Análise situacional da Educação Ambiental em uma escola do


minicípio de São paulo
CLAUDIA PEREIRA DA SILVA(1)

MARIA DO SOCORRO S PEREIRA LIPPI(2)(Orientadores)


Ciências Biológicas
INTRODUÇÃO:
A Educação Ambiental surgiu frente à necessidade de uma mudança das
relações do homem consigo e deste com o ambiente. Ela deve adotar uma
situação crítica que estimule a análise e ordenação de diferentes fatores.
Considerando essas perspectivas, entre seus objetivos, encontra-se a busca
das soluções de problemas. Seu desenvolvimento ocorre em diferentes
instituições ficando a cargo da escola o ensino formal, por ser um local
adequado para sua ocorrência, Já que a escola tem como papel principal a
formação de sujeitos como cidadãos conscientes. A Educação Ambiental deve
apresentar-se inserida dentro do Currículo Escolar contemplando todas as
matérias através da interdisciplinaridade e propiciando articulação entre os
professores e promovendo sua capacitação com a realização de cursos
contribuindo para uma melhor eficácia em educação ambiental.

OBJETIVO:
Este estudo teve o objetivo de analisar a Educação ambiental em uma escola
da rede pública de ensino do município de São Paulo.

METODOLOGIA:
A metodologia adotada foi a pesquisa qualitativa realizada com cinco
professoras das séries iniciais por meio de entrevista informal. Observação
direta e análise de documentos oficiais com relevância para sua construção e
abordagem interdisciplinar.

RESUMO:
Através do estudo realizado foi possível constatar que as concepções dos
professores com relação à Educação ambiental, não se apresentam em
consonância com as perspectivas apontadas pela literatura, que as práticas por
eles utilizadas demonstram estar incompatíveis com as Leis e decretos em
níveis Federal e Estadual, não havendo menção de um projeto educativo que
de fato valorize sua inserção no Currículo Escolar.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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CONCLUSÃO:
Para que a Educação Ambiental seja desenvolvida de forma eficaz ela deve ser
abordada nos diferentes componentes curriculares de forma interdisciplinar, a
teoria deve converter-se em prática abrindo assim canais de diálogo entre os
sujeitos. Sua construção deve acontecer e esta deve ser nossa tarefa.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
[IBAMA] Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis. Histórico da Educação Ambiental no Brasil. Disponível em
www.ibama.gov.br/cgeam/index.php?id_menu=91 [2007 out 15].

Brasil. São Paulo. (Estado). Lei n°9795 de 27 de abril de 1999. Dispõe sobre a
educação ambiental, institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá
outras providências. Disponível em
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9795.htm

São Paulo. (Estado). Constituição Estado de São Paulo de 1989. Biblioteca


Digital do Senado Federal. Disponível em
http://www2.senado.gov.br/bdsf/item/id/70452. [2008 out 01].

IBAMA (1998). Instituto Brasileiro do Meio ambiente e dos Recursos Naturais


Renováveis. Educação Ambiental: As grandes orientações da Conferência de
Tbilis – UNESCO. Edição especial. Brasília.

BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 1977.


Cascino, F. 2000. E.A: Princípios, História, Formação de Professores. 2ª ed.
Senac. São Paulo.

Castro, R.S. 2001. A formação de professores em Educação Ambiental


possibilita o exercício no ensino formal? Panorama da educação ambiental no
ensino fundamental. Brasília.

Dias, G. F. 2001. Educação Ambiental. Princípios e Práticas. 7ª ed. Gaia. São


Paul
Loureiro, C. F. B. 2003. Cidadania e Meio Ambiente. Centro de Recursos
Ambiental. Série Construindo os recursos do amanhã. Salvador.

Ludke, M. & André, M. E. D. A. 1986. Pesquisa em Educação: Abordagens


Qualitativas. Temas Básicos de Educação e Ensino. Epu. São Paulo.

[MEC] Ministério da Educação e do Desporto. PCNs - Parâmetros Curriculares

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28
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Nacionais: terceiro e quarto ciclos: apresentação dos temas transversais. Brasil:


MEC/SEF (Ministério de educação e do desporto/secretaria de educação
fundamental. (1998).

MACEDO, A. B. 1989. Educação Ambiental: Propostas e Experiências. São


Paulo.

Padua, S. M. 1997. Conceitos para se fazer Educação Ambiental. 2ª ed.


Secretaria do Meio Ambiente. São Paulo.

Pedrini, A.G. 1997. Educação Ambiental. Reflexões e Práticas


Contemporâneas. 5ª ed. Vozes. Rio de Janeiro.

Reigotta, M.1994. O que é Educação Ambiental. Brasiliense. São Paulo.

Reigotta, M. 1999. A floresta e a escola: por uma educação ambiental pós-


moderna. Cortez. São Paulo.

Roizman. L. G. 2001. Sustentabilidade e Ética Ecológica: valores, atitudes e a


formação ambiental de educação. Tese (Doutorado em Saúde Pública).
Faculdade de Saúde Pública da USP. São Paulo.

Sorrentino, M. et al. 1995. Cadernos do Fórum de Educação Ambiental. Instituto


Ecoar para Cidadania. Gaia. São Paulo.

Viola, E. J. et al. 1997. Ambientalismo no Brasil passado, presente e futuro.


Instituto Socioambiental/Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo.
São Paulo.

________________________________________________________________
_____________
¹As entrevistas na fase inicial do projeto foram refeitas em virtudes de licenças
médicas, encerramento de contratos e transferência dos professores; com
ocorrência também na administração (direção e coordenação).

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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APA CAPIVARI-MONOS: PERCEPÇÃO DA POPULAÇÃO LOCAL


SOBRE SUA EXISTÊNCIA E O MEIO AMBIENTE, SP, BRASIL.
ANDREA CRISTHIANE MARTINS(1)

Ciências Biológicas
INTRODUÇÃO:
As Áreas de Proteção Ambiental(1)(APA)surgiram como espaços criados para
proteger e conservar a qualidade ambiental do meio natural visando à melhoria
da qualidade de vida da população. Segundo FARIA (2006), para o
cumprimento de seu papel, as APAs precisam ser gerenciadas com padrões de
qualidade elevados, caso contrário, estarão fadadas a receberem a depreciativa
alcunha de “UC de papel”, que são aquelas não implementadas e que pouco
servem para justificar as políticas governamentais para o setor. Por isso sua
efetividade de implantação deve ser constantemente avaliada em busca de
aprimorar o seu processo de manejo determinando suas fortalezas e
debilidades, com vistas ao monitoramento contínuo e ao aprimoramento de sua
gestão. Um dos maiores desafios encontrados para melhorar a participação dos
atores sociais na gestão de uma APA esbarra nas diferenças existentes em
suas percepções acerca de conceitos ambientais e culturais e os valores a eles
agregados. Dessa forma, o estudo da percepção ambiental dos seus moradores
é ferramenta chave para que a sua implementação e gestão tenham sucesso,
bem como a realização desse diagnóstico possibilita na preparação de ações
de Educação Ambiental continuadas, que buscam formar não só os líderes,
mas uma população crítica e conhecedora da sua realidade local.

OBJETIVO:
Este trabalho teve como objetivo avaliar o conhecimento dos moradores da APA
Capivari-Monos sobre a existência dessa Unidade de conservação e identificar
sua percepção ambiental, como forma de subsidiar ferramentas para o seu
plano de gestão.

METODOLOGIA:
A APA Capivari-Monos está localizada no extremo Sul do Município de São
Paulo e corresponde a um sexto de sua extensão territorial. Apresenta grande
importância ambiental, pois está inserida em área de proteção aos mananciais,
abrangendo toda a bacia hidrográfica dos rios Capivari e Monos e parte das
bacias hidrográficas do Guarapiranga e da Billings - o braço Taquacetuba. Após
revisão bibliográfica optou-se pela aplicação de um conjunto de metodologias,
destacando-se o método Survey, que é baseado em relatos de uma
determinada população utilizando-se instrumentos pré-definidos, no caso do

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

30
UNISA - Universidade de Santo Amaro

presente trabalho, aplicação de questionário por meio de entrevista pessoal.


Foram realizadas 200 entrevistas de forma aleatória nos bairros da Barragem e
Vargem Grande, que apresentam as maiores densidades populacionais da APA
Capivari-Monos.

RESUMO:
A APA é considerada modelo de implantação, por terem participado desse
processo diversos representantes da sociedade. Sua primeira gestão (2002-
2004) foi pautada na formação de seu conselho gestor, com a definição de um
regimento interno, estudo e conclusão do seu Zoneamento Geo Ambiental e
implantação de um sistema de sinalização informativa ao longo da divisa da
APA. A gestão seguinte (2005-2007) voltou a discutir o papel do conselho e
promoveu um levantamento dos problemas e prioridades da região em busca
de auxiliar no plano de gestão. Com as entrevistas constatou-se que 92% dos
indivíduos não conhecem ou sabem que moram na APA Capivari-Monos.
Quanto a mudanças ocorridas no local nos últimos 5 anos (tempo de
implantação da APA) 24% citou melhora no transporte, 23,5% chegada da
pavimentação, porém não relacionam essa melhora a sua implantação e 21%
disseram que nada mudou. No que se refere a perspectiva ambiental, 40%
definiu meio ambiente como “natureza” e 27% relacionou com aspectos de flora
como “a mata”, 89% dos entrevistados disseram nunca ter participado de
campanhas sobre o meio ambiente e 32% não conseguiram definir o que é uma
área de manancial.

CONCLUSÃO:
Assim, conclui-se que a maioria dos entrevistados (92%) desconhece a
existência da APA, o que contribui de maneira negativa na sua gestão. Além de
alguns conceitos sobre o meio ambiente ainda não se encontrarem bem
difundidos nos indivíduos amostrados. Por essa razão, sugere-se que
programas de Educação Ambiental para a população local estejam presentes
nas estratégias de gestão, não apenas focando-se nos representantes do
conselho gestor ou professores da região, mas sim extravasando para outros
atores sociais, a fim de que a problemática ambiental passe a fazer parte de
suas vidas, de maneira tão importante quanto as questões sociais, de forma
que estes possam compreender e participar de forma coerente no conselho
gestor garantindo a proteção ambiental da área.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
Faria, H. H. de. 2006. Aplicação do EMAP e rotinas estátiscas complementares
na avaliação da eficácia de gestão de unidades de conservação do estado de
São Paulo, Brasil. Revista Ciências do Ambiente On-line, 2 (2).
________________________________________________________________

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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UNISA - Universidade de Santo Amaro

1. Unidades de Conservação de Uso Sustentável

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Avaliação da Estrutura e Recomposição de Espécies Vegetais no


Parque Ecológico Guarapiranga, São Paulo.
VANESSA RUTHKOWSKI GAMARANO(1)

PAULO AFFONSO(2),TATIANA PAVÃO(3)(Orientadores)


Ciências Biológicas
INTRODUÇÃO:
A cobertura vegetal do Estado de São Paulo, ainda que reduzida á somente
12% do estado, continua sob intenso processo de degradação, devido,
especialmente, à expansão da área urbana. A drástica transformação de áreas
verdes no estado ocorreu mais intensamente entre as décadas de 1950 e 1960,
onde a reprodução da metrópole paulista consolidou-se formando um grande
pólo industrial desencadeando o crescimento e expansão urbana que mais
tarde se expandiu principalmente entre áreas mais periféricas da cidade onde
se concentram as grandes áreas de mananciais. A Bacia Hidrográfica do
Guarapiranga é o segundo maior manancial da Região Metropolitana de São
Paulo, e também um dos mais ameaçados pelo desenvolvimento da cidade.
A intensa diversidade de tipos de uso de solo na área da bacia gera situações
de difícil reversão, entre elas o comprometimento da qualidade da bacia para
abastecimento público. Atualmente, a recuperação de áreas vem sendo alvo de
muita atenção em trabalhos e pesquisas cientificas, principalmente pela
conscientização da sociedade quanto á necessidade de se reverter o estado de
degradação, bem como a importância da preservação de tais áreas para o meio
ambiente e a própria sociedade.
O aperfeiçoamento metodológico dos projetos de recuperação de áreas
degradadas envolve, entre outros, estudos relacionados à composição florística
e estrutural de florestas, sendo estas importantes ferramentas para se construir
uma base teórica a fim de se subsidiar projetos de conservação de recursos
genéticos, conservação de áreas similares e recuperação de áreas ou
fragmentos florestais degradados, contribuindo desta forma para seu manejo.

OBJETIVO:
O presente trabalho teve como objetivo Avaliar a Estrutura e Recomposição de
Espécies Vegetais do Parque Ecológico Guarapiranga, São Paulo.

METODOLOGIA:
Os dados para análise foram obtidos a partir de uma adaptação do método de
Quadrante, descrito por COTTAM E CURTIS (1956). Foram amostrados 15
pontos em uma área resultante da recomposição vegetal, incluindo todos os
indivíduos com perímetro á altura do peito (PAP) igual ou superior á 10 cm

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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considerando-se os parâmetros fitossociologicos (densidade, freqüência,


dominância e importância).

RESUMO:
Obteve a ocorrência de 9 espécies distribuídas em 9 gêneros e 7 famílias.
Observa-se uma significativa representatividade da família Asteraceae com 14
indivíduos amostrados e Muntingiaceae com 8 indivíduos, sendo estas
representadas por somente uma espécie, Gochnatia polymorpha e Muntingia
calabura respectivamente. A família fabaceae apresentou maior número de
espécie (Anadenanthera colubrina, Ingá uruguensis e Erytrina speciosa) sendo
esta representada por somente 12 individuos. A espécie Gochnatia polymorpha
caracteriza uma espécie do grupo ecológico pioneira, típica de formações de
Cerradão e comumente presentes em condição ecotonal com os
remanescentes de Floresta Estacional Semidecidual, sendo considerada uma
espécie característica de áreas em regeneração e impactadas. Da família
Fabaceae a Anadenanthera colubrina, é uma espécie que apresenta forte
ocorrência em levantamentos relacionados a formações de Floresta Estacional
Decidual. É descrita por alguns autores como uma espécie típica de regiões
mais altas da encosta atlântica e mata secundária, além de ocorrer em
formações de Cerradão e Mata de Galeria.

CONCLUSÃO:
As espécies amostradas na área apresentam uma altura media de 2 a 6 metros,
caracterizam espécies de grupo ecológico pioneira. Tal fato se deve a área
representar um fragmento resultante da recomposição de espécies, sendo
possível demonstrar desta forma a falta de planejamento e critério em
programas de recomposição de espécies vegetais em áreas degradadas já que
a área se apresenta com baixa representatividade de espécies vegetais quando
comparada á estudos relacionados á levantamento de espécies em
remanescentes florestais.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
Cottam, G. & Curtis, J.T. 1956. The use of distance measures in
phytossociological sampling. Ecology. v. 37, n. 4, p. 451-460
________________________________________________________________
A área da bacia apresenta uma legislação especifica de PROTEÇÃO E
RECUPERAÇÃO DE MANANCIAIS DA GUARAPIRANGA – APRM
GUARAPIRANGA (LEI ESTADUAL Nº 12.233/06) que segue diretrizes de uma
LEI ESTADUAL DE PROTEÇÃO E RECUPERAÇÃO AOS MANANCIAIS (LEI nº
9.866/97) e que foi elaborada com base nas particularidades da Bacia
Hidrográfica do Guarapiranga, porém de acordo com dados atuais nota-se que

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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a legislação que deveria proteger a área da bacia não conseguiu conter o


avanço da população acarretando em uma drástica transformação da
paisagem.

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AVALIAÇÃO DA SOROLOGIA PARA HEPATITE DO TIPO B EM


GESTANTES ATENDIDAS NO HOSPITAL ESTADUAL DO
GRAJAÚ NO PERÍODO DE 20007 À 2008
PRISCILLA SOARES FREIRE(1), CARINA MAGLIOZZI(2), RAQUEL OLIVEIRA DA
SILVA(3), PATRICIA ROMEIRO BRETZ(4), KARLA LEONARDI AZUAGA(5)

MIGUEL ARCANJO PEDROSA(6),MARCELO ALVARENGA CALIL(7)(Orientadores)


Ciências Biológicas
INTRODUÇÃO:
O vírus da hepatite B é um Hepadnavirus com genoma de DNA bicatenar (dupla
hélice) circular. Tem predilecção forte pela infecção dos hepatócitos do fígado.
Ele multiplica-se no núcleo da célula infectada, utilizando as enzimas de
replicação de DNA da própria célula humana. A sua replicação invulgar consiste
na formação de mRNA a partir do genoma de DNA, que são usados na síntese
das proteínas virais, e RNA especial que depois é convertido em DNA pela
enzima transcriptase reversa, uma enzima que será mais característica dos
retrovirus.

A partícula viral ou virion do HBV é denominada partícula de Dane e tem cerca


de 40 nanómetros de diâmetro, podendo ser filamentosa ou esférica. Possui um
envelope bilipídico, onde existe a proteína membranar viral HBs (s de surface:
superfície). O capsídeo interno ao envelope, que protege o genoma e algumas
cópias de enzima transcriptase reversa (necessária já que as células humanas
não a produzem), é formado pela proteína HBc (c de core:capsídeo). A proteína
HBe é uma proteína viral pouco importante mas também é lançada no sangue e
portanto importante para a resposta do sistema imunitário.

As hepatites virais são doenças necroinflamatórias difusas do fígado, causadas


por vírus, predominantemente, hepatotrópicos, com tropismo primário pelo
tecido hepático. Essas afecções são infectocontagiosas, constituindo um
importante problema de saúde pública, não só no Brasil, como no mundo.

Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 2 bilhões


de pessoas já tiveram contato com o vírus da hepatite B (VHB), sendo que 325
milhões são portadoras crônicas do vírus. No Brasil, o Ministério da Saúde (MS)
estima que pelo menos 15% da população já teve contato com o vírus. Os
casos crônicos de hepatite B devem corresponder a cerca de 1% da população
brasileira. A maioria das pessoas desconhece seu estado de portador e
constitui elo importante na cadeia de transmissão.

A transmissão percutânea sangüínea, os produtos do sangue ou instrumentos

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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perfuro-cortantes contaminados, a via sexual e a transmissão perinatal (da mãe


para o concepto) se constituem nas principais vias de transmissão. O leite
materno também pode conter o VHB, porém não possui importância
epidemiológica.

A transmissão perinatal é o mecanismo predominante de disseminação nas


áreas de maior prevalência do estado de portador crônico do vírus, pois ainda
não há conscientização em tornar parte da rotina médica a triagem das grávidas
no período gestacional.

OBJETIVO:
Avaliar o número de gestantes imunes à hepatite B, correlacionando dados
obtidos com idade, paridade, estado civil e etnia.

METODOLOGIA:
Foram analisados 2.153 prontuários referentes ao número de partos ocorridos
entre janeiro de 2007 a janeiro de 2008 no HEG, sendo que em 2,55% do total
foi solicitado sorologia para hepatite B. Assim, foi feito levantamento laboratorial
da sorologia e análise dos resultados.

RESUMO:
Foi observado que 72% das pacientes analisadas eram susceptíveis e 28%
imunizadas, sendo que destas, 80% foram vacinadas e 20% apresentavam
cicatriz imunológica. Das pacientes imunes, todas com idade menor de 20 ou
maior de 26 anos foram vacinadas, e aquelas entre 21 a 25 anos apresentaram-
se 50% vacinadas e 50% com cicatriz imunológica. Primi ou secundíparas: 0%
imunizadas; terci ou quartíparas, 33% e todas as multíparas eram imunes
Dentre as pacientes, 37% das solteiras eram imunizadas; 18% das casadas;
58% das amasiadas e todas as separadas eram imunes Pacientes brancas e
pardas apresentaram em 30% imunidade; as negras, 38% e todas as indígenas
eram susceptíveis.

CONCLUSÃO:
A maioria das pacientes era susceptível, e das imunizadas a maior parte era
vacinada. Metade dos casos de pacientes imunes com idade entre 21 e 25 anos
foram vacinadas. A maioria das solteiras era susceptível. Todas multíparas
eram imunes. Independente da etnia, a maioria era susceptível.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
1. Neme, B. – Obstetrícia Básica; 3ª edição; 2006.
2. Cunningham, Mac Donald, Gant – Williams Obstetrics; 18º edition; Appleton

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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UNISA - Universidade de Santo Amaro

& Lange.
3. Benzecry, R. – Tratado de Obstetrícia Febrascg; Revinter.

________________________________________________________________
Trabalho realizado pela Disciplina de Obstetrícia da Faculdade de Medicina da
Universidade de Santo Amaro

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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Avaliação da velocidade de decomposição e da riqueza de


geofungos associados a folhas de Caesalpinia echinata Lam.
(pau-brasil) submersas em um lago artificial situado no Parque
Municipal Alfredo Volpi, São Paulo, SP.
JACQUELINE DA CRUZ FAGUNDES(1)

CAROLINA GASCH MOREIRA(2)(Orientadores)


Ciências Biológicas
INTRODUÇÃO:
Os ambientes aquáticos apresentam características particulares que
influenciam diretamente a distribuição da biota, entre as quais, a dinâmica de
decomposição de substratos vegetais submersos mostra-se, em muitos casos,
como a principal fonte de matéria orgânica, sendo assim, responsável por
sustentar a cadeia trófica nesses ambientes (Gessner,1999).
Entre os decompositores, os fungos são responsáveis por grande parte da
degradação de substratos submersos e por controlar várias funções
importantes como, a ciclagem de nutrientes. A decomposição pode ser
verificada através da perda de massa de um determinado material e pelas
mudanças na sua composição química, que ocorre sob a influência de fatores
reguladores bióticos e abióticos, sendo então específicas dos substratos e dos
ambientes (Gessner,1999).

OBJETIVO:
O presente estudo teve como objetivo, avaliar a velocidade de decomposição
do folhedo de Caesalpinia echinata Lam. submerso em um ambiente aquático
urbano preservado, durante a época chuvosa e avaliar a riqueza de geofungos
associados à ele durante a decomposição.

METODOLOGIA:
As folhas foram coletadas de um exemplar de C. echinata, secas em estufa (60
ºC) para obtenção do peso seco inicial, colocadas em sacos de tela de náilon e
submersas em uma das margens do lago. Seis amostras foram coletadas
quinzenalmente, de janeiro a abril de 2008. No laboratório, uma parte das folhas
foi seca em estufa para a obtenção do peso seco final e a outra submetida ao
isolamento dos fungos.
A velocidade de decomposição das folhas foi determinada através do cálculo do
coeficiente k de Olson e da determinação da matéria orgânica remanescente
nas amostras.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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UNISA - Universidade de Santo Amaro

Os fungos foram isolados através da técnica de lavagens sucessivas de


fragmentos foliares, seguidas de inoculação em meio de batata-dextrose-ágar e
de incubação em câmaras úmidas (Moreira, 2006), comparando-se as micotas
através do índice de similaridade de Sörensen.
Durante as coletas foram medidas a temperatura, pH, oxigênio dissolvido,
turbidez e condutividade da água do reservatório, com auxílio do equipamento
U – 10 Horiba.

RESUMO:
A velocidade de decomposição mostrou-se rápida no início e média da fase
intermediária à final do experimento, perdendo somente 56% do seu peso inicial
após 85 dias de submersão. O processo de decomposição é constituído por
três etapas básicas: lixiviação, condicionamento microbiano e fragmentação. Na
primeira etapa, que ocorre entre 24 a 48 horas após a submersão, as
substâncias solúveis do detrito são removidas pela ação da água, acarretando
uma rápida diminuição do peso do substrato equivalente a até 30% da massa
inicial (Gessner, 1999).
A perda de peso e o coeficiente K obtidos no presente estudo foram menores
do que os citados em pesquisas anteriores, significando que a velocidade de
decomposição das folhas foi mais lenta do que o esperado. Possivelmente este
resultado esteja relacionado com as características do lago que se encontra
visivelmente assoreado, com provável estado trófico alterado e com variações
muito bruscas do teor de oxigênio dissolvido. A esses fatores ainda podem
somar-se algumas características intrínsecas da própria folha, que atuam sobre
a atividade da microbiota, composta pela comunidade detritívora e pelos
microrganismos.
Foram registradas 48 ocorrências de fungos (39 táxons). O maior número de
táxons foi encontrado na primeira e o menor na sexta coleta, com predomínio
de Cylindrocladium e Trichoderma.
As micotas da primeira e segunda coleta apresentaram similaridade de 22%,
25% entre a segunda e a terceira coleta, 0% entre a terceira e a quarta coleta,
17% entre a quarta e a quinta, 20% entre a quinta e a sexta, 0% entre a sexta e
a sétima e 46% entre a sétima e a oitava coleta.
O acumulo de matéria orgânica estimula a ação de microrganismos, que
consumindo oxigênio podem tornar o meio anaeróbio, contribuindo para
possíveis acúmulos de substâncias húmicas que podem causar alterações nas
taxas de decomposição por serem tóxicas aos microrganismos (Esteves, 1998;
Moreira, 2006).

CONCLUSÃO:

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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UNISA - Universidade de Santo Amaro

Apesar da velocidade de decomposição das folhas ser reduzida, os táxons de


fungos presentes durante as etapas desse processo ocorreram numa
seqüência que caracteriza a presença de uma sucessão fúngica.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
Gessner, M. O. 1999. A perspective on leaf litter breakdown in streams. Oikos,
85: (2) 377-384.
Esteves, F. A. 1998. Fundamentos da Limnologia. Editora Interciência Ltda. Rio
de Janeiro.
Moreira, C. G. 2006. Avaliação d diversidade de biomassa de fungos
associados folhas e decomposição de Tibouchina Pulchra Cogn. submersas em
reservatórios do Parque Estadual das Fontes do Ipiranga (PEFI), São Paulo,
SP. Dissertação de mestrado, Instituto de Botânica da secretaria do meio
ambiente do estado de São Paulo.

________________________________________________________________
Fagundes, J.C.1; Moreira, C.G.2 & Schoenlein-Crusius2. 1 aluna do curso de
Biologia; 2 Seção de Micologia e Liquenologia, Instituto de Botânica, São Paulo

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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UNISA - Universidade de Santo Amaro

Avaliação da velocidade de decomposição e da riqueza de


Hyphomycetes aquáticos associados às folhas de
Campomanesia phaea (O. Berg.) Landrum (Cambuci) submersas
em um lago artificial no Parque Municipal Alfredo Volpi, SP
ALINE ISABEL DIAS(1)

CAROLINA GASCH MOREIRA(2)(Orientadores)


Ciências Biológicas
INTRODUÇÃO:
A ação antrópica tem interferido nos ecossistemas aquáticos, já que o
lançamento acentuado de matéria orgânica torna-se superior à capacidade de
decomposição dos sistemas, provocando a ruptura do equilíbrio ecológico e
severas alterações em todo o metabolismo dos ambientes aquáticos (Esteves
1998).
Nos ecossistemas aquáticos, da mesma forma que em ambientes terrestres, os
fungos participam ativamente da decomposição de matéria orgânica alóctone e
autóctone (Schoenlein-Crusius 1988) e são reconhecidos como importantes
decompositores (Moreira, 2006).

OBJETIVO:
O presente estudo teve como objetivo avaliar velocidade de decomposição do
folhedo de Campomanesia phaea (O. Berg) Landrum submerso em lago urbano
durante a época chuvosa e avaliar a riqueza de Hyphomycetes aquáticos
associados às folhas em decomposição.

METODOLOGIA:
As folhas foram coletadas de um exemplar C. phaea, secas em estufa (60 ºC)
para obtenção do peso seco inicial, colocadas em sacos de tela de náilon e
submersas em uma das margens do lago. Foram realizadas 11 coletas durante
99 dias, a cada coleta seis amostras foram sorteadas e retiradas do lago para
realização do experimento.
A velocidade de decomposição das folhas foi estimada através do cálculo do
coeficiente k de Olson e da determinação da matéria orgânica remanescente
nas amostras.
Os fungos foram isolados através da técnica de lavagens sucessivas de
fragmentos de folhas e incubados em placas de Petri acrescidas de água
destilada esterilizada. Após incubação de 5 dias, fragmentos foliares foram
observados em microscópio óptico para observação e identificação dos fungos.
Durante as coletas foram medidas o pH, temperatura, oxigênio dissolvido, e

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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UNISA - Universidade de Santo Amaro

condutividade da água, com auxílio do equipamento U-10 Horiba (Moreira,


2006).

RESUMO:
Após 99 dias de submersão, as folhas apresentaram 56% de matéria orgânica
remanescente, demonstrando velocidade de decomposição rápida no início e
média a lenta da fase intermediária à final do experimento.
A rápida perda de peso no início da decomposição pode ser explicada pela
lixiviação sofrida, pelas folhas, nas primeiras 48 horas de submersão, a qual
acarreta uma rápida diminuição do peso do substrato equivalente a até 30% da
massa inicial (Gessner, 1999).
No presente estudo, tanto a perda de peso do material, quanto o valores
obtidos para o coeficiente k foram baixos quando comparados a resultados
citados em pesquisas anteriores. Tal resultado pode estar relacionado ao tipo
de substrato utilizado, bem como às condições adversas apresentadas pelas
águas do lago, que somadas podem atuar sobre a atividade da comunidade
decompositora.
Foram registrados 21 táxons em 68 ocorrências de fungos associados às folhas
durante a decomposição. Os táxons de maior ocorrência foram Rhinocladiella
sp. (6), Pyramidospora sp.2 (6), Tricelophorus sp.2 (8), Endophragmiela sp. (6).
Segundo Schoenlein-Crusius (1988), os fungos tetrarradiados tem sido citados
como os mais comuns nos estudos sobre a micota em folhas submersas.
As micotas da primeira e segunda coleta apresentaram similaridade de 70%,
38% entre a segunda e a terceira coleta, 36% entre a terceira e a quarta coleta,
0% entre a quarta e a quinta, 0% entre a quinta e a sexta, 44% entre a sexta e a
sétima e 36% entre a sétima e a oitava coleta, 62% entre a oitava e a nona
coleta, 71% entre a nona e décima coleta e 33% entre a décima e décima
primeira coleta.

CONCLUSÃO:
Apesar da velocidade de decomposição das folhas ser reduzida, a riqueza e a
ocorrência de fungos foi elevada e ocorreram numa seqüência que caracteriza
a presença de uma sucessão fúngica, fato que demonstra a ativa ação dos
mesmos sobre a degradação do substrato.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
Esteves, F.A., 1998. Fundamentos da limnologia. Editora Interciência Ltda. Rio
de Janeiro
Gessner, M. O. 1999. A perspective on leaf litter breakdown in streams. Oikos,
85: (2) 377-384.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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UNISA - Universidade de Santo Amaro

Moreira, C. G. 2006. Avaliação da diversidade de biomassa de fungos


associados folhas e decomposição de Tibouchina Pulchra Cogn. submersas em
reservatórios do Parque Estadual das Fontes do Ipiranga (PEFI), São Paulo,
SP. Dissertação de mestrado, Instituto de Botânica da secretaria do meio
ambiente do estado de São Paulo.
Schoenlein-Crusius, I.H. & Milanez, A.I., 1989. Sucessão fúngica em folhas de
Ficus microcarpa L. f. submersas no lago frontal situado no Parque Estadual
das Fontes do Ipiranga, São Paulo, SP. Revista de Microbiologia 20 (1): 95-101

________________________________________________________________
Dias, A.I.1; Moreira, C.G.2 & Schoenlein-Crusius2.
1 aluna do curso de Biologia; 2 Seção de Micologia e Liquenologia, Instituto de
Botânica, São Paulo.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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UNISA - Universidade de Santo Amaro

Avaliação dos níveis plasmáticos de ferro em ratos que


apresentam movimento das patas durante o sono após leão
medular
FERNANDA MARTINS REIS(1)

ANDREA MACULANO ESTEVES(2)(Orientadores)


Ciências Biológicas
INTRODUÇÃO:
O Movimento Periódico das Pernas (MPP) e a Síndrome das Pernas Inquietas
(SPI) são distúrbios do sono ocasionados por desordens neurológicas, que
podem estar envolvidos entre outros fatores com o sistema dopaminérgico e
com o sistema de ferro. A SPI está associada a desconfortos e parestesias nos
membros principalmente inferiores, presente notadamente no repouso, sendo
aliviados pela urgência em movê-las (Montiplaisir et al., 2004), ao passo que o
MPP se apresenta com freqüentes movimentos das pernas durante o sono,
ocasionando freqüentemente uma fragmentação do sono (ASDA, 1992).
As pessoas acometidas pelo SPI relatam sentir uma necessidade irresistível
de movimentar os membros acompanhados de uma sensação de arrastamento
das pernas, podendo ocorrer os sintomas na hora de dormir e/ou podendo
iniciar-se mesmo no começo da noite, quando os indivíduos tentam manterem-
se quieto por certo tempo. Algum dos quais, relatam ter os sintomas durante o
dia, mas estes sempre pioram durante a noite, tendo sua menor incidência no
período da manhã.
De acordo com um estudo feito no norte da América e no norte da Europa, é
visto que a SPI atinge entre 5 a 25% da população geral (Zuccone et al., 2004 e
Lavigne et al., 1994). De acordo com Bixler et al. (1982) o MPP tem maior
índice em idosos, 5% em indivíduos de 30 a 50 anos, 29% em indivíduos de 51
a 64 anos, e 44% em indivíduos acima de 65 anos.
O MPP é atualmente classificado em três graus de gravidade (ICSD, 1990):
- Leve: de 5 a 24 movimentos por hora, ocasionando sonolência durante o dia.
- Moderada: de 25 a 49 movimentos por hora, ocasionando sonolência
moderada à grave.
- Grave: acima de 50 movimentos por hora, ocasionando sonolência e insônia
grave.
O MPP também pode estar associado a outras condições, entre as quais a
lesão medular. Yokota et al. (1991) estudou em 10 voluntários com deficiência
física, sendo que dois deles possuíam lesão medular total. Nestes dois
indivíduos foi observado e relatado MPP, sendo que estes possuíam
movimentos presentes antes da lesão. Em 1996, Lee et al. estudaram em três
pacientes com lesão medular no nível torácico, que obtinham movimentos

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anormais das pernas durante o sono, sendo este distúrbio classificado como
MPP. Ambos os autores correlacionaram a incidência destes movimentos como
sendo MPP, devido às descrições de Ekbom (1945 e 1960).
Outros estudos revelam que a SPI e o MPP são distúrbios associados à
deficiência de ferro, na qual, o deste metal (O’ Keeffe et al., 1994).
O ferro é importante e necessário para a produção de dopamina, e a redução
do nível do mesmo, pode ocasionar a diminuição da atividade da tirosina
hidroxilase, que é o elemento produtor da levedopa, responsável pela
descarboxilização da dopamina (Allen 2004). Por isso, a deficiência de ferro no
cérebro leva a diminuição dos receptores de D1 e de D2 (Erikson et al., 2000),
reduzindo o transporte da dopamina extracelular para o estriado, ocasionado
por uma redução na quantidade de ferritina em algumas regiões do cérebro
(Allen 2004).
Em estudos com análise de ferro em ratos com lesão medular, Liu et al. (2003)
analisaram a concentração total de ferro, proteínas transportadoras e ferro de
baixo peso em ratos com lesão medular (entre as vértebras T3 e L1). Os
resultados do estudo demonstraram um aumento rápido do nível total de ferro
extra celular após 20 minutos do impacto da lesão, resultando em um pico de
1,32 ± 0,77mm na primeira amostra. Após uma hora da lesão ocorreu um
declínio do nível acima de 0, permanecendo com este nível por 2 horas.
A literatura tem demonstrado que o ferro é um metal de transição, considerado
um nutriente essencial para humanos desde 1860. A extensão da sua utilidade
biológica está na capacidade de existir em diferentes estados de oxidação e de
formar muitos complexos diferentes (Lotnnerdal e Dewey, 1996).
A deficiência de ferro se instala quando ocorre balanço negativo entre a
quantidade de ferro incorporado a partir da dieta e das necessidades de ferro
decorrentes de perdas e necessidades fisiológicas. Na maioria das vezes isso
ocorre em conseqüência do consumo insuficiente de ferro na dieta, podendo
também se desenvolver ou agravar devido às perdas patológicas (Umbelino et
al., 2006).
Em estudo realizado por Esteves et al. (2004) foi visto que ratos após 4 dias
de lesão medular passaram a apresentar movimentos das patas durante o
sono, caracterizando um modelo animal dos MPP em lesados medulares.
Entretanto, a relação dos níveis de ferro após um longo tempo de lesão
medular, ainda não está totalmente esclarecido na literatura. A maioria dos
estudos demonstra a variação dos níveis de ferro somente nos primeiros
momentos após a lesão medular, não demonstrando o que acontece após um
período mais longo de pós-lesão medular.

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OBJETIVO:
Avaliar os níveis de ferro, ferritina e transferrina plasmático, em ratos após a
realização da lesão na medula espinhal.

METODOLOGIA:
Animais:
Distribuídos em 5 grupos:
- Grupo 1: Grupo SHAM
- Grupo 2: Lesão medular aguda (LM aguda)
- Grupo 3: Lesão medular 3 dias (LM 3 dias)
- Grupo 4: Lesão medular 7 dias (LM 7 dias)
- Grupo 5: Lesão medular 15 dias (LM 15 dias)
Cada um com seu grupo controle

Lesão medular: realizada na região da T9

Análise de ferro e transferrina: A dosagem de ferro foi realizada pelo método


enzimático de dois pontos (VITROS, Johnson & Johnson, EUA) e pela leitura do
comprimento de onda de 600nm.
A transferrina foi analisada pela reação de imunoturbidimetria (Advia 1650,
Bayer, EUA).

Análise estatística: As varáveis relacionadas às medidas de ferro e transferrina


referentes aos diferentes grupos foram analisadas pelo teste ANOVA de uma
via com post hoc de Tukey para as diferenças entre os grupos. Já para os
resultados referentes ao peso foi realizado o teste t’Student para medidas
repetidas. O nível de significância utilizado foi de p<=0,05 e os resultados foram
descritos em média e desvio padrão (±).

RESUMO:
O resultado a que se chegou no presente estudo talvez corrobore com a
hipótese sugerida por alguns autores, de que o Fe pode estar associado ao
desencadeamento dos distúrbios do movimento. Condições associadas a SPI
secundária, tais como, gravidez ou doença renal terminal, são caracterizadas
por deficiência de Fe, o que sugere que a deficiência de Fe pode ocasionar o
desencadeamento da SPI e MPP. Visto que, mesmo a maioria dos pacientes
com SPI apresentarem níveis de normais de ferritina, as concentrações de
ferritina no líquido cefalorraquidiano são reduzidas, sugerindo deficiência de Fe
no SNC. Os resultados obtidos, mostraram uma redução nos níveis plasmáticos
de Fe após a lesão medular.

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CONCLUSÃO:
Os resultados demonstram uma redução nos níveis plasmático de Fe em ratos
após a lesão medular.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
Allen, R. 2004. Dopamine and iron in the pathophysiology of Restless Legs
Syndrome (RLS). Sleep Medicine. 5(4): 385-391.

ASDA – American Sleep Disorders Association, Atlas Task Force. 1992. EEG
Arousals: Scorint Rules and Examples. Sleep. 15: 174-184.

Bixler, EO; Kales, A; Vela-Bueno, A; Jocoby, JA; Scarone, S; Soldatos, CR.


1982. Nocturnal myoclonus and nocturnal myoclonic activity in the normal
population. Research Communications in Chemical Pathology and
Pharmacology. 36(1): 129-140.

Ekbom, KA. 1960. Restless Legs Syndrome. Neurology. 10: 868-873.

Ekbom, KS. Restless Legs. 1945. Acta Medica Scandinavica Supplementum.


158: 123.

Erikson, K.M.; Jones, B.C.; Beard, J.L. 2000. Iron deficiency alters dopamine
transporter functioning in rat striatum. The Journal of Nutrition. 130(11): 2831-
2837.

Esteves, AM; De Mello, MT; Lancellotti, CL; Natal, CL; Tufik, S. 2004.
Occurrence of limb movement during sleep in rats with spinal cord injury. Brain
Research. 1017(1-2): 32-38.

Lavigne, G.J.; Montiplaisir J.Y. 1994. Restless Legs Syndrome and Sleep
bruxism: prevalence and association among Canadians. Sleep. 17(8): 739-743.

Lee, MS.; Choi, YC.; Lee, SH; Lee, SB. 1996. Sleep related Periodic Leg
Movements associated with spinal cord lesions. Movement Disorders: official
journal of the Movement Disorder Society. 11(6): 719-722.

Lonnerdal, B; Dewey, KG. 1996. Epidemiologia da deficiência de ferro no


lactente e na criança. Na Nestlé. 52: 11-17.

Montplaiser, J; Goudbout, R; Pelletier, G; Warnes, H. 2004. Restless Legs and


Periodic Limb Movements during sleep. In: Kryger, Mh; Roth, T; Dement, Wc.
editors. Principles and practice of sleep medicine. 2 ed. Philadelphia, W.B.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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Sauders Company, p: 589.

O’ Keeffe, S.T.; Gavin, K.; Lavan, J.N. 1994. Iron status and Restless Legs
Syndrome in the elderly. Age and Agling. 23(3): 200-203.

Umbelino, DC; Rossi, EA. 2006. Deficiência de ferro: conseqüências biológicas


e propostas de prevenção. Revista de Ciências Farmacêuticas Básicas e
Aplicadas. 27(2): 103-112.

Zuccone, F.; Strambi, L. 2004. Epidemiology and clinical findings of RLS. Sleep
Medice. 5(3): 293-29

________________________________________________________________
não tenho notas de rodapé

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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Caracterização do Parque Ecologico do Guarapiranga


DIEGO DE QUEIROZ CAMARGO(1)

PAULO AFFONSO(2)(Orientadores)
Ciências Biológicas
INTRODUÇÃO:
Extremamente heterogênea em sua composição, a Floresta Ombrófila Atlântica
cobre um amplo rol de zonas climáticas e formações vegetacionais, de tropicais
a subtropicais. As áreas que a compõem vão desde a planície litorânea, em
quotas zero de altitude até 2.900m acima do nível do mar. O Estado de São
Paulo originalmente possuía aproximadamente 81% de seu território coberto
pela Floresta Ombrófila Atlântica e seus ecossistemas associados. Por conta do
modelo de desenvolvimento, político, econômico e sócio-ambiental e ação
antrópica generalizada a Floresta Ombrófila Atlântica no Estado se restringe a
apenas 8,3% da vegetação nativa. Atualmente, extremamente fragmentada, a
Floresta Ombrófila Atlântica constituem-se um grande mosaico florístico e
fisionômico, formada por trechos de florestas primitivas entremeadas por
florestas secundárias em diversos estádios sucessionais, resultante da
combinação das variáveis ambientais, influência de diversas floras e da ação
antrópica generalizada. A estrutura e a dinâmica de um fragmento florestal
variam em função de uma série de fatores, principalmente ao histórico de
perturbação, a forma e tamanho da área e o grau de isolamento. A conservação
e o uso sustentável dos ecossistemas pressupõe conhecimentos sobre sua
dinâmica funcional, e ecologia de suas populações constituintes, dentre os
aspectos relevantes destaca-se o processo de sucessão que é um mecanismo
de renovação florestal.

OBJETIVO:
O presente trabalho teve como objetivo caracterizar a vegetação do Parque
Ecológico do Guarapiranga bem como discutir aspectos da sucessão
secundária.

METODOLOGIA:
Para a visualização da estrutura fisionômica das florestas o diagrama de perfil,
criado por RICHARDS (1986), é uma técnica utilizada para estudos de
estratificação e diferenças na estrutura entre tipos de florestas. Foram
instalados dois perfis diagrama de 20x5m um em cada área amostral, sendo
área 1 produto de um reflorestamento de espécies e área 2 um remanesceste
natural.

RESUMO:

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Pode-se observar que na área 1 o estrato arbustivo-arbóreo possui arvores com


uma altura média entre 3,5 á 5,5 m, não formando um dossel continuo. A área é
colonizada por espécies pioneiras, onde se destaca a espécie Schinus
terebentifolia, por ter uma grande representatividade no local, não há ocorrência
de lianas e epífitas. O estrato herbáceo é composto por gramíneas e áreas
dispostas á luminosidade. A área 2 possui um dossel contínuo apresenta uma
altura entre 7 e 15m com ocorrência de lianas e espécies de estágios iniciais de
sucessão, sendo que a espécie de maior representatividade foi Dicksonia
sellowiana, ocorrendo em diferentes estratos. O estrato herbáceo é composto
espécies em regeneração, gramíneas, bambu e ervas. Apesar de Schinus
terebentifolia ser uma espécie muito utilizada em programas de recomposição
vegetal não se recomenda sua utilização, pois é uma espécie de
comportamento muito agressivo e quando jovem possui um grande
desenvolvimento de ramos laterais junto ao solo, inibindo o desenvolvimento de
outras espécies. Foi encontrado um numero similar de indivíduos jovens de
Dicksonia sellowiana quando comparado com indivíduos adultos, indicando a
regeneração da espécie no local, sendo esta uma espécie característica da
fisionomia interna da floresta (sub-bosque). A grande ocorrência de lianas se
deve á influencia da borda, onde há entrada de luminosidade e a presença de
indivíduos de alturas variadas permitindo a formação de treliças, nas quais
permite a ascensão das lianas até níveis superiores na floresta auxiliando assim
em seu desenvolvimento em limites ou bordas das clareiras.

CONCLUSÃO:
A composição de espécies da área 1 compreende espécies do grupo ecológico
pioneira, a área apresenta grade dificuldade de regeneração pois apesar da
falta de manejo e monitoramento a área apresenta-se compostas por espécies
que dificultam a colonização de novos indivíduos. A área 2 é representada por
indivíduos de grupos ecológicos pioneiro e secundário, apresenta áreas
perturbadas resultando diversas fitofisionomias e tentativas de regeneração.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
Richards, P.W. 1986. The Nature of Tropical Forest Ecosystems.
________________________________________________________________
Estádio sucessional – cada fase sucessiva de crescimento ou desenvolvimento
de um organismo dentro de um estágio; Sucessão refere-se às alterações
observadas numa comunidade ecológica seguida a uma perturbação
significativa; As comunidades existem num estado de fluxo contínuo. A
sucessão tratada sequencia de mudanças após uma perturbação. O estádio
climáxico seria o último estágio da sucessão. Durante a sucessão as
propriedades biológicas de uma comunidade se alteram a medida que espécies
entram e saem das seres (fases ou etapas).

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CASOS DE DESCOLAMENTO PREMATURO DE PLACENTA DO


HOSPITAL ESCOLA DA FACULDADE DE MEDICINA DA UNISA
DE JANEIRO DE 2007 À DEZEMBRO DE 2007.
FERNANDA SCHENK BERTOLI(1), GRAZIELA CAMPOS OLIVEIRA(2), CASSIANO
COTRIM MARTINS ANDALAFT(3), ERICA MAXIMIANO COSTA(4), BRUNA
LAZZARETTO(5)

MIGUEL ARCANJO PEDROSA(6),MARCELO ALVARENGA CALIL(7)(Orientadores)


Ciências Biológicas
INTRODUÇÃO:
O descolamento prematuro da placenta (DPP), definido como separação da
placenta implantada no corpo do útero, antes do nascimento do feto, em
gestação de 20 ou mais semanas completas, resulta de uma série de processos
fisiopatológicos, muitas vezes de origem desconhecida.
É complicação obstétrica com elevado potencial de morbimortalidade materna e
fetal. Está associada a grande morbidade materna - maior incidência de
anemias, coagulopatias, hemotransfusão, histerectomia e infecções puerperais
– e também representa risco à vida da gestante e do feto. Além disso,
resultados perinatais adversos, com freqüência, acompanham esse diagnóstico,
tais como: prematuridade, baixo peso ao nascer, sofrimento fetal e morte
perinatal.
O diagnóstico e atuação oportuna perante a gestante com hipótese de DPP
melhora o prognóstico materno e fetal. Os riscos maternos associados referem-
se, geralmente, aos seguintes aspectos: perda sanguínea excessiva,
coagulação intravascular disseminada (CIVD), insuficiência renal e morte
materna. Os estudos que analisam os fatores maternos associados ao óbito
fetal em gestações com DPP ressaltam a importância da atuação rápida na
tomada de decisão e preconizam a retirada do concepto, ainda vivo, em período
inferior a 20 minutos.
Em estudos que analisam séries históricas de casos, têm-se verificado
mudanças no perfil de determinados fatores associados ao DPP. A investigação
acurada dessas modificações pode facilitar o acompanhamento das gestantes
de maior risco, proporcionando maior precocidade no diagnóstico, de modo a
favorecer o prognóstico da gestação e diminuir os elevados índices de
mortalidade fetal.

OBJETIVO:
Analisar pacientes com diagnóstico de Descolamento Prematuro de Placenta
que foram atendidas no Hospital Escola da Faculdade de Medicina da UNISA
em determinado período.

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METODOLOGIA:
Estudo retrospectivo através do livro de partos do Hospital Geral do Grajaú no
período de janeiro de 2007 à dezembro de 2007. Foram encontrados e
analisados 25 casos de Descolamento Prematuro de Placenta levando em
conta os seguintes dados: idade, raça, idade gestacional, paridade, fator de
risco e APGAR.

RESUMO:
Incidência de 1,2% de pacientes com DPP no nosso serviço, idade materna
acima de 35 anos 20%, 60% eram da raça negra, 56% multíparas, 40% a
termo. Fatores de risco 48% Sd. Hipertensiva, 24% tabagistas, 4%
apresentavam episódios anteriores de DPP. Apgar de 1º minuto: 40% 0 a 3 e
40% maior ou igual a 7. Ocorre em cerca de 1 em cada 90 gestações,
incidência de 1,1%. Apresenta como principais fatores de risco: idade materna
avançada, multiparidade, distensão uterina, tabagismo; hipertensão crônica ou
gestacional apresentam taxa de incidência de 2,5-17,9%, a história pregressa
de DPP apresenta-se com taxa de recidiva de 10-17%. Há relato de sofrimento
fetal em até 50% dos casos e 15% dos fetos evoluem para óbito.

CONCLUSÃO:
Os dados encontrados no Hospital Geral do Grajaú concordam com a literatura
na maioria dos aspectos e discordam quanto a idade materna (20% acima de
35 anos) e óbito fetal. No presente estudo não foi constado nenhum óbito fetal
nos recém nascidos.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
1. Neme, B. – Obstetrícia Básica; 3ª edição; 2006.
2. Cunningham, Mac Donald, Gant – Williams Obstetrics; 18º edition; Appleton
& Lange.
3. Benzecry, R. – Tratado de Obstetrícia Febrascg; Revinter.

________________________________________________________________
Trabalho realizado pela Disciplina de Obstetrícia da Faculdade de Medicina da
Universidade de Santo Amaro

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CASOS DE TUMOR DE OVÁRIO CONCOMITANTES A


GESTAÇÃO NO PERÍODO DE JULHO DE 2004 A ABRIL DE 2008,
NA FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SANTO
AMARO
FERNANDA SCHENK BERTOLI(1), PRISCILLA SOARES FREIRE(2), CAROLINA KYRIE
OTANI(3), MARCELO FIORE MOUTINHO CAPO(4), SARA SOLDERA MODENEZ(5)

MARCELO ALVARENGA CALIL(6)(Orientadores)


Ciências Biológicas
INTRODUÇÃO:
Os tumores de ovário apresentam incidência relativamente baixa na mulher
jovem. Destacam-se os tumores de origem epitelial e de células germinativas.
Na adulta jovem os tumores de células germinativas ocorrem em maior
frequência, destacando-se os teratomas maduros. Entretanto, há a necessidade
de se excluir o potencial maligno. É o segundo tumor ginecológico maligno na
gestação (um em cada 5.000/10.000 casos). A distribuição dos tumores
ovarianos, durante a gestação, é diferente daquela em mulheres não grávidas.
A s gestante representam um segmento mais jovem da população e, dessa
forma, uma maior incidência de tumores germinativos pode ser esperada;
contudo, os tumores epiteliais permanecem como os mais frequentes. Estudos
retrospectivos de uma série de 40 casos de câncer ovariano e gestação,
documentou-se a maior incidência da linhagem germinativa (45%), epitelial
(37%), estromal (10%). Lesões maiores que 6 cm, lesões com característica
sólida, complexas e septadas devem ser abordadas por via laparotômica. Esta
abordagem deve ser realizada preferencialmente após o início do segundo
trimestre da gestação. O tumor de ovário mais comum na gestação é o
cistodermóide (teratoma). A análise transoperatória de congelação é essencial
para definir a extensão da cirurgia; em caso de doença ovariana benigna, a
exérese do cisto é suficiente; quando tratar-se de doença com citologia maligna,
a cirugia dependerá do tempo de gestação, do tamanho, do tipo do tumor e do
desejo da paciente. A quimioterapia deve ser evitada no início da gestação,
apesar disso o prognóstico não é obscuro pois tratam-se de pacientes, em
geral, jovens.

OBJETIVO:
Avaliar a incidência de tumores de ovário durante a gestação bem como a idade
gestacional no período do diagnóstico e o tipo histológico mais recorrente na
Faculdade de Medicina da Universidade de Santo Amaro.

METODOLOGIA:

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No período de julho de 2004 a abril de 2008, foram avaliados 8188 prontuários,


dos quais 8 apresentaram como diagnóstico principal: gestação e tumor de
ovário. Os critérios pesquisados foram: idade da paciente, paridade, idade
gestacional e tipo histológico do tumor encontrado.

RESUMO:
A incidência de tumor de ovário associado à gestação foi de 0,1%. Do total dos
oito casos estudados, todas as pacientes situavam-se entre a faixa etária dos
26 aos 34 anos; apenas dois casos ocorreram em pacientes primigestas; seis
casos foram diagnosticados e tratados cirurgicamente durante o segundo
trimestre de idade gestacional; um caso ocorreu concomitante a gestação
ectópica e um caso foi resolvido com 34 semanas de gestação devido à
malignidade do tumor. Quanto ao tipo histológico, o tumor mais comum foi o
teratoma cístico benigno, compreendendo cinco casos; houve um caso de
cistoadenoma mucinoso e dois casos de cistoadenocarcinoma seroso de baixo
grau.

CONCLUSÃO:
Conclui-se que a idade gestacional de maior freqüência do diagnóstico dos
tumores de ovário, no presente estudo, foi no segundo trimestre, sendo o tipo
histológico mais encontrado o teratoma cístico benigno, condizente com a
literatura, mostrando a importância do diagnóstico correto para que a conduta
seja a mais adequada para cada caso.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
1. Neme, B. – Obstetrícia Básica; 3ª edição; 2006.
2. Cunningham, Mac Donald, Gant – Williams Obstetrics; 18º edition; Appleton
& Lange.
3. Benzecry, R. – Tratado de Obstetrícia Febrascg; Revinter.

________________________________________________________________
Trabalho realizado pela Disciplina de Obstetrícia da Faculdade de Medicina da
Universidade de Santo Amaro

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Comparação da morfologia do complexo dentário-mandibular da


família Ziphiidae: Chave para sua distribuição no Oceano
Atlântico Sul
FERNANDA GARCIA DRAGAN(1)

MARIO MANOEL ROLLO JUNIOR(2)(Orientadores)


Ciências Biológicas
INTRODUÇÃO:
Zifídeos são cetáceos odontocetos pertencentes à família Ziphiidae e são
animais difíceis de serem estudados por viverem primariamente em águas
profundas e distantes da costa. Por conta disto, não se sabe muito sobre
diversos aspectos de sua fisiologia e ecologia, sendo os dados mais escassos
para as espécies que ocorrem no hemisfério sul. São popularmente conhecidos
como baleias bicudas devido ao seu rostro relativamente alongado, sendo
caracterizados, entre outros elementos, por possuírem de um a dois pares de
dentes, cuja erupção ocorre normalmente apenas em machos adultos. Exceção
feita a espécies Tasmacetus shepherdi que apresenta uma arcada dentária
completa e funcional com uma média de 90 dentes sendo o primeiro par maior,
destacando-se. A posição e formato do dente na mandíbula são elementos
taxonômicos importantes, uma vez que apresentam grande variação entre as
espécies. Das 21 espécies identificadas até hoje em escala global, 11 delas
possuem registros para o Atlântico Sul com representantes de cinco, dos seis
gêneros existentes.

OBJETIVO:
São estas espécies que foram analisadas neste trabalho, cujo objetivo foi
verificar a existência de padrões congruentes para sua distribuição, através da
classificação de modelos mandibulares observados.

METODOLOGIA:
A área estudada foi delimitada pelas coordenadas 70ºW, 20ºE, 60ºS e a linha
do Equador, permitindo uma margem de 1º para todos os limites. Fotografias
das mandíbulas de exemplares das diferentes espécies de Zifídeos disponíveis
na coleção de cetáceos do Instituto Smithsonian (Washington, EUA), que detém
alguns dos exemplares, foram examinadas e distribuídas em três categorias,
baseadas no tipo de inserção dentária, tamanho e espessura da mandíbula,
sendo criada uma codificação para representar as características na tabela. No
caso das espécies com mais de um par de dentes a classificação foi feita
através da observação do maior par. Os dados existentes para cada uma das
espécies registradas no Atlântico Sul de 1892 a 2008, incluindo a posição

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geográfica das localidades, foram tabulados e importados pelo software de


Sistema de Informações Geográficas Quantum GIS 0.11.0. Foi gerado um mapa
que representa a distribuição histórica de registros de Zifídeos no Atlântico Sul.
Em seguida, os campos referentes aos modelos mandibulares foram
relacionados através de procedimentos de consulta boolena e as
recombinações foram plotadas novamente em busca de um padrão.

RESUMO:
A ênfase nos dados esteve para o número de registros de encalhes, muito
superior ao de avistagens a bordo de embarcações e isso deve ser avaliado
com muita cautela. É fato que muitos dos encalhes de cetáceos em geral são
produzidos por deriva dos animais em correntes marítimas. Portanto, os
encalhes podem ocorrer em águas muito distantes das áreas de ocorrência
regular da espécie o que poderia distorcer os resultados obtidos de forma
significativa.

CONCLUSÃO:
Faz-se necessário a incorporação de dados provenientes de registros não
publicados, o que ampliará o escopo do trabalho e permitirá incorporar
informações importantes para a consolidação do conhecimento deste grupo.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
Heyning, J. E. 1989. Curvier’s Beaked Whale Ziphius cavirostris Curvier, 1823.
capítulo 11. IN: Ridgway, S. H.; Harrison, Sir R. Handbook of Marine Mammals.
Vol4. Academic Press: 289-308.
Gales, N.J.: Dalebout, M.L.; Bannister, J. L. 2002. Genetic Identification and
Biological Observation of Tow Free-Swimming Beaked Whale: Hector’s Whales
(Mesoplodon hectori, Gray, 1871), and Gray’s Beaked Whale (Mesoplodon gray,
Von Hasst, 1876). Marine Mammal Science. Vol18(2): 544-551.
________________________________________________________________
Não há notas de rodapé.

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COMUNICAÇÃO COM O ACOMPANHANTE DA CRIANÇA


HOSPITALIZADA
ADRIANA CESAR DE OLIVEIRA SOUZA(1)

LUCIANA NETTO DE OLIVEIRA(2)(Orientadores)


Ciências Biológicas
INTRODUÇÃO:
A comunicação é a base da vida e o enfermeiro um constante comunicador. A
comunicação habilidosa entre enfermeiro e paciente/acompanhante é vista por
muitos como a essência da assistência de enfermagem.(1)
Facilmente se percebe quando a criança está doente: ela torna-se calma e
passiva, chorosa e agarrada aos pais. Esse adoecimento é fonte de ansiedade
para os pais, ansiedade essa que aumenta se ela tiver que ficar
internada.Durante a hospitalização, é fundamental a criança ter junto de si seus
pais ou pelo menos um deles, e receber a visita da família, que tem sua
ansiedade reduzida podendo acompanhar sua criança.(2)
A comunicação eficaz com o acompanhante pode trazer melhoria na qualidade
da assistência de enfermagem prestada a essa criança.(3)

OBJETIVO:
Identificar na bibliografia que a comunicação eficaz com o acompanhante da
criança hospitalizada resulta em qualidade da assistência de enfermagem
prestada a essa criança.

METODOLOGIA:
Trata-se de um estudo de revisão bibliográfica envolvendo comunicação e seus
processos utilizados pelos enfermeiros, a situação da criança hospitalizada e
seu acompanhante. Os descritores: comunicação em enfermagem, criança
hospitalizada e acompanhante foram levantados em base de dados e
bibliotecas da área de saúde: BIREME estando nela compreendidas a LILACS e
SCIELO.
Vale destacar que, embora na área de comunicação haja muita pesquisa, de
uma maneira geral os artigos abordam diferentes aspectos, o que faz com que
diminua a relação existente entre os descritores utilizados.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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RESUMO:
Todo ser humano tem a capacidade de se comunicar, o que diferencia essa
capacidade de comunicação é a sua qualidade. A qualidade da comunicação
compromete significativamente as relações e seus resultados.No ambiente
hospitalar não é diferente: esse processo media toda a ação do enfermeiro e
propicia o estabelecimento de um relacionamento efetivo.(1)
A comunicação pode ser verbal e refere-se às palavras expressas por meio de
fala ou escrita; ou não verbal que não está associada às palavras e ocorre por
meio de gestos, silêncio, expressões faciais e corporais.(2)
Para que o processo de comunicação exista são necessários alguns elementos
e existem estratégias que podem ser utilizadas na interação interpessoal,
facilitando o processo terapêutico e o alcance da excelência do atendimento.
Comunicação, saúde e enfermagem andam juntas e quando eficazes resultam
em assistência de qualidade.(1)
A criança hospitalizada vivencia experiências dolorosas e desagradáveis, em
ambiente estranho e muitas vezes agressivo, o que repercute no seu
desenvolvimento psicossocial e intelectual, caracterizando uma situação de
crise.(3)
É direito da criança ter um acompanhante durante a sua hospitalização. É
fundamental a criança ter junto de si seus pais ou pelo menos um deles, e
receber a visita da família. Isto pode lhe garantir uma forma de proteção e
amparo, minimizando o estresse da hospitalização e resguardando seu
referencial de família, sua identidade e lembranças da sua vida fora do hospital.
Também para a família, reduz a ansiedade de ter um ente, às vezes tão
pequeno, internado.Os pais podem ficar ansiosos ou mais calmos,mas quando
os pais estão devidamente informados sobre a hospitalização e procedimentos
realizados com seus filhos, estão mais capacitados para superar a experiência
da hospitalização, acompanham de perto a criança e fazem mais perguntas
sobre a doença e os procedimentos. Quando esse processo é percebido pelo
enfermeiro, a criança é beneficiada.(2)

CONCLUSÃO:
Uma das principais competências do enfermeiro é o gerenciamento da
assistência de enfermagem e, para que esse papel seja desempenhado, é
imprescindível o conhecimento da importância da comunicação eficaz bem
como a sua prática. Não há como oferecer uma boa assistência de enfermagem
se não houver uma boa comunicação. É reconhecida a importância do
conhecimento dos processos de comunicação e o desenvolvimento deles para
a prática da Enfermagem.(1,2,3)
Diante do estudado pode-se considerar que a comunicação só se tornará
terapêutica quando houver da parte da Enfermagem além de compreensão,

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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aceitação, honestidade, confiança e compromisso, o firme propósito de


reconhecer e aplicar a importância das estratégias e componentes básicos da
comunicação.
Somente será possível ajudar a criança e acompanhante nesse processo de
hospitalização se o enfermeiro estiver disposto a ouvir reflexivamente e
entender a realidade de cada um, respeitando em cada criança/acompanhante
sua forma de conhecer, perceber, sentir e reagir diante das situações
inesperadas, e com certeza, a hospitalização de uma criança é uma dessas
situações.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
1. FERREIRA, M.A. A comunicação no cuidado: uma questão fundamental na
enfermagem. Revista Brasileira de Enfermagem 2006; 59(3): 327-30
2. GOMES, I.L.V. A criança hospitalizada: seus direitos e as relações
interpessoais no cuidado e tratamento: caminho e descaminhos. Rio de Janeiro,
2006
3. GUARESCHI, A.P.D.F.; MARTINS, L.M.M. Relacionamento Multiprofissional
X Criança X Acompanhante: desafio para a equipe. Revista Escola de
Enfermagem USP. São Paulo, 1997. 31(3): p.423-36

________________________________________________________________
1 Graduanda do 8º. Semestre da Faculdade de Enfermagem da Universidade
de Santo Amaro, e-mail: adrianacesar@hotmail.com
2 Orientadora, enfermeira, professora assistente da Disciplina de Enfermagem à
Criança Hospitalizada e da Disciplina Terapias Complementares da Faculdade
de Enfermagem da Universidade de Santo Amaro. Especialista em Pediatria e
Puericultura pela Escola Paulista de Medicina, atual UNIFESP, e-mail:
lunettoli@globo.com

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Constatação de fungos em plantas medicinais vendidas como


chás
MICHELE PEREIRA SILVA(1)

OLGA MARIA RIPINSKA RUSSOMANNO(2)(Orientadores)


Ciências Biológicas
INTRODUÇÃO:
As plantas medicinais são comumente empregadas pelo ser humano na
recuperação da saúde, como prevenção de doenças e males que o acometem.
Essas plantas também são utilizadas na indústria farmacêutica e cosmética,
participando da composição de xaropes, tinturas, pomadas, xampus, sabonetes
e perfumes, entre outros. Podem ser vendidas comercialmente na forma de
sachês e utilizadas no preparo de chás, tão apreciados pela maioria da
população. Porém, associados ao material vegetal que foi processado para a
elaboração desses sachês, podem ser encontrados fungos fitopatogênicos e
produtores de micotoxinas, alguns deles prejudiciais à saúde humana.

OBJETIVO:
Empregando-se duas metodologias diferentes, o presente trabalho teve como
objetivo efetuar o levantamento de fungos ocorrentes em 57 amostras de
plantas medicinais, pertencentes a 11 marcas diferentes e vendidas
comercialmente na forma de sachês.

METODOLOGIA:
Os chás escolhidos para o experimento foram: boldo do chile, camomila, capim-
limão, carqueja, chá-mate, chá-verde ou chá-preto, erva-doce, falso-boldo,
hortelã japonesa, hortelã pimenta.
A primeira metodologia utilizada no experimento foi o método do papel de filtro
(Blotter Test). Em câmara de fluxo laminar, pequenas porções do material
vegetal contido nos sachês foram dispostas em placas de Petri de plástico
contendo três folhas de papel de filtro umedecidas com água destilada estéril.
Foram preparadas 10 repetições para cada amostra. As placas foram fechadas
com papel filme e colocadas em câmara de temperatura tipo BOD, à
temperatura de 24oC e alternância de luz branca e escuro de 12 em 12 horas.
Após sete dias, as placas foram visualizadas em microscopia estereoscópica,
complementada por microscopia óptica, para reconhecimento dos fungos. Na
identificação dos fungos utilizou-se literatura especializada (BARNETT &
HUNTER, 1987). A segunda metodologia utilizada foi o processo de infusão ou
preparo do chá. Um béquer contendo 200 mL de água de torneira foi levado ao
forno microondas e fervido por cinco minutos até atingir o ponto de ebulição.
Adicionou-se um sachê de uma das amostras, deixando em repouso por dez

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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minutos, tomando-se o cuidado de tampar o recipiente. Após esse período, em


câmara de fluxo laminar, foram retirados 3 mL do líquido e colocados em placas
de Petri de plástico contendo meio BDA (batata-dextrose-ágar). O
espalhamento do líquido nas placas foi realizado com o uso de uma alça de
Drigalski de vidro. Foram preparadas 10 repetições para cada amostra. As
placas foram fechadas com papel filme e dispostas em câmara de temperatura
tipo BOD à temperatura de 24oC e alternância de luz branca e escuro de 12 em
12 horas por sete dias. Após esse período, realizou-se a identificação dos
fungos utilizando-se microscopia óptica e estereoscópica e ainda literatura
especializada (BARNETT & HUNTER, 1987).

RESUMO:
Pelo “Botter Test”, maiores porcentagens de ocorrência foram para Rhizopus
sp. (71,9 %) e Aspergillus sp. (50,9 %), presentes em todas as amostras
analisadas. Aspergillus flavus, produtor da toxina aflatoxina, esteve presente em
23 amostras analisadas, numa porcentagem de 40,4%; Aspergillus niger foi
encontrado em 35 amostras, numa porcentagem de 61,4 %; Penicillium sp. foi
detectado em 28 amostras, numa porcentagem de 49,1%. Em experimento
semelhante, RUSSOMANNO et al. (2007), ao analisarem plantas
condimentares e aromáticas desidratadas, constataram a presença de diversos
fungos produtores de toxinas nesses materiais, entre eles Aspergillus flavus,
Aspergillus niger, Penicillium sp. e Fusarium moniliforme. No processo de
infusão, maior ocorrência deveu-se a Penicillium sp., presente em 9 amostras
analisadas, numa porcentagem de 15,7%. Pelos resultados obtidos, pode-se
comprovar que o processo de infusão levou a uma diminuição da ocorrência de
fungos nos chás analisados. Entretanto, pode ter havido uma interferência das
ondas eletromagnéticas do forno microondas no processo de esterilização. Em
experimento realizado por ARAÚJO & CHAVASCO (1998), comprovou-se que o
forno de microondas esterilizou adequadamente tubos de vidros que foram
contaminados com amostras microbianas de bactérias, pois após terem sido
colocados em meio de cultura não foi apresentado nenhum crescimento
bacteriano.

CONCLUSÃO:
Pelos experimentos realizados, pode-se observar que os chás vendidos
comercialmente na forma de sachês apresentam altas porcentagens de
ocorrência de fungos produtores de toxinas e, portanto, são necessárias
melhorias na qualidade de secagem e armazenamento dessas plantas. Embora
o processo de infusão tenha trazido resultados satisfatórios, concluindo que o
ponto de ebulição da água elimina em grande parte os fungos presentes nos
sachês, novas pesquisas devem ser realizadas utilizando-se a fervura da água

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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em fogão comum ou bico de Bunsen.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
ARAÚJO, V.G. & CHAVASCO, J. K..1998. Avaliação da esterilização de tubos
de vidro em forno microondas. R. Un. Alfenas. 4: 25-26.

BARNETT, H.L. & HUNTER, B.B.. 1987. Illustrated Genera of Imperfect Fungi.
4ª edição. Macmillan Publishing Company. New York. 218 p.

RUSSOMANNO, O.M.R.; KRUPA, P.C; SILVA, M.P.; CARVALHO, A.M. &


ARAÚJO, R.C.C..2007. Ocorrência de fungos em condimentos comercializados
como plantas desidratadas. Jornada Paulista de Plantas Medicinais: 139.

________________________________________________________________
palavras chaves : micotoxinas; sachês; fungos fitopatogênicos; Aspergillus
flavus.

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Controle de Solenopsis saevissima (F. Smith, 1855) com óleos


essenciais de Eucalyptus citriodora Hook., E. globulus Labill. e
E. staigeriana
VANESSA ANACLETO SILVA(1)

JOAO JUSTI JUNIOR(2)(Orientadores)


Ciências Biológicas
INTRODUÇÃO:
A ordem Hymenoptera é talvez, do ponto de vista humano, a mais útil dentro da
classe dos insetos, contendo numerosos organismos predadores ou parasitos
de muitos insetos daninhos e também os mais importantes na polinização das
flores. Dentro dos Hymenoptera está a família Formicidae, que está dividida em
7 subfamílias, dentre elas a subfamília Myrmicinae que é a maior e mais comum
subfamília de formigas e onde se encontra a Solenopsis saevissima. Encontra-
se em todo o território brasileiro principalmente na bacia Amazônica. São
altamente agressivas, pois quando perturbadas injetam no agressor um veneno
dolorido através do ferrão, causando sérias feridas, febres, alergia, tremores,
podendo chegar até choques anafiláticos. Sua proliferação é um grande
problema de saúde pública, onde estudos mostram que 1/3 das alergias
registradas na clínica do Hospital das Clínicas de São Paulo são ocasionadas
pelo contato com formigas. Os extratos vegetais são inseticidas naturais,
obtidos da várias partes de diferentes tipos de plantas e que causam pouco ou
nenhum impacto no ambiente. A busca para novos inseticidas, e a grande
variedade de substâncias presentes na flora continua sendo um atrativo para o
controle de insetos (VIEIRA & FERNANDES, 1999). O óleo essencial do
Eucalyptus é um poderoso anti-séptico natural, podendo ser eficaz contra uma
série de infecções bacterianas e viróticas. Óleos essenciais são misturas
complexas de substâncias lipofílicas, voláteis, líquidas e odoríferas (SIMÕES &
SPITZER, 1999). É uma planta preciosa destancando-se pela sua importância,
tanto do ponto de vista econômico quanto de suas propriedades medicinais.
Estão cientificamente aprovadas para serem utilizadas pela população nas suas
necessidades básicas de saúde pela facilidade de acesso e do baixo custo
(MARTINS et al., 2003).

OBJETIVO:
O presente trabalho teve por objetivo avaliar a atividade inseticida por contato,
dos óleos essenciais de Eucalyptus citriodora Hook, E. globulus Labill e E.
staigeriana em operárias e soldados de Solenopsis saevissima.

METODOLOGIA:

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Operárias e soldados de Solenopsis saevissima coletadas nos formigueiros do


Instituto Biológico de São Paulo foram mantidas em uma bandeja em uma sala
com temperatura variando de 25º a 30ºC. Os óleos de Eucalyptus. staigeriana,
E. citriodora e E. globulus foram adquiridos comercialmente. Os ensaios foram
realizados utilizando-se a técnica de impregnação de papel de filtro com 7 cm
de diâmetro. Foram feitas 4 parcelas, nas quais cada papel recebeu uma
alíquota de 1,0 mL dos óleos essenciais a 10, 5, 2,5, 1,25 e 0,625%. Para evitar
perdas dos produtos por contato, os discos de papel foram apoiados sobre as
pontas de 4 alfinetes, tendo por base uma pequena rolha. Após um breve
período de secagem, os discos de papel foram transferidos para placas de
Petri. Para o confinamento dos insetos, obrigando-os ao contato direto com as
superfícies tratadas, foram empregados anéis de vidro com 4,5 cm de diâmetro
x 2,5 cm de altura, impregnados com fluon nas paredes internas impedindo que
as formigas subam pelas mesmas. Cada parcela foi constituída de 25 insetos.
Para avaliar as respostas fisiológicas, foi adotado o critério de mortalidade
acumulada após 24 horas de exposição. Insetos fortemente intoxicados foram
considerados mortos.

RESUMO:
No experimento verificou-se que o óleo de Eucalyptus. citriodora Hook.
apresentou uma mortalidade de cerca de 100% após a primeira hora do
experimento em sua maior concentração (10%). O óleo de Eucalyptus. globulus
Labill., apresentou, após a primeira hora, uma mortalidade de 100% em sua
maior concentração, mas uma mortalidade baixa após 24h, com apenas 50%. O
óleo de Eucalyptus. staigeriana, diferente dos anteriores, apresentou uma alta
mortalidade, de 100% logo na primeira hora após o experimento em suas
maiores concentrações (10, 5 e 2,5%) e com uma mortalidade de 20% nas
menores concentrações após 24h.

CONCLUSÃO:
Os óleos “essenciais” de Eucalyptus, Eucalyptus citriodora Hook., E. globuluis e
E. staigeriana podem ser utilizados como um inseticida em Solenopsis.
saevissima, visto que sua ação sobre a mesma conseguiu eliminar uma
quantidade significativa do inseto. Pode ser uma nova técnica de eliminação da
praga evitando e/ou diminuindo os problemas de saúde pública.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
VIEIRA, C. P.; FERNANDES, B.J. Plantas inseticidas. In: SIMÕES C. M. et al.
(Org) Farmacognosia – da planta ao medicamento. Porto Alegre/Florianópolis:
UFRGS/UFSC, 1999. p. 739-754
MARTINS, E. R.; CASTRO, .D. M.; CASTELLANI, D. C.; DIAS, J. E. Plantas
Medicinais. 5ª reimpressão, editora UFV, Universidade Federal de Viçosa, 2003.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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p. 15-183
SIMÕES, C. M. O.; SPITZER, V. Óleos voláteis. In: SIMÕES, C. M. O. et al.
Farmacognosia da planta ao medicamento. Porto Alegre/Florianópolis: Editora
da UFRGS/Editora da UFSC, 1999. p. 387-416

________________________________________________________________
Solenopsis saevissima; Eucalyptus spp; óleos essenciais; controle.

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Epidemiologia dos acidentes ofídicos causados por serpentes


não-peçonhentas no Brasil
CAMILA OLIVEIRA BIGELLI(1)

ELIANA DE OLIVEIRA SERAPICOS(2)(Orientadores)


Ciências Biológicas
INTRODUÇÃO:
Os acidentes ofídicos têm importância médica devido a sua grande freqüência e
gravidade. Enquanto os acidentes causados por serpentes peçonhentas têm
sido considerados um problema de saúde pública no Brasil, os acidentes
causados por serpentes não-peçonhentas, são poucos estudados. Cerca de
40% dos acidentes ofídicos registrados no Hospital Vital Brazil, em São Paulo,
são causados por serpentes não-peçonhentas, principalmente pela Família
Colubridae e algumas da Família Boidae. Os acidentes causados por
colubrídeos como Philodryas olfersii tiveram manifestações clínicas
semelhantes ao acidente botrópico. Os acidentes foram tratados com soro
antiofídico, porém nem sempre o resultado desse tratamento é eficaz, podendo
desencadear reações alérgicas e agravar o quadro clínico do paciente. Através
deste estudo foi possível traçar um perfil epidemiológico dos acidentes
causados por serpentes não-peçonhentas, apresentando o perfil dos pacientes,
a ocorrência dos acidentes e as principais serpentes causadoras, evidenciando
assim, os reais perigos das serpentes consideradas não-peçonhentas.

OBJETIVO:
Este trabalho teve como objetivo traçar um perfil epidemiológico dos acidentes
ofídicos causados por serpentes não-peçonhentas no Brasil, listando as
serpentes causadoras e traçando o perfil dos pacientes, através de uma análise
bibliográfica.

METODOLOGIA:
Para a realização deste trabalho foram realizadas pesquisas bibliográficas em
diversas bibliotecas de Instituições de Ensino e/ou Pesquisa, consultas a sites
de publicações científicas, dados do Ministério da Saúde e anais de
congressos.
Os dados obtidos foram tabulados e analisados de acordo com os objetivos
propostos.

RESUMO:
Os dados como idade e sexo da vítima, região anatômica acometida, sintomas,
tratamento realizado, evolução do caso e serpente causadora foram analisados

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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em 141 acidentes relatados na literatura.


As vítimas do sexo masculino foram predominantes, representando 73,1% dos
casos. A faixa etária entre 10 e 39 anos de idade prevaleceu, fato que está
relacionado com a maior atividade no campo, facilitando o contato com as
serpentes. Os membros inferiores foram acometidos em 43,3% dos casos, pois
as pessoas não utilizavam equipamentos de proteção individual adequados
para exercer as suas atividades.
Mais de um sintoma foram apresentados pelos pacientes, dentre os quais foram
dor (80,1%), edema (68,8%), sangramento (14,2%) e inchaço (13,5%). Os
pacientes foram tratados sintomaticamente (89,4%), porém alguns receberam
tratamentos diferenciados como administração de soro antiofídico (4,3%),
antihistamínico (2,1%) e analgésico (2,1%). Os dados de literatura indicam que
os pacientes que recebem o soro antiofídico também devem receber tratamento
com antihistamínico, devido à possibilidade de ocorrência de uma reação
alérgica.
Os casos analisados tiveram evolução clínica semelhante, apresentando
aumento do edema, mas todos obtiveram uma redução da sintomatologia
dentro de um curto período de tempo sem deixar seqüelas. Os casos mais
graves que desenvolveram infecções posteriores foram decorrentes dos
cuidados inadequados das lesões no local da mordida.
A espécie responsável pela maior incidência de acidentes foi Philodryas olfersii
acometendo 56 acidentes.
O envenenamento por Philodryas olfersii pode ser confundido com o botrópico,
pois os sintomas e as ações hemorrágica e proteolítica do veneno são
semelhantes. O que diferencia esses dois acidentes é que o envenenamento
causado por Philodryas olfersii apresenta apenas ação local e não sistêmica
como os acidentes botrópicos. Este fato justifica a não utilização de soro
antibotrópico em acidentes por esses colubrídeos, sendo uma característica
importante na diferenciação dos acidentes causados por serpentes
peçonhentas. Através desta análise pode-se dizer que os dados sobre os
acidentes botrópicos, podem não ser reais, pois a semelhança com o acidente
de Philodryas olfersii e a dificuldade dos profissionais para a identificação dos
sintomas e das serpentes, pode acarretar erro de notificação.

CONCLUSÃO:
Podemos concluir que embora o número de acidentes causados por serpentes
não-peçonhentas seja elevado, ainda não se conhece a dimensão desses
acidentes. Não se pode certificar que os números notificados são realmente os
ocorridos. Deste modo, os dados informados não refletem a realidade do país
em relação a esses acidentes, dificultando assim, o controle e a prevenção dos
acidentes ofídicos. Contudo, as informações obtidas contribuem para a

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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construção de um perfil epidemiológico dos acidentes causados por serpentes


não-peçonhentas no Brasil, mostrando que a maioria das vítimas é do sexo
masculino, na faixa etária de 10 a 39 anos, acometidos nos membros inferiores,
apresentando como principais sintomas dor e edema e recebendo um
tratamento sintomático.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
ARAÚJO, F.A.A.; SANTALÚCIA, M. & CABRAL, R.F. 2003. Epidemiologia dos
Acidentes por Animais Peçonhentos. Cap:2. In: CARDOSO, J.L.C.; FRANÇA,
F.O.S.; WEN, F.H.; MÁLAQUE, C.M.S. & HADDAD JUNIOR, V. Animais
peçonhentos no Brasil: biologia clínica e terapêutica dos acidentes. Savier
FAPESP; p: 6-10. São Paulo.
MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2001. Fundação Nacional da Saúde. Manual de
diagnóstico e tratamento de acidentes por animais peçonhentos. 2ª edição.
112p. Brasília.
PUORTO, G. & FRANÇA, F.O.S. 2003. Serpentes não-peçonhentas e aspectos
clínicos dos acidentes. Cap:10. In: CARDOSO, J.L.C.; FRANÇA, F.O.S.; WEN,
F.H.; MÁLAQUE, C.M.S. & HADDAD JUNIOR, V. Animais peçonhentos no
Brasil: biologia clínica e terapêutica dos acidentes. Savier FAPESP; p: 108-114.
São Paulo.

________________________________________________________________
Palavras chaves: epidemiologia; acidentes ofídicos; Colubridae; Serpentes

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estudar o potencial antimicrobiano de extratos etanólicos de


folhas de Piper spp (L) (Piperaceae)
RODRIGO SILVA MACEDO(1)

MARCO AURELIO SIVERO MAYWORM(2)(Orientadores)


Ciências Biológicas
INTRODUÇÃO:
Desde os primórdios, comunidades em todo o planeta recorriam as plantas para
solucionar suas enfermidades. Datavam que há 4.000 anos A.C., tinha-se
indícios do uso de Papaver somniferum e Filipendula ulmaria para amenizar a
dor das mulheres no parto. Povos da Grécia e Roma antigas já tinham
conhecimento dos efeitos farmacológicos de Atopa belladona L., para fins
sedativos e até mesmo envenenamento. Ainda na Idade Média utilizavam-se
belladona como alucinógeno aproveitando de seus efeitos de sono profundo e
amnésia, e os egípcios utilizavam Digitalis purpurea L. como diuréticos. Na
América do Sul, indígenas confeccionavam flechas com efeitos paralisantes
através de Chondodrendon tomentosum Ruiz., e missionários espanhóis
enviados na expedição de povoar a América, descobriram e divulgaram por
toda a Europa, os efeitos antimaláricos de Chichina. (HOSTETTMANN et al,
2003).
Os compostos vegetais são agrupados em metabólitos primários e secundários.
Metabólitos primários são de grande importância fisiológica, por participarem
ativamente do metabolismo. Metabólitos secundários são compostos
elaborados a partir da biossíntese dos compostos primários e que apresentam
grande importância ecológica para o vegetal, pois podem atuar na atração de
polinizadores, representar defesas químicas contra estresse ambiental, ou
ainda atuar na defesa do vegetal contra outras plantas, microorganismos,
insetos ou outros predadores (BALADRIN et al., 1995).
Três séculos passaram desde que os primeiros microorganismos foram
observados, e hoje sabe-se que eles estão em todos os ambientes,
apresentando uma importante função e contribuição à natureza, pois além de
contribuírem para o equilíbrio ecológico através dos ciclos biológicos, se
associam com outros organismos vivos, como plantas, animais e o homem,
podendo fazer parte da sua microbiota, ou ainda serem causadores de doença
(KONEMAN et al., 2001)
NASCIMENTO et al., (2000) avaliaram a atividade antimicrobiana de extratos
vegetais frente a microorganismos sensíveis e resistentes a antibióticos. Foram
utilizadas 14 amostras de microrganismos: uma levedura (Candida albicans),
cinco bactérias sensíveis (Staphylococcus aureus, Salmonella choleraesuis,
Pseudomonas aeruginosa, Bacillus subtilis, Proteus spp ) e oito bactérias
resistentes a antibióticos isoladas de ambiente hospitalar (duas amostras

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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diferentes de Klebsiella pneumoniae, Shigella spp, Proteus spp, Pseudomonas


aeruginosa, Enterobacter aerogenes, Escherichia coli e Staphylococcus
aureus). O maior potencial antimicrobiano foi verificado para os extratos de
cravo e jambolão que inibiram, respectivamente, 64,2 e 57,1% dos
microrganismos, inclusive com maior atividade sobre os microrganismos
resistentes a antibióticos (83,3%).
Piperaceae é uma família bastante comum nas formações florestais brasileiras,
particularmente na mata atlântica, onde as espécies de Piper são pequenos
arbustos ou árvores, sublenhosos, facilmente reconhecidas mesmo em estado
vegetativo, pela presença de nós foliares geniculados e folhas geralmente
alternas. No estado reprodutivo, encontra-se inflorescência do tipo espiga ou
racemo. Seus frutos são bagas ou drupas. Pertencem a esta família algumas
plantas utilizadas como medicinais: o falso-jaborandi (Piper spp.), além de
plantas utilizadas como condimentos, como a pimenta-do-reino (Piper nigrum).
Inclui até oito gêneros e aproximadamente 2000 espécies. No Brasil, ocorrem
cinco gêneros e aproximadamente 500 espécies (SOUZA & LORENZI, 2005).
Ao redor do mundo, são utilizadas contra pragas, plantas pertencentes à família
Piperaceae. Na amazônia, Piper rotundistipulum Trel & Yunck. é usado como
inseticida e veneno de peixe, enquanto em regiões da África, Piper guineense
Schumack & Thonn. e Piper nigrum são utilizadas como inseticida e
moluscicida. Comunidades indígenas da América Central e no noroeste da
bacia amazônica usam folhas de Piper para prevenir malária e piolho
(BERNARD et al., 1995).

OBJETIVO:
O objetivo deste trabalho foi estudar o potencial antimicrobiano de extratos
etanólicos de folhas de Piper xylosteoides (Kunth) Steud, Piper richardiifolium
(Kunth) e Piper mollicomum (Kunth) (L).

METODOLOGIA:
Coleta das amostras vegetais
Foram coletadas amostras de folhas em área preservada do município de São
Paulo, e amostras testemunhas foram depositadas no herbário UNISA.

Amostras microbianas
Foram adquiridas através do Instituto Adolfo Lutz (IAL) e isolados clínicos
obtidos do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB/USP) e do Hospital Geral do
Grajaú – UNISA (HGG/UNISA).

Produção de extratos
Amostras de folhas foram fragmentadas e submersas em etanol P.A. Cada

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amostra foi agitada diariamente, sendo o solvente trocado a cada sete dias.
Após duas extrações, as folhas foram maceradas, e mantidas em etanol P.A.,
por um período de tempo necessário para a extração de compostos. Todas as
extrações foram feitas à temperatura ambiente, protegidas de luz, e os
solventes contendo as substâncias extraídas, foram reunidos constituindo o
extrato bruto etanólico. Os extratos foram concentrados, sob pressão reduzida
em rotaevaporador a 35ºC, a fim de obter soluções com concentrações a 1%,
sendo armazenados entre 2 a 6° (BERNARD et al., 1995 – modificado).

Teste de ação antimicrobiana


Os bioensaios de ação antimicrobiana foram realizados sobre dez cepas
microbianas e através do método de macrodiluição em caldo, utilizando-se
concentrações exponenciais dos extratos (8 a 2048 µg/ml).
Os testes de atividade antimicrobiana foram desenvolvidos segundo o método
de macrodiluição em caldo (SUTTER et al., 1979 – modificado). Os testes serão
realizados em duplicata e mantidos em estufa a 37°C por 24 horas. Quatro
tubos foram utilizados como controle, sendo dois negativos (tubos somente com
meio de cultivo e outro tubo com meio de cultivo e 100µL de extrato) e dois
controles positivos (tubo com meio de cultivo e 100µL de inoculo e o outro tubo
com meio de cultivo, 100µL de inoculo e 100µL de solvente). A Concentração
Inibitória Mínima (CMI) foi dada pela primeira concentração onde houver
inibição do crescimento microbiano.
As concentrações que inibiram o crescimento dos microorganismos foram
semeadas em ágar Mueller Hinton e incubadas em estufa por 24 horas a 37°C,
o mesmo acontecerá a C. albicans, sendo utilizado o Agar BHI. A Concentração
Microbicida Mínima (CMM) foi dada pela primeira concentração de extrato que
não houve crescimento em placa.

RESUMO:
Aqui verifica-se os resultados de Concentração Inibitória Mínima (CIM) e
Concentração Microbicida Mínima (CMM), a partir de extratos etanólicos de
Piper richardiifolium, Piper xylosteoides e Piper mollicomum utilizando-se suas
folhas, sobre cepas de bactérias e fungos. Em análise comparativa, as inibições
mais efetivas foram observadas no extrato de Piper mollicomum sobre B.subtilis
(128µg/mL), P. aeruginosa, S. pyogenis e C. albicans (256µg/mL); e no extrato
de P. richardiifolium sobre P. aeruginosa (256µg/mL). O menor valor de morte
foi observado no extrato de Piper sp sobre Bacillus subtilis e Candida albicans
(256µg/mL).
No extrato de Piper mollicomum, B. subtilis obteve a menor CIM e CMM, sendo

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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128µg/mL e 256µg/mL respectivamente. C. albicans, S. pyogenis e P.


aeruginosa obtiveram resultados expressivos com 256µg/mL de CIM. S.
Typhimurium apresentou Concentação Inibitória Mínima de 512µg/mL. O extrato
teve potencial microbicida sobre as cepas a 256µg/mL em B. subtilis e C.
albicans, 512µg/mL sobre S. pyogenis, e acima de 1024µg/mL nas outras cepas
testadas.
Ao extrato de Piper richardiifolium, apenas P. aeruginosa apresentou CIM de
256µg/mL. Klebsiella pneumoniae, Streptococcus pyogenis, Bacillus subtillis,
Staphylococcus aureus e Candida albicans tiveram seu crescimento inibido
quando em contato com o extrato na concentração de 512µg/mL. E. coli, E.
faecalis, P. mirabilis e S. Typhimurium apresentaram CIM a partir de
1024µg/mL. S. aureus, C. albicans, S. pyogenis e B. subtilis, tiveram as
menores Concentrações Microbicida Mínima com 512µg/mL.
Piper xylosteoides em seu extrato apresentou as menores Concentrações
Inibitórias Mínima a 512µg/mL sobre K. pneumoniae, S. aureus, B. subtillis, P.
aeruginosa, S. pyogenis e S. Typhimurium. Obteve menor CMM sobre
Streptococcus pyogenis e Pseudomonas aeruginosa (512µg/mL) e acima de
1024µg/mL sobre as outras cepas.

CONCLUSÃO:
Os três extratos testados apresentaram atividade antimicrobiana contra todas
as cepas utilizadas.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
BALADRIN, M. F,; KLOKE, J.A; WURTELE, E.S. & BOLLINGE, W.H. 1985.
Natural plant chemicals: Source of industrial and medicinal materials. Science
228: 1054-1060.

BERNARD, C. B.; KRISHNAMURTY, H. G.; CHAURET, D.; DURST, T.;


PHILOGENE, B. J. R.; SANCHEZ-VINDAS, P.; HASBUN, C.; POVEDA, L. SAN
ROMAN, L.; ARNASON, J. T.; 1995. Inseticidal defenses of Piperaceae from the
neotropcs. J. Chem. Ecol. 21: 801-815.

HOSTETTMAN, K; QUEIROZ, E. F. & VIEIRA, P. C.; 2003. Princípios ativos de


plantas superiores. Edufscar. São Paulo.

KONEMAN, E. W.; ALLEN, S. D.; JANDA, W. M. SCHRECKENBERGER, P. C.


& WINN, W. C. J. 2001. Diagnóstico microbiológico: texto e atlas colorido. Medsi
Editora Médica e Científica. Rio de Janeiro.

NASCIMENTO, G. G. F.; LOCATELLI, J.; FREITAS, P. C.; SILVA, G. L.; 2000.


Antibacterial activity of plant extracts and phytochemicals on antibiotic-resistant

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UNISA - Universidade de Santo Amaro

bactéria. Brazilian Journal of Microbiology. Vol.31 no.04.

SOUZA, V.C & LORENZI, H. Botânica sistemática. Guia ilustrado para


identificação das famílias de angiospermas da flora brasileira, baseado em APG
II. 2005. Instituto Plantarum de estudos da flora LMTD.

SUTTER, V. L.; WILKINS, T. D. & ZABRANSKY, R. J. 1979. Collaborative


evaluation of proposed reference diluition method of susceptibility testing of
anaerobic bacteria. Antimicrobial Agents Chemotherapy 16: 495-502.

________________________________________________________________
Apoio: Unisa

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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Estudo do comportamento social de primatas do gênero Ateles


(E. Geoffroyi, 1806 Atelidae - Primates) em condições de
cativeiro na Fundação Parque Zoologico de Sao Paulo
FABIANA ALVES DA SILVA(1)

Ciências Biológicas
INTRODUÇÃO:
O comportamento relaciona as reações de um animal ao ambiente em que está
inserido e que influencia fortemente no seu comportamento, este é o resultado
da seleção natural e de adaptações ao meio. Fatores genéticos contribuem
para expressão do comportamento animal e estes podem ser divididos em
reflexos, instinto ou aprendizagem. Durante muito tempo o estudo do
comportamento animal foi deixado em segundo plano, porém nos dias atuais
muitas áreas do conhecimento interessam-se por este tema. Quando nos
referimos à interação de dois ou mais indivíduos falamos sobre comportamento
social, que surge a partir de uma pressão ambiental com o objetivo de preservar
a espécie. Os primatas possuem uma organização social que varia bastante
refletindo um comportamento flexível comum dentro desse grupo, além de
possuírem um alto nível de comunicação. A maior vantagem ao realizar estudos
com primatas é que estes se adaptam facilmente a presença de humanos
facilitando a coleta de dados. O estudo torna-se importante para contribuir com
dados relacionados ao conhecimento biológico e comportamental das espécies,
principalmente em relação àquelas ameaçadas.Os macacos do gênero Ateles
pertencem à Infra-ordem dos Platyrrhini, Família Atelidae e estão entre os
maiores das Américas. Conhecidos popularmente como macaco-aranha ou
coatá, no Brasil existem quatro espécies: Ateles chamek, Ateles paniscus,
Ateles belzebuth e Ateles marginatus, estando as duas últimas na Lista
Nacional das Espécies da Fauna Brasileira Ameaçadas de Extinção.

OBJETIVO:
O presente trabalho tem por objetivo principal estudar o comportamento social
de três espécies de macaco-aranha mantidos em condição de cativeiro na
Fundação Parque Zoológico de São Paulo. Qualificar e quantificar os atos
comportamentais relacionados às interações sociais; comparar as freqüências
para cada padrão de comportamento; comparar estatisticamente os dados
considerando duas variáveis: condições climáticas e presença de visitantes;
relatar se há influência das variáveis nas interações entre os indivíduos; e
assim, contribuir com dados para o estudo dos aspectos relacionados ao
conhecimento biológico e comportamental das espécies observadas.

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METODOLOGIA:
Foram realizadas 171 horas de observação total (qualitativa e quantitativa). A
observação qualitativa foi feita pelo método ad libitum com sessões de uma
hora ininterrrupta em cada ilha três vezes por semana. A fase quantitativa feita
pelo método “animal focal”, onde os animais foram observados em sessões de
dez minutos com intervalo de cinco minutos entre um indivíduo e outro, cada
ilha foi observada pelo período de uma hora três dias por semana. Com a
elaboração de um catálogo comportamental, os atos comportamentais foram
divididos em quatro categorias (comportamentos positivos, limpeza,
comportamento agonístico e outros).

RESUMO:
Os padrões que apresentaram maiores valores foram comportamentos
positivos, seguido de outros e limpeza. Os comportamentos agonísticos foram
os que apresentaram menores valores de ocorrência. Apesar do baixo número
de indivíduos por grupo foi possível o relato de interações sociais, foi observado
uma relação amistosa entre os indivíduos e uma baixa frequência de
comportamentos agonísticos. Os comportamentos de limpeza, como o
“grooming”, foram comuns nos três grupos. Os animais após longo período de
cativeiro aparentemente estão habituados a presença humana, já que não
houve diferenças significantes entre dias com e sem visitantes. Apesar das
condições climáticas interferirem no padrão geral de atividades, não foi
significativa para os comportamentos sociais.

CONCLUSÃO:
Com o presente estudo é possível concluir que, apesar da privação social, os
primatas mantidos na Fundação Parque Zoologico de São Paulo não
apresentam seu comportamento social alterado. Mesmo mantidos em grupos
pequenos os animais interagem e vivem harmoniosamente. Os animais
apresentam-se habituados a presença de visitantes não apresentando alteração
com a presença desses e também a variação climática não provoca alterações
significantes no comportamento social destes indivíduos.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
ALTMANN, J. 1974. Observational study of behaviour: sampling methods.
Behaviour, 49 : 227-267.
DEAG, J.M. 1981. O comportamento social dos animais. São Paulo: Editora da
Universidade de São Paulo.
VAN ROOSMALEN, M.G.M. & KLEIN, L.L. 1988. The spider monkeys, genus
Ateles. In: MITTERMEIER, R.A.; RYLANDS, A.B.; COIMBRA-FILHO, A.F. &
FONSECA, A.B. Ecology and behavior of neotropical primates. Vol 2.
Washington Littera Maciel Ltda. Pg. 455-537.

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________________________________________________________________
PALAVRAS-CHAVE: Comportamento social, cativeiro, Ateles.

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Estudo do Potencial Alelopático e Atividade Antioxidante de


Extratos de Tillandsia usneoides L. (Bromeliaceae)
CAROLINA ALBUQUERQUE LIMA(1)

MARCO AURELIO SIVERO MAYWORM(2)(Orientadores)


Ciências Biológicas
INTRODUÇÃO:
Tillandsia usneoides L., conhecida popularmente como barba-de-velho, é uma
epífita da família Bromeliaceae que ocorre em grande parte do território
brasileiro e em áreas úmidas desde o sudoeste dos Estados Unidos até o
centro da Argentina e Chile. Estudos identificaram em sua composição a
presença de ácido ascórbico, carotenóides, flavonóides, xantonas, cumarinas e
taninos, compostos que dão à planta propriedades medicinais.

OBJETIVO:
Este trabalho teve como objetivo estudar o potencial alelopático, a atividade
antioxidante e teores de fenóis totais de extratos de Tillandsia usneoides.

METODOLOGIA:
Para tanto, amostras da planta foram coletadas, maceradas e submetidas à
extração com etanol P.A. Parte do extrato etanólico bruto foi fracionado em
sílica gel obtendo-se extratos hexânico, butanólico e metanólico. Os testes
alelopáticos foram desenvolvidos em placas de Petri contendo discos de papel
filtro previamente impregnados com 4mL de cada extrato. Após a eliminação
dos solventes, foram adicionados 3mL de água destilada e 20 aquênios de
alface (Lactuca sativa L.). Foram avaliados a germinabilidade, IVG (Índice de
Velocidade de Germinação), comprimento do eixo hipocótilo radicular e folhas
cotiledonares das plântulas de alface. As médias dos dados foram comparadas
pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade, utilizando o software Sodek. A
atividade antioxidante foi avaliada utilizando solução DPPH (2,2-difenil-1-
picrilhidrazila) 0,004% e 30µL de cada extrato. O doseamento de fenóis totais
foi realizado através do método Folin Ciocauteau.

RESUMO:
Sobre o extrato butanólico observou-se total inibição da germinação dos
aquênios de alface. Os extratos etanólico e metanólico apresentaram as
menores taxas finais de germinação (18,3% e 1,6%, respectivamente),
reduzindo significativamente os valores de IVG em relação aos respectivos
controles. O extrato hexânico não afetou a taxa de germinação final das
sementes de alface, porém o IVG mostrou-se inferior ao controle. O
desenvolvimento dos eixos hipocótilo-radiculares das plântulas foi fortemente

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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afetado, observando-se a necrose das radículas, em contato com os três


extratos. O comprimento das folhas cotiledonares foi pouco afetado pelos
extratos etanólico e hexânico. As maiores porcentagens de atividade
antioxidante foram observadas nos extratos butanólico (84,75%), etanólico
(77,09%) e metanólico (53,53%). Os extratos butanólico e etanólico
apresentaram teores de fenóis totais superiores (1,59 mg/mL e 1,38 mg/mL,
respectivamente) aos extratos metanólico (0,88 mg/mL) e hexânico (0,09
mg/mL). Os maiores teores de fenóis totais nos extratos etanólico e butanólico
justificam a princípio, as maiores atividades antioxidantes apresentadas por
esses extratos.

CONCLUSÃO:
Todos os extratos de Tillandsia usneoides apresentaram atividade alelopática.
Os extratos etanólico, butanólico e metanólico apresentaram atividade
antioxidante considerável.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
DUARTE-ALMEIDA, J.M.; SANTOS, R.J.; GENOVESE, M.I. & LAJOLO, F.M.
2006. Avaliação da atividade antioxidante utilizando sistema &#946;-
caroteno/ácido linoléico e método de seqüestro de radicais DPPH•. Ciência e
Tecnologia de Alimentos 26 (2): 446-452

LI, H.H.; INOQUE, M.; MIZUTANI, J. & TSUSUKI, E. 1993. Interactions of


transcinnamic acid, its related phenolic allelochemicals, and abscisic acid in
seedling and seed germination of lettuce. Journal of Chemical Ecology 19: 1776-
1787.

WITHERUP, K.M.; MCLAUGHLIN, J.L.; JUDD R.L.; ZIEGLER, M.H.; MEDON,


P.J. & KELLER, W.J. 1995. Identification of 3-hydroxy-3-methylglutaric acid
(HMG) as a hypoglycemic principle of Spanish moss (Tillandsia usneoides).
Journal of Natural Products 58(8):1285-1290.

________________________________________________________________
Palavras-chave: Alelopatia, Antioxidante, Bromeliaceae, Tillandsia usneoides

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ESTUDO DOS CASOS DE GESTAÇÕES EM ADOLESCENTES NO


HOSPITAL PROFESSOR CARLOS DA SILVA LACAZ
PRISCILLA SOARES FREIRE(1), CAROLINA FURTADO MACRUZ(2), VIVIANE CISI
PELIELLO(3), JULIANA MIORIN(4), FERNANDA SCHENK BERTOLI(5)

MARCELO ALVARENGA CALIL(6)(Orientadores)


Ciências Biológicas
INTRODUÇÃO:
A Organização Mundial de Saúde (OMS) define adolescência como período de
vida situado entre os 10 e 19 anos. Os estudos sobre adolescência têm
suscitado crescente interesse mundial nas últimas décadas, deixando de ser
apenas uma curiosidade de grupos profissionais isolados, passando a merecer
a preocupação de governos e organismos internacionais.
A OMS reconheceu sua importância no desenvolvimento global de todos os
países ao estabelecer a necessidade de aprofundar-se o diagnóstico da
situação e elaborar planos intersetoriais de promoção do bem-estar para
adolescentes.
São dramáticas as modificações físicas e psicossociais que ocorrem no
período da adolescência. A maioria dos órgãos e sistemas desenvolve-se
rapidamente, principalmente no período reprodutivo. As adolescentes
contemporâneas atingem maturidade física em época bem anterior àquelas da
virada do século passado. A média de idade na menarca, por exemplo, tem
apresentado um declínio de aproximadamente 4 meses a cada década, com
tendência atual de estabilização. Do ponto de vista psicológico, a adolescência
caracteriza-se basicamente pela aquisição da identidade adulta, na
individualidade da separação psicológica da família, do desenvolvimento
cognitivo e pelo planejamento do futuro. Adolescência é uma época de
experiências em termos de comportamento que freqüentemente influi na
exploração da sexualidade.
Os padrões de atividade sexual e gravidez variam conforme a tradição e a
cultura, e a proporção de partos entre mulheres de 10 a 19 anos variam
amplamente conforme o país considerado. Mas as estatísticas revelam que a
gravidez precoce vem aumentando em todas as partes, surgindo em alguns
países como um grave problema, e em outros já alcançando cifras
decididamente alarmantes.
Nos Estados Unidos da América (EUA), aproximadamente 10% das mulheres
têm entre 15 e 19 anos, 19% delas têm atividade sexual e engravidam e 78%
destas gestações não são planejadas, correspondendo a um quarto de todas as
gestações consideradas “acidentais” que ocorrem anualmente
No Brasil, a população de adolescentes estimada para 2000 foi de 36 milhões,
representando um quinto da população total. Essa população é responsável

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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pela ocorrência de 1 milhão de gravidezes por ano e pela realização de 700.000


partos por ano pelo Sistema Único de Saúde (SUS), e mais 150.000 a 200.000
partos fora desse sistema. Cerca de 80% das internações do SUS em mulheres
entre 10 e 19 anos deve-se a causas de natureza obstétrica.
De acordo com as estatísticas do SUS, 21,89% do total de partos no Brasil em
2004 ocorreram em adolescentes até 19 anos, com as maiores taxas
concentrando-se nas regiões Norte (28,99%), Nordeste (25,45%), e Centro-
oeste (22,84%) e com taxas mais baixa na região Sul (19,45%) e Sudeste
(19,92%).
Klein (1974) faz referência à “syndrome of failure”, que inclui falha em assumir
suas funções de adolescente, de cumprir suas obrigações escolares, de
constituir famílias estáveis, de se auto-estruturar e de criar seus filhos com
saúde. Gravidez na adolescência tem maior incidência de complicações
obstétricas para a mãe e a criança.
Existem na literatura trabalhos que relacionam numerosas complicações, tanto
para a saúde da adolescente quanto para a do concepto. A maioria delas será
decorrente de uma série de fatores que se interrelacionam para determinar os
resultados materno e perinatal. Entre eles destacam-se:
Idade materna – tem sido associada a diversas intercorrências do ciclo
gravídico-puerperal, tais como hipertensão gestacional, prematuridade e baixo
peso neonatal, sendo estes, mais prevalentes quanto mais nova for a gestante.
Idade ginecológica – alguns autores observam maior freqüência de recém-
nascidos de baixo peso entre adolescentes que engravidaram com intervalo de
dois anos ou menos entre a menarca e o parto.
Controle pré-natal – a gravidez indesejada e sua ocultação e resistência ao
controle pré-natal, ou por razões culturais, ou por dificuldade de assumir
perante a família e a sociedade sua condição, estão entre as razões
encontradas para a insuficiência de cuidados durante o pré-natal, típicas da
adolescência.
Ganho ponderal – Naeye (1981) observou que o baixo peso em recém-nascidos
entre adolescentes estaria relacionado à deficiência nutricional materna ou ao
ganho de peso insuficiente para cumprir as exigências do binômio em
desenvolvimento.
Paridade – Mulheres que iniciam a maternidade na adolescência tendem a ter
um número maior de filhos durante toda a sua vida reprodutiva. Na maioria dos
casos, a primeira gravidez não é planejada, e algumas vezes indesejada.
Assim, a probabilidade das seguintes gestações adquirirem o caráter não
desejado da primeira torna-se altíssima. Nos EUA, uma em cada quatro mães
adolescentes tem o segundo filho com intervalo menor que dois anos. No Brasil,
de acordo com a pesquisa nacional sobre demografia e saúde, – Rio de Janeiro
1997 – aproximadamente 10% das adolescentes já tinham pelo menos dois
filhos aos 19 anos.

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Destaca-se também que o grau de escolaridade materna influencia sobre a


incidência de gestação em adolescentes. Em geral, aquelas que engravidam
têm menor escolaridade em relação às que adiam a gravidez. Além disso,
adolescentes que postergam a segunda gestação apresentam maior
probabilidade de retornar à escola.
As características do parto em adolescentes também vêm merecendo atenção,
mediante a suposição de que a pelve óssea, nessa idade, não teria atingido o
padrão adulto, aumentando a incidência de partos operatórios por desproporção
céfalo-pélvica, além do predomínio de apresentações e posições fetais
anômalas.

OBJETIVO:
Comparou-se o perfil dos fatores maternos e perinatais de gestações em
adolescentes no Hospital Professor Carlos da Silva Lacaz (HPCSL) no período
de novembro de 2005 a dezembro de 2007.

METODOLOGIA:
Foram avaliados retrospectivamente 1.392 prontuários de gestantes que
procuraram o serviço no período estudado. Os fatores analisados foram: idade
materna, estado civil, idade gestacional, paridade, número de consultas de pré-
natal, recorrência de gestação em adolescentes, Apgar de 5° minuto e peso do
recém nascido. Os programas estatísticos utilizados foram Teste Mann-Whitney
e Análise de Variância de Kruskal-WaIlis, com p0,01.

RESUMO:
A média de idade materna encontrada em primigestas foi de 17,03 anos. A
recorrência de gestação ocorre na média de 17,78 anos. A prematuridade
predominou em adolescentes mais jovens. A média de idade materna foi menor
nas adolescentes sem parceiro fixo. O Apgar de 5° minuto dos recém-nascidos
foi em 84,5% entre 9 e 10, sendo a média de consultas de pré-natal destas
mães 6,44.

CONCLUSÃO:
: As gestações com idade gestacional maior ou igual a 37 semanas foram
acompanhadas por um número de consultas de pré-natal maior do que o
observado nos partos prematuros. A incidência de gestações em adolescentes
no HPCSL foi de 28,8%, índice comparável ao da região norte (28,6%), o pior
do país, segundo dados do DATASUS. Gestações em adolescentes fazem
parte de uma realidade muito freqüente em nosso país, sendo este estudo um
alerta para uma abordagem em termos de orientação e acompanhamento
gestacional mais eficazes visando melhores resultados obstétricos e sociais.

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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
1. Neme, B. – Obstetrícia Básica; 3ª edição; 2006.
2. Cunningham, Mac Donald, Gant – Williams Obstetrics; 18º edition; Appleton
& Lange.
3. Benzecry, R. – Tratado de Obstetrícia Febrascg; Revinter.

________________________________________________________________
Trabalho realizado pela Disciplina de Obstetrícia da Faculdade de Medicina da
Universidade de Santo Amaro

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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Estudo morfológico comparativo das glândulas de Duvernoy e


supralabial de Thamnodynastes strigatus (Gunther, 1858) e
Thamnodynastes hypoconia (Cope, 1860).
ELAINE OLIVEIRA DE LIMA(1)

ELIANA DE OLIVEIRA SERAPICOS(2)(Orientadores)


Ciências Biológicas
INTRODUÇÃO:
Cerca de 40% dos acidentes registrados no Hospital Vital Brazil, localizado no
estado de São Paulo, são causados por serpentes consideradas não-
peçonhentas. Em algumas regiões do mundo foram notificados acidentes fatais.
Essas serpentes pertencem à Família Colubridae e apresentam dentição
opistóglifa, elas podem ter hábitos diversificados e uma ampla distribuição
geográfica. Alguns acidentes registrados causados por serpentes opistóglifas
como Clelia clélia, Clelia plumbea, Philodryas olfersii, Philodryas patagoniensis,
Phalotris trilineatus tiveram manifestações locais semelhantes ao acidente
botrópico, e foram tratados com o soro anti-botrópico ou com o soro bivalente.
Porém, a utilização desse soro pode ser ineficaz ou desencadear reações
anafiláticas. Como os acidentes ofídicos causados por colubrídeos opistóglifos
são pouco conhecidos, são necessários estudos nas áreas da biologia e da
saúde deste grupo de serpentes para esclarecer a epidemiologia destes tipos
de acidentes.

OBJETIVO:
Este estudo teve como objetivo geral realizar um estudo morfológico
comparativo das glândulas de Duvernoy e supralabial de Thamnodynastes
strigatus e Thamnodynastes hypoconia.

METODOLOGIA:
Neste estudo foram utilizadas 20 serpentes, sendo 10 espécimes de
Thamnodynastes strigatus e 10 de Thamnodynastes hypoconia. Essas
serpentes foram eutanasiadas, de acordo com o protocolo estabelecido pela
Comissão de Ética e depois as glândulas de Duvernoy e supralabial foram
retiradas e fixadas em líquido Bouin para posterior processamento histológico
para análise morfológica e histoquímica.

RESUMO:
Os resultados obtidos mostram que a glândula supralabial tem um tamanho
reduzido quando comparado à glândula de Duvernoy nas duas espécies
estudadas. A glândula de Duvernoy é dividida em túbulos secretores e ductos

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excretores. Os túbulos secretores são constituídos por células serosas e os


ductos excretores por células mucosas. Através dos resultados histoquímicos,
observou que as glândulas de Duvernoy das espécies em questão, têm uma
natureza seromucosa. Na espécie Thamnodynastes hypoconia quando aplicado
o método Tricômico de Mallory, os ductos excretores coraram tanto em azul,
quanto em vermelho evidenciando assim ductos mistos com a presença de
células secretoras e estruturas basófilas. Os ductos excretores de
Thamnodynstes strigatus e de T. hypoconia reagiram positivamente ao método
do PAS, evidenciando assim, a presença de mucopolissacarídeos neutros. Os
resultados obtidos quando aplicado o método PAS+Alcian Blue foram diferentes
nas duas espécies analisadas. Em Thamnodynastes strigatus a glândula
supralabial e o epitélio de revestimento dos ductos excretores da glândula de
Duvernoy reagiram positivamente ao referido método, evidenciando assim, os
mucopolissacarídeos ácidos e neutros, porém em Thamnodyastes hypoconia
todas as estruturas reagiram negativamente ao mesmo método. Quando
aplicado o método Azul de Bromofenol na espécie Thamnodynastes strigatus
observou uma fraca positividade nos túbulos secretores da glândula de
Duvernoy evidenciando assim a presença de proteínas, já os ductos excretores
e a glândula supralabial reagiram negativamente a esse mesmo método.
Contudo, os túbulos secretores e os ductos excretores de Thamnodynates
hypoconia coraram mais intensamente pelo método Azul de Bromofenol quando
comparado à espécie Thamnodynastes strigatus.
Os resultados obtidos neste estudo, no que se refere à constituição morfológica
das glândulas supralabial e de Duvernoy de Thamnodynastes strigatus e
Thamnodynastes hypoconia corroboram os estudos realizados com as espécies
Xenodon merremii e Philodryas patagoniensis, descritos na literatura. Estudos
realizados com Thamnodynastes strigatus observaram que sua alimentação é
baseada em anfíbios anuros. Essas serpentes utilizam a subjugação por
envenenamento para imobilizar suas presas, facilitando a ingestão da mesma, o
que corrobora os resultados desse estudo, onde foi detectada a presença de
proteínas nos túbulos secretores da glândula de Duvernoy de Thamnodynastes
hypoconia.

CONCLUSÃO:
Os resultados obtidos nesse estudo mostram que as glândulas de Duvernoy e
supralabial de Thamnodynastes strigatus e Thamnodynastes hypoconia
apresentam a mesma estrutura morfológica encontrada em várias espécies de
colubrídeos já descritos na literatura. Contudo, os resultados histoquímicos
demonstraram a presença de uma secreção de caráter tóxico na glândula de
Duvernoy de Thamnodynastes hypoconia, o que indica a necessidade de
estudos específicos relacionados à fisiopatologia desta secreção. Em
Thamnodynastes strigatus foi evidenciada uma secreção, onde algumas

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UNISA - Universidade de Santo Amaro

propriedades tóxicas são mais efetivas do que as encontradas no veneno de


Bothrops jararaca.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
BERNARDE, P..S.; MOURA-LEITE, J.C.; MACHADO, R.A. & KOKOBUM,
M.N.C. 2000. Diet of the Colubrid Snake, Thamnodynastes strigatus
(GÜNTHER, 1858) from Paraná State, Brazil, with field notes on anuran
predation. Revista Brasileira de Biologia, 4: 695-699.

FERAIORNI, G.G. 2005. Análise da secreção tóxica de Thamnodynastes


strigatus (Serpentes, Colubridae, Xenodontinae). Monografia: Universidade de
Santo Amaro. 46p.

ZAGO, D.A. 1971. Estudo morfológico e histoquímico de glândulas salivares


relacionadas com a evolução da função venenosa nos ofídios. Tese de
Doutorado. Depto. de Histologia e Embriologia do Instituto de Ciências
Biomédicas, Universidade de São Paulo. 69p.

________________________________________________________________
Palavras-chave: Serpentes, Colubridae, glândula de Duvernoy, morfologia,
histoquímica.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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UNISA - Universidade de Santo Amaro

ESTUDOS ESTRUTURAIS DA HISTATINA-5 E SEU ANÁLOGO,


TOAC0-HISTATINA 5: INTERAÇÃO COM SISTEMAS
BIOMIMÉTICOS
EDIVANIA PAIVA BASTOS(1)

SHIRLEY SCHREIER(2)(Orientadores)
Ciências Biológicas
INTRODUÇÃO:
As Histatinas são uma família de peptídeos antimicrobianos (PAM) ricos em His
encontrados na saliva humana1. Por sua notável ação contra C. albicans2,
Histatina-5 (Hst-5, DSHAKRHHGYKRKFHEKHHSHRGY) é o PAM mais
estudado desta família. O mecanismo de ação da Hst-5 ainda não foi totalmente
elucidado, mas sabe-se que Hst-5 transloca-se pela bicamada lipídica sem
formar poros3, tendo a mitocôndria como provável alvo intra-celular4. Estudos
estruturais de Hst-5 e de seu análogo marcado no N-terminal com o aminoácido
paramagnético TOAC5 (ácido 2,2,6,6-tetrametilpiperidina-1-oxil-4-amino-4-
carboxílico, TOAC0-Hst-5) foram realizados utilizando Dicroísmo Circular (CD) e
Ressonância Paramagnética Eletrônica (EPR) na presença de micelas
constituídas de lisofosfatidilcolina (LPC), lisofosfatidilglicerol (LPG) e LPC:LPG
(2:1, mol:mol).

OBJETIVO:
Realizar estudos estruturais empregando-se as técnicas espectroscópicas de
CD e RPE, onde objetivou-se analisar as propriedades conformacionais dos
peptídeos foram estudadas em solução aquosa, em função do pH e em
presença de membranas modelo – micelas.

METODOLOGIA:
Hst-5 e TOACº foram sintetizados em fase sólida no laboratório do Prof. Clóvis
Nakaie, da Escola Paulista de Medicina, caracterizados e purificados através de
Cromatografia Líquida de alta Eficiência (HPLC) e espectrometria de massa.
Soluções estoque de micelas foram preparadas dissolvendo-se os
lisofosfolipídios em meio aquoso. Espectros de CD foram obtidos em um
equipamento Jobin Yvon CD6. Espectros de RPE foram obtidos em
espectrômetros Bruker ER-200. Foi utilizado Cloreto de Manganês (MnCl2) para
o estudo do peptídeo na presença de metais.

RESUMO:
Foram realizados estudos de CD a fim de verificar a aquisição de estrutura
secundária dos peptídeos na presença de micelas zwitteriônicas (LPC) e de

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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carga líquida negativa (LPC:LPG 2:1 e LPG).Espectros de CD mostram que em


solução aquosa ambos os peptídeos apresentam estrutura ao acaso, sendo que
na presença de micelas os peptídeos estruturam-se em dobra b tipo I,
caracterizada pela banda com mínimo em 210 nm. A seqüência com maior
propensão6 de formar a dobra b é 7HHGY10. Estudos de EPR permitiram
verificar o efeito do pH na ligação do peptídeo TOAC0-Hst-5 às micelas de LPC,
LPC:LPG 2:1 e LPG. Espectros obtidos evidenciam duas componentes
espectrais, uma, de linhas estreitas, devida ao peptídeo em meio aquoso, em
movimento rápido na escala de tempo do aparelho; e outra, de linhas
alargadas, devida ao peptídeo ligado às micelas. Nota-se também que em pH
3,5 a interação é maior com micelas de LPG, seguida pelas micelas de
LPC:LPG 2:1, e, por fim, micelas de LPC. Observa-se, ainda, que, à medida
que o pH aumenta, diminui a interação do peptídeo com as micelas, em
decorrência da diminuição da carga líquida do peptídeo.

CONCLUSÃO:
Espectros de CD mostram que ambos os peptídeos adotam conformação em
dobra b tipo I na presença de micelas zwitteriônicas ou de carga líquida
negativa, sugerindo que a interface micela-tampão oferece condições para que
o peptídeo estruture-se. Espectros de EPR mostram que a ligação do peptídeo
TOAC0-Hst-5 liga-se com maior extensão à micelas de carga líquida negativa
do que à micelas zwitteriônicas, em um processo pH-dependente, indicando
que as interações eletrostáticas são importantes para a ligação do peptídeo às
micelas.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
1. Oppenheim et al. (1986) J. Biol. Chem 261: 1177-1182
2. Xu et al (1991) Infect. Immun. 59: 2549-2554.
3. den Hertog et al (2004) Biochem. J. 379: 665-672.
4. Helmerhorst et al (1999) J. Biol. Chem. 274: 7286-7291.
5. Nakaie et al (1981) Braz. J. Med. Biol. Res. 14: 173-180.
6. Kaur e Raghava (2003) Protein Sci. 12: 627-634.

________________________________________________________________
Não há notas de rodapé.

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Evolução do ensino: Introdução do E-Learning na grade


curricular acadêmica de Enfermagem no Brasil.
HENRIQUE OUTEDA MOURA(1)

Ciências Biológicas
INTRODUÇÃO:
O ensino no mundo vive uma reformulação. Novas técnicas e meios de
disseminar o conhecimento estão mudando o panorama mundial de educação.
O ensino a distância é cada vez mais utilizado por diversas universidades ao
redor do planeta, e vem cada vez mais tendo adeptos deste novo seguimento. A
evolução chegou também ao EaD na forma do e-Learning, onde o conteúdo é
transmitido via Web, e o aluno passa a ser agente passivo do processo de
ensino. A introdução do e-Learning no ensino de Enfermagem ainda não é
totalmente aceita, e grande parte disso se deve ao fato da grade curricular se
basear muito mais na prática do que na teoria. Visando fazer uma analise da
evolução do ensino de enfermagem no Brasil, este trabalho faz uma análise da
introdução do e-Learning no currículo acadêmico dos graduandos de
Enfermagem. Tendo em vista os pontos positivos e negativos dessa introdução,
fica claro que a desagregação do e-Learning junto ao EaD é necessária, assim
como um instrumento de avaliação específico.

OBJETIVO:
Realizar uma análise da evolução do ensino de Enfermagem no Brasil,
especificamente a introdução do e-Learning como ferramenta de ensino.

METODOLOGIA:
A Metodologia utilizada neste estudo se caracterizou por uma revisão
bibliográfica de caráter descritivo. Utilizou-se o portal da Biblioteca Virtual em
Saúde (BIREME) para realizar o levantamento bibliográfico, nas bases de
dados: Scielo (Scientific Electronic Library Online) e Google Acadêmico (Base
de Dados de trabalhos e artigos), usando os descritores de assunto: “Ensino de
Enfermagem”, “EaD na Enfermagem”, “Educação a Distância”, “Evolução do
ensino” e “Informática na Enfermagem” sendo estes intercaladas
diferentemente. A busca foi realizada no período de Fevereiro a Setembro de
2008.
Para a composição do material de estudo foram incluídos artigos científicos
nacionais capturados dessas bases de dados após leitura dos resumos e
identificada a pertinência temática. Foi usado, também, para complementação
deste material de estudo outras fontes, retiradas das referências bibliográficas
dos artigos selecionados.

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RESUMO:
Na Enfermagem, existe uma discriminação por parte dos empregadores aos
enfermeiros que tiveram o e-Learning presente na grade curricular durante a
graduação.
Foi constatado que o e-learning é uma forma válida de ensino, que trouxe
grande benefícios ao regime educacional de enfermagem, possibilitando uma
maior flexibilidade na forma de transmitir o conhecimento.
Entretanto, por ainda ser considerado pelo MEC como parte agregada ao
Ensino a distânica, sem uma diferenciação de metodologias, o E-learning acaba
não conseguindo se mostrar uma fonte de ensino densa e confiável. A falta de
um instrumento de avaliação e validação desta metodologia de ensino acaba
desqualificando o aluno que teve como metodologia de ensino em alguma
disciplina o E-learning.

CONCLUSÃO:
Hoje no Brasil ainda não existem números exatos de faculdades de
Enfermagem que já adotaram o e-Learning como metodologia de ensino.
A evolução no ensino de Enfermagem pede novas alternativas de ensino, e o e-
Learning se mostra confiável para este fardo.
Entretanto, por ainda ser tratado como parte agregada ao EaD pelo MEC, o e-
Learning não dispõe de uma avaliação específica, ou seja, a avaliação da
qualidade do curso ministrado não é compatível com a necessidade da
avaliação apenas desta metodologia, mostrando-se ineficiente em obter um
resultado coerente sobre a qualidade da disciplina ministrada via web.
Diante do fato de que cada vez mais o e-Learning é usado como metodologia
fundamental na grade curricular acadêmica de Enfermagem no Brasil, faz-se
necessário um instrumento de avaliação da qualidade do ensino ministrado
pelas universidades através da supra-citada metodologia.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
1 - História do ensino a distância no Brasil
Disponível em: http://www.ead.ufms.br/ambiente/historico/
2 - Rodrigues RS. Modelo de avaliação para cursos no ensino a distância:
estrutura, aplicação e avaliação. [Dissertação]. Santa Catarina: Departamento
de Engenharia de Produção, Universidade Federal de Santa Catarina;1998.
[online] [citado em 09 junho 1999]
3 - Carvalho AC. Orientação e ensino de estudantes de enfermagem no campo
clínico. [tese]. São Paulo(SP): Escola de Enfermagem/USP; 1972
________________________________________________________________
1 - Graduando FACENF - UNISA. h.outeda@hotmail.com

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2 - Orientador, docente FACENF - UNISA, membro grupo de estudo e pesquisa


em ensino de enfermagem da FACENF - UNISA

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FREQUÊNCIA DA MOLÉSTIA TROFOBLÁSTICA EM GESTANTES


ATENDIDAS NO HOSPITAL ESTADUAL DO GRAJAÚ
FERNANDA SCHENK BERTOLI(1), SYLVIA GONCALVES RODRIGUES DE FARIA(2),
MILTON BURLIM JUNIOR(3), CASSIANO COTRIM MARTINS ANDALAFT(4), FERNANDA
DA CUNHA VIEIRA(5)

MARCELO ALVARENGA CALIL(6)(Orientadores)


Ciências Biológicas
INTRODUÇÃO:
A mola hidatiforme e a doença trofoblástica gestacional persistente DTGP,
(mola invasora e metastática) são pouco freqüentes, mas representam
problema importante em termos de saúde reprodutiva pela faixa etária afetada e
pela morbidade, mortalidade e pelo risco de comprometimento do potencial
reprodutivo como resultado da própria doença ou do seu tratamento. Com
freqüência as pacientes são jovens e em cerca de metade dos casos, a mola
hidatiforme ocorre na primeira gravidez.

O seguimento adequado após o tratamento inicial da mola hidatiforme por


vácuo-aspiração ou curetagem permite o diagnóstico precoce das formas
persistentes e, como conseqüência, há diminuição da freqüência de doença
metastática e das formas de alto risco de resistência ao tratamento. A
quimioterapia aplicada às formas persistentes, apesar de ser quase sempre
efetiva, tem, como conseqüência, além dos custos individuais e sociais, as
complicações e o aumento de risco de novas neoplasias.

A porcentagem de pacientes que evoluem para doença persistente após


tratamento inicial da mola hidatiforme varia amplamente entre as diferentes
casuísticas (7 a 36%). As taxas mais baixas são relatadas pelos serviços
britânicos, com porcentagem de 5,1%. Esta variação pode indicar diferenças
entre as populações, mas deve-se principalmente ao emprego de diferentes
critérios para diagnóstico da doença persistente, considerando-se que a
mortalidade é semelhante quando se comparam as séries nas quais a
proporção de pacientes tratadas com quimioterapia é tão diferente. Assim, é
possível que parte das pacientes esteja recebendo tratamento desnecessário.
Na tentativa de uniformizar as indicações de tratamento, a FIGO criou e
divulgou a partir de 2001 novo sistema de diagnóstico e estadiamento.

O modelo de seguimento indicado inclui dosagens semanais de gonadotrofina


até a negativação e mensais por até um ano, associadas a exame físico
periódico. No entanto, altas taxas de abandono são observadas até antes da
negativação dos níveis de gonadotrofinas, e a porcentagem de pacientes que

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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comparece a todos os retornos oscila entre 18 e 63%. Estas falhas no


seguimento, no entanto, não implicam necessariamente aumento da taxa de
doença de alto risco ou da mortalidade, e as pacientes que durante o
seguimento têm pelo menos um resultado considerado negativo têm o risco
para doença persistente substancialmente reduzido ou mesmo nulo, se o
método de dosagem empregado for de alta sensibilidade (5 mIU/mL). Estas
observações indicam que seria útil identificar, já no início do seguimento, o
grupo de casos com indicadores de maior risco de evolução para doença
persistente que deveriam receber assistência diferenciada e seguimento de
acordo com os protocolos atuais.

Outro aspecto relacionado à identificação de grupos de risco para DTGP é a


indicação de quimioterapia profilática para pacientes com mola hidatiforme.
Embora não seja de aceitação ampla, o seu uso é admitido em áreas nas quais
as dificuldades para seguimento são maiores ou para pacientes com menor
adesão ao seguimento. No entanto, se aplicada ao conjunto das pacientes com
mola sem seleção, os benefícios não são significativos. Com a aplicação de
critérios clínicos e epidemiológicos é possível selecionar um grupo restrito de
mais alto risco e que é beneficiado.

Portanto, para selecionar pacientes que necessitam de seguimento mais


intensivo, ou para as quais a quimioterapia profilática estaria indicada, é
necessária a identificação de um grupo de maior risco de doença persistente.
Os critérios que têm sido utilizados para esta identificação são numerosos e
heterogêneos, variando desde indicadores epidemiológicos a características
das pacientes, como o tipo sanguíneo e Rh, os ligados ao tipo histológico e à
hiperplasia do trofoblasto e níveis circulantes de várias substâncias. Outros
indicadores como a reduzida atividade apoptótica, a expressão de oncogenes,
marcadores de proliferação e os relacionados ao controle do ciclo celular como
as ciclinas D e E, têm sido estudados mas os resultados ainda não podem ser
empregados, devido ao pequeno número de casos incluídos nos estudos.

O indicador de risco mais importante para desenvolvimento de doença


persistente ou metastática é o tipo da mola, sendo muito mais elevado para os
casos com mola hidatiforme completa em comparação aos que apresentam
mola parcial ou habitada. Para os casos de mola parcial as taxas de doença
persistente são de 2 a 5%. Outros critérios histopatológicos, como anaplasia e
proliferação do trofoblasto, não se mostraram relevantes, e atualmente
considera-se como indicador histológico de alto risco, o diagnóstico de
coriocarcinoma. Entre os fatores epidemiológicos mais estudados estão: a
idade, raça, história reprodutiva pregressa30 e grupo sanguíneo.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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Os indicadores clínicos estão relacionados ao volume da mola hidatiforme, que


por sua vez depende da taxa de proliferação do trofoblasto. Entre estes
indicadores podemos citar: volume uterino grande para a idade gestacional,
altos níveis de gonadotrofinas circulantes e seus efeitos: cistos teca-luteínicos e
outras complicações como hipertiroidismo. Em algumas séries estes parâmetros
podem indicar de 25 até 100% dos casos que apresentarão persistência.

OBJETIVO:
Realizar análise estatística entre os casos de Doença Trofoblástica Gestacional,
no período de 2004 a 2007, no Hospital Estadual do Grajaú, e os efeitos das
variáveis sócio-ambientais, clínicas e obstétricas.

METODOLOGIA:
Estudo retrospectivo avaliando a incidência da doença, revisados 20 casos da
doença atendidos entre outubro de 2004 e dezembro de 2007, em relação ao
número de partos do período. Foram analizados: a incidência de algumas
variáveis como idade, queixa, elevações da pressão arterial, uso de
anticoncepcionais orais, tabagismo, paridade, relação entre idade gestacional e
altura uterina, tipagem sanguínea e níveis de beta-hcg.

RESUMO:
Incidência em 0,257% das gestações, 40% em pacientes com menos de 20
anos, 55% entre 30 e 40 e uma acima de 40 anos; 70% apresentavam
sangramento como queixa principal, 5% relatavam dor, 10% ambos e 15%
assintomáticas; 25% apresentaram aumento dos níveis pressóricos acima de
140x90 mmHg; em 40% dos casos houve uso pregresso de anticoncepcional
oral; 40% das pacientes eram tabagistas; 35% tinham um filho, 30% tinham
dois, e outros 35% tinham 3 filhos; em 85% dos casos a altura uterina está
aumentada para a idade gestacional, e em 15% encontra-se normal; 55% dos
casos tinham sangue A, 45% do tipo O, e nenhum apresentou sangue AB ou B:
e por fim, 45% cursaram com beta-Hcg acima de 200, 30% entre 150 e 200;
25% inferior a 150.

CONCLUSÃO:
Como descrito na literatura, encontramos maior incidência de sangramento e
tabagismo, altura uterina aumentada, incidência maior no sangue tipo A além
de níveis de beta-Hcg mais elevados.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
1. Neme, B. – Obstetrícia Básica; 3ª edição; 2006.

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UNISA - Universidade de Santo Amaro

2. Cunningham, Mac Donald, Gant – Williams Obstetrics; 18º edition; Appleton


& Lange.
3. Benzecry, R. – Tratado de Obstetrícia Febrascg; Revinter.

________________________________________________________________
Trabalho realizado pela Disciplina de Obstetrícia da Faculdade de Medicina da
Universidade de Santo Amaro

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Isolamento de Alcalóides do extrato etanólico de Erythrina


speciosa Andrews em busca dos componentes inibidores da
enzima acetilcolinesterase.
CELSO MARKOWITSCH JOSÉ(1)

LUCE MARIA TORRES SALDANHA(2)(Orientadores)


Ciências Biológicas
INTRODUÇÃO:
O Parque Estadual das Fontes do Ipiranga (PEFI) está situado na região
sudeste da capital paulista com uma área de 543ha e abriga diversos órgãos
governamentais, destacando-/se o Jardim Botânico e o Jardim Zoológico. O
PEFI é uma Unidade de Conservação (UC) do estado de São Paulo que resiste
ao processo de urbanização, apresenta relevo suave, recoberto por vegetação
característica de floresta ombrófila densa de encosta Atlântica, com plantas
típicas de floresta estacional semidecídua e de cerrado (Joly,1976). Há diversos
lagos artificiais e variadas espécies de plantas, entre estas, algumas do gênero
Erythrina (Reis,1998).
O gênero Erythrina pertence à Família Leguminosae e no Jardim Botânico de
São Paulo existem alguns indivíduos das cinco espécies, E. mulungu Mart. E.
speciosa. Andrews, E. verna Vell, E.falcata Benth e E.crista-galli L. São plantas
de hábito muito variado, desde grandes árvores de matas tropicais a arbustos,
subarbustos, ervas anuais e perenes e também muitas trepadeiras; vivem nos
mais variados ambientes, em diferentes latitudes e altitudes (Joly,1976).
Erythrina speciosa ocorre em terrenos úmidos e brejosos da planície litorânea,
principalmente em formações abertas e secundárias. É conhecida
popularmente por mulungu-do-litoral, eritrina-candelabro.
Dados sobre a espécie mostraram que os extratos obtidos com as partes da
planta são ricos em terpenóides e alcalóides do tipo eritrinanos. Em estudos
anteriores foram detectados alcalóides e terpenóides nos extrato etanólico das
flores, frutos e folhas de E. speciosa e esses extratos inibiram a atividade da
enzima acetlcolinesterase (AChE). Os alcalóides possuem várias atividades
biológicas, destacando-se aqui, o alcalóide galantamina, um inibidor da
acetilcolinesterase (AChE) usado no tratamento da doença de Alzheimer.

OBJETIVO:
Objetivo neste trabalho, foi fazer a Bioprospecção de extratos de flores da
espécie de Erythrina speciosa (Leguminosae), ocorrente no Parque Estadual
das Fontes do Ipiranga (PEFI), na busca de substâncias com atividade inibidora
da enzima acetilcolinesterase.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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UNISA - Universidade de Santo Amaro

METODOLOGIA:
O extrato etanólico foi obtido por maceração a frio, com etanol comercial (1L), á
temperatura ambiente, durante três dias, a partir do pó das flores (340g) e o
processo foi repetido três vezes. Os três extratos obtidos foram filtrados,
concentrados, pesados e monitorados por cromatografia em camada delgada
comparativa (placas de sílica F254 MERCK, CH2Cl2/MeOH 95:5). O
fracionamento da segunda extração foi feito em Coluna (sílica gel 60, Merck),
com gradiente de polaridade de Diclorometano/Metanol. Foram obtidas 58
frações (F1-F58) e a atividade inibidora da AChE foi observada na F-18
(Diclorometano/Metanol 8:2). Os terpenóides foram detectados usando o
reagente de Liebermann-Burchard e os alcalóides o reagente de Dragendorff. A
atividade da AChE foi observada após revelação com o corante fast blue B e
AChE, após incubação a 37 ºC (20 min).

RESUMO:
O fracionamento cromatográfico do extrato etanólico das flores de E.speciosa
forneceu grupos de frações eluídas com uma mistura de diclometano/metanol,
que revelou teste positivo com os reagentes de Dragendorff e Libermann-
Burchard, sugerindo a presença de alcalóides e terpenóides. E também
apresentou teste positivo para atividade inibidora da enzima Acetilcolinesterase.
Os resultados obtidos confirmaram a atividade do extrato etanólico de flores de
E. speciosa e o fracionamento forneceu F- 18 com composição rica em
compostos ativos. A gama de alcalóides presentes no gênero variam, segundo
as espécies. Onde a escolha da espécie a ser utilizada depende tão somente
da ocorrência na região e a parte a ser utlizida.

CONCLUSÃO:
A purificação do extrato etanólico das flores, em cromatografia em coluna (CC)
forneceu 58 frações e a atividade enzimática ficaram retidas nas frações F17 a
F33, onde maior concentração da atividade fico retida na F18 (11,4 mg).
As manchas que apresentaram teste positivo para alcalóides não mostraram
atividades inibidora da AChE.
Os resultados de atividade enzimática(AChE) e de triagem química foram
compatíveis como os obtidos anteriormente.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
ABREU, H.C., TORRES, L.M.B, CARDOSO-LOPES, E.M. 2006. Estudo químico
de Erythrina speciosa Andrews ocorrente no Parque Estadual das Fontes do
Ipiranga (PEFI) e Avaliação de Atividade inibidora da Acetilcolinesterase (AChE)
– RaiBt.

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UNISA - Universidade de Santo Amaro

JOLY, A.B. 1976. Botânica: introdução à taxonomia vegetal. 3. ed. Editora


Nacional, São Paulo.

LORENZI, H. 2001. Manual de Identificação e Cultivo de Plantas Arbóreas


Nativas do Brasil. Plantarum Ltda.

MARSTON, A., KISSLING, J. & HOSTETTMANN, K. 2002. A Rapid TLC


Bioautographic Method for the Detection of Acetylcholinesterase and
Butyrylcholinesterase Inhibitors in Plants. Phy Anal., 13: 51-54

REIS,L. A. M. 1998. Parque Estadual das Fontes do Ipiranga: utilização e


degradação. Trabalho de Graduação Individual. Departamento de
Geografia/FFLCH, Universidade de São Paulo.

Sthal, E.1969. Thin layer Chromatography.


New York: Springer Verlag.

________________________________________________________________
Palavras Chaves: Erythrina; Erythrina speciosa; Alcalóides; Enzima
acetilcolinesterase(AChE)

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Levantamento de aves no Zoológico de São Bernardo do Campo


DANIEL FERNANDES PERRELLA(1)

ELIANA DE OLIVEIRA SERAPICOS(2)(Orientadores)


Ciências Biológicas
INTRODUÇÃO:
A Mata Atlântica, bioma que abrange atualmente apenas 3% do seu território
original no Estado de São Paulo, apresenta uma das mais ricas diversidades de
aves do planeta, sendo ainda um importante centro de endemismo, com mais
de 180 espécies que lhe são exclusivas (POR, 1992), porém sua distribuição
nem sempre é totalmente conhecida devido à falta de levantamentos.

OBJETIVO:
O presente trabalho teve como objetivo determinar a riqueza das espécies de
aves que ocorrem no Zoológico Municipal de São Bernardo do Campo, bem
como a distribuição das espécies ao longo dos meses do ano, de agosto de
2007 a julho de 2008. Além disso, o trabalho contribuirá com dados para futuros
estudos ornitológicos que possam ser desenvolvidos no município.

METODOLOGIA:
O Zoológico está localizado dentro do Parque Municipal Estoril à margem da
Represa Billings e próximo a um fragmento de floresta, sendo uma região com
remanescente de Mata Atlântica secundária com médio e alto grau de
regeneração (BENCKE et al., 2006).
O levantamento foi feito através do método usual ornitológico de observação de
aves e identificação de suas vocalizações, utilizando um binóculo OMEGA 30 x
50 e uma câmera fotográfica SONY 7.2.
O zoológico foi dividido em cinco áreas considerando características dos
recintos dos animais para facilitar a coleta de dados. Também foram utilizados
comedouros com frutos para atrair as aves e possibilitar uma melhor
visualização. As observações foram feitas no período da tarde totalizando 174
horas com duas observações noturnas e duas no período da manhã.

RESUMO:
O fim das observações resultou no registro de 73 espécies de aves, sendo 12
delas endêmicas da Mata Atlântica segundo BENCKE et al. (2006) e em uma
curva de esforço amostral ascendente na maior parte do periodo de estudo.
A área 4 foi a que apresentou a maior freqüência de espécies, devido
possivelmente á presença do lago, maior diferencial em relação ás demais,
enquanto a área 1 teve a menor porcentagem, graças presumivelmente á
desvantajosa quantidade de vegetação nela existente. Muitas espécies foram

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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observadas no zoológico em busca de alimento, como é o caso de espécies


frugívoras e piscivoras, para construir ninhos ou atraídas pelos animais cativos.
Quanto á freqüência de ocorrência das espécies, a porcentagem de aves
comuns e raras foi bastante elevada e semelhante, o que indica uma
considerável importância da área de estudo ás aves e que novas espécies
podem ser registradas em levantamentos futuros. O menor número de famílias
foi registrado na primavera, embora algumas espécies como do gênero Turdus
tenham sido observados apenas nesse período e tanto nessa como em todas
as outras estações, emberizidae foi o grupo mais freqüente. Entre as espécies
há aves consideradas migratórias por SICK (1997) e outras foram observadas
construindo ninhos e cuidando de filhotes em determinados meses.

CONCLUSÃO:
A curva de esforço amostral foi ascendente na maior parte do período de
observações e isso, unido ao registro próprio e ocasional de algumas espécies
dentro do Parque Estoril que não ocorreram no zoológico e à inexperiência do
observador principalmente nos primeiros meses, indica que novos animais
podem ser registrados em futuros estudos ornitológicos mais profundos. Além
disso, seria importante o posicionamento do governo e da coordenação do
parque para o desenvolvimento de projetos de educação ambiental que
informem os visitantes sobre a existência dessas aves visando a conservação e
preservação não só da avifauna como também da Mata Atlântica.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
BENCKE, G. A.; MAURICIO, G. N.; DEVELEY, P. F. & GOERCK, J. M.. 2006.
Áreas Importantes para a Conservação das Aves no Brasil. SAVE Brasil. São
Paulo. 494 p..

POR, F. D.. 1992. Sooretama: the Atlantic rain forest of Brazil. 1ª edição. The
Hague: SPB Academic Pub. 130 p..

SICK, H.. 1997. Ornitologia Brasileira. Nova Fronteira. Rio de Janeiro. 912 p..

________________________________________________________________
Não há notas de rodapé

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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UNISA - Universidade de Santo Amaro

Levantamento de Campanulaceae Juss. no Parque Estadual da


Serra do Mar, Núcleo Curucutu, São Paulo, SP
DANIEL BELLATO(1)

PAULO AFFONSO(2)(Orientadores)
Ciências Biológicas
INTRODUÇÃO:
A Mata Atlântica ocupava cerca de 15% do território brasileiro antes do
descobrimento do Brasil, abrangendo os estados situados ao longo da costa
atlântica, que vai do Rio Grande do Sul ao Rio Grande do Norte. Atualmente
possui cerca de 7 a 8% da sua área original. É a floresta mais rica do mundo
em árvores, chegando a possuir 454 espécies/ha no sul da Bahia, e abriga mais
de 20.000 espécies de plantas, sendo que 50% delas são endêmicas. No caso
das palmeiras, bromélias e outras epífitas, o endemismo chega a 70%. O
sucesso de sua alta biodiversidade se deve principalmente ao macro-clima
(tropical e úmido), à grande quantidade de matéria orgânica em decomposição
e sua rápida e eficiente ciclagem. A Mata Atlântica é um dos principais centros
de alta biodiversidade onde a área original foi dramaticamente reduzida,
colocando em risco de extinção muitas espécies vegetais. A Serra do Mar
abriga parte da Mata Atlântica, que em decorrência de seu relevo, proximidade
com o mar e influência exercida pelos sistemas atmosféricos tropical atlântico e
polar, apresenta um clima caracterizado por temperaturas de médias a altas e
altos níveis de nebulosidade, umidade e pluviosidade sendo. Considerando que
a Serra do Mar representa condições excepcionais para a criação de um
Parque Estadual, por atender a finalidades culturais de preservação de recursos
nativos, exibe atributos de beleza exuberante e notável repositório de
espécimes raros, foi criado pelo decreto nº 10.251, de 30 de agosto de 1977, o
Parque Estadual da Serra do Mar, tendo como principais objetivos assegurar
proteção integral à flora, fauna, belezas naturais, bem como garantir sua
utilização a objetivos educacionais, recreativos e científicos. Para uma melhor
fiscalização, o Parque está dividido em núcleos, sendo o Núcleo do Curucutu
um desses, abrangendo parte dos municípios de Itanhaém, São Paulo e
Juquitiba. O estudo da família Campanulaceae faz parte do estudo da Flora do
Núcleo Curucutu, realizado pelos herbários UNISA e PMSP. Campanulaceae
está distribuida principalmente em regiões temperadas e subtropicais, sendo
freqüentemente encontradas em áreas montanhosas. Possui 84 gêneros e
aproximadamente 2380 espécies, sendo os principais gêneros Lobelia (400sp),
Campanula (450), Centropogon (200), Siphocampylus (225), e Wahlenbergia
(270). No Brasil são encontrados 6 gêneros e cerca de 50 espécies sendo que
no Estado de São Paulo ocorrem 5 gêneros e 26 espécies. São representadas
por ervas ou subarbustos menos freqüentes arbustos e arvoretas. Possuem

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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UNISA - Universidade de Santo Amaro

laticífero bem desenvolvido, corola campanulada ou tubulosa, às vezes


ressupinada, prefloração valvar, 5 estames alternos aos lobos da corola, filetes
livres ou monadelfos, sempre inseridos no disco nectarífero ou à base da
corola, anteras livres ou sinânteras, introrsas, gineceu sincárpico, ovário ínfero,
raro semi-ínfero, carpelos 2-3(-5), óvulos numerosos, placentação axial. O fruto
geralmente cápsula loculicida com deiscência apical com lobos curtos,
raramente poricida ou bacóide.

OBJETIVO:
São objetivos deste estudo a coleta, identificação, elaboração de chave
analítica, ilustrações e acompanhamento fenológico para as espécies de
Campanulaceae presentes no Núcleo Curucutu, Parque Estadual da Serra do
Mar.

METODOLOGIA:
Foram realizadas visitas mensais ao Núcleo Curucutu com início em março de
2007 e término em novembro de 2008, percorrendo diferentes trilhas para
coletas e observações de exemplares de Campanulaceae em diferentes fases
fenológicas.
As técnicas de coleta, herborização e preservação de material botânico
seguiram metodologia usual. Os materiais foram identificados, e depositados
nos herbários UNISA e PMSP. A chave analítica, as descrições e ilustrações
das duas espécies foram feitas com base nestes materiais.

RESUMO:
No Núcleo Curucutu foram encontradas duas espécies de Campanulaceae:
Lobelia exaltata Pohl e Siphocampylus convolvulaceus (Cham.) G. Don. Os
caracteres que se mostraram relevantes na identificação foram o hábito (erva
ereta em L. exaltata e trepadeira volúvel em S. convolvulaceus), folhas (sésseis
e lanceoladas em L. exaltata e pecioladas, elípticas ou ovais S.
convolvulaceus), e flores (em racemo, com o tubo da corola fendido
dorsalmente em L. exaltata e isoladas, com o tubo da corola inteiro até os lobos
em S. convolvulaceus). Lobelia exaltata possui distribuição ampla, porém com
pouca sobreposição com a espécie mais próxima, L. hassleri Zahlbr. Para
delimitar essas espécies são usadas as características de semente largo-alada
e ausência de indumento nas folhas e frutos em L. exaltata (Vieira, 1988).
Segundo Godoy (2003), os materiais de S. convolvulaceus e S.
longepedunculatus Pohl. nem sempre possuem clara delimitação entre as
espécies quando herborizados, pois as flores de ambas são axilares e com
pedicelos longos, sendo mais fácil a distinção por observação em campo, onde
podem ser separadas pelo hábito volúvel, folhas carnosas e corola

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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UNISA - Universidade de Santo Amaro

subventricosa em S. convolvulaceus.

CONCLUSÃO:
O presente trabalho contribuiu para o estudo da Flora do Núcleo Curucutu
descrevendo os dois únicos representantes desta família encontrados nesta
área de estudo.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
GODOY, S.A.P.; 2003 Campanulaceae In WANDERLEY, M.G.L.; SHEPHERD
G.J.; GIULIETTI, A.M; MELHEM, T. S.; KIRIZAWA, M.. Flora Fanerogâmica do
Estado de São Paulo. V. 3. Editora Rima. FAPESP.

VIEIRA, A.O.S.; 1988. Estudos Taxonômicos das Espécies de Lobelia L.


(Campanulaceae Juss.) que ocorrem, no Brasil. Dissertação (mestrado) –
Instituto de Biologia. UNICAMP. Campinas. SP.

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Palavras chave: Campanulaceae, Núcleo Curutucu

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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Levantamento de equinodermos no costão rochoso norte da


Praia do Mar Casado (Guarujá- SP)
MARIANA LANZONI SEGALA(1)

CARL HEINZ GUTSCHOW(2)(Orientadores)


Ciências Biológicas
INTRODUÇÃO:
Os Echinodermata constituem um dos filos mais distintos e facilmente
reconhecíveis do Reino Animal, praticamente todos têm hábitos bentônicos e
são permanentemente presos as fundo oceânico ou se movem lentamente
sobre o substrato, onde muitas vezes encontram seu alimento.Incluem estrelas-
do-mar (classe Asteroidea), ofiúros (classe Ophiuroidea), ouriços-do-mar
(Echinoidea), lírios-do-mar (Crinoidea) e pepinos-do-mar (Holothuroidea)
(RUPET & BARNES, 1996; STORER et al., 2003).
A classe Asteroidea contém as estrelas-do-mar que são equinodermos em
forma de estrela e de movimentos livres, nos quais seu corpo é constituído de
raios ou braços que se projetam de um disco central (RUPET & BARNES,
1996).A Classe Ophiuroidea contém os equinodermos conhecidos como ofiúros,
estrelas-serpente ou estrelas-cesto (RUPET & BARNES, 1996). Os ofiúros têm
um disco central pequeno, arredondado, com cinco braços longos, delgados,
articulados e frágeis (STORER et al., 2003). A classe Echinoidea tem os
equinodermos conhecidos como ouriços-do-mar e bolachas-do-mar. Os
membros desta classe têm o corpo em forma hemisférica, cordiforme ou
discóide (sendo estes achatados ao longo do eixo oral/aboral), sem braços ou
raios livres, mas possuem espinhos delgados e móveis (RUPET & BARNES,
1996; STORER et al., 2003). A classe Holothuroidea contém os equinodermos
conhecidos como pepinos-do-mar. O corpo do holoturoideo não dá origem a
braços, é delgado e alongado em um eixo oral-aboral e a boca e o ânus estão
em pólos opostos (RUPET & BARNES, 1996; STORER et al., 2003).A classe
Crinoidea contém os lírios-do-mar e são considerados os equinodermos mais
primitivos. O corpo é um pequeno cálice em forma de taça, que estão presos
cinco braços flexíveis que se bifurcam formando extremidades estreitas, cada
uma contendo muitas pínulas. Alguns crinoides têm um pedúnculo longo que
fixa o animal no substrato (STORER et al., 2003).
Costão rochoso é o nome dado ao ambiente costeiro por afloramentos de
rochas cristalinas situado na transição entre os meios terrestres e aquáticos.
Sendo considerado mais uma extensão do ambiente marinho do que do
terrestre, pois a maioria dos organismos que o habitam estão relacionados ao
mar. (HOFLING, 2000; LAMPARELLI, 1998).

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OBJETIVO:
O objetivo do presente trabalho é de realizar um levantamento dos
echinodermata no costão rochoso norte da praia do Mar Casado (Guarujá-SP),
entre os meses de julho a outubro de 2008.

METODOLOGIA:
Para realização deste estudo foram utilizadas as espécies: Echinometra
lucunter (Linnaeus, 1758) e Arbacia lixula (Linnaeus, 1758) pertencentes à
classe Echinoidea; Tropiometra carinata carinata (Lamarck, 1816) pertencente à
classe Crinoidea; Holothuria grisea (Selenka, 1867) pertencente à classe
Holothuroidea. As classes Asteroidea, Ophiuroidea e a ordem Clypeasteroida
(Echinoidea) também foram levadas em consideração. A praia do Mar Casado
faz parte do balneário do Guarujá, situado a 82 Km da capital (Prefeitura do
Guarujá, 2007). Foram realizadas cinco saídas a campo entre os meses de
julho a outubro de 2008. As coletas e levantamento de dados foram realizadas
na maré baixa, de acordo com dados obtidos na tábua de marés da Marinha do
Brasil, em um trecho de, aproximadamente, 350m² do costão rochoso norte da
praia do Mar Casado (adaptação de LEITE et al.,2003).

RESUMO:
Os valores de salinidade e densidade da água foram mantidos constantes
durante todo o estudo. E as temperaturas tanto da água como do ar não
variaram muito, sendo a menor temperatura da água 19°C e a do ar 17º e a
maior temperatura da água e do ar 22ºC. Estas temperaturas baixas e com
pouca variação estão ligadas principalmente a maior parte das coletas terem
sido feitas no final do inverno e início da primavera e também as condições
atmosféricas que ou estava nublado ou nublando.
Não foram contados animais da Classe Ophiuroidea este fato se deve à
profundidade em que estes animais se encontram. Em trabalho realizado em
2007, BORGES & AMARAL descrevem quatro novas espécies de ofiuros no
Brasil entre elas, três são encontradas em profundidade acima de 200m.
Ainda com relação à profundidade HENDLER et al. (1995) constata que
indivíduos da Classe Asteroidea habitam diferentes profundidades, desde a
região de maré baixa até grandes profundidades (165m). Desta forma, no
presente trabalho, não foram encontrados estes animais, já que eles são
encontrados em maiores quantidades em regiões profundas ou abaixo da zona
de marés.
Echinometra lucunter é visualmente a espécie mais encontrada na região
estudada, vivendo em locas e principalmente na região entre-marés que fica a
maior parte do tempo exporta. A grande abundância desta espécie no ambiente,
sugere que não devem existir muitos predadores ou parasitas que controlam a
população do ouriço, como também, se trata de uma espécie extremamente

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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resistente a períodos de ressecamento e mudanças de temperatura e


salinidade (HENDLER et al., 1995). HENDLER et al. (1995) cita que a
Holothuria grisea é um animal normalmente encontrado em profundidade de até
5m e vive sobre substrato arenoso plano, normalmente debaixo de rochas.
Sendo contados 57 animais no presente trabalho.
A ordem Clypeasteroida (bolachas-da-praia) não foi encontrada neste estudo,
devido ao sedimento, que era predominante rochoso ou consolidado. E estes
animais vivem normalmente em locais de areia plana, com conchas
fragmentadas e em águas rasas (HENDLER et al., 1995).
De acordo com HENDLER et al. (1995) os lírios-do-mar são habitualmente
encontrados aderidos em recife de corais em locais de baixa agitação, por este
motivo não houve uma grande abundância destes animais no estudo.
CAMARGO (2007), constata que o Tropiometra carinata carinata têm
preferências por baixas temperaturas.CASTRO et al. (1995) relatou em seus
resultados que Arbacia lixula apareceu com maior freqüente a partir dos 7m de
profundidade, mas TAVAREZ et al. (2004) diz que esta espécie pode ser
encontrada ao logo de todo o costão rochoso, desta forma os resultados obtidos
neste trabalho podem ser respondidos, ao passo que este animal é abundante
em grandes profundidades, mas também é encontrado na região entre marés.
A presença e o sucesso de um organismo ou um grupo de organismos
dependem de inúmeras condições ambientais favoráveis ao seu
desenvolvimento. Condições que se aproximem ou excedam condições
limitantes para a sobrevivência dos organismos, são chamado de fatores
limitantes (ODUM, 1988).
A baixa profundidade foi um fator limitante para muitas espécies de
equinodermos, afinal asteróides e ofiúros têm preferência por locais profundos.
O tipo de substrato também pode ser considerado um limitante já que bolachas-
da-praia e algumas espécies de asteróides preferem substrato arenoso e não
rochoso. A agitação da água limitou o aparecimento de lírios-do-mar que
normalmente são encontrados em águas calmas.
Assim como o tipo de substrato, a agitação da água e a baixa profundidade são
fatores limitantes para alguns organismos não são para outros, como é o caso
do E. lucunter que encontra nestes fatores as condições ideais para o seu
desenvolvimento.

CONCLUSÃO:
- Foram contados 423 organismos sendo: 301 Echinometra lucunter; 38 Arbacia
lixula; 57 Holothuria grisea; 27 Tropiometra carinata carinata.
- Indivíduos da Classe Asteroidea, Ophiuroidea e da Ordem Clypeasteroida não
foram encontrados.
- As espécies de maior abundância foram: Echinometra lucunter com 301

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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organismos e Holothuria grisea com 57 organismos.


- Os principais fatores limitantes foram: Baixas profundidades, tipo de substrato
e agitação da água.
- O ambiente se encontrava na região entre marés e era predominantemente de
substrato consolidado.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
BORGES, M. & AMARAL, C.Z.A.. 2007. Ophiuroidea (Echinodermata): quatro
novas ocorrências para o Brasil. Res.Bras.Zool. Vol 24 (4): 855-864.
CAMARGO, C.S.. 2007. Análise da composição de equinodermos das classes
crinoidea e echinoidea em um trecho da praia de Boracéia, litoral norte do
estado de São Paulo. Monografia – Faculdade de Ciências Biológicas,
Universidade de Santo Amaro. São Paulo. 31p.
CASTRO, C.B; ECHEVERRIA, C.A; PIRES, D.O; MASCARENHAS & FREITAS,
S.G.. 1995. Distribuição de Cnidária e Echinodermata do infralitoral dos costões
rochosos de Arraial do Cabo, Rio de Janeiro, Brasil. Ver. Bras. Biol. Vol 55 (3):
471-480.
HENDLER, G; MILLER, J.E; PAWSON, D.L. & KÍER, P.M.. 1995. Sea stars, sea
urchins and aliens: echinoderms of Florida and Caribbean. Smithson Instituition.
Flórida. 390p.
HOFLING, J.C.. 2000. Introdução à biologia marinha e oceanografia. Autor-
Editor, Campinas, São Paulo.
LAMPARELLI, C.C.. 1998. Mapeamento dos ecossistemas costeiros do Estado
de São Paulo. Secretaria do meio Ambiente, CETESBE. Paginas & Letras. São
Paulo. 108p.
LEITE, F.B.C; MOURA, A.A.S; HADEL, V.F & PLAZA, A.P.. 2003.
Echinodermata, Asteroidea do Programa BIOTA/FAPESP. São Sebastião:
CEBIMar/USP.
ODUM, E.P.. 1988. Ecologia. Guanabara Koogan S.A., Rio de Janeiro.434p.
PREFEITURA DO GUARUJÁ. 2007. Praias e Mirantes.
http://www.guaruja.sp.gov.br/site/aspx/ .(data de acesso: 28/nov/2007).
RUPERT, E.E. & BARNES, R.D.. 1996. Zoologia dos Invertebrados. 6°ed.
Editora Roca. São Paulo. 1029p.
STORER; USINGER; STEBBINS & NYBAKKEN. 2003. Zoologia geral. 6ªed.
Companhia editora geral, São Paulo. 816p.
TAVAREZ, Y.A.G; BORZONE, C.A & KAWALL, H.G.. 2004. Biologia reprodutiva
dos equinoides Echinometra lucunter (Linnaeus, 1758) e Arbacia lixula
(Linnaeus, 1758) na Ilha de Galheta, litoral paraense, Brasil. Tese de doutorado
– Setor de Ciências Biológicas, Universidade Federal do Paraná. Curitiba. 191p.

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11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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UNISA - Universidade de Santo Amaro

n/a

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LEVANTAMENTO DE ZYGOPETALUM HOOK. (ORCHIDACEAE)


NO PARQUE ESTADUAL DA SERRA DO MAR, NÚCLEO
CURUCUTU, SÃO PAULO
RODRIGO YUJI YAMAGATA(1)

PAULO AFFONSO(2)(Orientadores)
Ciências Biológicas
INTRODUÇÃO:
Na época do descobrimento, a floresta pluvial tropical atlântica, a conhecida
Mata Atlântica, abrangia total ou parcialmente 17 Estados brasileiros, situados
principalmente ao longo da costa atlântica. Ocupava 15% do território brasileiro,
área equivalente a 1.306.421 km2. Hoje mais de 50% da população brasileira
vive nos domínios da Mata Atlântica, da qual restam pouco mais de 7% do
território original. Cinco séculos de ocupação a reduziram a pequenas manchas
que se concentram nas regiões Sul e Sudeste. Mesmo reduzida e fragmentada,
seus ecossistemas ainda abrigam imensa riqueza de espécies, com os mais
altos índices de biodiversidade do planeta. Os levantamentos florísticos em área
de floresta pluvial tropical atlântica são escassos, razão pela qual praticamente
todos os trabalhos desenvolvidos na região exigem a descrição de espécies,
muitas das quais inéditas. O presente estudo foi desenvolvido no Núcleo
Curucutu do Parque Estadual da Serra do Mar (PESM). O Núcleo apresenta
uma área de aproximadamente 25.000 hectares, localizado no extremo sul da
cidade de São Paulo, a 70 km do centro, abrangendo parte dos municípios de
Juquitiba, Itanhaém e São Paulo. Quanto à vegetação, o Núcleo é caracterizado
pela ruptura das formações florestais pela ocorrência de manchas de
vegetações campestres. A família Orchidaceae apresenta distribuição
cosmopolita, sendo a grande maioria encontrada em regiões tropicais, incluindo
cerca de 850 gêneros e 20.000 espécies é uma das maiores famílias de
Angiospermas em números de espécie. No Brasil ocorrem cerca de 200
gêneros e 2500 espécies. São plantas herbáceas perenes, terrestres ou
epífitas, rizomatosas ou caulescentes, com raízes suculentas ou não, às vezes
trepadeiras com caule escandente. A escolha de Zygopetalum (Orchidaceae)
faz parte do levantamento da Flora do Núcleo Curucutu realizado pelos
herbários UNISA e PMSP. Zygopetalum consiste de aproximadamente 15
espécies distribuídas quase exclusivamente no Brasil, sendo que as matas da
Serra do Mar e as cadeias mais elevadas de Minas Gerais encerram muitas
espécies.

OBJETIVO:
Este trabalho teve como objetivo a coleta, identificação, elaboração de chave

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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analítica e ilustrações para as espécies de Zygopetalum Hook., do Parque


Estadual da Serra do Mar, Núcleo Curucutu.

METODOLOGIA:
O trabalho foi desenvolvido de março de 2007 a setembro de 2008. O material
coletado foi identificado e depositado no acervo do Herbário UNISA, Faculdade
de Biologia da Universidade de Santo Amaro. As técnicas de coleta e
herborização seguiram metodologia usual.

RESUMO:
No Núcleo Curucutu, Zygopetalum está representado por quatro espécies. O
crescimento monopodial do caule e a ausência de pseudobulbos distinguem
facilmente Z. pedicellatum das demais espécies da área. A presença de uma
inflorescência mais curta que as folhas adultas, folhas largo-lanceoladas, e
labelo com venulações ramificadas roxo-escuro, densamente vilosas, são bons
caracteres para Z. crinitum. A forma e o indumento do labelo separam Z. triste
(obovado e furfuráceo) de Z. mackayi (suborbicular e pubérulo).

CONCLUSÃO:
Foram identificadas as seguintes espécies: Zygopetalum mackayi Hook., Z.
pedicellatum Garay, Z. triste Barb. Rodr. e Z. crinitum Lood. Garcia (2003) relata
três espécies de Zygopetalum para o núcleo Curucutu. No presente estudo
acrescentou-se a ocorrência de Z. crinitum, contribuindo para o conhecimento
da flora local.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
GARCIA, R.J.F.2003. Estudo florístico dos campos alto-montanos e matas
nebulares do Parque Estadual da Serra do Mar, Núcleo Curucutu, São Paulo,
SP, Brasil. Tese (Doutorado em Botânica) – IBUSP, São Paulo, 356p.
________________________________________________________________
Palavras-chave: Zygopetalum, Orchidaceae, Núcleo Curucutu
Bolsa CNPq PIBIC/UNISA

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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UNISA - Universidade de Santo Amaro

Levantamento e ocorrência das espécies de anuros em uma


poça permanente no município de Embu-Guaçu - SP durante o
período de um ano-
RENATO LOURENÇO DE MORAES(1)

CARL HEINZ GUTSCHOW(2)(Orientadores)


Ciências Biológicas
INTRODUÇÃO:
1.INTRODUÇÃO

O mais antigo fóssil conhecido de anfíbio tem cerca de 365 milhões de anos e
tudo indica que esses animais surgiram entre 409 e 363 milhões de anos atrás.
(Pough, 2000).
Atualmente os anfíbios estão distribuídos em três ordens, Ordem Caudata,
representados pelas salamandras e tritões, Ordem Gymnophiona representados
pelas cobras cegas e Ordem Anura que são os sapos rãs e pererecas (Hadad,
2008).
A Mata Atlântica possui uma grande diversidade de ecossistemas, os
ambientes úmidos da floresta, apresentam diversos micro-ambientes que são
explorados pelos anfíbios, além de possibilitar especializações reprodutivas que
não são observados em ambientes mais secos, além de uma existência de
cadeia de montanhas que gerou um isolamento entre populações e endemismo
(Haddad, 2000).
O município do Embu-Guaçu possui uma região de 171 km2 com áreas
remanescentes de Mata Atlântica e está localizada a aproximadamente 763 m
de altitude.

OBJETIVO:
2.OBJETIVO GERAL

O presente trabalho tem por objetivo, fazer o levantamento dos anfíbios anuros
ocorrentes próximos de uma poça permanente no município de Embu-Guaçu -
SP no período de um ano

METODOLOGIA:
3.METODOLOGIA

O material de estudo são os anfíbios anuros ocorrentes em uma poça

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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UNISA - Universidade de Santo Amaro

permanente no Município de Embu-Guaçu próximo a estrada de Santa Rita, a


aproximadamente 10 km ao Sul do centro de Embu-Guaçu, perto da rua
Governador André Franco Montoro,a poça escolhida fica em um terreno de
aproximadamente 12000 metros, com áreas abertas e uma vegetação residual
de Mata Atlântica
O levantamento foi feito de Agosto de 2007 a Agosto de 2008, totalizando 12
meses de trabalho, onde na estação seca foram feitas visitas mensais, e nas
chuvosas quinzenais, e estas foram feitas entre as 18:00 e 01:00 horas.Os
animais foram coletados através da técnica de coleta ativa e coleta passiva
onde após serem identificados e fotografados foram libertados no local da
coleta.

RESUMO:
4.RESULTADOS

No levantamento foram encontradas 17 espécies pertencentes a cinco famílias


distintas, sendo elas Brachicefalidae(2 sp), Bufonidae(2 sp), Cycloramphidae(2
sp), Hilidae(9 sp) e Leptodactilidae (2 sp).

5. DISCUSSÃO

No presente trabalho verificou-se a anurofauna de uma determinada área para


o conhecimento das espécies de anuros ocorrentes na região. No local de
estudo foram encontradas 17 espécies de anfíbios, sendo que algumas dessas
espécies são endêmicas da Mata Atlântica, e outras são encontradas somente
em matas com bom estado de conservação. Visto que os anfíbios são
bioindicadores ecológicos devido a várias características de sua biologia, isto
indica que o local escolhido para estudo está em boas condições hídricas e
mesmo sendo uma área que já foi bastante alterada por ação antrópica ela
ainda mantém um ecossistema equilibrado preservando as espécies que
habitam na região.

CONCLUSÃO:
6.CONCLUSÃO

Foram registradas no local de estudo espécies de hábitos florestais como


perereca verde ( Aplastodiscus leucopigius), rã da mata ( Ischnocnema guenteri
) e sapo de chifres ( Procerathoprhys boiei ), espécies de borda de mata como
sapó ferreiro ( Hypsiboas faber ) e espécies de áreas abertas comosapo cururu

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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UNISA - Universidade de Santo Amaro

( Rhinella icterica ) e perereca de banheiro ( Scinax hayii ).

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
7.BIBLIOGRAFIA

HADDAD, C.F., TOLEDO, L.F., PRADO, C.P.A., 2008 Anfíbios da Mata


Atlântica. Editora Neotropica, 243p.

POMBAL JR.,J.P.,M.GORDO.2004.Anfíbios anuros da Juréia, pp 243-256 In:


MARQUES, O.A.V.,W. DULEPA (eds). Estação ecológica Juréia-Itatins.
Ambiente Físico,Flora e Fauna. Ribeirão Preto, Holos Editora.

POUGH, F. H.; HEISER, J. B. & MCFARLAND, W. N.,2000 .A vida dos


vertebrados. Atheneu Editora. São Paulo. 839p.

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Não há notas de rodapé

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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UNISA - Universidade de Santo Amaro

Morfoanatomia de órgãos vegetativos de Tillandsia L.


(Bromeliaceae) do Parque Estadual da Serra do Mar, Núcleo
Curucutu – São Paulo, SP
RODRIGO PEREIRA DE LIMA(1)

TEREZA CRISTINA G DA SILVA MARINHO(2)(Orientadores)


Ciências Biológicas
INTRODUÇÃO:
A mata atlântica é uma das maiores florestas tropicais contínuas. Atualmente
ocupa cerca de 7% da área original. A família Bromeliaceae tem distribuição
quase que exclusiva na América, apresentando sua maior diversidade de
espécies no Brasil. Em geral é composta por plantas de porte herbáceo, de
hábito terrestre, rupícola ou epífita. O caule é densamente recoberto por folhas
dispostas em espiral formando uma roseta. A inflorescência pode ser cimosa ou
racemosa, e o fruto pode ser cápsula ou baga. A família é sub-dividida em oito
sub-famílias, e apresenta aproximadamente 60 gêneros e cerca de 3.000
espécies.

OBJETIVO:
O trabalho teve como objetivo estudar as características morfoanatômicas dos
órgãos vegetativos de Tillandsia geminiflora Brongn., Tillandsia stricta Soland ex
Sims. e Tillandsia tenuifolia L., que ocorrem no Parque Estadual da Serra do
Mar, Núcleo Curucutu, SP.

METODOLOGIA:
Fragmentos dos espécimes coletados na área de estudo foram fixados em FAA
50 (Johansen, 1940) e posteriormente estocados em álcool etílico 50%. Para
análise anatômica, os fragmentos foram seccionados transversalmente, a mão
livre, na região mediana de órgãos adultos. Para a coloração dos cortes, foi
empreagada a técnica descrita em Kraus e Arduin (1997). A montagem das
lâminas permanentes foi efetuada em verniz vitral. O material foi documentado
através de fotografias e diagramas.

RESUMO:
Em T. geminiflora, as epidermes foliares apresentam periclinais delgadas; T.
stricta e T. tenuifolia apresentam ambas as faces da epiderme com células
espessas. Os estômatos anomocíticos são encontrados apenas na face abaxial
das folhas. O parênquima aqüífero apresenta células de formato isodiamétrico
na porção abaxial e células alongadas anticlinalmente na porção adaxial. O
parênquima clorofiliano é formado por células de formato isodiamétrico, e se

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

114
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distribui como uma faixa contínua na porção mediana do mesófilo. Canais de ar


ocorrem em todas as espécies e estão imersos no parênquima clorofiliano,
sendo formados por células braciformes, que se comunicam com as câmaras
subestomáticas. Os feixes vasculares são colaterais e circundados por bainha
esclerenquimática. As células epidérmicas dos rizomas apresentam paredes
periclinais externas espessadas. O córtex deste órgão é formado por células
parenquimáticas de paredes levemente irregulares e com raízes intracorticais. A
endoderme é unisseriada com características típicas. O periciclo é
multisseriado, podendo apresentar células espessadas. A medula apresenta
células parenquimáticas típicas e células lignificadas. Os feixes vasculares são
colaterais, sendo envolvidos por bainha esclerenquimática. As raízes de todas
as espécies estudadas apresentam velame . A endoderme e o periciclo são
unisseriados. O cilindro vascular apresenta padrão poliarco e a medula
apresenta parênquima esclereificado. As espécies estudadas apresentaram
diversos caracteres xerofíticos foliares, entre eles células epidérmicas
espessas, hipoderme, e sistema vascular com grande quantidade de
esclerênquima.

CONCLUSÃO:
A escama epidérmica é uma das adaptações foliares de maior importância.
Diversas funções são atribuídas a esta estrutura entre elas, absorver água e
sais minerais e refletir a radiação solar. As raízes intracorticais e a medula
radicular proporcionam uma melhor sustentação destas plantas. O velame
proporciona uma melhor e maior absorção de água pelas raízes e evita a perda
de água pelo córtex. As Tillandsia estudadas apresentam diversas adaptações
dos órgãos vegetativos em função do ambiente e do hábito epifítico, o que
possibilita a sobrevivência destas plantas ao ambiente que vivem.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
Johansen, D.A. 1940. Plant microtechnique. New York, Mc Graw-Hill. Book
Company.

Kraus, J.E. & Arduin, M. 1997. Manual básico de técnicas em morfologia


vegetal. Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro.

________________________________________________________________
Botânica e Ecologia. Linha de Pesquisa: Botânica Estrutural

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Morfologia e histoquimica das glândulas de Duvernoy e


Supralabial de Philodryas nattereri (Serpentes, Colubridae)
MARIA PRISCILA SILVÉRIO BRUNO(1)

ELIANA DE OLIVEIRA SERAPICOS(2)(Orientadores)


Ciências Biológicas
INTRODUÇÃO:
A função venenosa dos ofídios resulta da associação entre as glândulas
secretoras de veneno, dos dentes inoculadores e de músculos especializados.
A Família Colubridae é atualmente a maior em quantidade de espécies e
indivíduos, sendo que estes podem possuir dentição áglifa ou opistóglifa. Os
indivíduos que possuem a dentição opistóglifa merecem atenção especial, pois
são capazes de causar acidentes em seres humanos. São providos de uma
glândula que é análoga à glândula de veneno presente nos viperídeos,
denominada de glândula de Duvernoy. O gênero Philodryas tem se destacado
devido à evolução clínica dos acidentes descritos. Muitos estudos já foram
realizados com as espécies Philodryas patagoniensis e Philodryas olfersii,
porém não há estudos morfológicos sobre a glândula de Duvernoy de
Philodryas nattereri.

OBJETIVO:
Este estudo teve como objetivo geral realizar um estudo morfológico das
glândulas de Duvernoy e supralabial de Philodryas nattereri Steindachner, 1870.

METODOLOGIA:
Para a realização deste estudo foram utilizados dois animais da espécie
Philodryas nattereri provenientes do Laboratório de Herpetologia do Instituto
Butantan. Para a descrição morfológica das glândulas em questão foram
utilizados os métodos histológicos de coloração de rotina e, para identificação
dos componentes químicos secretados pelas mesmas utilizaram-se diversos
métodos histoquímicos.

RESUMO:
A glândula de Duvernoy de Philodryas nattereri apresenta-se revestida por
tecido conjuntivo que forma septos subdividindo a referida glândula. É
observada a presença de túbulos secretores e ductos excretores constituindo a
glândula de Duvernoy, a qual apresenta natureza seromucosa de acordo com
os resultados histoquímicos obtidos. As reações histoquímicas revelam a
presença de mucopolissacarídeos ácidos e neutros nos ductos excretores. Vale
ressaltar que foi evidenciada reação positiva para o método do Azul de
Bromofenol nos túbulos secretores da glândula de Duvernoy.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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A glândula supralabial de Philodryas nattereri é constituída por células de


natureza mucosa as quais formam os túbulos secretores, que foram positivos
para os métodos de PAS e Alcian Blue, evidenciando assim, a presença de
mucipolissacarídeos neutros e ácidos, respectivamente. Esta glândula
apresenta tamanho inferior ao da glândula de Duvernoy.
As características morfológicas das glândulas supralabial e de Duvernoy exibem
o mesmo padrão observado em Philodryas olfersii e Philodryas patagoniensis,
de acordo com os dados da literatura. Contudo, os dados histoquímicos revelam
uma positividade à presença de proteínas bem semelhante ao observado em
Philodryas olfersii, a qual é responsável por diversos acidentes em seres
humanos, causando sintomatologia semelhante ao envenenamento botrópico.

CONCLUSÃO:
O colubrídeo opistóglifo Philodryas nattereri apresenta a glândula de Duvernoy
classificada como seromucosa, devido à predominância de células serosas nos
seus túbulos secretores. As reações histoquímicas indicam que esta espécie
apresenta uma secreção de caráter tóxico, sendo necessário a continuidade de
estudos na área, já que não há relato de envenenamento humano com esta
espécie.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
SERAPICOS, E. O.; MERUSSE, J. L. B. 2006. Morfologia e histoquímica das
Glândulas de Duvernoy e Supralabial de seis espécies de Colubrídeos
opistoglifodontes (Serpentes, Colubridae). Papeis avulsos de zoologia. Vol. 46
(15): 187-195.

ZAGO, D. A. 1971. Estudo morfológico e histoquímico de glândulas salivares


relacionadas com a evolução da função venenosa nos ofídios. Tese de
Doutorado. Departamento de Histologia e Embriologia do Instituto de Ciências
Biomédicas. Universidade de São Paulo. 69 pág.

KARDONG, K. V. 2002. Colubrid snakes and Duvernoy’s “venom” glands.


Journal Toxicology: Toxin Reviews, 21 (1-2): 1-19.

________________________________________________________________
Serpentes, Glândula de Duvernoy, Colubridae, Morfologia

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MORTE MATERNA POR COMPLICAÇÃO DE


ESQUISTOSSOMOSE: RELATO DE CASO
PRISCILLA SOARES FREIRE(1), DEBORA HIDALGO MAGALHAES TEIXEIRA(2),
LUCIANA DE ARAUJO SOUZA(3), ERICA MAXIMIANO COSTA(4), PATRICIA ROMEIRO
BRETZ(5), ANA FLAVIA AQUEN DE MORAES(6)

MARCELO ALVARENGA CALIL(7)(Orientadores)


Ciências Biológicas
INTRODUÇÃO:
Esquistossomose é uma infecção transmitida pela água contaminada por
cercárias, uma das fases do ciclo evolutivo do Schistosoma mansoni, um
tremadódeo de sexos separados, que necessita de hospedeiros intermediários
para completar seu desenvolvimento. A doença caracteriza-se por uma fase
aguda e outra crônica quando os vermes adultos, machos e fêmeas, vivem nas
veias mesentéricas ou vesiculares do hospedeiro humano durante seu ciclo de
vida que dura vários anos. Os ovos produzem minúsculos granulomas e
cicatrizes nos órgãos nos quais se alojam ou são depositados. O quadro
sintomático depende do número de ovos e local onde estão localizados. A
principal complicação da esquistossomose mansônica é a hipertensão portal
nos casos avançados que se caracteriza por hemorragia, ascite, edema e
insuficiência hepática severa, casos que, apesar do tratamento, quase sempre
evoluem para óbito. Seus agentes etiológicos podem ser o Shistosoma
mansoni, S. haematobium e S. japonicum são as principais espécies que
causam enfermidade no homem. S. mekongi, S. malayensis, S. mattheei e S.
intercalatum têm importância em apenas algumas áreas. A distribuição da
esquistossomose é mundial chegando a atingir 53 países. Na América, a
esquistossomose se fixou nas Antilhas, Venezuela, Suriname e Brasil. No Brasil
a transmissão ocorre principalmente numa faixa contínua, ao longo do litoral.
Ela abrange os Estados do Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba,
Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Maranhão, Espírito Santo, Rio de
Janeiro, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul;
para o oeste, a esquistossomose tem sido encontrada em Goiás, Distrito
Federal e Mato Grosso. A maior endemicidade da esquistossomose ocorre em
Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia e Minas Gerais. A esquistossomose
depende da existência de hospedeiros intermediários que, no Brasil, são
caramujos do gênero Biomphalaria (B. glabrata, B. tenagophila, B. straminea).

Mortalidade materna é o óbito decorrente de complicações na gravidez, parto,


puerpério e abortos. Esquistossomose é uma parasitose causada pelo
Schistosoma, endêmica em alguns estados brasileiros. Na esquistossomose
crônica, o dano tecidual presença dos ovos. Poucos pacientes apresentam

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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doença hepatoesplênica grave com hepatopatia descompensada: insuficiência


hepática, icterícia e ascite.

OBJETIVO:
Relato de um caso de esquistossomose na gestação.

METODOLOGIA:
Atendimento médico, obstétríco de paciente gestante, portadora de
esquistossomose, atendida no Hospital Estadual do Grajaú.

RESUMO:
V.A.R, 33 anos, natural de Minas Gerais, GIV PII(c) AI, assintomática, com
idade gestacional (ultrassonográfica) de 38 2/7 semanas. Exame Físico:
assintomática, PA: 120 x 80, altura uterina 33cm, dinâmica uterina negativa,
movimentos fetais presentes, tônus normal. Toque vaginal: sem sangramento.
Cesariana realizada sem intercorrências, com extração de feto vivo, apgar
9/9/10. Durante sutura da pele, paciente evoluiu com parada cardio-respiratória
(PCR), reanimação com sucesso. Foi encaminhada à UTI, onde apresentou
sangramento intenso pela ferida operatória e via vaginal, sendo encaminhada
ao centro cirúrgico para reabordagem. Evoluiu com PCR antes da chegada ao
centro cirúrgico, sem sucesso na reanimação. Laudo Necroscópico: 1-
Esquistossomose mansônica: a- Dado epidemiológico, b- Fibrose hepática
portal (Symmers) com cirrose hepática micronodular c- Hipertensão Pulmonar.

CONCLUSÃO:
Esquistossomose é uma doença endêmica no Brasil. Suas complicações na
evolução crônica incluem fibrose, cirrose e insuficiência hepática. Segundo
autores, em áreas endêmicas, a prevalência em gestantes é 0,6%. Na maioria
dos casos relatados na literatura as pacientes eram assintomáticas, sendo a
doença descoberta por complicações na gestação. Entre as causas de morte
destaca-se hipertensão porto-pulmonar. Morte por sangramento decorrente
desta afecção revelou-se uma causa rara de mortalidade materna. Assim é
importante a suspeita diagnóstica durante o pré-natal, para pacientes de áreas
endêmicas, para evitar possíveis complicações.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
1. Neme, B. – Obstetrícia Básica; 3ª edição; 2006.
2. Cunningham, Mac Donald, Gant – Williams Obstetrics; 18º edition; Appleton
& Lange.
3. Benzecry, R. – Tratado de Obstetrícia Febrascg; Revinter.

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Trabalho realizado pela Disciplina de Obstetrícia da Faculdade de Medicina da


Universidade de Santo Amaro

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Observação e levantamento avifaunístico em um parque urbano


no município de Santo André, SP
CLAUDEMIR DURAN FILHO(1)

ELIANA DE OLIVEIRA SERAPICOS(2)(Orientadores)


Ciências Biológicas
INTRODUÇÃO:
As aves colonizaram vários ambientes naturais, podem ser encontradas em
grande quantidade nos biomas naturais (ANDRADE,1993; SIGRIST, 2006), mas
as cidades também abrigam uma série de espécies (SIGRIST, 2006).
As aves urbanas são generalistas ao procurar recursos para sobreviver.
(ANDRADE, 1993; SIGRIST, 2006).
As áreas verdes urbanas são os locais de maior concentração desses animais,
os parques para atividades de lazer apresentam então, a finalidade de garantir
certos recursos para várias espécies de aves. Recentemente vem se notando
um aumento no número de espécies e espécimes que adotaram as cidades
para se estabelecer (HARVEY, 1993).

OBJETIVO:
- Identificar espécies da avifauna ocorrente em um parque em Santo André
entre os meses abril e outubro de 2008, resultando nas estações anuais outono,
inverno e primavera;
- Identificar, quando possível, a disponibilização de recursos para as aves
como abrigo, nidificação, alimento, parceiros e outros;
- Constatar a relação ser humano e aves urbanas.
- Colher os dados da pesquisa sem induzir o aparecimento ou aproximação das
aves.
- Identificar e ilustrar as espécies encontradas.

METODOLOGIA:
Dividir o Parque, de forma imaginária, em 6 áreas:- 1ª Lado (L1) / 2ª Lado (L2) /
3ª Lado (L3) / 4ª Lado (L4) / 5ª Lado (L5) / 6ª Lado (L6), definidas visualmente
pela presença de ruas no local.
Utilizar em ficha própria.
Explorar cada área por aproximadamente 20 minutos, alternando observação
de espera ou observação de percurso. Realizar o procedimento por, no mínimo,
20 dias espaçados e aleatórios¹. Exceder esse tempo quando necessário, na
observação de algum comportamento até seu término.

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Observar e/ou ouvir com atenção, fotografar quando necessário.


Observar possíveis interações dos freqüentadores do Parque com as aves e
anotar.
Realizar entrevistas, entre os dias de observação, junto a moradores da
vizinhança, freqüentadores ou funcionários do Parque sobre sua familiaridade
com as aves do local.
Identificar as espécies no momento que passam ou permanecem no local,
quando possível, caso contrário, registrar a maior quantidade possível de dados
sobre a espécie para posterior identificação.
Ilustrar as espécies relacionadas como um adicional ao trabalho mantendo ao
lado da ilustração uma reta graduada como referência.
Quantificar os resultados obtidos sobre espécies encontradas, comportamento
observado e relacionamento com os moradores humanos através de tabelas e
gráficos.
Comparar as informações práticas com dados bibliográfic

RESUMO:
Foram identificadas, 56 espécies, divididas nas seguintes ordens:
Anseriformes: 3;
Apodiformes: 1;
Ciconiiformes: 3;
Columbiformes: 4;
Coraciformes: 1;
Cuculiformes: 2;
Falconiformes: 3;
Gruiformes: 3;
Passeriformes: 34;
Pelecaniformes: 1;
Piciformes:1;
Psittaciformes: 6;
Strigiformes: 2.
Além das espécies encontradas, foi verificado que a relação entre humanos e
aves, nessa região, é de certa forma, construtiva, com pessoas limitando-se a
observar aves, havendo também o interesse em aumentar os recursos. Porém
também há relação não construtiva, com algumas depredações desses
recursos.
DISCUSSÃO
O Parque Central, com 10.500 árvores, sendo 170 transplantadas de outros
locais, 40.000m2 de gramado e 8.000m2 de canteiros de vegetação herbácea,
é freqüentado por várias espécies de aves, a grande maioria pertence ao grupo
de aves comumente observadas em cidades brasileiras (SIGRIST, 2006),

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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pertencentes à ordem Passeriforme, onde seus integrantes apresentam,


segundo a espécie, formas diferentes de explorar e obter recursos para
sobreviver e reproduzir. Mas outras, de ambientes mais específicos, também
podem ser encontradas nessas áreas, como é o caso de aves que se
alimentam de animais e vegetais aquáticos. Algumas espécies, ainda, usam
essa área para descanso, reprodução ou forrageio durante suas migrações
(ANDRADE,1993).
Estes fatos parecem passar despercebidos pela maior parte dos
freqüentadores, que poderiam ser mais instruídos e a região, fiscalizada, para
se evitar degradações por parte de algumas pessoas sem orientação..

CONCLUSÃO:
Considerando o grande número de espécies e de espécimes em uma área
relativamente pequena, em meio a uma região fortemente industrializada, o
Parque pode oferecer para as aves uma área importante para a manutenção
dos indivíduos através da oferta de alimentos, refúgios e água (SIGRIST, 2006).

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
ANDRADE, M. A. A vida das aves: Introdução à Biologia e Conservação. Belo
Horizonte: Littera Maciel Ltda, 160p. 1993.
HARVEY, F. P.; HEISER, J. B. MCFARLAND, W. N. A vida dos vertebrados:
Endotermos Terrestres: aves e mamíferos. Atheneu editora São Paulo LTDA,
p559-643.
SIGRIST, T. Aves do Brasil. Uma visão artística. São Paulo: Edit Avis Brasilis.
672 p. 2006.

________________________________________________________________
¹- Foram consideradas as condições meteorológicas.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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Perfil dos pacientes atendidos pela Fisioterapia no setor de


emergência e urgência do Hospital Geral do Grajaú
FABIANA DO CARMO MARTINS(1)

VIVIANI APARECIDA LARA(2)(Orientadores)


Ciências Biológicas
INTRODUÇÃO:
A medicina de emergência é uma área baseada no conhecimento e na
habilidade prática necessários à prevenção, diagnóstico e tratamento de fatores
agudos de doenças e injúrias que afetam pacientes de diferentes condições
físicas, psicológicas e sociais, sendo o tempo, nessa especialidade, fator crítico;
no setor de emergência são atendidas duas situações distintas: a emergência,
condição imprevisível ou inesperada que requer ação imediata ou ainda,
alteração súbita do estado de saúde; e a urgência, situação que requer
apreciação e decisão rápida e exige ação ou tratamento em curto prazo; a
fisioterapia em medicina de emergência é uma área fundamental, porém ainda
pouco explorada; o fisioterapeuta pode atuar junto à equipe multidisciplinar na
unidade de emergência através de uma intervenção precoce, direcionada e
especializada; para amenizar o sofrimento de quem passa pela porta de
entrada de um pronto-socorro fisioterapeutas estão desbravando o caminho e
passam a fazer parte, efetivamente e 24 horas por dia, das equipes do setor de
emergência dos hospitais; a fisioterapia, além de interagir em conjunto com a
equipe em situações críticas a vida, auxilia no suporte básico, intervém com
assistência ventilatória ideal e com a profilaxia das morbidades, principalmente
as advindas da síndrome do imobilismo; o Hospital Geral do Grajaú - HGG é
responsável pelo atendimento de inúmeros pacientes, diurno e noturno, de
maneira emergencial ou eletiva. Em seus 15.000 m², possui 280 leitos e atua
nas quatro áreas em nível secundário de complexidade. Chega a atender mais
de 2.000 pacientes por dia no pronto-socorro, em 2007 sendo realizados cerca
de 333.424 atendimentos; com a caracterização do perfil dos pacientes
atendidos pelo serviço de fisioterapia no setor de emergência e urgência de um
hospital acreditamos que seja possível saber quais seriam as melhores técnicas
e abordagens fisioterapêuticas a serem realizadas, sendo possível encurtar o
tempo de pré-avaliação e atendimento imediato, permitindo elaborar protocolos
de atendimento para as patologias apresentadas no presente estudo.

OBJETIVO:
O objetivo do presente estudo é traçar o perfil dos pacientes atendidos pela
fisioterapia no Pronto-Socorro Adulto (P.S.A) no setor de emergência e urgência
do Hospital Geral do Grajaú Prof. Liberato John Alphonse DiDio, localizado na
Zona Sul de São Paulo, através da análise de gênero, etnia, região de

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

124
UNISA - Universidade de Santo Amaro

residência, hipótese diagnóstica, patologias associadas, estado geral e sinais


vitais, gasometria arterial, ventilação mecânica utilizada, os medicamentos em
uso pré e intra–hospitalar e tratamento fisioterapêutico.

METODOLOGIA:
Para a realização deste estudo foram coletados dados em prontuários médicos
e em evoluções da fisioterapia, no período de março a junho de 2008, no
momento de admissão ou nas primeiras 24 horas do paciente no setor, 5 vezes
por semana no período da tarde, com utilização de uma ficha de avaliação onde
foram preenchidos os dados.

RESUMO:
Fizeram parte deste estudo 85 pacientes com uma média de idade de 59,4
anos (± 18,9) sendo 55,8 anos (± 18,0) do gênero masculino. Observou-se que
56,50% dos pacientes eram do gênero masculino, 85 pacientes analisados,
49,41% são da etnia branca, 61,18% dos pacientes atendidos residem na
região do Grajaú, 32,94% dos pacientes apresentam hipotese diagnóstica de
doenças respiratórias, 28% com associação de patologias cardiológicas, 60%
apresentavam-se em regular estado geral (REG), 32,95% são pacientes que
mostraram-se eupnéicos estando intubados, em ventilação mecânica e sob
sedação, 48,33% normocárdicos e 44,70% estavam hipertensos, Quanto à
avaliação gasométrica obteve-se como resultado que 28,24% dos pacientes
encontravam-se com alterações metabólicas, 78,82% foram submetidos à
ventilação mecânica invasiva, Da amostra analisada poucos dados foram
obtidos em relação aos medicamentos utilizados pelos pacientes antes da
admissão na sala de emergência e com isso os resultados obtidos foram:
84,70% não constavam dados relacionados aos medicamentos utilizados pelo
paciente fora do ambiente hospitalar.

CONCLUSÃO:
Os pacientes atendidos pela fisioterapia no setor de emergência e urgência
apresentam perfil do gênero masculino, uma idade média de 55,8 (± 18,0) anos,
são brancos, residem na região do Grajaú, com hipótese diagnóstica de
doenças respiratórias, apresentavam como patologias associadas doenças
cardíacas, apresentavam-se em regular estado geral, em ventilação mecânica
invasiva, sedados e com alterações dos sinais vitais, quanto ao exame
gasométrico apresentavam alterações metabólicas, utilizavam-se de anti-
hipertensivos, ansioliticos e outros medicamentos em tratamento pré-hospitalar,
o tratamento fisioterapêutico constituiu-se em fisioterapia respiratória, motora e
monitorização.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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UNISA - Universidade de Santo Amaro

CARVALHO, C. R. R., JUNIOR, C. T., FRANCA, S. A. III Consenso Brasileiro de


Ventilação Mecânica. Jornal de Pneumologia, São Paulo, n. 33, supl.2, 54 a
55p, 2007.

GUYTON, A. C., HALL, J. Tratado de Fisiologia Médica. 11.ed. Rio de Janeiro:


Guanabara Koogan, 2006. 488p.

KNOBEL, E. Condutas no paciente grave. 2.ed. São Paulo: Atheneu, 1998a.


v.1. 823p.

________________________________________________________________
(FATOVICH, 2002); (ALTHERMAN, 2007);(KNOBEL, 1998a, LARA et al., 2000,
SCANLAN et al., 2000, MOURA, 2004).

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS GESTAÇÕES MÚLTIPLAS NO


HOSPITAL GERAL DO GRAJAÚ NO PERIODO DE JANEIRO DE
2002 A MARÇO DE 2008
CAROLINA KYRIE OTANI(1), JULIANA MIRANDA REIS DE MATHEUS(2), LUCIANA
CRISTINA DA CUNHA L WANDERLEY(3), MILTON BURLIM JUNIOR(4), CASSIANO
COTRIM MARTINS ANDALAFT(5), ALINE KLATCHOIAN(6)

MIGUEL ARCANJO PEDROSA(7),MARCELO ALVARENGA CALIL(8)(Orientadores)


Ciências Biológicas
INTRODUÇÃO:
Mulheres com gestação múltipla estão sujeitas a maiores riscos, tanto para si
mesmas quanto para seus conceptos, quando comparadas a mulheres com
gestação simples. No período pré-concepcional atenção deve ser dada para
evitar a gestação múltipla (principalmente nos centros de reprodução assistida).
O cuidado pré-natal inicial deve focar a determinação da corionicidade e
rastreamento para anomalias fetais, enquanto o pré-natal final deve-se centrar
na apresentação, predição e conduta no parto pré-termo e restrição de
crescimento. Muitas áreas de assitência necessitam de informações de melhor
qualidade: número ótimo de embriões a serem transferidos (sendo a tendência
mais atual a de transferir apenas um embrião), diagnóstico preciso da
corionicidade e se há benefícios em clínicas especializadas em gestações
múltiplas. Também é necessário melhorar os conhecimentos sobre a condução
das complicações da gravidez múltipla, incluindo gestação gemelar
monoamniótica, tratamento de transfusão feto-fetal e seguimento após óbito de
um dos gemelares.
Os materiais antropológicos relativos à gemealidade são consideráveis:
escolhemos então privilegiar aqueles provenientes da África negra, na medida
em que eles se apresentem sob forma verdadeiramente paradigmática. A
primeira parte tenta mostrar o jogo entre o mesmo e o outro no qual são pegos
os gêmeos, alternativamente ou simultaneamente. A segunda parte explora a
noção de gêmeo que se estende além de sua estrita definição (assim os
ôquase gêmeosö, os ôgêmeos defeituososö, os ôgêmeos solitáriosö etc).
Enfim, a terceira parte se fixa a um destes ôfalsosö gêmeos û a placenta û e
introduz alguns mitos ameríndios onde a gente vê a placenta se metamorfosear,
depois de uma gestação ônaturalö, em seu gêmeo. Devemos concluir que todo
nascimento é gemelar, mas o gêmeo-placenta é normalmente destinado à
morte.

OBJETIVO:
Analisar a ocorrência de gemelaridade dentre o total de partos realizados no
Hospital Geral do Grajaú, FMUNISA, no período de janeiro de 2002 a março de

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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UNISA - Universidade de Santo Amaro

2008.

METODOLOGIA:
A amostra estudada foi obtida através da consulta de prontuários do SAME.
Foram analisados incidência de gemelaridade, tipo de parto, idade materna,
etnia materna, paridade, mortalidade fetal, prematuridade, peso ao nascer e
apgar de 1° e 5° minuto. Os resultados foram analisados estatisticamente.

RESUMO:
Foram encontradas 74 gestações múltiplas de um total de 13308 partos. O
parto cesáreo foi o mais incidente (64,86%). A maioria das pacientes tinha
idade entre 20 e 35 anos (74,3%). Em relação à etnia materna, foram
encontradas 47,3% brancas, 41,9% pardas e o restante negras. Quanto à
paridade 54,05% eram multíparas. Em relação ao recém nascido, 47,29%
nasceram com baixo peso e 45.94% eram prematuros. Referente ao Boletim de
Apgar de 1° minuto, 68,91 % dos 1º gemelares e 66,26% dos 2º gemelares
tiveram notas = 7. Enquanto o Apgar de 5° foi = 7 para 90,54% dos 1º
gemelares e para 87.83% dos 2° gemelares. A ocorrência de mortalidade fetal
foi de 4,05%.

CONCLUSÃO:
Os valores encontrados para incidência de gemelaridade, idade materna, etnia
materna, mortalidade fetal, prematuridade, peso ao nascer e Apgar descordam
da literatura estudada, sugerimos então que esse contraste deva-se ao perfil
socioeconômico da população estudada.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
1. Neme, B. – Obstetrícia Básica; 3ª edição; 2006.
2. Cunningham, Mac Donald, Gant – Williams Obstetrics; 18º edition; Appleton
& Lange.
3. Benzecry, R. – Tratado de Obstetrícia Febrascg; Revinter.

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Trabalho realizado pela Disciplina de Obstetrícia da Faculdade de Medicina da
Universidade de Santo Amaro

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS PACIENTES COM MASTITE


PUERPERAL DA FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE
DE SANTO AMARO
PRISCILLA SOARES FREIRE(1), MARIA CAROLINA DE CAMARGO VIEIRA(2),
VANESSA SALIBA DONATELLI(3), PATRICIA ROMEIRO BRETZ(4), FRANCINE
FELDMAN(5)

MIGUEL ARCANJO PEDROSA(6),MARCELO ALVARENGA CALIL(7)(Orientadores)


Ciências Biológicas
INTRODUÇÃO:
A mastite puerperal ou da lactação é um processo infeccioso agudo das
glândulas mamárias que acomete mulheres em fase de lactação, com achados
clínicos que vão desde a inflamação focal, com sintomas sistêmicos como
febre, mal-estar geral, astenia, calafrios e prostração, até abscessos e
septicemia. Devido ao desconforto e à dor, e também por acreditarem que o
leite da mama afetada fará mal ao bebê, muitas mulheres desmamam
precocemente os seus filhos, se não forem adequadamente orientadas e
apoiadas. Dados mostram que a mastite acomete, em média, 2 a 6% das
mulheres que amamentam. Estudos recentes prospectivos mostram incidência
mais elevada de até 27%, com 6,5% de recorrência.

As mastites são causadas por diversos microrganismos, prevalecendo o


Staphylococcus aureus como agente etiológico em 50 a 60% dos casos. Dentre
os fatores que predispõem a mastite prevalecem a fadiga, o estresse, fissuras
nos mamilos, obstrução ductal e ingurgitamento mamário.

A mastite, quando não tratada precocemente, pode evoluir para abscesso13. O


melhor tratamento é a massagem, seguida de ordenha, aplicação de calor local
e/ou frio, aumento de ingestão de líquidos e repouso. A massagem facilita a
fluidificação do leite por transferência de energia cinética, utilizada para
rompimento das interações intermoleculares que se estabelecem no leite
acumulado no interior da mama, além de estimular a síntese de ocitocina
necessária ao reflexo de ejeção do leite. Pode ser necessário o uso de
analgésicos, antitérmicos e antibióticos. Os antibióticos mais indicados são as
penicilinas resistentes a penicilinase ou as cefalosporinas, que cobrem
Staphylococcus aureus produtores de betalactamase, bactéria de maior
prevalência nos processos de mastite. A dicloxacilina, antibiótico do grupo da
penicilina, é também indicada.

Essas drogas são consideradas seguras durante a lactação, pois as


quantidades excretadas no leite são mínimas devido a sua alta taxa de ligação

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

129
UNISA - Universidade de Santo Amaro

com as proteínas plasmáticas maternas. A manutenção da amamentação está


indicada, porque o leite materno é rico em anticorpos e fatores antibacterianos,
e as toxinas das bactérias quando ingeridas são destruídas no tubo digestivo.
Por outro lado, o desmame abrupto favorece o aumento da estase láctea com
possível formação de abscesso e também pode gerar traumas psicofisiológicos
para mãe e bebê.

Estes problemas poderiam ser prevenidos se as mulheres fossem orientadas


quanto às técnicas adequadas de amamentação e ordenha. É importante
também o acompanhamento das mães que amamentam para que haja a
detecção de problemas como a fissura mamilar e ingurgitamento mamário,
possibilitando a intervenção precoce.

OBJETIVO:
O objetivo deste trabalho é avaliar o perfil epidemiológico quanto à idade, a
etnia, ao tipo de parto, à paridade, ao período do puerpério, à mama afetada, ao
aleitamento materno e ao tabagismo, das pacientes internadas na maternidade
do Hospital Estadual do Grajaú da Faculdade de Medicina da Universidade de
Santo Amaro.

METODOLOGIA:
Neste trabalho foram avaliados 20 prontuários de pacientes com diagnóstico de
mastite puerperal, no período de janeiro de 2004 a fevereiro de 2008.

RESUMO:
Como resultados obteve- se: maior prevalência entre 20-35 anos (16%), na
etnia branca (17%), após parto normal (11 %), em primigestas (7%), durante o
puerpério tardio( mais de 6 semanas- 5%), na mama direita( 12%), durante o
aleitamento (10%), não tabagistas( 10%).

CONCLUSÃO:
Baseado nos resultados, conclui-se que a mastite puerperal atingiu em maiores
proporções as pacientes mais inexperientes com a amamentação e a
maternidade, quando já estavam em seus domicílos.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
1. Neme, B. – Obstetrícia Básica; 3ª edição; 2006.
2. Cunningham, Mac Donald, Gant – Williams Obstetrics; 18º edition; Appleton
& Lange.
3. Benzecry, R. – Tratado de Obstetrícia Febrascg; Revinter.

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Trabalho realizado pela Disciplina de Obstetrícia da Faculdade de Medicina da
Universidade de Santo Amaro

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE PUÉRPERAS COM DIAGNOSTICO


DE SIFILIS INTERNADAS, NO PERODO DE JANEIRO DE 2005 A
MARÇO DE 2008, NO HOSPITAL ESCOLA DA FACULDADE DE
MEDICINA DA UNISA.
CAROLINA KYRIE OTANI(1), DANIELE SEQUEIRA AUDI(2), IVAN VINICIUS ANDRADE
GALINDO(3), VIVIANE CISI PELIELLO(4), RENATA DE PAULA TEMOTHEO(5)

MARCELO ALVARENGA CALIL(6)(Orientadores)


Ciências Biológicas
INTRODUÇÃO:
A sífilis congênita (SC) ocorre quando há infecção do concepto pela espiroqueta
Treponema pallidum oriunda de gestante não tratada ou inadequadamente
tratada. Pode ocorrer em qualquer fase gestacional e as taxas de transmissão
vertical podem atingir valores de 70% a 100% dependendo da fase da doença
em que a gestante se encontra. A SC pode ocasionar uma série de danos para
o feto, destacando-se o baixo peso ao nascer, a prematuridade e o óbito fetal
(SARACENI et al., 2005). Em mais de 50% dos casos, a infecção na criança é
inaparente ao nascimento, com surgimento de sinais e sintomas geralmente
nos três primeiros meses de vida (BRASIL, 2006). A SC se configura como um
grave problema de saúde pública e o seu controle é uma das metas de
rganismos de saúde nacionais e internacionais. No Brasil, estima-se que a
prevalência da sífilis em gestantes seja de 1,6% (BRASIL, 2006). Na década de
1990, o Ministério da Saúde (MS) lançou o projeto de eliminação da SC, cuja
meta seria reduzir, drasticamente, os casos para um em cada 1000 nascidos
vivos (BRASIL, 1993). Esta meta ainda não foi atingida, o que demonstra a
necessidade de reformulação das estratégias utilizadas. Apesar de ser mais
freqüente na gestação do que a infecção pelo vírus da imunodeficiência
humana e de ser factível de cura com tratamento simples e de baixo custo, a
sífilis não tem a mesma visibilidade e mobilização para o seu controle. Para
Peeling et al. (2004), a resposta para a problemática da sífilis repousa na
garantia de diagnóstico e tratamento rápidos, bem como na integração dos
programas de saúde. Segundo o Sistema de Informação de Agravos de
Notificação, em 2004, foram notificados 4648 casos de SC no Brasil (BRASIL,
2004). Esse número não representa a real magnitude do problema, já que no
Brasil a sub-notificação de registros de casos de doenças é uma constante
(FAÇANHA, 2005; MARZIALLE, 2003; OLIVEIRA et al., 2005; ). Essa sub-
notificação aliada à baixa qualidade dos registros de casos notificados dificulta
a elaboração de estratégias de controle desta doença, na medida em que se
desconhece a real magnitude deste agravo.
O controle da SC requer uma reflexão e reestruturação da assistência pré-natal,

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

132
UNISA - Universidade de Santo Amaro

pois casos têm ocorrido em crianças cujas mães receberam assistência pré-
natal com o número de consultas preconizado pelo MS (BRASIL, 2005; SÃO
PAULO, 2005). Esse fato reflete a baixa qualidade da assistência pré-natal.

OBJETIVO:
Correlacionar o número de casos de sífilis diagnosticados no Hospital Geral do
Grajaú em puérperas, tipo de rastreamento aplicado, conduta e a presença ou
não de sífilis congênita, comparado na região sul do município de São Paulo
(supervisão técnica de Capela de socorro).

METODOLOGIA:
Foram analisados 6613 prontuários sendo 22 casos diagnosticados de sífilis, e
realizada a analise criteriosa quanto algumas variáveis: idade materna,
paridade, idade gestacional, realização de pré-natal, local do diagnóstico,
tipagem sangüínea, titulação do VDRL, peso do recém nascido, boletim
APGAR, titulação do VDRL do RN, e percentual de sífilis congênita.

RESUMO:
- incidência: 1,4 por 1000 nascidos vivos;- idade materna: 53% entre 20 e 40
anos;- paridade: 68% multíparas;- idade gestacional: 68% gestação de termo;-
60% sem pré-natal;- 55% diagnosticadas no admissão;- tipagem sangüínea: A;-
titulação do VDRL: 50% eram 1/32;- peso do RN: 75% eram apropriados para
idade gestacional;- boletim APGAR: 80% sem anóxia;- titulação dos RN: 80%
tinham titulação baixa; - Nenhum caso de VDRL positivo no líquor.

CONCLUSÃO:
A incidência de sífilis congênita no município de São Paulo de 1,8 por 1000
nascidos vivos, na região sul (supervisão técnica da Capela do Socorro) 1,2 e
no HGG 1,4, mostrando um índice intermediário em nosso serviço. A incidência
de idade materna, paridade, idade gestacional e a não realização de pré-natal
coincidem com a literatura. Não houve nenhum caso de má formação
congênita, causada pela Sífilis.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
1. Neme, B. – Obstetrícia Básica; 3ª edição; 2006.
2. Cunningham, Mac Donald, Gant – Williams Obstetrics; 18º edition; Appleton
& Lange.
3. Benzecry, R. – Tratado de Obstetrícia Febrascg; Revinter.

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Trabalho realizado pela Disciplina de Obstetrícia da Faculdade de Medicina da

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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UNISA - Universidade de Santo Amaro

Universidade de Santo Amaro

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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Potencial alelopático de extratos etanólicos de espécies de


melastomataceae.
JOSE ADRIANO PINHEIRO(1)

MARCO AURELIO SIVERO MAYWORM(2),MARCO AURELIO SIVERO


MAYWORM(3)(Orientadores)
Ciências Biológicas
INTRODUÇÃO:
Introdução
A família Melastomataceae distribui-se na região pantropical e no Brasil
ocorrem cerca de 70 gêneros e 1.000 espécies, sendo comuns na mata
atlântica. Poucos estudos fitoquímicos foram realizados, contudo as espécies já
estudadas demonstrara atividades biológicas e teores relevantes de alcalóides,
glicosídeos, taninos e triterpenos.

OBJETIVO:
O presente trabalho teve como objetivo estudar o potencial fitotóxico de extratos
foliares de Miconia cabucu Hoehne, Tibouchina fothergillae (DC.) Cogn.,
T.sellowiana Cogn., Leandra cardiophylla Cogn, L. cordigera Cogn. e Behuria
insignis Cham. (Melastomataceae), sobre a germinação e crescimento de
plântulas de alface (Lactuca sativa L.).

METODOLOGIA:
Para determinar o rendimento de massa seca das amostras coletadas foram
selecionados três fragmentos de tamanho uniforme, em triplicata, pesados
imediatamente em balança analítica e desidratados em estufa, a 100ºC, durante
12 horas. Posteriormente, os fragmentos secos foram acondicionados em
dissecador fechado a vácuo até peso constante.
Amostras de folhas foram fragmentadas e submersas em etanol P.A, sendo
agitadas diariamente e o solvente trocado a cada 7 dias, perfazendo um total de
28 dias de extração. Após a primeira extração (7º dia), o material foi triturado e
submerso em etanol P.A. As extrações foram feitas à temperatura ambiente e
protegidas da luz, a fim de evitar a fotooxidação dos compostos. Os extratos
obtidos foram reunidos, constituindo os extratos etanólicos brutos, os quais
foram concentrados sob pressão reduzida em rotaevaporador a 45°C, e tiveram
suas concentrações acertadas a 1%. (BERNARD et al., 1995 – modificado).
Os testes de ação alelopática dos extratos foram desenvolvidos segundo LI et
al. (1993 – modificado) em triplicatas. Em discos de papel de filtro, foram
depositados 4 mL de cada extrato etanólico, de forma uniforme. Para efeito de

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

135
UNISA - Universidade de Santo Amaro

controle, em outros discos de mesmo diâmetro foram depositados 4 mL de


etanol P.A. Os discos impregnados foram mantidos por 24 horas em
dessecador para eliminação do solvente. Após esse período, os discos de papel
de filtro foram depositados em placas de Petri previamente esterilizadas. Em
cada placa foram acrescentados 4 mL de água destilada e, após 2 horas, foram
depositados 20 aquênios de alface (Lactuca sativa L.) As placas foram vedadas
com papel filme (PVC) e mantidas em ambiente com iluminação constante e
temperatura ambiente pelo período de sete dias. A porcentagem de germinação
foi determinada durante sete dias, e no 7º dia foram medidos os comprimentos
do eixo hipocótilo-radicular das plântulas germinadas.
A determinação dos fenóis totais confeccionou-se uma curva padrão em
duplicata, utilizando-se balões volumétricos de 50 mL, aos quais foram
acrescidos 35 mL de água destilada, solução aquosa de ácido tânico em teores
conhecidos (25 a 300 µg), 2,0 mL de reagente de Follin Ciocauteau, 5,0 mL de
solução saturada de carbonato de sódio (Na2CO3) e água destilada até
completar o volume para 50mL. Os balões foram homogeneizados e após duas
horas, procedeu-se a leitura em espectrofotômetro a 760nm (SALGADO, 2004).
A determinação dos fenóis totais dos extratos etanólicos foram realizados em
duplicata, utilizando balões volumétricos de 50 mL, aos quais foram adicionados
35 mL de água destilada, 2,0 mL de reagente de Follin Ciocauteau, 5,0 mL de
solução saturada de carbonato de sódio (Na2 CO3), 150µL dos extratos
etanólicos e água destilada até completar o volume para 50 mL. Os balões
foram homogeneizados e após duas horas, procedeu-se a leitura em
espectrofotômetro a 760nm.
Para a determinação do teor de flavonóides foi confeccionada uma curva
padrão em duplicata, utilizando-se solução etanólica de quercetina (50 µg/mL)
complexada com solução etanólica de cloreto de alumínio (5%), em teores
conhecidos (100 a 700 µg). Em balões volumétricos de 50 mL se adicionou 35
mL de etanol P.A., volumes crescentes de solução etanólica de quercetina (2
mL a 14 mL), 1 mL de solução etanólica de cloreto de alumínio, completando-se
o volume com etanol P.A. A leitura foi realizada em espectotômetro a 415 nm
(WOISKY & SALATINO, 1998).
A determinação de flavonóides dos extratos foi realizada em duplicata, em
balões volumétricos de 50 mL, adicionando-se 35 mL de etanol P. A., 500 µL
dos extratos e 1 mL de solução etanólica de cloreto de alumínio (5%),
completando-se o volume com etanol P.A.
O teor de açúcares totais obtido através do método fenol-sulfúrico (DUBOIS et
al., 1956) em duplicata. Foram utilizados 10 µL de cada extrato, completando-se
o volume para 1,0 mL com água destilada. Em seguida acrescentaram-se 0,5
mL de fenol 5% e 2,5 ml de ácido sulfúrico (H2SO4). Após 30 minutos, as
amostras foram analisadas em espectrofotômetro, medindo a absorbância em
490 nm. Construindo-se uma curva padrão com solução aquosa de glicose

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

136
UNISA - Universidade de Santo Amaro

(100µg/ mL).

RESUMO:
Observaram-se maiores porcentagens de massa seca total em folhas de T.
fothergillae (92,6%) e Leandra cordigera (81,3%), e a menor em Miconia cabucu
(67,5%). Os maiores rendimentos foram obtidos com os extratos de Tibouchina
sellowiana (13,1%) e Leandra cordigera (11,9%). Os menores índices de
germinação no 1º dia de contagem foram observados sobre os extratos de
Behuria insignis (1,6%), L. cordigera (3,3%) e L. cardiophylla (3,6%). As
menores taxas finais de germinação foram observadas nos extratos de L.
cardiophylla (33,4%) e B. insignis (33,5%). Os valores de IVG foram menores
nos extratos de L. cardiophylla (3,8) e B. insignis (5,7), em relação ao controle
(13,1). Os extratos de L. cordigera e B. insignis afetaram mais fortemente o
crescimento do eixo hipocótilo-radicular. O maior teor de flavonóides totais foi
apresentado pelo extrato de L. cardiophylla (1,6 mg/mL) e em T. fothergillae o
maior teor de açúcares totais (5,4 mg/mL).

CONCLUSÃO:
O extrato que apresentou maiores resultados de ação fitotóxica para todos os
parametros analizados foi o de Behuria insignis.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
LI, S. L.; YOU, Z. G.; LI, S. R.; ZHANG, L. Allelopathy of wheat extracts to the
growth of two weeds. Chinese Journal of Biological Control, Beijing, v. 12, n. 4,
p. 169-170, 1996.
SOUZA, V. C. & Lorenzi, H. 2005. Botânica Sistemática: guia ilustrado para
identificação das famílias de Angiospermas da flora brasileira, baseado em
APGII. Nova Odessa, SP, Instituto Plantarum, p. 141-142.
________________________________________________________________
Considerações finais

Os resultados apresentados neste trabalho demonstraram que os extratos


etanólicos de folhas de Miconia cabucu Hoehne, Tibouchina fothergillae (DC.)
Cogn., T.sellowiana Cogn., Leandra cardiophylla Cogn, L. cordigera Cogn. e
Behuria insignis Cham. possuem atividade alelopática. Sendo os extratos com

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

137
UNISA - Universidade de Santo Amaro

maior potêncial inibitório, os de Leandra cardiophylla, L. cordigera e Behuria


insignis.
Estudos para identificar os princípios ativos e quantificar as substâncias
responsáveis contribuirão para a complementação do conhecimento destas
espécies.
Seguem abaixo algumas sugestões de estudos:
• Isolamento e identificação dos compostos presentes nos extratos.
• Estudo dos potenciais alelopáticos utilizando outros solventes para a produção
dos extratos como hexano, acetona, clorofórmio, água, butanol, etc.
Estudo do potencial alelopático de extratos em concentrações menores que 1%.
Estudo do potencial alelopático de outras partes da planta, como raízes e caule.
Avaliação sazonal do potencial alelopático.
Avaliação do potencial osmótico dos extratos e sua relação com a atividade
alelopática.
Avaliação de outras atividades biológicas (acaricida, larvicida, antimicrobiana,
oxidante, etc.).

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

138
UNISA - Universidade de Santo Amaro

PRENHEZ ECTÓPICA GEMELAR TUBÁRIA UNILATERAL:


RELATO DE CASO
CAROLINA KYRIE OTANI(1), ANNA TEREZA NEGRINI FAGUNDES(2), DEBORA
HIDALGO MAGALHAES TEIXEIRA(3), ERICA MAXIMIANO COSTA(4), VANESSA SALIBA
DONATELLI(5)

MARCELO ALVARENGA CALIL(6)(Orientadores)


Ciências Biológicas
INTRODUÇÃO:
Gravidez ectópica é a implantação do ovo fora da cavidade uterina. A
localização tubária é mais freqüente, ocorrendo em 95% dos casos. Na prenhez
ectópica gemelar tubária há diversas formas de combinações e sítios de
implantação. Gestação ectópica bilateral tubária é a forma mais rara de
gestação gemelar, seguindo-se pela gestação ectópica múltipla na mesma tuba
e pela gestação simultânea tubária e intra-uterina.
A gravidez ectópica caracteriza-se pela implantação do ovo fora da cavidade
endometrial (tubas, ovários, intraligamentar e locais anômalos do útero). A
incidência é de 0,3 a 3% das gestações, sendo responsável por 6 a 10% de
toda a mortalidade materna. Pode causar ainda, dificuldade para nova
fertilização e episódios repetidos de gravidez ectópica em até 25% das
pacientes que conseguem novas gestações. Entre os fatores de risco o mais
comum é a doença inflamatória pélvica, porém outros como multiparidade, uso
de DIU, cirurgias pélvicas extra-genitais, curetagens, insucesso de laqueadura
tubária, anomalias tubárias, cirurgias tubárias conservadoras, idade maior que
30 anos, endometriose e uso de indutores de ovulação, também são
relacionados.
Quanto à localização, a maioria dos episódios (96%) ocorre nas tubas, sendo
em ordem decrescente nas regiões: ampolar (73%), ístmica (24%) e intersticial
(3%). Gravidez ectópica extratubária tem uma freqüência de apenas 4% (ovário,
região cornual, intraligamentar, abdominal e cervical).A gravidez ectópica pode
evoluir para reabsorção local, abortamento espontâneo, abortamento tubário
completo ou incompleto, ruptura tubária, podendo levar a abdômen agudo,
choque hipovolêmico e óbito. Alcançar o termo da gravidez é raríssimo e
apresenta altos índices de malformações e mortalidade.
A incidência de gravidez ectópica (GE) está aumentada em pacientes inférteis
submetidas à fertilizaçäo in vitro (FIV). A elevada frequência de alteraçöes
tubárias observadas nestas mulheres é determinante principal da nidaçäo
anormal. A grande maioria das GE localiza-se na porçäo ampolar da tuba,
entretanto, gestaçöes cornuais têm sido descritas após FIV. Atualmente, o
tratamento clínico da GE substitui a cirurgia em grande parte dos casos.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

139
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OBJETIVO:
Relatar um caso de gestação ectópica gemelar tubária unilateral.

METODOLOGIA:
Acompanhamento prospectivo de uma paciente com gestação ectópica tubária
gemelar unilateral.

RESUMO:
J.A.N, 31 anos, natural da Bahia. QD/HPMA:
Sangramento vaginal moderado há quatro dias e dor em baixo ventre hoje.
Idade Gestacional (DUM): 7 4/7 semanas. Antecedentes Obstétricos: GIII PII(n)
A0. Especular - sangramento antigo. Toque vaginal - colo grosso, posterior,
impérvio, útero intrapélvico. Abdome tenso, descompressão brusca positiva.
USG tv - Massa heterogênia em região anexial direita, saco gestacional íntegro,
duas vesículas vitelínicas e dois embriões com batimentos cardíacos fetais. IG:
6 1/7 semanas. Realizada salpingectomia direita, visualizada massa (8cm) em
tuba uterina. Tuba direita e massa seccionadas e realizada rafia de reforço.
Anatomopatológico: Prenhez ectópica tubária direita, embrião em autólise.

CONCLUSÃO:
Apesar dos avanços em diagnóstico e tratamento possibilitarem melhores
resultados, a gestação ectópica permanece como causa importante de
mortalidade e infertilidade. A etiologia da gestação ectópica gemelar é
desconhecida, porém admite-se como causadores os mesmos da gestação
intra-uterina: mecanismo de superfetação (gestação gemelar ocorreria por
fertilização de um ovo, durante uma gestação já em curso) e mecanismo de
superfertilização (fertilização de dois ovos ao mesmo tempo ou em curto
período). O relato atual, não evidenciou fatores etiológicos que explicassem, por
si só, a prenhez ectópica gemelar unilateral.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
1. Neme, B. – Obstetrícia Básica; 3ª edição; 2006.
2. Cunningham, Mac Donald, Gant – Williams Obstetrics; 18º edition; Appleton
& Lange.
3. Benzecry, R. – Tratado de Obstetrícia Febrascg; Revinter.

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Trabalho realizado pela Disciplina de Obstetrícia da Faculdade de Medicina da
Universidade de Santo Amaro

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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Processo De Fertilização in vitro e Dsenvolvimento Embrionário


Comparado Entre Duas Espécies de Ouriços-do-mar, Arbacia
lixula (linnaeus, 1758) e Echinometra lucunter (Linnaeus, 1758).
JESSICA AVILA DO CARMO ANDRADE(1)

CARL HEINZ GUTSCHOW(2)(Orientadores)


Ciências Biológicas
INTRODUÇÃO:
INTRODUÇÃO

O filo Echinodermata possui cerca de 7.000 espécies viventes, sendo todas


marinhas (MOORE, 2003) e estando distribuídas em cinco classes: Crinoidea
(lírios-do-mar), Asteroidea (estrelas-do-mar e ofiúros), Ophiuroidea (serpentes-
do-mar), Echinoidea (ouriços-do-mar e bolachas-da-praia) e Holothuroidea
(pepinos-do-mar) (BRUSCA & BRUSCA, 2007).

Equinodermos constituem um grupo monofilético bem definido, pois apresentam


um conjunto de características apomórficas segundo ROCHA (2002),
apresentando pelo menos três características mais visível do grupo. A primeira
é a simetria pentarradial dos adultos, ou seja, o corpo geralmente pode ser
dividido em cinco partes dispostas ao redor de um eixo central (BARNES &
RUPERT, 1996).

A segunda característica é a presença do sistema hidrovascular, um conjunto


de canais celômicos e apêndices superficiais (BARNES & RUPERT, 1996). Este
sistema emite prolongamentos denominados pés ambulacrais que atuam na
locomoção, captura de alimento, trocas gasosas (a pele dos equinodermos é
impermeável), eliminação de excretas e percepção sensorial (JOLY & BICUDO,
1999).

Uma terceira característica é a presença de um esqueleto interno composto por


ossículos calcários que pode articular-se com os outros (como nas estrelas-do-
mar e nos ofiúros) ou suturar-se para formar uma concha esquelética rígida
(como nos ouriços-do-mar e nas bolachas-da-praia) (BARNES & RUPERT,
1996).

Esses animais são desprovidos de braços e com um corpo esférico ou


secundariamente achatado (BARNES & RUPERT, 1996) apresentando um pólo
oral e aboral. De modo exclusivo entre os equinodermos, seu corpo encontra-se
encapsulado em um retículo fixo de ossículos (MOORE, 2003) formando uma

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

141
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carapaça rígida constituída de placas calcárias fundidas apresentando zona


ambulacral e interambulacral que vão se curvando ao redor do corpo (BARNES
& RUPERT, 1996).

Os ouriços-do-mar alimentam-se raspando algas marinhas das rochas com uma


estrutura elaborada de placas esqueléticas móveis denominada Lanterna de
Aristóteles (MOORE, 2003) que contém cinco dentes fortes suportados por uma
estrutura complexa, de cinco lados, dentro da carapaça
(STORER et al., 1995).

Todos os equinóides são dióicos e possuem cinco gônadas suspensas ao longo


dos interambulacros no lado interno da carapaça. Um curto gonoduto estende-
se aboralmente de cada gônada e abre-se para um gonóporo situado numa das
placas genitais (BARNES & RUPERT, 1996).

As células reprodutoras são eliminadas na água do mar, através dos poros das
placas perianais. Quando duas do sexo oposto se encontram, formam uma
larva especial, denominada pluteus, provida de saliências cônicas alongadas,
com simetria bilateral típica. O óvulo de um ouriço é uma célula grande medindo
de 100 a 500 micra de diâmetro podendo ser maior em algumas espécies
alcançando um milímetro (ROSA, 1973).

O estudo do desenvolvimento embriológico desses animais começou há quase


um século, quando a atenção dos naturalistas voltou-se para ele. Os ouriços se
tornaram o material preferido para experiências de embriologia, pois o
desenvolvimento desses animais pode ser facilmente acompanhado ao
microscópio desde a formação do ovo (ROSA, 1973).

Duas espécies de ouriços são comuns no litoral brasileiro: Echinometra lucunter


Linnaeus (1758) e Arbacia lixula Linnaeus (1758). A primeira espécie pertence à
família Echinometridae, apresenta espinhos relativamente grossos e bastante
resistentes. A coloração dos espinhos e carapaça varia do marrom escuro ao
negro. Conhecida popularmente pelo nome de “pindá” é uma espécie muito
abundante em nossa costa, predominantemente litorânea e freqüentemente
encontrada dentro de locas escavadas em rochas, sendo regiões de mar calmo
ou abatido. Ocorre desde a Flórida até o sul do Brasil (CEBIMar, 2007).

A segunda espécie pertence à família Arbaciidade, apresenta espinhos e


carapaça variando de marrom escuro a negro. Os espinhos são finos e com a
ponta esbranquiçada. É uma espécie exclusivamente litorânea, encontrada
principalmente sobre substrato rochoso até cerca de 15m de profundidade.
Alimenta-se principalmente de algas calcárias, ocorrendo ao longo da costa

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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oeste africana, Ilha Canárias, Madeira e Açores, e em praticamente toda costa


brasileira (CEBIMar, 2007).

OBJETIVO:
OJETIVO

O presente trabalho visou estudar o processo de fertilização in vitro e


desenvolvimento embrionário comparado entre duas espécies de ouriços-do-
mar, Arbacia lixula (Linnaeus, 1758) e Echinometra lucunter (Linnaeus, 1758).

METODOLOGIA:
METODOLOGIA

Em laboratório para obtenção dos gametas utilizou-se a técnica de Tyler (1966),


a qual consiste em injetar com uma fina agulha 0,5 molar (M) de cloreto de
potássio na região perioral do ouriço em pontos diametralmente opostos. Os
óvulos, identificados por sua cor amarelada e avermelhados, foram coletados
diretamente em água do mar contida em béqueres, onde as fêmeas foram
apoiadas sobre a superfície de béquere com água do mar filtrada, com a
superfície aboral voltada para baixo. Os espermas, identificados por sua cor
branca, também foram coletados em béqueres contendo água do mar filtrada.
Os óvulos após a coleta foram colocados em um béquer com água do mar
assim como os espermatozóides.
Para a fecundação, foram misturados os dois gametas em um béquer contendo
água filtrada, com a temperatura e salinidade mantida igualmente ao meio onde
foram coletados.
Acompanhou-se o desenvolvimento embrionário em microscópio ao aumento de
400X desde o momento da fecundação até a fase de Pluteus jovem,
determinando-se o tempo necessário para se atingir as fases de dois
blastômeros, quatro blastômeros, blástula, gástrula e Pluteus jovem. Os
intervalos de tempo entre as fases foram determinados a partir do aparecimento
do primeiro embrião no processo de desenvolvimento.
No momento das observações, foi coletada uma amostra da mistura com uma
pipeta Pauster, colocada sob uma lâmina, procedendo assim o
acompanhamento do desenvolvimento embrionário.

RESUMO:
RESULTADOS E DISCUSSÃO

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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De acordo com os resultados obtidos da espécie Arbacia lixula sendo mantido a


temperatura e salinidade do ambiente natural de onde foram coletados e
seguindo a metodologia de Almeida (1979), o animal se desenvolveu
normalmente apresentando todas as fases iniciais embriológicas consideradas
e determinadas por Houillon (1972), chegando até o estágio de larva. A partir do
primeiro estágio foi determinado o intervalo de tempo variando de um estágio
para o outro, considerando os primeiros zigotos a serem diferenciados durante
as fases.

Na espécie Echinometra lucunter também foi mantido a salinidade e


temperatura do ambiente natural e considerado a metodologia de Almeida
(1979). Porém as concentrações utilizadas por Almeida (1979) realizada no
presente trabalho não possibilitou a liberação dos gametas dos indivíduos,
sendo assim, foi aumentado o volume injetado nos animais de 4 ml para 6 ml, e
após alguns minutos foi possível a visualização da liberação destes.

O desenvolvimento do Echinometra lucunter foi possível ser acompanhado até


o estágio de blástula, assim identificado, não sendo possível a observação até o
estágio final de larva como se esperava.

Comparando-se as duas espécies estudadas, durante os seus processos de


desenvolvimento embrionário, foram possíveis visualizar algumas
diferenciações entre uma e outra.

A Arbacia lixula apresentou maior facilidade na liberação de seus gametas após


3 minutos da injeção do KCl 0,5M. E nas observações feitas em microscópio,
também foi possível analisar a quantidade de óvulos fecundados que tinham
sucesso no processo de divisão sendo que muito deles cessavam o
desenvolvimento em um estágio ou até mesmo não finalizando as divisões.

Injetando o KCl 0,5M no E. lucunter de KCl 0,5M a eliminação dos gametas só


ocorreu após dez minutos, para logo ser efetuada a fecundação de seus
gametas. Durante as observações microscópicas de A. lixula, notou-se maior
quantidade de óvulos fecundados chegando até a fase de blástula.

Considerando-se os espermatozóides e óvulos, foi possível visualizar


diferenças entre as duas espécies. Os espermatozóides do A. lixula se
apresentaram bem menores quando comparados aos do E. lucunter. Quanto
aos óvulos, a coloração mostrou ser bem diferente, onde o E. lucunter
apresentaram-se mais escuros que o da A. lixula de coloração mais clara.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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CONCLUSÃO:
Considerações Gerais

Possíveis considerações:

1- A espécie A. lixula concluiu o seu desenvolvimento embrionário até a fase


larval, sendo mantida as condições do ambiente natural de onde foram
coletadas.
2- A espécie E. lucunter não concluiu o seu desenvolvimento embrionário
chegando apenas até o estágio de blástula mesmo sendo mantida as condições
de seu ambiente natural.
3- Foi possível observar diferenças no processo embriológico entre as duas
espécies como os intervalos de tempo entre as fases e características
morfológicas do óvulo e espermatozóide de ambas.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Almeida, A. M. M. B. 1979. Efeito da salinidade e da temperatura no


desenvolvimento e sobrevivência de ouriços do mar (Echinodermata,
Echinoidea). Tese: Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo.
Departamento de Fisiologia Geral. São Paulo.

Barnes, R.D. & Rupert, E.E. 1996. Zoologia dos Invertebrados. 6°ed. Editora
Roca. São Paulo.

BRUSCA, R. C. & BRUSCA, G. J. 2007. Invertebrados. 2ª ed. Guanabara


Koogan. Rio de Janeiro.

CEBIMar – Centro de Biologia Marinha. 2007. Desenvolvimento Embrionário do


Ouriços-do-mar. www.usp.br/cbm. (data de acesso;28/11/2007).

Houillon, C. 1925. Embriologia. Editora E. Blücher. São Paulo

Moore, J. 2003. Uma Introdução aos Invertebrados. Santos Livraria Editora. São
Paulo.

Rosa, C.N. 1973. Os Animais de Nossas Praias. 2°ed. EDART – São Paulo
Livraria Editora LTDA. São Paulo.

Storer, T.I.; Usinger, R.L.; Stebbins, R.C. & Nybakken, J.W. 1995. Zoologia
Geral. 6ºed. Companhia Editora Nacional. São Paulo.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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________________________________________________________________
Fertilização in vitro, Arbacia lixula, Echinometra lucunter.

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RELATO DE CASO DE RUPTURA UTERINA EM GESTAÇÃO


ECTÓPICA CORNUAL COM IDADE GESTACIONAL DE 19
SEMANAS
PRISCILLA SOARES FREIRE(1), FERNANDA SCHENK BERTOLI(2), CAROLINA KYRIE
OTANI(3), MARCELO FIORE MOUTINHO CAPO(4), SARA SOLDERA MODENEZ(5)

MARCELO ALVARENGA CALIL(6)(Orientadores)


Ciências Biológicas
INTRODUÇÃO:
A gravidez ectópica caracteriza-se pela implantação do ovo fora da cavidade
endometrial (tubas, ovários, intraligamentar e locais anômalos do útero). A
incidência é de 0,3 a 3% das gestações, sendo responsável por 6 a 10% de
toda a mortalidade materna. Pode causar ainda, dificuldade para nova
fertilização e episódios repetidos de gravidez ectópica em até 25% das
pacientes que conseguem novas gestações. Entre os fatores de risco o mais
comum é a doença inflamatória pélvica, porém outros como multiparidade, uso
de DIU, cirurgias pélvicas extra-genitais, curetagens, insucesso de laqueadura
tubária, anomalias tubárias, cirurgias tubárias conservadoras, idade maior que
30 anos, endometriose e uso de indutores de ovulação, também são
relacionados.
Quanto à localização, a maioria dos episódios (96%) ocorre nas tubas, sendo
em ordem decrescente nas regiões: ampolar (73%), ístmica (24%) e intersticial
(3%). Gravidez ectópica extratubária tem uma freqüência de apenas 4% (ovário,
região cornual, intraligamentar, abdominal e cervical).A gravidez ectópica pode
evoluir para reabsorção local, abortamento espontâneo, abortamento tubário
completo ou incompleto, ruptura tubária, podendo levar a abdômen agudo,
choque hipovolêmico e óbito. Alcançar o termo da gravidez é raríssimo e
apresenta altos índices de malformações e mortalidade.
A incidência de gravidez ectópica (GE) está aumentada em pacientes inférteis
submetidas à fertilizaçäo in vitro (FIV). A elevada frequência de alteraçöes
tubárias observadas nestas mulheres é determinante principal da nidaçäo
anormal. A grande maioria das GE localiza-se na porçäo ampolar da tuba,
entretanto, gestaçöes cornuais têm sido descritas após FIV. Atualmente, o
tratamento clínico da GE substitui a cirurgia em grande parte dos casos.
Rotura Uterina é a rotura completa ou incompleta da parede uterina; é mais
frequente após a 28ª sem; precedido quadro clínico de iminência de rotura
uterina. Causas mais freqüentes: hipercontratilidade uterina; pacientes com
cirurgias uterinas prévias; cesariana corporal; falha no diagnóstico de
desproporção céfalo-pélvica; manobras de Versão interna e externa; traumas
externos.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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OBJETIVO:
Relatar um caso de ruptura uterina decorrente de gestação ectópica cornual de
19 semanas.

METODOLOGIA:
Foi analisado prontuário da paciente M.A.V., 30 anos, tercigesta, secundípara,
com dois partos cesáreos, com idade gestacional de 19 semanas, admitida no
pronto socorro de ginecologia e obstetrícia da Faculdade de Medicina da UNISA
(Universidade de Santo Amaro), São Paulo.

RESUMO:
Paciente com quadro clínico compatível com abdome agudo hemorrágico foi
submetida à laparotomia exploradora, com diagnóstico intra-operatório de
ruptura uterina e gestação. Foi realizada histerectomia total abdominal e
salpingectomia bilateral, com evolução satisfatória. O resultado do
anatomopatológico evidenciou gestação ectópica cornual à esquerda de
aproximadamente 19 semanas com ruptura uterina de parede lateral esquerda,
comprometendo também fundo uterino.

CONCLUSÃO:
A gestação ectópica ocorre mais frequentemente na tuba uterina,
principalmente na porção ampolar. O presente relato de caso se trata de uma
prenhez ectópica cornual que compromete a porção ístmica da região tubária,
com incidência em torno de 5 % conforme descrito na literatura, apresentando-
se de forma rara devido à associação com ruptura uterina e idade gestacional
avançada no momento do diagnóstico (19 semanas).

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
1. Neme, B. – Obstetrícia Básica; 3ª edição; 2006.
2. Cunningham, Mac Donald, Gant – Williams Obstetrics; 18º edition; Appleton
& Lange.
3. Benzecry, R. – Tratado de Obstetrícia Febrascg; Revinter.

________________________________________________________________
Trabalho realizado pela Disciplina de Obstetrícia da Faculdade de Medicina da
Universidade de Santo Amaro.

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RELATO DE TUMOR DESMÓIDE EM REGIÃO DOS


OBTURADORES NO PERÍODO GESTACIONAL.
FERNANDA SCHENK BERTOLI(1), KATYA GURTOVENCO(2), CAROLINA ALEXANDRE
FINTA(3), VIVIANE CISI PELIELLO(4), JULIANA MIORIN(5), LUCIANA CRISTINA DA
CUNHA L WANDERLEY(6)

MARCELO ALVARENGA CALIL(7)(Orientadores)


Ciências Biológicas
INTRODUÇÃO:
Os tumores desmóides (TD), também conhecidos como fibromatoses músculo-
aponeuróticas, são neoplasias não encapsuladas originárias do tecido
conjuntivo, caracterizadas por apresentarem baixo potencial metastático e
exuberante crescimento loco-regional, além de elevados índices de recidiva.

Os TD são neoplasias raramente descritas, representando 0,03 a 0,13% dos


tumores de partes moles e a incidência é estimada em 2,4 a 4,3 casos novos
por 100.000 habitantes por ano. Na maioria dos casos descritos encontram-se
associados à polipose adenomatosa familial (PAF), sobretudo na variante
clínica denominada síndrome de Gardner, em que, além da polipose cólica,
ocorrem concomitantemente tumores cutâneos (lipomas, cistos epidermóides),
osteomas, malformações dentárias e retinopatia hiperpigmentada congênita. O
aparecimento do TD não associado a PAF é evento extremamente raro. Podem
surgir em ambos os sexos e qualquer faixa etária, sendo, contudo, mais
freqüentemente descritos nas mulheres em idade reprodutiva e, principalmente,
durante a gravidez ou período puerperal.

Apesar de possuírem etiologia pouco conhecida, estudos genéticos recentes


em doentes portadores de PAF que desenvolveram TD demonstraram que
mutações do gene APC (adenomatous polyposis coli) poderiam não só
predispor à formação de pólipos no cólon como também a TD. A presença de
traumatismo tecidual antecedendo o aparecimento do tumor em boa parte dos
casos, além da maior incidência dos TD nas mulheres em período de vida
reprodutiva ou durante a gestação, sugerem o possível papel que o trauma
tecidual e a estimulação hormonal possam desempenhar no desenvolvimento e
crescimento da neoplasia.
Freqüentemente confundida com sarcomas de baixo grau de malignidade, sua
denominação deriva-se do grego (desmos) pela distribuição tecidual em faixa
(estoriforme) que mimetiza os tecidos encontrados nos tendões. Caracteriza-se
do ponto de vista evolutivo por não possuir potencial metastático, ter exuberante
capacidade de crescimento local com acentuada tendência à invasão de tecidos
ou órgãos contíguos, altos índices de recidiva e, curiosamente, pela

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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possibilidade de cura espontânea.

OBJETIVO:
Relatar caso raro de tumor desmóide na gestação.

METODOLOGIA:
Acompanhamento prospectivo de gestante com diagnóstico de tumor desmóide.

RESUMO:
TAS, 30 anos, natural de São Paulo, SP, profissão do lar, amasiada, católica,
ensino médio incompleto. Paciente, gestante de 38 semanas, foi admitida no
Hospital Estadual do Grajaú para cirurgia eletiva devido à observação, à
ultrassonagrafia obstétrica, de uma massa sólida de aproximadamente 343
cm3, de aspecto heterogêneo, sugestivo de mioma. Como antecedentes
familiares, refere mãe hipertensa e com câncer de cólon prévio Exame de
entrada com PA de 1 2Ox8OmmHg, altura uterina de 35 cm e movimentos fetais
presentes. Cálculo de idade gestacional pela data da última menstruação de 38
+ 4/7 semanas e pela USO, de 38 semanas. Ao toque vaginal constatou-se colo
médio, posterior, pérvio para 1,5 cm, bolsa íntegra e apresentação cefálica.
Pela amnioscopia, observou-se presença de líquido claro e grumos.
Cardiotocografia realizada com opinião não tranqüilizadora. Foi submetida a
cirurgia de exérese de um tumor músculoaponeurótico na região dos
obturadores, de aproximadamente 15 cm. Diagnóstico obstétrico de
normalidade: Gestação de 38 semanas, tercigesta, secundípara, feto único,
vivo, longitudinal, cefálico. Diagnóstico Patológico Pregresso: l cesáriana prévia,
1 óbito fetal. Diagnóstico Obstétrico Patológico Atual : nada digno de nota.
Diagnóstico Clínico-Cirúrgico: tumor desmóide.

CONCLUSÃO:
Tumor desmóide é tipo raro de tumor que ocorre na gestação e seu tratamento
consiste na sua exérese.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
1. Neme, B. – Obstetrícia Básica; 3ª edição; 2006.
2. Cunningham, Mac Donald, Gant – Williams Obstetrics; 18º edition; Appleton
& Lange.
3. Benzecry, R. – Tratado de Obstetrícia Febrascg; Revinter.

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11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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Trabalho realizado pela Disciplina de Obstetrícia da Faculdade de Medicina da


Universidade de Santo Amaro

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RELATO DE UM CASO DE PSORÍASE GESTACIONAL


INTERNADA NO HOSPITAL ESTADUAL DO GRAJAÚ
CAROLINA KYRIE OTANI(1), LEOPOLDO DUAILIBE NOGUEIRA SANTOS(2), MILTON
BURLIM JUNIOR(3), VANESSA SALIBA DONATELLI(4), ANA CAROLINA CONTRUCCI(5)

MARCELO ALVARENGA CALIL(6)(Orientadores)


Ciências Biológicas
INTRODUÇÃO:
Durante a gestação numerosas alterações ocorrem na pele, desde aquelas
consideradas fisiológicas, próprias da gravidez, até aquelas que representam
agravamento ou melhora de outras dermatoses preexistentes.
Não é infreqüente que o período gestacional condicione o comportamento de
muitas doenças imunológicas, endócrinas, metabólicas e vasculares. As auto-
imunes, como o lúpus eritematoso sistêmico, a esclerodermia, a
dermatopolimiosite e os pênfigos, e a porfiria cutânea tarda costumam sofrer
agravamento. A psoríase em placas pode melhorar, entretanto uma modalidade
de psoríase pustulosa grave, o impetigo herpetiforme, é característico da
gestação. O eritema nodoso, o eritema nodoso hanseniano e o pioderma
gangrenoso podem surgir nesse período.
Por outro lado, o reconhecimento das diferentes alterações dermatológicas
orienta o médico, tranqüiliza a gestante e permite estabelecer condutas
adequadas.
As modificações cutâneas fisiológicas decorrem em geral da maior atividade
glandular, e de forma particular pela maior produção dos hormônios esteróides
(progesterona e estrogênio). O pico desses hormônios varia de acordo com o
período gestacional, refletindo-se nas manifestações cutâneas.
Cinqüenta por cento dos pacientes com psoríase são do sexo feminino. Um dos
picos da doença ocorre entre a 3ª e 4a décadas, afetando, portanto, mulheres
na idade fértil. Há, na maioria das vezes, uma melhora na evolução da doença
durante a gestação, com exacerbação no pós-parto. Por outro lado, a gravidez
pode representar um gatilho para o comprometimento articular.

Raychaudhuri et al. investigaram o curso clínico da psoríase durante a gravidez


e entrevistaram 736 pacientes com psoríase. Dados obtidos de 91 gestações
revelaram que a psoríase melhorou em 51 (56%), piorou em 24 (26,4%) e
permaneceu inalterada em 16 (17,6%). Notaram novas lesões no pós-parto
imediato e, também, que pacientes que melhoraram na primeira gravidez,
repetiram o mesmo comportamento nas gestações subseqüentes.

O tratamento da psoríase e artrite psoriásica na gestação representa um


desafio. Durante o tratamento, pode ser utilizada a ciclosporina. O uso do

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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corticosteróide sistêmico é controverso. Até o momento, não há relatos de


complicações nas pacientes que engravidaram em uso de agentes biológicos,
que não devem ser iniciados nesse período.

OBJETIVO:
Relatar um caso de psoríase gestacional (PPG).

METODOLOGIA:
Avaliação do prontuário da paciente internada no Hospital Estadual do Grajaú,
com realização de levantamento bibliográfico na literatura médica.

RESUMO:
VSS, 19 anos, parda, solteira, natural e procedente de São Paulo, veio ao
serviço com 29 semanas de gestação apresentando placas eritemato-
pustulosas no tronco, membros superiores e inferiores e face, referindo
antecedente pessoal de psoríase. Foi realizada a internação para
acompanhamento da paciente com realização de biópsia de pele que
corroborou o diagnóstico de PPG. Solicitou-se acompanhamento conjunto com
a Dermatologia, que iniciou o tratamento com prednisona oral 40mg por dia e
oxacilina por sete dias, com pouca melhora do quadro. Devido ao prognóstico
fetal reservado, realizou-se monitorização sistemática com uso principalmente
da cardiotocografia diária e perfil biofísico fetal. O parto normal ocorreu a termo,
na 38a semana, apresentando o recém nascido APGAR de primeiro minuto de
sete e de segundo minuto de nove. Após o parto não houve remissão das
lesões, então, introduziu-se metotrexate l5mg semanal.

CONCLUSÃO:
A monitorização fetal é um valioso recurso indicativo de mau prognóstico. Neste
caso não se observou sinais que denotassem sofrimento fetal agudo ou crônico.
Embora não haja comprovação científica, há forte evidência que a gestação é
um fator determinante na evolução clínica da psoríase, sendo necessários
estudos para melhor entendimento da relação gestação versus psoríase. É
descrito que a exacerbação tende a ocorrer no terceiro trimestre, assim como o
relatado.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
1. Neme, B. – Obstetrícia Básica; 3ª edição; 2006.
2. Cunningham, Mac Donald, Gant – Williams Obstetrics; 18º edition; Appleton
& Lange.
3. Benzecry, R. – Tratado de Obstetrícia Febrascg; Revinter.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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Trabalho realizado pela Disciplina de Obstetrícia da Faculdade de Medicina da
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Sporothrix schenckii Schenck (1898): estudo de suas


características antigênicas, patogênicas, fisiológicas e de
virulência de isolados brasileiros
PRISCILA OLIVEIRA DOS SANTOS(1)

ZOILO PIRES DE CAMARGO(2),GEISA FERREIRA FERNANDES(3)(Orientadores)


Ciências Biológicas
INTRODUÇÃO:
A esporotricose é micose subcutânea cujo agente etiológico é o fungo termo-
dimórfico Sporothrix schenckii, comum em regiões com climas temperado e
tropical. A doença acomete o homem e várias espécies de animais e é
adquirida pela implantação traumática do fungo no tecido subcutâneo por meio
de espinhos, farpas de madeira, arame farpado ou arranhadura de gatos com
esporotricose, sendo atualmente considerada uma micose reemergente. A
micose pode apresentar diversas manifestações clínicas sendo mais comuns as
formas linfocutânea, fixa e disseminada.

OBJETIVO:
Neste trabalho, objetivou-se analisar as características antigênicas,
patogênicas, fisiológicas e de virulência de 10 isolados de S. schenckii oriundos
de diferentes regiões geográficas do Brasil e determinar a molécula
imunodominante produzida por estes isolados.

METODOLOGIA:
O perfil protéico/glicoprotéico de exoantígenos de 10 isolados de S. schenckii,
obtidos em meio Ágar Sabouraud foram analisados por SDS-PAGE. A
patogenicidade dos isolados foi estudada em modelo murino Suíço através da
contagem de UFCs do baço, fígado e pulmões de camundongos inoculados
com esses isolados. As moléculas imunodominantes da esporotricose murina
foram determinadas por Western blot utilizando os soros dos camundongos
infectados experimentalmente contra o exoantígeno do mesmo isolado
selecionado para infectar os camundongos. As características fisiológicas foram
analisadas através dos testes de osmofilia (concentrações de 16,6%, 20%, 23%
e 28,5% de glicerol), halofilia (concentrações 6%, 8%, 9%, 10% e 12% de NaCl)
e crescimento em pH 2.2, 4, 12, 12.5 e 13. Os fatores de virulência foram
avaliados pelos testes de termotolerância a 35°C e 37°C e provas da urease,
caseinase, proteinase, gelatinase e DNAse.

RESUMO:
Em nosso estudo, o perfil de proteínas/glicoproteínas dos isolados brasileiros

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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de S. schenckii variou entre os mesmos, mostrando que cada isolado apresenta


praticamente seus próprios antígenos. A molécula de 45 kDa foi comumente
produzida pelos 10 isolados. Provavelmente esta variação se deve a grande
variabilidade genética de S. schencki demonstrada em alguns estudos. O poder
patogênico variou entre os isolados, sendo que os isolados das regiões Centro-
Oeste e Sul se apresentaram menos patogênicos. Não há estudos que
comparam o perfil patogênico de diferentes isolados. Diversas moléculas foram
reconhecidas pelos soros dos camundongos, sendo a de 60 kDa
imunodominante.
Os ensaios fisiológicos demonstraram que todos os isolados toleram pressão
osmótica menores que 23% de glicerol e 5 dos 10 isolados cresceram em
halofilia a concentrações <= 10 % de NaCl. Todos os isolados cresceram em pH
>= 2.2 e <= pH 12.5. Os isolados da região Norte toleram melhor a temperatura
do que outros isolados. Existem poucos estudos para avaliação fisiológica de
isolados de Sporothrix schenckii e nenhum estudo que caracterize
fisiologicamente os isolados brasileiros. Em relação aos fatores de virulência in
vitro, todos os isolados produziram urease e DNAse. Apenas dois isolados
produziram caseinase e três produziram proteinase. Os dois isolados da região
Sudeste produziram gelatinase. Estudos comprovam que diversas enzimas
estão amplamente relacionadas com o perfil de virulência dos fungos.

CONCLUSÃO:
Os estudos in vivo demonstraram que há variação no perfil patogênico dos
isolados, sendo os isolados das regiões Sul e Centro-Oeste menos
patogênicos. A tolerância à temperatura e a produção de algumas enzimas
podem contribuir para o aumento do poder patogênico dos isolados na infecção
experimental. Em relação aos fatores de virulência, os isolados da região Norte
são mais termotolerantes Todos os isolados produzem urease e DNAse e 5
deles produzem pelo menos uma das enzimas: proteinase, caseinase e
gelatinase. Um dos isolados da região Sudeste é produtor de todas as enzimas
testadas sendo o isolado que apresentou mais fatores de virulência. A molécula
de 45 kDa foi secretada por todos os isolados, mas a de 60 kDa é a molécula
imunodominante. Os resultados contribuem para uma melhor caracterização
dos isolados brasileiros de S. schenckii fornecendo informações para futuros
experimentos.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
Barros, MBL; Schubach, AO; Galhardo, MCG; Schubach, TMP; Reis, RS;
Conceição, MJ; Valle, ACF. 2003. Sporotrichosis with widespread cutaneous
lesions: report of 24 cases related to transmission by domestic cats in Rio de
Janeiro, Brazil. Intern Soc Dermatol. (42): 677-681.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

156
UNISA - Universidade de Santo Amaro

Ghosh, A; Maity, PK; Hemashettar, BM. 2002. Physiological characters of


Sporothrix schenckii isolates. Mycoses. 45:449–454.

Marimon, R; Cano, J; Gené, J. 2007. Sporothrix brasiliensis, S. globosa, and S.


mexicana, three new Sporothrix species of clinical interest. J Clin Microbiol.
45(10): 3198–3206

________________________________________________________________
Palavras- chave: Esporotricose. Sporothrix schenckii. Perfil
protéico/glicoprotéico. Patogenicidade. Virulência. Fisiologia.

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Tempos de ruminação em bezerros recebendo feno picado


grosseira ou finamente.
MARCELO MOTIZUKI LEPORE(1)

CARLOS DE SOUSA LUCCI(2)(Orientadores)


Ciências Biológicas
INTRODUÇÃO:
Na economia dos sistemas de criação de bezerros, a transformação dos
mesmos em ruminantes mais precocemente é bastante incentivada, por vários
motivos. O fornecimento do feno é talvez um dos pontos mais importantes
nessa transformação, em seguida à recomendação de aumentar-se a ingestão
de alimentos sólidos e diminuir-se a de leite. Entre os alimentos sólidos, os
fenos, além de carrearem bactérias úteis para o povoamento dos proventículos,
garantem um processo intenso de remastigação e assim uma produção maior
de saliva provocando elevação do pH do rúmen e criando desta maneira
condições favoráveis para a presença de uma microflora rica e permanente. No
caso dos protozoários é o pH do conteúdo ruminal o fator mais preponderante
para a sua instalação. Além desse ponto, o peso dos conteúdos do rumem
reticulo, quando fornecido feno como volumoso, além de concentrados, chega
duplicar, comparativamente à oferta de mistura concentrada sem o feno. O
emprego de feno mais mistura concentrada, comparativamente a apenas
mistura concentrada, fez com que bezerros com 3 semanas de idade
despendessem um tempo de ruminação sete vezes superior aqueles que
recebiam apenas mistura concentrada . O objetivo do presente trabalho é de
verificar se os tempos despendidos em ruminação são diferentes conforme o
tipo de administração de feno: se picado grosseira ou finamente.

OBJETIVO:
O objetivo do presente trabalho é de verificar se os tempos despendidos em
ruminação são diferentes conforme o tipo de administração de feno: se picado
grosseiramente ou finamente.

METODOLOGIA:
Doze bezerros holandeses , machos , foram empregados desde a segunda até
a décima terceira semana de vida , em sistema de aleitamento contendo
mistura iniciadora e feno esta último fornecido à parte, além de leite em
quantidades modestas. Três tratamentos foram empregados: A) feno em
partículas grosseiras ; B) feno em partículas medianas ; C) feno picado em
partículas finas . O feno utilizado foi o de coast cross(cynodon dactylon), com
teor de proteína bruta próximo a 7-8 %. O delineamento estatístico empregado
foi em blocos casualizados para determinar diferenças em tempos despendidos,

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

158
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em minutos por 24 horas, nas atitudes de ruminação. Para tal fim observações
de hábitos foram feitas por 24 horas consecutivas na idade de 60 dias quando
anotações foram executadas a intervalos de 2 minutos.

RESUMO:
Os tratamentos apresentaram as seguintes médias de tempo de ruminação em
minutos/24horas: A (finamente picado) = 643 minutos/24horas, B (mediamente
picado) = 542 minutos/24horas e C (grosseiramente picado) = 636
minutos/24horas. Não houve diferença estatística entre os tratamentos. Os
blocos nao apresentaram diferenças entre tempos médios de ruminação.
Os tempos de ruminação foram dispendidos 39% durante o dia para o
tratamento A; 51% para o tratamento B e 51% para o tratamento C.

CONCLUSÃO:
Para as condições do presente trabalho, pode-se concluir que bezerros com 60
dias de idade, não apresentam diferença entre tempo de ruminação ao
ingerirem feno em diferentes tamanhos de partículas: grosseira, mediana ou
finamente picadas.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
LUCCI, C.S.- Bovinos Leiteiros Jovens, Nobel-Edusp, 1989
PIMENTEL GOMES, F.- Curso de Estatística Experimental . FEALQ USP, 1980.
ROY, J.H.B. - THE CALF - Vol. 1 Management and Feeding. 4 ed.. London
Butterworth, 1980.
________________________________________________________________
1- Aluno Bolsista - UNISA
2- Orientador - Prof. Dr. - Docente UNISA

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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TROMBOSE DE VEIA CAVA SUPERIOR EM GESTANTE


ADMITIDA NO HOSPITAL ESCOLA DA FACULDADE DE
MEDICINA DA UNISA
PRISCILLA SOARES FREIRE(1), FERNANDA SCHENK BERTOLI(2), CAROLINA KYRIE
OTANI(3), SARA SOLDERA MODENEZ(4), MARCELO FIORE MOUTINHO CAPO(5)

MARCELO ALVARENGA CALIL(6)(Orientadores)


Ciências Biológicas
INTRODUÇÃO:
A toxemia gravídica é a causa mais freqüente de mortalidade materna, seguida
pela embolia pulmonar. O elevado número de cesarianas tem contribuído
significativamente para o aumento na incidência de fenômenos
tromboembólicos. O tromboembolismo pulmonar (TEP), a TVP na gravidez e no
puerpério são fatores determinantes para o aumento da morbimortalidade
maternofetal. Há relatos de 0,5 a três casos de TVP para cada 1.000 gestações.
Alguns autores estimam que a TVP em mulheres grávidas, em comparação com
mulheres de mesma faixa etária não-grávidas, seja cinco vezes mais freqüente.
A gravidez constitui um estado de hipercoagulabilidade preparatório para o
parto, através da produção dos inibidores 1 e 2 do plasminogênio pela placenta,
diminuindo a atividade fibrinolítica e aumentando a agregação plaquetária.
Ocorrem também redução dos níveis de proteína S, elevação dos fatores I, VII,
VIII e X e resistência progressiva à atividade da proteína C.
Concomitantemente, a compressão da veia cava inferior pelo útero gravídico
contribui para a estase venosa, favorecendo, dessa forma, os fenômenos
trombóticos.
A trombofilia, descrita como tendência ao desenvolvimento de trombose, pode
ser hereditária ou adquirida. Ela é polimórfica, quanto à codificação genética,
para plaquetas ou proteínas dos fatores de coagulação. Quando presente,
favorece os fenômenos trombóticos descritos anteriormente na gestação. A
hiper-homocisteinemia é um exemplo de trombofilia tanto hereditária quanto
adquirida (defeito no metabolismo da homocisteína ou dieta deficiente em
folato). Ambas proporcionam elevação da homocisteína no plasma e maior
possibilidade de trombose.
A TVP na gravidez e no período pós-parto eleva substancialmente a
morbimortalidade maternofetal, colocando em risco duas vidas. Esses fatores,
associados à nossa convivência em hospital- maternidade, motivaram-nos a
realizar esta pesquisa.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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UNISA - Universidade de Santo Amaro

OBJETIVO:
Relatar um caso de trombose de veia cava superior e suas complicações em
gestante admitida no Hospital Escola da Faculdade de Medicina da UNISA em
maio de 2007.

METODOLOGIA:
Foi analisado prontuário da paciente S.R.S., 34 anos, negra. apresentando-se
na sétima gestação, com seis partos normais anteriores, encaminhada do pré-
natal de alto risco para o Hospital Escola da Faculdade de Medicina da
Universidade de Santo Amaro - UNISA. Foi realizada documentação fotográfica
dos exames diagnósticos do presente relato.

RESUMO:
Paciente tabagista (60 anos/maço) foi encaminhada à instituição referida por
apresentar aumento de circulação colateral em abdômen e turgescência jugular.
Tem como antecedente pessoal, trombose de veia cava superior há dois
quando foi submetida a um cateterismo. Realizou ecocardiograma que
evidenciou obstrução parcial de veia cava superior e RNM que identificou áreas
de hipofluxo em veia cava inferior na gestação atual. Paciente foi tratada com
anticoagulantes durante toda a gestação, evoluindo para resolução via alta com
37 semanas de idade gestacional devido a um quadro de DPP.

CONCLUSÃO:
Conclui-se neste relato que os fenômenos tromboembólicos são extremamente
graves no período gestacional, estando entre as principais causas de
mortalidade materna, por isso, a importância do diagnóstico e tratamento
precoces.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
1. Neme, B. – Obstetrícia Básica; 3ª edição; 2006.
2. Cunningham, Mac Donald, Gant – Williams Obstetrics; 18º edition; Appleton
& Lange.
3. Benzecry, R. – Tratado de Obstetrícia Febrascg; Revinter.

________________________________________________________________
Trabalho realizado pela Disciplina de Obstetrícia da Faculdade de Medicina da
Universidade de Santo Amaro.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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Ciências da Saúde

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UMA VISÃO EPIDEMIOLÓGICA DA INFECÇÃO PELO HTLV I /II


NO BRASIL
JANIELE CAVALCANTE MOURA FERREIRA(1)

IRENE CORTINA(2)(Orientadores)
Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
O HTLV-I é um retrovirus, isolado em 1980, está associado etiologicamente, à
leucemia/linfoma de células T do adulto ( ATLL) , a mielopatia associada ao
HTLV-1 ,a paraparesia espástica tropical( PET ), dermatite infecciosa , uveíte e
uma variedade de síndromes inflamatórias e de lesões cutaneas.Outro
retrovirus , pertencente a mesma subfamília Oncovirinae , foi descoberto em
1982 , o HTLVII , que tem tropismo pelos linfócitos T, os CD8 . O HTLV-I é um
vírus cosmopolita , com ampla distribuição mundial.
A relevância deste estudo , baseia-se no argumento que no mundo cerca de 15
á 20 milhões de pessoas estão infectadas pelo HTLV-I, sendo o Brasil , o país
com maior número absoluto de pessoas contaminadas pelo HTLVI/II,Há
desconhecimento dos profissionais de saúde acerca desta infecção, e a
diferença com o HIV/AIDS.( CARNEIO-PROIETTI, et al, 2002).

OBJETIVO:
- Investigar a história , a epidemiologia, transmissão, diagnóstico, doenças
associadas, tratamento e prevenção do HTLV I/II, focando o Brasil.
- Propor informações aos profissionais de saúde, visando assistência integral e
aconselhamento aos portadores destes vírus e seus familiares.

METODOLOGIA:
Trata-se de pesquisa de revisão de literatura., com recorte temporal de 1995 a
2008, composta de artigos, publicados na SCiELO e no Manual do Ministério da
Saúde disponível na internet., com as palavras-chave: HTLVI/II, Retrovirus,
DST.

RESUMO:
Algumas pesquisas sugerem que o HTLV tenha se originado na África, á partir
de primatas não-humanos, sendo disseminado no mundo através do tráfico de
escravos, e para o Japão, nos séculos XVI e XVII, pela tripulação de navios
portugueses. Sugere-se que o HTLV-I/II já estava presente em indivíduos
vivendo no Japão desde a pré-história. Hoje as duas vertentes são igualmente

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

163
UNISA - Universidade de Santo Amaro

aceitas. A primeira área endêmica a ser reconhecida foi o Japão, com índices,
de até 37% da população total, tornando- o a maior área endêmica do mundo
(CATALAN-SOARES, et al. 2001).Está presente também na África Equatorial ,
nos Estados Unidos da América , nos paises da América Central e do Sul .
O HTLV-I foi primeiramente descrito no Brasil em 1986, em uma comunidade
japonesa , de Campo Grande (MS), com soro prevalência de 13%. A
prevalência do HTLV-I em doadores de sangue de regiões brasileiras varia,
sendo de 0,08% no Norte e no Sul (Manaus e Florianópolis); 0,33% no Nordeste
e Sudeste (Recife e Rio de Janeiro) e de 1,35% a 1,80 em Salvador (
CARNEIO-PROIETTI, et al, 2002).
Embora ainda não existam estudos epidemiológicos com metodologia
adequada que permita conhecer a real prevalência do HTLV em nosso país,
estima-se que existam aproximadamente 2,5 milhões de pessoas infectadas
pelo HTLV, fazendo do Brasil o maior em número de casos
absolutos.(CATALAN-SOARES, et al 2001)
A transmissão pode ocorrer por via materno-infantil , parenteral e sexual..
Embora cerca de 90% dos infectados pelo HTLV-I permaneçam assintomáticos
,o HTLV-I é diretamente associado à estas patologias :mielopatia associada ao
HTL-I, paraparesia espástica tropical, uveíte associada ao HTLV-I, Leucemia/
linfoma de células T no adulto, e à dermatite infecciosa associada ao HTLV-I
(SANTOS et al, 2005). O diagnóstico da infecção pelo HTLV-I é feito geralmente
por meio de exames sorológicos , com destaque para as técnicas de ELISA
(triagem) e Western Blot (confirmatório) . As medidas de prevenção priorizam, a
orientação de doadores soropositivos, mães infectadas, indivíduos sexualmente
ativos, profissionais do sexo e usuários de drogas intravenosas.
O tratamento varia de acordo com a doença associada (SANTOS et al, 2005).

CONCLUSÃO:
A infecção pelo HTLV I/II é um problema de saúde publica ,que necessita de
ações interdisciplinares que esclareçam a população sobre suas formas de
contagio e medidas de profilaxia.
Embora seja uma patologia que, em nosso país, tem número importante de
casos, a mesma não é identificada facilmente pelos profissionais de saúde,
devido sobretudo à falta de conhecimento sobre as vias de transmissão, entre
elas , a sexual , parenteral e a materno-infantil, podendo ocorrer durante a
gestação, no parto e na amamentação principalmente. Isto mostra a
importância da prevenção, sobretudo nas gestantes,com triagem sorológica e
aconselhamento das soropositivas à absterem-se de amamentar. A equipe
multidisciplinar de saúde , deve criar estratégias de ações educativas ,voltadas
a população usuária dos serviços de saúde , incluindo a infecção pelo HTLV-I,

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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UNISA - Universidade de Santo Amaro

de extrema importância , tanto quanto o HIV/AIDS e outras doenças


sexualmente transmissíveis . Com conhecimento , o enfermeiro terá
competências para informar , esclarecer , tirar duvidas , acolher os usuários dos
serviços de saúde e ser um educador junto a equipe multidisciplinar e a
comunidade.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
CARNEIRO-PROIETTI, Anna Bárbara Freitas. RIBAS, João Gabriel Ramos.
CATALAN-SOARES, Bernadette Correia. MARTINS, Marina L. BRITO-MELO,
Gustavo E A. MARTINS-FILHO, Olindo A e col. Infecção e doenças pelo vírus
linfotrópicos humanos de células T (HTLV-I/II) no Brasil. Revista da Sociedade
Brasileira de Medicina Tropical. ex.35 n. 5 pag.499-509. set/out, 2002.

CATALAN-SOARES, Bernadette Correia. PROIETTI, Fernando Augusto.


CARNEIRO-PROIETTI, Anna Bárbara de Freitas. O vírus linfotrópico de células
T humanos (HTLV) na ultima década (1990-2000). Aspectos epidemiológicos.
Revista Brasileira de Epidemiologia. v.4 n.2, 2001.

SANTOS, Fred Luciano Neve. LIMA, Fernanda Washington de Mendonça.


Epidemiologia, fisiopatogenia e diagnóstico laboratorial da infecção pelo HTLV-
I. Revista Brasileira de Patologia Médica Laboratorial. ex.12 n. 2 pag.105-116.
Abril de 2005.

________________________________________________________________
1. Graduanda da Faculdade de Enfermagem-Facenf, da Universidade de Santo
Amaro-Unisa.
2. Orientadora , Professora Mestre em Saúde do Adulto, da Faculdade de
Enfermagem-Facenf , da Universidade de Santo Amaro.-Unisa.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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A Ação Pedagógica do Professor de Educação Física Escolar


FERNANDA RIBEIRO DE SOUZA(1), GLAUCE DOMINGUES(2), PRISCILA NUNES
NERY(3), SARA CAVALCANTE PENEDO(4)

LUCIANA TAKAHASHI RIBEIRO NEGRAO(5)(Orientadores)


Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
INTRODUÇÃO: A Educação Física é uma disciplina que dentro da escola pode
atingir o ser humano em sua totalidade, ou seja, nos aspectos motor, cognitivo
e sócio-afetivo. Mas, para tal, é necessário que os professores atuem como
agentes transformadores dentro do complexo processo de educação integral.
Desta forma, abordamos os fatores que podem efetivamente levar o professor a
exercer uma prática educativa. Para que o professor possa agir de forma a
justificar sua intenção de educar integralmente, é imprescindível que ele
conheça as vertentes pedagógicas da Educação Física, mas além de conhecê-
las, é necessário que saiba identificar os pontos positivos e negativos de cada
uma delas para adquirir uma postura consciente frente às mesmas. O professor
deve procurar entender o aluno em sua totalidade humana, deve entender
também que educar é antes de tudo um ato político, e não deve ficar restrito ao
movimento somente para educar o aspecto motor. O professor deve
redirecionar suas atividades de acordo com a realidade, acompanhando
avanços e mudanças, para ter mais possibilidades de alcançar seus objetivos.

OBJETIVO:
OBJETIVOS: O presente estudo tem como objetivo enfatizar a importância da
ação pedagógica do professor de Educação Física como fator desencadeador
para educação integral.

METODOLOGIA:
METODOLOGIA: Para a construção do referido estudo se fez necessária uma
pesquisa bibliográfica numa abordagem qualitativa.

RESUMO:
DISCUSSÃO: A preocupação em entender melhor as abordagens criadas para
a Educação Física Escolar surge em razão de auxiliar o professor a exercer a
sua ação pedagógica na escola. Apesar de a abordagem desenvolvimentista
visar proporcionar experiências de movimento mais adequadas aos níveis de

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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UNISA - Universidade de Santo Amaro

desenvolvimento, ela não busca formas de combater os problemas sociais, não


contribui para a formação integral e não dá importância ao contexto sócio-
cultural que envolve as habilidades motoras. A abordagem construtivista-
interacionista tem como vantagens levar em consideração o universo cultural do
aluno e o fato de resgatar a cultura de fora para dentro da escola, valorizando o
jogo e o lúdico. A abordagem crítico-superadora preocupa-se em educar
integralmente, prega a justiça social, o entendimento de como se adquirem os
conhecimentos, a valorização da contextualização dos fatos, a relevância social
dos conteúdos junto com sua contemporaneidade e adequação às
características sócio-cognitivas dos alunos. Esta abordagem diz que é preciso
conhecer as diferentes manifestações da cultura corporal, enquanto a
abordagem sistêmica diz que é necessário vivenciar as mesmas. A abordagem
da psicomotricidade busca um desenvolvimento integral do aluno. Já a crítico-
emancipatória tem em comum com a abordagem crítico-superadora a busca
pela transformação social e defende um ensino crítico. A abordagem cultural,
baseada na antropologia, diz que “... o ponto de partida da Educação Física é o
repertório cultural que cada aluno possui quando chega à escola...”. A
abordagem dos jogos cooperativos propõe os jogos, algo familiar ao professor
de Educação Física, e o valor da cooperação em vez da competição para uma
sociedade como foco do ensino. Por fim, abordagem da saúde renovada visa
propiciar aos alunos teorias e práticas que os incentivem a adquirir hábitos
saudáveis e desenvolvê-los ao longo de toda a vida.
A partir desta análise, entendemos que a Abordagem Sistêmica seja a mais
favorável, pois apresenta conceitos que buscam a formação integral do aluno e
está alicerçada em seus princípios metodológicos, que são: princípio da
inclusão, princípio da diversidade, princípio da complexidade e princípio da
adequação do aluno. Além disso, sua importância se dá por conter
implicitamente muitos pontos de outras abordagens que contribuem também
para o alcance de uma educação global através do movimento.

CONCLUSÃO:
CONCLUSÃO: Sendo assim, após a análise das diferentes abordagens
pedagógicas desenvolvidas para a Educação Física escolar, constatamos que a
Abordagem Sistêmica, de autoria de Mauro Betti, é a que fornece mais
subsídios e amplia os caminhos que o professor de Educação Física escolar
pode percorrer para fazer sua ação pedagógica surtir os efeitos almejados, ou
seja, para obter um desempenho bem sucedido de sua prática, e fazer
verdadeiramente da Educação Física escolar uma disciplina também capaz de
educar de maneira integral (o movimento, para o movimento e pelo movimento).

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

167
UNISA - Universidade de Santo Amaro

Referências Bibliográficas:
DARIDO, S. C. Educação física na escola: questões e reflexões. Ed. Guanabara
Koogan, Rio de Janeiro: 2003.
ZABALA, A. A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre: Ed. Artes Médicas
Sul Ltda., 1998.
BETTI, M.; ZULIANI, L. R. Educação física escolar: uma proposta de diretrizes
pedagógicas. Revista Mackenzie de Educação Física e Esporte, São Paulo, v. I,
n. I, p. 73-81, jan./dez. 2002.

________________________________________________________________
São Paulo, 2008.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

168
UNISA - Universidade de Santo Amaro

A AIDS NA TERCEIRA IDADE


LUIZ EDUARDO LOPES(1)

IRENE CORTINA(2)(Orientadores)
Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
A AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) é uma doença incurável, mas
tratável. O vírus que causa essa doença, o HIV (Vírus da Imunodeficiência
humana), ataca o sistema imunológico das pessoas, deixando-as susceptíveis
às chamadas doenças oportunistas, as quais podem ser fatais. Ter o HIV não
significa ter a doença. Muitas pessoas vivem anos com o vírus sem que haja
desenvolvimento da doença, contudo são capazes de transmitir o vírus. A
transmissão se dá por sangue, sêmen e secreção vaginal. Inicialmente, a partir
de 1980, a epidemia atingiu predominantemente homens homossexuais e
usuários de drogas injetáveis, vitimando também os hemofílicos. Com o passar
dos anos a doença avançou e mostrou-se não estar restrita a nenhum
seguimento social ou orientação sexual, alcançando também os idosos. Como
no início da epidemia, as vítimas eram principalmente jovens, as campanhas de
prevenção foram voltadas para esse grupo, o que prevalece até os dias atuais.
Esse é um dos motivos que deixaram vulneráveis o segmento da população
mais velha, os idosos.

OBJETIVO:
O objetivo deste trabalho é identificar como o HIV/AIDS se apresenta no grupo
populacional da 3ª idade, avaliar os agravos à saúde do idoso decorrentes das
práticas sexuais e propor ações educativas de saúde voltadas às pessoas
idosas.

METODOLOGIA:
Trata-se de uma pesquisa qualitativa, com revisão bibliográfica, pesquisa de
artigos, sites, o portal de Biblioteca Virtual em Saúde (BIREME), para
levantamento bibliográfico, e as bases de dados LILACS e BDENF, com recorte
dos últimos 10 anos. Foram incluídos artigos científicos nacionais dessas bases
de dados para composição do material de estudo.

RESUMO:
O aumento da contaminação entre os idosos vem associado ao aumento da
estimativa de vida da população, ao uso de terapias hormonais e à descoberta
de medicamentos para disfunção erétil, que melhora a vida sexual desse
segmento, apesar de ainda existir o mito da velhice assexuada, o que reforça o
preconceito contra o idoso que expressa a sua sexualidade com naturalidade,

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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UNISA - Universidade de Santo Amaro

situação vista como um “desvio”. A figura do velho deprimido e inutilizado pouco


a pouco vai cedendo espaço para grupos cada vez mais conscientes de sua
importância e de seu papel em nosso meio. Essa mudança de paradigma vem
contestar nossos modelos de velhice, onde é difícil pensar na sexualidade após
os sessenta anos. Outro fator a ser considerado é a questão fisiológica na
terceira idade: as pessoas na terceira idade, infectadas com o HIV, tendem a
adoecer mais rapidamente do que as pessoas mais jovens, porque tem
acrescido a AIDS os efeitos de outras doenças que freqüentemente vem com a
idade. Fisiologicamente, pessoas nessa faixa etária são mais susceptíveis a
contrair AIDS do que pessoas mais novas, pois o sistema imunológico se torna
menos eficiente com a idade, fazendo com que as pessoas mais velhas se
tornem mais propensas à infecção.

CONCLUSÃO:
Concluímos que essa faixa etária é resistente ao uso de preservativos, sendo
esse um dos desafios de prevenção da doença. Também faz-se necessário
convencer os profissionais de saúde a ter um olhar sem preconceitos à vida
sexual dos idosos. No Guia de Vigilância Epidemiológica, da Secretaria de
Vigilância Epidemiológica do Ministério da Saúde (BRASIL, 2005, pág. 144),
são apresentadas estratégias de prevenção: promoção de mudanças de
comportamento, estabelecimento de modelos de intervenção, fortalecimento de
redes sociais e distribuição de insumos (preservativos masculinos e femininos e
gel lubrificante) de prevenção.
Palavras-chave: HIV/AIDS – TERCEIRA IDADE – DST/IDOSO.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
Referências bibliográficas:
BRASILEIRO, Marislei; FREITAS, Maria Imaculada de Fátima. Representações
Sociais Sobre AIDS de Pessoas Acima de 50 Anos de Idade, Infectadas pelo
HIV. Rev. Latino-am Enfermagem 2006 setembro-outubro; RIBEIRO, A.
Sexualidade na terceira idade. In: CARVALHO FILHO, PAPALÉO NETO, M.
Geriatria. São Paulo: Atheneu, 1996. Cap. 13, p. 124-34;.SANTOS, Inês Maria
Meneses dos; MATOS, Márcia Andréa Barbosa de; SANTOS, Mônica Ferreira
dos; SILVA, Mônica Rodrigues da. Perfil da AIDS em Indivíduos Acima de 50
Anos. Texto Contexto Enferm., Florianópolis, v.6, n.2, p. 339-344,mai./ago.
1997.
________________________________________________________________
1 Acadêmico do curso de enfermagem da Universidade de Santo Amaro –
FACENF – UNISA, concluinte do 8º semestre de graduação.
2 Orientadora, Professora Mestra em saúde do idoso da Faculdade de
Enfermagem da Universidade de Santo Amaro – FACENF – UNISA.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

170
UNISA - Universidade de Santo Amaro

A ATIVIDADE FÍSICA INTENCIONAL E SUA INFLUÊNCIA NA


QUALIDADE DE VIDA
JANAINA LEANDRA GARCIA(1)

CARLOS ALEXANDRE FELICIO BRITO(2),SOLANGE DE OLIVEIRA F


BORRAGINE(3),CARMEN LUCIA DALANO(4)(Orientadores)
Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
A Atividade Física pode ser entendida como qualquer movimento que envolva
gasto energético maior que o metabolismo basal. Esta forma conceitual
encontrada na Teoria Transteórica tem sido discutida na literatura numa
perspectiva restrita, entretanto alguns autores sugerem que este termo deveria
ser formalizado e, portanto, ampliado. Hoffman e Harris (2004) são
pesquisadoras com esta perspectiva e o fato que poderia corroborar para este
aspecto se deve pelo interesse na pratica realizada pelo individuo de acordo
com a sua percepção. Assim, o conceito deverá ser entendido como a
“atividade intencional, voluntária e dirigida para alcançar um objetivo
identificável. Isso exclui os movimentos humanos que são involuntários, como
os reflexos ou aqueles realizados sem objetivos e propósitos específicos
(p.22)”. Em nosso estudo estamos propondo uma discussão no conceito
ampliado e o pressuposto para a atividade física é verificado de forma que a
mesma possa contribuir na qualidade de vida (Seidl e Zannon, 2004) das
pessoas, principalmente nos aspectos relacionados aos fatores que interferem
na saúde, neste sentido a Faculdade de Educação Física da Universidade de
Santo Amaro (UNISA) vem oferecendo serviços que contribuem para esta
qualidade (PAEC – Programa de Atividades Esportivas a Comunidade). A
região avaliada situa-se na Subprefeitura Capela do Socorro e Parelheiros,
região esta heterogênea onde existem áreas urbanas, industriais, rurais e de
mananciais, apresentando níveis socioeconômicos bastante variados, como por
exemplo, renda em média de três salários mínimos (Diretoria de Ensino Sul - 3)

OBJETIVO:
Verificar como estão sendo realizados os serviços prestados à comunidade e
como ela percebe esta qualidade em suas vidas

METODOLOGIA:
Realizou-se um estudo do tipo transversal, “Survey”, descritivo, portanto
descrevendo a realidade tal como ela é; assim não houve a preocupação de se
estabelecer uma relação de causa e efeito. Foram avaliados cerca de 153
sujeitos (n=109 Feminino e n=44 Masculino), com idade variando entre 06 a 77
anos e, as mesmas, foram divididas segundo a orientação cronológica da

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

171
UNISA - Universidade de Santo Amaro

Organização Mundial da Saúde (OMS). Foi elaborado um instrumento


estruturado com perguntas abertas e fechadas de acordo com o construto
teórico estabelecido (Santaella, 2004). O mesmo foi aplicado pelo pesquisador
em forma de entrevista direta. As respostas subjetivas foram agrupadas de
acordo com as categorias de resposta para melhor entendimento da sua
representação simbólica, por meio da técnica da analise de conteúdo. Os
resultados não foram analisados pela estatística uma vez que o “Survey” é
descritivo.

RESUMO:
Os resultados que merecem atenção, devido a sua maior freqüência relativa
observada, foram: as crianças têm procurado a prática de natação (76%), como
também os adolescentes (89%), entretanto os adultos e idosos procuram a
hidroginástica em sua maioria, ou seja, cerca de 77% e 96%, respectivamente.
Ao serem perguntados sobre a sua percepção do que significava estar
praticando estas atividades neste local as crianças responderam na sua
maioria, que as realizavam pela sensação de bem-estar (26%), sendo descrita
de forma enfática pela idéia de que GOSTA! Em seguida pode-se observar uma
busca pela amizade (22%) e, finalizam a sua descrição, pela perspectiva de
estar apreendendo algo novo (15%) chegando a relatar a importância do
professor neste contexto (22%). Este mesmo comportamento pode ser
observado entre os Idosos, ou seja, cerca de 30,8% tem claro que o significado
é pela sensação de bem-estar, seguida pela idéia da saúde (25,6%) e
permanece a busca por novas amizades (10,2%). Entretanto, este
comportamento não foi observado entre os adolescentes e adultos em que, na
maioria das vezes, compreendem que o significado desta prática oferecida pelo
PAEC cumpre um papel social no que diz respeito à saúde (28,7% e 27,5%). O
que nos chama atenção é que, em se tratando de uma comunidade
heterogênea e com baixo poder econômico, a idéia de ter um preço baixo foi o
que menos foi relatado pelos sujeitos investigados, permanecendo abaixo de
8% entre os adultos e idosos.

CONCLUSÃO:
a) Há uma tendência relativa à qualidade de vida em função do significado do
que seja bem-estar; b) Há uma realização frente às novas amizades; c) Há uma
valorização da saúde em suas vidas; d) Verificou-se a importância da presença
do professor de educação física neste contexto.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
HOFFMAN, S. J. e HARRIS, J. C. Cinesiologia: o estudo da atividade física.
Porto Alegre: Artmed, 2004.
SEIDL, E. M. F. e ZANNON, C. M. L. C. Qualidade de vida e saúde: aspectos

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

172
UNISA - Universidade de Santo Amaro

conceituais e metodológicos. Caderno de Saúde Pública. Rio de Janeiro, RJ, v.


20, nº. 2, p. 580-8, 2004.
SANTAELLA, L. A teoria geral dos signos: como as linguagens significam as
coisas. São Paulo: Pioneira, 2004.

________________________________________________________________
Bolsa de Iniciação Científica PIBIC-Cnpq

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

173
UNISA - Universidade de Santo Amaro

A atuação do enfermeiro em relação às queixas de sono em


paciente hospitalizado
WANDERLEIA FERREIRA LIMA(1)

ISABEL CRISTINA KOWAL OLM CUNHA(2)(Orientadores)


Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
Desde o início do século XX já existia uma grande preocupação em relação ao
estudo do sono e seus distúrbios. Indivíduos que dormiam em excesso eram
considerados ociosos, doentes psiquiátricos e preguiçosos. As pessoas que
sofriam de insônia, se automedicavam com chás, sem a preocupação de
procurar um especialista para detectar a causa do problema. 1
Para um paciente hospitalizado deve ser dada maior atenção ao sono, pois a
presença de uma patologia, de uma dor a ela associada e a inatividade física
decorrente da internação são fatores desencadeadores do distúrbio de sono.2
Acredita–se que os pacientes possam apresentar dificuldades para adormecer
e ter um sono reparador quando está no ambiente hospitalar, talvez pelas
mudanças realizadas no local de dormir ou aos sintomas associados à doença.
Assim, a queixa de não ter dormido direito parece ser comum em pacientes
hospitalizados, no entanto, não se tem certeza do encaminhamento dado ao
problema. Sabe-se que, na maior parte dos casos, a única conduta é a
prescrição de um hipnótico, não sendo porém investigada as causas básicas,
tratando-se apenas o sintoma (a insônia).3Assim, estudar estes aspectos
reveste-se de importância para o enfermeiro, pois estará contribuindo para
oferecer e garantir ao cliente uma assistência de enfermagem com qualidade e
livre de riscos.

OBJETIVO:
- Conhecer os fatores que interferem na qualidade do sono de pacientes
hospitalizados; e
- Identificar a assistência de enfermagem adequada a ser prestada aos
pacientes com distúrbio do sono.

METODOLOGIA:
Trata-se de uma pesquisa de revisão bibliográfica realizada a partir da seleção
de artigos de revistas científicas, localizados por via eletrônica através da
Biblioteca Regional de Medicina – BIREME, nas bases de dados LILACS, e
BDENF. Usou-se como palavras chave sono e assistência de enfermagem, e a
procura foi no recorte temporal nos anos de 1975 a 2008. Foram localizados 20

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

174
UNISA - Universidade de Santo Amaro

artigos sobre o tema, que após serem lidos, restringiram-se a 8 artigos para a
finalidade do trabalho. Os artigos foram novamente lidos e seus conteúdos
foram categorizados e serão apresentados a seguir.

RESUMO:
O resultado da revisão bibliográfica enfatizou a importância de reconhecer a
ação do enfermeiro em relação os distúrbios de sono em pacientes
hospitalizados permitindo a avaliação e tratamento desde paciente. O sono é
um estado fisiológico necessário e reparador, normalmente periódico e
reversível, caracterizado por uma depressão dos sentidos, da consciência, da
motricidade sem que exista uma acentuada diminuição do metabolismo e das
funções vegetativas. O homem necessita do sono para manter um controle do
seu organismo, sendo assim, passa um terço da sua vida dormindo. 3 Ao
dormir, os sentidos perdem-se na seguinte ordem: visão, paladar, olfato,
audição e tato. O tato desperta ao mais leve toque sobre a pele. É o vigia do
corpo adormecido. Ao despertar, os sentidos voltam nesta ordem: tato, audição,
visão, paladar e olfato. Os cuidados da enfermagem para promover o sono e
repouso têm como objetivo um bom padrão dos mesmos, juntamente com a
sensação de conforto e ausência de fadiga. Devemos observar os fatores
casuais e contribuintes do distúrbio no padrão do sono (queixas de dificuldade
para adormecer, sono interrompido, inquietação, irritabilidade, bocejos
freqüentes e faces inexpressivas), pois podem ser fisiológicos, fisiopatológicos
ou psicológicos. 3

CONCLUSÃO:
Os fatores que interferem no sono variam de pessoa para pessoa e recebem
influência de vários aspectos, como o horário (noite e dia), como também de
fatores físicos, sócio-culturais, psicológicos, ambientais, de alimentação,
doenças, bebidas ou drogas. Existem ainda patologias cujos sintomas podem
agravar-se á noite ou podem incluir um comportamento de perturbação do sono.
A assistência de enfermagem deve centrar-se na identificação da queixa do
paciente, para assim avaliar e tratar o foco do problema e não só a
causa,promovendo menor tempo de internação, além da redução do uso
indiscriminado de hipnóticos e, conseqüentemente, dos custos do tratamento

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
1. Costa, L.M. desafios da assistencia de enfermagem no centro de estudos dos
disturbios dos sono do hospital Israelista Albert Einstein propostas de soluções.
“anais do primeiro ciclo de debates sobre assistencia de
enfermagem/anon/br/s”.1988. Disponível em { ( iah) LILACS id: 86629 }.

2 FONTENELE, JA Higiene de Sono Hospitalar: Abordagem Clinica Disponível

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

175
UNISA - Universidade de Santo Amaro

em (http://www.portalmedico.org.br/jornal/jornais2002/setembro/pag_22.htm)
acesso em 25/04/08
3. LOGAN,WW.O Sono: Modelo de Enfermagem. 3ª ed disponível no
www.wikepedia.com.br .

________________________________________________________________
Trabalho de Conclusão do Curso de Enfermagem apresentado à da
Universidade de Santo Amaro para obtenção do título de Bacharel em
Enfermagem.
2Acadêmica do 8º. Semestre do Curso de Enfermagem da UNISA. Rua Jacopo
Torridi, 49. Jardim Icaraí. CEP 04873-180. São Paulo, SP E-mail:
limaf2004@yahoo.com.br
3 Enfermeira. Doutora em Saúde Pública. Coordenadora do Curso de
Enfermagem da UNISA. Orientadora. E-mail: icunha@unisa.br

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

176
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A atuação do profissional de enfermagem no período de


desmame
JAIANE ALVES RIBEIRO DE MORAES(1)

VALDILEA ZORUB PASQUINI(2)(Orientadores)


Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
Há situações em que o aleitamento materno não é concretizado e por algumas
razões as crianças são precocemente desmamadas. Outra parte mantém com
tanto sucesso que se percebe certo grau de dificuldade na obtenção do
desmame. O período de desmame é uma fase de elevado risco para a criança,
pois nela pode haver o estabelecimento de déficit nutricional pela utilização
insuficiente de alimentos, levando a um aporte calórico e protéico insuficiente
para a criança e alta incidência de diarréia, decorrente da administração de
alimentos não adequados. Os profissionais da enfermagem poderiam contribuir
para que o processo de desmame ocorresse sem deixar traumas para a criança
e para a mãe, pois ao ser procurados para solucionar os problemas relativos à
vivência da amamentação, o discurso que ouvem é baseado em normas e
regras que não condizem com as suas reais necessidades.

OBJETIVO:
Descrever a atuação do profissional de enfermagem no período de desmame

METODOLOGIA:
Revisão bibliográfica de caráter descritivo. Utilizou-se o portal da Biblioteca
Virtual em Saúde para realizar o levantamento bibliográfico, nas bases de
dados: Lilacs, Scielo, Bdenf onde foram usados os descritores: “amamentação”,
“desmame”, “período de desmame” e “enfermagem e desmame”. O material foi
lido, fichado e deste processo emergiram três categorias: Tipos de desmame,
causas do desmame, atuação do enfermeiro no período de desmame. Os
resultados serão dispostos de acordo com estas categorias.

RESUMO:
O desmame pode ser classificado em precoce, tardio, súbito, gradual, parcial e
natural. O desmame precoce é a interrupção do aleitamento materno exclusivo
antes dos seis meses. Segundo Ministério da Saúde, não há vantagens na
introdução precoce de alimentos que não o leite humano na dieta da criança.
Por outro lado, há relatos de que essa prática seja prejudicial, pois o sistema
digestivo e o rim da criança pequena são imaturos, o que limita a sua habilidade

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

177
UNISA - Universidade de Santo Amaro

em manejar alguns componentes de alimentos diferentes do leite humano. Nos


casos em que a amamentação natural ultrapassa vinte e quatro meses de
idade, é considerada prolongada. Além da maior dificuldade para o desmame, a
extensão desse hábito pode trazer conseqüências negativas, como a recusa de
alimentos sólidos por parte da criança, a subnutrição e a maior ocorrência de
cáries.
No desmame súbito, ocorre interrupção abrupta da amamentação. Esta opção
traz conseqüências físicas e psicológicas para a mãe e a criança. Pode trazer
desconforto pelo ingurgitamento mamário, e há risco de desenvolver mastite
puerperal. O desmame gradual, pode durar semanas ou meses, a nutriz
prepara o bebê para o desmame usando a distração com atividades
interessantes, enquanto substitui gradativamente, o leite materno por fórmulas.
Na modalidade de desmame parcial as nutrizes procuram por um acerto entre
amamentar o bebê com freqüência e o desmame total. Neste caso, a nutriz opta
por substituir horários de amamentação que são mais difíceis para ela, por
outros tipos de alimento. O desmame natural representa deixar a criança decidir
pelo fim do processo de amamentação.
O esforço físico da mulher, a fadiga, a limitação no desempenho de suas
funções, incluindo o cuidado com o seu próprio corpo, e a difícil conciliação
entre o exercício da sexualidade e a amamentação são vistos de forma
negativa, acarretando o desmame precoce. Segundo Carvalhaes, Parada e
Costa (2007), há evidências de uma relação entre uso de chupeta e situação do
aleitamento materno exclusivo, causando risco de desmame precoce. Outra
causa que contribui para o desmame são as crendices populares, pois não é
raro escutarmos expressões como “o meu leite é fraco, não sustenta as
necessidades do bebê”, justificando a dificuldade de explicar os insucessos com
a amamentação. De maneira geral, os resultados são unânimes em apontar o
desempenho do profissional de saúde como elemento básico para o sucesso da
amamentação. No cotidiano da assistência em amamentação, é necessário sair
do ideal e contemplar o real na abordagem com a mulher, sendo importante
promover reflexões junto a ela, na tentativa de apreender suas razões e
motivações.

CONCLUSÃO:
A realização deste estudo demonstrou que existem dois tipos mais comuns de
desmame, havendo predominância do desmame precoce. Como profissionais
da saúde sabemos que o desmame é fisiológico, mas deve acontecer no
período ideal, para isso precisamos orientar às mães, mas acima de tudo
precisamos compreender as suas necessidades e respeitar os seus valores.
Quanto à atuação dos enfermeiros no processo de desmame, estes precisariam

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

178
UNISA - Universidade de Santo Amaro

estar disponíveis às famílias, prestando apoio para fortalecê-las no


enfrentamento do desmame. Podemos incluir a orientação quanto à
alimentação complementar da criança, que contempla, também, o período do
desmame. Evidencia-se, portanto, a necessidade da capacitação do enfermeiro
para atuar na assistência em amamentação numa abordagem que ultrapasse
as fronteiras biológicas, passando a compreender a mãe em todas as suas
dimensões de mulher.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
CARRASCOZA, K. C.; JÚNIOR, Á. L. C; MORAES, A. B. A. Fatores que
influenciam o desmame precoce e a extensão do aleitamento materno. Estudos
de Psicologia, Campinas, v. 22, n. 4, 2005.
HAMES, Maria de Lourdes Campos. Amarras da liberdade: representações
maternas do processo de amamentação-desmame de crianças com idade
superior a dois anos. 2006. 176 f. Tese - Pós-Graduação em Enfermagem da
Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2006.

SONEGO, J; SAND, I. C. P. V. D. Entramos num acordo, meu leite diminuiu e


ele parou de mamar aos poucos: o desmame em três gerações. Revista
eletrônica de enfermagem, v. 4, n. 1, p. 26 – 32 2002. Disponível em
http://www.fen.ufg.br. Acesso em 05/12/2007.

________________________________________________________________
1. Aluna da Graduação em Enfermagem, Universidade de Santo Amaro. E-mail:
jaiane.moraes@hotmail.com
3. Enfermeira com especialização em Obstetrícia, pós graduada em
Administração Hospitalar, Professora de Saúde da Mulher e Saúde da Criança,
orientadora.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

179
UNISA - Universidade de Santo Amaro

A atuação do psicólogo hospitalar no processo de humanização


na saude
TATIANA TARRAO DOS SANTOS(1)

MARIANGELA DE OLIVEIRA CICONELLI(2)(Orientadores)


Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
Diante da necessidade de compreender o hospital como um ambiente que
existe para cuidar da saúde, não apenas para tratar doenças o Programa
Nacional de Humanização da Assistência Hospitalar (PNHAH) propõe
intervenções concretas que incluem a participação de usuários, trabalhadores
de saúde, e gestores do sistema hospitalar que serão beneficiados com:
tratamento digno, solidário e acolhedor; resgate do verdadeiro sentido da
prática, bem como o valor de seu trabalho; melhor capacitação para
instrumentar o processo de humanização (Brasil, 2004). Há duas vertentes
possíveis do trabalho do psicólogo no contexto hospitalar: Uma diz respeito a
intervenções pontuais que ocorrem durante o adoecer, em relação ao
sofrimento provocado pela patologia, sofrimento este físico ou psicológico e
medidas preventivas em relação à doença e ao adoecer; Outra está na interface
da comunicação com a implementação de uma escuta qualificada que facilite o
processo de comunicação, bem como as relações interpessoais, além de
cooperar no processo de integração interdisciplinar para a construção de
diretrizes comuns (Camon & cols., 1994; Carvalho, 2008).

OBJETIVO:
Conhecer as diferentes possibilidades de atuação do psicólogo hospitalar no
processo de humanização dos serviços de saúde.

METODOLOGIA:
Trata-se de uma pesquisa descritiva. Foi realizada uma busca bibliográfica nas
seguintes bases de dados: LILACS-Literatura Latino-Americana e do Caribe em
Ciências da Saúde, Scientific Electronic Library Online-SciELO, ambos
indexadas na BIREME, utilizando os descritores: “humanização, saúde e
psicologia”. Para composição do material de estudo foram incluídos apenas
artigos de periódicos nacionais, capturados das bases de dados supracitadas.
Mediante leitura dos resumos, foram selecionados 10 artigos, e excluídos
aqueles que não se enquadraram ao objetivo proposto. Para análise dos dados
foi realizada a leitura e fichamento dos artigos encontrados.

RESUMO:
Conforme literatura referida, compreender o processo de humanização

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

180
UNISA - Universidade de Santo Amaro

pressupõe entender a relação do profissional de saúde com o paciente.


Relação esta que é estabelecida com base no vínculo de confiança que faz
parte da função do profissional e antecede o conhecimento pessoal entre os
indivíduos. A proposta da humanização busca reverter um quadro de
mecanicismo, automatismo ou tecnicismo das relações, na construção de um
novo modelo de interação entre os sujeitos que constituem os sistemas de
saúde, tomando trabalhadores, gestores e usuários como atores de todo este
processo. Neste sentido, a Psicologia Hospitalar tem a responsabilidade de
contribuir neste processo de humanização, facilitando as comunicações, haja
vista que o psicólogo reveste-se de um instrumental muito poderoso à medida
que é capacitado para a análise das relações interpessoais; cujo papel é
desenvolvido por meio do encontro com o paciente, no sentido de resgatar sua
essência de vida que foi interrompida pela doença e conseqüente internação.
Dessa maneira, a forma como o profissional de saúde entende o processo de
adoecimento e enfrentamento da doença, pela qual passa o indivíduo, torna-se
o diferencial na atuação com o paciente hospitalizado. Cabe ao psicólogo,
compreender, identificar e apontar as dificuldades e falhas no entendimento do
processo de adoecer. Quando se entende o adoecer humano como proveniente
de vários fatores e de sua complexidade, a atitude do profissional da saúde
para com o paciente será fundamental para reforçar ou não o quadro clínico e
psicológico. Este pode ajudar na conscientização de todos os profissionais para
o trabalho multiprofissional. Auxiliando cada profissional a ter claras as suas
funções, definindo seus objetivos, facilitando a comunicação entre todos, sendo,
muitas vezes, o interlocutor entre os mesmos com os pacientes e familiares. O
psicólogo buscará ainda, alertar os profissionais para a necessidade do
conhecimento das atividades da equipe, compartilhando informações e
buscando atender o mais completamente possível o paciente. Portanto, a
humanização e a atuação do psicólogo que está voltada primordialmente para a
minimização do sofrimento provocado pela patologia, bem como do sofrimento
relativo às seqüelas emocionais desenvolvidas pela hospitalização podem ser
tomadas por processos, que embora distintos, recíprocos e interdependentes.

CONCLUSÃO:
O papel do psicólogo hospitalar é desenvolvido a partir do encontro com o
paciente, no sentido de trabalhar as questões desencadeadas pelo processo do
adoecer e da internação, buscando por meio de seu conhecimento ajudar o
paciente a enfrentar a doença, bem como minimizar o sofrimento decorrente da
mesma. Uma outra possibilidade de intervenção está no trabalho de equipe
interdisciplinar, facilitando a comunicação entre os membros, e em alguns
momentos sendo interlocutor entre a equipe e a instituição.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

181
UNISA - Universidade de Santo Amaro

1. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria-Executiva. Núcleo Técnico da Política


Nacional de Humanização. HumanizaSUS: ambiência / Ministério da Saúde,
Secretaria-Executiva, Núcleo Técnico da Política Nacional de Humanização. –
Brasília: Ministério da Saúde, 2004.

2. Carvalho, K.B. (2008) – A atuação do psicólogo no suporte ao paciente,


família e equipe multiprofissional no processo da humanização hospitalar,
Psicópio: Revista Virtual de Psicologia Hospitalar e da Saúde. B.H., Fev-Jul
2008, Ano 4, n.7.;

3. Camon, V.A.A. & Colaboradores (1994) – Psicologia Hospitalar, ed. Pioneira;

________________________________________________________________
Trabalho em desenvolvimento para ser apresentado no 11° Congresso de
Iniciação Científica da UNISA.
2 Graduanda do 8° semestre do curso de Psicologia da Universidade de Santo
Amaro-UNISA.
3Graduanda do 8° semestre do curso de Psicologia da Universidade de Santo
Amaro-UNISA, monitora da disciplina de Psicopatologia.
4Docente da disciplina de Psicologia Hospitalar da Universidade de Santo
Amaro-UNISA

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

182
UNISA - Universidade de Santo Amaro

A atuação do psicólogo hospitalar no processo de humanização


na saude
ANTÔNIA SIMONE DE ANDRADE(1)

MARIANGELA DE OLIVEIRA CICONELLI(2)(Orientadores)


Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
Diante da necessidade de compreender o hospital como um ambiente que
existe para cuidar da saúde, não apenas para tratar doenças o Programa
Nacional de Humanização da Assistência Hospitalar (PNHAH) propõe
intervenções concretas que incluem a participação de usuários, trabalhadores
de saúde, e gestores do sistema hospitalar que serão beneficiados com:
tratamento digno, solidário e acolhedor; resgate do verdadeiro sentido da
prática, bem como o valor de seu trabalho; melhor capacitação para
instrumentar o processo de humanização (Brasil, 2004). Há duas vertentes
possíveis do trabalho do psicólogo no contexto hospitalar: Uma diz respeito a
intervenções pontuais que ocorrem durante o adoecer, em relação ao
sofrimento provocado pela patologia, sofrimento este físico ou psicológico e
medidas preventivas em relação à doença e ao adoecer; Outra está na interface
da comunicação com a implementação de uma escuta qualificada que facilite o
processo de comunicação, bem como as relações interpessoais, além de
cooperar no processo de integração interdisciplinar para a construção de
diretrizes comuns (Camon & cols., 1994; Carvalho, 2008).

OBJETIVO:
Conhecer as diferentes possibilidades de atuação do psicólogo hospitalar no
processo de humanização dos serviços de saúde.

METODOLOGIA:
Trata-se de uma pesquisa descritiva. Foi realizada uma busca bibliográfica nas
seguintes bases de dados: LILACS-Literatura Latino-Americana e do Caribe em
Ciências da Saúde, Scientific Electronic Library Online-SciELO, ambos
indexadas na BIREME, utilizando os descritores: “humanização, saúde e
psicologia”. Para composição do material de estudo foram incluídos apenas
artigos de periódicos nacionais, capturados das bases de dados supracitadas.
Mediante leitura dos resumos, foram selecionados 10 artigos, e excluídos
aqueles que não se enquadraram ao objetivo proposto. Para análise dos dados
foi realizada a leitura e fichamento dos artigos encontrados.

RESUMO:
Conforme literatura referida, compreender o processo de humanização

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

183
UNISA - Universidade de Santo Amaro

pressupõe entender a relação do profissional de saúde com o paciente.


Relação esta que é estabelecida com base no vínculo de confiança que faz
parte da função do profissional e antecede o conhecimento pessoal entre os
indivíduos. A proposta da humanização busca reverter um quadro de
mecanicismo, automatismo ou tecnicismo das relações, na construção de um
novo modelo de interação entre os sujeitos que constituem os sistemas de
saúde, tomando trabalhadores, gestores e usuários como atores de todo este
processo. Neste sentido, a Psicologia Hospitalar tem a responsabilidade de
contribuir neste processo de humanização, facilitando as comunicações, haja
vista que o psicólogo reveste-se de um instrumental muito poderoso à medida
que é capacitado para a análise das relações interpessoais; cujo papel é
desenvolvido por meio do encontro com o paciente, no sentido de resgatar sua
essência de vida que foi interrompida pela doença e conseqüente internação.
Dessa maneira, a forma como o profissional de saúde entende o processo de
adoecimento e enfrentamento da doença, pela qual passa o indivíduo, torna-se
o diferencial na atuação com o paciente hospitalizado. Cabe ao psicólogo,
compreender, identificar e apontar as dificuldades e falhas no entendimento do
processo de adoecer. Quando se entende o adoecer humano como proveniente
de vários fatores e de sua complexidade, a atitude do profissional da saúde
para com o paciente será fundamental para reforçar ou não o quadro clínico e
psicológico. Este pode ajudar na conscientização de todos os profissionais para
o trabalho multiprofissional. Auxiliando cada profissional a ter claras as suas
funções, definindo seus objetivos, facilitando a comunicação entre todos, sendo,
muitas vezes, o interlocutor entre os mesmos com os pacientes e familiares. O
psicólogo buscará ainda, alertar os profissionais para a necessidade do
conhecimento das atividades da equipe, compartilhando informações e
buscando atender o mais completamente possível o paciente. Portanto, a
humanização e a atuação do psicólogo que está voltada primordialmente para a
minimização do sofrimento provocado pela patologia, bem como do sofrimento
relativo às seqüelas emocionais desenvolvidas pela hospitalização podem ser
tomadas por processos, que embora distintos, recíprocos e interdependentes.

CONCLUSÃO:
O papel do psicólogo hospitalar é desenvolvido a partir do encontro com o
paciente, no sentido de trabalhar as questões desencadeadas pelo processo do
adoecer e da internação, buscando por meio de seu conhecimento ajudar o
paciente a enfrentar a doença, bem como minimizar o sofrimento decorrente da
mesma. Uma outra possibilidade de intervenção está no trabalho de equipe
interdisciplinar, facilitando a comunicação entre os membros, e em alguns
momentos sendo interlocutor entre a equipe e a instituição.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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UNISA - Universidade de Santo Amaro

1. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria-Executiva. Núcleo Técnico da Política


Nacional de Humanização. HumanizaSUS: ambiência / Ministério da Saúde,
Secretaria-Executiva, Núcleo Técnico da Política Nacional de Humanização. –
Brasília: Ministério da Saúde, 2004.

2. Carvalho, K.B. (2008) – A atuação do psicólogo no suporte ao paciente,


família e equipe multiprofissional no processo da humanização hospitalar,
Psicópio: Revista Virtual de Psicologia Hospitalar e da Saúde. B.H., Fev-Jul
2008, Ano 4, n.7.;

3. Camon, V.A.A. & Colaboradores (1994) – Psicologia Hospitalar, ed. Pioneira;

________________________________________________________________
Trabalho em desenvolvimento para ser apresentado no 11° Congresso de
Iniciação Científica da UNISA.
2 Graduanda do 8° semestre do curso de Psicologia da Universidade de Santo
Amaro-UNISA.
3Graduanda do 8° semestre do curso de Psicologia da Universidade de Santo
Amaro-UNISA, monitora da disciplina de Psicopatologia.
4Docente da disciplina de Psicologia Hospitalar da Universidade de Santo
Amaro-UNISA

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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UNISA - Universidade de Santo Amaro

A ENFERMAGEM AUXILIANDO O CUIDADOR INFORMAL DE


PACIENTE COM A DOENÇA DE ALZHEIMER
BRUNA MUMARE EVANGELISTA(1)

IRENE CORTINA(2)(Orientadores)
Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
O envelhecimento da população mundial, hoje é uma realidade e não mais um
fenômeno. Os idosos representavam 6% de toda população, hoje já passam de
9% totalizando aproximadamente 15 milhões de pessoas, com idade acima de
60 anos. No Brasil, estima-se que existam atualmente cerca de 17,6 milhões de
idosos, com previsão de termos no ano de 2025, um total 32 milhões de
pessoas idosas (IBGE, 2000). Este envelhecimento da população é uma
resposta à mudança dos indicadores referentes à queda da fecundidade, baixa
mortalidade e maior esperança de vida. A longevidade é o desejo de todos,
porém, com ela surgem, além das doenças próprias do envelhecimento, como
as crônicas, entre elas, o diabetes melittus, as doenças cardíacas, a
orteoartrose, a osteoporose, surgem também, as doenças neurodegenerativas,
sendo que as demências têm um destaque maior entre elas. Dentre os
principais tipos de demências, a Doença de Alzheimer (DA) é a mais comum,
sendo responsável por 60% de todos os casos, e sabe-se, que 20% dos idosos
podem evoluir para esta doença num prazo de até 5 anos , sendo que a DA
pode atingir cerca de 50% da população com 85 anos ou mais.

OBJETIVO:
Os objetivos deste trabalho são: identificar as manifestações físicas e mentais
do portador da Doença de Alzheimer e apontar os cuidados e suporte que
podem ser oferecidos pela Enfermagem, ao cuidador informal, de portadores
desta demência.

METODOLOGIA:
Trata-se de uma pesquisa qualitativa de revisão bibliográfica, de análise de
artigos, manuais específicos, documentos oficiais, biblioteca virtual (BIREME),
sendo usados os descritores: Cuidador, Doença de Alzheimer, Enfermagem.

RESUMO:
O Alzheimer é uma doença cerebral degenerativa primária, de etiologia pouco
conhecida, com aspectos neuropatológicos e neuroquímicos característicos. É a
mais prevalente entre as diversas causas de demências, e está associada à
multifatores de risco, tais como a hipertensão arterial, processos isquêmicos
cerebrais, dislipidemias, diabetes, fatores genéticos e idade avançada. A

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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progressão da doença de Alzheimer ocorre em três estágios: 1° estágio (fase


inicial, com procura do diagnóstico) – 2 a 4 anos, com perda de memória
recente afetando o desempenho de atividades; 2° estágio ( fase intermediária )
– 2 a 10 anos, já com o diagnóstico ,apresentando crescente perda de memória
e confusão mental, tempo de atenção mais reduzido; 3° estágio ( fase final) – 1
a 3 anos, quando todas as funções cognitivas e comportamentais estão
gravemente comprometidas . Com a progressão da doença torna-se impossível
que o portador da D.A. seja capaz de manter-se independente e autônomo.
Nesta situação, há que se ter um cuidador formal (remunerado) ou informal
(não remunerado). Responsável pelo ato de cuidar. O cuidador informal de
pessoa com DA, sofre estresse, se desgasta física e emocionalmente e até
adoece, requerendo da família, um novo arranjo de responsabilidades, com
mudanças significativas na dinâmica cotidiana. O profissional de Enfermagem
pode ajudar a família a construir uma rotina que funcione em conjunto com o
paciente e o cuidador. Um bom cuidado começa na boa comunicação com o
paciente, e sua qualidade de vida, que depende da freqüente auto-avaliação, do
confortar-se consigo mesmo, do tomar conhecimento do que é importante para
si e da superação do medo que o impede de viver, convivendo com uma
doença crônica e degenerativa.

CONCLUSÃO:
Pudemos avaliar nesta pesquisa, que a Doença de Alzheimer é lenta,
progressiva, irreversível, levando à perda da própria identidade, das emoções,
sentimentos e da capacidade de convívio e de autocuidado. O portador da DA,
necessita de cuidador permanente, entendendo-se por “cuidador”, aquela
pessoa, parente ou não, com qualidades especiais, como doação, solidariedade
e amor. A qualidade de vida do paciente depende em muito, da qualidade de
vida do cuidador, pois se trata de um trabalho desgastante, ininterrupto,
solitário, com poucas alegrias e retorno. O ato de cuidar é complexo, podendo
gerar sentimentos diversos e contraditórios, como medo, raiva ,culpa , angustia,
cansaço, tristeza, nervosismo, choro. Por isso os profissionais da saúde,
sobretudo os da Enfermagem, devem auxiliar as famílias de portadores da DA e
seus cuidadores ,com acolhimento especial, informações , orientações, novos
conhecimentos e técnicas , facilitando a prestação de cuidados. Alguns
pacientes mostram uma “melhora” ou parecem mais saudáveis, quando o
cuidador conta com melhor estrutura , parcerias e previsibilidade, tornando
assim a rotina menos dolorosa e pesada. Devemos estimular o cuidador a
preservar a saúde, aliviar a rotina contando com ajuda de outras pessoas, ter
tempo livre para se cuidar, ter lazer, recuperar as energias gastas ao cuidar do
outro. É preciso lembrar que: “ninguém consegue cuidar de alguém se não
consegue cuidar de si mesmo”.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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UNISA - Universidade de Santo Amaro

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
BRASIL. Ministério da saúde. Portaria GM n. 2528 de 19 de outubro de 2006.
Política nacional de saúde da pessoa idosa – pnspi.

________. Ministério da saúde. Departamento de atenção básica. Caderno de


atenção básica: envelhecimento e saúde da pessoa idosa. Brasília, 2006.

________.Ministério da saúde. Secretaria de atenção à saúde. Guia prático do


cuidador. Brasília, 2008.

________________________________________________________________
1. Graduanda do 4° ano da Faculdade de Enfermagem da Universidade de
Santo Amaro, São Paulo.
e-mail: bruna_mumare@yahoo.com.br
2. Enfermeira, Mestra da Disciplina de Saúde do Idoso, da Faculdade de
Enfermagem da Universidade de Santo Amaro, São Paulo.
e-mail: irenecortina@hotmail.com

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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UNISA - Universidade de Santo Amaro

A ENFERMAGEM NA PREVENÇÃO DE COMPLICAÇÕES


PERINATAIS EM GESTANTES ADOLESCENTES.
SIMONE GOMES ALVES(1)

MARILDA DE ALMEIDA PEDROSO(2)(Orientadores)


Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
Estudos apontam que cada vez mais precocemente as adolescentes iniciam
sua vida sexual e muitas vezes não levam em conta o risco de uma gravidez
indesejada. A gravidez na adolescência ocorre em jovens dos 10 até 19 anos
sendo definida biologicamente como o processo que vai da concepção ao
nascimento do individuo (MORAES, 2007). Os altos índices de gravidez na
adolescência tornam-se um problema de saúde pública devido à possibilidade
de ocorrerem complicações gestacionais comprometendo a saúde da mãe e o
feto como: doença específica da gestação (DHEG), infecção no trato urinário
(ITU), anemia, diabetes, pré - eclâmpsia ou a eclâmpsia propriamente dita. Tais
patologias podem levar a um parto prematuro e ou baixo peso ao nascer.

OBJETIVO:
Relacionar e discorrer sucintamente as patologias que mais acometem as
gestantes adolescentes, e que são capazes de provocar baixo peso e
prematuridade fetal descrevendo as ações de enfermagem que ajudam a
prevenir tais patologias.

METODOLOGIA:
Para alcançar o objetivo deste estudo utilizou-se a pesquisa bibliográfica. A
coleta de dados ocorreu na biblioteca Milton Soldani Afonso de Santo Amaro
com pesquisas realizadas em banco de dados de Enfermagem, Biblioteca
Virtual de Saúde (BVS) nas fontes ADOLEC, Scielo, manuais do Ministério da
Saúde, dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Organização
Pan-Americana da Saúde e manualmente no acervo de revistas científicas na
área de Enfermagem, sendo este complementado por livros com assuntos
pertinentes à pesquisa. Realizaram-se consultas na busca de artigos
dissertações e teses utilizando descritores como: gravidez na adolescência,
patologias, prematuridade e baixo peso ao nascer, sendo selecionados 26
artigos de toda a produção científica pesquisada. Foram utilizados para o
desenvolvimento do trabalho artigos científicos, textos divulgados por meios
eletrônicos e livros a partir do ano de 1985 até 2008.

RESUMO:
•Oferecer orientações pré-natais sobre a gravidez, desenvolvimento fetal,

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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nascimento e cuidados com o lactente, de preferência num ambiente no qual a


cliente possa se sentir a vontade.
•Ensinar a reconhecer e relatar sinais das complicações gestacionais.
• Monitorar os níveis de glicose em casos de diabetes e demonstrar como
administrar medicações, sempre se certificando da compreensão e avaliando o
grau de competência da cliente.
•Promover a auto-estima e ajudar nos processos de decisão e solução de
problemas quando necessário.
•Providenciar aconselhamento para debater problemas e manter a unidade da
família.
•Orientar quanto aos exames que devem ser realizados durante a gravidez,
seus objetivos e resultados.
•Monitorar o ganho ponderal da paciente que deve ocorrer de forma gradativa
para que o feto cresça normalmente e a mãe possa adaptar-se a gravidez.
•Proporcionar educação contínua junto à equipe multidisciplinar a respeito da
dieta, medicações, sinais e sintomas da doença e suas complicações.
•Orientar a importância de seguir as recomendações para a prevenção das
complicações perinatais.
•Controlar os sinais vitais nas consultas.
•Encorajar a gestante a exteriorizar suas dúvidas, queixas e temores.
•Estimular a continuidade de seus estudos a fim de promover sua maturidade e
ampliar as oportunidades de emprego. (BRANDEN, 2000; MELSON et al, 2002).

CONCLUSÃO:
A descoberta da sexualidade leva muitas vezes as adolescentes a terem um
comportamento impensado com conseqüências imprevistas e indesejadas
surgindo neste âmbito a gravidez na adolescência. O melhor acompanhamento
através da atenção pré-natal faz-se necessário para que haja redução das
complicações para a mãe e o feto.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
BRANDEN, Pennie Sessler. Enfermagem Materno - Infantil, 2ª edição. Editora
Reichmann & Affonso, 2000. Rio de Janeiro. Pg. 93 e 94.

MORAES, Rosalina Rocha Araújo. Gravidez na adolescência, 2007. Info Escola.


[Acesso em: 15 de setembro de 2008. Disponível em:
http://www.infoescola.com/sexualidade/gravidez-na-adolescencia/

MELSON, Kathryn A. et al. Enfermagem Materno – Infantil. Planos de cuidados.


3ª edição. Editora Reichmann & Affonso, 2002. Rio de Janeiro.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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UNISA - Universidade de Santo Amaro

________________________________________________________________
1. Acadêmica do 4º ano de Enfermagem da Faculdade de Enfermagem da
Universidade de Santo Amaro - UNISA
2. Professora e Orientadora da Faculdade de Enfermagem - UNISA.

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A HIPERBILIRRUBINEMIA NEONATAL E OS
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
FERNANDA MODESTO DE ABREU(1)

MARIA DE JESUS PEREIRA DO NASCIMENTO(2)(Orientadores)


Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
A HIPERBILIRRUBINEMIA NEONATAL E OS CUIDADOS DE
ENFERMAGEM

Fernanda Modesto de Abreu **


Maria de Jesus Pereira do Nascimento **

A hiperbilirrubinemia neonatal pode ser freqüentemente observada tanto no


recém–nascido (RN) pré-termo quanto no a termo; é resultante do número
elevado de bilirrubina indireta no sangue do neonato, o que causa coloração
amarelada da pele e mucosas, podendo levar à neuropatia denominada
Kernícterus que consiste na impregnação do tecido cerebral pela bilirrubina
indireta, causando paralisia cerebral com comprometimento auditivo
neurosensorial e evidência da lesão neuronal (1).
A enfermagem deve ter conhecimento teórico atualizado sobre a patologia e os
equipamentos, porém nunca deixar de ser terna e expressar sentimentos de
carinho e atenção à criança.

OBJETIVO:
Este trabalho teve como objetivos: (1) aprofundar o conhecimento sobre as
hiperbilirrubinemias neonatais, diagnóstico e formas de tratamento; e (2)
descrever os cuidados de enfermagem a serem prestados ao RN com
hiperbilirrubinemia e à família.

METODOLOGIA:
O estudo é do tipo revisão de literatura e foi realizado com base em pesquisa
bibliográfica de documentos publicados entre os anos de 1997 – 2007,
utilizando-se, para tanto, as bases de dados bibliográficos de pesquisa:
BIREME e LILACS, além da Revista Brasileira de Pediatria e do Jornal de
Pediatria. Foram selecionados e consultados seis artigos científicos nacionais e,
paralelamente, três livros técnicos sobre o tema e dois manuais de
equipamentos em fototerapia. Os descritores utilizados para a pesquisa nas

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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UNISA - Universidade de Santo Amaro

bases de dados foram: cuidados de enfermagem; hiperbilirrubinemia;


neonatologia.

RESUMO:
Mecanismo de Conjugação Hepática
A hemácia, quando degradada, divide a hemoglobina em duas porções: heme
e globina. A porção globina (proteína) é utilizada pelo corpo e, a porção heme é
transformada em bilirrubina não conjugada, substância insolúvel em água que
se liga à albumina para ser transportada até o hepatócito onde é liberada da
proteína plasmática (albumina) e, na presença da enzima glicuroniltransferase,
é conjugada com o ácido glicurônico, produzindo uma substância altamente
solúvel, o glicuronídeo bilirrubínico (bilirrubina direta) sendo, dessa forma,
excretada pela bile e eliminada pela urina e fezes (2).

Tratamento
Quando há o aumento da bilirrubina indireta sérica há necessidade de
intervenções como a fototerapia ou a exsanguineotransfusão.
A fototerapia consiste em um método não invasivo que promove três tipos de
reação: a fotooxidação, que converte a bilirrubina em pequenos produtos que
podem ser excretados pelos rins; a isomerização estrutural, que tem uma
reação irreversível, sendo o seu fotoproduto a lumirrubina, que não pode ser
reabsorvida e é excretada pelo fígado e rins; e a isomerização configuracional,
que converte a bilirrubina em um isômero polar menos tóxico, transportado do
plasma para a bile, mas tem lenta excreção e converte a bilirrubina indireta no
intestino possibilitando sua reabsorção (1).

Dentre os cuidados de enfermagem com a fototerapia estão:

· Manter o RN despido e com proteção ocular (pois a intensidade da luz pode


lesar a retina), porém não esquecer de retirá-la durante a amamentação, banho
troca de fraldas e visitas para promover o contato visual e interação do trinômio
pai-mãe e filho;
· Realizar balanço hídrico (devido à perda de água) e observação das
eliminações;
· Verificar irradiância, realizar controle de temperatura e mudança de decúbito a
cada duas horas;
· Observar alterações na pele devido ao risco de queimaduras (não utilizando
substâncias oleosas, loções ou bálsamos).

A exsanguineotransfusão visa remover de maneira rápida a bilirrubina sérica,


corrigir a anemia e diminuir a intensidade da reação antígeno-anticorpo. Deve

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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ser realizada sempre que houver sinais de encefalopatia bilirrubínica,


independente dos níveis séricos de bilirrubina indireta (3).

Dentre os cuidados com a exsanguíneotransfusão estão:

· Manter o RN em jejum oral por seis horas e ser alimentado apenas após a
retirada do cateter;
· Monitorização de frequencias cardíaca, respiratória e temperatura corpórea;
· Controlar as infusões e retiradas de sangue e manter o RN aquecido;
· Observar o local do procedimento quanto ao aspecto e aos sangramentos.

CONCLUSÃO:
Conclui-se, com este estudo, que a enfermagem tem um importante papel ao
cuidar do RN com hiperbilirrubinemia, uma vez que o enfermeiro desempenha
um papel único ao planejar cuidados baseados numa sistematização da
assistência de enfermagem. Portanto, é necessário que a equipe tenha um
amplo conhecimento sobre o assunto, não só sobre diagnóstico e tratamento,
como um completo entendimento da prevenção, da atenuação de possíveis
efeitos colaterais e do manuseio adequado dos equipamentos. Cabe à
enfermagem orientar os familiares sobre a atitude adequada com relação à
criança como, o estímulo do olhar durante as mamadas, o toque e outras
demonstrações de afeto, evitando, assim, maiores dificuldades. A enfermagem
deve ter domínio do conhecimento técnico, porém, nunca deixar de ser humana
e de expressar ternura e atenção em todos os momentos em que interagir com
a família.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
1. Bueno M, Sacai S, Toma E. Hiperbilirrubinemia neonatal: propostas de
intervenções de enfermagem. Acta Paul. Enf., v. 16, n. 2, abr./jun., 2003.

2. Wong DL. Enfermagem pediátrica: elementos essenciais à intervenção


efetiva. 5ed. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan, p.222-228, 1997.

3. Almeida MFB, Filho FJCL. Tratamento da icterícia neonatal. In: Rugolo


LMSS. Manual de Neonatologia 2 ed. São Paulo: Revinter, p. 192-6, 2000.

________________________________________________________________
* Graduanda da Faculdade de Enfermagem da Universidade de Santo Amaro.
E-mail: femabreu@yahoo.com.br. Rua: Roraima, 197. Cidade Dutra. CEP:
04805-070.
** Dra. em Enfermagem Materna e Infantil. Professora da Faculdade de

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UNISA - Universidade de Santo Amaro

Enfermagem da Universidade de Santo Amaro. Coren – SP 3027. E-mail:


masusi@uol.com.br

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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A importância da humanização na assistência ao parto


EDNEIA SOUZA MENDES(1)

VALDILEA ZORUB PASQUINI(2)(Orientadores)


Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
Humanizar, mais do que simplesmente rever modos de tratamento, é ter em
conta a variável humana, no que tange à complexidade do ser e a necessidade
de levar em consideração traumas físicos e psicológicos para o paciente e não
apenas sua cura por assim dizer. Humanizar envolve não apenas fazer, mas
como fazer da forma menos traumática possível. Assim se observa a realidade
do processo de parto como uma obrigação, levando em consideração toda
natureza deste maravilhoso evento, tanto para a mãe quanto para o recém-
nascido. O parto como é um momento único da vida, e pela sua natureza,
justifica a humanização na sua assistência.

OBJETIVO:
Descrever a importância da humanização no parto, envolvendo desde a escolha
do tipo, até o respeito da cultura da família envolvida, sendo essa humanização
fundamental, por ser um processo único na vida humana.

METODOLOGIA:
Pesquisa bibliográfica, descritiva, exploratória dos últimos 16 anos. Foram
pesquisados artigos originais de pesquisa a Scielo, Lilacs (Bases de dados em
enfermagem, ligados à biblioteca virtual em Saúde) e livros didáticos referentes
ao tema. Os descritores utilizados foram: “Humanização”, “Parto”, “Enfermagem
Obstétrica”, “Saúde da mulher”.

RESUMO:
“Dar à luz” é sem dúvida uma nova etapa na vida de cada mulher. Para o
recém-nascido, a situação também é totalmente inovadora e cheia de
possibilidades traumáticas, seja qual for o tipo de parto, com seus prós e
contras quanto à particularidade da humanização. Os tipos de parto a seguir,
descrevem seus benefícios e desvantagens quanto à sua escolha. Parto
Laboyer tem como vantagem ser o primeiro a levar em consideração a relação
com a mãe do ponto de vista humano. Parto de cócoras, prima por ter sido
medida natural desde os primórdios da humanidade, tendo, entretanto
problemas descritos por médicos para realizá-lo. Parto natural caracteriza-se
por uma relação altamente singularizada e balizada no vínculo familiar, todavia
há o perigo de se confundir humanizar com negligenciar. Parto na água
beneficia a redução da dor e o fato do bebê ter a proximidade com um meio em

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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UNISA - Universidade de Santo Amaro

que viveu, tendo como revés a necessidade do ambiente ser prévia e


absolutamente desinfeccionado. Parto sem dor é assim chamado, pois pela
inexistência da tensão e do stress envolvido minimiza o sofrimento físico, porém
existe pouco foco no bebê. Parto cesáreo é a intervenção cirúrgica de retirada
do feto através do abdômen feminino, ao passo que aumenta o controle da
equipe de assistência diante da situação, banaliza e traz um traumático pós-
operatório.
Prioriza-se a necessidade do foco no aspecto familiar, inclusive na escolha do
tipo de parto. A assistência deve estar baseada no direito da mulher decidir
sobre o seu corpo e sobre o cuidado que deseja receber, ou pelo menos
participar da decisão.
Muitas são as interpretações sobre a humanização, com inúmeras variantes
de práticas e conceitos que por vezes até apresentam conflitos entre si, com a
inegável vantagem de novas possibilidades de vivência maternal, quanto à sua
realidade sociocultural e ao respeito da sua condição de ser humano, inclusive
no que tange a propiciar o melhor ao seu filho, trazendo vantagens inúmeras
como a minimização de traumas, o estímulo aos relacionamentos harmoniosos
e a fatores vitais como amamentação, já no momento do nascimento. É dentro
das realidades complexas, que se contempla a importância da humanização ao
parto.

CONCLUSÃO:
A humanização à assistência ao parto, um direito da mulher, do bebê e dos
seus familiares, envolve desde o auxílio na escolha do tipo, até os
procedimentos diretos. O importante na humanização é proporcionar conforto
ambiental e emocional à mãe e ao bebê. Não deve existir um manual de ações
rígido e mecânico, todavia, tais ações devem ser entendidas e adaptadas
conforme a situação. Na dúvida, basta o profissional de saúde por em prática os
seus conhecimentos e deveres com tal empatia ao ponto de questionar: “Como
eu gostaria de ser tratada neste momento único?” Desta maneira, certamente o
melhor será feito para a humanização da assistência ao parto.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
CASATEZ, J C.; CORRÊA, AK. Humanização do atendimento em saúde:
conhecimento veiculado na literatura brasileira de enfermagem. Rev Latino-Am
Enfermagem 2005; 13(1): 105-11.

DESLANDEZ, S F. A ótica de gestores sobre a humanização da assistência nas


maternidades municipais do Rio de Janeiro. Cienc Saúde Coletiva 2005; 10(3):
615-26.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

197
UNISA - Universidade de Santo Amaro

DINIZ, C S G. Humanização da assistência ao parto no Brasil: os muitos


sentidos de um movimento. Cienc Saúde Coletiva 2005; 10(3): 627-37.

________________________________________________________________
1 Graduanda em Enfermagem pela Universidade de Santo Amaro (UNISA).
2 Professora orientadora do trabalho de conclusão de curso da Universidade de
Santo Amaro;
Enfermeira, Especialista em Obstetrícia, Pós-graduada em Administração
Hospitalar, Professora
de saúde da mulher, saúde da criança e coordenadora de estágio curricular
hospitalar.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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UNISA - Universidade de Santo Amaro

A INSERÇÃO DO ENFERMEIRO NO ESPORTE DE AVENTURA:


RALLY DOS SERTÕES
GABRIELA CHAMI DA CUNHA(1)

ROSANA CHAMI GENTIL(2)(Orientadores)


Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
A enfermagem tem evoluído buscando novos conhecimentos, especializando-se
nas mais diversas áreas; o esporte de uma forma geral, e o esporte de aventura
particularmente emergem como uma nova área de atuação para o Enfermeiro,
que deve buscar as competências necessárias para a assistência de
enfermagem a esse atleta.
Porem mesmo os profissionais de saúde algumas vezes tem dificuldades para
prestar este tipo de assistência, pois em sua maioria não são oferecidos cursos
específicos de Primeiros Socorros, em locais com poucos recursos, nas
faculdades de Medicina e Enfermagem, sendo que, o tema é ministrado de
forma fragmentada durante a graduação (3).
Desta forma, por ter uma afinidade com estes esportes, gostar de praticá-los, e
observando que a inserção do enfermeiro nestes eventos são de suma
importância, mas não são divulgadas, esta pesquisa tem a finalidade de
descrever as atividades do enfermeiro no esporte de aventura, focando
principalmente no evento esportivo do Rally dos Sertões, por ser este um dos
eventos mais antigos, melhor estruturado e que possui no seu quadro de
profissionais o enfermeiro.
O Rally dos Sertões teve início na década de 90, apenas com uma modalidade,
motos, e completa em 2008 dezesseis edições (2).
Com o passar dos anos, o Rally dos Sertões cresceu e, em 1995, foi
reconhecida pela Federação Internacional de Motociclismo (FIM). A prova já era
considerada um grande evento e já constava no calendário esportivo do país
(2).
O evento mesclou ações ecológicas com sociais, contribuindo para o
desenvolvimento de um país ainda desconhecido pela maioria dos brasileiros.
Em 2008, o Rally dos Sertões passa a contar como uma das etapas do Mundial
Cross-Country da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) para carros
e caminhões. A prova teve como ponto de partida a cidade de Goiânia (GO) e o
destino Natal (RN). Foram 4.734 quilômetros percorridos (2).

OBJETIVO:
Descrever a atuação do enfermeiro no evento esportivo do Rally dos Sertões e
descrever e quantificar os acidentes que causaram trauma durante o Rally,

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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UNISA - Universidade de Santo Amaro

edição 2008.

METODOLOGIA:
Estudo inter-relacional, desenvolvimental, retrospectivo para obtenção de
informações que permitam conhecer a atuação do enfermeiro no evento
esportivo do Rally dos sertões e conhecer os traumas mais freqüentes neste
evento esportivo.
A primeira parte deste estudo constituiu-se dos dados estatísticos, referentes ao
relatório de atendimento médico aos pilotos que participaram do evento
esportivo do Rally dos sertões no mês de junho de 2008.
A segunda parte do estudo constou de um estudo de caso por meio de um
instrumento com perguntas direcionadas a um enfermeiro que atua/trabalha no
evento do Rally dos Sertões.
Os dados estatísticos que fizeram parte deste estudo foram concedidos
livremente pelo médico coordenador do evento Dr Clemar Corrêa, sendo que a
pesquisadora se comprometeu a manter sigilo quanto a divulgação dos nomes
dos participantes que receberam atendimento médico.
Os dados foram organizados em um instrumento sendo considerados o
seguinte: tipos de veículos envolvidos e dos tipos de acidentes ocorridos, o
tempo transcorrido entre a solicitação do atendimento e entre o atendimento e a
decolagem do helicóptero. Foi levantado também quantos atendimentos
houveram de helicóptero e o total de atendimentos.
Para a coleta de dados do estudo de caso foi elaborado um questionário que
direcionou as perguntas (AnexoI). Para a realização do estudo de caso foi
marcado um encontro com o enfermeiro para obtenção das informações, e após
a assinatura do termo de consentimento informado, procedeu-se a coleta dos
dados.
O questionário constou de perguntas sobre a formação, treinamento, funções e
atribuições do enfermeiro e sobre o funcionamento do atendimento médico.
A resposta do enfermeiro ao questionário foi dissertada nos resultados e os
dados estatísticos foram apresentados em tabelas e analisados em números
absolutos e percentuais.

RESUMO:
O esporte de aventura pode ser definido como “esportes que buscam exacerbar
os desafios físicos e/ou as habilidades técnicas, e que incorporam sete
categorias: o grau de risco/perigo; o componente de aventura; a necessidade
percebida de habilidades e treinamento; a função dos equipamentos como
estratégia de segurança; o uso de equipamentos para proporcionar
performance; a adrenalina e a relação como o meio ambiente”(1).
Os dados estatísticos com base no Relatório Médico do Rally dos Sertões,

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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referente ao mês de junho de 2008, mostra que a maioria (84 %) dos acidentes
ocorridos, são com motocicletas, e constata-se que os traumas de extremidade
são os mais freqüentes (29%) e que 61% dos eventos, são compostos por
menores casos tais como: escoriações, pequenas contusões, entorses, diarréia,
vômitos, amigdalite, mal estar, etc.
Houveram nove atendimentos utilizando o helicóptero. O tempo médio entre
acionamento da solicitação e o pouso no local do acidente foi de 15,5’’ e o
tempo médio de atendimento na cena do acidente foi de 23’.
Para conhecer o perfil, pré-requisito e atribuições do enfermeiro no esporte de
aventura especificamente no Rally dos Sertões realizamos uma entrevista com
um enfermeiro que atua no Rally; a sua formação na área da saúde teve inicio
com o Curso de Auxiliar, e Técnico em Enfermagem. Depois cursou a
Faculdade de Enfermagem e o Curso de Especialização em Emergência, e está
no Rally há oito anos.
A atividade que o enfermeiro desenvolve no Rally e toda a logística do evento
tem inicio três meses antes. O enfermeiro entra em contato com todos os
médicos, verificam quais os equipamentos necessários, e a partir daí faz-se um
check-list de todo o material. Essa lista é passada para o médico coordenador,
e é conferido pelo enfermeiro.
Quanto ao atendimento médico, para que haja uma uniformidade de conduta é
realizada uma reunião, antes do evento. Durante o atendimento são seguidos
os protocolos internacionais, ABCDE.
Na história de 15 anos do Rally dos Sertões já tivemos infelizmente seis mortes,
e só um era piloto de carro. Em casos graves o paciente é levado ao hospital
mais próximo que tenha recursos suficientes. Caso contrário ele é estabilizado
em uma “UTI local” montada para passar a noite, e no dia seguinte é realizada
a remoção.
A equipe de saúde é formada por nove médicos, dois enfermeiros e onze
bombeiros. São distribuídas nos dois helicópteros, duas equipes compostas por
dois médicos e um enfermeiro. No posto médico fica um cirurgião, um
anestesista, e um ortopedista, e no restante da prova ficam médicos e
bombeiros juntos.
As complicações durante o atendimento começam nos locais de pouso do
helicóptero, às vezes é necessário que o enfermeiro salte do helicóptero e “abra
caminho” com um facão para realizar o pouso. Quando não ha esse tipo de
situações, o enfermeiro e o médico descem de rapel do helicóptero para prestar
a assistência, enquanto um carro que é acionado vem por terra. Mas também
existem outros tipos de problemas, como, por exemplo, realizar curativos,
acesso venoso, entubação endotraqueal, em um ambiente sujo, de terra, com
poeira, e com carros passando, por essa razão o atendimento deve ser muito
rápido e eficiente.
Os enfermeiros devem estar nos helicópteros as 5: 00hs, onde realizam os

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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UNISA - Universidade de Santo Amaro

atendimentos até as 18:00hs, depois pousam perto do posto médico, e fazem a


reposição do material utilizado no helicóptero, limpam a aeronave e das
18:00hs as 22:00hs toda a equipe faz o atendimento no posto médico, após as
22:00hs carregam todas as baterias dos equipamentos e ficam com as bolsas
de ataque, utilizadas se necessário para algum atendimento a noite. Nestes
períodos acontecem os briefings, antes e depois das decolagens, onde são
discutidos todos os atendimentos, os problemas encontrados, as áreas
geográficas, etc.

CONCLUSÃO:
Este estudo abordou a atuação do Enfermeiro no Evento Esportivo do Rally dos
Sertões bem como os traumas mais freqüentes.
Foi possível conhecer a formação, funções e atribuições do enfermeiro no Rally
dos Sertões, bem como conhecer a infra-estrutura de saúde, recursos
humanos, materiais e fluxo de atendimento.
Os dados estatísticos evidenciaram que a maioria dos acidentes (84%) ocorrem
com motocicletas, e que o tipo de acidente mais freqüente (29%) são os
traumas de extremidades, e que 61% dos eventos, são compostos por menores
casos.
Com a revisão bibliográfica pudemos constatar a escassez da literatura sobre o
assunto.
Aproveitamos também para registrar agradecimentos ao Dr Clemar Correia que
disponibilizou os dados estatísticos do Rally dos Sertões de 2008, e ao
Enfermeiro Hamilton Jonas que gentilmente nos concedeu entrevista, dando-
nos os chek-list dos equipamentos e materiais do Rally dos Sertões.
Julgamos necessária a realização de outros estudos a respeito desta temática
que possam fornecer cada vez mais subsídios para o conhecimento
teórico/prático do enfermeiro no esporte de aventura.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
1. Spink, P. J. Mary; Aragaki, S. S; Alves,P. M; Da exarcebação dos sentidos no
Encontro com a Natureza: Contrastando Esportes Radicais e Turismo de
Aventura. Psicologia: Reflexão e Crítica, 2005, 18(1), pp.26-38 .

2. http://www.webventure.com.br/; Autor desconhecido; acesso em 20/05/2008


às 20:00.

3. Garcia, B.S;Primeiros Socorros: fundamentos e prática na comunidade, no


esporte e ecoturismo – 1° ed.- São Paulo: Editora Atheneu,2005.
________________________________________________________________

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

202
UNISA - Universidade de Santo Amaro

Gabriela Chami da Cunha


Rosana Chami Gentil

*Graduanda de Enfermagem da Faculdade de Santo Amaro


**Orientadora, Doutoranda em Enfermagem da UNIFESP

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

203
UNISA - Universidade de Santo Amaro

A LIGAÇÃO ENTRE O PROCESSO DE INFORMATIZAÇÃO E A


HUMANIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
PATRICIA APARECIDA DAENEKAS CIRINO(1)

ISABEL CRISTINA KOWAL OLM CUNHA(2),ISAAC ROSA MARQUES(3)(Orientadores)


Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
INTRODUÇÃO
A tecnologia tem fundamental importância no processo de modernização dos
serviços de saúde, ao passo em que devemos nos atualizar em relação às
máquinas sem deixar de atender as necessidades básicas e humanas dos
pacientes, buscando utilizar a tecnologia de maneira humanizada. Se fizermos
uma comparação da relação entre a humanização e os recursos tecnológicos, a
princípio observamos características bastante diferentes, porém se, utilizadas
em conjunto e de maneira adequada, podemos garantir que o resultado final,
destina-se a uma assistência prestada com qualidade e com fins benéficos ao
paciente, suprindo suas necessidades como um todo.
Humanizar é, antes de tudo, uma tarefa que deve ser aplicada entre os próprios
trabalhadores, uma vez que a integração do cuidado humanizado fica difícil se
os próprios integrantes da equipe não estiverem comprometidos com esta
proposta de atuação profissional (1).
A relevância deste tema é enfatizada pelo fato da humanização ser um
processo que visa o bem estar geral do paciente, foca o mesmo como um todo,
e promove a interação entre enfermeiro, equipe de enfermagem, paciente e
seus vínculos familiares, e a inserção da informática neste contexto teve um
papel de extrema importância e impacto na atuação da enfermagem. Temos a
intenção de apontar fatores que interfiram positivamente ou não neste contexto.

OBJETIVO:
OBJETIVO
O objetivo deste artigo é realizar uma reflexão sobre as conseqüências dos
avanços do processo de informatização no processo de humanização da
assistência de enfermagem.

METODOLOGIA:
METODOLOGIA
O presente estudo trata-se de uma reflexão concebida a partir de consulta não-
estruturada a material bibliográfico. Foram levantados dados com recorte
temporal do período entre 1995 e 2007. Para a composição do material de

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

204
UNISA - Universidade de Santo Amaro

estudo, foram analisados artigos científicos localizados e recuperados a partir


de pesquisa bibliográfica realizada nas bases de dados SciELO, LILACS e
BDENF. Outros materiais de interesse foram obtidos no acervo bibliográfico da
biblioteca Milton Soldani Afonso. Os materiais selecionados para análise e
composição do estudo constaram de 13 artigos de periódicos e dois livros.

RESUMO:
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Diante da evolução mundial que a cada dia cresce em alta velocidade, podemos
nos deparar com inúmeros desafios, mas para a enfermagem em especial. A
globalização é um dos principais elementos, pois para a inserção da
enfermagem no mundo globalizado necessitamos conhecer outros idiomas, no
mínimo a língua inglesa que se trata de uma linguagem universal, e o espanhol
que é um idioma latino, o conhecimento da informática tem suma importância
na enfermagem.
A Enfermagem e a Humanização
Na possibilidade de resgate do humano, naquilo que lhe é próprio, é que pode
residir a intenção de humanizar o fazer em saúde. A humanização se faz
necessária considerando que nos serviços de saúde há situações
“desumanizantes”, como falha na organização do atendimento, longas esperas
para atendimento de consultas e realização de exames, entre outros. A
compreensão da humanização está relacionada a um modo de perceber o
paciente no contexto do serviço de saúde (2).
A Enfermagem e a Informática
Muito do que se conseguiu atingir em qualidade na prestação da assistência foi
obtido com o emprego dos computadores. A enfermagem não é uma profissão
burocrática, é essencialmente prática. E, para viabilizar a rapidez na realização
da assistência, o uso do computador é de grande valia (3).
Uma ferramenta que, se utilizada de forma adequada, pode-se obter mais
agilidade nos trabalhos burocráticos, e otimizar o tempo para aperfeiçoar a
qualidade do cuidado diretamente ligado ao paciente (3).

CONCLUSÃO:
CONCLUSÕES
Observou-se que no início da introdução dos sistemas computacionais nos
serviços de enfermagem, os enfermeiros ofereceram resistência na utilização
desta ferramenta de trabalho, temendo se tornarem prisioneiros das máquinas
realizando apenas trabalhos burocráticos ao invés de assistenciais.
É fato, descrito em vários estudos científicos que a inserção dos computadores
no serviço de enfermagem, organizou e otimizou o trabalho, onde longe de

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

205
UNISA - Universidade de Santo Amaro

desumanizar a assistência de enfermagem, sobrou tempo para o cuidar


assistido, de maneira sistematizada, tornando viável a seleção e
armazenamento de dados da assistência e apontar possíveis falhas,
conseguindo de maneira fácil e lógica, melhorá-las.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
REFERÊCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1.Costa ALS, Moretto AS, Leite RCBO. Humanização da Assistência oferecida
ao paciente cirúrgico: Revisão da literatura cientifica na enfermagem. Rev
SOBECC 2007; 12(3): 38-45.
2.Casate JC, Corrêa AK. Humanização do atendimento em saúde:
conhecimento veiculado na literatura brasileira de enfermagem. Rev Latino-am
Enfermagem 2005; 13(1): 105-11.
3.Marin HF. Informática em enfermagem. São Paulo (SP): EPU; 1995.

________________________________________________________________
1 Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). Apresentado à Faculdade de
Enfermagem da Universidade de Santo Amaro (FACENF-UNISA). São Paulo,
SP, para obtenção do título de Bacharel em Enfermagem.
2 Acadêmica do Curso de Graduação em Enfermagem da Faculdade de
Enfermagem da Universidade de Santo Amaro (FACENF-UNISA), São Paulo,
SP, Correspondência: Rua Ruy Cinatti, 148. Jardim Colonial. CEP 04813-000.
São Paulo, SP E-mail: patriciadaenekas@yahoo.com.br
3 Enfermeira e Doutora em Saúde Pública, Diretora da Faculdade de
Enfermagem da UNISA, Co-Orientadora. E-mail: icunha@unisa.br
4 Mestre em Enfermagem. Professor Adjunto da Faculdade de Enfermagem da
UNISA. Orientador do trabalho. E-mail: isaacrm@terra.com.br

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

206
UNISA - Universidade de Santo Amaro

A não aceitação da mulher no futebol: um problema cultural.


SÉRGIO GOMES(1), TATIANA ROCHA PINTO(2), TATIANE CAMILLO DE SALLES(3)

DENISE CRISTINA C MARCHESONI(4)(Orientadores)


Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
Ao tratarmos a questão do Futebol no Brasil podemos encontrar uma série de
fatores que indicam uma desigualdade na forma como o esporte é influenciado
no âmbito nacional. A participação das mulheres no futebol é, muitas vezes,
desencorajada. Analisaremos como se dá o processo de construção da cultura
masculina que predomina no esporte brasileiro, buscando conscientizar o
professor de Educação Física a repensar suas atitudes com as relações de
gênero em suas aulas, bem como o seu papel como formador integral dos
educandos.

OBJETIVO:
Este estudo tem como objetivo demonstrar como tem sido a aceitação da
mulher no futebol.

METODOLOGIA:
Este trabalho tem como metodologia o estudo indireto, através de estudo e
revisão bibliográfica. (SEVERINO, 2002).

RESUMO:
Durante o decorrer dos anos houve uma evolução das mulheres dentro dos
esportes, inclusive no futebol. Considerado o “País do Futebol”, o Brasil ainda
guarda em sua história a falta de incentivo à prática do mesmo entre as
mulheres. Knijnik e Vasconcelos (2003) apontam em sua obra o fato das
jogadoras de futebol obterem resultados tão satisfatórios quanto os resultados
alcançados pelos jogadores, no entanto, continuam reclusas, em sua maioria,
ao destaque obtido nacionalmente pelos homens. Ao analisarmos a trajetória
histórica podemos notar que a inclusão da mulher no esporte se deu, em sua
maioria, com preconceito e proibições. A prática de atividades físicas se deu no
inicio do século XIX devido às duas grandes revoluções: A Revolução Francesa
e a Revolução Industrial. Essas atividades eram norteadas pelos cinco grandes
discursos que norteiam a Educação Física: Discurso Médico Higienista,
eugenista, utilitário, adestramento do corpo para o trabalho e pedagógico.
Nesse ínterim, a mulher começou a exercitar o seu corpo, mas sempre visando
a maternidade, preservando a delicadeza da mulher para ser mãe. No inicio do
movimento olímpico, as mulheres eram expressamente proibidas de
participarem dos jogos, pois não era proveitoso, nem para sua saúde, nem para

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

207
UNISA - Universidade de Santo Amaro

seus encantos. Tanto se pensava em não masculinizar a mulher que em 1941


foi apresentado um documento ao conselho nacional de desporto onde se
proibia a prática feminina em alguns esportes, tais como o basebol, lutas, futsal,
futebol, rugby, dentre outros, mas principalmente o futebol, por ser considerado
o mais masculino de todos. No entanto, há registros de um jogo entre moças do
Tremembé e da Cantareira em 1921, mas registros oficiais só a partir de
meados de 80. Nesse período, por interesses econômicos, a mídia não deu
espaço para a propagação do futebol feminino no Brasil. Por esses motivos,
não há como não falar em preconceito culturalmente construído. Ao afirmarmos
que esse é um problema de cunho cultural, podemos ver desde o nascimento, a
forma como são tratados meninos e meninas. Os primeiros são encorajados a
serem viris e fortes, enquanto elas devem ser delicadas e frágeis, inclusive em
seus brinquedos e brincadeiras.
Ao praticarem o futebol, devido ao fato do esporte ser predominantemente
masculino e associado a esse gênero, há um preconceito em relação a
jogadoras homossexuais, sendo assim generalizado quem o pratica sendo do
sexo feminino. Esse fenômeno se dá de forma cultural, pois é transmitido
através do cotidiano, segundo Devide (Apud JAEGER, 2006). Desde o
nascimento a forma de tratamento para meninos e meninas é diferenciado por
pais, parentes e professores, incentivando práticas tidas como femininas e
masculinas. Motivos como o estereótipo de homossexualismo, a falta de
motivação por parte da mídia e o despreparo do professor frente à questão de
gênero são fatores que também influenciam na construção cultural.
O professor de Educação Física, uma vez que educa de forma global, deve, em
suas aulas, não reforçar o sexismo embutido nos esportes, mas transmitir aos
seus alunos valores como respeito e tolerância.

CONCLUSÃO:
Concluímos que a questão de gênero está intimamente ligada ao
aproveitamento e inclusão da mulher no futebol, bem como fator de construção
cultural através do cotidiano da sociedade, cabendo ao professor de Educação
Física trabalhar com essa questão em suas aulas, desmistificando e
desmasculinizando o futebol, para assim quebrar paradigmas impostos
socialmente.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
JAEGER, A. A. Gênero, mulheres e esporte. Movimento, Porto Alegre, v. 12, n.
1, p. 199-210, 2006.
KNIJNIK, J.D.; VASCONCELLOS, E.G. Sem impedimento: O coração aberto
das mulheres que calçam chuteiras no Brasil. In: COZAC J.R. COM A CABEÇA

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

208
UNISA - Universidade de Santo Amaro

NA PONTA DA CHUTEIRA - ensaio sobre a psicologia do esporte. São Paulo,


Annablume/Ceppe, 2003.
SEVERINO, A.J. Metodologia do trabalho científico, 22 ed. São Paulo: Cortez,
2002.

________________________________________________________________
Trabalho de Conclusão de Curso - TCC

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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UNISA - Universidade de Santo Amaro

A Participação do Enfermeiro nas Politicas Publicas de Saude


MAGNO SOUZA VIEIRA(1)

MARCO ANTONIO DOS SANTOS(2)(Orientadores)


Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
A enfermagem é uma prática social que responde às exigências definidas pelas
organizações das práticas econômicas, políticas, sociais e ideológicas. O
conhecimento da enfermagem depende do processo sob o qual ela mesma
aconteceu.
A enfermagem emergiu como um campo profissional desde o início do século
XX. No entanto, após 30 anos, sua prática foi dimensionada para assistência
hospitalar. Até então, o conhecimento da enfermagem era desprovido de
qualquer embasamento científico, intelectual ou político.
Hoje a política é confundida com as ações dos políticos profissionais. Aos
profissionais da enfermagem interessam as políticas públicas, já que trabalham
buscando compreender e desenvolver ações que visem satisfazer as
necessidades de saúde da população. Assim, referem ser um compromisso
ético “... pensar a saúde como um bem, compreendendo as políticas sociais e
no que elas interferem na vida coletiva...”
Participar Politicamente não significa necessariamente filiar - se a um órgão de
classe, ou a um partido político. Todo julgamento moral e atitude que lhe
corresponda é uma forma de participação política, sem o “quê” não é possível
estar no mundo em sociedade.
A Enfermagem tem mudado, no entanto por ser uma profissão
predominantemente feminina, ficou desvinculada dos interesses sócio-político-
econômicos, onde antes de 1900 não tinham sequer direito de voto e etc. Alem
é claro de serem subordinados pelos médicos.

OBJETIVO:
Identificar e descrever na literatura científica da enfermagem, trabalhos que
evidenciam a participação política do enfermeiro.

METODOLOGIA:
A Metodologia utilizada neste estudo se caracterizou por uma revisão
bibliográfica descritivo. Utilizou - se o portal da BIREME, para realizar o
levantamento bibliográfico, nas bases de dados: Lilacs, Scielo e BDENF,
usando os descritores de assunto: “Participação Política”, “Enfermagem”,
“políticas de Saúde” e “História da Enfermagem”. Para a composição do
material de estudo foram incluídos artigos científicos nacionais capturados
dessas bases de dados após leitura dos resumos e identificada à pertinência

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

210
UNISA - Universidade de Santo Amaro

temática, que foram lidos, fichados e as informações foram dispostas em três


categorias: Histórico da Participação política da Enfermagem, Nos dias Atuais,
Participação Política enquanto nível de formação profissional.

RESUMO:
A enfermagem antiga se respaldava na solidariedade humana, no misticismo,
no senso comum e em crendices. Ao observarmos a institucionalização da
profissão Enfermagem no Brasil em 1920, notamos ainda seu comprometimento
em termos de inserção social; pesquisas apontam para um desprestígio
histórico com a elaboração de modelos de saúde voltados cada vez mais ao
biomédico, à cura e ao hospital, sendo reproduzidas relações de poder
assimétricas e subalternas.
O processo histórico da profissão protagonizada pela figura feminina, trouxe
uma submissão. A enfermagem era considerada simplesmente uma ocupação
que representava uma extensão dos papéis de esposa e mãe, vividos no
interior do universo doméstico, no contexto do sistema de saúde.
O caráter participativo que não limita o profissional como expectador dos
acontecimentos a sua volta, poderá caracterizar o salto de qualidade na relação
do enfermeiro com o mundo em que vive, não reduzindo sua prática a
procedimentos técnicos, objetivos e alheios ao contexto social, mas como uma
prática política , portanto, profundamente carregada de valores.
Observamos que as enfermeiras ou, não identificam, não percebem, não
valorizam a sua participação política. Esta dificuldade, reflete nas atividades de
aspectos políticos, não desenvolvendo uma filosofia política norteadora,
preferindo adotar posicionamentos neutros, atribuindo ao exercício da prática
de cuidados e sua gestão aspectos puramente biológicos e técnicos.
A necessidade da formação de enfermeiras comprometidas com a sua
profissão, através de vivências refletidas criticamente durante a formação
acadêmica é um fator imprescindível para o desenvolvimento de habilidades
políticas e também para o reconhecimento da importância destas no
desempenho das atividades profissionais. Assim, a depender do conteúdo
político da formação da enfermeira, esta poderá ter uma visão e uma prática
que contribua para mudanças sociais.

CONCLUSÃO:
Nota-se que o Enfermeiro preocupa-se muito com sua formação
técnica/mecânica e esquece-se de um ponto muito importante, saber ser
político, devido a formação hospitalocêntrica que leva-o a não preparar-se para
esta participação. O que tem esta visão, na maioria das vezes, é o que durante
a sua graduação participou de Centros Acadêmicos e/ou representação
discente, desenvolvendo essas habilidades.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

211
UNISA - Universidade de Santo Amaro

Há necessidade que os profissionais de Enfermagem se atualizem e se interem


da Participação em Políticas de Saúde, com buscas nas publicações cientificas
para ampliarem seus conhecimentos e assim desenvolverem suas habilidades.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
Sanna MC, Os Processos de Trabalho em Enfermagem. Rev Bras Enferm,
2007;60(2):221-4.
Santos AS. A Competência e os Aspectos Ético - Políticos no curso de
Enfermagem: Olhar dos docentes Enfermeiros [dissertação]. Campinas (SP):
Programa de Pós Graduação na área de Educação, Pontifícia da Universidade
Católica de Campinas; 2007.
Melo CMM, Santos TA, A participação política de enfermeiras na gestão do
Sistema Único de Saúde em nível municipal. Texto contexto - enferm, 2007;
16(3): 426-432.

________________________________________________________________
1. Graduando da Facenf - UNISA. Magnusvieira@yahoo.com.br
2. Orientador, Docente da Facenf – UNISA, membro do Grupo de Estudo e
Pesquisa em Ensino de Enfermagem da Facenf – UNISA.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

212
UNISA - Universidade de Santo Amaro

A PERCEPÇÃO DA HIDROGINÁSTICA NA COMUNIDADE


LARISSA CARVALHO LEITE(1), CLAUDIA MARTINS(2), MARIA GABRIELA BERNARDO
DA SILVA(3), ANDRESSA KAMIA DA SILVA(4), ANDREIA INGRID TOME(5),
VALDICLEIDE SOUSA MOURA(6)

CLAUDIA STEFANINI(7)(Orientadores)
Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
O significado do tema hidroaérobica ou hidroginástica quer dizer hidro “água”
que vem do grego e aeróbico significa “com oxigênio”. Portanto hidroaeróbica
significa exercitar-se na água aerobicamente. Um programa de exercício de
hidroginástica insiste em exercício do tipo aeróbico, incluem exercícios que
desenvolvem flexibilidade, força muscular e resistência, está é uma fora muito
versátil de exercício e é vista por muitos como um programa ideal de
condicionamento física total. Diversamente de muitos programas tradicionais de
ginástica, que exigem que a pessoa desenvolva os componentes do preparo
físico individualmente e em diferentes lugares, a hidroginástica desenvolve
todos os componentes num só lugar. De fato, vários dos componentes são
desenvolvidos em um só exercício. Também a exposição à água quente
aumenta as qualidades elásticas dos membros. Isto ajuda a aumentar a faixa de
movimento e tende a prevenir danos aos músculos durante dos exercícios. A
contribuição básica da pressão para o exercício é que estimula a circulação e
faz o aparelho respiratório trabalhar mais. Estes efeitos aumentam a sobrecarga
do corpo, tão necessária para melhorar a qualidade dos músculos. A flutuação
sustenta o corpo, permitindo maior facilidade de movimento. A flutuação elimina
os trancos dos exercícios. A resistência e facilmente notada no deslocamento,
pois ao acelerar o movimento o peso parece crescer. Esta resistência ao
movimento produz o efeito de sobrecarga tão vital aos programas de exercícios
da hidroginástica. Há relatos e livros mencionando a prática em piscinas
públicas onde as pessoas se reuniam para sessões de hidroterapia. Na Grécia
antiga isso era tão comum quanto a sauna e proporcionava bastante bem-estar.
Existem alguns relatos de massagens e movimentos feitos por japoneses e
chineses em banheiras e piscinas. E por isso, a hidroterapia é dita como mãe
da hidroginástica, propriamente dita. Autores afirmam que a hidroterapia era,
freqüentemente, utilizada na recuperação de atletas com problemas
musculares, idosos e acidentados, antes do surgimento das sessões com
formato de uma aula de hidroginástica. Há algum tempo a hidroginástica vem
ganhando um número cada vez mais acentuado de adeptos, pela eficiência e
como resposta Às diversas situações e diferenças das pessoas que a
procuram.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

213
UNISA - Universidade de Santo Amaro

OBJETIVO:
Esta pesquisa tem como objetivo verificar a percepção pela comunidade
praticante de hidroginástica dos possíveis benefícios que a mesma proporciona
ao praticante.

METODOLOGIA:
Inicialmente foi realizada uma revisão bibliográfica que norteou a pesquisa de
campo. O tipo de pesquisa é descritiva, onde se procura observar um
determinado comportamento sem interferir na realidade. O universo da
pesquisa é a comunidade em torno da UNISA, praticantes da modalidade. A
amostra do estudo é de dez mulheres da comunidade, na faixa etária entre
trinta e sessenta anos. O grupo freqüenta aulas semanais (duas vezes por
semana) de hidroginástica na Universidade de Santo Amaro Campus l. O
procedimento realizado para a pesquisa foi aplicar um questionário às mulheres
participantes, freqüentadoras das aulas de hidroginástica, em um período
mínimo de quatro meses.

RESUMO:
Em relação a percepção, as mulheres da comunidade tiveram uma melhora em
relação à movimentação, à velocidade de reação, à concentração e à
flexibilidade. Observou-se que, após terem iniciado a prática da hidroginástica,
40% dos alunos obtiverem uma grande melhora, 50% das mulheres não
perderam peso, 80% das praticantes necessitam de auxilio médico, 50% tem
melhor aproveitamento da vida, 90% obtiveram mais concentração, 90% tem
mais energia durante o dia, 80% tiveram uma maior aceitação da sua aparência
física, 70% das mulheres conseguem se locomover bem, 50% tiveram melhor
satisfação com o sono, sua capacidade para o trabalho aumentou em 80%,
tiveram uma melhora do convívio pessoal em 90% e tiveram uma diminuição de
sentimentos negativos em 80%.

CONCLUSÃO:
Com base na pesquisa realizada constatamos que a maioria das mulheres teve
melhora significativa em relação à saúde, bem estar físico e mental
proporcionando a elas uma inclusão e sociabilizarão resgatando sua alto estima
e ajudando nas tarefas do dia. Portanto, a percepção da atividade na sua vida
diária foi benéfica.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
KRASEVEC, Joseph A., GRIMES, Diane C. Hidroginástica – Um Programa de
Exercícios Aquáticos para pessoas de todas as Idades e todos os níveis de
preparo físico. São Paulo: Hemus Editora, s.d.
MAGILL, Richard A. Aprendizagem Motora – Conceitos e Aplicações. São

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

214
UNISA - Universidade de Santo Amaro

Paulo: Edgar Blucher, 2000


________________________________________________________________
Devido à falta de pesquisas, a hidroginástica era no início, praticada sem muitos
princípios ou profundidade adequada. Era fácil encontrar aulas executadas com
a água na altura dos quadris (sendo desaconselhada para indivíduos com
problemas de coluna) e sob temperaturas bem baixas, seguindo os mesmos
princípios da natação. A partir deste momento, no Brasil, diversas variações de
hidroginástica foram criadas para fins de condicionamento cardiorrespiratório,
emagrecimento, fortalecimento geral e flexibilidade, cativando e atraindo cada
vez mais hidro-praticantes.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

215
UNISA - Universidade de Santo Amaro

A Produção Científica Sobre Terapias Alternativas e


Complementares Utilizadas na Prática de Enfermagem do
Período de 1997 a 2007
JANE PENHA DA COSTA(1)

MARCO ANTONIO DOS SANTOS(2)(Orientadores)


Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
Desde a última década tem sido observada uma atenção crescente quanto ao
uso de Terapias alternativas e complementares (TAC). As TAC são as técnicas
que visam à assistência à saúde do indivíduo, seja na prevenção, tratamento ou
cura, considerando-o como mente/corpo/espírito e não um conjunto de partes
isoladas. Seu objetivo, portanto, é diferente daqueles da assistência alopática,
também conhecida como medicina ocidental, ou em que a cura da doença deve
ocorrer através da intervenção direta no órgão ou parte doente (TROVO et al.
2003).

OBJETIVO:
Identificar e descrever a produção científica da literatura de enfermagem, sobre
terapias alternativas e complementares utilizadas na prática de enfermagem.

METODOLOGIA:
O estudo caracteriza-se por uma revisão bibliográfica de caráter descritivo
exploratório. Para a coleta de dados foram utilizadas as bases de dados
indexadas no portal da Biblioteca Virtual em Saúde (BIREME), Lilacs (Literatura
Latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde) e BDENF (Base de
Dados de Enfermagem). Após a leitura dos resumos e identificado a pertinência
temática foram selecionados 11 artigos, que foram lidos e fichados. A partir daí,
os trabalhos foram classificados e agregados em três modalidades: terapias
físicas, fitoterapia, terapias mentais e espirituais, escolhidas por serem as que
mais apareceram na literatura, as quais foram exploradas e descritas a seguir.

RESUMO:
Terapias físicas: A acupuntura empregada com o cuidado de enfermagem
produz um resultado positivo no restabelecimento energético, que possibilitou,
além da diminuição do peso, o equilíbrio emocional Com isso, percebe-se que a
Enfermagem pode de uma forma inovadora, ter a acupuntura como uma
terapêutica a ser utilizada, no cuidado com pacientes obesos (SEBOLD et al.
2006). Fitoterapia: As terapias mais conhecidas e utilizadas pelos alunos de

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

216
UNISA - Universidade de Santo Amaro

enfermagem na fitoterapia são as essências florais e as ervas medicinais


TROVO et al. 2003; NUÑEZ e CIOSAK, 2003). A utilização de terapias
alternativas, dentre elas a fitoterapia, deve ser incorporada pelos profissionais
da saúde das Unidades, dentre eles o enfermeiro, os quais deverão contribuir
para a correta utilização destes recursos terapêuticos. Neste processo,
especialmente o enfermeiro poderá oferecer um cuidado capaz de abordar
outros aspectos, além do biológico, podendo aplicar uma prática de
enfermagem diferenciada, fundamentada no cuidado integral à saúde do
indivíduo. Terapias mentais e espirituais: Ao final da audição musical as
pacientes estudadas apresentaram redução estatisticamente significativa da
intensidade da dor musculoesquelética. Os resultados obtidos permitiram inferir
que o estudo das imagens mentais decorrentes da audição musical erudita,
pode constituir um caminho possível para o estabelecimento de critérios da
utilização da música pela Enfermagem.
As modalidades terapêuticas não tradicionais que o enfermeiro psiquiátrico
mais utiliza em sua prática diária são a música, a atividade motora, o
acompanhamento terapêutico e a ioga. O toque terapêutico como assistência
complementar de enfermagem, consiste num toque sem toque, ou seja, não há,
necessariamente, o toque do terapeuta diretamente sobre a pele do paciente.

CONCLUSÃO:
A produção científica sobre Terapias Alternativas e Complementares,
desenvolvida por profissionais da enfermagem no Brasil nos últimos dez anos,
apresenta número bastante reduzido de trabalhos. As terapias alternativas e
complementares mais utilizadas e pesquisadas pela enfermagem são: as
terapias físicas, a fitoterapia e as terapias mentais e espirituais. Assim, faz-se
necessário que novas pesquisas sejam realizadas para incrementar essas
iniciativas e, também, para explorar mais profundamente a relação entre as
Terapias Alternativas e Complementares e a prática da enfermagem.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
Nuñez HMF e Ciosak SI. Terapias alternativas/complementares:o saber e o
fazer das enfermeiras do Distrito Administrativo 71 - Santo Amaro - São Paulo.
Rev Esc Enferm USP 2003; 37(3): 11-8.

Sebold LF, Radunz V, Rocha PK. Acupuntura e enfermagem no cuidado à


pessoa obesa. Cogitare Enferm 2006 set/dez; 11(3):234-8.

Trovo MM; Silva MJP e Leão ER. Terapias alternativas/complementares no


ensino público e privado: análise do conhecimento dos acadêmicos de
enfermagem. Rev Latino-am Enfermagem 2003 julho-agosto; 11(4): 483-9.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

217
UNISA - Universidade de Santo Amaro

________________________________________________________________
Jane da Costa Penha Acadêmica do 4º ano da Faculdade de Enfermagem da
Universidade de Santo Amaro-UNISA.
Marco Antônio dos Santos Docente na Faculdade de Enfermagem da
Universidade de Santo Amaro-UNISA. Orientador do trabalho.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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UNISA - Universidade de Santo Amaro

A tecnologia e a humanização no desempenho da enfermagem


em ambientes intensivos.
AGNALDO RODRIGUES DE SOUZA(1)

ISAAC ROSA MARQUES(2)(Orientadores)


Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
Devido aos avanços obtidos com a revolução industrial, através de descobertas
em maquinário tecnológico, a relação profissional-paciente tem se tornado cada
vez mais automatizada, deixando a humanização em segundo plano(FREITAS,
2005). Refletir acerca do cuidado na perspectiva da tecnologia nos leva a
repensar a inerente capacidade do ser humano em buscar inovações capazes
de transformar seu cotidiano, visando uma melhor qualidade de vida e
satisfação pessoal. Para podermos entender o contexto atual que reflete a arte
do cuidado inserida num mundo tecnológico, é necessário compreender o
desenvolvimento histórico e cultural da sociedade.

OBJETIVO:
Caracterizar a inserção da tecnologia e verificar como ocorre o processo de
humanização em ambientes intensivos.

METODOLOGIA:
Trata-se de uma revisão da literatura, tendo como fonte de dados as
publicações indexadas nas bases LILACS, BDEN e SciELO, utilizando-se os
descritores “humanização”, “tecnologia“ e ”enfermagem”.

RESUMO:
A Enfermagem tem o compromisso de contribuir para o aprimoramento das
condições de viver e ser saudável, buscando uma melhor qualidade de vida
para todos os seres. Pode contribuir de maneira mais efetiva através do
desenvolvimento de uma consciência de cuidado presente na prática, no
ensino, na teorização e na pesquisaBOLELA; JERICÓ, 2006).
O cuidado de Enfermagem e a tecnologia estão interligados, uma vez que a
enfermagem está comprometida com princípios, leis e teorias, e a tecnologia
consiste na expressão desse conhecimento científico, e em sua própria
transformação.
O conceito de humanização pode ser traduzido como uma busca incessante do
conforto físico, psíquico e espiritual do paciente, família e equipe. Elucidando
assim a importância da mesma durante o período da internação(NASCIMENTO;
ERDMANN, 2006).
Desta forma, as unidades de terapia intensiva são consideradas locais

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

219
UNISA - Universidade de Santo Amaro

especiais que demandam um alto grau de especialização do trabalho da equipe


de enfermagem. Exigem do trabalhador um treinamento adequado, uma
afinidade para atuar em unidades fechadas e uma resistência diferenciada dos
demais que atuam em outras áreas hospitalares.

CONCLUSÃO:
Conclui-se que as reflexões acerca do cuidado de enfermagem em terapia
intensiva deverão passar por uma revisão mais aprofundada acerca dos
conceitos de cuidado e da utilização de tecnologias nesta unidade.
Crê-se oportuno que consideremos também os sentidos atribuídos à terapia
intensiva, não só por parte dos profissionais de enfermagem, mas também por
parte do usuário do mesmo.
A grande diversidade tecnológica utilizada pela enfermagem nessas unidades
para auxiliar na manutenção da vida é uma realidade que ao mesmo tempo
encanta e assusta. Não obstante, apresenta aos profissionais que lidam com
ela constantes desafios e questões, exigindo-lhes profundas e constantes
reflexões acerca da sua aplicabilidade no cuidado.
Vale destacar que cuidar de máquinas não é um discurso teórico-prático tão
absurdo, pois se ela em muitos casos mantém o cliente vivo, isso só é possível
porque direta ou indiretamente cuidamos delas também.
Programar as máquinas bem como ajustar seus parâmetros e alarmes e
supervisionar seu funcionamento são exemplos de cuidados para com elas e
com os clientes que delas se beneficiam. No entanto, ao fazermos isso,
lançamos mão de conhecimentos técnicos e racionais que fundamentam
nossas ações no trato com as máquinas, contribuindo para que essas ações
sejam interpretadas como práticas desumanas, principalmente quando estes
cuidados provocam no corpo do cliente sinais de dor, sofrimento e desconforto.
Compreende-se que a humanização dos serviços de saúde implica em
transformação do próprio modo como se concebe o usuário do serviço - de
objeto passivo ao sujeito, de necessitado de atos de caridade àquele que
exerce o direito de ser usuário de um serviço que garanta ações técnica,
política e eticamente seguras, prestadas por trabalhadores responsáveis. Enfim,
essa transformação refere-se a um posicionamento político que enfoca a saúde
em uma dimensão ampliada, relacionada às condições de vida inseridas em um
contexto sociopolítico e econômico.
No processo de humanização do atendimento em saúde/enfermagem, intui-se
que, diferentemente da perspectiva caritativa que aponta o trabalhador como
possuidor de determinadas características previamente definidas e até
idealizadas, é fundamental a sua participação como sujeito que, sendo também
humano, pode ser capaz de atitudes humanas e “desumanas” construídas nas
relações com o outro no cotidiano.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

220
UNISA - Universidade de Santo Amaro

Nesse contexto, é fundamental não perder de vista a reflexão e o senso crítico


que nos auxiliem no questionamento de nossas ações, no sentido de
desenvolver a solidariedade e o compromisso.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
BOTELA, F. J.; JERICÓ, M.C. Unidades de terapia intensiva: considerações da
literatura acerca das dificuldades e estratégias para sua humanização. Esc
Anna Nery Rev Enferm, v.10, n.2, .2006
FREITAS, T.S.; YATABE. K.C.M. Fisioterapia do trabalho: ginástica laboral x
cinesioterapia laboral [monografia]. São Paulo (SP): Faculdade de Fisioterapia,
Universidade de Santo Amaro, 2005.
NASCIMENTO, K.C.; ERDMANN, A.L. Cuidado transpessoal de Enfermagem a
seres humanos em unidade crítica. Rev Enferm UERJ, v.14, n.3, p. 333-341,
2006

________________________________________________________________
1. Acadêmico do 8º. Semestre do Curso de Graduação em Enfermagem da
Faculdade de Enfermagem da Universidade de Santo Amaro.

2. Enfermeiro. Mestre em Enfermagem. Professor Adjunto da Faculdade de


Enfermagem da Universidade de Santo Amaro. Orientador.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

221
UNISA - Universidade de Santo Amaro

ADESÃO, CONTROLE TERAPÊUTICO E LESÃO EM ÓRGÃOS


ALVO EM PACIENTES HIPERTENSOS ATENDIDOS NA CLÍNICA
MÉDICA DA FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE
SANTO AMARO
FERNANDA CAROLINE DA GRAÇA POLUBRIAGINOF(1)

VALTER CARABETTA JUNIOR(2),CELSO FERREIRA FILHO(3)(Orientadores)


Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma doença crônico-degenerativa,
multifatorial, na maioria das vezes assintomática, de evolução lenta e
progressiva que prejudica a função de diversos órgãos. Compromete o
equilíbrio dos sistemas vasodilatadores e vasoconstritores, aumentando a
pressão no interior dos vasos sanguíneos podendo ocasionar lesões no
coração, cérebro, rins e olhos (órgãos alvo). A pressão arterial usada na prática
clínica pode ser entendida pela Lei de Poiseville: PA = DC x RP (onde PA =
Pressão Artéria; DC= Débito Cardíaco e RP= Resistência Periférica). Embora o
termo correto seja tensão e não pressão, na prática eles se equivalem. O valor
da pressão arterial depende de estímulos externos como: exercícios físicos,
tabagismo, ruídos, estresse, e de fatores internos como: vigília ou sono, dor,
postura, respiração e digestão. A elevação da pressão arterial ocorre por vários
fatores que, muitas vezes, estão inter-relacionados: idade avançada, fatores
psicológicos e sociais, obesidade, abuso de sal na alimentação, baixa ingesta
de potássio, alta ingesta de bebidas alcoólicas, tabagismo, sedentarismo,
estresse, ingesta de alimentos gordurosos e predisposição genética. A
prevalência mundial estimada de hipertensos é de 1 bilhão de pessoas e,
aproximadamente 7,1 milhões por ano evoluem para o óbito. No Brasil, a
prevalência da doença oscila entre 22% a 44% e, segundo informações do
DATASUS, a taxa de mortalidade devido a doenças do aparelho circulatório em
2005 foi de 154,15 para 100.000 habitantes, e entre estas, as causas
hipertensivas ocuparam o terceiro lugar. A HAS constitui um grande problema
social, pois pode produzir lesões em órgãos alvo em idade precoce
ocasionando altos custos sócio-econômicos.

OBJETIVO:
Avaliar a adesão, o controle terapêutico e as lesões dos órgãos alvo em
pacientes portadores de HAS.

METODOLOGIA:
Estudo transversal com análise de prontuários de pacientes atendidos no

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

222
UNISA - Universidade de Santo Amaro

Hospital Escola Wladimir Arruda (HEWA-LAAR) da Faculdade de Medicina da


Universidade de Santo Amaro (UNISA), no período de janeiro a dezembro de
2007. Dos 247 prontuários analisados, 77 eram de pacientes portadores de
hipertensão arterial. Os critérios considerados na análise foram: adesão ao
tratamento, número e medicações utilizadas, lesões em órgãos alvo
demonstradas pelo exame físico, eletrocardiograma, ecocardiograma, raio X de
tórax, fundo de olho e dosagem de creatinina. A descrição das variáveis
qualitativas do estudo foi apresentada em valores absolutos e relativos; as
quantitativas em valores de tendência central e de dispersão. Para verificar a
associação entre as variáveis qualitativas e os grupos de estudo, foram
utilizados o teste de qui-quadrado e o teste exato de Fisher, e para as
proporções o teste de comparação. Para as variáveis quantitativas e aderência
à curva normal e homogeneidade das variâncias foram utilizados os testes de
Kolmogorov-smirnov e Levene, respectivamente. As variáveis com estes dois
princípios satisfeitos foram utilizados testes paramétricos, caso contrário, o
teste de Mann-Whitney.

RESUMO:
A idade dos pacientes variou de 58 a 70 anos, a hipertensão arterial controlada
em 50 (64,9%) e sem controle adequado em 27 (35%). Medicação: 10 (12,9%)
pacientes estavam sem medicação, 24 (31,2%) com uma medicação, 28
(36,3%) com duas medicações, 11 (14,3%) com três medicações e 05 (6,4%)
com quatro medicações. Eletrocardiograma: 32 (41,5%) pacientes com traçados
alterados: alterações difusas de repolarização ventricular, bloqueio divisional
ântero-superior esquerdo, bloqueio de ramo esquerdo e bloqueio do ramo
direito, 23 (29,8%) traçados normais e 22 (28,5%) com eletrocardiograma
solicitado. O raio X de tórax e Ecocardiograma com aumento das cavidades ou
aumento da área cardíaca em 12 (33,3%) pacientes. Para a creatinina, 51
(66,2%) pacientes com dosagem normal, 04 (7,3%) com resultado alterado e 22
(28,5%) aguardando o exame solicitado. Para o exame de fundo de olho, 02
(2,6%) pacientes com resultados normais e 75 (97%) sem registro. Alterações
neurológicas: 04 (5,1%) pacientes com alterações decorrentes de acidente
vascular cerebral e 73 (94,8%) sem neuropatias centrais.

CONCLUSÃO:
O número de pacientes com o controle adequado da pressão arterial foi baixo,
sendo necessário o planejamento e a execução de um programa ambulatorial
para a conscientização do controle pressórico. Sobre o tratamento, foi
observado que quanto maior o número de medicamentos menor a adesão do
paciente por esquecimento, ou então, devido ao caráter assintomático da
doença, e por sentir-se bem significava não precisar as medicações. Em
relação ao comprometimento de órgãos alvo, a investigação foi feita por

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

223
UNISA - Universidade de Santo Amaro

parâmetros clínicos, eletrocardiográficos, radiológicos e dosagem da creatinina.


O exame de fundo de olho, embora recomendado, foi pouco realizado.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
Martins, M.A. Semiologia clínica. São Paulo: Cortez, 2002.
Brasil. V Diretrizes de hipertensão arterial. 2006.

________________________________________________________________
Não há

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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Alfabeto da amamentação
RENATA DIAS VIEIRA(1), BIANCA MANZI FERNANDES DOS SANTOS(2)

VALDILEA ZORUB PASQUINI(3)(Orientadores)


Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
A apresentação em “ordem alfabética” promove a concentração das atenções
para cada situação da Mãe lactante, por seu alto valor nutritivo, imunológico e
afetivo, evidenciando as desvantagens do uso de outros leites precocemente,
na tenra idade da criança.
O Apoio, a Promoção e a Proteção sobre Aleitamento Materno são pilares
básicos para o sucesso da Amamentação. Estas ações são aplicadas no
mundo inteiro, através da iniciativa de Órgãos que promovem a Saúde: A
Organização Mundial de Saúde (OMS); o Fundo das Nações Unidas para a
Infância (UNICEF); o Ministério da Saúde (MS); World Alliance for Breastfeeding
Action - WABA - Aliança Mundial para Ação em Aleitamento Materno, dentre
outros.
O Leite Materno é um alimento incomparável, não podendo ser produzido por
nenhuma indústria alimentícia do mundo. Não somente o bebê recebe grandes
benefícios, quanto também à mulher que amamenta, a família e a sociedade em
geral.

OBJETIVO:
Promover iniciativas que vão ajudar as Mães a garantirem o direto de
amamentar com naturalidade e tranqüilidade.

METODOLOGIA:
Foi elaborado a partir do material publicado www.aleitamento.com.

RESUMO:
Passos para o sucesso do aleitamento materno em ordem alfabética.
A - Amamentar em posicionamento confortável - Mãe e Bebê.
B - Buscar orientações e/ou auxílio sempre que julgar necessário.
C - Cultivar pensamentos de SUCESSO!
D - Dedicar um tempo para descanso.
E - “Esvaziar” as mamas, sempre que a produção do leite for superior ao
consumo do bebê.
F - Fazer a ordenha manualmente.
G - Guardar o leite excedente - congelado - e oferecer a um Banco de Leite
Humano.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

225
UNISA - Universidade de Santo Amaro

H - Higienizar as mãos antes da ordenha e/ou amamentação.


I - Investir na amamentação para ter reflexo na Saúde - Mãe e Filho (a).
J - Jogar fora a “idéia” de oferecer bicos artificiais ao bebê.
L - Leite Materno é o melhor alimento até o 6o mês de idade.
M - Manter o Aleitamento Materno após o 6o mês, paralelo a outros alimentos,
até dois anos ou mais, se possível.
N - Não acreditar na hipótese da existência de Leite Materno fraco.
O - Ordenhar o Leite Materno e oferecer ao bebê, em copinho, colher (...), caso
não possa amamentá-lo diretamente no seio.
P - Promover a saúde e o afeto, através da Amamentação.
Q - Qualquer dúvida sobre Aleitamento Materno, procurar um Banco de Leite
Humano ou outro setor de saúde que possa fornecer os devidos
esclarecimentos.
R - Respeitar o ritmo do bebê. Isto é: não estabelecer horários fixos, nem o
tempo de duração das mamadas.
S - Servir-se de alimentos nutritivos e em quantidades adequadas ao seu
organismo.
T - Ter autoconfiança no processo da Amamentação.
U - Usar vestuários confortáveis para amamentar.
V - Viabilizar meios para não interromper o Aleitamento Materno por ocasião da
volta ao trabalho.
X - Xeretar os panfletos distribuídos pelos Órgãos de Saúde e outras fontes de
informações sobre Aleitamento Materno e cuidados adequados para obter êxito
na Lactação.
Z - Zelar pelos seus direitos e exigir o cumprimento das “LEIS DA
AMAMENTAÇÃO”.

CONCLUSÃO:
O leite materno é o melhor e mais completo alimento que a natureza
providenciou para o inicio da vida de todo ser mamífero, segundo a sua
espécie.
São inúmeros benefícios que a prática do aleitamento materno oferece, tanto
para o crescimento e desenvolvimento de lactentes como para mãe, criança e
família do ponto de vista biopsicossocial.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
GRISA. Pedro Antônio. Liberte seu Poder Extra. Florianópolis: EDIPAPPI, 2002.
MACHADO, Orandina. Um compêndio de saúde ao binômio mãe /filho. III curso
manejo ampliado da amamentação, 2008.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

226
UNISA - Universidade de Santo Amaro

www.aleitamento.com

________________________________________________________________
¹Aluna de graduação da faculdade de enfermagem-UNISA
²Aluna de graduação da faculdade de enfermagem-UNISA
³Profª Orientadora

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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AMAMENTAÇÃO E A SEXUALIDADE: “A PRESENÇA DO AMOR


EROTIZADO”.
KAREN GALEANO(1)

VALDILEA ZORUB PASQUINI(2)(Orientadores)


Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
Muitas vezes as mulheres não têm chance de revelar seus desejos e suas
condições para desenvolver as funções de mãe e mulher, os homens podem
sentir-se angustiados e incapazes de se adaptarem, sofrendo as dificuldades
desse momento em diversos aspectos, entre eles na sexualidade. Como
conseqüência deste contexto, o lactente, também passa por um momento
fundamental em sua vida.
Amamentação é o ato de obter leite através da sucção das mamas, da mãe à
criança. À luz dos referênciais teóricos da lactação, todas as mulheres têm
possibilidades fisiológicas de amamentar, porém, esse potencial inato não
assegura a ocorrência da amamentação. Ainda que, a biologia materna
concorra para a lactação, a amamentação pode não ocorrer.
A sexualidade é fundamental da vida humana e está presente desde o
nascimento até a morte. Não se restringe às práticas sexuais, às quais
respondem a aspectos diferentes da vivência de cada indivíduo.

OBJETIVO:
- Reconhecer os principais aspectos relacionados à amamentação e
sexualidade dos indivíduos diretamente envolvidos.

METODOLOGIA:
Trata-se de uma pesquisa qualitativa,com revisão bibliográfica, que foi
elaborada à partir de material já publicado, com material disponibilizado nas
bases de dados “Google Acadêmico” e “SciElo” foram utilizados os indexadores:
Amamentação, Sexualidade, Erotismo. Definiu-se como problema de pesquisa
o questionamento: Quais os principais aspectos relacionados às influencias da
amamentação na sexualidade dos indivíduos diretamente envolvidos? Foram
levantadas como categorias: Fatores influentes na sexualidade da Mãe, Pai e
Lactente.

RESUMO:
São fatores intimamente influentes na sexualidade e na amamentação:
• O contexto em que o casal e o bebê estão inseridos, sendo relevante na
sexualidade, devido ser um período em que a família se adapta a um novo

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

228
UNISA - Universidade de Santo Amaro

membro.
• As mudanças ocorridas no corpo, na mente e no ambiente da nova mãe,
fazem com que a mulher tenha que se adaptar a uma nova realidade que pode
assustar e incomodar, formando-se grande barreira a sua manifestação de
sexualidade.
• A mulher também sofre as alterações fisiológicas características, que podem,
interferir dificultando as manifestações de sexualidade, além de baixa auto
estima relacionada a não estarem em seu peso "ideal".
• Mitos e tabus interferem na concepção pessoal, cria barreiras que atrapalham
a manifestação da sexualidade.
• A mulher sente-se cansada e têm expectativas com seus maridos, esses,
estão passando por dificuldades e podem não saber como lidar com essa nova
realidade, podendo ocorrer um ressentimento, interferindo na vida conjugal.
• Ocorre declínio da atividade sexual, relacionado com a transferência de
interesse da mulher para o filho, despertando ciúmes do marido.
• Algumas mulheres não aceitam que a sucção ao seio, realizada pelo seu filho,
possa provocar uma sensação de prazer, o que acarreta sentimentos de auto-
reprovação, vergonha e culpa.
• A paternidade implica responsabilidade, o homem assume a função de
protetor de sua companheira,podendo sentir dificuldades de com menor
atenção a sexualidade.
• Para o homem, a imagem de um bebê sugando o seio, pode fazer com que a
relação sexual seja sentida como inapropriada e muitos podem sentir-se
estimulados com os seios fartos.
• O homem demonstra atitudes de competição, no que concerne atenção da
mulher para ele. O homem percebe-se como alguém negligenciado da nova
relação estabelecida, pois a companheira dedica sua atenção para novo
membro que parece pertencer-la.
• A diminuição do interesse sexual ocorre devido a uma separação mental que
se faz entre a maternidade e o sexo.
• O lactente, passa por um período fundamental em sua formação da
concepção de amor, e tem inicio o desenvolvimento da sexualidade e de sua
identidade como ser único.

CONCLUSÃO:
Não é mais possível que mitos, crendices e preconceitos sejam transmitidos às
pessoas por cientistas pobres em informações sobre este delicado tema, dando
um aval técnico ao que é crença vinda da ignorância.
O profissional de saúde é um elemento básico para o sucesso da
amamentação, sendo fundamental, que ocorram discussões acerca dos fatores

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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UNISA - Universidade de Santo Amaro

influentes em todo o processo de amamentação, visando, assim, uma


abordagem holística e integral a saúde.
Como profissionais, devemos promover reflexões junto ao casal, dando
oportunidade para que eles participem ativamente, com liberdade para exporem
suas dúvidas e angústias frente a esse momento tão delicado, que é a chegada
de um novo filho, refletindo sobre todos os aspectos positivos e negativos em
relação a amamentação. Sendo fundamental aqui ter vistas a uma assistência
individualizada contemplando as questões subjetivas, numa dimensão
psicoprofilatica.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
ARAUJO. Maria Amaral, ALMEIDA. João Aprigio Guerra de. Aleitamento
materno: desafio de compreender a vivência. Revista Nutrição. Campinas: ex.
20, n.4, p.431-438, jul/ago 2007.

GILZA. Sandré Pereira. Amamentação e sexualidade. Revista de estudos


Feministas. v.11n.2 Florianópolis, jul/dez 2003.
________________________________________________________________
1. Acadêmica do Curso de Enfermagem da Universidade Santo Amaro,
monitora do Ambulatório de Amamentação do Hospital Escola Wladimir Arruda-
HEWA em conjunto com a FACEN-UNISA.
2. Enfermeira com especialização em obstetrícia, pós-graduada em
Administração Hospitalar. Coordenadora de estagio curricular hospitalar,
professora assistente das matérias d saúde da criança, saúde da mulher e
administração em enfermagem na FACENF-UNISA.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

230
UNISA - Universidade de Santo Amaro

ANÁLISE DA DISTRIBUIÇÃO DAS DOENÇAS RESPIRATÓRIAS


POR FAIXA ETÁRIA NAS INTERNAÇÕES HOSPITALARES DE
CRIANÇAS E ADOLESCENTES DA CIDADE DE SÃO PAULO
DANILLO SILVA PINTO SALLES DOS SANTOS(1), ANA MARIA CORREA DA
FONSECA(2), PAULO RICARDO DA SILVA OLIVEIRA(3), RENATA MARTINS DE
TOLEDO NATALI(4), PATRICIA MARANON TERRIVEL(5), ANA HELENA ABISSAMRA
FIGUEIREDO(6)

ALFESIO LUIS FERREIRA BRAGA(7)(Orientadores)


Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
As doenças que acometem as vias respiratórias são sem dúvida as doenças
mais comuns, e constituem importante causa de adoecimento e morte em
adultos e crianças no mundo, (1) sendo responsáveis por sobrecarregar os
serviços de assistência à saúde e também por impactar os índices de
mortalidade infantil. (2,3) Sob a denominação geral de doenças respiratórias
infantis agrupam-se eventos mórbidos de diferentes etiologias e de distinta
severidade que, em comum, caracterizam-se por comprometer uma ou mais
porções do trato respiratório da criança. (4)
No Brasil doenças respiratórias agudas e crônicas ocupam uma posição de
destaque. Entre as principais causas de internação no Sistema Único de Saúde
(SUS), em 2001, estas doenças ocuparam o segundo lugar em freqüência,
sendo responsáveis por cerca de 16% de todas as internações do sistema. (1)
No Município de São Paulo foi constatado que a incidência de doenças das vias
respiratórias altas chegou a ser três vezes maior do que a das vias respiratórias
baixas. (6)
Alguns fatores podem determinar a ocorrência das doenças respiratórias. Um
destes fatores é a faixa etária, com as crianças mais jovens sendo as mais
atingidas. (2) Em geral, ocorre um aumento quanto à distribuição etária dos
casos a partir dos seis meses de idade até atingir seu pico na faixa de seis a
vinte e quatro meses, caindo a partir desta idade. 2 Este comportamento é
corroborado por outros estudos. (7)
A região metropolitana de São Paulo é um dos centros mais industrializados da
América Latina, apresenta níveis de poluição preocupantes. Investigações
epidemiológicas revelam que as doenças infecciosas das vias aéreas são a
forma mais prevalente nesta região que possui, aproximadamente, 17 milhões
de habitantes. (5,8,10)

OBJETIVO:
Descrever as principais características de distribuição temporal, por faixa etária

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

231
UNISA - Universidade de Santo Amaro

e por causa específica da morbidade na infância e adolescência por doenças


respiratórias no município de São Paulo através dos registros de internações
hospitalares, em hospitais do Sistema Único de Saúde, no período entre 2000 e
2004.

METODOLOGIA:
È um estudo ecológico de séries temporais. São estudos em que a unidade de
análise é uma população ou um grupo de pessoas que geralmente pertencem à
área geográfica definida.
Foi realizada uma análise descritiva de cada variável que compõe o banco de
dados, com o propósito de melhor caracterizar cada uma dessas variáveis.
Foram apresentados os valores absolutos ou porcentagens das internações por
faixas etárias, por ano e por grupos de doenças. A seguir foram construídos
gráficos de séries de tempo para análise das sazonalidades por faixa etária e
por grupo de doenças. Foi utilizado o pacote estatístico SPSS-10.0 for
Windows.

RESUMO:
Observamos que do total de internações aproximadamente ¾ dos internados
estão na faixa etária de 0 a 5 anos, e o ¼ restante corresponde à faixa etária
dos 6 aos 19 anos.
As pneumonias e as broncopneumonias representam pouco mais que a metade
de todas as internações pediátricas das doenças do trato respiratório. A asma e
as outras doenças das vias aéreas superiores perfazem outras duas mais
prevalentes.
Quanto às faixas etárias, as internações de indivíduos de 0 a 5 anos são mais
freqüentes para quase todos os grupos de doenças, exceto para as outras
doenças das vias aéreas superiores. Curiosamente, é apenas neste grupo de
doenças em que as crianças de 6 a 10 anos são as mais afetadas. As outras
doenças respiratórias que afetam principalmente o interstício e os quadros
supurativos se destacam na faixa etária de adolescentes mais velhos.
Existe um evidente padrão sazonal para as internações por doenças
respiratórias com um pico no início do outono, um platô ou pico de menor
proporção no inverno e um vale no verão. Este comportamento mostra um
efeito mais severo da transição do verão para os primeiros períodos com
temperaturas mais frias sobre a incidência de doenças respiratórias nas
crianças mais novas do que o período de inverno. Além disso, pode-se observar
nos dois grupos etários mais jovens, uma tendência de aumento nas
internações ao longo do período analisado.
Este estudo mostrou que as internações por doenças respiratórias de crianças
e adolescentes se distribuem de forma não homogênea, com as crianças até
cinco anos sendo aquelas que se mostram mais susceptíveis. Além disso, as

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

232
UNISA - Universidade de Santo Amaro

pneumonias e broncopneumonias, a asma e as outras doenças das vias aéreas


superiores respondem a maior parte das internações. Existe uma sazonalidade
evidente das internações com um pico mais expressivo na transição entre o
verão e o outono.
A vulnerabilidade das crianças mais jovens quando comparadas às mais velhas
e aos adolescentes, constatada pela maior proporção de internações que
acometeram as crianças até cinco anos, que foi observada neste estudo está
em concordância com outros autores que já reportaram comportamento
semelhante. (2,7) Este fato pode ser explicado pela imaturidade do sistema
imunológico associada ao menor calibre das vias aéreas que impõem
dificuldades adicionais ao processo remoção de elementos extranhos às vias
respiratórias. (10) Além disso, as condições de moradia, de alimentação e de
acesso ao sistema de saúde influem na instalação e na gravidade dos quadros
infecciosos agudos do trato respiratório.
Entre os adolescentes observou-se que as principais causas de internções
foram as doenças intersticiais e as supurativas, aparentemente de maior
gravidade e que seriam causa suficiente para levar um adolescente à
hospitalização. É Interessante notar, também, que para a faixa etária de 6 a 10
anos predominam as internações por outras doenças das vias aéreas
superiores, grupo onde se encontram os casos de hipertrofia de amigdalas e
adenóides, duas das principais causas de internações eletivas.
Não há como comparar diretamente morbidade respiratória em crianças e
adolescentes com mortalidade em idosos.
Um dos resultados mais importantes deste estudo é a tendência de aumento
das internações por doenças respiratórias ao longo do período analisado. Fato
semelhante tem sido observado em relação às doenças respiratórias
analisando-se a mortalidade entre grupos mais velhos. (12) Não há como
comparar diretamente morbidade respiratória em crianças e adolescentes com
mortalidade em idosos. Entretanto, chama a atenção que desfechos
relacionados a um mesmo grupo de doenças apresente tendências de
comportamento semelhantes em áreas comuns. Investigações devem ser
implantadas na busca de respostas para esta situação em um momento em
que, na cidade de São Paulo, a poluição atmosférica, um dos fatores
agravantes para as doenças respiratórias, apresenta tendência de decréscimo.
(13)

CONCLUSÃO:
Concluir-se que as crianças até cinco anos de idade são as que mais são
internadas por doenças respiratórias, que as mais frequentes são as
pneumonias e broncopneumonias e que existe uma preocupante tendência de
acréscimo nas internações indicando uma saturação ainda maior dos serviços

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

233
UNISA - Universidade de Santo Amaro

de saúde ligados ao SUS na cidade de São Paulo.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
1- GOUVEIA N, ITO GM, TOYOSHIMA MTK. Morbidade por doenças
respiratórias em pacientes hospitalizados em São Paulo – SP (Brasil). Revista
da Associação Médica Brasileira. 2005.
2- BENÍCIO MHD, MONTEIRO CA. Estudo das Condições de Saúde das
Crianças do Município de São Paulo, SP (Brasil), 1984/1985. Revista Saúde
Pública. 1987. 21 (5) 380-86.
3- BENÍCIO MHD, CARDOSO MRA, GOUVEIA NC, MONTEIRO CA. Tendência
Secular da Doença Respiratória na Infância na Cidade de São Paulo (1984-
1996). Revista Saúde Pública. 2000; 91-101 34(6).
4- BERMAN, S. ET AL. Selective primary health care: strategies for control of
disease in the developing world. XXI – Acute respiratory infections. Ver. Infect.
Dis., 7:674-91, 1985.
5- CESAR JÁ, FABRIS AR, FERREIRA THP, FISHER GB, MEHANNA H,
PRIETSCH SOM, SCHEIFER LA. Doença Aguda das Vias Aéreas Inferiores em
Menores de cinco Anos: Influência do Ambiente Doméstico e do Tabagismo
Materno. Jornal de Pediatria (Rio de Janeiro). 2002; 78 (5):415-422.
6- STEINHOFF MC, JACOB T. Acute Respiratory Infection of Children in Índia.
Pediat. Res., 17:1032-5, 1983.
7- Braga ALF, Conceição GMS, Pereira LAA, Kishi HS, Pereira JCR, Andrade
MF, Gonçalves FLT, Saldiva PHN, Latorre MRDO. Air pollution and pediatric
respiratory hospital admissions in São Paulo, Brazil. J Environ Méd 1999, 1:95-
102.
8- AMORIM AJ, DANELUZZI JC. Prevalência de Asma em Escolares. Jornal de
Pediatria (Rio de Janeiro). 2001.
9- SIH TM. Vias Aéreas Inferiores e Poluição. Jornal de Pediatria (Rio de
Janeiro). 1997; 73 (3):166-170.
10- O`Brodovich HM, Haddad GC. The functional basis of respiratory pathology
and disease. In:Chernick V, Boat TF Eds. Kendig´s Disorders of the Respiratory
Tract in Children. W.B. Saundres Company: Philadelphia. 1998.
11 - CETESB. Companhia de Tecnologia e Saneamento Básico do Estado de
São Paulo. Relatório de qualidade do ar no Estado de São Paulo – 2007.
(2008). Disponível
em:http://www.cetesb.sp.gov.br/Ar/relatorios/RelatorioAr2007.zip. Acessado em
28 de junho 2008.
12- Francisco PMSB, Donalisio MRC, Latorre MRDO. Tendência da mortalidade
por doenças respiratórias em idosos do estado de São Paulo, 1980 a 1998. Rev
Saúde Pública 2003; 37(2):191-196.
13- CETESB. Companhia de Tecnologia e Saneamento Básico do Estado de
São Paulo. Relatório de qualidade do ar no Estado de São Paulo – 2007.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

234
UNISA - Universidade de Santo Amaro

(2008). Disponível
em:http://www.cetesb.sp.gov.br/Ar/relatorios/RelatorioAr2007.zip. Acessado em
28 de junho 2008.

________________________________________________________________
ANÁLISE DA DISTRIBUIÇÃO DAS DOENÇAS RESPIRATÓRIAS POR FAIXA
ETÁRIA NAS INTERNAÇÕES HOSPITALARES DE CRIANÇAS E
ADOLESCENTES DA CIDADE DE SÃO PAULO

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

235
UNISA - Universidade de Santo Amaro

ANÁLISE DA QUALIDADE DA ASSISTÊNCIA NO PRÉ-NATAL


PRESTADA A GESTANTES HIPERTENSAS NA REGIÃO SUL DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO EM 2008.
MARCELLA MAIA DE SOUZA(1), LAMIZ TANNOURI(2), RODRIGO SADDI(3), DANIEL
AGNELLO LAMBOGLIA NETO(4), RAFAEL ROSSETTI CLETO(5), GABRIEL LIMA
MARUJO(6), MARIANA RAMOS FERNANDES CAMACHO(7)

JANE DE ESTON ARMOND(8)(Orientadores)


Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
Tendo em vista a incidência e as grandes complicações provocadas pela
hipertensão durante a gravidez, o acompanhamento pré-natal torna-se muito
importante. A hipertensão gestacional é uma síndrome extremamente freqüente
em gestantes de alto risco e relacionada a muitos casos de morte materno-
neonatal. Dessa forma deve ser incentivado o início das consultas do pré-natal
o mais breve possível uma vez que quanto mais cedo a identificação do risco,
mais rápido pode-se promover ações preventivas visando à preservação do
bem estar da mãe e do filho, dado a delicadeza da situação.

OBJETIVO:
Avaliar a qualidade da assistência no pré-natal de gestantes com síndrome
hipertensiva na Região Sul do Município de São Paulo em 2008.

METODOLOGIA:
Foi utilizado um estudo transversal do tipo “survey”, que estuda a realidade sem
o propósito de estabelecer relação de causa e efeito entre as variáveis. A
unidade populacional do presente estudo abrangeu 43 gestantes hipertensas
atendidas no Hospital Geral do Grajaú e no Hospital e Maternidade Interlagos,
no período de Fevereiro a Agosto de 2008. Como instrumento de pesquisa foi
utilizado um questionário estruturado precedido da assinatura de um termo de
consentimento livre e esclarecido pelas respondentes. Todos os questionários
antes da tabulação das respostas foram revisados e a elaboração do banco de
dados foi feita a partir do software EpiInfo. Para o tratamento de dados não
foram utilizados métodos estatísticos por ser um estudo descritivo.

RESUMO:
Após a aplicação dos testes em 43 gestantes hipertensas que tinham
assistência do pré-natal em andamento nas instituições já mencionadas, foi
possível obter alguns dados e, a partir deles, traçar a qualidade da assistência
prestada às gestantes hipertensas nessas instituições. Foi observado que das
gestantes hipertensas entrevistadas, 41,8% encontra-se em uma faixa etária

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

236
UNISA - Universidade de Santo Amaro

variando entre 29 a 35 anos, o que indica que a hipertensão na gravidez pode


estar relacionada a uma idade mais avançada, já que apenas 7% das gestantes
entre 16 e 19 anos de idade são portadoras da doença. A pequena
porcentagem de gestantes hipertensas partir dos 36 anos (14%) não significa
que essa patologia não acomete gestantes após essa idade, mas leva a crer
que as gestações depois dessa idade é muito menor do que nas faixas etárias
anteriores. Também foi observado que a baixa escolaridade (44,2% sem ensino
fundamental completo) pode ter contribuído como fator para o alto índice de
gestações não programadas (70%), indicando que gestação e educação são
variáveis inseparáveis uma vez que sem um ensino adequado não é possível
alertar a população sobre todos os cuidados que devem ser tomados acerca do
planejamento familiar. Embora 95% das gestantes referirem possuir parceiro, as
mesmas não eram casadas, tinham baixo grau de escolaridade e suas
gestações não programadas, contribuindo para um maior índice de abortamento
e natimortos (28,1%). Uma baixa porcentagem das gestantes (35%) realizou o
número de consultas preconizado, apesar de a maioria (98%) reconhecer a
importância do pré-natal, sugerindo que o problema não se limita à saúde
pública.

CONCLUSÃO:
Através dos resultados foi possível verificar que o atendimento prestado às
gestantes nos dois hospitais se mostrou bastante eficiente, atendendo grande
parte das necessidades das gestantes. Foram identificadas melhoras na
assistência do pré-natal da região, contudo ainda apresenta algumas
deficiências. Nem todos os aspectos são devidamente expostos as gestantes,
podendo acarretar sérios problemas não só para a mãe como para a criança.
Aconselha-se investir em um total esclarecimento de todas as dúvidas
referentes à gestação para que haja mais cuidados e uma redução no número
de abortos natimortos.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
Corleta HVE, Capp E, Tavares EB, Canti ICT, Ramos JGL, Komlós M. Fatores
de risco para doença cardiovascular em pacientes que apresentaram gestação
com pré-eclampsia e/ou eclampsia e em pacientes com gestação normal há dez
anos ou mais, 2003, Porto Alegre. Livro de Resumos do XV Salão de Iniciação
Científica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2003

Manual técnico do Ministério da Saúde. Gestação de alto risco. Terceira edição.


Brasília, 2000.

Portal da saúde [homepage na internet] Brasil: Governo Federal [acesso em 25


de novembro de 2007]. Disponível em: http://portal.saude.gov.br/portal/saúde/

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

237
UNISA - Universidade de Santo Amaro

visualizar_texto.cfm?idtxt=23616& janela=1u

________________________________________________________________
Esta é a primeira etapa do trabalho que terá continuidade afim de ampliar a
amostra estudada.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

238
UNISA - Universidade de Santo Amaro

Análise da Variabilidade da Freqüência Cardíaca em Indivíduos


Obesos no Teste Ergométrico
BRUNA RITA BARBOSA PARREIRA(1), PALOMA CEREZER DE MELLO(2), NATALIA
RODRIGUES DA COSTA(3), CARLA MARIA FRACCAROLLI(4), ALEXANDRA CORREA
ARAUJO OCANHA(5), FLÁVIO TOMAZELLI FAIM(6), JOSÉ MARIO COUTO DE
SOUZA(7), NADIELLE SANTOS COSTA(8), DANIELA MESTER(9)

WLADIMIR MUSETTI MEDEIROS(10)(Orientadores)


Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
A obesidade é uma questão de saúde pública e um fator de risco para diversas
patologias cardiovasculares e metabólicas, tais como HAS, ICC, IAM, AVC e
diabetes. Além disso, sua condição pode causar transtornos de humor e auto-
estima. O exercício no indivíduo obeso tem como objetivo aumentar o
metabolismo basal, com seu maior gasto calórico a assim aumentar o
percentual de massa magra, coadjuvante a uma dieta pobre em carboidratos e
lipídeos. O sistema nervoso autonômico estuda a atividade simpática e
parassimpática, cuja mesma é responsável pela regulação do sistema
cardiovascular entre outros em diferentes situações, tais como durante o
repouso ou num exercício.
Sabe-se que alguns dos benefícios do exercício no indivíduo obeso são a
redução da circunferência da cintura, o menor risco de adquirir doenças
cardiovasculares, uma vez que durante o exercício utilizam-se as reservas
metabólicas através da glicogenólise, podendo levar ao maior consumo de
oxigênio e consequentemente levando a uma maior tolerância ao exercício,
além de reduzir o risco e a própria hipertensão.

OBJETIVO:
Observar o comportamento da variabilidade freqüência cardíaca durante o teste
ergométrico em indivíduos obesos

METODOLOGIA:
Comitê de Ética: CEP Unisa Nº 068/08, aprovação Nº 038/2008, 11 adultos
obesos. Foi realizada anamnese, mediu-se peso, altura e Índice de Massa
Corpórea (IMC). Antes, durante e após o teste ergométrico aferiu-se a pressão
arterial, freqüência cardíaca e respiratória. Analisou-se os dados num ECG de
12 derivações,. Dados da VFC descritos em Polar System® com
umTransmissor Eletromagnético T61™ e Unidade de Captação Polar S 810®,
através do Programa Polar Precision Performance. Dados estatísticos foram
representados por médias, medianas e desvio padrão; analisados pelo SPSS
11.5 for Windows; normalizados pelo Teste de Kolmogorov-Smirnov. Quando os

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

239
UNISA - Universidade de Santo Amaro

dados comparados eram normatizados: ANOVA, seguido de Post-Hoc de


Sheffe. Quando não normatizados: teste de Mann- Witney. Diferenças
consideradas significativas: p 0,05.

RESUMO:
Caracterização da amostra de 11 indivíduos encontrou (média± desvio padrão):
Idade (44,5 ± 10,0); Peso (94,7 ± 16,5); Altura (1,6± 0,1); IMC (37,3 ± 6,6); PAS
rep (126,0 ± 12,6); PAD rep (83,5 ± 8,8); PAM rep (97,7± 9,6); PAS max (164,0±
31,3) PAD max (100 ± 11,5); PAM max (122,7± 18,0); FC rep (85,5± 14,5); FC
predita (175,4± 10,5); VO2 corrigido (26,9± 3,4); Duplo Produto (25569,0 ±
6229).
Nas variáveis responsáveis pela VFC. Que são LFpré, que representa a fase de
repouso e estuda o comportamento simpático com influência parassimpática,
encontrou-se (450,8±580,5), com LFte, que representa a fase de exercício,
encontrou-se(20,6±20,9), havendo uma correlação de p=0,020 entre as duas
fases, sendo significativas, sugerindo que acontece predomínio simpático
durante o exercício. HFpré (63,5±83,7) que estuda comportamento
parassimpático no repouso e HFte (19,6± 26,6),que verifica o mesmo
comportamento, porém no exercício encontrou-se p=0,057 não significativo,
sugerindo que não existe uma retirada parassimpática no exercício, mas sim
porque ela já era diminuida durante o repouso, contradizendo o que se
encontrou na literatura . A razão LF/HFpré avalia comportamento simpático,
mostrou na fase pré (828,2±528,5) e na fase LF/HFte (155,5±145,0), com
p=0,003 demonstrando significância, quando analisa-se novamente a
correlação entre as duas fases sugerindo que há um predomínio simpático
durante o exercício- o que é esperado.

CONCLUSÃO:
Nosso trabalho conclui que obesos apresentam redução da atividade simpática,
tanto no repouso, como exercício, demonstrados através dos resultados das
variáveis LF, HF e a razão LF/HF- que analisam a atividade autonômica. Este
estudo também sugere que a obesidade pode ser um fator de risco importante
na aquisição de doenças cardiovasculares. Contudo, sugere-se mais estudos
com a amostra em diferentes situações.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
1. WILMORE, J.H.; COSTILL, D.L. Fisiologia do Esporte e do Exercício. 2.ed.
Barueri: Manole, 2001. 709p

2. LAEDERACH-HOFFMAN,K.; MUSSGAY, L.; RÚDDEL, H. Autonomic


Cardiovascular Regulation in Obesity. Journal of Endocrinology, n. 164, p.59-66.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

240
UNISA - Universidade de Santo Amaro

2000.

3. AVSAR.A.; ACARTURK,G.; MELEK, M.; KILIT,C.; CELIC,A.; ONRAT,E.


Cardiac Autonomic Function Evaluated by the Heart Rate Turbulence Method
Was not Changed in Obese Patients without Co-morbidities. J. Korean Med.
Sci., v.22, p.629-632, dez. 2007

________________________________________________________________
Grupo de estudo em reabilitação e fisiologia do exercício - GERFE - Fisioterapia

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

241
UNISA - Universidade de Santo Amaro

Assistência de Enfermagem à Gestante em Trabalho de Parto


Prematuro (TPP)
FRANCISCA ELIMÁRIA SOARES ROSA(1)

EGLE DE LOURDES FONTES J OKAZAKI(2)(Orientadores)


Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
O TPP é o trabalho de parto que ocorre entre a 20ª e a 37ª semana de
gestação. É caracterizado pela presença de uma contração a cada 5 a 8
minutos, dilatação maior ou igual a 1,0 cm e esvaecimento cervical maior ou
igual a 50%. As causas do trabalho de parto pré-termo, associam-se a vários
fatores de risco associados como fator demográfico (idade menor que 18 anos
e maior que 35 anos); fatores comportamentais (uso de drogas, traumatismo,
esforço físico intenso); cuidados pré-natais (presença ou ausência de cuidados
prenatais); riscos gestacionais como parto prematuro anterior; infecções do
trato urinário; hereditariedade; fatores emocionais; entre outro. A gestante em
TPP deve ser internada para inibição das contrações uterinas e para
preservação da vida materna e fetal(1) .

OBJETIVO:
Descrever assistência de enfermagem para a gestante em trabalho de parto
prematuro.

METODOLOGIA:
Estudo descritivo realizado através de revisão bibliográfica na base de dados
LILACS com os seguintes descritores: enfermagem, humanização, parto
prematuro. A pesquisa foi realizada de fevereiro a junho de 2008. Para compor
o material de estudo foram selecionados quinze artigos e três dissertações de
mestrado mediante leitura dos resumos e identificação da pertinência temática.
Desses, foram utilizados dois artigos e uma dissertação de mestrado. Os
mesmos são dos últimos oito anos exceto uma dissertação de mestrado de
1992.

RESUMO:
Apesar das estratégias de prevenção no pré-natal algumas mulheres precisam
ser internadas para inibição do TPP. Os sentimentos que emergem durante a
noticia de um TPP e da internação são: tristeza e medo. No hospital a gestante
sente temor pela sobrevivência do filho, sofre pelo distanciamento dos
familiares e senti-se culpada por não conduzir a gravidez de forma normal(2).

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

242
UNISA - Universidade de Santo Amaro

Esses momentos difíceis demandam uma adaptação para que ocorra a


superação ou mesmo aceitação dessa condição, requerendo ações por parte
daqueles que estão inseridos nesse contexto e o enfermeiro é um dos
profissionais que compõe essa situação, precisando estar capacitado para
auxiliar a mulher nesse momento de crise, pois as gestantes de risco devem ser
consideradas como um grupo que possui necessidades especificas, em que a
esperança da evolução da gestação até o termo se confronta com as
complicações presentes. Quando prestamos cuidado à gestante em TPP, é
importante compreende-la em sua totalidade e não apenas observando os
riscos e oferecer cuidado significa ouvir, ter tempo para unir reflexão e ação,
construir e avaliar com a gestante os projetos de cuidado de acordo com suas
crenças e valores, pois a vivência da gestação de alto risco caracteriza-se por
um processo extremamente complexo, que se estende à gestante, ao
companheiro, à família(3). O TPP quadro clínico este que requer repouso em
ambiente tranqüilo para seu controle necessita que o enfermeiro crie um
ambiente onde a paz seja possível. Os companheiros das gestantes deverão
ser incentivados pelo enfermeiro a acompanhar suas esposas e ter entrada livre
durante o período de internação, pois o apoio afetivo advindo do companheiro
ajuda à gestante a vivenciar os acontecimentos com maior tranqüilidade. É
necessário a criação de um programa que torne o ambiente hospitalar o mais
agradável possível para aliviar o sofrimento psíquico da gestante. Esse
programa se constituiria de atividades diárias individuais e em conjunto com as
gestantes e os companheiros, selecionadas de acordo com o grau restrição da
gestante prescrito pelo médico e o enfermeiro (exibição de filmes, audição de
músicas, atividades manuais) pois humanizar é colocar-se no lugar do outro, é
respeitar e criar condições para que todas as dimensões do ser humano sejam
atendidas (3).

CONCLUSÃO:
O enfermeiro deverá oferecer uma assistência provida de orientaçõe e
escolhas possíveis; preparar a gestante para a possibilidade do parto iminente;
escutar relatos de seus sentimentos e suas experiências diárias, o que
representa muito para a gestante e melhora seu prognóstico; buscar as causas
que originaram a patologia e contribuir com novas informações que favoreçam a
evolução do quadro, além de levar em consideração a esperança da mulher e
da família no sucesso da gravidez., mesmo em meio às complicações médica.
Sem esquecer-se de sorrir, de olhar nos olhos, de apertar na mão, de sentar, de
ouvir. Desta forma, o presente estudo enfatiza a necessidade de apoio técnico e
emocional em um ambiente tranqüilo que a gestante em trabalho de parto
prematuro necessita para conseguir alcançar os objetivos almejados (3).

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

243
UNISA - Universidade de Santo Amaro

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
1.Bittar RE; De Carvalho MHB; Zugaib M. Condutas para o trabalho de parto
prematuro. Rio de Janeiro: Rev. Bras. Ginecol. Obstet.2005; 27(9): 561 – 6.

2.Gouveia, HG. Diagnósticos de enfermagem e problemas colaborativos mais


mais comuns na gestação de risco [Dissertação – Mestrado – Faculdade de
Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas] Campinas-SP
2001.

3.Zampieri MFM . Manejos na assistência à gestação de alto risco. São Paulo:


Nursing Rev.Téc.Enf. maio 2002; 5:18-23.

________________________________________________________________
1- Aluna do 8º semestre de enfermagem da Universidade de Santo Amaro-
UNISA.
2- Professora Assistente Mestre em Enfermagem Obstétrica da Universidade de
Santo Amaro-UNISA.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

244
UNISA - Universidade de Santo Amaro

Assistência de Enfermagem a Pacientes com Transtorno Afetivo


Bipolar
LEILA FERREIRA SALLES(1)

SYLVIA VAIE DE LACERDA(2)(Orientadores)


Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
O Transtorno Afetivo Bipolar (TAB) é uma doença mental grave, que se
caracteriza por episódios alternados de humor (mania / hipomania e
depressão), os quais variam em intensidade, duração e freqüência. (ROCCA,
2008)
Devido ao alto índice de pessoas que sofrem dessa doença na população
mundial, esse trabalho tem a intenção de auxiliar os profissionais quanto a
assistência de Enfermagem a indivíduos com esse transtorno.

OBJETIVO:
- Descrever a doença e apontar os principais cuidados de Enfermagem para
pacientes portadores de TAB, por meio de revisão bibliográfica.

METODOLOGIA:
Este estudo tem por finalidade realizar uma revisão bibliográfica.
Trata-se de um trabalho de pesquisa de análise qualitativa com propósito de
gerar conhecimentos de Enfermagem que proporcionem a oportunidade de
estudar fenômenos, descrevendo e explorando-os. O recorte temporal
compreende o período a partir de 1998 até os dias atuais.
A busca de dados foi feita no site de busca do Google Acadêmico, ScIELO e
revistas que abordam sobre o assunto.

RESUMO:
O transtorno Afetivo Bipolar (TAB) é uma doença que não tem um diagnóstico
fácil. Em geral, quando um indivíduo recebe esse diagnóstico já se passaram
em média 10 anos após as primeiras tentativas de tratamento. (TUNG, 2008)
A principal característica do TAB é a instabilidade de várias funções cerebrais
que podem ser percebidas na alteração do humor, variando da tristeza profunda
à alegria excessiva. (TUNG, 2008)
Existem dois tipos diferentes de TAB. O tipo I, que se caracteriza pela presença
de episódios de depressão e de mania e o tipo II, que é caracterizado pela
alternância de depressão e hipomania.
Segundo Tung (2008), o paciente em mania (pólo eufórico do transtorno do
humor, em psiquiatria), não percebe a própria alteração, tem a impressão de

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

245
UNISA - Universidade de Santo Amaro

estar extremamente bem como se vivesse na melhor fase da vida.


Na fase depressiva tem comprometimento com a forma de pensar, agir e ser,
neste momento o transtorno deve ser encarado como um problema de saúde
que afeta não só o cérebro e o estado psicológico, mas também praticamente
todo o organismo.
Além dos episódios clássicos de mania, hipomania e depressão, há ainda
aqueles mistos, ou seja, episódios nos quais ocorrem sintomas tanto
característicos das fases de mania/hipomania como da depressão. Quando
existe essa “mistura”, o reconhecimento e o tratamento ficam confusos, com
quadros depressivos em que a agitação é marcante, que podem piorar com o
uso de antidepressivos, e manias com idéias depressivas que são confundidas
com depressão. (TUNG, 2008)
O trabalho do enfermeiro é de estrema importância no serviço de saúde, já que
ele é a primeira pessoa em que o paciente tem contato ao chegar a uma
unidade.
Independentemente da área que o enfermeiro atue os cuidados a pacientes
com doenças mentais estarão sempre presentes em sua vida profissional.
A assistência de Enfermagem não se limita em ajudar o paciente, mas também
em orientar a família e a comunidade sobre a doença e seus cuidados.
As intervenções psicoterápicas podem ser de diferentes formatos, como
psicoterapia de apoio, psicodinâmica breve, terapia interpessoal,
comportamental, cognitiva comportamental, de grupo, de casais e de família.
(MACHADO-VIEIRA, 2008)
Mudanças no estilo de vida deverão ser discutidas com cada paciente,
objetivando uma melhor qualidade de vida. (MACHADO-VIEIRA, 2008)
É importante estabelecer junto ao paciente, às metas do tratamento,
posteriormente, a avaliação do grau de progresso, envolvimento e vínculo
terapêutico alcançado no tratamento com a equipe facilitam a avaliação da
eficácia da intervenção proposta. A educação para a doença, a identificação e
manejo de comorbidades, bem como o estímulo para mudanças positivas no
estilo de vida do paciente e sua família são importantes papéis exercidos no
tratamento de pacientes com transtornos de humor.

CONCLUSÃO:
O diagnóstico desse transtorno não é considerado fácil e tratar pacientes que
se encontram em qualquer uma das fases é um trabalho que exige muita
dedicação. O enfermeiro atua juntamente com uma equipe multidisciplinar para
que o paciente seja tratado de maneira holística e que seu tratamento seja
focado na fase em que o paciente realmente se encontre, para que assim se
diminua o tempo de não diagnóstico da doença.
É fundamental que o enfermeiro estude, atualize-se e aprimore-se profissional e

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

246
UNISA - Universidade de Santo Amaro

academicamente para evoluir junto aos avanços tecnológicos e para que seja
um profissional diferenciado em sua equipe.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
1. ROCCA, Cristiana C A; LAFER, Beny. Alterações neuropsicológicas no
transtorno bipolar. Rev. Bras. Psiquiatr. , São Paulo, v. 28, n. 3, 2006 .
Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-
44462006000300016&lng=&nrm=iso. Acesso em: 23 2008. doi: 10.1590/S1516-
44462006000300016.
2. TUNG, TENG. Transtorno Bipolar. Mente e cerebro,v. 15, n. 182, p. 42 - 53,
2008.
3. MACHADO-VIEIRA, Rodrigo; SANTIN, Aida; SOARES, Jair C. O papel da
equipe multidisciplinar no manejo do paciente bipolar. Rev. Bras. Psiquiatr. ,
São Paulo2008 . Disponível em:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-
44462004000700012&lng=&nrm=iso. Acesso em: 23 2008. doi: 10.1590/S1516-
44462004000700012.

________________________________________________________________
1 Graduanda da Faculdade de Enfermagem da Universidade de Santo Amaro -
FACENF/ UNISA.
2 Orientadora. Docente da Universidade Santo Amaro, especialista e mestre em
Saúde Mental pela USP.

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Assistência de enfermagem ao idoso portador de HIV/ AIDS


VIVIANE RODRIGUES DA SILVA(1)

HOGLA CARDOZO MURAI(2)(Orientadores)


Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
O Brasil está envelhecendo, a Organização Mundial de Saúde mostra que em
2025 o Brasil será o sexto país do mundo com maior número de idosos.
Estudos feitos pelo Ministério da Saúde mostram que o envelhecimento antes
considerado um fenômeno ,hoje faz parte da realidade da maioria das
sociedades..( BRASIL,2006).
A população não esta apenas vivendo mais mas, está também se mantendo
ativa. Um dos aspectos mais relevantes deste fato é a manutenção da vida
sexual ativa na chamada terceira idade ( BRASIL,2006).
A distribuição dos casos segundo faixa etária apresentada no Boletim
Epidemiológico AIDS/DST (BRASIL, 2007) mostra que entre os homens
observa-se um aumento de casos entre os indivíduos com 50 anos e mais,
enquanto as mulheres apresentam a maior concentração de casos na faixa
entre 30 a 39 anos, com incremento na faixa que se inicia aos 40 anos.
Entre as pessoas com 60 anos e mais o aumento de casos foi mais acentuado
entre os homens, passando de 240 na década de 1980 para 2681 na década
seguinte e, até junho de 2005, somavam 4446 casos. Entre as mulheres eram
47 casos, passaram a 945 na década de 1990 e, em 2005, chegaram a 2489
casos (BRASIL,2006).

OBJETIVO:
Identificar na bibliografia as características do idoso portador de HIV/AIDS e
demandas para assistência de enfermagem

METODOLOGIA:
Trata-se de uma revisão bibliográfica, utilizando os descritores de assunto HIV,
Idoso, Assistência de enfermagem. Como critérios de inclusão foram definidos
artigos em língua portuguesa versando sobre aspectos que identificassem
características do idoso e do portador do vírus HIV/AIDS, necessidades de
cuidados e assistência de enfermagem específica para cada grupo
separadamente e em seu conjunto. Foram incluídas referencias secundárias de
acordo com a pertinência e relevância do assunto

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

248
UNISA - Universidade de Santo Amaro

RESUMO:
O primeiro aspecto abordado foi a transição demográfica como fator de
influência na incidência de idosos portadores do vírus HIV. A população está
vivendo mais e melhor. (BRASIL, 2006). Este fato está relacionado a uma maior
vivencia da atividade sexual entre os idosos, isso se deve ao acesso às
medicações para impotência sexual que amplia a potência masculina e a
estimulação social para esta prática em ambos os sexos (ARAÙJO B et
al;2007).
Apesar do aumento do número de homens infectados, podemos perceber uma
grande oscilação entre as mulheres, pois a cada dia vem aumento o número de
mulheres infectadas , de forma semelhante aos homens (ARAÚJO B et al
2007.).
A baixa escolaridade também é uma agravante para essa população. Os
estudos levantados mostram que a maioria dos indivíduos tinha uma baixa
escolaridade,levando a uma carência de informação, tanto para a prevenção
quanto as formas de contágio, deixando essa população ainda mais vulnerável.(
ARAÙJO B et al;2007).
Um dos motivos de se fazer campanhas de prevenção para as DSTs e AIDS
seria a falta de entendimento que essa população tem sobre as formas de
transmissão e prevenção da infecção pelo vírus ( ARAUJO B et al 2007).
È preciso resgatar o cuidar entre a equipe de saúde e principalmente a
enfermagem, já que o enfermeiro passa a maior parte do tempo com o paciente.
Esse cuidar por sua vez deve ser de forma individual, já que cada pessoa é
única e tem suas próprias necessidades.
Um dos motivos de não se ter o cuidado humanizado é a falta de preparação
acadêmica, pois os mesmos ainda trazem consigo seus próprios medos e
preconceitos, deixando de dar o atendimento necessário e especifico pra essa
população.

CONCLUSÃO:
A bibliografia consultada permitiu concluir que:
- A população idosa está vivendo mais e melhor, permanecendo ativa
sexualmente por mais tempo;
- Os idosos se expõem ao vírus HIV de forma semelhante aos jovens.
- A baixa escolaridade está presente nessa população, favorecendo a falta de
conhecimento sobre as formas de transmissão e prevenção da doença.
Quanto a demanda para enfermagem, foram apontados como principais
características:
- A necessidade de um cuidar mais humanizado;
- A pertinência da implementação de novas técnicas na assistência de

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

249
UNISA - Universidade de Santo Amaro

enfermagem que venham a aproximar mais o paciente da equipe;


- A falta de preparação acadêmica da enfermagem para o cuidado deste
paciente na sua especificidade;
- A carência de enfermeiros qualificados para atender a população idosa.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
ARAÙJO,Vera Lucia Borges de,et al. Características da Aids na terceira idade
em um hospital de referência do Estado do Ceará.Rev.bras.epidemiol.2007 (
Ceará) vol.10 ,no4, ISSN1415-790X.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de


Atenção Básica. Envelhecimento e saúde da pessoa idosa. Brasília: Ministério
da Saúde.2006. (Série A Manuais e Normas Técnicas)( Caderno de Atenção
Básica 19). ISBN 85-334-1273-8.

BRASIL. Ministério da Saúde. Programa Nacional de DST/ AIDS. Boletim


Epidemiológico AIDS – Ano IV no.1- julho a dezembro 2006/janeiro a junho de
2007. Brasília, 2007.

________________________________________________________________
1-Graduanda em Enfermagem pela Faculdade de Enfermagem da Universidade
de Santo Amaro ( UNISA ), São Paulo, Brasil.

2-Enfermeira. Doutora em Saúde Pública. Professora Titular I, na Faculdade de

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

250
UNISA - Universidade de Santo Amaro

Enfermagem da Universidade de Santo Amaro – UNISA. (Orientadora).

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

251
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Assistência de Enfermagem ao recém-nascido com Luxação


Congênita do Quadril
CAROLINA OLIVA(1)

LUCIANA NETTO DE OLIVEIRA(2)(Orientadores)


Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
A luxação congênita do quadril (LCQ) consiste no deslocamento da cabeça
femoral para fora do acetábulo, que pode estar integralmente deslocada ou
subluxada, pois geralmente o acetábulo apresenta formato anatômico raso e
este pode estar posicionado verticalmente, devido à ausência da pressão
normal exercida pela cabeça femoral (1). Geralmente predomina a ocorrência
na etnia branca, localizada principalmente nos países como França, Itália,
Alemanha, Canadá, podendo também acometer ao Japão e Chile. No Brasil, a
região de maior incidência é a região de São Paulo, Paraná e Santa Catarina
(1). Além disso, a freqüência da afecção prevalece no gênero feminino e
unilateralmente (quadril esquerdo), sendo encontrado um índice considerável
bilateral (2).

OBJETIVO:
Caracterizar a luxação congênita do quadril e descrever a importância do
diagnóstico precoce de uma luxação congênita de quadril e a assistência de
enfermagem.

METODOLOGIA:
Trata-se de uma revisão bibliográfica publicada no período de 1993 a 2005, no
idioma português, indexada nas bases de dados BEDENF, LILACS e SCIELO, a
partir dos seguintes unitermos: Enfermagem, Luxação congênita do quadril,
Enfermagem ortopédica, Cuidados de enfermagem.

RESUMO:
A Luxação Congênita de Quadril está dividida em dois grupos: Luxação Pré-
natal, associada á malformações, anormalidades cromossomais e distúrbios
neuromusculares. Desenvolve-se praticamente intra-útero, com contratura
grave dos tecidos moles e acentuada luxação da cabeça femoral (3). Luxação
Típica do Quadril que se subdividi em três tipos: Displasia Acetabular ou pré-
luxado, neste caso não há subluxação nem luxação, é a forma mais leve, onde
ocorre um retardo no desenvolvimento acetabular. A cabeça do fêmur
permanece no acetábulo, ocorrendo uma hipoplásica óssea do assoalho
acetabular obliquo e pouco profundo (3). Quadril Subluxado ou Luxado:
responsável pela maioria dos casos ocorre porque a cabeça do fêmur está

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

252
UNISA - Universidade de Santo Amaro

dentro do acetábulo, porém o estiramento da cápsula e do ligamentum teres faz


com que está porção do fêmur esteja parcialmente deslocada, a compressão do
assoalho cartilaginoso inibe a ossificação e produz um achatamento no
acetábulo. Esse tipo de quadril pode ser luxado pela manobra provocativa de
Barlow, e é considerado um estágio intermediário entre a displasia e a luxação
completa (3). Quadril Luxável: acontece quando a cabeça do fêmur perde o
contato com o acetábulo em situação súpero-lateral, o ligamentum teres
encontra-se esticado e alongado. No período neonatal o quadril pode ser
reduzido por flexoadução produzindo um ruído de clique – manobra de Ortolani
positivo (6). Assossiam-se a essa etiologia fatores hormonais, sexo, mecânicos,
e fatores ambientais pós-natais. O diagnóstico de uma luxação congênita de
quadril deve ser precoce, precisa ser diagnosticado no berçário pelo exame
físico sistemático realizado por enfermeiros e médicos neonatologistas e em
seguida pelo pediatra. O exame clínico está baseado em manobras específicas
que identificam a instabilidade do quadril, avaliando cada sinal e sintoma que
alertam para a displasia congênita do quadril (3). O diagnóstico da luxação
unilateral normalmente é percebido pela própria evidencia dos sinais, na
luxação bilateral os sinais não são evidentes, esta só é percebida por exame
clínico e de sinal de Ortolani, Barlow até os três meses (5). Para realizar estes
testes, dois aspectos importantes devem ser lembrados: A criança ao ser
examinada deve estar tranqüila, relaxada, e estudar um quadril de cada vez,
pois o recém-nascido ou a criança chorando e esperneando, não permite
avaliar um quadril displásico. Os diagnósticos de enfermagem são: Mobilidade
física prejudicada, dor e conforto alterado, processos familiares alterados e
risco para controle ineficaz terapêutico. A assistência de enfermagem está
voltada à orientação da mãe com relação à imobilização pelo dispositivo,
manutenção e adaptação da criança (3). O enfermeiro deve observar
cuidadosamente, em cada criança que recebe na unidade neonatal, todos os
sinais já descritos. O recém-nascido deve ser examinado diariamente durante o
banho, troca de fraldas, colocando-o na posição ventral e dorsal, pesquisando
os sinais de displasia congênita do quadril. Quando feito o diagnóstico de
displasia congênita do quadril, a posição ideal e desejável dos membros
inferiores é quadril em flexão 90º e abdução aproximada de 60º. A ligeira
rotação externa pode ser obtida usando dispositivos como: fraldas, tala de
Frejka, suspensório de Pavlik. O recém-nascido adapta-se facilmente a esses
dispositivos, que serão usados constantemente.

CONCLUSÃO:
É importantes que os enfermeiros orientem aos pais quanto à patologia, formas
de tratamento existentes e os cuidados que os mesmos devem prestar à
criança. O planejamento e orientação adequada a cada paciente em suas
diversas etapas do tratamento é fundamental no processo de trabalho do

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

253
UNISA - Universidade de Santo Amaro

enfermeiro.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
1-Pires KA, Melo MRAC. Luxação congênita do quadril: uma abordagem inicial.
Medicina Ribeirão Preto 2005 abr-jun; (38): 143-9.
2- Schott PCM. Displasia do desenvolvimento do quadril e luxação displásica
do quadril. Rev Bras Ortop 2000; jan-fev; 35 (1/2).
3- Tashiro MT, Batista SR. Assistência de Enfermagem em ortopedia e
traumatologia 2001.
________________________________________________________________
1 Graduanda de Enfermagem da Universidade de Santo Amaro
2 Professora Assistente do curso de graduação da faculdade de Enfermagem,
disciplina Criança Hospitalizada e Terapias Complementares. Orientadora do
trabalho

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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Atuação do Enfermeiro com o uso da fitoterapia


PAULA FABIANO DA SILVA(1)

LUCIANA NETTO DE OLIVEIRA(2)(Orientadores)


Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:

As plantas foram os primeiros recursos terapêuticos utilizados desde os


primórdios das civilizações, fitoterapia vem do grego e significa (phyton)
“vegetal” (therapeia) “tratamento,” as diversas partes dos vegetais são
utilizadas, como cascas, folhas, frutos, sementes e raízes, para a prevenção,
manutenção, tratamento e recuperação da saúde. A história do uso dos
fitoterápicos possui referências escritas a partir de 2.800 a.C. têm-se relatos do
seu uso na China, Grécia, povos hebreus e assírios. Nas décadas de 50 e 60,
houve o declínio no uso da fitoterapia devido à industrialização dos
medicamentos, os profissionais interromperam a sua utilização, mas a
população mais carente continuou o seu uso; nas décadas de 80 a 90 houve o
resgate de algumas práticas populares de tratamento natural no meio científico.
A maioria da população acredita que as plantas não fazem mal à saúde, por ser
tradicional, ter resultados satisfatórios e ser de fácil acesso, porém pode
ocasionar efeitos indesejáveis se não houver um acompanhamento adequado.
Nos últimos anos, principalmente na área da enfermagem a formação do
profissional valoriza o cuidar com uma visão mais holística. O uso dos
fitoterápicos é uma realidade nos tratamentos e costumes populares, portanto o
conhecimento da cultura da região, as ervas mais utilizadas são essenciais para
uma atuação educativa efetiva. Um dos desafios da graduação constitui o
aprendizado desta técnica, para que a orientação efetiva possa ser realizada.
Nas UBS é possível obter informações das crenças e costumes da comunidade,
através da consulta de enfermagem, grupos educativos e visitas domiciliares, o
enfermeiro habilitado orienta membros sob sua supervisão e usuários sobre o
uso dos fitoterápicos, indicação, armazenamento e preparo dos mesmos. Meu
interesse pelo tema surgiu durante a Disciplina de Terapias Complementares,
onde percebi a importância de se conhecer o desempenho do enfermeiro na
aplicação do tratamento natural com o uso de plantas, na promoção da saúde.

OBJETIVO:
O objetivo deste trabalho é analisar diferentes documentos que abordam a
atuação do enfermeiro no uso da fitoterapia.

METODOLOGIA:

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

255
UNISA - Universidade de Santo Amaro

Este estudo constitui uma revisão de literatura ocorrida nos últimos sete anos,
onde foram pesquisados 28 artigos, da qual utilizou-se 11, direcionada pelos
unitermos: “ plantas medicinais “, “ fitoterapia “, “ enfermagem “.

RESUMO:
A OMS através de dados, estimou que 80% da população mundial utilizam
plantas medicinais, e em 1978, reconheceu oficialmente e recomendou a
difusão dos medicamentos fitoterápicos. Em 19/03/1997, o COFEN reconheceu
e estabeleceu as Terapias Alternativas, entre elas a fitoterapia, como
especialidade e ou qualificação do enfermeiro. Por meio de portaria, em
03/05/2006, foi aprovada a Política Nacional de Práticas Integradas e
Complementares, no SUS. Conforme diversos autores a divulgação e a
indicação do uso das plantas se dão através de vizinhos, amigos e familiares é
comum surgirem dúvidas no preparo, dosagens e o desconhecimento de
plantas para determinadas patologias. Dados revelam que tem sido implantado
nos serviços públicos de saúde, o uso da fitoterapia, onde os enfermeiros
orientam o uso e demonstram aos usuários a utilização dos mesmos. Nos CS e
PSF do interior de São Paulo como Campinas e municípios vizinhos alguns
fitoterápicos foram preconizados, e estão sendo amplamente utilizados.

CONCLUSÃO:
A não orientação do uso dos fitoterápicos é devido à falta de conhecimento e
esclarecimentos durante a formação acadêmica, e pelo desconhecimento do
respaldo legal do uso das plantas medicinais.Constatou-se a necessidade do
aprofundamento no estudo da fitoterapia e a importância que a mesma
representa na promoção da saúde da comunidade. A atuação dos enfermeiros
possui uma importância social significativa principalmente para a população
mais desprovida de informações e de condições econômicas menos
favorecidas. O ensino da fitoterapia nos cursos de graduação contribui para que
o uso da mesma seja mais utilizado pelos profissionais.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
1- Tomazzoni MI, Negrelle RRB, Centa ML. Fitoterapia popular: a busca
instrumental enquanto prática terapêutica. Texto contexto Enferm, Florianópoles
2006; 15 (1): 115–121. 2- Rezende HA, Cocco MIM. A utilização da fitoterapia
no cotidiano de uma população rural. Rev Enferm USP 2002; 36 (3): 282–8. 3–
Pontes RMF, Monteiro OS, Rodrigues MC. O uso de fitoterapia no cuidado de
crianças. Comun Ciênc Saúde 2006; 17 (2): 129–139
________________________________________________________________
Trabalho de Conclusão Curso para obtenção do título de Bacharel em
Enfermagem pela Faculdade de Enfermagem da Universidade de Santo Amaro
2 Graduanda do 8º semestre da Faculdade de Enfermagem da Universidade de

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

256
UNISA - Universidade de Santo Amaro

Santo Amaro. E-mail paulaemauricio@uol.com.br


3 Orientadora Enfermeira Luciana Netto de Oliveira professora Assistente da
disciplina Enfermagem à criança Hospitalizada e da disciplina de Terapias
Complementares da Universidade de Santo Amaro. Especialista em pediatria e
Puericultura pela Escola Paulista de Medicina, atual UNIFESP.E-mail
lunettoli@globo.com

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

257
UNISA - Universidade de Santo Amaro

ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA PREVENÇÃO DE INFECÇÕES


EM RECÉM-NASCIDOS DE ALTO RISCO
MARIA GEZILENE SILVA DA COSTA(1)

DEBORA CRISTINA SILVA POPOV(2)(Orientadores)


Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
Durante muitos séculos a criança foi tratada com indiferença, um ser sem alma,
um adulto em miniatura. A partir da Revolução Industrial ela passa a ter
importância para a economia e começa a ser vista de forma diferenciada do
adulto. Depois do nascimento, os primeiros meses podem ser considerados
uma continuação direta do estado intra-uterino, daí a importância de determinar
quais os fatores que contribuem para o adoecimento dos recém nascidos (1).
Nos países em desenvolvimento as doenças agudas do trato respiratório inferior
(DRI) constituem importante causa de internação hospitalar de crianças com
idade inferior a cinco anos. Na sua maior parte estas DRI são infecções
brônquicas e alveolares, responsáveis por 90% das mortes por patologia
respiratória. As primeiras, infecções de brônquios e bronquíolos, são
reconhecidas como de etiologia viral, em sua ampla maioria, já a etiologia aceita
para os quadros pneumônicos, os mais frequentes, é bacteriana, sendo, por
vezes, pouco reconhecida a participação dos agentes virais (2).
A pneumonia é infecção comum na Unidade de Terapia Intensiva, podendo ser
de origem comunitária ou nosocomial. Estatísticas internacionais mostram que a
pneumonia nosocomial ocorre em cinco a dez casos, em mil internações
hospitalares e aumenta de seis a vinte vezes em pacientes sob ventilação
mecânica (20% a 25%). É ainda mais frequente em pacientes com síndrome de
angústia respiratória aguda (SARA), ocorrendo em até 70% dos pacientes que
evoluem para o óbito, embora não haja relação direta da mortalidade com a
pneumonia (2).
Durante o percurso profissional, surgiram inquietações a respeito das
complicações não clínicas decorrentes do uso de VM nos recém-nascidos. A
partir de então, surgiu o interesse pela realização do estudo, pois a qualidade
de vida e de saúde dos RN assistidos é uma preocupação constante dos
enfermeiros intensivistas neonatais.

OBJETIVO:
O presente trabalho tem por objetivo identificar os fatores para que o recém
nascido adquira pneumonia e as intervenções de enfermagem.

METODOLOGIA:
Para desenvolvimento deste estudo foi realizada uma revisão bibliográfica,

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

258
UNISA - Universidade de Santo Amaro

buscando-se, inicialmente, caracterizar pneumonia em UTI neonatal, e as


intervenções de Enfermagem na prevenção e tratamento dessas condições,
utilizando os descritores: “Recém nascido”, “pneumonia” e “Enfermagem”.

RESUMO:
As pneumonias são responsáveis por cerca de 4 milhões de óbitos por ano nos
países em desenvolvimento, sendo esta uma infecção comum na Unidade de
Terapia Intensiva. A aspiração pode ser determinante na diminuição de
ocorrências de pneumonias, desde que obedeçam as recomendações básicas
(3).
As infecções respiratórias agudas (IRA) têm despertado uma crescente
preocupação, devido a ampla abrangência de eventos distintos que
comprometem o trato respiratório, além de constituírem uma das principais
causas de morbimortalidade em crianças em todo o mundo, sendo as
pneumonias responsáveis por cerca de 4 milhões de óbitos por ano nos países
em desenvolvimento. Esses dados refletem uma grande pressão sobre o setor
e da saúde e contribuem para a elevação do número de internações
hospitalares nas instituições públicas e privadas, resultando em gastos
onerosos. Acompanha-se, também, de consequências traumáticas para as
crianças que são submetidas à terapêutica medicamentosa, muitas vezes
endovenosa, ao longo das hospitalizações (3).
A possibilidade de melhorar os cuidados aos RNs requer conhecimento da
assistência oferecida a esses recém-nascidos, dos fatores que representam
risco de mortalidade e dos resultados na população atendida, mediante a
determinação do tratamento necessária para tanto. Manter a integridade da
pele do RN prematuro é algo desafiante, pois este possui uma barreira
protetora deficiente, com alto poder de absorção, que facilmente pode ser
lesada e muito agredida pela necessidade de fixar a cânula utilizando adesivos
com alto poder de adesão, que contém diferentes ácidos que podem causar
reação dérmica imediata ou tardia.
As trocas frequentes destas fixações, leciona a pele da região supra labial, que
é o local mais adequado para fixar com segurança o COT. Isto causa
desconforto e sofrimento ao RN, tornando-se, desse modo, imprescindível a
observação do enfermeiro em relação às especificidades da pele do RN,
reavaliando a forma de fixação do COT em sua unidade.
A utilização correta da técnica de aspiração traqueal pode reduzir as
iatrogenias, além de manter o COT sem secreção, assegurando a
permeabilidade das vias aéreas, favorecendo as trocas gasosas e a
manutenção da homeostase do RN.
“As intervenções de enfermagem descrevem um conjunto de atividades
específicas ao serem executados os tratamentos de enfermagem, e são
planejadas em resposta a um diagnóstico de enfermagem pré-estabelecido,

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

259
UNISA - Universidade de Santo Amaro

podendo ser vinculadas à Taxonomia da North American Nursing Diagnosis


Association (NANDA). A Nursing Intervention Classification (NIC) é uma
classificação internacional das intervenções de enfermagem composta por 30
classes, 7 domínios, aproximadamente 500 intervenções compreendidas em
principais, sugeridas e opcionais para cada diagnóstico, classificadas em níveis
de importância e resolução do mesmo, e mais de 12.000 atividades. Estas
atividades são definidas como qualquer ação com base no conhecimento
científico, realizadas para melhorar os resultados da criança. A classificação
das intervenções de enfermagem pode servir de enfoque na elaboração de
guias de conduta em enfermagem, os quais fortalecem a prática do enfermeiro
por meio de estratégias baseadas em evidências científicas” (3).

CONCLUSÃO:
Na UTI Neonatal os bebês com imaturidade pulmonar que apresentam
desconforto respiratório grave, necessitam do uso da ventilação mecânica para
assegurar a sobrevida. A fim de garantir a qualidade dos cuidados prestados,
faz-se necessário que os profissionais sejam capacitados, para minimizar as
complicações decorrentes da terapêutica.
A infecção mais freqüente e que acarreta em vários óbitos em RNs é a
pneumonia por uso de ventilação mecânica, uma vez que a cânula é introduzida
a nível proximal da árvore brônquica, facilitando o acesso a agentes infecciosos.
A atuação de enfermagem está baseada em dois pontos básicos: precauções
preventivas, cuidados com a aspiração.
Quanto às precauções temos que levar em consideração o uso dos materiais
estéreis ou não estéreis para todo e qualquer procedimento evitando que o
paciente e até mesmo a equipe seja exposta a qualquer tipo de possíveis meio
de contaminação, para tanto se têm a importância de lavar as mãos, como é
descrito em vários estudos e pesquisas, além do uso de luvas, máscaras,
aventais, entre outros.
Quanto à aspiração podemos abordar a importância da monitorização do
padrão respiratório, ausculta pulmonar, manobras para higienização das vias
aérea superiores e observação quanto aos materiais envolvidos para o
desenvolvimento da técnica de aspiração e fornecimento de O2.
A assistência ainda é um desafio para a equipe de enfermagem que presta
cuidados ao recém-nascido na UTI Neonatal, pois o cuidado prestado deve
transcender o aspecto meramente técnico.
Acreditamos que esse trabalho contribuirá com a prática dos enfermeiros, e
chama a atenção dos profissionais para essa questão de difícil manejo, mas de
grande impacto na enfermagem neonatal.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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UNISA - Universidade de Santo Amaro

Franco, DB. Fisioterapia em pediatria: cinco anos de atendimento junto ao


Hospital Geral do Grajaú. São Paulo, 2005. Monografia (Bacharelado em
Fisioterapia) – Universidade Santo Amaro.
Miyao, CR; Gilio, AE; Vieira, S; Hein, N; Pahl, MMC; Betta, SL; Durigon, EL;
Stewien, KE; Queiroz, DAO; Botoso, VF; Gomes, MCS; Lopes, CLBC;
Ejzenberg, B; Okay, Y. Infecções virais em crianças internadas por doença
aguda do trato respiratório inferior. São Paulo, Jornal de Pediatria, 75(5): 334-
344, 1999.
Monteiro, FPM; Silva, VM; Lopes, MVO; Araújo, TL. Condutas de enfermagem
para o cuidado à criança com infecção respiratória: validação de um guia. São
Paulo, Acta Paulista de Enfermagem, 20(4): 458-463, 2007.

________________________________________________________________
1-
2-

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

261
UNISA - Universidade de Santo Amaro

Avaliação da atividade antisséptica pelo bioensaio de


macrodiluição em caldo frente Staphylococcus aureus e
Escherichia coli, do sabonete líquido contendo triclosan.
PATRICIA SOARES DE OLIVEIRA(1), ANA PAULA LEITE(2)

ROBSON MIRANDA DA GAMA(3),LUCIANA NEVES CAMARGO(4),REGINA SIQUEIRA


HADDAD CARVALHO(5)(Orientadores)
Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
Atualmente, existe uma grande preocupação com as infecções hospitalares
(IH), ou nosocomiais, definidas como infecções adquiridas em hospitais por
pacientes internados, podendo ocorrer durante (48 – 72h de internação), ou
ainda, em conseqüência de uma hospitalização. Por serem estas as principais
causas de complicações no estado de saúde de pacientes hospitalizados,
elevam a mortalidade entre eles, além do aumento dos custos com estes
pacientes (VILLAS & RUIZ, 2003).
As IH podem ser exógenas (causadas por organismos externos) ou endógenas
(causadas por oportunistas da microbiota). Infecções causadas por patógenos
como Escherichia coli e Staphylococcus aureus estão entre a maioria das
infecções nos hospitais, principalmente nos centro cirúrgico (CC). Esses
patógenos são ubíquos (presentes por toda a parte) e podem sobreviver fora do
corpo humano por longos períodos de tempo.
As doenças hospitalares são um grave problema médico-social, e a sua
prevenção e controle representam um desafio para a Comissão de Controle de
Infecção Hospitalar (CCIH), existente em todos os hospitais nacionais de acordo
com a Portaria n° 196 de 24 de junho de 1983, pelo Ministério da Saúde, que
tem como objetivo vigiar, controlar e prevenir as IH.
A lavagem das mãos, o uso de luvas, a cuidadosa atenção para a manutenção
das condições de higiene, onde possível a vigilância no uso de antibióticos e
outros procedimentos hospitalares ajudam a reduzir as infecções.
Umas das medidas de baixo custo, eficaz e fácil aplicação seria a utilização de
antissépticos na lavagem das mãos pelos profissionais da saúde.
Produtos antissépticos são extensamente usados em hospitais, sendo um dos
representantes desta classe o triclosan comumente encontrado na forma de
solução tópica ou sabonete líquido (GIARETTA, et al. 2007).

OBJETIVO:
Avaliar a atividade antisséptica do sabonete líquido contendo triclosan a 0,5%,
desenvolvido e produzido no LESIFAR da UNISA, pelo bioensaio de

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

262
UNISA - Universidade de Santo Amaro

macrodiluição em caldo.

METODOLOGIA:
O método de macrodiluição em caldo foi realizado de acordo Sutter et al. (1979,
modificado), para se fazer o teste de ação antibacteriana. Em 9 tubos com 5mL
de caldo triptona soja – TSB, foram depositados as concentrações exponenciais
do sabonete líquido contendo triclosan (20µg.mL-1 a 5120µg.mL-1) e 100µL do
inóculo padronizado 108 UFC/mL de S.aureus ATCC 6538. O mesmo
procedimento foi realizado para a E. coli ATCC 8739. Para ambos os ensaios
foram preparados controles positivos e negativos. Os testes foram realizados
em duplicatas e mantidos em estufa por 24 horas, a 37°C. Após este tempo
determinou-se à concentração inibitória mínima (CIM).

RESUMO:
Os resultados demonstram que a partir da menor concentração de triclosan no
sabonete líquido (20µg.mL-1) houve inibição do crescimento tanto de S. aureus
e E. coli. Reforçando assim a efetividade do triclosan frente a microrganismos
gram-positivos e gram-negativos.

CONCLUSÃO:
Através do ensaio bioanalítico realizado neste estudo, pode-se observar que o
sabonete líquido contendo triclosan a 0,5% desenvolvido no LESIFAR inibiu em
100% o crescimento dos microrganismos testados, comprovando sua eficácia
antisséptica. Este produto pode ser empregado em uso hospitalar.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
VILLAS BOAS, P.J.F.; RUIZ, T. Ocorrência de infecção hospitalar em idosos
internados em hospital universitário. Rev. Saúde Pública, São Paulo, v. 13, p.
64-66, 2003.
GIARETTA, J. et al. Comparação da atividade antimicrobiana dos sabonetes
contendo digluconato de clorexidine, triclosan e óleo essencial de Achillea
milefollium L (Asteracea). Arq. Ciênc. Saúde Unipar, Umuarama, v. 11, n. 1, p.
27-32, jan/abr. 2007.
SUTTER, V.L. et al. Collaborative evaluation of proposed reference diluition
method of suceptibility testing of anaerobic bactéria. Antimicrobial Agents &
Chemothemotherapy, v.16, p. 495-502, 1979.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

263
UNISA - Universidade de Santo Amaro

________________________________________________________________
1.Discente da Faculdade de Farmácia da UNISA e Estagiária do LESIFAR
2.Bióloga Responsável pelo Laboratório de Microbiologia da UNISA
3.Farmacêutico Responsável pelo LESIFAR – Laboratório Escola Semi
Industrial de Farmácia da UNISA.
4.Docente da Faculdade de Farmácia da UNISA
5.Docente, Química Responsável pelo Laboratório Analítico da Faculdade de
Farmácia da UNISA.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

264
UNISA - Universidade de Santo Amaro

AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE DO MEL UTILIZADO NO


TRATAMENTO DA SÍNDROME DE FOURNIER EM INIBIR O
CRESCIMENTO DE Candida albicans PELO MÉTODO DE
DIFUSÃO EM ÁGAR
MARIA JOSE GONÇALVES BARBOSA(1), MARIA DE FATIMA TEMÓTEO
FERNANDES(2)

REGINA SIQUEIRA HADDAD CARVALHO(3),ROBSON MIRANDA DA GAMA(4),LUCIANA


NEVES CAMARGO(5)(Orientadores)
Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
Síndrome de Fournier é um processo necrosante agressivo, decorrente de
sinergismo polimicrobiano que acomete principalmente as regiões perianal,
genital, glútea, bolsa escrotal e abdominal. É uma importante causa de morte,
sendo de fundamental importância o reconhecimento precoce e a intervenção
médica cirúrgica, acompanhados de terapia antibiótica de amplo espectro e
medidas de suporte adequadas. Como tratamento tópico alternativo o mel vem
sendo utilizado trazendo excelentes resultados, devido a sua atividade
antimicrobiana e sua potente ação cicatrizante 1.
Em estudos laboratoriais in vitro utilizando mel, foi comprovada a ação inibitória
do crescimento de microrganismos que podem estar presentes em feridas
infectadas, como Streptococcus, Staphylococcus aureus, Escherichia coli, entre
diversos outros 2, mas com relação à Candida albicans os resultados diferem,
pois estudos de diferentes méis relatam que há casos em que o mel tem ação
inibitória ao crescimento desse microrganismo e em outros o mel não apresenta
a mesma eficácia.
A avaliação da ação do mel na inibição de crescimento de microrganismos é de
grande importância, já que o mel tem sido utilizado no tratamento da Síndrome
de Fournier em hospitais e saber em quais microrganismos ele tem atuação
pode ajudar na escolha do tratamento alternativo mais eficaz para cada caso.

OBJETIVO:
Avaliar a capacidade do mel em inibir o crescimento de Candida albicans (C.
albicans), que pode estar presente na Síndrome de Fournier, comparando as
concentrações do mel com nistatina padrão, utilizando o método de
doseamento por difusão em ágar.

METODOLOGIA:
O ensaio de potência de antibióticos, através do método de difusão em ágar

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

265
UNISA - Universidade de Santo Amaro

(técnica do disco de papel) foi utilizado e analisou-se a potência do padrão


nistatina em diferentes concentrações (10UI, 15UI, 20UI, 25UI e 30UI) frente a
levedura Saccharomyces cerevisiae (microrganismo padrão)3, e os resultados
comparados à ação do mel com concentrações de 10%, 20%, 30%, 40%, 50%,
60%, 70%, 80%, 90% e 100% contra os microrganismos C. albicans e
Saccharomyces cerevisiae (S. cerevisiae).

RESUMO:
Os resultados da potência de nistatina frente a S. cerevisiae foram obtidos
através da medida dos halos de inibição formados. Na concentração de 10UI de
nistatina o tamanho do halo de inibição foi de 7mm, e sucessivamente 8mm,
9mm, 10mm e 11mm, mostrando que quanto maior a concentração de nistatina,
maior o halo de inibição formado.
Com os resultados obtidos foi preparada uma curva padrão que mostra a
linearidade do ensaio, pois o coeficiente de correlação obtido foi r = 0,9952.
Esta curva será utilizada para calcular em qual concentração do mel se inicia a
atividade antimicrobiana.
Nos ensaios microbiológicos utilizando mel frente a C. albicans e S. cerevisiae,
não houve o desenvolvimento do halo de inibição em nenhuma das
concentrações utilizadas, ocorrendo o crescimento do microrganismo por toda a
superfície do ágar.
Os resultados da ação do mel frente a C. albicans foram comparados ao estudo
em que foram avaliados seis diferentes méis e nenhum tipo desenvolveu
atividade antimicrobiana contra C. albicans2. Entretanto, outros pesquisadores
avaliaram essa propriedade do mel, demonstrando por meio de testes
laboratoriais, que alguns tipos de méis possuiu ação inibitória do crescimento
desse mesmo microrganismo.
A composição do mel pode variar de acordo com o tipo de planta de onde foi
recolhido, com o clima, com as condições do meio ambiente e com o
processamento ao qual foi submetido. Com isso, esses fatores podem justificar
o motivo da obtenção desses diferentes resultados.

CONCLUSÃO:
O mel utilizado no experimento não apresentou capacidade de inibir o
crescimento da C. albicans em nenhuma das concentrações utilizadas.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
1. HEJASE, M. J. et al. Genital Fournier’s Gangrene: Experience with 38
patients. Ult. Urology, México, v. 47, n. 5, p. 734-739, 1996.

2. LUSBY, P.E.; COOMBES, A.L.; WILKINSON, J.M. Bactericidal Activity of

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

266
UNISA - Universidade de Santo Amaro

Different Honey against Pathogenic Bacteria. Archives of Medical Research.


Australia, v. 36, p. 464-467, march. 2005.

3. UNITED States Pharmacopeia – U. S. P. 30, 2007. v. 1.

________________________________________________________________
1,2 Discente da Faculdade de Farmácia – UNISA.
4 Farmacêutico Responsável – LESIFAR
3,5 Docente da Faculdade de Farmácia e Orientadora - UNISA.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

267
UNISA - Universidade de Santo Amaro

AVALIAÇÃO DA CONSULTA DE ENFERMAGEM DO IDOSO NA


ATENÇÃO BÁSICA DE SAÚDE
CLEIA RAMOS DE SOUZA(1)

HOGLA CARDOZO MURAI(2)(Orientadores)


Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
O envelhecimento é considerado um fenômeno natural transformando pessoas
adultas, saudáveis em pessoas vulneráveis, dependentes, muitas vezes
acometidos de doenças crônicas (YAMADA, DELLAROZA, 2006). O cuidado do
idoso deve basear-se, especialmente, na atenção básica de saúde, em especial
daquelas sob a estratégia saúde da família, devendo representar para o idoso,
o vínculo com o sistema de saúde (BRASIL, 2006). Com a criação do Programa
de Saúde da Família, foram estabelecidos protocolos que norteiam a
intervenção de enfermagem nos diferentes ciclos de vida. Propondo um modelo
de consulta de enfermagem que contempla a abordagem multidimensional do
idoso que servirá de referência para a avaliação da assistência de enfermagem.

OBJETIVO:
Elaborar e testar um roteiro de avaliação das consultas de enfermagem ao
idoso em uma unidade do Programa de Saúde da Família do município de São
Paulo.

METODOLOGIA:
Estudo exploratório descritivo, realizado em uma Unidade Básica de Saúde com
a Estratégia Saúde da Família, localizada na cidade de São Paulo. Para compor
a população de estudo foi sorteada uma amostra sistemática de 5% dos 1144
prontuários de pessoas com 60 anos ou mais cadastradas nesse serviço de
saúde. O instrumento de coleta dos dados foi elaborado com base no Protocolo
de Assistência de Enfermagem ao Idoso, do Programa de Saúde da Família do
município de São Paulo, abrangendo os aspectos da entrevista, exame físico,
diagnóstico e prescrição de cuidados que constituiram as variáveis de estudo. A
coleta de dados foi realizada em setembro de 2008, após aprovação pelo
Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade de Santo Amaro, em
conformidade com a Resolução 196/96 do Ministério da Saúde.

RESUMO:
A aplicação do roteiro de avaliação dos registros das consultas de enfermagem
ao idoso buscou apreender aspectos da assistência de enfermagem ao idoso e
do papel desempenhado pelos enfermeiros. A verificação dos registros foi
realizada separamente para a primeira consulta e para as consultas de

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

268
UNISA - Universidade de Santo Amaro

seguimento. Primeira consulta: O protocolo prevê 16 itens a serem levantados


na entrevista. Dos 57 prontuários, em 54(94,73%) constava o nome,
14(24,65%) o sexo e a data de nascimento em 20 (35%). Os antecedentes
familiares constavam em três (5,2%). Quanto à história atual e pregressa:
queixa principal em 29 (50,8%), doenças presentes em 26 (45,6%). A situação
vacinal contra influenza foi apontada em 3 (5,2%) prontuários. Foram
observados registros relativos aos medicamentos prescritos em 29 (50,8%), 2
(3,5%) sobre o uso de medicação por conta própria e em 7(12,2%) sobre a
dificuldade para o uso da medicação. Não havia avaliação da capacidade do
idoso para o autocuidado. Os sinais vitais foram anotados em 29 (50,8%) das
consultas. Havia 1 registro (1,75%) da freqüência cardíaca, 1 do ritmo, sem
menção de arritmia e sopros. Na ausculta pulmonar, havia registro da
freqüência respiratória em 8 (14%), ritmo em 2 (3,5%), expansividade em
1(1,75%), sons respiratórios em 4 (7%). Em relação ao aparelho geniturinário
foi registrado dor em 3 (5,2%), urgência miccional em 1 (1,75%), não constavam
dados sobre disúria, lesão ou secreção. No aparelho músculo esquelético havia
1 (1,75%) registro relacionado à artralgia, não havendo dados sobre postura,
força muscular, claudicação. O exame neurológico, de extrema importância,
pois as principais causas de incapacidade nesta idade se dão pelos distúrbios
neurológicos, se resumiram a 1 (1,75%) registro sobre o nível de consciência;
nenhum sobre função motora, resposta pupilar, reflexos, coordenação, postura
e marcha. A interpretação dos dados da entrevista conduz ao diagnóstico de
enfermagem, exigindo conhecimento científico e um criterioso levantamento dos
problemas. Não foram encontrados diagnósticos de enfermagem. Embora as
prescrições de enfermagem devam estar relacionadas aos diagnósticos, foram
verificados registros de prescrição de enfermagem em 21 (36,8%) prontuários.
As prescrições de medicamentos e solicitação de exames baseados em
protocolos apareceram em 15 (26,3%). A consulta de enfermagem subseqüente
deve ser direcionada aos aspectos relevantes. O exame físico geral e específico
deve ser feito, avaliando cuidados prescritos e resultados obtidos. A entrevista
foi direcionada em 8 (14%), exame físico em 2 (3,5%), e a avaliação dos
cuidados prescritos em 2 (3,5%) prontuários.

CONCLUSÃO:
A realização desse estudo permitiu confirmar que apesar de existir um protocolo
para nortear as ações de enfermagem em relação à saúde do idoso, este não é
utilizado para este fim. Evidenciou-se a baixa valorização da consulta ao idoso
pelo enfermeiro pela restrição do conteúdo registrado. A avaliação não holística,
baseada em queixas, sintomas ou desvinculada de qualquer outro dado que a
justificasse foi freqüente e não se verificou o registro de diagnósticos de
enfermagem. O roteiro elaborado e aplicado se mostrou um instrumento valioso
para a avaliação dos registros, permitindo uma visão geral da qualidade dos

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

269
UNISA - Universidade de Santo Amaro

mesmos e a inferência sobre a qualidade da consulta realizada.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Atenção à Saúde.
Departamento de Atenção Básica. Envelhecimento e saúde da pessoa idosa /
Ministério da Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2006.
YAMADA, K.N. DELLAROZA M.S.G. SIQUEIRA J.E. Aspectos éticos envolvidos
na assistência a idosos dependentes e seus cuidadores. O mundo da saúde
São Paulo: 30 (4): 667-672, out-dez 2006.

________________________________________________________________
1. Graduanda do 8ª semestre da Faculdade de Enfermagem da Universidade
de Santo Amaro – UNISA.
2. Doutora em Saúde Pública, Professora da Faculdade de Enfermagem da
UNISA, orientadora.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

270
UNISA - Universidade de Santo Amaro

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DAS PLANTAS


MEDICINAIS: PASSIFLORA E GINGKO BILOBA
LILIANE DE SOUZA ALVES GONCALVES(1)

ROBSON MIRANDA DA GAMA(2),LUCIANA NEVES CAMARGO(3),REGINA SIQUEIRA


HADDAD CARVALHO(4)(Orientadores)
Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
O Brasil é o País de maior biodiversidade do planeta e detém um valioso
conhecimento associado ao uso de plantas medicinais e acredita-se que este
uso, tenha começado com a chegada dos primeiros habitantes, a cerca de 12
mil anos. Em todas as épocas e culturas, o homem aprendeu a tirar proveito
dos recursos naturais e com isso as plantas começaram a ser utilizadas como
medicamentos que visam a prevenção, o tratamento e a cura das doenças que
o acomete, considerando o aumento no seu uso, surge a preocupação em
relação a sua qualidade, de forma a proteger o consumidor. No que se refere a
qualidade microbiológica, algumas pesquisas mostraram que os fitoterápicos
podem apresentar um elevado grau de contaminação e esta incidência de
contaminantes, faz com que os produtos não se encontrem dentro dos padrões
de qualidade exigidos pela legislação vigente. Pode-se encontrar assim,
contaminações por agentes diversos, oriundos de coletas e/ou armazenamento
em locais inadequados. Geralmente, a venda das plantas medicinais nos
grandes centros urbanos pelos ambulantes, é repleta de irregularidades: Os
produtos são vendidos sem regulamentação em locais abertos, como quintais
residenciais, feiras livres, ruas, pequenas ervanárias e mercados populares,
locais onde há uma grande circulação de pessoas, automóveis, presença de
umidade e de microorganismos, além de estarem submetidos ao calor, poluição
e a umidade do ar (Zaroni et al, 2004).

OBJETIVO:
Avaliar a contaminação microbiológica das plantas Passiflora e Gingko Biloba
obtidas em diferentes regiões.

METODOLOGIA:
Quatro amostras de Passiflora (de três regiões diferentes) e quatro amostras de
Gingko Biloba foram analisadas com relação à presença de microrganismos,
através do método de contagem de aeróbios totais e fungos e pesquisa da
presença de patógenos, de acordo com metodologia descrita na Farmacopéia
Brasileira, 1988.

RESUMO:

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

271
UNISA - Universidade de Santo Amaro

Em relação ao gênero Passiflora houve contaminação entre 104 a 106


UFC.g&#61485;1 de aeróbios totais e de 103 a 106 UFC.g&#61485;1 de
fungos, com presença de Staphylococcus aureus (S.aureus) em todas as
amostras, presença de Escherichia coli (E.coli) e Salmonella sp em três delas.
No gênero Gingko Biloba a contagem obtida foi de 104 a 105 UFC.g&#61485;1
de aeróbios totais e de 104UFC.g&#61485;1 para fungos, com presença de
S.aureus em uma amostra, ausência de E.coli em todas e presença de
Salmonella sp em duas dessas.

A especificação da Organização Mundial de Saúde permite a presença de


aeróbios totais em até 5 x 107 UFC.g&#61485;1 para materiais vegetais
utilizados na forma de chás e infusões e de, no máximo, 5 x 105
UFC.g&#61485;1 para uso interno, o que demonstra que para o gênero
Passiflora todas as amostras podem ser utilizadas na forma de chá ou infusão e
somente 50% pode ser utilizado para uso interno, o mesmo acontece para as
amostras de Gingko Biloba. Para fungos os limites são 5 x 104
UFC.g&#61485;1 para materiais vegetais utilizados na forma de chás e infusões
e de, no máximo, 5 x 103 UFC.g&#61485;1 para uso interno. Nas amostras de
Passiflora os resultados demonstram que 25% delas podem ser consumidas
tanto para chá como para uso interno e nas de Gingko Biloba 75% podem ser
administradas na forma de chá e/ou infusão e nenhuma para uso interno.
Segundo dados Farmacopéicos, o limite máximo é de 103UFC.g&#61485;1
para microorganismos aeróbios totais e de no máximo, 102 UFC.g&#61485;1
para fungos (FARMACOPEIA BRASILEIRA, 1988). Dentre as amostras
analisadas, nenhuma atende as especificações descritas. Com relação a
presença de patógenos todas as amostras apresentaram presença de pelo
menos um desses contaminantes sendo que tanto a Organização Mundial da
Saúde como a Farmacopéia Brasileira preconizam a ausência dos mesmos.

CONCLUSÃO:
A qualidade microbiológica está relacionada a uma série de fatores entre os
quais, pode-se citar: o meio onde foram cultivados, os métodos empregados
para o plantio, a colheita, o processamento pós-colheita, o transporte, a forma
como são embalados e o seu armazenamento, isto porque, durante estes
processos, não existe nenhum controle sanitário (VIEIRA et al., 2007). As
amostras apresentaram alto nível de contaminação e por isso são consideradas
impróprias para o consumo.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
• VIEIRA; I.F.R. et al Identificação de plantas medicinais irradiadas através da

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

272
UNISA - Universidade de Santo Amaro

ressonância paramagnética eletrônica; Braz. J. Food Technol., v. 10, n. 1,


Campinas; jan./mar. 2007, pp.63-69

• Zaroni; M. et al. Qualidade Microbiológica das plantas medicinais produzidas


no estado do Paraná. Rev. Brasileira de Farmacognosia, v.14, n.1, pg29-39,
2004

• Farmacopéia Brasileira, 4ed. São Paulo: Atheneu. São Paulo, 1988.

________________________________________________________________
1 Discente da Faculdade de Farmácia – UNISA.
2 Farmacêutico Responsável – LESIFAR &#61485; Unisa
3 Docente da Faculdade de Farmácia e Orientadora - UNISA.
4 Docente da Faculdade de Farmácia - UNISA.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

273
UNISA - Universidade de Santo Amaro

Avaliação do Comportamento Autonômico de Crianças Obesas


no Exercício Crescente
BRUNA RITA BARBOSA PARREIRA(1), PALOMA CEREZER DE MELLO(2), NATALIA
RODRIGUES DA COSTA(3), CARLA MARIA FRACCAROLLI(4), ALEXANDRA CORREA
ARAUJO OCANHA(5), FLÁVIO TOMAZELLI FAIM(6), JOSÉ MARIO COUTO DE
SOUZA(7), NADIELLE SANTOS COSTA(8), DANIELA MESTER(9)

WLADIMIR MUSETTI MEDEIROS(10)(Orientadores)


Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
A obesidade é uma questão de saúde pública e um fator de risco para diversas
patologias cardiovasculares e metabólicas, tais como HAS, ICC, IAM, AVC e
diabetes. Além disso, sua condição pode causar transtornos de humor e auto-
estima. O exercício no indivíduo obeso tem como objetivo aumentar o
metabolismo basal, com seu maior gasto calórico a assim aumentar o
percentual de massa magra, coadjuvante a uma dieta pobre em carboidratos e
lipídeos. Sabe-se que alguns dos benefícios do exercício no indivíduo obeso
são a redução da circunferência da cintura, o menor risco de adquirir doenças
cardiovasculares, uma vez que durante o exercício utilizam-se as reservas
metabólicas através da glicogenólise, podendo levar ao maior consumo de
oxigênio e consequentemente levando a uma maior tolerância ao exercício,
além de reduzir o risco e a própria hipertensão.

OBJETIVO:
Observar o comportamento da variabilidade freqüência cardíaca- através do
comportamento autonômico- durante o teste ergométrico em crianças obesas

METODOLOGIA:
Comitê de Ética: CEP Unisa Nº 068/08, aprovação Nº 038/2008, 10 crianças
(média:9,6). Foi realizada anamnese, mediu-se peso, altura e Índice de Massa
Corpórea (IMC). Antes, durante e após o teste ergométrico aferiu-se a pressão
arterial, freqüência cardíaca e respiratória. Analisou-se os dados num ECG de
12 derivações,. Dados da VFC descritos em Polar System® com
umTransmissor Eletromagnético T61™ e Unidade de Captação Polar S 810®,
através do Programa Polar Precision Performance. Dados estatísticos foram
representados por médias, medianas e desvio padrão; analisados pelo SPSS
11.5 for Windows; normalidade pelo Teste de Kolmogorov-Smirnov. Quando os
dados comparados eram normatizados: ANOVA, seguido de Post-Hoc de
Sheffe. Quando não normatizados: teste de Mann- Witney. Diferenças
consideradas significativas: p 0,05.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

274
UNISA - Universidade de Santo Amaro

RESUMO:
Caracterização da amostra de 10 indivíduos encontrou (média± desvio padrão):
Idade (9,6 ± 2,7),Peso (60,0 ± 16,4) ,Altura (1,5 ± 0,2), IMC(26,9 ± 2,5) PAS rep
(121,5± 10,0), PAD rep (75,5 ± 9,0), PAM rep (90,8 ± 7,7), PAS max (152,0 ±
14,0), PAD max (77,0 ± 16,4), PAM max (102,0 ± 10,2), FC rep (85,8 ± 9,7), FC
predita(210,4± 2,7), VO2 corrigido (33,2 ± 5,7), Duplo Produto (29176,0 ± 3449).
Nas variáveis responsáveis pela VFC. Que são LFpré, que representa a fase de
repouso e estuda o comportamento simpático com influência parassimpática,
encontrou-se (2035,2±1725,5) e com LFte, que representa a fase de exercício,
encontrou-se (67,4±87,9), havendo uma correlação de p=0,002 sendo
significativo entre as duas fases, sugerindo um predomínio simpático em
relação ao parassimpático esperado entre ambas as fases. HFpré
(1919,6±2584,6),que estuda comportamento parassimpático no repouso e HFte
(71,3±87,7)que verifica o mesmo comportamento, porém no exercício
encontrou-se p=0,025, sugerindo que há ainda a presença da atividade
parassimpática na situação. A razão LF/HFpré avalia comportamento simpático,
mostrou na fase pré (223,2±207,0) e na fase LF/HFte (82,8±48,6), com p=0,015
demonstrando significância, quando analisa-se novamente a correlação entre
as duas fases sugerindo que há um predomínio simpático durante o exercício- o
que é esperado.

CONCLUSÃO:
Nosso trabalho conclui que crianças obesas ainda apresentam atividade
parassimpática na fase de repouso para a fase de exercício. Entretanto, alguns
estudos encontraram que, crianças obesas quando comparadas com crianças
magras,apresentaram menor atividade parassimpática. Mais ainda visto com
outros estudos, sugere-se que o comportamento autonômico na obesidade
infantil pode se modificar na transição da obesidade adulta, causando uma
disfunção simpática. Contudo, sugere-se mais estudos com a amostra em
diferentes situações.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
1. WILMORE, J.H.; COSTILL, D.L. Fisiologia do Esporte e do Exercício. 2.ed.
Barueri: Manole, 2001. 709p

2. RABBIA, F.; SILKE, B.; CONTERNO,A.; GROSSO,T.; DE VITO,B.;


RABBONE, I.; CHIANDUSSI, L.; VEGLIO, F. Assessment of Cardiac Autonomic
Modulation During Adolescent Obesity. Obesity Reasearch, v.11, n.4, p. 541-
548, abr. 2003

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

275
UNISA - Universidade de Santo Amaro

3. RIVA P.; MARTINI G.; RABBIA F.; MILAN A.; PAGLIERI C.; CHIANDUSSI L.;
VEGLIO F. Obesity and autonomic function in adolescence. Clinical and
Experimental Hypertension. v.1/2 , n.23, p.57-67. jan/feb., 2001.
________________________________________________________________
Grupo de estudo em reabilitação e fisiologia do exercício - GERFE - Fisioterapia

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

276
UNISA - Universidade de Santo Amaro

Avanços na monitorização neurológica em ambientes


intensivos: implicações para a enfermagem
TALÍTA FERREIRA DOURADO LAURINDO DE ALCÂNTARA(1)

ISAAC ROSA MARQUES(2)(Orientadores)


Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
A monitorização neurológica é uma avaliação e acompanhamento de dados
fornecidos por aparelhagem técnica das alterações do sistema nervoso.
O objetivo da monitorização neurológica é a prevenção ou o diagnóstico
precoce dos eventos que podem desencadear lesões cerebrais secundárias ou
agravar as lesões existentes.
A regulação neurológica é considerada como uma necessidade humana básica.
Diante do exposto, este trabalho teve como objetivo realizar uma pesquisa
bibliográfica para obter uma atualização sobre os diferentes métodos de
monitorização neurológica em ambientes intensivos e estabelecer relações com
o trabalho do enfermeiro.

OBJETIVO:
Fazer uma atualização sobre os diferentes métodos de monitorização
neurológica em ambientes intensivos e estabelecer relações com o trabalho do
enfermeiro.

METODOLOGIA:
Trata-se de um estudo bibliográfico, que por definição consiste em
levantamento de toda pesquisa bibliográfica já publicada, em forma de livros,
revistas, publicações avulsa e impressa.
A população desse estudo foi constituída de materiais indexados nas bases de
dados bibliográficos LILACS e SciELO, utilizando-se a seguinte expressão de
pesquisa: “monitorização”, “neurologia”, ”manifestações”, “unidade de terapia
intensiva” e “assistência de enfermagem”. O critério de inclusão para compor a
amostra dos materiais foi o seguinte: recorte temporal de 1997 a 2007, sem
restrição idiomática.

RESUMO:
As Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) são unidades complexas, destinadas
ao atendimento de pacientes graves ou potencialmente graves, que demandam
espaço físico específico, recursos humanos especializados e instrumentais
tecnológicos avançados(1).
O tratamento a esses pacientes é proporcionado por uma equipe assistencial
especializada, uma equipe multiprofissional, em um ambiente onde recursos

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

277
UNISA - Universidade de Santo Amaro

tecnológicos e procedimentos sofisticados podem propiciar condições para


reversão dos distúrbios que colocam em risco a vida do paciente(1).
Na assistência de enfermagem aos pacientes com patologias neurológicas,
destacando a avaliação do nível de consciência e salientando que a habilidade
em executar este exame e interpretar os dados obtidos significa muitas vezes a
sobrevivência de um indivíduo.
Os métodos de monitorização neurológica podem ser divididos em dois grupos,
não-invasivos e invasivos.
A monitorização neurológica começa pela Escala de Coma de Glasgow que é
uma escala consagrada mundialmente e amplamente utilizada nas detecção
das alterações neurológicas(2).
O Doppler Transcraniano geralmente é utilizado em UTI para detecção e
acompanhamento do vasoespasmo, avaliação da hipertensão intracraniana e
confirmação de morte encefálica.
A monitorização eletroencefalográfica, em UTI, vem sendo amplamente
utilizada nos últimos anos e visa estender o poder de observação de
anormalidades reversíveis e tratáveis de pacientes em estado grave.
A Hipertermia ( 38º C) piora o prognóstico de lesões neurológicas graves. Nos
casos tratados sem hipotermia, a temperatura cerebral dever ser mantida em
36,5 a 37,5º C, com hipotermia entre 32 e 34ºC.
O método invasivo é a monitorização da Pressão Intracraniana (PIC) por meio
da inserção de um catéter ou por entre o parênquima cerebral ou intra-
ventrículos. A media da PIC é uma variável importante, mas não pode ser
interpretada isoladamente. A interpretação das alterações da PIC deve ser
realizada junto com o cálculo da Pressão de Perfusão Cerebral (PPC), a qual é
obtida pela subtração da Pressão Arteral Média menos a PIC. A PPC deve ser
superior a 40 mmHg.
Como pré requisito para monitorização da PIC, o enfermeiro deve conhecer os
princípios da monitorização asséptica, neuroanatomia e neurofisiologia, bem
como a fisiopatologia da hipertensão intracraniana.
O enfermeiro tem um papel importante no planejamento da assistência,
devendo dar continuidade ao cuidado através de uma avaliação diária e
sistematizada, efetuando intervenções precisas durante o atendimento(3).

CONCLUSÃO:
Os cuidados com pacientes neurológicos a cada dia são mais explorados e
exigem um grande conhecimento por parte dos profissionais que cuidam deles.
O avanço tecnológico continua a todo vapor, destacando novas técnicas para
cuidados com esses pacientes e aprimorando as que já eram utilizadas. Esses
recursos tecnológicos ajudam a reverter distúrbios que colocam em risco a vida
do paciente.
Monitorizar pacientes com alterações neurológicas é um grande desafio para

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

278
UNISA - Universidade de Santo Amaro

toda a equipe, mas é através dela que se obtêm dados confiáveis e necessários
para as intervenções.
O enfermeiro deve conhecer as técnicas empregadas na monitorização
neurológica, assim como a operação dos equipamentos nela empregados. Deve
reconhecer e interpretar as principais alterações produzidas por esta
monitorização e saber como atuar frente às mesmas.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
1.CAPONE NETO, A.; SILVA, E. Monitorização neurológica intensiva. In:
KNOBEL, E. Terapia intensiva: neurologia. São Paulo: Atheneu, 2003. p.39-57.
2.KOIZUMI, M.S.; ARAÚJO, G.L. Escala de Coma de Glasgow - subestimação
em pacientes com respostas verbais impedidas. Acta Paul Enferm, São Paulo,
v. 18, n.2, p. 136-42, Abr./Jun., 2005.
3.PEREIRA JR, G.A.; COLETTO, F.A.; MARTINS, M.A.; MARSON, F.;
PAGNANO R.C.L.; DALRI, M.C.B.; ET AL. O papel da unidade de terapia
intensiva no manejo do trauma. Medicina, Ribeirão Preto, v. 32, p. 419-37,
out./dez., 1999.
________________________________________________________________
1 Aluna do Curso de Graduação em Enfermagem da Faculdade de
Enfermagem da Universidade de Santo Amaro, São Paulo, SP.
Correspondência: Rua Daniel Klein, 18. Parque Figueira Grande. CEP 04915-
170. São Paulo, SP.
2 Mestre em Enfermagem. Professor-Adjunto da Faculdade de Enfermagem da
Universidade de Santo Amaro, São Paulo. SP.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

279
UNISA - Universidade de Santo Amaro

Características do líder idealizado pelo enfermeiro


VIVIANE ARAUJO PASSOS(1)

ISABEL CRISTINA KOWAL OLM CUNHA(2)(Orientadores)


Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
Mesmo com toda a transformação social que vivenciamos, a tecnologia ainda
não substituiu a necessidade de orientar pessoas para alcançarem objetivos e
metas. O capital humano continua sendo o mais valioso de uma empresa (1).
Compreende-se que a liderança é um recurso importante no processo de cuidar
do ser humano e na gestão de pessoas. Portanto, precisa ser bem desenvolvida
na Enfermagem e para isso, o conhecimento sobre liderança é um requisito
imprescindível. Assim, destacou-se que em qualquer área da profissão, o
enfermeiro deve ser um líder eficiente, mas quais características o enfermeiro
julga realmente necessárias para que se possa ser um bom líder? Sob a ótica
dos enfermeiros de um hospital de ensino, será possível identificar e descrever
a opinião destes quanto à essas principais características.

OBJETIVO:
Identificar as características de um líder eficiente na opinião de enfermeiros da
área hospitalar.

METODOLOGIA:
Tratou-se de estudo exploratório, de abordagem quantitativa, realizado com
enfermeiros de um hospital geral do município de São Paulo. Após aprovação
pelo Comitê de Ética em Pesquisa tanto da Universidade quanto do Hospital.
Os dados foram coletados através de um questionário. Este continha dados de
identificação e uma questão onde era necessário enumerar por ordem de
prioridade as características imprescindíveis em um líder eficiente na opinião
destes enfermeiros. Estes foram tabulados em índices percentuais simples.

RESUMO:
Dos 30 enfermeiros respondentes, a maior parte eram mulheres, com idade de
21 á 30 anos, formadas há 3 anos, 73% tem pós-graduação concluída. Com
cargo atual de enfermeira ou gerencia.
A análise dos dados evidenciaram que conhecimento (12=40%) é a principal
característica do líder apontado pelos enfermeiros pesquisados, seguido de
comunicação (7=23%), iniciativa (5=16%), ética (4=13%) seguido de segurança,
e determinação (1 citação=3%), que serão comentados.
Conhecimento: A preocupação central dos lideres do século XXI é a
produtividade do conhecimento, ou seja, como transformar informação e

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

280
UNISA - Universidade de Santo Amaro

conhecimento em valor (2-265). Com mais conhecimento adquirido pelos


profissionais de enfermagem, a expectativa é de que realizem ações diferentes,
mais qualificadas e pautadas na competência, já que os trabalhadores
fundamentados no conhecimento modificam a índole no trabalho e são
apreciados pelos resultados que obtém (3).
Comunicação: Constitui-se num elemento de suma importância no processo de
liderar do enfermeiro. A maneira como se dá a transmissão de mensagens
interferirá no resultado desejado (1). Sob esse aspecto, a comunicação está no
núcleo da liderança uma vez que esta é um relacionamento interpessoal no
qual os lideres influenciam pessoas via processo comunicativo.
Ética: O enfermeiro traz em sua essência o contato com o outro, seja no
exercício da arte do cuidar, como também gerenciando equipes, e esta ação
gerencial deve ser fundamentada pelos valores da profissão, pelo código de
ética e lei do exercício profissional, orientando novas condutas, buscando
participação de seus pares na construção de planos e projetos, enfim serve
para inspiração para que haja seguidores dispostos a trilhar seus caminhos (1).
Iniciativa: pode ser percebida quando o individuo deixar de querer fazer algo e
realmente se arrisca a fazê-lo, colocando em prática uma meta, uma idéia.
Desta forma o líder deve pensar em forma de resultado. E está relacionada ao
enfrentamento pessoal de determinadas situações impostas pelo meio.
Segurança: O fato de a segurança ter sido citado entre as principais
características reforça a importância e a necessidade de possuir
conhecimentos, ter boa argumentação, apresentar firmeza nas decisões e
manter claras convicções, para o sucesso da liderança.
Determinação: A determinação se torna essencial no ponto de vista de que o
líder deve definir as direções a seguir, portanto ele deve ter metas e para isto
deve ter sempre o foco no resultado para alcançá-lo, neste contexto a
determinação torna-se imprescindível.

CONCLUSÃO:
O desempenho da liderança em Enfermagem está associado a competências
especificas, relacionado às qualidades pessoais pontuadas: conhecimento,
comunicação eficaz, ética, iniciativa, segurança e determinação. Todas
proporcionam credibilidade e constroem a imagem de um líder. Neste contexto,
vale dizer que, embora nenhum traço em particular garanta o sucesso de um
líder, muitas características são potencialmente úteis na distinção entre líderes
eficazes e outras pessoas. Afirmar que a habilidade em comunicar-se e
construir um ambiente onde as pessoas sintam-se motivadas e comprometidas,
é um diferencial, podendo dessa forma, contribuir para o desenvolvimento e
maior fluidez do conhecimento que é componente fundamental ao novo perfil do
líder nas organizações que aprendem.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

281
UNISA - Universidade de Santo Amaro

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
1. Balsanelli AP, Cunha ICKO. Liderança no contexto da enfermagem. Rev. Esc.
Enfermagem USP. 40 (1): 117-22, 2006.
2. Marinho RM, Oliveira JF, (orgs.); Sugo A, Rausch DW, et al. Liderança: Uma
questão de competência. São Paulo, Saraiva, cap. 7 e 14, p.139-267, 2005.
3. Shinyashiki GT, Trevizan MA, Mendes IAC. Sobre a criação e a gestão do
conhecimento organizacional. Rev. Latino-Am. Enfermagem, Ribeirão Preto, 11
(4): 499-506, 2003.

________________________________________________________________
Isabel Cristina Kowal Olm Cunha**
Viviane Araujo Passos***

** Enfermeira. Doutora em Saúde Pública. Área Administração hospitalar.


Professora Titular e Coordenadora do Curso de Enfermagem da Universidade
de Santo Amaro.Orientadora. Email : icunha@unisa.br
*** Graduanda do 8º semestre do Curso de Enfermagem da UNISA. Email:
vivstars@hotmail.com

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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UNISA - Universidade de Santo Amaro

Caracterização de Hipertensos e Diabéticos de uma Unidade


Básica de Saúde da Família na região Sul do Município de São
Paulo.
SILVIA HONORIO RISSI(1)

SONIA REGINA LEITE DE ALMEIDA PRADO(2)(Orientadores)


Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
Caracterização de Hipertensos e Diabéticos de uma Unidade Básica de Saúde
da Família na região Sul do Município de São Paulo.

Silvia Honório Rissi(1)


Sônia Regina L. De Almeida Prado(2)
Rosa Koda de Amaral(3)
Tatiana Michina Bibikoff(4)

No Brasil, a hipertensão arterial sistêmica tem prevalência estimada em cerca


de 20% da população adulta e forte relação com 80% dos casos de acidente
vascular encefálico e com 60% dos casos de doenças isquêmicas do coração.
Constitui sem duvida, o principal fator de risco para as doenças
cardiovasculares, cuja principal causa de morte, o acidente vascular encefálico
tem como origem a hipertensão não controlada.(1) . Essa doença é herdada
dos pais em 90% dos casos, mas há vários fatores que influenciam nos níveis
de pressão arterial, entre eles: fumo, consumo de bebidas alcoólicas,
obesidade, estresse, grande consumo de sal, níveis altos de colesterol e falta
de atividade física; além desses fatores de risco, sabe-se que sua incidência é
maior na raça negra, aumenta com a idade, é maior entre homens com até 50
anos, é maior entre mulheres acima de 50 anos, é maior em diabéticos. O
Diabetes é uma disfunção da glândula chamada pâncreas, que perde a
capacidade de produzir o hormônio chamado insulina de forma parcial ou total.
Também conhecido como Diabetes Mellitus. Com isso, ocorre o aumento da
glicose no sangue (hiperglicemia), que acaba prejudicando o metabolismo dos
carboidratos, das gorduras e das proteínas. É causado por fatores hereditários
e ambientais. O Tabagismo e o sedentarismo são fatores que aumentam as
chances de se contrair o diabetes(2). O grande impacto da morbidade
cardiovascular na população brasileira, que tem o diabetes Melitus (DM) e a
hipertensão arterial (HA) como importantes fatores de risco, trazem alguns
desafios para o sistema público de saúde, quais sejam: garantia de

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

283
UNISA - Universidade de Santo Amaro

acompanhamento sistemático dos indivíduos identificados como portadores


desses agravos, assim como desenvolvimento de ações referentes à promoção
da saúde e à prevenção de doenças crônicas não transmissíveis(3). O plano de
Reorganização da Atenção à Hipertensão Arterial e ao Diabete Melitus -
Hiperdia, implementado pelo Ministério da Saúde, tem por objetivo estabelecer
as diretrizes e metas para essa reorganização no Sistema Único de Saúde,
investindo na atualização dos profissionais da rede básica, oferecendo a
garantia do diagnóstico e proporcionando a vinculação do paciente às unidades
de saúde para o tratamento e acompanhamento, promovendo a reestruturação
e a ampliação do atendimento resolutivo e de qualidade para os portadores.

OBJETIVO:
Caracterizar a população de hipertensos e diabéticos de uma das equipes de
uma Unidade Básica de Saúde localizada na região sul do Município de São
Paulo, segundo critérios estabelecidos pelo Programa Hiperdia.

METODOLOGIA:
Trata-se de estudo descritivo exploratório com abordagem quantitativa,
realizado em uma Unidade Básica de Saúde - UBS, localizada em São Paulo.
Os dados foram coletados nos prontuários/registros dos pacientes de uma das
equipes de saúde da família de uma UBS. Foram analisados registros de 84
pacientes. Para analise dos dados foram utilizados testes estatísticos.

RESUMO:
Os dados apontam que do total de 84 pacientes atendidos, 79% eram
cadastrados no Programa Hiperdia e 21% não eram cadastrados. Quanto a
faixa etária a maioria (58%) tinha entre 21 e 59 anos de idade, 41% maiores de
60 anos e apenas 1% menores de 20 anos. Com relação ao Índice de Massa
Corpórea (IMC) observou-se que 29% apresentaram perfil Saudável, 66% foram
classificados como sobrepeso/ obesidade e 5 % obesidade severa. Quanto a
outros fatores de risco como sedentarismo, verificou-se que 33% realizavam
algum exercício físico pelo menos 2x/semana e 67% são sedentários. Outro
fator pesquisado foi o tabagismo sendo que 16% são tabagistas e 84% não são
fumantes.

CONCLUSÃO:
Os resultados apontam uma tendência do aparecimento dessas doenças
crônicas mais precocemente, ou seja, antes dos 60 anos. Outro aspecto
relevante, na população estudada, foi a associação dessas patologias com
sobrepeso/obesidade, tabagismo e sedentarismo. Portanto faz necessário

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

284
UNISA - Universidade de Santo Amaro

investir no controle da hipertensão arterial e diabetes, sobretudo, por meio do


diagnóstico precoce, tratamento e prevenção de complicações através de ações
educativas.
Palavra-Chave: Hiperdia, Programa de Saúde da Família, Hipertensão,
Diabetes.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
(1) Borges PC, Caetano JC.Abandono do tratamento da HA dos pacientes
cadastrado no Hiperdia/MS em uma unidade de saúde do Município de
Florianópolis-SC. Arq Catarinenses de Méd.2005; vol34(3):45-50.
(2) Biblioteca Virtual de Saúde [BVSMS}.Ministério da Saúde [atualizada 2004
Abr. Acesso 2008 Set 5]. Disponível em:
www.bvsms.saude.gov.br/html/pt/dicas/52hipertensao.html
(3) Plano de Reorganização da Atenção à HA e ao DM. Rev saúde
pública.2001; 35(6): 585-8.

________________________________________________________________
(1) Acadêmica do 8º Semestre do Curso de Graduação em Enfermagem da
Faculdade de Enfermagem da Universidade de Santo Amaro - UNISA.
(2) Orientadora, Doutora em Enfermagem - USP, Professora da Faculdade de
Enfermagem da Universidade de Santo Amaro - UNISA
(3) Co-Orientadora Mestre em Enfermagem; Professora da Faculdade de
Enfermagem da Universidade de Santo Amaro - UNISA
(4) Enfermeira Tatiana Michina Bibikoff da UBS do Programa de Saúde da
Família Jordanópolis.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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UNISA - Universidade de Santo Amaro

CARACTERIZAÇÃO DO PERFIL SENSORIAL DE CRIANÇAS DE


QUATRO A SEIS ANOS QUE FREQÜENTAM O CENTRO
EDUCACIONAL UNIFICADO
SUZANA CARVALHO VAZ(1)

ZODJA GRACIANI(2)(Orientadores)
Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
No Brasil, cerca de 40% das crianças em fase de alfabetização apresentam
dificuldades escolares e desordens comportamentais que refletem
principalmente no ambiente escolar e familiar. Intervenções e avaliações
específicas podem facilitar o processo de aprendizagem e auxiliar o
desenvolvimento da educação no Brasil. Quando o modo de processamento
cerebral é ineficiente, considera-se a possibilidade da criança apresentar
Transtornos de Processamento Sensorial (T.P.S) que é a inabilidade de
construir uma informação útil através de experiências sensoriais, com
alterações de comportamento e na aprendizagem. O programa de tratamento
para essas crianças é traçado a partir de uma avaliação de perfil sensorial e a
intervenção é realizada em ambiente organizado sensorialmente com atividades
e estímulos promovendo habilidades motoras e acadêmicas e respostas
eficazes.

OBJETIVO:
Este trabalho tem como objetivo verificar o desempenho sensorial e
comportamental de crianças de quatro a seis anos que freqüentam o Centro
Educacional Unificado, localizado na Cidade Dutra, matriculadas no período
vespertino.

METODOLOGIA:
Participaram deste estudo pais e responsáveis de 193 crianças matriculadas na
Educação Infantil, utilizando apenas 139 questionários devolvidos, preenchidos
totalmente. Foi utilizado para o estudo o Perfil Sensorial, composto de 125
questões divididas em 14 seções de modo a verificar o processamento
sensorial da criança e o efeito no desempenho das atividades funcionais. Os
questionários foram encaminhados aos pais e/ou responsáveis pelas crianças
através dos professores de cada classe, juntamente com o Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido e a Carta de Informação. Os questionários
não preenchidos ou com falta de dados não foram utilizados no estudo e não
foram incluídas no estudo crianças com idade superior a seis anos e inferior a
quatro anos, crianças com algum deficiência ou distúrbio, ambos com

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

286
UNISA - Universidade de Santo Amaro

diagnóstico médico definido e que requentam serviços e educação especial. Os


resultados foram obtidos através da soma do desempenho de cada criança,
utilizando escores de corte específicos do manual, realizando a análise
percentual do valor para obtenção dos dados. A partir dos resultados da seção
de cada criança pode-se caracterizar um desempenho típico, com
comportamentos previsíveis e de acordo para a idade; diferença provável com
alguns comportamentos esperados para a idade, porém com um número
significativo de comportamentos atípicos que podem sugerir alguma disfunção e
diferença clara com comportamento que vão contra ao esperado para a idade.

RESUMO:
Foram entregues 335 questionários de Perfil Sensorial e após o prazo
estabelecido de quinze dias para devolução, recebeu-se 193 questionários,
sendo que, 139 estavam totalmente preenchidos, 18 parcialmente preenchidos
e 36 retornaram em branco. Verificou-se que a maioria das crianças apresentou
desempenho típico, com comportamentos esperados e previsíveis para a idade,
em nove categorias do questionário como o processamento auditivo (63,3%),
visual (82,7%), tátil (55,4%), multissensorial (66,2%), tolerância e tônus (69,8%),
nível de atividade (52,5%), respostas comportamentais e sociais (54,7%),
resultados comportamentais do processamento sensorial (59%) e nos itens que
indicam limiar de resposta (61,2%), justificando que, as crianças, ao receberem
uma variedade de informações sensoriais, conseguem processá-las
adequadamente, selecionar as mais relevantes e emitir comportamentos
adaptativos e esperados para a idade. Porém, verificou-se que o percentual de
diferença clara, estava superior ou semelhante ao percentual do desempenho
típico em quatro categorias: processamento vestibular (56,8%), processamento
sensorial oral (36,7%), modulação relacionada à posição do corpo e do
movimento (38,9%) e modulação da entrada sensorial afetando respostas
emocionais (40,3%), o que corresponde ao estudo-piloto, que também verificou
diferença clara nestas seções. É possível que a falta de tempo e de instrução
sejam causas do não preenchimento, visto que o questionário exige um grau
mínimo de compreensão.

CONCLUSÃO:
Conclui-se que, nos processamentos que as crianças apresentaram diferença
clara, verificaram-se desempenhos atípicos que devem ser observados e
considerados para a idade escolar. A falta de desempenho típico não
necessariamente indica que estas crianças apresentem disfunções, porém
estas devem ser acompanhadas e encaminhadas para profissionais
capacitados para uma investigação mais específica. A escola e o ambiente em
que as crianças vivem estão diretamente relacionados à influência do
processamento e das organizações das respostas comportamentais das

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

287
UNISA - Universidade de Santo Amaro

crianças. Portanto, a fisioterapia dentro do ambiente escolar pode facilitar a


aprendizagem e a organização desses processamentos, favorecendo um
desempenho esperado para a idade e uma resposta sensorial organizada frente
aos estímulos recebidos.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
DUNN, W.; WESTMAN, K. The Sensory Profile: The Performance of a National
Sample of Children Without Disabilities. The American Journal of Occupational
Therapy, v.51, n.1, p.25-34, jan., 1997.

ERMER, J.; DUNN, W. The Sensory Profile: A discriminant Analysis od Children


With and Without Disabilities. The American Journal of Occupational Therapy,
v.52, n.4, p.283-290, apr., 1998.

SCHIRMER, C. R.; FONTOURA, D. R.; NUNES, M. L. Distúrbios da aquisição


da linguagem e aprendizagem. Jornal de Pediatria, Porto Alegre, v.80, n.2, abr.,
2004.
________________________________________________________________
Graduanda do 8º Semestre do Curso de Fisioterapia da Universidade de Santo
Amaro
Fisioterapeuta Especialista em Genética das Deficiências pela Universidade
Presbiteriana Mackenzie e Mestre em Neurologia pela Universidade de São
Paulo.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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UNISA - Universidade de Santo Amaro

CARDIOPATIAS CONGÊNITAS E ASSISTÊNCIA DE


ENFERMAGEM: UMA ATUALIZAÇÃO
THATIANE CORPA ALFENAS(1)

ISAAC ROSA MARQUES(2)(Orientadores)


Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
A doença cardiovascular congênita é definida como anormalidade na estrutura
ou na função cardiocirculatória presente ao nascimento mesmo que seja
identificada mais tardiamente(1). É importante destacar que as cardiopatias
congênitas acometem o coração e/ou os grandes vasos sangüíneos da criança
ainda em seu desenvolvimento intra-uterino, afetando assim, sua anatomia e
fisiologia normal. Além disso, tem grandes chances de ser corrigida
cirurgicamente, tornando possível a expectativa de uma vida normal (5).
Costuma-se dividir as cardiopatias congênitas em dois grupos principais:
cianogênicas e acianogênicas.
O s cuidados de enfermagem prestados a uma criança com cardiopatia
congênita devem ser estabelecidos e executados tão logo se suspeite do
diagnóstico de defeito cardíaco. Para o desenvolvimento do plano assistencial,
é indispensável o cuidadoso levantamento de informações, voltado
principalmente para avaliação da função cardíaca e detecção de sinais e
sintomas características de complicações da cardiopatia de base. A analise
minuciosa e profunda de dados clínicos é necessária para a compreensão dos
processos saúde-doença que estão presentes numa dada situação. E essa
análise tem sido uma tarefa constante no trabalho de enfermagem (3).

OBJETIVO:
Diante deste contexto, este estudo teve como objetivo apresentar uma
atualização sobre as principais cardiopatias congênitas, seus tratamentos e
relacionar com a assistência de enfermagem.

METODOLOGIA:
Trata-se de um estudo de revisão de literatura sobre cardiopatias congênitas
cianóticas e acianóticas, tratamento das cardiopatias e diagnóstico de
enfermagem. O estudo foi desenvolvido no período de março a setembro de
2008. A pesquisa foi realizada nas bases de dados LILACS, SciELO e BDENF
utilizando os seguintes descritores: “cardiopatias congênitas”, “cardiopatias
congênitas acianóticas”, “cardiopatias congênitas cianóticas”, “diagnóstico”,
“enfermagem” e “tratamento”. O levantamento bibliográfico foi realizado na
biblioteca da Universidade de Santo Amaro sobre cardiologia, cardiopatias

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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UNISA - Universidade de Santo Amaro

congênitas.

RESUMO:
Ao proceder à pesquisa bibliográfica nas bases anteriormente citadas, foram
encontradas 111 referências. Destas apenas 20 foram utilizadas como amostra
para a realização da atualização.
As cardiopatias cianóticas são aquelas que levam à dessaturação do sangue
arterial em decorrência do defeito, ou seja, pela presença de shunt, entre as
câmaras cardíacas, da direita para a esquerda.
As cardiopatias acianóticas podem ser divididas conforme a presença ou
ausência de shunt. No primeiro grupo, encontram-se defeitos que permitem a
passagem de sangue da circulação sistêmica para a pulmonar (shunt da
esquerda para a direita). No segundo grupo, observam-se defeitos obstrutivos
ou regurgitantes, originados no lado esquerdo ou direito do coração, que
perturbam a dinâmica fisiológica do sangue, gerando sobrecarga pressóricas ou
volumétricas.

Cardiopatias Congênitas Cianogênicas (CCC)


• Anomalia de Ebstein
• Atresia pulmonar
• Atresia tricúspide
• Drenagem anômala total de veias pulmonares
• Dupla via de saída do ventrículo
• Tetralogia de Fallot
• Transposição das grandes artérias
• Truncus arteriosus

Cardiopatias Congênitas Acianogênicas (CCA)


• Coarctação da aorta
• Comunicação interatrial
• Comunicação interventricular
• Conexão anômala parcial de veias pulmonares
• Cor Triatriaum
• Defeito septal atrioventricular
• Estenose aórtica
• Estenose das veias pulmonares
• Estenose mitral congênita
• Insuficiência aórtica
• Insuficiência mitral congênita
• Janela aortopulmonar
• Obstrução ao fluxo atrial esquerdo
• Persistência do canal arterial

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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Suspeita-se de cardiopatia congênitas no período neonatal em presença de


quatro sinais clínicos principais: sopro cardíaco, cianose, taquipnéia e arritmia
cardíaca(15). Existem poucos estudos que abordam a análise de diagnósticos
de enfermagem em crianças com cardiopatia congênita e, provavelmente, a
necessidade de uma análise clínica complexa seja um dos motivos para isso(3).
A identificação dos diagnósticos de enfermagem permitem direcionar a
assistência de enfermagem aos pacientes, fornecendo subsídios para a
elaboração do plano de cuidados individualizado, implementação de
intervenções, treinamento e qualificação da equipe(16).
As principais intervenções de enfermagem sugeridas neste trabalho
são:Controle de arritmias, monitorização cardíaca, monitorização das vias
aéreas, controle de energia, controle da nutrição, monitorização de sinais vitais,
controle de infecção, diminuição dos estímulos noturnos (para internação),
controlar débito cardíaco, oxigênoterapia e promoção da integridade familiar.

CONCLUSÃO:
Pode-se observar nos resultados da pesquisa bibliográfica para a confecção
deste trabalho um número relativamente baixo de publicações produzidos por
enfermeiros em torno do assunto abordado na pesquisa. Devido este contexto é
importante relatar que o conhecimentos sobre a fisiopatologia, tratamento e
sintomatologia permitem o enfermeiro a direcionar a assistência de enfermagem
de forma a torná-la mais eficiente e o trabalho de enfermagem mais organizado.
Utilizar as ferramentas de diagnóstico e intervenções de enfermagem fazem
parte deste contexto.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
1.Friedman WF, Silverman N. Doenças do coração, pericárdio e leito vascular
pulmonar. In: Braunwald E, Zipes DP, Libby P. Tratado de medicina
cardiovascular. São Paulo (SP): Roca; 2003. p. 1551-642
2.Ferreira WP. Cardiopatias congênitas acianóticas. In: Stefanini E, Kasinskin
N, Carvalho AC. Guias de medicina ambulatorial e hospitalar Unifesp/ Escola
paulista de medicina. Barueri (SP): Manole; 2004. p. 407-27
3. Silva VM da, Araujo TL de, Lopes MV de O. Evolução dos diagnosticos de
enfermagem de crianças com cardiopatias congênitas. Rev Latino-am enferm,
2006 jul-ago.,14(4)

________________________________________________________________
1 Discente da Faculdade de Enfermagem – FACENF – Universidade de Santo

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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UNISA - Universidade de Santo Amaro

Amaro
2 Orientador e docente adjunto da Faculdade de Enfermagem – FACENF –
Universidade de Santo Amaro

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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UNISA - Universidade de Santo Amaro

Cateteres vasculares centrais


WALTER LUIZ RUEDI(1)

MAISA NAMBA(2)(Orientadores)
Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
Atualmente, os cateteres venosos centrais (CVCs) são utilizados com múltiplos
propósitos. Esse grande avanço tecnológico ampliou consideravelmente o leque
de ações da assistência de enfermagem levando os profissionais a adquirirem
melhor capacitação técnico científico para atuar com mais eficácia. Observado
dentro da prática de Enfermagem que a maioria dos profissionais tem um
conhecimento errôneo e desconhecimento das nomenclaturas e classificações
dos cateteres, notando a mesma problemática em algumas literaturas, como
exemplo, autores que citam os nomes comerciais dos cateteres como Swan-
gans® e Intracath® ao invés de cateter de artéria pulmonar e cateter venoso
central de mono lumen.

OBJETIVO:
O trabalho tem como objetivo classificar e desmistificar o conceito das
nomenclaturas dos cateteres vasculares centrais versus nomes comerciais.

METODOLOGIA:
Trabalho de revisão bibliográfica, com pesquisa em bases de dados Scielo,
Usp/Blbi e Lilacs, com descritores enfermagem, cateterismo venoso central,
cateteres vasculares centrais. Selecionado artigos pertinentes ao objetivo,
busca em sites, acervo de livros e catálogos de Empresas, considerando para
estudo apenas os cateteres vasculares centrais (CVCs) registrados na Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa do Brasil), especificando dois tipos de
CVCs por marca.

RESUMO:
Swan e William Ganz em 1970 introduziram clinicamente um cateter de Cloreto
de polivinil (PVC) com a extremidade posicionada na artéria pulmonar. A versão
é conhecida como Cateter de Swan-ganz®. Em 1973 Broviac introduziu o uso
de cateter de silicone tunelizado, inicialmente utilizado para nutrição parenteral
prolongada, com relato de permanênica no mínimo de 4 meses e máximo de 8
meses. Baseado nas dificuldades de manutenção de acesso venoso, Hickman
em 1979, utilizou um cateter semelhante ao de Broviac, mas com duplo lúmen,
diâmetro pouco maior, parede mais grossa, com dois “cuffs”, com o objetivo de

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

293
UNISA - Universidade de Santo Amaro

diminuir infecção. Entre 1980 a 1981 Niederhuber descreveu o cateter


totalmente implantado com durabilidade de 70 a 370 dias.
Os CVCs podem ser compostos por Cloreto de Polivinila (PVC); Silicone e
Poliuretano, sendo os dois últimos mais vantajosos. Estão classificados por
quantidade de lumens (mono, duplo e triplo), modos de inserção em tunelizado,
não tunelizado, totalmente implantado, semi-implantado e de inserção periférica
valvulado ou não. O tempo de curta ou longa permanência ainda é um assunto
controverso que varia nos diferentes serviços, mas está diretamente
relacionado as características acima.
Desmistificando o conceito das nomenclaturas dos principais CVCs comentados
na prática clínica temos: Cateter de Swan-ganz® (Bioflux Medical Do Brasil
Ltda) e Cateter de Hickman-Broviac® (Cr Bard coligada) são patenteadas pelas
Empresas com os nomes dos cientistas que os descreveram; Intracath®(BD)
como cateter central de mono lumen e Permicath® (Mahurkar-Quinton) como
cateter central de duplo lumen e para hemodiálise, ambos os nomes criados
pelas pelas Empresas. Port-a-Cath® (Empresa Smiths Medical) como cateter
central totalmente implantável; Groshong® (Bard) como PICC valvulado;
Empresa Arrow possue vários tipos de cateteres centrais.

CONCLUSÃO:
Foram selecionados vários tipos de cateteres vasculares centrais, no entanto, o
modo de inserção e o tempo de permanência, bem como a característica do
material influenciam nesta classificação (cateter central de inserção periférica,
semi-implantado, totalmente implantado, tunelizado, não tunelizado, curta
permanência, longa permanência e valvulado) e desmistificado o conceito das
nomenclaturas dos cateteres vasculares centrais versus nomes comerciais, com
2 tipos de cateteres de cada empresa registrados na ANVISA do Brasil.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
LOURENÇO, AS; KAKEHASHI, TY. Avaliação da Implantação do cateter
venoso central de inserção periférica em Neonatologia,. Acta Paul Enf,; v. 16, p.
26-32, 2003.
SWAN, MB; GANZ, W; ET AL. Catheterization of the heart in man with use of a
flow-directed balloon-tipped catheter, Thenew England jounal of medicine, p.
447-451. Aug. 1970.
MATULARA, AM, et al. Diretrizes Práticas para terapia intravenosa Infusion
Nuses society, p. 13, Brasil, 2008.
________________________________________________________________
1Aluno do 8º semestre da faculdade de Enfermagem da universidade de Santo
Amaro (FACENF-UNISA).
2Professora Assistente da FACENF-UNISA, orientadora do trabalho.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

294
UNISA - Universidade de Santo Amaro

CAUSAS E RISCOS DA ADOLESCENTE NA GRAVIDEZ


DERIVALDO SEVERINO BARBOSA(1)

VALDILEA ZORUB PASQUINI(2)(Orientadores)


Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
A adolescência é definida cronologicamente como o período compreendido
entre 10 e 19 anos, no que acontecem grandes mudanças físicas e
psicológicas. É nessa fase que ocorrem processos relacionados a busca da
identidade, a formação de valores e do projeto de vida, é caracterizada por
etapas de desenvolvimento físico, mental, emocional e social, quando o
indivíduo passa de uma fase de dependência socioeconômica total a outra de
relativa independência. Essa transição da infância para a fase adulta é um
processo lento, ao mesmo tempo em que a adolescente ainda está se
adaptando às transformações que estão ocorrendo em seu corpo, embora a
idade possa variar, pois depende das características de personalidade e
experiência de vida de cada um. A palavra adolescência deriva do verbo latino
adolescere, significa crescer ou “crescer até a maturidade”.

OBJETIVO:
Objetivo deste trabalho foi identificar e descrever as causas e riscos para a
adolescente grávida.

METODOLOGIA:

Este trabalho consiste em uma revisão bibliografia de caráter descritivo,


contemplando-se as publicações periódicas da enfermagem brasileira,
selecionados e utilizados.

RESUMO:

Existem controvérsia a respeito do parto na adolescência, alguns acreditam


que a incidência de cesáreas seja maior nessa faixa etária porque a estrutura
óssea da bacia ainda não estaria devidamente formada, nossa observação tem
demonstrado que há uma incidência maior de partos normais nessa população
e que complicações podem ocorrer tanto num, quanto no outro procedimento.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

295
UNISA - Universidade de Santo Amaro

Em meio a questão da gravidez na adolescência continua desafiando teorias e


hipóteses sociológicas.
Representam um comprometimento individual com questões de diferentes
ordens. Medo, insegurança, desespero, desorientação, solidão são reações
muito comuns, principalmente no momento da descoberta da gravidez, no
entanto, não se pode ter uma falsa idéia de que toda gravidez na adolescência
seja inconseqüente e desastrosa. Outro ponto doloroso é a morte da mãe
decorrente de complicações da gravidez, estudo realizado verificou-se ser a
sexta causa de morte adolescência.
Dentre os principais fatores já estabelecidos, destacam-se variáveis
demográficas e educacionais, comportamento sexual e contraceptivo, fatores
psicosociais relativos a adolescente e sua família. A literatura apresenta fatores
associados como: condições socioeconômica desfavoráveis, início precoce da
Vida sexual, não utilização ou utilização inconsistente de métodos
contraceptivos, baixa auto-estima, dificuldades escolar, abuso de álcool e
drogas, comunicação familiar escassa, pais ausentes e ou rejeitador, violência
física, separação dos pais, amigas grávidas na adolescência, entre outras.
Tanto engravidam as adolescentes de classe social mais baixa, quanto a de
classe mais alta, só que o enfretamento da situação é diferente. Na classe
econômicas menos desfavorecidas onde há maior abandono e promiscuidade,
maior desinformação, menor acesso a contracepção,

CONCLUSÃO:
Na análise da gravidez na adolescência através da diferença entre os bairros
em uma cidade, permite localizar e dimensionar as políticas públicas para essa
população em geral. Uma das situações de saúde que mais preocupa os
órgãos públicos e profissionais da saúde, permite também efetivar o incentivo a
promoção e prevenção da gravidez, que envolvem recursos sociais,
econômicos e culturais, além das condições básicas de vida. O conhecimento
dessas realidades permitirá traçar, maior ou menor incidência de gravidez na
população adolescente, portanto deve haver um interesse dos governantes da
sociedade para diminuir esta situação, hoje vivida pelos adolescentes, que no
futuro próximo tenham garantia de mulheres qualificadas e estruturadas para
uma sociedade mais justa com os adolescentes.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
Ministério da Saúde (BR). Notificação de maus-tratos contra crianças e
adolescentes pelos profissionais da saúde: um passo a mais na cidadania em
saúde. Brasília (DF): MS; 2002.

BARROS, F.C, VANGHAN J.P, VICTORA, C.G, HUTTLY S.R, Epidemic of

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

296
UNISA - Universidade de Santo Amaro

Caesarean sections in Brazil, Lancet 1991;338:167-9.

OPS, (Organizacion Panamericana de Salud), OMS (Organización Mundial de


La Salud). Fecundicion adolescência. Causas, Riegos Y opciones. Washington
(DC); 1998. (Cuaderno técnico, n.12).

________________________________________________________________
(1) Aluno de graduação da falculdade de enfermagem- unisa
(2) Enfermeira especializada em Obstetrícia, Pós Graduada em Administração
Hospitalar, Coordenadora de estágio, Profª da Faculdade de Enfermagem da
Universidade de Santo Amaro (UNISA).

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

297
UNISA - Universidade de Santo Amaro

como a atividade física pode beneficiar os portadores de


osteoporose
WILLIAM SENA FREITAS(1), ELAINE CRISTINA PEREIRA SANTOS(2), KATIA
RODRIGUES SOUZA(3), DEBORA BARROS ADRIANO(4)

RUBENS DOS SANTOS BRANQUINHO(5)(Orientadores)


Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
A osteoporose é um problema de saúde pública, considerada uma das mais
importantes doenças associadas com o envelhecimento, especialmente nas
mulheres. Estudos revelam que na década de 80 eram 7,5 milhões de
portadores da doença e estima-se que no século XXI esse aumento esteja por
volta de 15 milhões de doentes (MATSUDO & MATSUDO, 1991).
Observado o aumento significativo na incidência de osteoporose que é
acelerado no processo do envelhecimento GALLAHUE & OZMUN (2005),
definem que a osteoporose é caracterizada por uma redução da densidade
mineral óssea grave o suficiente para aumentar a vulnerabilidade a fraturas dos
ossos. Representando uma doença debilitante que requer a atenção em todos
os estágios da idade adulta. WEINECK (2003) explica que a osteoporose se
chama, na linguagem coloquial, de “redução óssea”. Entende-se por isso, uma
perda gradual de substância óssea, o que significa uma diminuição do grau de
mineralização dos ossos.
Portanto é importante saber a relação entre a atividade física e a osteoporose e
seus benefícios para a manutenção da mesma.

Palavras chaves: osteoporose; atividade física e manutenção da osteoporose.

OBJETIVO:
Apontar as atividades físicas como benefício para o controle da osteoporose.

METODOLOGIA:
Revisão Literária.

RESUMO:
Conforme WEINECK (2003), a osteoporose é, por excelência, a doença da
inatividade física. Quem pratica, no decorrer da vida, um treinamento adequado
de força não tem osteoporose!
A partir de pesquisas feitas por MATSUDO & MATSUDO (1991), demonstra que
altos níveis de atividade física, além de provocar incremento na massa óssea,
podem causar fraturas por stress indicando que excesso de atividade, em vez
de benéfico, torna-se prejudicial.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

298
UNISA - Universidade de Santo Amaro

Para SANTOS (2008), os exercícios físicos preventivos, são o melhor remédio


para a osteoporose, chamando atenção para a prática de exercícios com peso
e impacto, envolvendo grandes grupos musculares e com ação da gravidade,
desde que de forma direcionada e supervisionada por especialistas. Devendo
ser evitados exercícios comuns realizados em academias e em salas de
ginástica que poderiam complicar ainda mais o quadro.

CONCLUSÃO:
Concluímos a partir dos autores citados que o sedentarismo é um dos fatores
para o surgimento da osteoporose, por isso a prática de atividade física é de
grande importância no tratamento da osteoporose, pois permite adquirir um
capital ósseo mais considerável e diminui a perda óssea relacionada à idade,
além de aumentar a força e a coordenação muscular das pessoas idosas,
diminuindo assim, as quedas e as fraturas associadas à ela.
Mas todos os efeitos benéficos do exercício, tanto nos ossos quanto no corpo
todo, são reversíveis. Ou seja, se parar de praticar, em poucas semanas o
individuo voltará a ser um sedentário, e as adaptações regridem.
É importante saber a relação entre a atividade física e a osteoporose e seus
benefícios para a manutenção da mesma, pois as atividades devem ser bem
orientadas e acompanhadas por um profissional da área específica, para evitar
lesões.
Uma pessoa que tem uma vida ativa, que pratica esporte ou qualquer outra
atividade física tem a densidade óssea mais elevada e retarda a queda do
limiar. Quanto mais cedo praticarmos atividades físicas, mais protegidos
estaremos de ter osteoporose e até extinguindo algum tipo de medicação que
teria de ser utilizada na terceira idade.
Para quem já tem osteoporose as atividades físicas são muito bem vistas, pois
com os exercícios conseguimos fazer a manutenção.
Chamamos atenção para prática da atividade física, lembrando que a
expectativa de vida dos brasileiros aumentou e levando em consideração a
quantidade de portadores de osteoporose o número de praticantes de
atividades físicas é muito pouco.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
GALLAHUE, D. L. & OZMUN, J. C. Compreendendo o desenvolvimento motor:
bebês, crianças, adolescentes e adultos. 3ª Ed. São Paulo: Phorte, 2005.

MATSUDO, M. S. & MATSUDO, V. K. R. Osteoporose e atividade física. Revista


Brasileira de Ciência e Movimento, 1991.

WEINECK, J. Atividade Física e Esporte – Para quê? Barueri, SP: Manole,

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

299
UNISA - Universidade de Santo Amaro

2003.

________________________________________________________________
Autor principal: WILLIAM SENA FREITAS1, ELAINE CRISTINA PEREIRA
SANTOS2, KATIA RODRIGUES SOUZA3, DÉBORA BARROS ADRIANO4

Orientador(es): RUBENS DOS SANTOS BRANQUINHO5

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

300
UNISA - Universidade de Santo Amaro

Como motivar os alunos na Educação Física Escolar


RENATA MARINHO ANTUNES(1)

LUCIANA TAKAHASHI RIBEIRO NEGRAO(2)(Orientadores)


Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
Introdução: Estudos realizados com alunos de diversas idades constataram que
as aulas repetitivas, em conjunto com as diferenças individuais, falta de
estrutura e professores desmotivados são algumas das causas do desinteresse
dos alunos nas aulas de Educação Física. Como parte da solução para este
problema, cabe ao professor descobrir maneiras de estimular os alunos a
praticarem tais aulas. Desta forma, abordamos como as aulas poderão ser
diversificadas e motivantes para aumentar o número de alunos interessados na
disciplina.

OBJETIVO:
Objetivo: O objetivo desse estudo foi verificar quais são os aspectos
motivacionais dos alunos e professores no processo ensino aprendizagem nas
aulas de Educação Física Escolar.

METODOLOGIA:
Metodologia: Foi utilizado o método de revisão bibliográfica (através de análise
textual, análise temática e análise interpretativa), que tem por finalidade
conhecer as diferentes formas de contribuição cientifica que se realizam sobre
determinado assunto ou fenômeno.

RESUMO:
Discussão: Verificamos que a motivação do professor, ou a falta dela, exerce
forte importância na estimulação dos alunos, contribuindo para que os mesmos
aprendam. Estes, além de influenciados pelo comportamento dos professores,
sofrem com: aulas repetitivas (nas quais apenas alguns esportes são
praticados: futebol, vôlei e basquete, por exemplo, sem valorizar a relevância de
uma série de outras modalidades), diferenças individuais (dificuldade na
realização de determinados movimentos, escolha inicial dos mais habilidosos,
isolamento dos indivíduos obesos), falta de estrutura (ausência de materiais
para diversificar as aulas e de apoio da direção da escola, baixos salários dos
professores e pouca valorização da profissão), entre outros.
Segundo pesquisado, grande parte dos professores de Educação Física limita-
se a aplicar sempre os mesmos conteúdos e acabam restringindo as

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

301
UNISA - Universidade de Santo Amaro

possibilidades de desenvolvimento e aprendizagem dos alunos. A motivação


parte de dentro do professor, sofrendo influência dos fatores externos; sendo
assim, um professor recém formado possui um ótimo nível de motivação para
exercer seu papel de educador, porém encontra dificuldades que geram
estresse mental, ansiedade e tensão. O estresse, quando apresentado de
maneira exagerada, prejudica o desempenho do professor, fazendo com que
suas aulas se tornem desmotivantes. A falta de preparo dos professores ao
saírem da faculdade faz com que se deparem com uma realidade escolar muito
complicada.
Constatamos que a qualidade do trabalho do professor depende de outros
fatores como melhoria nas condições de trabalho, menos alunos por sala,
professores trabalhando em apenas uma instituição (tendo assim tempo para
preparar aulas de qualidade e melhores condições salariais, além de
compromisso, competência e vontade). O professor de Educação Física deve
obter não somente uma bagagem vinda da universidade, ele deve utilizar outras
fontes de conhecimento para tornar uma aula diferente, criativa e prazerosa
para os alunos, a fim de motivá-los dando-lhes mais incentivos à prática da
disciplina.
Além disso, verificamos que muitos professores de Educação Física deixam de
ser motivadores porque, com o tempo, deixam de investir na qualidade do seu
ensino (não fazem cursos de especialização/ atualização, não estão em contato
com literaturas recentes).

CONCLUSÃO:
Conclusão: Concluímos que é função do professor dar oportunidade para que
os alunos tenham uma variedade de atividades, em que diversas competências
sejam exercidas e as diferenças individuais sejam respeitadas e valorizadas.
Dessa forma, o aluno se sentirá seguro e terá prazer em realizar as aulas de
Educação Física, que devem proporcionar um momento agradável, com
atividades desafiadoras e divertidas, que permitam o desenvolvimento do aluno.
Não deve ser improvisada. É necessário que o professor prepare suas aulas
antecipadamente para proporcionar um ambiente favorável para o aprendizado,
estimulando a manutenção e prática dos exercícios físicos regulares, na
dosagem adequada, para a saúde do indivíduo durante toda a sua vida. Este
trabalho apresenta algumas sugestões (com base nos Parâmetros Curriculares
Nacionais) de como motivar os alunos para que estes se interessem pelas aulas
de Educação Física.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
Referências Bibliográficas:

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

302
UNISA - Universidade de Santo Amaro

DARIDO, S. C. et al. Educação Física no Ensino Médio: reflexões e ações. São


Paulo, 1999.

DARIDO, S. C. A Educação Física, a formação do cidadão e os Parâmetros


Curriculares Nacionais. São Paulo, 2001.

MARZINER, A. e FERES NETO, A. A motivação de adolescentes nas aulas de


Educação Física. Revista Digital Buenos Aires. Ano 11 nº 105 – fevereiro 2007.

________________________________________________________________
Motivação, Educação Física Escolar, PCNS.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

303
UNISA - Universidade de Santo Amaro

Competências gerenciais no processo de trabalho do enfermeiro


ANA CAROLINA GUILHERME SILVA(1)

Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
1. INTRODUÇÃO.

Competência tem a ver com o conjunto de conhecimentos, habilidades e


atitudes interdependentes e necessárias à conclusão de uma determinada
tarefa. O conhecimento corresponde a uma série de informações assimiladas e
estruturadas pelo indivíduo, permitindo entender o mundo; a habilidade
corresponde à capacidade de aplicar e usar esse conhecimento, já à atitude diz
respeito aos aspectos sociais e afetivos relacionados ao trabalho, que explicam
no comportamento experimentado pelo ser humano no seu ambiente de
trabalho (1).
Já a competência gerencial é entendida como um conjunto de conhecimentos,
habilidades e atitudes que os gerentes desenvolvem para assegurar a
competência empresarial. Podendo ser classificada, sob o ponto de vista
pessoal, que são as competências essenciais, relacionadas ao indivíduo, à
equipe e seu desenvolvimento, e do ponto de vista empresarial, competências
organizacionais que são relacionadas às estratégias corporativas (2).
A função gerencial voltada para a saúde pode ser conceituada como sendo um
instrumento capaz de política e tecnicamente organizar o processo de trabalho
com o objetivo de torná-la mais qualificada e produtiva na oferta de uma
assistência de enfermagem universal, igualitária e integral (3).
Para que a atenção à saúde seja alcançada, o profissional que exerce a
gerência deve fazer uso de instrumentos do trabalho administrativo como o
planejamento, a organização, a coordenação e o controle. A qualidade da
assistência à saúde demanda a existência de recursos humanos qualificados e
recursos materiais compatíveis e adequados com a oferta de cuidados
orientada pelas necessidades de saúde (4).
Na Enfermagem, o termo competência refere-se à capacidade de conhecer e
atuar sobre determinadas situações, envolvendo habilidades para
desenvolvimento de ações de planejamento, implementação e avaliação,
exigindo experiência para o fazer com qualidade(5).
Do enfermeiro é exigido conhecimento, habilidades e atitudes adequadas para
desempenhar seu papel objetivando resultados positivos. É, portanto, exigido
que ele seja competente naquilo que faz, bem como garanta que os membros
da sua equipe tenham competência para executarem as tarefas que lhes são
destinadas (2).

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

304
UNISA - Universidade de Santo Amaro

O trabalho de enfermagem como instrumento do processo de trabalho em


saúde subdivide-se ainda em vários processos de trabalho, como cuidar,
gerenciar, pesquisar e ensinar. No entanto o gerenciar e o cuidar são os
processos mais evidenciados no trabalho do enfermeiro (4).
O enfermeiro gerencia o cuidado quando o planeja, delega ou o faz, quando
prevê e provê recursos, capacita sua equipe, educa o usuário, interage com
outros profissionais, ocupa espaços de articulação e negociação em nome da
concretização e melhorias do cuidado (6).
Ao assumir cargos de gerência, o enfermeiro precisa ter clareza das mudanças,
do impacto nas organizações e que ele precisa mudar sua forma de atuação.
Optar por quebrar paradigmas estabelecidos é uma condição para que possa
desenvolver sua função.
O exercício da função gerencial pelo enfermeiro no Brasil é uma questão ainda
mesclada por desentendimentos e incompreensões. O fato de incorporar
funções gerenciais no seu trabalho tem sido a causa de muita polêmica na
profissão. Esta polêmica aumenta na medida em que se torna evidente a
divisão entre o que se espera do enfermeiro na visão dos teóricos de
enfermagem e o que se verifica ser a sua ação cotidiana nas instituições de
saúde (7).
Portanto, constitui-se ainda um desafio definir quais são as competências
necessárias aos enfermeiros, e como esse pode usá-las da melhor maneira
possível.

OBJETIVO:
2 OBJETIVO.

Tendo como objetivo Identificar e descrever as competências gerenciais no


contexto do trabalho do enfermeiro.

METODOLOGIA:
3. MÉTODO.

O estudo se caracterizou por uma revisão bibliográfica de caráter descritivo,


fazendo-se uso de recorte temporal, utilizando artigos nacionais publicados de
2000 a 2008; através do portal da Biblioteca Virtual em Saúde (BIREME), para
realizar o levantamento bibliográfico, nas bases de dados: Lilacs (Literatura
Latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde), BDENF (Base de Dados
de Enfermagem), Scielo (Scientific Electronic Library Online), Os descritores

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

305
UNISA - Universidade de Santo Amaro

utilizados para capturar os artigos foram de acordo com o DEC’S “Descritores


em ciências de saúde” “competência”, “competências gerenciais”, e
“enfermagem”. O levantamento foi realizado no período de maio a setembro de
2008.
Para a composição do material de estudo foram incluídos artigos científicos
nacionais capturados dessas bases de dados após leitura dos resumos e
identificada à pertinência temática. Neste levantamento foram selecionados 15
artigos e um livro. Este material foi exaustivamente lido, fichado e deste
processo emergiram 10 categorias temáticas: liderança, comunicação, trabalho
em equipe, gestão integrada de processo, tomada de decisão, flexibilidade,
ensino aprendizagem, criatividade, empreendedorismo e compromisso. Os
resultados e discussão serão dispostos de acordo com estas categorias.

RESUMO:
4. DISCUSSÃO E RESULTADOS.
Deste processo emergiram 10 categorias temáticas: liderança, comunicação,
trabalho em equipe, gestão integrada de processo, tomada de decisão,
flexibilidade, ensino aprendizagem, criatividade, empreendedorismo e
compromisso.

3.1 Liderança.

3.2 Comunicação.

3.3 Trabalho em equipe.

3.4 Gestão integrada de processos.

3.5 Tomada de decisão.

3.7 Ensino aprendizagem.

3.8 Criatividade.

3.9 Empreendedorismo.

3.10 Compromisso.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

306
UNISA - Universidade de Santo Amaro

CONCLUSÃO:
5. CONCLUSÃO.

O estudo aponta que a competência envolve conhecimentos, habilidades e


atitudes, existindo dois tipos de competências: as essenciais: relacionadas ao
indivíduo, e as organizacionais, relacionadas às estratégias corporativas.
Dentre as competências gerenciais, as mais almejadas pelos enfermeiros são a
liderança e a tomada de decisão. As competências existem, não há uma mais
importante que a outra, pelo contrário, elas se complementam, pois ao
descrever os conhecimentos, habilidades e atitudes para cada competência,
automaticamente outra competência era citada.
O profissional de enfermagem precisa desenvolver-se, buscando adquirir
competências necessárias à sua prática profissional, usando-as de acordo com
as necessidades do contexto de trabalho.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.
1. Ruthes RM, Cunha ICKO. Entendendo as competências para aplicação na
enfermagem. Revista Brasileira de Enfermagem, Brasília 2008 jan-fev; 61(1):
109-12
2. Cunha ICKO, Neto FRGX. Competências gerenciais de enfermeiras: um novo
velho desafio? Texto Contexto Enfermagem, Florianópolis, 2006 Jul-Set; 15(3):
479-82.
3. Greco R. Ensinando a Administração em Enfermagem através da Educação
em Saúde. Brasília (DF). Revista Brasileira de Enfermagem. Brasília 2004 V.
57,n. 4, p.504-507
4. Peres AM, Ciampone MHT. Gerência e competências gerais do enfermeiro.
Texto Contexto Enfermagem, Florianópolis, 2006 Jul-Set; 15(3): 492-9.
5. Aguiar ABA, Costa RB, Weirich CF, Queiroz, A L. Gerência dos serviços de
enfermagem: um estudo bibliográfico. Revista Eletrônica de Enfermagem, 2005
v. 07, n.03, p.319-327,.Disponível em
http://www.fen.ufg.br/Revista/revista7_3/original_09.htm. Data de acesso: maio
de 2008.
6. Rossi FR, Silva MAD. Fundamentos para processos gerenciais na prática do
cuidado. Rev Escola de Enfermagem da USP: 2005; 39(4):460-8.
7. Trevizan MA, Mendes IAC, Lourenço MR, Shinyashiki GT. Aspectos éticos na
ação gerencial do enfermeiro. Revista Latino-am Enfermagem, 2002; janeiro-
fevereiro; 10(1): 85-9.
8. Galvão C.M. et al. Liderança e comunicação: estratégias essenciais para o
gerenciamento da assistência de enfermagem no contexto hospitalar.
Rev.latino-am.Enfermagem, Ribeirão Preto, outubro 2000 v. 8, n. 5, p. 34-43,.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

307
UNISA - Universidade de Santo Amaro

9. Lourenço MR, Shinyashiki GT, Trevizan MA.. Gerenciamento e liderança:


análise do conhecimento dos Enfermeiros gerentes. Rev Latino-am
Enfermagem. 2005 julho-agosto; 13(4):469-73.
10. Santos S, Oliveira SEM, Castro C.B. Gerência do processo de trabalho em
enfermagem: liderança da enfermeira em unidades hospitalares. Texto Contexto
Enferm, Florianópolis, 2006 Jul-Set; 15(3):393-400.
11. Simões ALA, Fávero N. O Desafio da liderança para o enfermeiro. Rev
Latino-am Enfermagem. 2003 setembro-outubro; 11(5):567-73.
12. BALSANELLI, A.P; MONTANHA, D. Gestão integrada de processos. In:
BALSANELLI, A. P et al; Competências Gerenciais: desafio para o enfermeiro.
1ª ed. São Paulo: Martinari, 2008. v. 1, capítulo 6. 63-73.
13. Spagnuolo R.S, Pereira MLT. Práticas de saúde em Enfermagem e
comunicação: um estudo de revisão da literatura. Ciência e Saúde Coletiva.
2007;12 (6); 1603-10,
14. Regis, VLFL, Porto IS. A equipe de enfermagem e Maslow: (in) satisfações
no trabalho. Revista Brasileira de Enfermagem 2006 jul-ago; 59(4): 565-8.
15. Jorge MSB et al. Gerenciamento em enfermagem: um olhar critico sobre o
conhecimento produzido em periódicos brasileiros (2000-2004). Revista Brás.
Enfermagem, Brasília, 2007 jan-fev; 60(1):81-6
16. Benito GAV, Becker LC. Atitudes gerenciais do enfermeiro no Programa
Saúde da Família: Visão da Equipe Saúde da Família. Rev. Bras. Enfermagem,
Brasília, 2007 mai-jun 60(3): 312-6

________________________________________________________________
1.Discente da Faculdade de Enfermagem da Universidade de Santo Amaro -
UNISA. Carolana06@hotmail.com Rua Prof. Aurélio Arrobas Martins, 141
Grajaú - SP
2. Docente da disciplina de Administração da Faculdade de Enfermagem da
Universidade de Santo Amaro – UNISA. nurse_spilla@hotmail.com

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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UNISA - Universidade de Santo Amaro

COMPORTAMENTO AUTONÔMICO NO EXERCÍCIO ISOTÔNICO


DE RESISTÊNCIA MUSCULAR LOCALIZADA
NATALIA RODRIGUES DA COSTA(1), CARLA MARIA FRACCAROLLI(2), DANIELA
MESTER(3), JOSÉ MARIO COUTO DE SOUZA(4), FLÁVIO TOMAZELLI FAIM(5),
NADIELLE SANTOS COSTA(6), ALEXANDRA CORREA ARAUJO OCANHA(7), BRUNA
RITA BARBOSA PARREIRA(8), PALOMA CEREZER DE MELLO(9)

WLADIMIR MUSETTI MEDEIROS(10)(Orientadores)


Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
Durante a execução do exercício isotônico, ocorrem diversos ajustes
promovidos pelo Sistema Nervoso autônomo. O exercício isotônico é composto
de uma fase de contração e outra de relaxamento, resultando em oscilações na
atividade eletromiográfica e momentos de maior e menor perfusão sanguínea,
que conseqüentemente evitam a acentuada acidose metabólica que é um dos
principais desencadeadores do aumento da atividade simpática via
metaborreceptores. (1,2,3) O entendimento do comportamento autonômico
durante a execução deste modelo de exercício físico é de extrema importância
em programas de reabilitação.

OBJETIVO:
O objetivo do presente estudo foi avaliar a atividade do sistema nervoso
autônomo através da Variabilidade da Freqüência Cardíaca durante o repouso e
exercício isotônico de resistência muscular localizada em indivíduos saudáveis.

METODOLOGIA:
Este estudo foi submetido pelo Comitê de Ética e pesquisa da Universidade de
Santo Amaro, sendo aprovado sob o parecer numero 033/2008 e registro CEP-
UNISA numero 062/08.
Foram estudados doze indivíduos saudáveis, sendo sete do sexo feminino,
cinco do sexo masculino, 23,4 (± 5,9), peso 66,2 (± 12), altura 171 (± 9,5) e IMC
22,49 (± 1,94). Foi realizado cinco minutos de repouso (A) três series de quinze
repetições de exercício isotônico de extensão de joelho bilateral, com 40% de
1RM, com intervalo de um minuto entre as séries (B). A pressão arterial (PA) foi
aferida no repouso, no inicio de cada série e cinco minutos após o exercício.
Para a avaliação do comportamento do SNA será utlizado a Variabilidade da
Frequência Cardíaca (VFC). Os dados de Variabilidade da Frequencia Cardiaca
foram obtidos com o Polar System® e o Transmissor Eletromagnético T61™ e a
Unidade de Captação Polar S 810®, através do Programa Polar Precision
Performance. Dados estatísticos foram representados por médias, medianas e
desvio padrão; analisados pelo SPSS 11.5 for Windows; normalizados pelo

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

309
UNISA - Universidade de Santo Amaro

Teste de Kolmogorov-Smirnov. Quando os dados comparados eram


normatizados: ANOVA, seguido de Post-Hoc de Sheffe. Quando não
normatizados: teste de Mann- Witney. Diferenças consideradas significativas: *p
0,05.

RESUMO:
A população estudada foi de um total de 12 indivíduos, sendo 58% (7
pacientes) do sexo feminino, 42% (5 pacientes) do sexo masculino. A
população estudada obteve idade média (anos) de 23,4 (± 5,9), e peso médio
(Kg) de 66,2 (± 12), altura média (cm) de 171 (± 9,5) e IMC médio (Kg/cm2) de
22,49 (± 1,94).
Comparando repouso com o exercício isotônico obteve-se: LF *(1732,46 x
716,19); HF *(408,64 x 111,62); LF/HF (461,90 x 430,25).

CONCLUSÃO:
Conclui-se que no exercício isotônico ocorre um moderado predomínio da
atividade do SNA Simpático as custas de uma manutenção da atividade do SNA
Simpática e uma discreta, porém signficativa retirada da atividade do SNA
Parassimpático.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
1 - ALONSO, D. O.&#894; FORJAZ, C. L. M.&#894; REZENDE, L. O.&#894;
BRAGA, A. M. F. W.&#894; BARRETTO, A. C. P.&#894; NEGRÃO, C. E.&#894;
RANDON, M. U. P. B. Comportamento da freqüência cardíaca e da sua
variabilidade durante as diferentes fases do exercício físico progressivo
Maximo. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, São Paulo, v.71, n.6, p.787-792,
1998.

2 - MITCHELL, J. H. Neural control of the circulation during the exercise. Méd


Sci Sports Exercise, v.22, p.142-154, 1990.

3 - MIDDLEKAUFF, H. R,; NGUYEN, A. H.; NEGRÃO, C. E. Impacto f acute


mental stress on sympathetic nerve activity and regional blood flow in advanced
heart failure: implications for “triggering” adverse cardiac events. Circulation,
v.96, p.1832-1842, 1997.

________________________________________________________________
Grupo de Estudos em Reabilitação e Fisiologia do Exercício - GERFE - UNISA.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

310
UNISA - Universidade de Santo Amaro

CONTAGEM DE MICROORGANISMOS AERÓBIOS MESÓFILOS


TOTAIS EM AMOSTRAS DE BRINQUEDOS MANIPULADOS POR
CRIANÇAS USUÁRIAS DE CRECHE
FABIANA ROSA CORREIA(1)

LEILA DA SILVA ALVARENGA(2),DAMARIS GOMES MARANHAO(3)(Orientadores)


Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
A creche no Brasil, desde a Constituição de 1988, é um serviço responsável
pelo cuidado e educação de crianças menores de cinco anos de idade. A
especificidade desse serviço desafia-nos a repensar como organizar um
ambiente que propicie interações e brincadeiras que favoreçam o
desenvolvimento da identidade, autonomia e socialização das crianças e, ao
mesmo tempo, seja seguro, no sentido de prevenir acidentes e a disseminação
de doenças prevalentes. A instituição de precauções padronizadas para o
cuidado da criança e do ambiente pode diminuir esses riscos. Um dos
problemas mais complexos de solucionar é a manipulação coletiva de
brinquedos que são levados constantemente à boca por várias crianças.
Embora haja controvérsias, pesquisadores tem alertado para o perigo de
infecções cruzadas envolvendo brinquedos nos serviços de saúde, sobretudo
no ambiente hospitalar, destacando a importância da limpeza e desinfecção dos
mesmos.

OBJETIVO:
Detectar e quantificar microrganismos aeróbios mesófilos em brinquedos
coletivos manipulados por crianças na creche.

METODOLOGIA:
O campo de estudo foi um Centro de Educação Infantil mantido por entidade
social em parceria com a Secretaria de Educação do Município de São Paulo,
localizado na subprefeitura de Capela do Socorro, área de abrangência da
Universidade Santo Amaro. A pesquisa foi iniciada pela observação das
crianças brincando em diferentes dias e grupos etários, para identificação do
tipo de brinquedo existente na creche, preferência das crianças de acordo com
a faixa etária e como manipulam e trocam entre si os brinquedos. Esses dados
foram coletados tanto por meio de entrevista com a auxiliar de enfermagem e
diretora como pela observação direta registrada em fotografias e vídeo. Após a
observação coletou-se amostras de três tipos de brinquedos em três grupos
etários diferentes, por meio de swabs embebidos em solução fisiológica, a
seguir inseridos e transportados em tubos de ensaio contendo caldo TSB, que

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

311
UNISA - Universidade de Santo Amaro

foi o mesmo utilizado como meio de cultura para o crescimento microbiano que
aconteceu sob condições de estufa bacteriológica a 37 0C por 48 horas. A
quantificação dos microrganismos foi feita por método de turvação (Tabela de
Mac Farland ) no laboratório de Microbiologia da Universidade de Santo Amaro.

RESUMO:
Os resultados indicam que os brinquedos apresentaram contagem microbiana
significativa de aeróbios mesófilos, inclusive naqueles que foram lavados e
desinfetados pela auxiliar de enfermagem. Apenas um brinquedo não
apresentou crescimento microbiano. Esse resultado é compatível com a
freqüência e método de higienização dos brinquedos observada que não segue
as recomendações na literatura especializada em creche. Na revisão de
literatura não foram encontrados referenciais que apresentassem padrões
aceitáveis da quantidade de microrganismos mesófilos aeróbios em superfície
ou utensílios para a associação da sua quantidade com o risco de infecção,
porém foram encontradas referências que apresentam o mesmo método
utilizado neste estudo, no entanto, realizado em alimentos ou cosméticos. O
Grupo Mercado Comum aprovou Parâmetros de Controle Microbiológico para
Produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes e disponibilizou os limites
propostos, estabelecidos em função da área de aplicação e faixa etária, sendo
o limite máximo de aceitação para contagem de microrganismos mesófilos
aeróbios totais de 5x102 UFC/g, para produtos de uso infantil, produtos para
área dos olhos, produtos que entram em contato com mucosas e 5x103 UFC/g
para os demais produtos susceptíveis à contaminação microbiológica. A
metodologia utilizada em nossa pesquisa para a coleta do material foi igual à
usada por Silva, Neusely et al(19), onde relata no Livro: Manual de métodos de
análise microbiológica de alimentos, uma técnica do esfregaço de superfície, na
qual é feita aplicação em peixes inteiros, carcaças e cortes de bovinos, suínos e
aves, superfícies de equipamentos, mesas, utensílios e embalagens; e os
resultados desta pesquisadora foram expressos em NMP ou UFC por cm2 de
amostra. De modo geral, considerou-se que 1ml da suspensão equivale a 2cm2
da superfície, porém essa relação pode ser alterada a critério do analista,
dependendo do tipo de amostra e objetivo da amostragem. No presente estudo,
essa relação de 1ml de suspensão equivalendo a 2 cm2 de superfície foi
adotada.

CONCLUSÃO:
Conclui-se que há um grande número de microrganismos nos diferentes tipos
de brinquedos manipulados nos diferentes grupos etários, antes e após a
higiene dos mesmos. Há falhas na freqüência e processo de higiene dos
brinquedos, o que implica na necessidade de revisão desse procedimento que
deverá ser validado com nova pesquisa.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

312
UNISA - Universidade de Santo Amaro

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
MARANHÃO, Damaris Gomes; VICO, Eneida Sanches Ramos. Higiene e
precauções padrões em creche- contribuindo para um ambiente saudável. In:
Santos, Lana Ermelinda da Silva. Creche e Pré-escola: uma abordagem de
saúde. São Paulo: Artes Médicas, p.131-147, 2004. FREITAS, Ana Paula
Carrasco Borges et al. Brinquedos em uma brinquedoteca: um perigo real? Vol.
39, n.4,p.291-294. Franca/SP: 2007. FLEMING, Kathleen. Toys-friend or foe? A
study of Infection risk in a paediatric intensive care unit. Paediatric Nursing. Vol
18, No 4, may 2006.

________________________________________________________________
1- Graduanda do oitavo semestre de Enfermagem da Universidade de Santo
Amaro
2- Mestre em Microbiologia e Professora da disciplina de Microbiologia da
Universidade de Santo Amaro
3- Doutora em Enfermagem e Professora da disciplina de Saúde da Criança da
Faculdade de Santo Amaro.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

313
UNISA - Universidade de Santo Amaro

De que forma as Artes Marciais contribuem para uma boa


qualidade de vida?
JEFERSON BARBOSA DE SOUZA(1), RONALDO RIBEIRO CABRAL(2), UELBER
PINHEIRO DUTRA(3)

CHRISTIANE GOUVEA PIVA(4),RUBENS DOS SANTOS BRANQUINHO(5)(Orientadores)


Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
As artes marciais têm suas raízes no Oriente. Cada uma delas é uma reunião
de tradições, rituais, filosofias e técnicas de luta. Todas exigem muita disciplina,
concentração, respeito e muito treino. Mas em qualquer modalidade, a principal
batalha é consigo mesmo, para superar limites e emoções.
Com o avanço da sociedade humana, várias modalidades foram se
desenvolvendo, sempre ligadas a uma filosofia de vida que privilegia o respeito
aos outros e a autodefesa como meta. As Artes Marciais trabalham o corpo e a
mente de forma indissociável, buscando, sobretudo, o desenvolvimento pleno
do indivíduo.
Atualmente, a prática das artes marciais possui um papel significativo na
sociedade. Diferentes tipos de estilos de luta expandiram-se e já não mais
atende somente a um grupo de pessoas, e sim, a um número que cresce cada
vez mais levado pelos variados motivos, que podem ser: a autodisciplina, a
manutenção da saúde, a estabilidade emocional, a habilidade defensiva, a
qualidade de vida, entre outros.
É cada vez mais freqüente a presença de mulheres, crianças, jovens adultos,
idosos e profissionais das mais diversas áreas nas academias, nas escolas, nos
campos de treinamento e nos clubes que oferecem a prática das artes marciais.
Artes Marciais são tidas como atividades físicas plenas, que trabalham o corpo
e a mente, buscando um equilíbrio fundamental para o desenvolvimento integral
do indivíduo. Sua prática não só é saudável para uma boa forma física, mas
também para o desenvolvimento das virtudes dos adeptos (FUNAKOSHI, 2002).
As aulas envolvendo lutas não devem ser ministradas seguindo padrões
praticados em academias visando conquistas ou como forma de treinamentos,
devem obviamente vir atrelada a elas alterações, visando recursos propícios
para o bem estar e felicidade dos alunos. Incutindo por assim dizer em um
planejamento de práticas pedagógicas de cunho escolar que respeitem desde
faixa etária a individualidade de cada um, criando benefícios mútuos para todos
os envolvidos.
A prática da luta apresenta valores que contribuem para o desenvolvimento
pleno do cidadão. Identificado por médicos, psicólogos e outros profissionais,
por suas possibilidades pedagógicas. As lutas, por sua natureza histórica,
apresentam um rico acervo cultural, além disso, analisada na perspectiva da

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

314
UNISA - Universidade de Santo Amaro

expressão corporal, seus movimentos resgatam princípios inerentes ao próprio


sentido e papel da Educação Física na sociedade atual, ou seja, promoção da
saúde.

OBJETIVO:
O conceito qualidade de vida tem suscitado pesquisas e cresce a sua utilização
nas práticas desenvolvidas nos serviços de saúde, por equipes profissionais
que atuam junto a usuários acometidos por enfermidades diversas. O presente
artigo tem como objetivo analisar como a prática das artes marciais poderá
melhorar ou contribuir para uma boa qualidade de vida.

METODOLOGIA:
O estudo será realizado por meio de pesquisa bibliográfica, buscando a análise
e crítica de textos. Segundo Cervo (2002), a pesquisa bibliográfica procura
explicar um problema a partir de referências teóricas publicadas em
documentos, buscando conhecer e analisar as contribuições culturais ou
científicas do passado sobre um determinado assunto, tema ou problema.
Adotamos por critério, analisar artigos e livros que abordem a qualidade de vida
e as artes marciais, e através da leitura e das discussões, buscar compreender
melhor o tema a ser estudado.

RESUMO:
A saúde e a qualidade de vida do homem podem ser preservadas e
aprimoradas pela prática regular de atividade física. O sedentarismo é condição
indesejável e representa risco para a saúde (CARVALHO, 1996).
Os malefícios do sedentarismo superam em muito as eventuais complicações
decorrentes da prática de exercícios físicos, os quais, portanto, apresentam
uma interessantíssima relação risco/benefício. Pesquisas têm comprovado que
os indivíduos fisicamente aptos e/ou treinados tendem a apresentar menor
incidência da maioria das doenças crônico-degenerativas, explicável por uma
série de benefícios fisiológicos e psicológicos, decorrentes da prática regular da
atividade física (CARVALHO, 1996).
Benefícios significativos para a saúde já podem ser obtidos com atividades de
intensidade relativamente baixa, comuns no cotidiano, como andar, subir
escadas, pedalar e dançar. Portanto, não somente os programas formais de
exercícios físicos, mas também atividades informais que incrementem a
atividade física são interessantes. Ambas as possibilidades devem ser
consideradas, na medida em que a soma delas permite mais facilmente atingir
determinada quantidade de atividade física (CARVALHO, 1996).
Encontramos na Educação Física novos atalhos rumo a uma melhor qualidade

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

315
UNISA - Universidade de Santo Amaro

de vida como, por exemplo, as artes marciais.

CONCLUSÃO:
As artes marciais se traduzem pela busca constante do aperfeiçoamento
pessoal, trazendo aos seus praticantes uma contribuição para harmonização do
meio onde se está inserido, incutindo por assim dizer em uma melhora dos
aspectos sociais, afetivos, culturais, filosóficos, educativos e de evolução
motora, buscando por assim dizer uma melhora na qualidade de vida.
Muitos autores citam nas suas pesquisas o termo atividade física como melhora
da qualidade de vida, onde o mesmo abrange uma série de fatores, porém no
que diz respeito a atividade física, as artes marciais trabalham para um bem
estar físico e psicológico, o que para o indivíduo irá prepará-lo para enfrentar
outras questões que englobam os diversos fatores para uma boa qualidade de
vida.
A prática das artes marciais é um dos meios pelo qual podemos melhorar a
própria vida e ajudar os outros, a união desses pequenos fragmentos poderá
constituir um grande todo (IEDWAD E STANDEFER, 2001).
Portanto o papel do professor aliado as artes marciais é de ajudá-los a aprender
sobre si mesmos, despertando aquilo que os torna especial como pessoa, seu
modo de pensar, sentir e agir.
Com o presente artigo queremos mostrar que á pratica das artes marciais não
necessariamente trará uma boa qualidade de vida, porém servirá como energia
para buscar os outros determinantes que a compõem.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares
nacionais: educação física. Brasília, MEC /SEF, 1998.

CARVALHO, T. Medicina do Esporte: atividade física e saúde. Revista Brasileira


Medicina do Esporte, 1996, Vol.2, Nº 4.

CERVO, A. L. Metodologia Científica. 5ª Ed. São Paulo: Prentice Hall, 2002.

FUNAKOSHI, G. Karatê-Do: o meu modo de vida. São Paulo: Cultrix, 2002

GONÇALVES A.; VILARTA, R. Qualidade de vida atividade física: explorando


teorias e práticas. São Paulo: Manole, 2004.

IEDWAD, C.; STANDEFER, R. Um caminho de paz: um guia das tradições das


artes marciais para os jovens. São Paulo: Cultrix, 2001.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

316
UNISA - Universidade de Santo Amaro

LAGE, V. Karatê do: a sabedoria de um modo de viver, 2004. Disponível em:


http://www.cori.unicamp.br/jornadas/completos/UFSCAR/ND1024%20Victor%20
Lage_AUGM_06Artigo%5B1%5D.doc. Acesso em 25 março 2007.

MOREIRA, W. W. Qualidade de vida: complexidade e educação. 3ª Ed. São


Paulo: Papirus, 2007.

REID, H.; CROUCHER, M. O caminho do guerreiro: o paradoxo das artes


marciais. São Paulo: Cultrix, 2003.

SEIDL E. M. F.; ZANNON C. M. L. C. Qualidade de vida e saúde: aspectos


conceituais e metodológico, 2004. Disponível
em:http://www.scielosp.org/scielo.php?script=sci _rttext&pid=S0102-
311X2004000200027. Acesso em 10 setembro 2008.

________________________________________________________________
A qualidade de vida é um termo empregado para descrever a qualidade das
condições de vida levando em consideração fatores como saúde, educação,
bem-estar físico, psicológico, emocional e mental, expectativa de vida etc. A
qualidade de vida envolve também elementos não relacionados, como a família,
amigos, emprego ou outras circunstâncias da vida.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

317
UNISA - Universidade de Santo Amaro

Declínio da Capacidade Cognitiva do Idoso


EDITANIA ALVES MIRANDA(1)

HOGLA CARDOZO MURAI(2)(Orientadores)


Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
O processo de envelhecimento pode ser acompanhado pelo declínio das
capacidades físicas e cognitivas dos idosos de acordo com suas características
de vida. Constatou-se que o declínio desencadeado pelo incidiu nas tarefas que
exigiam rapidez, atenção, concentração e raciocínio, resultando em lentidão e
perda de precisão; todos esses fatores contribuem para o declínio da
capacidade cognitiva (DCC) que decorre de processos fisiológicos do
envelhecimento normal ou patológico. O DCC compromete o bem-estar bio-
psico-sicial do idoso, impedindo a continuidade da sua vida social de forma
participativa, tendo implicações importantes para a família, comunidade,
sistema de saúde e para a vida do próprio idoso, uma vez que a incapacidade
ocasiona maior vulnerabilidade e dependência, contribuindo para a diminuição
do bem-estar e da qualidade de vida dos idosos, eles ainda queixam da
dificuldade de armazenar informações e de resgatá-las, além de referirem seus
prejuízos decorrentes da velhice, levando a muitos ao auto-abandono e perda
da auto-estima.

OBJETIVO:
Identificar, analisar e descrever, na produção científica, o conceito e as
intervenções propostas para amenizar o declínio da capacidade cognitiva da
pessoa idosa.

METODOLOGIA:
O estudo se caracteriza por uma revisão bibliográfica de caráter descritivo
utilizando o portal da Biblioteca Virtual em Saúde (BIREME), para realizar o
levantamento bibliográfico, nas bases de dados: Lilacs (Literatura Latino
Americana e do Caribe em Ciências da Saúde) e BDENF (Base de dados da
Enfermagem) e da biblioteca eletrônica Scientific Electronic Library Online
(Scielo) utilizando os descritores de assunto: “Memória”, “Idoso”, “Cognição” e
“Envelhecimento”, sendo estes intercaladas diferentemente. Para a composição
do material de estudo foram incluídos artigos científicos nacionais após leitura
de título, resumo e introdução identificando a pertinência temática dentro de um
recorte de dez anos. Foram usados, também, para complementação deste
material de estudo outras fontes retiradas das referências bibliográficas dos
artigos selecionados.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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UNISA - Universidade de Santo Amaro

RESUMO:
O diagnóstico precoce do declínio da capacidade cognitiva é descrita, de forma
evolutiva: Comprometimento Cognitivo Leve (CCL), o indivíduo não seria normal
nem demente, preservação das atividades da vida diária, atividades
instrumentais complexas intactas ou minimamente comprometidas,
comprometimento subjetivo de memória confirmado por um informante e
ausência de demência.
O declínio intelectual é influenciado pelos fatores biológicos, genéticos,
ambientais e sociais, contribuindo para a vulnerabilidade de alguns idosos ao
desenvolvimento do quadro. Este fato não faz parte do processo de
envelhecimento normal, porém, há evidências que o desempenho intelectual do
idoso apresenta discreta deterioração em tarefas que exigem maior velocidade,
flexibilidade no processamento de informações, concentração, atenção e
raciocínio indutivo. Foi mostrado que maioria dos idosos apresentam
dificuldades para realização de AIVDs, AVDs, as relações sociais e familiares
são bloqueadas, prejudicando gradativamente sua autonomia. O diagnóstico
precoce possibilita intervenção terapêutica, diminui os níveis de estresse para
os familiares, reduz o risco de acidentes e retarda o início da demência. Autores
sustentam a idéia de que quanto maior o número de atividades sociais, físicas e
culturais, maior proteção das condições cognitivas; outros chegaram à
conclusão que este fato não há significância estatisticamente, após ter aplicado
o MEEM antes e depois de atividades estimuladoras da memória. O sistema
cognitivo pode ser beneficiado através de estratégias de treinos, como, oficina
de memória, teste de memória episódica, uso de estratégia de memória,
velocidade do processamento, metamemória e humor.
Foi demonstrado que, quando as pessoas fortalecem seus cérebros,
conseqüentemente, previnem o declínio cognitivo por meio de exercícios
mentais, experimentam melhora da memória, pensam com mais agilidade,
captam conceitos abstratos e que as capacidades físicas e mentais podem ser
estimuladas, mantidas e recuperadas, especialmente quando sua perda for
causada por fatores extrínsecos. Em contrapartida, pessoas que sofrem de
deterioração mental apresentam atitudes e atividades associadas a uma rígida
rotina e à insatisfação com a vida.

CONCLUSÃO:
Os fatores biológicos, genéticos, ambientais e sociais influenciam na
vulnerabilidade de alguns idosos e interagem favorecendo a instalação e
evolução do quadro. A manifestação do declínio intelectual está associada a
perdas no desempenho de tarefas que exigem maior velocidade, flexibilidade no
processamento de informações, concentração, atenção e raciocínio

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

319
UNISA - Universidade de Santo Amaro

contribuindo para o comprometimento da realização das AVDs e AIVDs


interferindo significativamente na qualidade de vida do indivíduo. Alguns
caminhos são apontados para a prevenção do declínio cognitivo que intervém
no ritmo de evolução e na reabilitação, como, oficina de memória, teste de
memória episódica, uso de estratégia de memória, velocidade do
processamento, metamemória e humor, utilizando-se metodologias inovadoras
de treino como o uso de vídeo cassete, grupos de estudo, treinos através de
computador e o auto-teste. Percebe-se que há uma necessidade crescente de
capacitação multiprofissional, nas quais a enfermagem está inserida; tendo
mais subsídios sobre o processo de envelhecimento saudável, mais se poderá
trabalhar para a prevenção, como também, identificar precocemente os sinais
iniciais visando uma melhor qualidade de vida para esta população.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
ARGIMON I.I.L. etal. Instrumentos de avaliação de memória em idosos: uma
revisão. RBCEH – Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano,
Passo Fundo; jul-dez, p. 28-35 2005.

MACHADO J.C. et al. Avaliação do Declínio Cognitivo e sua relação com as


características sócio-econômicas dos Idosos em Viçosa-MG. RevBrás
Epidemiol, v. 10, n. 04, p. 592-604, 2007.

SOUZA J.N.; CHARLES E.C. O efeito do exercício de estimulação da memória


em idosos saudáveis. RevEsc Enfer USP, v.39, n.1, p.13-9, 2005.

________________________________________________________________
¹ Graduanda do 4º ano da Faculdade de Enfermagem da Universidade de
Santo Amaro
² Doutora em Enfermagem, docente da Disciplina Saúde Coletiva da Faculdade
de Enfermagem da Universidade de Santo Amaro.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

320
UNISA - Universidade de Santo Amaro

DEFICIÊNCIA DE FERRO E ANEMIA CARENCIAL FERROPRIVA


NA PRIMEIRA INFÂNCIA: IDENTIFICAÇÃO, CONDUTA E
PROCEDIMENTOS MÉDICOS
THIAGO DE ASSIS FISCHER RAMOS(1), CINTHIA PASSOS DAMASCENO(2),
GABRIELA BONENTE DE ANDRADE(3), LARISSA ARAUJO PERDOMO(4), CAMILA
FERNANDA CLAUDINO(5), MAYCON PAULO DE OLIVEIRA(6), CRISTHIANE LABES
DOS SANTOS(7)

PATRICIA COLOMBO COMPRI(8)(Orientadores)


Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
A deficiência de ferro é a principal carência nutricional do mundo, afetando
cerca de dois bilhões de pessoas. O ferro é um nutriente de extrema
importância, relacionado a diversas funções no organismo, dentre elas, seu
papel no transporte respiratório, na defesa imunológica e no desempenho
cognitivo. Associada à deficiência de ferro está a anemia carencial ferropriva,
doença que causa as mais graves conseqüências quando atinge crianças na
primeira infância, pois suas alterações englobam prejuízo no desenvolvimento e
na coordenação motora, comprometimento no desenvolvimento da linguagem,
além de altos índices de reprovação e desistência nos primeiros anos
escolares. Na região sul do município de São Paulo a patologia assume
grandes proporções.

OBJETIVO:
O objetivo geral deste estudo foi avaliar a identificação, a conduta e os
procedimentos médicos em relação à deficiência de ferro e à anemia carencial
ferropriva em crianças de 6 a 24 meses de idade dessa região do município.

METODOLOGIA:
Foi aplicado, com o consentimento dos entrevistados, um questionário contendo
cinco questões abertas com gabarito pré-estabelecido a cinqüenta médicos que
trabalhassem com puericultura , além de informações a respeito da faculdade
de formação(São Paulo ou fora de São Paulo), tempo de formado(<= 10 anos
ou 10 anos), bem como sua especialidade(pediatra,generalista ou outros) e
local de atuação(PSF, LAAR/GRAJAÚ ou AI), intituladas como instrumento de
coleta de dados. O questionário apresentou as seguintes questões:

1.Qual é a principal carência nutricional que atinge crianças de 6 a 24 meses na


região sul do município de São Paulo? Cite a patologia associada.
2.Quais são as conseqüências desta patologia? Cite pelo menos três.
3.Qual é a sua conduta profilática e terapêutica?

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

321
UNISA - Universidade de Santo Amaro

4.Em sua opinião, após o diagnóstico, por quanto tempo essa criança deve ser
acompanhada?
5.Qual é a sua orientação para a mãe ou responsável?

Na análise estatística do questionário empregou-se a decomposição aditiva do


Qui Quadrado, distribuição do Qui Quadrado para tabelas de associação,
utilizando-se, quando necessário, o teste exato de Fisher.

RESUMO:
Em relação à questão 1, pôde-se observar que a maioria dos entrevistados
reconhece a anemia carencial ferropriva como uma importante patologia da
infância. Por meio da questão 2 foi evidenciado que os profissionais formados
em São Paulo detêm maior conhecimento no que se refere às conseqüências
da patologia para a criança. A questão 3 foi subdividida em dois ítens -a e b-
para a obtenção de um gabarito mais específico.Na análise do número de
acertos da questão 3a, foi mais uma vez observado que os profissionais
formados em São Paulo estão mais informados no que se refere à escolha do
medicamento correto. Por meio da questão 3b, constatou-se que apenas uma
ínfima parcela dos profissionais consegue prevenir e tratar corretamente os
pacientes, dentre eles, o pediatra é o que melhor conhece a conduta adequada.
Na questão 4, a maioria dos entrevistados sabia por quanto tempo a criança
deveria ser acompanhada após a identificação da patologia, dentre estes,
destaca-se grupo de médicos que se formaram em período igual ou menor que
10 anos. Na questão 5, cerca de 80% dos entrevistados sabiam orientar
adequadamente a mãe ou responsável, destacando-se os profissionais
paulistanos.

CONCLUSÃO:
A partir dos dados obtidos na pesquisa, foi possível concluir que a maioria dos
médicos entrevistados sabe identificar a doença, contudo, pouco mais da
metade é capaz de associá-la às suas conseqüências. Desta parcela, a maior
parte dos médicos é formada no município de São Paulo. No que concerne à
conduta profilática e terapêutica, a maior parte dos médicos tem conhecimento
da medicação adequada, sendo os profissionais formados no município de São
Paulo novamente melhor informados, entretanto, menos de um quarto da
população médica entrevistada soube informar a posologia adequada para a
idade de 6 a 24 meses no que se refere à profilaxia e terapêutica. Dentro dessa
amostra pôde-se observar que os pediatras, em comparação aos generalistas e
outros especialistas, obtiveram maior êxito ao responder à questão. Em relação
ao tempo de acompanhamento pós-diagnóstico, a pesquisa revelou que boa
parte dos médicos sabe o período pelo qual a criança deve ser acompanhada.
Destes, os formados há menos de dez anos, estão mais esclarecidos.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

322
UNISA - Universidade de Santo Amaro

Finalmente, no que tange à orientação aos responsáveis pela criança, uma alta
porcentagem de profissionais sabe informá-los e, mais uma vez, os médicos
formados no município apresentaram melhores resultados. Portanto, ficou
elucidado que a grande maioria dos médicos possui um conhecimento
superficial da anemia ferropriva, mesmo esta sendo uma doença de alta
prevalência e de extrema importância na saúde pública.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
1. Devi PK. Observations on Anemia in Pregnancy in India. The American
Journal of the Medical Sciences. Israel; 1966. p. 494-8;
2. Choppra JG & Byam NTA. Anemia Survey in Trinidad and Tobago. American
Journal of Public Health; 1968. p. 1922-36;
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and Gynaecology; 1961. p. 994-9;
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Eradication of Iron Deficiency; 1977;
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7. Reunion Mixta ADI/OIEA/OMS, Ginebra, 1970. Lucha Contra la Anemia
Nutricional, Especialmente Contra la Carencia de Hierro; informe. Ginebra,
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8. Simmons KW et al. Nutritional Anemia in the English Apeaking Caribbean and
Suriname. American Journal of Clinical Nutrition; 1982. p. 327-37;
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10. Benett, JC, Plum, F. Tratado de Medicina Interna. 20ª Edição. Rio de
Janeiro: Editora Guanabara Koogan; 1997. p. 928-930;
11. Devincenzi UM, Ribeiro LC, Sigulem DM. Anemia Ferropriva na Primeira
Infância – I. Revista Compacta Nutrição. 2000;
12. Stanco GG. Funcionamiento Intelectual y Rendimiento Escolar en Niños con
Anemia y Deficiencia de Hierro. Revista Colômbia Médica. 2007;
13. World Health Organization. Iron deficiency anaemia assessment, prevention,
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Infância na Cidade de São Paulo (1984-1996). Revista Saúde Pública; 2000. p.
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9ª Edição. São Paulo: Editora Roca; 1998. p. 734-737;
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Editora Blucher; 2002. p. 813-816;

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323
UNISA - Universidade de Santo Amaro

17. Compri PC. Anemia Ferropriva e os Serviços de Atenção Primária à Saúde:


Fatores de Risco e Qualidade de Atendimento. São Paulo. Universidade
Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina. 2004;
18. Guyton, AC, Hall, JE. Tratado de Fisiologia Médica. 9ª Edição. Rio de
Janeiro: Editora Guanabara Koogan; 1997. p. 393, 394, 802, 956;
19. Filho, GB. Bogliolo Patologia Geral. 2ª Edição. Rio de Janeiro: Editora
Guanabara Koogan; 1998. p. 71, 289;
20. Wintrobe, MM, Lee, GR, Bithell, TC, Foerster, J, Athens, JW, Luknes, JN.
Hematologia Clínica. 1ª Edição. São Paulo: Editora Manole Ltda; 1998. p. 884-
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São Paulo: Editora Atheneu; 2003. p. 129-130;
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de São Paulo. [acesso em 2008 Jun23]. Disponível em:
http://ww2.prefeitura.sp.gov.br//arquivos/secretarias/saude/ass_farmaceutica/00
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25. Castro TG et al. Caracterização do Consumo Alimentar, Ambiente
Socioeconômico e Estado Nutricional de Pré-Escolares de Creches Municipais.
Revista de Nutrição. Campinas; 2005;
26. Ferreira H et al. Estudo Epidemiológico Localizado da Freqüência e Fatores
de Risco para Enteroparasitoses e sua Correlação com o Estado Nutricional de
Crianças em Idade Pré-Escolar – Parasitoses Intestinais e Desenvolvimento
Infantil. Publicatio UEPG Ciências Biológicas e da Saúde. Ponta Grossa; 2006.
p. 33-40;
27. Torres MAA, Sato K, Queiroz SS. Anemia em Crianças Menores de Dois
Anos Atendidas nas Unidades Básicas de Saúde no Estado de São Paulo.
Revista Saúde Pública. São Paulo; 1994;
28. Saude.gov.br [homepage na internet]. República Federativa do Brasil: Diário
Oficial da União. [acesso em 2008 Jun 23]. Disponível em:
http://dtr2004.saude.gov.br/nutricao/documentos/portaria_730_ferro.pdf;

________________________________________________________________
Trabalho Aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa do HGG em 08/11/2007 –
Protocolo n° 042/2007.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

324
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Dependência química: Abordagem sistêmica com recursos da


comunidade
KATYA APARECIDA GONÇALVES FIGUEIRA(1)

JOAO LOURENCO CHINAGLIA NAVAJAS(2)(Orientadores)


Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
O alcoolismo é um dos mais sérios problemas de saúde pública na atualidade,
despertando a atenção de autoridades médicas e sanitárias em diversos
países.
No Brasil, as cifras são alarmantes: segundo os dados do I Levantamento
Domiciliar sobre o Uso de Drogas no Brasil, realizado em 1999, pelo CEBRID¹,
em conjunto com a então SENAD², a prevalência da dependência do álcool já
era de 11,2% na população brasileira.
Estatísticas da OMS e da Abead³ acusam que o alcoolismo está presente em
60% dos maus tratos e abusos sexuais às crianças e esposas e em 25% a 54%
dos acidentes de trabalho.
A doença é a oitava causa de concessões de auxílio-doença e de problemas
direta ou indiretamente (desde o tratamento até a perda da produtividade)
relacionados ao uso da substância, consumindo de 0,5% a 7% do PIB
brasileiro.
Conhecendo essa conjuntura e visando uma intervenção social, foi fundado o
Grupo de Eestudos de Dependência Química , da Faculdade de Medicina Santo
Amaro, em 1999, construído por iniciativa dos estudantes da XXXª turma,
respaldados pela supervisão do professor João Lourenço Chinaglia Navajas,
médico psiquiatra. Assim como foi articulado um vínculo com a Disciplina de
Saúde coletiva.
O Grupo desenvolve suas atividades através de reuniões semanais no Hospital
Escola Wladimir Arruda (HEWA) onde se realizam as atividades de apoio ao
dependente químico, englobando pacientes do HEWA, pacientes internados no
Hospital Geral do Grajaú e dependentes químicos da própria comunidade. Tais
atividades proporcionam um programa de recuperação bio-psico-sócio-espiritual
aos acolhidos.
A atividade do grupo possibilita uma interação entre a Universidade e a
comunidade, com a intenção de integrar ensino, pesquisa e extensão
indissociavelmente. Tal ação responde a uma demanda social reprimida nesta
área e assim atendendo a concepção paulofreiriana de libertação do indivíduo,
contribuindo para uma formação crítica e reflexiva.

OBJETIVO:
Trazer o Modelo Minnesota para o meio acadêmico para fins de ensino,

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

325
UNISA - Universidade de Santo Amaro

pesquisa e extensão. Contribuir para o fortalecimento dos princípios


Institucionais do SUS (Universalidade, Integralidade e Eqüidade) e usá-lo como
instrumento de ações de saúde mental destinadas aos Dependência Química,
em geral.
Através da vivência do projeto, pautar a importância do dialogo com a
comunidade, afim de articular o saber popular ao saber científico, respeitando
assim a autonomia dos indivíduos e tendo a clareza de que o conhecimento não
é construído para o outro e sim com o outro.
Assim como contribuir para o debate sobre construção e efetivação de políticas
públicas mais consistentes e que estejam em consonância com o perfil
epidemiológico e socioeconômico do país.

METODOLOGIA:
Os grupos são conduzidos pelos estudantes que aprendem por imersão e
inserção no metodo, privilegiando a formação de casais terapêuticos. As
atividades aplicadas são planejadas na seqüência dos quatro primeiros passos,
podendo ser repetido conforme evolução clínica de cada caso. - introdução ao
tratamento Avaliação do estado geral e tratamento de co-morbidades;
Continência para os conteúdos emocionais dos alcoólicos que emergem devido
à abstinência da substância química psicoativa; O método cognitivo
comportamental é aplicado para evitar o primeiro gole - conscientização e
fortalecimento da vontade Fornecer subsídios para revisão de valores éticos e
morais, através dos quais beber não fará mais sentido; Trabalhar mecanismos
de defesa fomentados pela negação da doença (Primeiro passo); Ingressar e
participar de grupos de anônimos como voluntários; e Aplicação propriamente
dita dos doze passos, até o quarto passo, visando o fortalecimento da vontade
e a revisão de valores - programa de recuperação progressiva (PRP). -
Familiares Busca de doenças psicossomáticas causadas por estresse
emocional crônico; Trabalhar mecanismos inadequados de proteção emocional
gerados pela convivência com os D.Q. (ciclo da neurose, papéis rígidos e
mecanismos de facilitação); Promoção de desligamento emocional e
recuperação da autonomia individual. 1.Casuística: Participaram 164 pacientes
D.Q, de grau moderado a grave, com idade entre 15 - 64 anos, de ambos os
gêneros. O programa inclui atendimento ambulatorial, envolvendo a
participação da família e o acompanhamento pós-tratamento nos grupos de
ajuda mútua da região. 2. Desenho do Estudo: Trata-se de um estudo seccional
de acolhidos pelo G.E.D.Q. Pretendeu-se verificar o grau de gravidade de D.Q.
na entrada para o tratamento e sua efetividade . 3. Procedimento de coleta de
dados: A pesquisa teve início em julho de 2008 e término em agosto do mesmo
ano. Os dados foram obtidos através da análise de Prontuários assim como
entrevista. Os pacientes foram informados pelos estudantes, dos objetivos e
procedimentos da pesquisa e assinavam o Termo de Consentimento livre e

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

326
UNISA - Universidade de Santo Amaro

esclarecido, garantindo-lhes anonimato, sigilo e informando-lhes os


procedimentos éticos. Os aspectos éticos relacionados ao projeto foram
examinados pela diretoria da instituição e aprovados. 4. Instrumentos da coleta
de dados: Foi utilizada uma ficha de identificação para coleta de dados
sociodemográficos com informações sobre idade, gênero, estado civil,
escolaridade, ocupação, histórico familiar de D.Q. Data de início no grupo, tipo
de dependência, início do uso, tempo de tratamento, sintomas relatados
durante o tratamento, fonte de indicação , internações prévias, história de
comorbidades, recaídas e tempo de abstinência. 5. Análise dos Resultados: De
acordo com a natureza das variáveis, serão utilizados testes paramétricos e não
paramétricos fixando-se em 0,05 ou 5% a rejeição da hipótese de nulidade.

RESUMO:
Os indivíduo foram acolhidos integralmente (de acordo com os princípios do
SUS) proporcionando atendimento em nível: Nível Primário - Prevenção de
incidência de novos casos desenvolvendo palestras informativas em parceria
com a comunidade bem como a capacitação de orientadores que auxiliarão na
detecção de comportamentos indicativos de D.Q..
Contemplou-se também uma abordagem diferenciada aos adolescentes, diante
das peculiaridades dessa população assim como diferentes estratégias de
intervenção. Quando detectados os casos foram encaminhados aos Agentes de
Saúde - que receberam treinamento específico para realizarem a abordagem
inicial do D.Q. ( fase pré-contemplativa) e de sua família, inserindo-os
posteriormente no Programa de recuperação (fase contemplativa). Nível
Secundário: Atendimento e seguimento dos casos detectados em regime
ambulatorial para conscientização e fortalecimento da vontade, através da
aplicação do Programa de Recuperação Progressiva (PRP) e do Programa de
Prevenção de Recaídas (PPR), pelos quais se desenvolve o Modelo Minnesota;
Tratamento em regime hospitalar, quando são necessárias compensações
clínicas devido a Síndrome de Abstinência Aguda e/ou co-morbidades clínicas e
psiquiátricas. Nível Terciário: Apoio para reinserção psicossocial, familiar e
profissional do D.Q., com seguimento de sua evolução, via PPR e atividades
nos grupos de ajuda mútua (A.A.)
Além disso, a inserção dos indivíduos acolhidos permitiu a formação de agentes
multiplicadores (conselheiros voluntários) que contribuem para a manutenção
do seu próprio processo de recuperação através da busca e do acolhimento de
novos casos (“terapia do espelho”). Esse procedimento inspira-se no Décimo
Segundo Passo: “Tendo experimentado um despertar espiritual, como resultado
desses passos, procuramos levar esta mensagem a outros adictos e praticar
estes princípios em todas as nossas atividades”.
O projeto tem características peculiares e inovadoras: Além da utilização dos
próprios recursos da comunidade contempla o fortalecimento da articulação

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

327
UNISA - Universidade de Santo Amaro

Ensino-serviço de Saúde. O projeto apresenta resultados RELEVANTES e


REVELANTES ao promover subsídios para se pensar e efetivar a construção de
políticas públicas mais consistentes que de fato estejam em consonância com o
perfil epidemiológico e socioeconômico do país. O projeto também contribui
para o refinamento do sistema nacional de estatística, de modo a estabelecer
prioridades de investimentos em saúde de acordo com a real necessidade da
população. O Modelo Minnesota, portanto tem por si mesmo demonstrado sua
efetividade através da iniciativa espontânea dos grupos de anônimos e de
clínicas particulares que se utilizam desse valoroso método há várias décadas,
alcançando índices elevados de recuperação a despeito de nenhum estudo
científico que tenha buscado sua comprovação.
Atualmente, o G.E.D.Q. está registrado na Pró-Reitoria de Pós Graduação e
Pesquisa da Universidade de Santo Amaro, vinculado à saúde coletiva.

CONCLUSÃO:
O G.E.D.Q. visa não apenas fornecer o “apoio social” aos acolhidos mas
resignificar a importância da rede social em sua recuperação. Tendo como
conceito de reabilitação psicossocial, da política de atenção nacional, que
sugere uma visão mais abrangente relacionada à elevação do sujeito de sua
condição de doente para a condição de cidadão, subvertendo o processo de
reclusão resultantes dos efeitos da doença e da exclusão social.
Além de fomentar o dialogo a respeito de discussões sobre a formação
universitária voltada para atender às reais necessidades de saúde do país.
Através da vivência do projeto, pautar a importância do dialogo com a
comunidade, afim de articular o saber popular ao saber científico, respeitando
assim a autonomia dos indivíduos e tendo a clareza de que o conhecimento não
é construído para o outro e sim com o outro.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
CEBRID; Fiesp, 1993; Carlini et al, 2005; Relatório UNODC; 2008; D. J.
Anderson, Perspective on Treatment, 1981; Alcoholics Anonymous Word
Services, Inc; 1976b; D. J. Anderson, Perspective on Treatment, 1981; J.
Spicer, The Minnesota Model, 1993, p. 49-51; P. C. Brewer, ALVES, D.S. O
Cuidado em Saúde Mental; MATTOS, R. A. Cuidado: as fronteiras da
Integralidade. RJ: Abrasco, 2004.
________________________________________________________________
1. Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas
2. Secretaria Nacional Anti-drogas
3. Associação Brasileira de Estudos sobre Álcool e Drogas

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

328
UNISA - Universidade de Santo Amaro

Desenvolvimento e avaliação da estabilidade preliminar e da


atividade antioxidante de loções hidratantes anti-sinais
FERNANDA LOMBELLO RODRIGUES DA SILVA(1), GILBERTO BUENO(2), GABRIELA
SPOLAOR(3)

ROBSON MIRANDA DA GAMA(4)(Orientadores)


Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
Mudanças nas características da pele humana durante o envelhecimento são
freqüentemente determinadas por forças ambientais ou extrínsecas, tais como
radiação ultravioleta, ozônio, radiação ionizante e vários compostos químicos
tóxicos assim como por fatores intrínsecos, alguns deles relacionados com
alterações no tecido conjuntivo da derme. O tecido conjuntivo constituído pelo
aparelho colágeno-elástico atua como alicerce estrutural para epiderme,
alterações morfofuncionais deste aparelho são evidenciadas no estrato córneo
pela alteração da aparência externa da pele como o seu ressecamento, o
aparecimento de rugas, lassidão, além de estarem relacionadas a diversas
patologias (WEBBER et al., 2005).
Uma das alternativas para deixar a epiderme mais macia e flexível é elevar sua
hidratação. Para isso são utilizadas substâncias emolientes, umectantes,
substâncias hidratantes, agentes higroscópicos e queratoplásticos.
Os emolientes auxiliam a manter a maciez, a suavidade e a apa¬rência flexível
da pele. Tendo mecanismo de ação aderir na superfície da pele ou do estrato
córneo, como lubrificantes, reduzindo a descamação e melhorando a aparência
da pele. São exemplos desta classe os derivados de lanolina, óleo de silicone
entre outros.
Os agentes higroscópicos, umectantes ou substâncias hi¬dratantes são
utilizados para retardar a perda de umidade de um produto durante o uso e
aumentar a umidade contida na porção em contato com a pele. São exemplos
desta classe os fatores de hidratação natural (lactato de amônio, ácido
hialurônico, ácido pirrolidônico carboxílico sódico, etc).
Os agentes queratoplásticos promovem um aumento da capacidade de
retenção de água pela pele. Como exemplo desta classe temos a uréia.

OBJETIVO:
Desenvolver loções hidratantes anti-sinais e avaliar a estabilidade preliminar e a
atividade antioxidante das formulações.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

329
UNISA - Universidade de Santo Amaro

METODOLOGIA:
Desenvolvimento da formulação

A forma farmacêutica escolhida para o presente estudo foi uma loção emulsiva,
devido a melhor compatibilidade com a pele. Uma emulsão básica é composta
por cera autoemulsionante, emoliente, conservante, antioxidante, umectante e
água purificada. Para a realização do estudo foram escolhidos os seguintes
ativos hidrantes: lanolina e seus derivados, óleo de silicone, lactato de amônio e
ésteres do óleo de semente de maracujá. Os ativos foram veiculados em três
diferentes formulações as quais diferiam apenas na cera autoemulsionante não
iônica utilizada, estas foram denominadas de Formulação 1, Formulação 2 e
Formulação 3. Após a preparação das formulações, foram realizados os testes
de estabilidade preliminares e avaliação da atividade antioxidante.

Estudo de estabilidade preliminar

Os testes de estabilidade preliminares foram realizados segundo o Guia de


Estabilidade de Cosméticos da ANVISA (2004), que preconiza a realização de
ciclos térmicos a cada 24 horas em diferentes condições, sendo elas, estufa
40ºC e geladeira 4ºC. Ao final de cada ciclo foram avaliadas as características
físicas (organolépticas como cor, odor e aspecto da formulação, separação de
fases) e físico-químicas (pH) das formulações.

Avaliação da atividade antioxidante

Para avaliação da atividade antioxidante das formulações foi utilizado o método


percentual de inibição de radicais livres DPPH (I%) proposto por GÜLLÜCE et
al. (2003).

RESUMO:
A forma farmacêutica loção emulsiva foi escolhida com o intuito de se obter um
produto de maior aceitabilidade pelo consumidor por possuir sensorial suave e
aquoso, apesar da presença de componentes oleosos.
Após a realização de cada ciclo térmico todas as formulações foram avaliadas
em relação às características físicas e físico-químicas.
Características físicas: Ao realizar o ensaio de centrifugação verificou-se que
nenhuma das formulações apresentou separação de fases. Em relação as
características organolépticas nenhuma apresentou mudanças de cor e odor
após os ciclos térmicos. Ao analisar os parâmetros subjetivos de
espalhabilidade e evanescência (capacidade de penetração) dos produtos na
pele, verificou-se que a Formulação 1, possui melhor espalhabilidade e

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

330
UNISA - Universidade de Santo Amaro

evanescência entre todas, seguida pelas Formulações 3 e 2, respectivamente.


Características físico-químicas: Ao analisar a variação do pH das formulações
no decorrer do estudo de estabilidade preliminar não houve mudanças
significativas.
Na avaliação da atividade antioxidante obteve-se valores de 12,65%, 10,30% e
12,42%, respectivamente para Formulação 1, Formulação 2 e Formulação
3.Estes resultados demonstram que todas as formulações possuem grande
potencial na remoção de radicais livres que são responsáveis pelo
envelhecimento cutâneo.

CONCLUSÃO:
Pelos resultados obtidos pode-se concluir que todas as formulações são
estáveis. Entretanto, quando analisados os parâmetros de aceitabilidade e
atividade antioxidante a Formulação 1 possui melhores características seguida
respectivamente por Formulação 3 e Formulação 2.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
BRASIL. Guia de estabilidade de produtos cosméticos. Agência Nacional de
Vigilância Sanitária. 1. ed. Brasília: ANVISA, 2004, 52p.

GÜLLÜCE, M.; SÖKMEN, M.; DAFERERA, D.; et al. In vitro antibacterial,


antifungal, and antioxidant activities of the essential oil and methanol extracts of
herbal parts and callus culture of Satureja hostensis L. Journal of Agricultural
and Food Chemistry, v.51, n.14, p. 3958-3965, may. 2003.

WEBBER, C.; RIBEIRO, M.C.; VELÁSQUEZ, C.J.A. Nova abordagem contra os


efeitos da UV. Cosmetics & Toiletries Ed. em Português, v.17, n.6, p. 76-80,
nov./dez. 2005.

________________________________________________________________
1.Discente da Faculdade de Farmácia da UNISA e Estagiária do LESIFAR
2.Discente da Faculdade de Farmácia da UNISA e Estagiária do LESIFAR
3.Discente da Faculdade de Farmácia da UNISA e Estagiário do LESIFAR
4.Farmacêutico Responsável pelo LESIFAR – Laboratório Escola Semi
Industrial de Farmácia da UNISA e orientador.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

331
UNISA - Universidade de Santo Amaro

DESENVOLVIMENTO E OBTENÇÃO DE FORMAS


FARMACÊUTICAS EFERVESCENTE E PÓ PARA
RECONSTITUIÇÃO CONTENDO L – CARNITINA
JULIANA CARVALHO DE FARIA(1)

LUIS ANTONIO PALUDETTI(2)(Orientadores)


Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
Muitos fármacos por possuírem sua dose posológica elevada, levam ao
desenvolvimento de comprimidos com tamanho inadequado, ou ainda a
necessidade de dobrar ou até triplicar a quantidade de comprimidos ou cápsula.
Esses fatores somados dificultam a deglutição e interferem na adesão ao
tratamento.
A carnitina é uma substância endógena que está presente em grande
quantidade nos músculos, sendo essencial na degradação de ácidos graxos de
cadeia longa e no tratamento de deficiências primárias e como coadjuvante na
deficiência secundária de carnitina.
O fármaco apresenta-se como um pó cristalino, branco, higroscópico, solúvel
em água. Possui a forma D,L-carnitina e L-carnitina (levocarnitina). Entretanto
sua posologia é relativamente alta (1g a 3g / dia na forma de comprimidos).
Também, sua alta higroscopicidade é um fator complicador, pois em contato
com a umidade relativa do ar, se liquefaz dificultando sua manipulação e
administração.
O efervescente é uma forma farmacêutica que consiste de pós-grossos ou
grânulos secos, adicionado de princípio-ativo. Em contato com a água ocorre a
reação obtendo-se um sal do ácido, água e CO2 (dióxido de carbono) que
produz a efervescência.
Atualmente, são comercializadas bases efervescentes industrializadas, que
são produzidas através de diferentes técnicas e apresentam outros constituintes
em sua formulação. Também, se opta pelo desenvolvimento de grânulos na
forma de um pó para reconstituição, produzido através do método de
granulação úmida, que em contato com água produz efervescência, tendo como
preparação final uma suspensão.

OBJETIVO:
O objetivo deste trabalho é desenvolver formulações efervescentes e pó para
reconstituição, contendo L-carnitina, para o tratamento de deficiências primárias
e secundárias da mesma, e a partir desta formulação realizar análise da
estabilidade física, verificação do pH após a reconstituição

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

332
UNISA - Universidade de Santo Amaro

METODOLOGIA:
Os resultados serão analisados através da verificação da sua estabilidade
física das diferentes formulações no período de 0, 7, 14, 21 e 28 dias, levando
em consideração o pH final da formulação, aspecto físico, peso do sache inicial
e final, espessura do sache, níveis de efervescência e possíveis aparecimentos
de “efeito travesseiro” (Caso haja traço de umidade, a reação de efervescência
se inicia no interior do material de acondicionamento e produz o gás que causa
inchaço do saquinho (PALUDETTI; GAMA, 2007).

RESUMO:
Inicialmente foram desenvolvidas três diferentes formulações de efervescentes,
sendo duas com base efervescente manipulada (formulação I com ácido cítrico,
ácido tartárico e bicarbonato de sódio e a formulação II somente com ácido
tartárico e bicarbonato de sódio), e uma com base efervescente industrializada
denominada Efferves – MonoSGC® (formulação III). As análises foram
aplicadas a fim de avaliar a estabilidade física, possíveis aparecimento de efeito
travesseiro após período de tempo pré-estabelecido.
Após uma semana de acompanhamento foi observado o aparecimento de
efeito travesseiro na formulação I e II. Também, ocorreu a formação de grumos
alterando as características físicas do pó. A formulação III não apresentou
alterações visíveis.
Partindo destes dados preliminares, foi incorporada ao trabalho uma nova base
efervescente industrializada denominada Baseffer® (formulação IV). Além
disso, iniciou-se o desenvolvimento de um pó para reconstituição granulado
efervescente (formulação V), com outros constituintes e utilizando a técnica de
preparo por via úmida, visando contornar esses problemas. Além disso,
Posteriormente, ocorreu a padronização das formulações, corrigindo o pH
próximo a quatro e os níveis de efervescência analisados em proveta de 250
mL, não ultrapassando o limite de 200 mL para 100 mL de água. Após, foram
pesados cinco saches correspondente a uma mesma formulação, repetindo o
processo com as bases restantes, identificando-as e determinando há qual
tempo este o corresponderá no período de 0, 7, 14, 21 e 28 dias.
As comparações das formulações entre o dia zero e o sétimo dia evidenciaram
grandes alterações, principalmente a formulação I que ocorreu um leve perda
de peso e alteração de pH, formação de grumos, variação da efervescência e
uma diferença expressiva quanto a espessura, evidenciando efeito travesseiro.
Já a formulação II apresentou formação de grumos e leve efeito travesseiro,
perda de peso, variação de efervescência e pH. Na formulação IV ocorreu
perda de peso e apesar de não apresentar efeito travesseiro, foi observado à
formação de grumos e grandes diferenças quanto à efervescência. A
formulação III e V não apresentaram diferenças significativas.
As alterações observadas são evidenciadas, principalmente, à alta

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

333
UNISA - Universidade de Santo Amaro

higroscopicidade da carnitina, que desencadeou a reação efervescente no


interior o sache, ocasionando a formação de grumos, diminuição da
efervescência e aparecimento de efeito travesseiro. Entretanto, a produção de
granulado para fármacos com alta higroscopicidade apresenta melhor
resultado, pois os pós-efervescentes absorvem facilmente a umidade
atmosférica, por apresentarem uma grande superfície, acarretando uma má
conservação do produto. Quando são substituídos por granulados, encontram-
se menos sujeitos a essas alterações.

CONCLUSÃO:
Pelos resultados obtidos pode-se concluir que as formulações que apresentam
melhor estabilidade física são a formulação III e V, seguida da formulação IV
que apresenta pequenas alterações. Entretanto, as formulações I e II, se
apresentam instáveis, principalmente para fármacos com alta higroscopicidade.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
GOODMAN, L. S. ;GILMAN A. G. Goodman & Gilman: as bases farmacológicas
da terapêutica. 11 ed. Rio de Janeiro: Guanabara, 2007. Seção XIII As
vitaminas hidrossolúveis, pp.1328-1332.

LINDBERG, N. O.; HANSSON, H. Effervescent pharmaceuticals. Encyclopedia


of pharmaceutical technology. Healthcare USA: Copyright, 2007. pp. 1455-1465.

PALUDETTI, L.A; GAMA, R.M. Medicamentos efervescentes uma oportunidade


de ser diferente. Revista RX 2007; 2: 18-23.

________________________________________________________________
1. Juliana Carvalho de Faria – discente da faculdade de farmácia
2. Luis Antônio Paludetti – Docente e Orientador faculdade de farmácia

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

334
UNISA - Universidade de Santo Amaro

Determinação das Características Físicas e Físico-Químicas do


Óleo Pequi (Caryocar brasiliense C.) em natura.
JOSIANE ALVES RAMOS(1)

ROBSON MIRANDA DA GAMA(2),MARCOLINA APARECIDA EUGENIO


SILVA(3)(Orientadores)
Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
O pequizeiro, gênero Caryocar brasiliense, é uma espécie bastante atrativa e de
interesse econômico, devido ao seu grande potencial para fins cosméticos e
como recurso alimentar. Do fruto é extraído o óleo de boa qualidade, comestível
e rico em pró-vitamina A e proteínas. O óleo de pequi é muito utilizado tanto na
medicina popular quanto em formulações cosméticas.1, 3
Em formulações cosméticas o óleo é utilizado em cremes para pele, loções,
sabonetes, xampu e condicionador. Para o desenvolvimento de formulações
cosméticas é necessário realizar o controle analítico de substâncias graxas,
através de ensaios físicos e químicos, tais como: índice de acidez, índice de
saponificação, entre outros1, 2. Assim, no índice de acidez ocorre a
neutralização de ácidos graxos livres presente no óleo vegetal e em condições
de índice elevado há a sugestão de hidrólise acentuada dos ésteres que
compõem a matéria graxa; o índice de saponificação, além de indicador para
adulterações de matéria graxa com substâncias insaponificáveis, tem também a
função de neutralizar ácidos graxos livres na amostra; e o índice de iodo verifica
a medida quantitativa do grau de insaturação dos ácidos graxos esterificados e
livres presentes na amostra.2
Dentre as formulações cosméticas pode-se destacar a emulsão que é um
sistema heterogêneo constituído de duas fases imiscíveis. Existem dois tipos
principais de emulsões: a óleo-em-água (O/A) e a água-em-óleo (A/O). O óleo
de pequi pode ser um componente de fase oleosa e para torná-la estável
costuma-se utilizar um agente emulsificante. A produção de uma emulsão
fisicamente estável fica mais fácil quando o método equilíbrio hidrófilo-lipófilo
(EHL), é usado para escolher o agente emulsificante e sua quantidade no
preparo de emulsão.2

OBJETIVO:
O presente trabalho tem como objetivo determinar as características físicas e
físico-químicas do óleo de pequi em natura, como: índice de acidez, índice de
iodo, índice de saponificação, densidade, viscosidade e EHL. E a partir dos
resultados obtidos, fazer uma comparação com as informações referentes ao
óleo de pequi industrializado encontrado na literatura.1

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

335
UNISA - Universidade de Santo Amaro

METODOLOGIA:
Após levantamento bibliográfico foi feita a avaliação das características físicas e
físico-químicas, tais como: Índice de acidez, saponificação, iodo, densidade e
viscosidade. Os ensaios foram determinados de acordo com a metodologia
apresentada na literatura consultada.2
Em seguida foi realizada a determinação do EHL do óleo de pequi em natura.3
Através de um estudo crítico de matérias-primas desenvolve-se uma formulação
de emulsão A/O com quantidades estabelecidas dos agentes emulsificantes
Span® 80 (Monooleato de Sorbitano) e Tween® 80 (Monooleto de
Polioxietileno-Sorbitano). As formulações foram preparadas em tubo de ensaio
com porcentagens determinadas de óleo, agente emulsificante e água. Antes
do preparo das emulsões as fases aquosas e oleosas foram aquecidas até
75ºC em banho-maria e nesta temperatura verteu-se a fase aquosa na fase
oleosa sob agitação. Após um minuto de agitação a emulsão permaneceu em
repouso por 24 horas.

RESUMO:
Os resultados obtidos na determinação das características físicas e físico-
químicas do óleo de pequi em natura foram: índice de acidez 2,49 mgKOH/g;
saponificação 238,58 mgKOH/g; iodo 16,88gI2/ 100g; viscosidade 114,43 cP;
densidade 0,896 e EHL 4,66.
Após a obtenção dos resultados das análises foi feita a comparação dos índices
e constatou-se que apenas o de acidez apresentou um valor de acordo com a
especificação consultada, enquanto os índices de saponificação de iodo
apresentaram valores superior e inferior respectivamente, por não ser
purificado, tivesse uma quantidade de ácidos graxos livres maior que o
industrializado, o que justifica a não concordância do índice de saponificação e
verificou-se também que a metodologia do índice de iodo utilizada para
obtenção do parâmetro e a utilizada nessa pesquisa eram diferentes.
Não foram encontrados valores de referencia de densidade, viscosidade e EHL,
mas o EHL obtido foi de uma emulsão que permaneceu 24 horas sem separar
suas fases.

CONCLUSÃO:
As características físicas e físico-químicas do óleo de pequi em natura foram
determinadas, no entanto apenas os índices puderam ser comparados com
valores encontrados na literatura pesquisada. Apesar de não ter sido possível
comparar o EHL obtido pode-se afirmar que o valor encontrado foi de uma
emulsão estável.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

336
UNISA - Universidade de Santo Amaro

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
1CRODAMAZON PEQUI – Descritivo De Matéria-Prima (Caryocar brasiliense
fruit oil) Croda Brasil.

2UNITED STATES PHARMACOPEIA. 30. Ed. Vol. 1. Rockville: Ed. The united
states pharmacopeia convention, 2007. p. 158 – 160.

3SILVA EC. Desenvolvimento de Emulsões Cosméticas Utilizando o Óleo de


Pequi (Caryocar brasiliense Camb.). Dissertação (Mestrado). Universidade de
São Paulo. São Paulo, 1994.

________________________________________________________________
1Discente da Faculdade de Farmácia

2Farmacêutico responsável do LESIFAR e Co-orientador

3Docente da Faculdade de Farmácia e Orientador

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

337
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DETERMINAÇÃO DO EQUILÍBRIO HIDRÓFILO-LIPÓFILO (EHL)


DOS ÓLEOS DE AMÊNDOAS DOCE (Amygdalus communis L.) E
DE SEMENTE DE UVA (Vitis vinifera L.) APÓS SEREM
IDENTIFICADOS ATRAVÉS DA CARACTERIZAÇÃO FÍSICA E
FÍSICO-QUÍMICA
MARIANA TIEMI ISHIGAI(1)

MARCOLINA APARECIDA EUGENIO SILVA(2)(Orientadores)


Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
Emulsões são sistemas heterogêneos e geralmente consistem na mistura de
uma fase aquosa e uma fase oleosa que pode ser de vários óleos e/ou ceras.
Sendo assim, os óleos vegetais podem ser um dos constituintes da fase oleosa
e os mais utilizados em farmácias magistrais na cidade de São Paulo são os
óleos de amêndoas doce e de semente de uva 1.
Para preparar uma emulsão estável é necessário uma terceira fase constituída
por um ou uma combinação de emulsificantes. As quantidades relativas de
emulsificantes a serem utilizados podem ser calculadas através do método
equilíbrio hidrófilo-lipófilo (EHL) que representa a relação entre os grupos
hidrofílicos e lipofílicos presentes na molécula do agente emulsificante 1. Por
isso, é importante conhecer o EHL de cada componente da fase oleosa. Porém,
antes de determinar o EHL dos óleos vegetais a serem utilizados, é importante
também realizar a identificação dos mesmos.
A identificação é feita através da determinação das características físicas e
físico-químicas dos óleos que servem também para verificar o grau de pureza,
adulterações e estado de conservação dos mesmos. As principais
características são: densidade, viscosidade, índice de iodo, índice de
saponificação e índice de acidez 2.

OBJETIVO:
O presente trabalho tem como objetivo determinar as principais características
físicas e físico-químicas dos óleos de amêndoas doce e de semente de uva
para identificá-los e posteriormente determinar o EHL de cada óleo.

METODOLOGIA:
Todos os ensaios físicos e físico-químicos foram realizados em triplicata. Os
índices de iodo, saponificação e acidez foram estabelecidos conforme
metodologia da European Pharmacopoeia 5.0 3. Para a determinação da
viscosidade utilizou-se viscosímetro de Brookfield com Spindle S61 à 50 rpm
para o óleo de amêndoas doce e 60 rpm para o de semente de uva por 1

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

338
UNISA - Universidade de Santo Amaro

minuto à 25°C e a densidade foi calculada através da razão entre a massa da


amostra líquida de cada óleo vegetal e a massa da água, as massas foram
obtidas através de picnômetro previamente calibrado à 20°C.
Para obtenção do EHL de cada óleo foram preparadas várias emulsões
utilizando-se um par de emulsificantes com valores de EHL conhecidos e em
diferentes proporções, de forma a originarem valores escalonados de EHL.
Após o preparo, as emulsões foram mantidas em repouso por 24 horas à
temperatura ambiente. Decorrido esse período, observou-se: a separação de
fases, a homogeneidade da mistura, a formação de grumos e desta forma
pôde-se escolher a melhor emulsão, ou seja, a mais estável.

RESUMO:
Resultados
Os resultados da caracterização física e físico-química do óleo de amêndoas
doce foram: densidade 0,92, viscosidade 107,9 cP, Índice de acidez 0,19
mgKOH/g, Índice de saponificação 198 mgKOH/g e Índice de Iodo 24,07
gI2/100g.
Para o óleo de semente de uva, os valores obtidos nas análises foram:
densidade 0,92, viscosidade 81,6 cP, Índice de acidez 0,16 mgKOH/g, Índice de
saponificação 199 mgKOH/g e Índice de Iodo 26,73 gI2/100g.
O EHL dos dois óleos é 5,37.
Discussão
Todos os resultados obtidos da caracterização física e físico-química do óleo de
amêndoas doce estão de acordo com a especificação consultada, com exceção
da viscosidade que não foi encontrado nenhum valor de referência na literatura
e o índice de iodo, na qual, o método utilizado foi diferente da especificação
consultada obtendo-se dessa forma, um resultado abaixo do parâmetro
pesquisado.
Dos resultados determinados nas análises realizadas com óleo de semente de
uva, apenas a densidade está de acordo com a especificação na literatura. Para
esse óleo não foram encontrados na literatura os parâmetros de viscosidade e
índice de acidez.

CONCLUSÃO:
Pode-se concluir a autenticidade do óleo de amêndoas doce através dos
resultados obtidos pelas análises de caracterização, isto é, foi identificado um
óleo de boa qualidade, sem adulterações e nem degradações do mesmo. Desta
forma pode-se assegurar o valor de EHL desse óleo.
Com relação ao óleo de semente de uva, os resultados das análises não
confirmam sua identidade, principalmente pela não conformidade dos valores
do índice de saponificação, indicando uma possível adulteração. Assim, como

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

339
UNISA - Universidade de Santo Amaro

não há garantia de sua identidade não se pode assegurar o valor de seu EHL.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
1. ISHIGAI M.T.; PALUDETTI, L.A.; SILVA, M.A.E. Determinação do Equilíbrio
Hidrófilo-Lipófilo (EHL) dos Óleos Vegetais Mais Utilizados em Farmácias
Magistrais na Cidade de São Paulo. In: Anais do 10º Congresso de Iniciação
Científica e 4ª Mostra de Pós-Graduação da Universidade de Santo Amaro,
realizado em São Paulo. São Paulo, 2007.

2. SIMÕES, C.M.O, et al. Farmacognosia: da Planta ao Medicamento. 5 ed.


Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina, 2004.

3. EUROPEAN PHARMACOPOEIA. 5 ed. V. 1. Strasbourg: Coucil of Europe,


2004.

________________________________________________________________
Mariana Tiemi Ishigai 1, Marcolina Aparecida Eugênio da Silva 2.
1Discente da Faculdade de Farmácia
2Docente da Faculdade de Farmácia e Orientadora

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

340
UNISA - Universidade de Santo Amaro

Diagnósticos e intervenções de enfermagem ao paciente com


necessidade de Nutrição Parenteral
TATIANE LEAL DA SILVA(1)

DEBORA CRISTINA SILVA POPOV(2)(Orientadores)


Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
Introdução: A terapia nutricional parenteral (TNP) consiste na administração de
nutrientes por via endovenosa, com a administração de todas ou parte das
exigências nutricionais. A administração de todas as necessidades nutricionais,
incluindo calorias, aminoácidos, lipídeos, vitaminas e minerais é denominada
Nutrição Parenteral Total (NPT), sendo administrada exclusivamente por via
endovenosa central. A infusão de apenas parte das necessidades nutricionais é
denominada Nutrição Parenteral Parcial (NPP), podendo ser administrada em
acesso venoso periférico. É utilizada como uma alternativa de terapia nutricional
para pacientes com absorção ineficaz de nutrientes ou impossibilitados de
alimentar-se por via oral ou enteral. As principais indicações para o uso dessa
terapia são: período pré/pós-operatório de determinados procedimentos
cirúrgicos, traumas, queimaduras, fistulas enterocutâneas, obstrução
gastrintestinal, hipomotilidade gastroentérica, síndrome do intestino curto,
insuficiências hepáticas, insuficiências renais, pancreatites, prematuridade,
enteropatias inflamatórias e em outras circunstâncias individuais. A temática
aborda um plano de assistência ao indivíduo com necessidade de NP e
caracteriza a participação ativa do enfermeiro como membro da equipe
multiprofissional de terapia nutricional, favorecendo a atuação da equipe de
enfermagem na prestação dos cuidados e na identificação das alterações que
possam vir a acontecer, devido á utilização da NP.

OBJETIVO:
Este estudo teve como objetivo: Fazer um levantamento dos diagnósticos de
enfermagem relacionados à NP e relacionar as intervenções de enfermagem a
cada diagnóstico abordado, elaborando um plano de cuidados.

METODOLOGIA:
A metodologia utilizada foi pesquisa de revisão bibliográfica, que dispôs de
recursos das bases de dados online LILACS, BDENF e SCIELO e de livros da
biblioteca Milton Soldani Afonso, da Universidade de Santo Amaro, e da
biblioteca da Faculdade de Medicina de São Paulo (USP), tendo como critério
de inclusão a indicação, administração, complicações e a assistência prestada
ao indivíduo recebendo Nutrição Parenteral. Foram excluídas pesquisas em
animais, particularidades de nutrientes e temas específicos abordando aspectos

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

341
UNISA - Universidade de Santo Amaro

sobre a microbiologia, os descritores utilizados foram: Cuidados de


Enfermagem, Nutrição Parenteral, Diagnóstico de enfermagem.

RESUMO:
Resultados e discussão: Os diagnósticos de enfermagem relacionados a NP
são: ansiedade, medo, conhecimento deficiente, enfrentamento ineficaz, risco
do volume de liquido desequilibrado, risco de infecção, nutrição desequilibrada
menos que as necessidades corporais, risco para integridade da pele
prejudicada, risco da mucosa oral prejudicada, risco para constipação e
hipoglicemia / hiperglicemia. Os cuidados e as intervenções, abordados através
dos diagnósticos levantados, possibilitam um plano técnico diferenciado e
especializado, que visa o sucesso do suporte nutricional promovendo o
restabelecimento da saúde, porém, durante a graduação de enfermagem, há
pouca informação sobre nutrição e isso pode acarretar o desinteresse pela
área, além de aumentar a chance de assistência inadequada ao paciente
submetido a essa terapia. O diagnóstico de enfermagem proporciona a base
para a seleção de intervenções de enfermagem que visam atingir resultados
pelos quais o enfermeiro é responsável.

CONCLUSÃO:
Conclusão: Destacamos que a atuação e a intervenção do enfermeiro no
cuidado ao paciente que recebe nutrição parenteral são de extrema
importância, pois a assistência inadequada e/ou ineficiente a esse paciente
pode acarretar graves complicações.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
Referências: 1. Carpenito-Moyet, LJ. Compreensão do processo de
enfermagem: mapeamento de conceitos e planejamentos do cuidado para
estudantes. Tradução: Ana Thorell, Porto Alegre, Artmed, 600p, 2007. 2. Leite,
HP; Carvalho, WB; Meneses, JFS. Atuação da equipe multidisciplinar na terapia
nutricional de pacientes sob cuidados intensivos. Campinas, Revista Nutrição,
18(6), nov./dec., 2005. 3. North American Nursing Diagnosis Association
(NANDA). Diagnósticos de Enfermagem. Definições e Classificação. Artmed
Editora, 312p, 2005-2006.
________________________________________________________________
Graduanda de Enfermagem da Universidade de Santo Amaro
Enfermeira Mestre Profª Assistente da Faculdade de Enfermagem da
Universidade Santo Amaro – UNISA orientadora

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

342
UNISA - Universidade de Santo Amaro

Direito de Amamentar
LÚCIA ANGELA LIMA SANTOS(1)

VALDILEA ZORUB PASQUINI(2)(Orientadores)


Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
As vantagens do aleitamento materno são múltiplas e já bastante reconhecidas,
quer a curto, e longo prazo, existindo um consenso mundial de que a sua
prática exclusiva é a melhor maneira de alimentar as crianças até 6 meses de
vida.
No Brasil esta prática tornou-se possível, porque a Legislação Brasileira é uma
das mais avançadas na proteção do aleitamento materno.
Estudos revelam que o Brasil conseguiu aumentar para 10 meses a taxa média
de aleitamento materno, porém, com o grau de dificuldade que o mundo
capitalista impõe sobre a população, as mulheres acabam sendo obrigadas a
trabalhar para ajudar no orçamento familiar.
Mesmo existindo uma legislação que dá direito às mulheres trabalhadoras de
amamentar seu filho por pelo menos até o quarto mês de vida, esse benefício
não é atendido o suficiente para que o aleitamento materno seja um verdadeiro
sucesso.

OBJETIVO:
Descrever a situação da legislação para a nutriz trabalhadora no Brasil.

METODOLOGIA:
Trata-se de uma Revisão de Literatura, em que as coletas de dados foram
realizadas junto às bases de dados Lilacs e Scielo.
Descritores: legislação trabalhista e aleitamento materno.

RESUMO:
A Licença Maternidade assegurada de 120 dias à trabalhadora brasileira no
artigo 7° inciso XVIII, da Constituição Federal , foi um passo rigoroso na
garantia do direito da criança às condições mínimas para o estabelecimento do
vínculo afetivo que a normalidade de seu crescimento e desenvolvimento
requer.
A Consolidação das Leis do Trabalho - CLT- no artigo 389, parágrafo 1º e 2º
refere que a empresa com mais de 30 mulheres acima de 16 anos de idade
deverá ter um local onde possam deixar seus filhos no período de
amamentação, além do direito de dois descansos especiais de 30 minutos
cada, durante a jornada de trabalho independente da carga horária de trabalho,

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

343
UNISA - Universidade de Santo Amaro

de acordo com o art.396 parágrafo único.


Vários estudos têm mostrado, uma redução no tempo de amamentação
exclusiva, que se deve a vários fatores, como por exemplo: falta de informação
das mulheres no pré-natal, parto e puerpério . Em regiões urbanas o desmame
precoce se dá muitas vezes por causa da volta ao trabalho destas mulheres,
que em muitos casos fica longe de casa impossibilitando a ordenha ou nos
intervalos do trabalho que os prazos são insuficientes e motivam as mulheres a
fazerem concessão de horários especiais nos períodos de amamentação, visto
que incluem também o tempo que a mãe gasta para ir à creche e chegar ao seu
local de trabalho.
A prática do aleitamento materno, além de poupar gastos com a saúde de
bebês por diminuir consideravelmente o aparecimento de patologias infantis,
proporciona benefícios econômicos para as empresas, reduzindo ausências de
mães trabalhadoras.
No âmbito Federal o projeto de lei (PL 2.513/07) que criava o Programa
Empresa Cidadã, foi convertido na Lei 11.770 de 09 de setembro de 2008,
aprovada pelo Presidente da República, a qual prevê incentivo fiscal para as
empresas do setor privado que aderirem à prorrogação da licença maternidade
de 120 dias para 180 dias.
A licença maternidade pelo período de 180 dias, antes da Lei 11.770 de 09 de
setembro de 2008 ser sancionada, já vinha sendo aplicada em algumas cidades
e estados, os quais estabeleceram tal período através da aprovação de leis
estaduais ou municipais. Estas leis só valiam para as servidoras públicas, ou
seja, este benefício não se estendia aos trabalhadores sob o regime CLT
(Consolidação da Leis Trabalhistas).
Pela lei os quatro primeiros meses de licença-maternidade continuarão sendo
pagos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Os salários dos dois
meses a mais serão pagos pelo empregador. A ampliação da licença no setor
privado só entrará em vigor em 2010.

CONCLUSÃO:
Várias pesquisas revelam que os empregadores que respeitam as leis
trabalhistas e facilitam a amamentação no local de trabalho, contam com
funcionárias mais interessadas e com menores índices de falta.
A decisão de amamentar é pessoal, sujeita às muitas influências resultantes da
socialização de cada mulher.
Como um dos objetivos da enfermagem é atuar para uma boa qualidade de vida
de seus clientes , deve orientar tanto no pré - natal , parto e puerpério, sobre a
importância do aleitamento materno, e os direitos que estas mulheres tem,
estabelecidos por lei. Devendo estar atentos a mudanças na legislação além de
participar na formulação das mesmas.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

344
UNISA - Universidade de Santo Amaro

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
OLIVEIRA, RL; Silva, NA. Aspectos legais do aleitamento materno:
cumprimento da lei por hospitais de médio e de grande porte de Maceió. Rev.
bras. saúde matern. infant., Recife, 3 (1): 43-48, jan./mar. 2003.

REA, Marina Ferreira, et al. Possibilidades e limitações da amamentação entre


mulheres trabalhadoras formais. Rev. Saúde Pública, 31 (2) : 149-56, 1997.

VIANNA, RPT et al. A prática de amamentar entre mulheres que exercem


trabalho remunerado na Paraíba, Brasil: um estudo transversal. Cad. Saúde
Pública. Rio de Janeiro, 23(10):2403-2409, out. 2007.

________________________________________________________________
1 Aluna da Facenf-Unisa
2 Professora orientadora da Facenf-Unisa.

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Doseamento de Ácido Acetilsalicílico (AAS) em Frações de


Comprimidos
THIAGO GIOVANNETTI MARQUES RICARDO(1)

MARCOLINA APARECIDA EUGENIO SILVA(2)(Orientadores)


Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
Entre os medicamentos mais utilizados na automedicação estão os analgésicos
e antitérmicos que são, na maioria das vezes, medicamentos de venda livre, ou
seja, não há necessidade de prescrição médica para vendê-los, o que os torna
de fácil acesso à população3. O ácido acetilsalicílico (AAS) é um fármaco muito
utilizado como antiinflamatório, analgésico e antipirético1. Em sua
administração é comum o fracionamento de comprimidos para a diminuição da
dose. Porém, a dose do fármaco administrada pode não ser a ideal, isso se
deve principalmente a dois fatores: o grau de homogeneidade2 e a quebra
manual do comprimido. A ingestão excessiva desse fármaco pode acarretar
problemas, especialmente gastrintestinais, bem como uma dose inferior pode
não surtir o efeito desejado.

OBJETIVO:
Validar o método titulométrico no doseamento de AAS para determinar a
quantidade de AAS na forma de comprimidos de diferentes especialidades
farmacêuticas e comparar as quantidades obtidas na titulação com a informada
na embalagem, além de verificar a quantidade de AAS em cada fração de
comprimido comparado com o parâmetro teórico (250mg).

METODOLOGIA:

Foram feitos doseamentos em comprimidos inteiros conforme a metodologia: O


comprimido foi pesado em uma balança analítica para depois ser triturado com
o auxílio de pistilo e almofariz. O comprimido triturado foi novamente pesado e
adicionado ao erlenmeyer que continha 25ml de solução aquosa de hidróxido
de sódio 1mol.L-1 e solução indicadora de fenolftaleína. Esse material foi
submetido a aquecimento por 10 minutos e após o resfriamento foi adicionada
gradativamente por intermédio de bureta, uma solução aquosa de ácido
sulfúrico 1mol.L-1 até o ponto de viragem. Por ser titulação inversa o branco
também foi realizado para a determinação, através de cálculos, da quantidade
de AAS em cada comprimido. Esses procedimentos foram executados em
triplicata e com três especialidades farmacêuticas distintas: padrão (laboratório
que possui a patente do AAS), genérico e similar. Para cada especialidade
foram doseados 10 comprimidos inteiros. O doseamento de comprimidos

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

346
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fracionados iniciou-se com a pesagem do comprimido inteiro para em seguida


ser fracionado com o auxílio de uma espátula. As frações do comprimido foram
pesadas e trituradas separadamente e o procedimento seguiu conforme a
metodologia descrita acima, para cada especialidade foram doseados 20
comprimidos.

RESUMO:

Os comprimidos inteiros das distintas especialidades farmacêuticas


apresentaram quantidades diferentes de AAS entre si e até do indicado no
rótulo do medicamento. Dentre eles o que mais variou foi o genérico com
aproximadamente 6,5% acima do valor indicado na embalagem (500mg),
seguido do padrão com 4% acima do valor. O similar, por sua vez, apresentou
uma variação, de 2,5% abaixo do esperado.
Para as frações de comprimido tanto o padrão como o similar tiveram os
maiores valores de variação em comparação ao parâmetro teórico fracionado
(250mg), isto é, 21,1% abaixo do esperado. Em contrapartida, o genérico
apresentou uma variação superior a 15% do parâmetro teórico. Mediante aos
resultados apresentados verificou-se uma diferença significante entre os
resultados dos comprimidos inteiros comparados aos fracionados. Isto por ser
devido ao fracionamento e a diferença de homogeneidade das respectivas
especialidades farmacêuticas. Estes valores demonstram que em todos os
casos de fracionamento pelo menos uma das frações possuía uma quantidade
diferente do parâmetro teórico (250mg).

CONCLUSÃO:
Com o término dos experimentos e análise dos resultados dos mesmos,
verificou-se a praticidade e especificidade da metodologia titulumétrica.
Mediante esta análise se pode averiguar que existe uma diferença significativa
entre a quantidade de AAS em comprimidos de distintas especialidades
farmacêuticas, tanto em sua forma integra como em sua forma fracionada. Logo
o fracionamento de comprimidos é uma pratica que pode ocasionar prejuízos na
terapêutica, visto que cada fração pode conter mais ou menos que o parâmetro
teórico.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:

1 BURCKHALTER, J.H; KOROLKOVAS, A.Química Farmacêutica. Rio de


Janeiro: Guanabara Koogan, 1988. pp.189.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

347
UNISA - Universidade de Santo Amaro

2 PRISTA, L.N.; LOBO, J.S; MORGADO, R.M.; ALVES, A.C. Tecnologia


farmacêutica. Lisboa: Fundação Calouse Gulbenkian, 2003. v.1, n.6.
3 TIERLING, V.L.; PAULINO, M.A.; FERNANDES, L.C.; SCHENKEL, E.P.;
MENGUE, S.S. Nível de conhecimento sobre a composição de analgésicos com
ácido acetilsalicílico. Revista de Saúde Pública, v.38, n.2, abril, 2004.

________________________________________________________________
1- Discente da Faculdade de Farmácia
2- Doscente da Faculadade de Farmácia e orientadores

Agradecimentos: Os autores agradecem á UNISA pelo apoio financeiro

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

348
UNISA - Universidade de Santo Amaro

EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR: A LUDICIDADE AUXILIANDO NA


APRENDIZAGEM
ANDERSON DE PAULA NOGUEIRA(1), EVALDO JOSE LUIZ(2), LEANDRO VALENTIN(3)

SOLANGE DE OLIVEIRA F BORRAGINE(4)(Orientadores)


Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
O ato de construir o conhecimento, isto é, do professor ensinar e possibilitar
aprendizagem ao aluno é de vital importância, logo não deve ser encarado
simplesmente como seguir uma receita, em que o professor passa um
determinado conteúdo, o aluno copia fingindo que entendeu e o professor fica
comodamente no seu lugar acreditando que ensinou. Existem muitas formas de
proporcionar a construção de conhecimento. Ele pode ensinar o aluno de uma
maneira maçante, que gera desmotivação e desinteresse ou ensina-lo de uma
maneira dinâmica, isto é, que permita a aplicação do conteúdo de forma
criativa, alegre e instigante, possibilitando um grande prazer em aprender, no
entanto para que isso ocorra, o professor deve trabalhar utilizando-se da
ludicidade.

OBJETIVO:
Verificar a contribuição do lúdico para a aprendizagem dos alunos nas aulas de
Educação Física e, com isso, instigar a reflexão dos professores da educação
básica, em especial de Educação Física, sobre a importância do brincar no
contexto educacional.

METODOLOGIA:
Para a realização desse trabalho utilizamos a revisão bibliográfica.

RESUMO:
As técnicas lúdicas fazem com que a criança aprenda com prazer, alegria e
entretenimento, sendo relevante ressaltar que a educação lúdica está distante
da concepção ingênua de passatempo, brincadeira vulgar e diversão superficial.
É enorme a influência do brinquedo no desenvolvimento de uma criança, é com
o brinquedo que a criança aprende a agir numa esfera cognitiva, ao invés de
uma esfera visual externa, dependendo das motivações e tendências internas, e
não por incentivos fornecidos por objetos externos. O lúdico, na prática
pedagógica, proporciona a relação e a interação entre os parceiros. Durante a
brincadeira, a criança estabelece decisões, resolve conflitos, vence desafios,
descobre novas alternativas e cria novas possibilidades de invenções,
possibilitando a construção de seu conhecimento.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

349
UNISA - Universidade de Santo Amaro

CONCLUSÃO:
Este estudo nos possibilita verificar o quanto é importante a utilização do lúdico
na aprendizagem para estimular e favorecer o desenvolvimento motor, cognitivo
e sócio-afetivo da criança. É necessário que os professores incluam o jogo em
suas práticas pedagógicas, resgatando os sentidos e as emoções dos alunos
para o lúdico, a fantasia e o brincar, descobrindo o prazer e o gostar de
ensinar/aprender. A importância da inserção e utilização do lúdico na prática
pedagógica é uma realidade que se impõe ao professor. Essas atividades não
devem ser exploradas apenas como lazer, mas também como elementos
enriquecedores para promover a aprendizagem. A criança transforma as
atitudes do cotidiano em brincadeiras e, ao mesmo tempo, aproxima-se de sua
realidade para compreendê-la. O brinquedo faz com que a criança aprenda a
agir numa esfera cognitiva, pois a criação de uma situação imaginária a
possibilita desenvolver o pensamento abstrato. Ensinar não é apenas transmitir
conteúdos, mas desenvolver as formas possíveis de ação para a elaboração
desse conteúdo. Ensinar implica em trabalhar com o aluno para que ele
construa ou se aproprie de conhecimento formal. Para isso o professor, no seu
importante papel, deve favorecer um ambiente onde o aluno se sinta estimulado
e seguro para arriscar-se e vencer desafios. Os jogos e brincadeiras na
Educação Física podem ser utilizados pelo professor como instrumentos para
instigar os alunos, promovendo a observação das ações executadas e a análise
das suas conseqüências, favorecendo a conscientização do que deve ser
intencionalmente mantido. É importante que nós, professores, estejamos
cientes de que a ludicidade é necessária e que traz enormes contribuições para
o desenvolvimento da habilidade de aprender a pensar de nossos alunos.
Constata-se, portanto, que a atividade lúdica não se reduz ao ato de brincar, e
que ela é um importante recurso pedagógico. Considerando as informações
coletadas, percebe-se a necessidade de refletir sobre a prática pedagógica no
cotidiano das instituições de ensino no que se refere a ludicidade e modificá-la
para melhor contribuir no processo educativo de nossos alunos.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
HUIZINGA, J. Homo ludens: O jogo como elemento da cultura. 2º ed. São
Paulo: Perspectiva, 1990.
KISHIMOTO, T. M. (org.). Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. 3ª edição,
São Paulo: Cortez, 1999.
VYGOTSKY, L. O papel do brinquedo no desenvolvimento. In: A formação
social da mente. 4. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1989. P. 105-118

________________________________________________________________
Trabalho de Conclusão de Curso – Faculdade de Educação Física

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

350
UNISA - Universidade de Santo Amaro

Elaboração da Sala Operatória Látex-Free: Um desafio aos


Profissionais de Saúde.
SILVIA HONORIO RISSI(1)

DEBORA CRISTINA SILVA POPOV(2)(Orientadores)


Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
Elaboração da Sala Operatória Látex-Free: Um desafio aos Profissionais de
Saúde.

Silvia Honório Rissi(1)


Débora Cristina Silva Popov(2)

Nos últimos anos a alergia ao látex tornou-se problema de saúde em países


industrializados, especialmente entre os trabalhadores da área da saúde e
pacientes com malformações congênitas, e aqueles com história de múltiplas
intervenções cirúrgicas. Devido à incidência de hepatite B e C houve a
conscientização, a partir da década de 80, da equipe de saúde quanto à
necessidade de uso constante de material de biossegurança. Nessa mesma
época começaram os relatos de reações alérgicas ocasionadas pelo látex
utilizado em produtos médicos e hospitalares. As vias de exposição e
sensibilização podem ser resultado de contato com a pele e membranas
mucosas ou pôr via inalatória, ingestão, injeção parenteral ou por inoculação
pelos ferimentos. As luvas de látex são as principais fontes de antígenos entre a
equipe médica. As partículas do talco presentes nas luvas formam ligações com
as proteínas e podem transportá-las pelo ar na forma de aerossóis. Nas salas
operatórias (SO), como ocorrem trocas freqüentes de luvas, os níveis de
partículas no ar podem ser muito altos, determinando sintomas que vão desde
conjuntivites, rinites, tosse, rouquidão, sibilos e broncoespasmo. O presente
estudo teve por finalidade propor um protocolo de montagem da SO Látex Free,
demonstrando a responsabilidade técnica do enfermeiro frente ao problema
com látex. O mesmo deve ter conhecimento sobre as reações causadas pelas
proteínas do látex, os grupos de risco e os materiais que contem as proteínas
de látex e que são manipuladas na sua unidade.

OBJETIVO:
Propor um protocolo de preparo da S.O para pacientes que apresentam
reações alérgicas ao látex.

METODOLOGIA:
Para isso usamos o método de estudo descritivo, de caráter bibliográfico;

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

351
UNISA - Universidade de Santo Amaro

qualitativo realizado para Trabalho de Conclusão do Curso de Enfermagem da


Universidade de Santo Amaro – UNISA; no município de São Paulo.

RESUMO:
A montagem de uma rotina para SO é relevante, já que a identificação dos
materiais que contém látex não pode ser feita por inspeção visual e não existe
lei vigente o fabricante o fabricante colocar na embalagem do produto a
presença ou não de látex. O primeiro passo é solicitar aos fornecedores um
documento sobre a composição do seu produto que lhe respalde sobre os
mesmo. Com um protocolo em mãos, os documentos e os materiais látex-free,
o enfermeiro montará um kit de materiais que são utilizados durante um
procedimento cirúrgico em uma sala látex-free.

CONCLUSÃO:
Concluímos que há necessidade de manter um protocolo de substituição dos
materiais que contém látex, na vigência da cirurgia em um paciente
sensibilizado. Essa necessidade se faz desde a marcação da cirurgia, no
primeiro horário do Centro Cirúrgico (CC), troca dos acessórios de ventilação,
infusões, sondas, cateteres, drenos, equipamentos de monitorização entre
outros. O enfermeiro do CC participa ativamente desse processo, já que é ele
que prevê e provê os materiais necessários aos procedimentos cirúrgicos. As
empresas devem considerar a necessidade de trazer nas embalagens a
descrição dos componentes do material, inclusive com descrição tipo “Látex
Free” ou não contém látex, pois acreditamos que dessa maneira contribuirão
para a concretização do protocolo, como o proposto nesse estudo. Lembramos
também que cada instituição deve adotar a maneira mais adequada de adaptar-
se à situação e validar o protocolo adequado a sua realidade.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
Deus CB,Silveira H, Kuschnir F, Costa E – Sensibilização ao látex em dois
grupos de trabalhadores de hospital geral. Rev Bras Alerg Imunopatol, fev 2007,
30(2):63-65.

Marin FA, Peres SP, Venturini M, Francisco RC, Zuliani A – Alergia ao látex e a
frutas em profissionais da área da saúde. Rev. Nutr., Campinas, out/dez 2003,
16(4):415-421.

Allarcon JB, Malito M, Linde H, Brito MEM - Alergia ao látex. Rev Bras
Anestesiol, 2003 53(1) 89-96.

________________________________________________________________
(1) Acadêmica do 8º Semestre do Curso de Graduação em Enfermagem da

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

352
UNISA - Universidade de Santo Amaro

Faculdade de Enfermagem da Universidade de Santo Amaro - UNISA.


(2) Enfermeira Professora Mestre Assistente da Faculdade de Enfermagem da
Universidade de Santo Amaro - UNISA.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

353
UNISA - Universidade de Santo Amaro

ELABORAÇÃO DE PROTOCOLO PARA ASSISTÊNCIA DE


ENFERMAGEM: ADAPTAÇÃO PREJUDICADA AO PORTADOR
DE TRAQUEOSTOMIA VINCULAÇÃO NANDA-NOC-NIC
FLAVIA DUARTE DE OLIVEIRA(1)

JULIANA REIS FRANCO DE CARVALHO(2)(Orientadores)


Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
A traqueostomia é uma abertura localizada entre o segundo e terceiro anéis
traqueais com inserção de uma cânula. Este dispositivo possui um balão, que
ao ser inflado tem por objetivo impedir a saída da cânula, ocluir o espaço entre
as paredes traqueais, permitir boa ventilação e evitar riscos de aspirações.¹ É
utilizado para desobstruir a via aérea superior dando passagem de ar aos
pulmões quando existe alguma obstrução no trajeto natural. Este procedimento
é realizado em ambiente cirúrgico, com suporte ventilatório e técnica asséptica.
Por ser um procedimento invasivo, tornar-se uma opção que exige novas
adaptações. Estas muitas vezes não são alcançadas com sucesso. Portanto,
identifica-se um diagnóstico de enfermagem prevalente: Adaptação prejudicada,
relacionado a mudanças de estado de saúde, requer mudanças no estilo de
vida evidenciado pelo uso de bebidas alcoólicas e o enfrentamento individual
prejudicado relacionado à falta de suporte social e distúrbios da imagem
corporal provocada pela presença de estoma traqueal evidenciando o
comportamento destrutivo levando ao isolamento social, falta de interesse e
empenho da família na reabilitação do paciente 2. Para o portador de
traqueostomia ter qualidade é preciso planejar uma assistência adequada e
individualizada. Para isso, é necessário utilizar o processo de enfermagem que
é definido como um método sistematizado e planejado com caráter científico 2.
Aos problemas abordados no portador de traqueostomia visamos que precisa
de uma adaptação para uma sobrevivência contendo um auto conceito, domínio
de seus papéis e independência como objetivo principal. O portador de
traqueostomia quase sempre apresenta dificuldades em se adaptar. O
diagnóstico identificado e classificado muda o processo de adaptação, o
enfermeiro tem como função principal buscar requisitos criativos para promover
a adaptação positiva do individuo no meio psicossocial 3. A elaboração de um
protocolo de assistência sistematizada de enfermagem propõe um instrumento
com uma linguagem padronizada, baseado em classificações de enfermagem.
Para compor este protocolo, utilizou-se as classificações de enfermagem
mundialmente conhecida. NANDA-I ,North American Nursing Diagnoses
Association – Internacional, especifica para diagnósticos de enfermagem. A
NIC, Nursing Intervention Classification especifica para as intervenções de

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

354
UNISA - Universidade de Santo Amaro

enfermagem, e por fim a NOC, Nursing Outcomes Classification, especifica para


os resultados de enfermagem. Esta tríade corresponde uma terminologia de
enfermagem na qual caracteriza o trabalho do enfermeiro. Ao propor um
protocolo de assistência visa-se à expansão do conhecimento técnico científico
da enfermagem, favorece a tomada de decisão do enfermeiro, auxilia no
planejamento da assistência, bem como a valoriza a atuação profissional.

OBJETIVO:
Descrever a elaboração de um protocolo de assistência de enfermagem
Adaptação prejudicada em portador de traqueostomia vinculação NANDA-NOC-
NIC.

METODOLOGIA:
É uma pesquisa metodológico,realizado entre outubro de 2006 a agosto de
2008. Na elaboração foi realizado levantamento bibliográfico nas bases de
dados BDENF, usando unitermos traqueostomia, assistência de enfermagem e
enfermagem. Foram consultados periódicos publicados no período de 1970 a
2007. Deste levantamento, foram selecionados 08 artigos referentes ao
portador de traqueostomia e sua adaptação ao novo estilo de saúde. Entre os
Diagnósticos de Enfermagem (DE), detectamos que dentre os trabalhos que
visam desenvolver a assistência de enfermagem a pacientes
traqueostomizados o diagnóstico prevalente entre 20% e 30 % é adaptação
prejudicada do paciente em relação ao novo estilo de vida ou convivência
“adaptação prejudicada” ². A partir deste diagnóstico de enfermagem realizou-
se a vinculação NANDA, NOC, NIC, para estabelecer uma linguagem
padronizada para a assistência de enfermagem com foco em portadores de
traqueostomia. O instrumento foi desenvolvido no Microsoft Word com fonte
arial 10, margens com 1.6cm, espaço simples, orientação retrato em coluna e
papel ofício.

RESUMO:
O protocolo está dividido em quatro partes: Diagnóstico, Resultados,
Intervenções e Avaliação de Enfermagem.Primeira parte:Diagnóstico de
enfermagem - DE: Adaptação Prejudicada, com as características definidoras e
fatores relacionados,se encontram vinculadas com os resultados de
enfermagem.Segunda parte: Aceitação: Estado de saúde (1300), Ajuste
Psicossocial: Mudança de vida (1305), Capacidade Cognitiva (0900),
Comportamento de Aceitação (1601), Comportamentos de Busca de Saúde
(1603), Comportamentos de Tratamento: Doença ou Lesão (1609), Crenças de
Saúde; Capacidade Percebida para o Desempenho (1701), Participação:
Decisões sobre Cuidados de Saúde (1606), Equilíbrio do Humor (1204), Auto-
Estima (1205). Articulado com as intervenções de enfermagem, terceira parte:

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

355
UNISA - Universidade de Santo Amaro

Melhora do Enfrentamento (5230), Modificação do Comportamento (4360),


Estimulação Cognitiva (4720), Orientação Quanto ao Sistema de Saúde (7400),
Aconselhamento (5240), Supervisão (6650), Apoio a Tomada de Decisão
(5250), Estabelecimento de Metas Mútuas (4410), Ensino: Processo de Doença
(5602), Esclarecimento de Valores (5480), Aumento da Auto-Estima (5400),
Controle do Humor (5330). Quarta e última parte a avaliação que será
descritiva.Portanto quando a enfermeira se direciona ao protocolo identifica a
característica definidora do diagnóstico “adaptação prejudicada”, facilita a
implementação das intervenções de enfermagem com foco nos resultados
alcançados. O instrumento identifica os problemas do cliente por características
definidoras ou fatores relacionados à instalação da traqueostomia, sendo
temporária ou definitiva. Os resultados esperados são medidos ao longo de um
continuum relatando a condição real do estado do individuo, mensurados na
escala likert de 1 a 5 antes e depois da intervenção. A intervenção de
enfermagem são cuidados ou procedimentos prestados ao cliente em que a
enfermeira aplica com bases em seu conhecimento cientifico ,buscando o
alcance de resultados positivos, que incluem os aspectos psicossociais e
fisiológicos do cliente. A avaliação do cliente no final da internação ou
acompanhamento ambulatorial é importante, pois mostra que a aplicação de
cuidados através das classificações de enfermagem é eficaz, usa taxonomias
validadas e codificadas que é aplicada em âmbito nacional e internacional. Ao
Propor um protocolo de assistência de enfermagem ao portador de
traqueostomia vinculação NANDA, NOC, NIC espera-se uniformizar, estimular e
fortalecer a aplicabilidade da linguagem própria entre enfermeiros, além de
fornecer dados para pesquisa, fortalecer o corpo de conhecimento para a
profissão.

CONCLUSÃO:
A apresentação do protocolo proposto para assistência de enfermagem
adaptação prejudicada em pacientes submetidos à traqueostomia cumpre o
objetivo deste estudo, no entanto há necessidade de validá-lo, ser apreciado
por enfermeiros experts em portador de traqueostomia e classificações em
enfermagem. Ressalta-se que este estudo gerou um instrumento tecnológico
imprescindível no cenário de trabalho do enfermeiro.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
1. MELLES, A.M.; ZAGO, M.M.F. A utilização da lousa mágica na comunicação
do traqueostomizado. Rev.latino-Am. Enfermagem, Ribeirão Preto, v.9, n.1,
jan.2001.

2. SILVA, L.S.L.; PINTO, M.H. ZAGO, M.M.F. Assistência de enfermagem ao

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

356
UNISA - Universidade de Santo Amaro

laringectomizado no período pós-operatório. Rev.Brasileira de Cancerologia,


São Paulo, v.48, n.2, p.213-221, abril, maio, junho, 2002.

3. CARMAGNANI, M.I.S.; CUNHA, I.C.K.O. BEHLAU, M.S. Diagnóstico de


enfermagem em pacientes submetidos à laringectomia. Rev.Paul.
Enf.,v.22,n.1,p.51-61,jan.-abril,2003.

________________________________________________________________
1Trabalho de Conclusão de Curso realizado na Faculdade de Enfermagem da
Universidade de Santo Amaro.
2Graduanda da Faculdade de Enfermagem.
3Professora da Faculdade de Enfermagem.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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Estimulação Elétrica Neuromuscular no Músculo Tibial Anterior


em Pacientes Pós AVE Crônicos
PRISCILA ANDRADE PAULO(1), THAÍS LOPES DE FARIA(2)

ANGELA MITZI HAYASHI XAVIER(3),EUGENIA CASELLA TAVARES DE


MATTOS(4)(Orientadores)
Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
O Acidente Vascular Encefálico (AVE) é caracterizado por uma lesão central
causada por uma interrupção abrupta do fluxo sanguíneo, que consiste num
problema de saúde pública, no Brasil cerca de 30% de todas as mortes
registradas são causadas pelo AVE. Dentre os sobreviventes, mais da metade
persistem com algum tipo de incapacidade, e 30% possuem alterações na
macha. O sinal clássico do AVE é a hemiplegia/hemiparesia, e é apontado na
fase crônica pela presença de espasticidade na musculatura gravitacional,
impedindo a função harmônica dos músculos antagonistas, como ocorre no
músculo tibial anterior, responsável pela dorsiflexão que impede o contato do
antepé durante a fase de balanço.

OBJETIVO:
Verificar a influência da estimulação elétrica neuromuscular (NMES) sobre o
músculo tibial anterior em pacientes com seqüelas de AVE, e os fatores que
influenciam a marcha e Analisar a atividade motora funcional através da escala
de espasticidade, escala de grau de força muscular, escala de equilíbrio, escala
de Classificação da Análise do Andar e Índice do Andar Dinâmico

METODOLOGIA:
Participaram do estudo 10 indivíduos com seqüela de AVE na fase crônica,
vinculados ao grupo de atendimento específico, no setor de fisioterapia
neurológica da Universidade de Santo Amaro. Foram incluidos nesse estudo os
pacientes com seqüelas de AVE (sem considerar idade, sexo, tempo de lesão,
tipo de AVE), possuir marcha independente, sensibilidade superficial
preservada e hemiparesia espástica e foram excluídos os pacientes com déficit
de sensibilidade, comprometimento cognitivo e contra indicações ao uso do
NMES. Os indivíduos foram separados em dois grupos para aplicação do
protocolo proposto: Grupo NMES (fisioterapia convencional associada ao
NMES), constituído por 5 indivíduos e Grupo Controle (fisioterapia
convencional), constituído por 5 indivíduos, porém durante o estudo um
individuo do Grupo Controle desistiu após a terceira sessão, totalizando
amostra final 4 indivíduos. Foram utilizados como método de avaliação a escala
de Ashworth, grau de força muscular, escala de equilíbrio de Berg, escala de

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

358
UNISA - Universidade de Santo Amaro

Classificação da Análise do Andar e Índice do Andar Dinâmico antes e após


intervenção. O estudo foi aplicado no período compreendido entre março e abril
de 2008, 2 sessões individuais semanais totalizando 15 sessões, com duração
de cada sessão 1 hora.

RESUMO:
Os resultados demonstraram uma melhora em todas as variáveis espaço-
temporais para ambos os grupos, sendo que o grupo NMES obteve melhora
mais acentuada em relação ao grupo Controle sendo uma redução da média da
espasticidade (-38% vs -8%); aumento da força muscular de dorsiflexores (38%
vs 15%) e flexores plantares (22% vs 6%), ganho da escala do Índice do Andar
Dinâmico (79,6% vs 52,76%); ganho da Escala de equilíbrio de Berg (36% vs
16%); e uma redução da Escala de Classificação da Análise do Andar (-35,66%
vs -13,42, p0,05). A avaliação final apresenta dados quantitativos dessa
melhora, e se obteve melhora qualitativa segundo relato dos indivíduos da
amostra.

CONCLUSÃO:
Concluiu-se que o uso do NMES sobre o tibial anterior associado à fisioterapia
convencional apresenta maior eficácia quando comparado somente à
fisioterapia convencional. Além disso, os resultados mostram que a participação
do músculo tibial anterior melhora a dorsiflexão do tornozelo, e assim a
qualidade e funcionalidade da marcha.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
DALY, J. J.; ROENIGK, L. K.; BUTLER, K. M.; GANSEN, J. L.; FREDRICKSON,
E.; MARSOLAIS, E. B.; ROGERS, J.; RUFF, R. L. Response of Sagittal plane
gait kinematics to weight-supported treadmill training and functional
neuromuscular stimulation following stroke. Jornal os Rehabilitation Reseaech &
Development. v.41, n.6A, p.807-820, nov/dez., 2003.

PECKHAM, P.H.; KNUTSON, J. S. Functional eletrical stimulation for


neuromuscular applications. Anu. Rev. Biomed. Eng,, v.7, p.327-360, mar.,
2005.

SCHUSTER, R. C.; SANT, C. R.; DALBOSCO, V. Efeitos da estimulação


elétrica funcional (FES) sobre o Padrão de Marcha de um Paciente
Hemiparético. Acta Fisiatra, v.14, n.2, p.82-82, 2007.

________________________________________________________________
Trabalho vinculado à linha de pesquisa Neurociência da habilitação e

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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Reabilitação da Faculdade de Fisioterapia.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

360
UNISA - Universidade de Santo Amaro

ESTRESSE NOS ENFERMEIROS : FATORES


DESENCADEANTES DO ESTRESSE E MANIFESTAÇÕES
SINTOMATOLÓGICAS.
LÚCIA ANGELA LIMA SANTOS(1)

VALDILEA ZORUB PASQUINI(2)(Orientadores)


Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
Atualmente, há uma maior preocupação em relação ao estresse por causa de
fatores como as pressões e as dificuldades que o mundo moderno e capitalista
impõe. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 90% da população
mundial é afetada pelo estresse, tornando-se uma epidemia mundial.
Desde o surgimento da profissão até os dias atuais, o enfermeiro busca uma
auto definição, tentando construir sua identidade profissional e obter
reconhecimento. O trabalho do enfermeiro por sua própria característica revela-
se suscetível ao estresse ocupacional. Estes profissionais de enfermagem são
expostos a ambientes de trabalho intensamente insalubres, tanto no sentido
físico quanto subjetivo e por estarem submetidas às condições de trabalho
precárias e à baixa qualidade de vida, são expostas a situações nas quais a
manutenção da saúde está prejudicada.

OBJETIVO:
· Relacionar os estressores ocupacionais nas diversas atuações do enfermeiro;
e
· As conseqüências físicas e psicológicas do estresse para estes trabalhadores.

METODOLOGIA:
Pesquisa de revisão bibliográfica. Dados coletados através de consulta
eletrônica e livros didáticos referentes ao tema.
Descritores: estresse ocupacional, estresse e enfermagem.

RESUMO:
Hans Selye foi o primeiro cientista a utilizar o termo “stress” na área da saúde,
descrevendo em 1936 a SAG - Síndrome da Adaptação Geral ,esta síndrome
possui três fases. Uma outra fase foi observada por Lipp, ao realizar seus
estudos.
Situações gerais do organismo nas fases do estresse:
·Fase de Alarme (Selye):

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

361
UNISA - Universidade de Santo Amaro

Sintomas Psicológicos- Sensação de esgotamento.


Sintomas Físicos- Taquicardia, tensão crônica, dor de cabeça,hipocloremia,
pressão no peito, extremidades frias.
Fase de Resistência (Selye) :
Sintomas Psicológicos- Ansiedade, medo, isolamento social, roer unhas,
oscilação do apetite, impotência sexual.
Sintomas Físicos: nesta fase não há sintomas.
·Fase de Quase exaustão (Lipp):
Sintomas Psicológicos- Ansiedade,tensão, angústia, insônia,
alienação,dificuldades interpessoais,dúvidas quanto a si próprio, preocupação
excessiva, inabilidade de concentrar-se, dificuldade de relaxar, e
hipersensibilidade emotiva.
Sintomas Físicos- Aumento da sudorese, tensão muscular, taquicardia,
hipertensão, aperto da mandíbula, ranger de dentes, hiperatividade, náuseas,
mãos e pés frios.
·Fase de Exaustão (Selye):
Não há sintomas psicológicos expressivos nesta fase.
Sintomas Físicos: Falência do órgão mobilizado na SAG, o que se manifesta
sob a forma de doenças orgânicas.

Principais estressores ocupacionais:


Fatores intrínsecos- Condições de trabalho inadequadas, turno de trabalho,
carga horária, contribuições no pagamento, baixa remuneração, riscos, viagens,
novas tecnologias, quantidade de trabalho, numero reduzido de funcionários na
equipe de enfermagem, realização de tarefas em tempo reduzido, ambiente
físico da unidade.
Papeis estressores- Papel ambíguo, papel conflituoso, ou indefinição do papel
profissional, grau de responsabilidade para com as pessoas e coisas, falta de
respaldo profissional, autonomia.
Relações no trabalho- Relações difíceis com o chefe, subordinados, colegas,
falta de experiência, compreensão e comunicação por parte dos supervisores
do serviço, assistência do paciente e relacionamento com familiares.
Estressores na carreira- Falta de desenvolvimento na carreira, insegurança no
trabalho devido às mudanças na estrutura organizacional, reconhecimento
profissional.
Estrutura organizacional- Modos de gerenciamento, falta de participação, déficit
na comunicação, conflito de interesses.
Interface casa/trabalho- Dificuldade em lhe dar com esta interface,
relacionamento com familiares.

Os sintomas mais comuns encontrados, independentes da área de atuação do


enfermeiro são:

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

362
UNISA - Universidade de Santo Amaro

Cefaléia; arritmias cardíacas; hipertensão ou hipotensão; sensação de dor ou


pressão no peito; tonturas; suor frio; taquipnéia; falta de apetite;
náuseas/vômitos; gastrites/pirose/úlcera; diarréia; constipação; gripe;
hipertermia/hipotermia; tosse; obstrução nasal; asma; dificuldade para conciliar
o sono; insônia; pesadelos; necessidade excessiva de dormir; dor nas
articulações; espasmos musculares/mialgia ; dores na zona cervical e lombar;
hemorragias intermenstruais; dismenorréia; amenorréia; e ciclos menstruais
irregulares.

CONCLUSÃO:
Torna-se muito importante os profissionais da área da saúde, em especial a
equipe de enfermagem que passa maior parte do tempo prestando assistência
aos pacientes/clientes e lidando com situações críticas, saber identificar o
estresse e suas manifestações , para que sua forma de enfrentamento diante
de uma situação geradora de estresse seja a mais adequada possível.
Portanto, é de suma importância a intervenção nos estressores ocupacionais,
pois eles diminuem a qualidade dos serviços prestados e o profissional
desenvolve doenças que o afastará do seu cargo, acarretando mais custos para
a instituição.
A instituição hospitalar, em relação ao estresse, deve proporcionar discussões
entre os grupos para o conhecimento das bases teóricas sobre o assunto e
propiciar um momento de revelação dos conflitos e de discussão de
possibilidades de diminuição de estresse.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
BIANCHI, E.R.F. Enfermeiro hospitalar e o stress. Rev.Esc.Enf.USP. v. 34, n.4,
p. 390-4, dez. 2000.

ELIAS, Marisa Aparecida; NAVARRO,Vera Lúcia. A Relação entre o trabalho, a


saúde, e as condições de vida. Rev Latino-am Enfermagem.; v.14 p. 517-25.
jul./ago. 2006.

LAUTERT .Liana; CHAVES, Enaura H. B; MOURA, Gisela M. S. S. O estresse


na atividade gerencial do enfermeiro.Rev Panam Salud Publica. V.6,1999.

________________________________________________________________

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

363
UNISA - Universidade de Santo Amaro

1 Aluna da graduação da Facenf-Unisa.


2 professora assistente das matérias de Saúde da Criança , Saúde da Mulher e
Administração em Enfermagem na Facenf- Unisa.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

364
UNISA - Universidade de Santo Amaro

Estudo comparativo dos efeitos do ciclamato de sódio e


sacarina, aspartame e sacarose no período gestacional de ratas
MARJORIE FASOLIN(1), MARIA CANDIDA PINHEIRO BARACAT(2), CAROLINA
FURTADO MACRUZ(3)

MARCELO ALVARENGA CALIL(4)(Orientadores)


Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
A população atual está sendo alvo de várias doenças conseqüentes da
mudança do estilo de vida e do hábito alimentar inadequado. O aumento da
incidência de obesidade da população brasileira e supervalorização da estética,
fez com que grande parte das pessoas substituísse alimentos calóricos por
produtos dietéticos e adoçantes. Com a falta de esclarecimento sobre produtos
dietéticos, houve consumo desenfreado destes alimentos, inclusive pelas
gestantes. Entre os substitutos do açúcar, temos sacarina, ciclamato e
aspartame. Estudos realizados com gestantes mostraram que a sacarina
atravessa a placenta, podendo ter contato com feto, porém há evidências de
que esse edulcorante não é nocivo. Outro edulcorante utilizado é o ciclamato
que se apresenta associado à sacarina para aumentar o poder de adoçante. A
National Research Council dos EUA mostrou através de estudo epidemiológico,
ausência de efeitos teratogênicos, mutagênicos e oncogênicos do ciclamato. A
National Academy of Sciences deixa dúvidas quanto à atividade carcinogênica
da associação do ciclamato com sacarina. O aspartame é metabolizado no trato
gastrointestinal e desencadeia aparecimento de três metabólicos: ácido
aspártico, fenilalanina e metanol. Estudos mostraram que estes metabólitos
podem ser tóxicos em indivíduos sensíveis, como as pessoas fenilcetonúricas.
Uso isolado de cada substância, em quantidades elevadas, produz efeitos
químicos e funcionais no sistema nervoso central.

OBJETIVO:
Os objetivos do nosso estudo são avaliar ganho de peso das ratas prenhas
durante gestação, medir os comprimentos dos cordões umbilicais e verificar o
peso da ninhada (fetos+ placenta+ corpos lúteos+ ovários) de cada animal após
dezoito dias de prenhez das ratas concomitante a administração dos adoçantes
e glicose 50%.

METODOLOGIA:
Estudo que envolveu quarenta ratas Wistar no período de prenhez. O Comitê de
Ética em Pesquisa da UNISA aprovou o projeto mediante registro nº 067/08. O
experimento iniciou dia 14 de julho de 2008 e terminou dia 6 de agosto de 2008.
As ratas foram alimentadas com ração comercial apropriada e água ad libidum.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

365
UNISA - Universidade de Santo Amaro

Após o estro induzido, as ratas eram alocadas com o macho para reprodução.
Foi analisado muco vaginal no dia seguinte. A presença de espermatozóides
indicou o primeiro dia de gravidez. Confirmado a prenhez, as ratas foram
pesadas numa balança e foi administrado adoçante por gavagem. Os animais
foram divididos em quatro grupos de dez ratas e alojados em gaiolas. Divisões
dos grupos: grupo I: alimentado com ração e água ad libidum, grupo II: recebeu
550 mg/kg/dia de ciclamato de sódio e sacarina, ração e água ad libidum, grupo
III: recebeu 900 mg/kg/dia de aspartame, ração e água ad libidum, grupo IV:
recebeu 550 mg/kg/dia de glicose 50%, ração e água ad libidum. Os grupos II,
III e IV receberam determinadas substâncias, via gavagem, por dezoito dias às
oito horas. No 18º dia de gestação, as ratas foram submetidas à eutanásia com
inalação de éter sulfúrico. O peso delas foi novamente aferido, e os fetos foram
extraídos via cesariana. O comprimento do cordão umbilical foi medido com
régua milimetrada. Verificado o peso da ninhada de cada rata prenha.

RESUMO:
A média de ganho de peso dos grupos foi: grupo I 62,42, grupo II 57,67, grupo
III 64,4 e grupo IV 53. A média de comprimento dos cordões: grupo I 1,82,
grupo II 1,82, grupo III 1,55 e grupo IV 1,78. E a média do peso da ninhada:
grupo I 25,4, grupo II 31,3, grupo III 26,8 e grupo IV 27,7. Em estudo realizado
por Matos e colaboradores, que utilizaram ciclamato de sódio no período
gestacional de ratas prenhas, verificaram diminuição do peso placentário e do
comprimento do cordão umbilical em comparação com grupo controle. O nosso
estudo discorda de alguns resultados encontrados na literatura, pois o grupo do
aspartame teve a menor média do comprimento do cordão, já o grupo do
ciclamato e o controle tiveram médias iguais. Soffritti e colaboradores, que
administraram aspartame também em ratas prenhas e analisaram a evolução
dos filhotes pós administração do aspartame, constataram que não houve
diferença de peso entre o grupo controle daqueles que receberam adoçante e
observaram maior incidência de tumores malignos nos animais que receberam
aspartame. Em nosso estudo, a média do ganho de peso das ratas prenhas
durante a gestação foi maior no grupo do aspartame e menor no da glicose
50%. Adoçante engorda? Esta indagação surgiu inicialmente em estudo feito
com ratos nos EUA. Na pesquisa, os animais que consumiram iogurte com
sacarina tiveram ganho de peso 20% maior que aquele que se alimentaram
com iogurte e açúcar. Uma explicação para o que ocorreu é que o sabor doce
fazia organismo esperar por calorias, como o alimento tinha pouca caloria, o
animal tendia a comer mais e, conseqüentemente, engordar. Será que nossas
ratas prenhas que receberam aspartame também sentiram necessidade de
maior consumo alimentar?

CONCLUSÃO:

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

366
UNISA - Universidade de Santo Amaro

Com isso, acreditamos que o uso de adoçantes deva ocorrer com indicações
específicas e que as gestantes aguardem mais trabalhos científicos para usá-lo
com segurança.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
1) Salles RK, Fiates GMR, Auler F, Lehrer KM. Uso de adoçantes durante a
gravidez e ganho de peso gestacional. Jornal Brasileiro de Ginecologia 1998;
108(7): 247-254.
2) Matos MA, Martins AT, Azoubel R. Effects of Sodium Cyclamate on the Rat
Placenta: A Morphometric Study. International Journal of Morphology 2006;
24(2): 137-142.
3) Soffritti M, Belpoggi F, Tibaldi E, Esposti DD, Lauriola M. Life Span Exposure
to Low Doses of Aspartame Beginning during Prenatal Life Increases Cancer
Effects in Rats. Environmental Health Perspectives 2007; 115(9): 1293-1297.
4) Colares J. Afinal, adoçante engorda ou emagrece? Diário de Pernambuco
2008.

________________________________________________________________
O Comitê de Ética da Unisa aprovou o projeto.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

367
UNISA - Universidade de Santo Amaro

Estudo da eficiência do conservante Imidazolidinil uréia frente a


Staphylococcus aureus e Aspergillus niger em formulação
tópica do tipo gel-creme contendo óleo de andiroba lipossolúvel.
GLEISY KAZUKO NARA(1)

LUCIANA NEVES CAMARGO(2)(Orientadores)


Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
O óleo de andiroba é extraído de uma planta nativa, Carapa guianensis,
presente na floresta Amazônica, e foi escolhida para compôr a formulação
devido às diversas propriedades testadas e comprovadas. Dentre suas
propriedades, as atividades antiinflamatórias, anti-reumática e de repelente de
insetos são as mais importante (Ferrari,2002), além de possíveis atividades
antifúngicas.
Os conservantes têm finalidade de evitar a proliferação microbiana durante o
uso e o armazenamento e a compatibilidade com a formulação é de
fundamental importância.
A avaliação da eficácia do conservante se faz necessária para garantir a
segurança de produtos multidose. Este teste é realizado para determinar o tipo
de sistema conservante a ser usado em um produto e a concentração exigida
para efeito satisfatório (Pinto et al, 2003).

OBJETIVO:
Este projeto tem como objetivo avaliar a capacidade do conservante
imidazolidinil uréia em preservar formulação gel-creme contendo óleo de
andiroba lipossolúvel através do Teste de Eficácia do Conservante, utilizando os
microrganismos Staphylococcus aureus (S.aureus) e Aspergillus niger(A.niger).

METODOLOGIA:
O teste de eficácia do conservante foi realizado separadamente para os
microrganismos S.aureus e A. niger, colocando-se quantidade conhecida dos
mesmos na formulação e realizando-se o teste de eficácia de acordo com
metodologia descrita na USP, 2007 avaliando a presença dos microrganismos
em tempos pré-determinados pela Farmacopéia Britânica : 0,12, 24 e 48 horas
e 7, 14, 21 e 28 dias( Pinto et al, 2003)

RESUMO:
No teste de eficácia do conservante o inóculo deve ser colocado na formulação
e a ação do conservante analisada por 28 dias com determinações periódicas.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

368
UNISA - Universidade de Santo Amaro

No teste realizado com Staphyloccocus aureus o inóculo inicial foi de 8,20 x 105
UFC/mL havendo diminuição progressiva , sendo que em 48 horas houve
queda de 1 ciclo logaritmo e no 7º dia queda de 3 ciclos logaritmos. As
especificações internacionais apresentam critérios diferentes entre si e pode ser
escolhido um deles para a aceitação do produto. De acordo com a USP, 2007 o
produto é aprovado quando há diminuição do número de bactérias em 2 ciclos
logaritmos a partir do 14º dia e nenhum aumento até 28 dias, a CTFA (Cosmetic
and Toiletries Association) permite que haja diminuição do número de bactérias
de 3 ciclos logaritmos em 7 dias enquanto a farmacopéia britânica aprova
somente com diminuição de 3 ciclos logaritmos em 48 horas (Pinto et al, 2003).
Para o microrganismo Aspergillus niger o inóculo inicial foi de 2,50 x 105
UFC/mL com queda de 1 ciclo logaritmo em 48 horas.O critério de aceitação da
USP, 2007 é de que não haja nenhum aumento do número inicial em 14 dias e
CTFA permite que haja queda de 1 ciclo logaritmo no 7º dia e nenhum aumento
até 28 dias, mas a farmacopéia britânica aprova o produto que apresente
diminuição de 2 ciclos logaritmos no 14º dia e nenhum aumento até 28 dias
(Pinto et al, 2003), o que não ocorreu.

CONCLUSÃO:
Os resultados evidenciam que o sistema conservante pode ser utilizado nessa
formulação pois está de acordo com os critérios da USP e CTFA.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
FERRARI, M. Desenvolvimento e avaliação da eficácia fotoprotetora de
emulsões múltiplas contendo metoxicinamato de etilexila e óleo de andiroba.
Ribeirão Preto, 2002, 142p. Tese (Doutorado). Faculdade de Ciências
Farmacêuticas de Ribeirão Preto.

PINTO, T. J. A.; KANEKO, T.M.; OHARA, M.T. Controle Biológico de Qualidade


de Produtos Farmacêuticos, Correlatos e Cosméticos, editoria Atheneu, 2º
edição, p.240,246-250

USP- UNITED States Pharmacopeia v. 1, 30ed, 2007.

________________________________________________________________
1 Discente da Faculdade de Farmácia – UNISA.
2 Docente da Faculdade de Farmácia e Orientadora - UNISA

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

369
UNISA - Universidade de Santo Amaro

Evolução do ensino: Introdução do E-Learning na grade


curricular acadêmica de Enfermagem no Brasil.
HENRIQUE OUTEDA MOURA(1)

MARCO ANTONIO DOS SANTOS(2)(Orientadores)


Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
O ensino no mundo vive uma reformulação. Novas técnicas e meios de
disseminar o conhecimento estão mudando o panorama mundial de educação.
O ensino a distância é cada vez mais utilizado por diversas universidades ao
redor do planeta, e vem cada vez mais tendo adeptos deste novo seguimento. A
evolução chegou também ao EaD na forma do e-Learning, onde o conteúdo é
transmitido via Web, e o aluno passa a ser agente passivo do processo de
ensino. A introdução do e-Learning no ensino de Enfermagem ainda não é
totalmente aceita, e grande parte disso se deve ao fato da grade curricular se
basear muito mais na prática do que na teoria. Visando fazer uma análise da
evolução do ensino de enfermagem no Brasil, este trabalho faz um
levantamento das metodologias de ensino e da introdução do e-Learning no
currículo acadêmico dos graduandos de Enfermagem.
Tendo em vista os pontos positivos e negativos dessa introdução, fica claro que
a desagregação do e-Learning junto ao EaD é necessária, assim como um
instrumento de avaliação específico.

OBJETIVO:
Realizar uma análise da evolução do ensino de Enfermagem no Brasil,
especificamente a introdução do e-Learning como ferramenta de ensino.

METODOLOGIA:
A Metodologia utilizada neste estudo se caracterizou por uma revisão
bibliográfica de caráter descritivo. Utilizou-se o portal da Biblioteca Virtual em
Saúde (BIREME) para realizar o levantamento bibliográfico, nas bases de
dados: Scielo (Scientific Electronic Library Online) e Google Acadêmico (Base
de Dados de trabalhos e artigos), usando os descritores de assunto: “Ensino de
Enfermagem”, “EaD na Enfermagem”, “Educação a Distância”, “Evolução do
ensino” e “Informática na Enfermagem” sendo estes intercaladas
diferentemente. A busca foi realizada no período de Fevereiro a Setembro de
2008.
Para a composição do material de estudo foram incluídos artigos científicos
nacionais e internacionais capturados dessas bases de dados após leitura dos
resumos e identificada a pertinência temática. Foi usado, também, para
complementação deste material de estudo outras fontes, retiradas das

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

370
UNISA - Universidade de Santo Amaro

referências bibliográficas dos artigos selecionados.

RESUMO:
Na Enfermagem, existe uma discriminação por parte dos empregadores aos
enfermeiros que tiveram o e-Learning presente na grade curricular durante a
graduação.
Foi constatado que o e-Learning é uma forma válida de ensino, que trouxe
grandes benefícios ao regime educacional de enfermagem, possibilitando uma
maior flexibilidade na forma de transmitir o conhecimento.
Entretanto, por ainda ser considerado pelo MEC como parte agregada ao
Ensino a distânica, sem uma diferenciação de metodologias, o E-learning acaba
não conseguindo se mostrar uma fonte de ensino densa e confiável. A falta de
um instrumento de avaliação e validação desta metodologia de ensino, acaba
desqualificando o aluno que teve o e-Learning como metodologia obrigatória
durante a graduação.

CONCLUSÃO:
Hoje no Brasil ainda não existem números exatos de faculdades de
Enfermagem que já adotaram o e-Learning como metodologia de ensino. Isto se
deve ao fato do e-Learning ainda ser considerado parte agregada ao EaD,
resultando assim em números gerais de faculdades que tem algum tipo de
curso à distância.
A evolução no ensino de Enfermagem pede novas alternativas de ensino, e o e-
Learning, quando bem estruturado, se mostra confiável para este fardo.
Entretanto, por ainda ser tratado como parte agregada ao EaD pelo MEC, o e-
Learning não dispõe de uma avaliação específica, ou seja, a avaliação da
qualidade do curso ministrado não é compatível com a necessidade da
avaliação apenas desta metodologia, mostrando-se ineficiente em obter um
resultado coerente sobre a qualidade da disciplina ministrada via web.
Diante do fato de que cada vez mais o e-Learning é usado como metodologia
fundamental na grade curricular acadêmica de Enfermagem no Brasil, faz-se
necessário um instrumento de avaliação da qualidade do ensino ministrado
pelas universidades através da supra-citada metodologia.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
1 - História do ensino a distância no Brasil
Disponível em: http://www.ead.ufms.br/ambiente/historico/
2 - Rodrigues RS. Modelo de avaliação para cursos no ensino a distância:
estrutura, aplicação e avaliação. [Dissertação]. Santa Catarina: Departamento
de Engenharia de Produção, Universidade Federal de Santa Catarina;1998.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

371
UNISA - Universidade de Santo Amaro

[online] [citado em 09 junho 1999]


3 - Carvalho AC. Orientação e ensino de estudantes de enfermagem no campo
clínico. [tese]. São Paulo(SP): Escola de Enfermagem/USP; 1972

________________________________________________________________
1 - Graduando FACENF - UNISA. h.outeda@hotmail.com
2 - Orientador, docente FACENF - UNISA, membro grupo de estudo e pesquisa
em ensino de enfermagem da FACENF - UNISA

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

372
UNISA - Universidade de Santo Amaro

FATORES DE RISCO ASSOCIADOS À OBESIDADE EM


ESCOLARES DE 7 A 10 ANOS DE UMA ESCOLA PÚBLICA DA
REGIÃO SUL DA CIDADE DE SÃO PAULO
PATRICIA CARRIEL SILVERIO LOPES(1)

SONIA REGINA LEITE DE ALMEIDA PRADO(2)(Orientadores)


Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), existem hoje mais de um
milhão de adultos com excesso de peso, destes mais ou menos trezentos mil
são obesos, a magnitude dos dados permite considerar a obesidade como uma
epidemia silenciosa global. A obesidade é uma doença crônica não
transmissível, que gera riscos à saúde devido complicação metabólica e
sistêmica, é ausente de dor física mais causa dor psicossocial. A causa da
obesidade esta associada a vários fatores, desde os genéticos, fisiológicos e
ambientais, sendo que estes podem diminuir ou aumentar a probabilidade de se
desenvolver a obesidade1.
A obesidade segundo vários estudos, é definida como excesso de peso,
adquirido em um processo lento ao longo da vida, é resultado do balanço
energético positivo, e pode ser adquirido em qualquer idade2.
No Brasil, existem atualmente 12,7% de mulheres obesas e 8,8% de homens
obesos. Estima-se uma tendência de aumento na prevalência de sobrepeso em
crianças e adolescentes entre 6 e 18 anos, passando de 4,1% na década de 70
para 13,9%, esse número desde essa década dobrou, e vem gerando
atualmente uma grande preocupação para a saúde publica. A falta de uma
unanimidade nos critérios específicos para a população infantil apontados na
literatura para definição da obesidade infantil indica a necessidade de
estabelecer pontos de corte específicos para cada população. Dados brasileiros
com relação à obesidade infantil ainda são escassos, e muitos autores estudam
essa faixa etária específica (criança ou adolescente isoladamente), e muitas
vezes com amostras não representativas da população3.
A obesidade impõe desafios para o entendimento de sua determinação,
acompanhamento e apoio à população, nas diferentes fases do curso da vida,
principalmente na infância onde muitas vezes o problema começa. Detectar
fatores de risco que levam a obesidade em crianças é de suma importância
para que se possa intervir com medidas de prevenção para que essa doença
complexa não atravesse a adolescência e a fase adulta. É importante que esse
tema, seja abordado do ponto de vista preventivo, mobilizando as instituições
de ensino na promoção de ações educativas e de prevenção.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

373
UNISA - Universidade de Santo Amaro

OBJETIVO:
Identificar os fatores de risco que contribuem para obesidade em escolares.

METODOLOGIA:
Estudo de campo com 162 crianças em idade de 7 a 10 anos cursando o ensino
fundamental I, sem distinção de sexo e raça. As crianças foram submetidas à
avaliação antropométrica, com medida de peso corporal e altura para cálculo do
índice de massa corporal e relação peso/estatura. Todos os escolares
responderam a um questionário elaborado e aplicado pela pesquisadora sobre
hábitos alimentares e práticas de atividade física. Os dados foram transcritos
em forma de tabelas e submetidos ao teste do qui-quadrado e posteriormente
analisados e discutidos.

RESUMO:
Os sobrepesos e obesos somaram 38,27%, representando um percentual mais
elevado do que estudos semelhantes sobre obesidade infantil. Os fatores de
risco relevantes neste estudo foram: consumo de refrigerantes entre
sobrepesos/obesos (91,15%) sendo que o consumo entre eutróficos somou
(46,62%) e desnutridos (22,72%), e atividade física fora da escola associada
com a prática dentro da escola, sendo que está prática entre os
sobrepesos/obesos é maior (21%) que a realizada pelos eutróficos (2%) e
desnutridos (0%), fato este devido à preocupação com o excesso de peso atual.

CONCLUSÃO:
Os resultados reforçam a tendência de sobrepeso/obesidade entre os escolares
e apontam a necessidade de políticas públicas que promovam hábitos de vida
saudável e ações mais efetivas para prevenção da obesidade junto às
instituições de ensino.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
1. Organização Pan-americana da Saúde/ Organização Mundial da Saúde.
Estratégia Mundial sobre alimentação saudável atividade física e saúde:
Caderno de Obesidade, 2003; 29(1): 60.

2. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde: Departamento


de Atenção Básica. Cadernos de Atenção Básica, n. 12 Série A. Normas e
Manuais Técnicos. Brasília: Ministério da Saúde; 2006; 108.

3. Sotelo, YOM et al. Prevalência de sobrepeso e obesidade entre escolares da


rede pública segundo três critérios de diagnostico antropométrico. Caderno de
Saúde Pública, Rio de Janeiro (RJ) 2004 jan/fev; 20(1): 233-240.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

374
UNISA - Universidade de Santo Amaro

________________________________________________________________
1 Graduando em Enfermagem do 8º Semestre. Faculdade de Enfermagem
Universidade Santo Amaro/UNISA.
2 Enfermeira, Doutora em Enfermagem – USP, Docente da Faculdade de
Enfermagem UNISA orientadora do Trabalho de Conclusão de Curso TCC.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

375
UNISA - Universidade de Santo Amaro

Fatores Preditivos de Sucesso e Insucesso no Desmame da


Ventilação Mecânica
SIMONE SIQUEIRA MATOS(1)

DANIELA KUGUIMOTO ANDAKU OLENSCKI(2)(Orientadores)


Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
A Intubação Orotraqueal (IOT) ocorre quando o paciente não consegue realizar
a ventilação espontânea, necessitando de um aporte ventilatório adequado
fornecido pela Ventilação Mecânica (VM) (COSTA, 1999). A partir do momento
que o paciente encontra-se em condições gerais estáveis e a causa que levou a
IOT foi resolvida, o paciente recebe a indicação do desmame da VM que é
definido como o processo da respiração artificial para a espontânea em
pacientes que permaneceram em VM por mais de 24 horas (GOLDWASSER et
al., 2007), podendo evoluir para a respiração espontânea, ser reintubado ou
traqueostomizado (AZEREDO & FITIPALDI, 2006).

OBJETIVO:
Identificar os fatores preditivos de sucesso e insucesso no desmame da
ventilação mecânica em pacientes submetidos à Intubação Orotraqueal da
Unidade de Terapia Intensiva adulto do Hospital Geral do Grajaú – Professor
Liberato John Alphonse Di Dio.

METODOLOGIA:
Foram incluídos os pacientes submetidos a IOT, internados a UTI adulto do
HGG de ambos os sexos e foram excluídos os que evoluíram com óbito após a
IOT; recusa dos familiares e os que evoluíram para traqueostomia antes de
iniciarem o processo do desmame; sendo acompanhados através de ficha de
avaliação analisando os seguintes dados: aspectos clínicos, ventilação
mecânica e exames laboratoriais. Foi considerado sucesso do desmame os
pacientes que foram extubados e permaneceram em respiração espontânea por
mais de 48 horas, e o insucesso do desmame os pacientes reintubados em
menos de 48 horas após a extubação ou traqueostomizados após o início do
desmame da VM.

RESUMO:
20 pacientes foram inclusos no estudo, dentre os quais 12 foram desmamados
com sucesso, 5 realizaram traqueostomia e 3 necessitaram ser reintubados. Os
pacientes com insucesso do desmame permaneceram mais tempo internados
na UTI (27,25 dias vs 12,75 dias, p0,05), receberam mais dias de sedação
(18,25 dias vs 4,58 dias, p0,01), mais dias de IOT (9,25 dias vs 5,25) e mesmo

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

376
UNISA - Universidade de Santo Amaro

não tendo significância estatística, o Grupo Insucesso apresentou uma média


de idade maior do que o Grupo Sucesso (53,25 anos vs 48 anos) e
apresentaram mais doenças cardíacas como antecedentes pessoais. No Grupo
Sucesso a causa de IOT por cirurgia foi mais prevalente. Já nos exames
laboratoriais o Grupo Insucesso obteve valores médios iniciais maiores
comparado com o Grupo Sucesso de Uréia (133,75 mg/dL vs 101,58 mg/dL),
Creatinina (3,96 mg/dL vs 1,45 mg/dL), e menores de Hematócrito (25,63% vs
31,6%) e Plaquetas (160 mil/mm3 vs 222,91 mil/mm3).

CONCLUSÃO:
De acordo com a amostra deste estudo conclui-se que os fatores preditivos de
sucesso são: cirurgia como causa de IOT, níveis próximos dos valores de
referência de creatinina, hematócrito, e plaquetas no 1º dia de IOT. Já os
fatores de preditivos de insucesso são: pacientes mais velhos, doenças
cardíacas como antecedentes pessoais e níveis de uréia e creatinina elevados
no 1º dia de IOT.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
AZEREDO, C.A.C.; FITIPALDI, R.M.S.B. Desmame da Prótese Ventilatória. In:
SARMENTO, G.J.V.; VEGA, J.M.; LOPES, N.S. Fisioterapia em UTI: Avaliação
e Procedimentos. São Paulo: Atheneu, 2006. Volume I, Cap.10, p.255-269.

COSTA, D. Recursos Mecânicos da Fisioterapia Respiratória. In: COSTA, D.


Fisioterapia Respiratória Básica. São Paulo: Atheneu, 1999. Cap.6, p.105-107.

GOLDWASSER, R.; FARIAS, A.; FREITAS, E.E., SADDY, F.; AMADO, V.;
OKAMOTO, V.N. Desmame e Interrupção da Ventilação Mecânica. In: III
Consenso Brasileiro de Ventilação Mecânica. Revista Brasileira de Terapia
Intensiva. São Paulo, v. 19, n. 3, p. 384-392, jul./set., 2007.

________________________________________________________________
1. Acadêmica do 8º semestre do curso de Fisioterapia da UNISA
2. Mestre em Distúrbios do Desenvolvimento pela Universidade Presbiteriana
Mackenzie; Professora Adjunto da Faculdade de Fisioterapia da UNISA e
Supervisora de Estágio em Cardio-respiratória do Curso de Fisioterapia da
UNISA.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

377
UNISA - Universidade de Santo Amaro

Fisioterapia na estratégia de Saúde da Família e da Comunidade


LUCIMARA AMARAL SOARES(1)

DALVA MARIA DE ALMEIDA MARCHESE(2)(Orientadores)


Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
A Fisioterapia, por toda sua história, admitiu como objetivo de trabalho o
indivíduo doente ou convalescente, atuando nos setores secundário e terciário.
Atualmente o fisioterapeuta é um membro da equipe da saúde que atua na
Atenção Primária, através de programas de promoção da saúde, de prevenção,
além da habilitação e reabilitação. Em virtude disso, há uma necessidade de
formação adequada para esse profissional no que se refere ao Programa
Saúde da Família (PSF), estratégia de consolidação do Sistema Único de
Saúde (SUS) e de seus princípios doutrinários, a Universalidade, a Equidade e
a Integralidade e a participação social, levando esse profissional a vivenciar a
Saúde Pública com uma visão integral. A formação do fisioterapeuta, focada
exclusivamente na reabilitação, portanto, no setor de cuidados terciários, deixa
uma falha na formação desse profissional no que se refere à Saúde Pública.

OBJETIVO:
Caracterizar a população atendida pela Fisioterapia em Unidade Básica de
Saúde (UBS) durante estágio curricular obrigatório e, a partir dessa
caracterização, evidenciar a necessidade da introdução da disciplina de
Fisioterapia da Família e da Comunidade nas grades curriculares.

METODOLOGIA:
Foram utilizadas as fichas de atendimento fisioterapêutico realizado na UBS
Jardim Três Corações para o levantamento de dados de serviço de atendimento
domiciliar do estágio, e dados de Trabalhos de Conclusão de Curso realizados
por acadêmicos da Fisioterapia da Unisa no ano de 2007, referentes a
atendimentos em grupo de coluna e grupo de crianças asmáticas, na mesma
UBS.

RESUMO:
O estudo epidemiológico da população de usuários cadastrados no PSF Jardim
Três Corações, conforme dados gerais colhidos no relatório consolidado
Relatório do Sistema de Informação da Atenção Básica (SIAB) de 21/02/2008 é
de 26.841 usuários em 7.273 famílias cadastradas, sendo em média 4 pessoas
por família. A distribuição por gênero contou 12.898 homens (49%) e 13.943
mulheres (51%), prevalecendo a população na faixa etária de 20 a 59 anos. No
atendimento domiciliar realizado no período de 2005 a 2007, a amostra incluiu

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

378
UNISA - Universidade de Santo Amaro

61 usuários atendidos, homens e mulheres com idade acima de 41 anos,


brancos, ensino fundamental, com companheiros, encaminhado com
diagnóstico nas áreas de neurologia, ortopedia e clinica médica. O número total
de atendimentos foi estimado em 2 atendimentos por semana, durante o
período letivo, a saber, de fevereiro a junho e de agosto a novembro de cada
ano, totalizando 1.851 atendimentos. O grupo de coluna, durante o ano de
2007, atendeu 10 usuários, homens e mulheres, com média de 49 anos de
idade, brancos, casados, com ensino fundamental, afastados de suas funções
pela lombalgia resultante de lesão conhecida ou patologia associada,
recebendo beneficio da previdência social. As crianças que participaram do
Grupo de Asma, tinham entre 2 e 6 anos, eram em sua maioria meninos, com
diagnóstico clínico confirmado ou crises recorrentes de asma, classificados em
grau de gravidade da doença como Persistente Leve, de acordo com o III
Consenso Brasileiro no Manejo de Asma (2002), portanto, apresentando
sintomas de falta de ar, aperto no peito, chiado e tosse mais de uma vez por
semana, com limitações para grandes esforços, com crises infreqüentes e
sintomas noturnos ocasionais, com uso de broncodilatador até 2 vezes por
semana. Observou-se baixa aderência ao grupo que se creditou ao
desconhecimento da gravidade da doença ou ao preconceito contra o
diagnóstico da Asma, manifestados pelos responsáveis. Considerados todos os
atendimentos realizados pela Fisioterapia, no atendimento domiciliar (em
neurologia, ortopedia e clínica médica), nos grupos de lombalgia e de crianças
asmáticas, no período de 2005 a 2007, pelos alunos do curso de Fisioterapia da
Unisa, temos um total de 99 beneficiados, numa população de 26.841 usuários,
onde se contam, somente considerando os usuários com alguma deficiência,
168 pessoas de acordo com o SIAB de 21/02/2008.

CONCLUSÃO:
É verdade que muito poucos usuários foram atendidos na UBS Jardim Três
Corações, em se pensando no tamanho da população e nas necessidades que
ela expressa. Também é verdade que os 99 usuários não receberiam
atendimento no período de 2.005 a 2.007, e 1.851 atendimentos não teriam sido
realizados, os estagiários não teriam sido treinados, o vínculo com a população
não teria sido estabelecido e não poderíamos dizer da importância da formação
acadêmica para sua realização. Considera-se, ao final, que a formação do
fisioterapeuta para atuação em Saúde Pública começa a se verificar e a
demanda pelos serviços existe. É de responsabilidade do Curso de Fisioterapia
preparar fisioterapeutas crítico-reflexivos, engajados e comprometidos
socialmente, tendo como base as informações obtidas na disciplina de
Fisioterapia da Família e da Comunidade, ministrado no Curso de Fisioterapia
da Unisa. Mas para isso precisam também ser empregados pelo Sistema de
Saúde e constituírem, de fato, as Equipes de Saúde da Família. Resta,

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

379
UNISA - Universidade de Santo Amaro

portanto, sua contratação pelo setor público.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
GIL, C. R. Formação de recursos humanos em saúde da família: paradoxos e
perspectivas. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 21, n. 2, p. 490-498,
março-abril 2005.
RAGASSON, C.A.P.; ALMEIDA, D.C.S.; COMPARIN, K.; MISCHIATI, M.F.;
GOMES, J.T. Atribuições do fisioterapeuta no programa de saúde da família:
reflexões a partir da prática profissional. FisioBrasil, 2002, p.207-218.
REBELLATO, J. R.; BOTOMÉ, S. P. Fisioterapia no Brasil: fundamentos para
uma ação preventiva e perspectivas profissionais. 2. ed. São Paulo: Manole,
1999.

________________________________________________________________
Trabalho de Conclusão de Curso - Bacharel em Fisioterapia - 2008
Curso de Fisioterapia da Universidade de Santo Amaro.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

380
UNISA - Universidade de Santo Amaro

FISIOTERAPIA NO FORTALECIMENTO DA MUSCULATURA DO


ASSOALHO PÉLVICO EM MULHERES PORTADORAS DE
INCONTINÊNCIA URINÁRIA
JAQUELINE RAMOS DE OLIVEIRA(1)

ADRIANA SARAIVA ARAGAO DOS SANTOS(2),YARA JULIANO(3),NEIL FERREIRA


NOVO(4)(Orientadores)
Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
A Incontinência Urinária é um sintoma freqüente na população feminina, que
pode afetar mulheres de todas as idades. Aproximadamente 10,7% das
mulheres brasileiras procuram atendimento ginecológico queixando-se de perda
urinária (HERRMANN et al., 2003). A International Continence Society (ICS)
define, desde 2002, Incontinência Urinária como queixa de qualquer perda
involuntária de urina (ABRAMS et al., 2002). São objetivos principais da
fisioterapia, a reeducação da musculatura do assoalho pélvico e seu
fortalecimento, visto que, a maioria dos tipos de incontinência urinária está
associada à redução da força desta musculatura (BORGES et al., 1998).

OBJETIVO:
Analisar a eficácia da aplicação de recursos fisioterapêuticos no fortalecimento
da musculatura do assoalho pélvico em mulheres portadoras de incontinência
urinária em diferentes faixas etárias; estudar a prevalência dos fatores de risco
para incontinência urinária na população atendida; analisar o número de
sessões de fisioterapia em cada faixa etária; analisar o grau de força dos
músculos do assoalho pélvico antes e depois do tratamento fisioterapêutico.

METODOLOGIA:
O presente estudo obteve a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da
UNISA, sob o parecer de Nº063/2008. Foram analisados, retrospectivamente,
219 prontuários de pacientes atendidas com queixa de Incontinência Urinária.
Estas foram divididas em três grupos etários: grupo GI formado por pacientes
com 40 anos ou menos (n=47), grupo GII constituído por mulheres com idade
entre 41 e 60 anos (n=128) e no grupo GIII foram incluídas as com 60 anos ou
mais (n=44). Os dados idade, diagnóstico, tipo de tratamento, número de
sessões realizadas, fatores de risco e avaliação funcional do assoalho pélvico
inicial e final, foram coletados a partir das fichas de avaliação e reavaliação
utilizadas no Ambulatório de Fisioterapia em Saúde da Mulher da Universidade
de Santo Amaro. Para a análise dos resultados foram aplicados os seguintes
testes: Teste de Wilcoxon, para comparar os valores da AFA nos períodos
antes e após tratamento nos três grupos do experimento; Análise de variância

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

381
UNISA - Universidade de Santo Amaro

de Kruskal-Wallis, para comparar as 3 faixas etárias em relação ao número de


sessões de fisioterapia. Teste G de Cochran, para estudar a concomitância dos
fatores de risco para a incontinência urinária na população estudada. Fixou-se
em 0,05 ou 5% o nível de rejeição da hipótese de nulidade.

RESUMO:
A Incontinência Urinária Mista prevaleceu nos três grupos GI, GII e GIII (80,8%,
77,3% e 70,4%, respectivamente). Houve predominância da utilização da
cinesioterapia associada à eletroestimulação como tratamento para
Incontinência Urinária nos grupos GII e GIII (55,4% e 56,8%, respectivamente)
e, no grupo GI a eletroestimulação isolada foi aplicada a 40,4% das pacientes.
O parto vaginal foi significativamente (p=0,0000) o fator de risco mais prevalente
na população estudada. Os graus atribuídos na avaliação funcional do assoalho
pélvico finais foram significativamente superiores aos atribuídos nas iniciais nos
três grupos GI, GII e GIII (p=0,0047, p=0,0000 e p=0,0001 respectivamente)
evidenciando o aumento significativo da força muscular do assoalho pélvico das
pacientes ao final do tratamento. Vários estudos foram realizados, comprovando
a eficácia de recursos fisioterapêuticos no tratamento da Incontinência Urinária,
levando em consideração além do aumento da força da musculatura do
assoalho pélvico, a redução das queixas clínicas apresentadas pelas pacientes
e a melhora na qualidade de vida.

CONCLUSÃO:
A fisioterapia mostrou-se eficaz no ganho de força da musculatura do assoalho
pélvico em mulheres portadoras de Incontinência Urinária; o parto vaginal foi o
mais prevalente (p=0,000) entre os fatores de risco para a Incontinência
Urinária na população atendida; o número de sessões de fisioterapia foi
semelhante entre os grupos GI e GII, porém o grupo GIII apresentou média de
sessões significantemente maior (p0,05) em comparação com o grupo GII;
houve aumento do grau de força da musculatura do assoalho pélvico (AFA) nos
três grupos estudados GI, GII e GIII (p=0,0047, p=0,0000 e p=0,0001
respectivamente) após o tratamento.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
ABRAMS, P; CARDOSO, L.; FALL, M.; GRIFFITHS, D.; ROSIER, P.;
ULMSTEN, U.; VAN KERREBROECK, P.; VICTOR, A.; WEIN, A. The
standartization of terminology of lower urinary tract: Report from the
Standartization Subcommitee of the International Continence Society. Neurourol
Urodyn., v. 21, p.167-178, 2002.

HERRMANN, V.; POTRICK, B.A.; PALMA, P.C.R. e col. Eletroestimulação


transvaginal do assoalho pélvico no tratamento da incontinência urinária de

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

382
UNISA - Universidade de Santo Amaro

esforço: avaliações clínica e ultra-sonográfica. Rev Assoc Méd Brás, 49 (4), pp.
401-5, 2003.

BORGES, F. D.; FRARE, J. C.; MOREIRA, E. C. L. Fisioterapia na incontinência


urinária. Fisioterapia em Movimento, v. x, n. 2, p.102-111, 1998.

________________________________________________________________
Graduanda do 8o semestre do Curso de Fisioterapia da Universidade de Santo
Amaro – UNISA.
Fisioterapeuta, Mestre em Saúde Materno-Infantil, Professora do Curso de
Fisioterapia da Universidade de Santo Amaro – UNISA, Orientadora.
Professora titular da Disciplina de Saúde Pública da Faculdade de Medicina da
Universidade de Santo Amaro– UNISA, Co-orientadora.
Professor titular da Disciplina de Saúde Pública da Faculdade de Medicina da
Universidade de Santo Amaro– UNISA, Co-orientador.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

383
UNISA - Universidade de Santo Amaro

GASTROILEOANASTOMOSE INADVERTIDA PÓS


GASTROENTEROANASTOMOSE POR ESTENOSE DUODENAL
NA URGÊNCIA
RAQUEL CALANDRINO(1), NAIM CARLOS ELIAS(2), NATALIA CIARDI DE SOUZA(3)

PAULO KASSAB(4),ELIAS JIRJOSS ILIAS(5),ORLANDO CONTRUCCI


FILHO(6),MURILLO DE LIMA FAVARO(7)(Orientadores)
Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
A gastroileoanastomose é, e deve continuar a ser, um raro erro de técnica
cirúrgica. Até 1969, Bachulis e Thornford recolheram apenas 73 casos
documentados na literatura. Diarréia, desnutrição, e inanição foram registradas
como as principais complicações. Fisiologicamente, a gastroileoanastomose é
muito semelhante à cirurgia de bypass jejunoileal na obesidade. Uma revisão da
literatura relevante sobre a derivação jejunoileal para a obesidade mórbida
revela uma infinidade de efeitos colaterais produzidos pelo processo. As
complicações articulares ocorrem em até 40% desses pacientes que sofrem
cirurgia bypass. Os sintomas podem se desenvolver dentro de algumas
semanas da cirurgia, ou pode ser adiada por vários meses. O conjunto doença
varia de leve, artralgia a artrite franca. Além das artrites, vários fenômenos
imunomediados também são frequentemente descritos, incluindo uma reação
cutânea, eritema nodoso, e o fenômeno de Raynaud. Os efeitos
gastrointestinais incluem má absorção, perda acentuada de eletrólitos, diarréia,
síndrome do intestino curto, síndrome de desnutrição, e a formação de uma
alça cega. Acredita-se que a superpopulação das bactérias da flora no restante
do intestino e da alça cega (predominantemente anaeróbios) possa ser
responsável por algumas das complicações gastrointestinais observadas. A
correção dos efeitos dessas doenças através da administração de antibióticos e
metronidazol tem vindo a apoiar este ponto de vista.

OBJETIVO:
Lembrar que o cirurgião deve estar atento aos pontos de referência (ângulo de
Treitz) para anastomose gastro-jejunal, pricipalmente durante a urgência,
evitando assim complicações importantes pós gastroenteroanastomose,
levandoo paciente muitas vezes a uma reabordagem cirurgica.

METODOLOGIA:
Relato de caso de paciente submetido a uma gastroileoanastomose inadvertida
pós gastroenteroanastomose por estenose duodenal na urgência.

RESUMO:

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

384
UNISA - Universidade de Santo Amaro

Nosso paciente mostrou várias características da síndrome pós-bypass que


regressou ao normal após a correção cirúrgica. Em uma revisão de 73
pacientes com gastroileoanastomose, Bacbulis e Thornford relataram um
variável aparecimento da diarréia. Os sinais de subnutrição são muito comuns e
marcantes. Mal-absorção, observada nestes doentes, é multifatorial. No
entanto, no nosso paciente, parece resultar de Síndrome do intestino curto e
enteropatia. Esse fenômeno é descrito em paciente com bypass jejunoileal. No
entanto, Bachulis e Thornford não fizeram qualquer menção de sintomas
articulares. A ausência de artrites relatados em tão grande número de pacientes
é surpreendente, porém, nem todos os pacientes submetidos à cirurgia de
derivação irão desenvolver a síndrome articular. A correção cirúrgica do bypass
resultou em uma dramática resolução de artrite e de outros fenômenos
imunológicos.

CONCLUSÃO:
O cirurgião deve estar atento aos pontos de referência (ângulo de Treitz) para
anastomose gastro-jejunal e não confundi-lo com outro ponto fixo (íleo terminal)
que geralmente é a causa dessa anastomose inadvertida, principalmente na
urgência. Podendo gerar serias complicações, levando muitas vezes a uma
reabordagem cirurgica, trazendo mais comorbidades ao paciente.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
1. Gourlay RH, Evans KG. - Jejunoileal bypass and the defunctioned bowel
syndrome. Surg Gynecol Obstet. 1979 Jun;148(6):844-6.
2. Nicosia JF; Thornton JP; Folk FA; Saletta JD - Surgical management of
corrosive gastric injuries. Ann Surg;180(2):139-43, 1974 Aug. UNITED STATES
3. K. M. Pfeiffer, L. Eckmann - Pathogenetische und chirurgische Aspekte des
Ulcus pepticum jejuni anhand von 82 operierten Fällen. Langenbeck's Archives
of Surgery; p415-423; Volume 308 - 2005

________________________________________________________________
Sem notas.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

385
UNISA - Universidade de Santo Amaro

Gestantes Adolescentes: Cuidados e Orientações


MICHELE CRISTINA DOS SANTOS(1)

EGLE DE LOURDES FONTES J OKAZAKI(2)(Orientadores)


Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
Observa-se que o aumento do índice de gestantes adolescentes não é um fato
novo, o que vem preocupando a população e principalmente os órgãos
governamentais.
Para SERAFIM, CAETANO E BERNI (1991) a adolescência é uma fase de
crescimento e desenvolvimento, onde ocorrem importantes modificações
biológicas, sociais e psicológicas. Neste período o ser humano perpassa por
grandes indagações e expectativas sobre sua vida e sobre o mundo que o
cerca.
As complicações psicossociais relacionadas à gravidez na adolescência são,
em geral, mais importantes do que a física. Apesar das orientações sobre
métodos anticoncepcionais, o número de gestações continua aumentando,
talvez por descuido ou simplesmente por emoção, falta de interesse por não
terem grandes perspectivas de vida.
Acredita-se que neste período o importante é saber se relacionar com a
adolescente LEAL E WALL (2005).

OBJETIVO:
Este estudo teve como objetivo identificar e descrever na literatura de
enfermagem as orientações e cuidados prestadas às gestantes adolescentes.

METODOLOGIA:
Trata-se de uma revisão bibliográfica nas bases de dados Scielo, Lilacs,
Medline, utilizando as seguintes palavras chaves: : Enfermagem, Adolescentes,
Gestação, Educação.
Foram selecionados periódicos nacionais publicados entre os anos de 1991 a
2007. Foram lidos 13 artigos pertinentes ao tema mas apenas 8 foram
selecionados para o estudo, por atenderem aos critérios previamente
estabelecidos.

RESUMO:
Sabe-se que o período da gravidez é o melhor momento de educarmos e
abordarmos a gestante para o cuidado necessário da manutenção de sua

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

386
UNISA - Universidade de Santo Amaro

saúde física e mental, bem como orientá-las sobre as condições em que se


encontram e que se encontrarão depois do nascimento do bebê. As mães mais
jovens têm um risco perinatal elevado, menor experiência, e a gravidez podem
representar uma grande pressão psicológica, o que exige uma assistência
voltada não somente para o aspecto físico, mas, também, para o emocional e
para a educação em saúde dessas adolescentes, no que se diz respeito
principalmente a educá-las para uma gestação mais saudável e com menos
riscos para ela e para e o bebê.
O enfermeiro deve ter em mente a importância das ações educativas e das
maneiras como elas devem ser realizadas, pois é a chance de observar de
perto as necessidades da gestante e desenvolver atividades educativas, tendo
como objetivo promover, proteger e recuperar a saúde.
RIOS E VIEIRA (2007) falam sobre salientar a importância da reorientação do
serviço de enfermagem na atenção á gestantes; a criação de um ambiente
físico adequado para o atendimento da consulta de enfermagem e participação
da gestante em grupos o que pode melhorar seu desenvolvimento. Também se
deve atentar sobre o acréscimo de informações que as mulheres possuem
sobre seu corpo e valorizar suas experiências de vida.

CONCLUSÃO:
Concluímos que não se pôde observar na literatura ações que contemplem
apenas as adolescentes grávidas. Pudemos observar que há um interesse
grande por parte da enfermagem em instruir as gestantes no pré-natal, mas não
há algo específico para as gestantes adolescentes. Entendemos também a
carência e necessidade de estudos objetivando as orientações ás adolescentes
grávidas.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
LEAL AC, WALL ML. Percepções da gravidez para adolescentes e perspectivas
de vida diante da realidade vivenciada. Cogitre Enferm. 2005 set/dez; 10(3):44-
52.

SERAFIM D.; CAETANO, LC, BERNI, NIO. Atuação da enfermeira obstetra


junto á gestante adolescente. Acta Paul. Enf., São Paulo, 4(1):11-16, mar 1991.

RIOS CTF, VIEIRA NFC.Ações educativas no pré-natal: reflexão sobre a


consulta de enfermagem como um espaço para educação em saúde.Ciência e
Saúde Coletiva 2007; 12(2):477-486.

________________________________________________________________

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

387
UNISA - Universidade de Santo Amaro

1Trabalho de Conclusão de Curso


2Graduanda do 8º semestre do curso de graduação em enfermagem da
Universidade de Santo Amaro - UNISA
3 Docente da Disciplina de Saúde da Mulher da Faculdade de Enfermagem da
universidade de Santo Amaro - UNISA

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

388
UNISA - Universidade de Santo Amaro

Graduação em Enfermagem / Bacharelo


PRISCILA BARBOSA DE ALMEIDA.(1)

DEBORA CRISTINA SILVA POPOV(2)(Orientadores)


Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
MENSURAÇÃO DA DOR DE PACIENTES COM ALTERAÇÕES COGNITIVAS:
UM DESAFIO PARA O CUIDAR EM ENFERMAGEM

1.INTRODUÇÃO:

Mensurar a dor tem sido um grande desafio para aqueles que almejam controlar
adequadamente tão complexa experiência. A existência e a intensidade são
medidas pelo auto – relato do paciente, apoiando-se na definição clínica da dor,
“dor é o que a pessoa diz estar experimentando”. Quando a comunicação verbal
é comprometida, e sua capacidade de auto - relato é diminuída, como em
pacientes com alterações cognitivas, a utilização de métodos observacionais
que quantificam a experiência dolorosa tornam – se ferramentas importantes,
facilitando seu gerenciamento efetivo.
A dificuldade em avaliar a dor nesta população foi citada como uma das razões
primárias para avaliação infreqüente e inadequada, devido situações
prejudiciais e as dificuldades em avaliar a presença de dor, decorrente de sua
pobre habilidade em comunicação, sendo que a observação de
comportamentos costuma identificar e quantificar a presença de dor nesta
clientela.

OBJETIVO:
2.OBJETIVO:

Determinar quais são as maneiras de medir a dor em pacientes com alterações


cognitivas

METODOLOGIA:
3.MÉTODO.

Pesquisa realizada através de levantamento de dados bibliográficos, descritiva

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

389
UNISA - Universidade de Santo Amaro

e exploratória, visando detectar na literatura nacional e internacional


informações sobre a avaliação da dor de pacientes com alterações cognitivas.
As fontes bibliográficas foram através de visitas às bibliotecas: Biblioteca de
Saúde Pública da USP; Bireme; Biblioteca Central da Unisa Campos I (Comut),
assim como busca na Internet utilizando base de dados: Lilacs e Scielo,
tentando como referência os descritores:
Dor, Escalas de Avaliação da Dor, Alterações cognitivas. Limites crianças,
idosos e adultos.

RESUMO:
4. DESENVOLVIMENTO E RESULTADOS.

Os instrumentos mais utilizados para avaliação da dor são os unidimensionais


que quantificam a experiência dolorosa em uma única dimensão, dentre elas
destacam: Escala Visual Numérica (EVM), Escala Visual Analógica (EVA),
Escala Verbal, Escala de Faces, e os instrumentos multidimensionais que
quantificam a dor em suas múltiplas dimensões sensorial, afetiva e avaliativa,
porém todos os métodos citados são restritos para utilização em indivíduos sem
alterações cognitivas.
Pacientes que são incapazes do auto – relato, medidas são necessárias no
sentido de detectar a causa da dor e avaliar intervenções, neste estudo dividiu -
se os pacientes com alterações cognitivas em grupos compostos por três
populações distintas:
4.1 Pessoas idosas com demência avançada: onde se concentra o maior
número de referências encontradas, todos abordam métodos observacionais
para mensuração da dor, dentre as destacadas estão: Escala de Avaliação de
Incômodo em pacientes com Demência do tipo Alzheimer (DAS – DAT),
Avaliação do Desconforto em Demência (Adiciona), Lista de Verificação de
Indicadores Não Verbais de Dor (CNPI), Escala Avançada de Avaliação da Dor
em Demência (PAINAD);
4.2 Crianças em fase pré – verbal: no segundo grupo apontado, as referências
descritas na pesquisa são: Lista de Conferição de Dor Revisada em Crianças
Não Comunicantes (NCCP – R), Sistema de Codificação da Ação Facial
(FACS), Atividade, Rosto, Pernas, Grito e Nível de Consolação (FLACC);
4.3 Indivíduos Intubados e/ou Inconscientes: nenhuma ferramenta é descrita na
pesquisa por escassez de referências, porém alguns artigos apontam que
ferramentas testadas em outras patologias que envolvem alterações cognitivas
podem ser úteis se ajustadas de forma apropriadas.

CONCLUSÃO:

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

390
UNISA - Universidade de Santo Amaro

5.CONCLUSÃO.

A dor é conhecida como uma experiência pessoal e subjetiva, com a implicação


de que descrições verbais dos pacientes são avaliações favoráveis e mais
confiáveis, quando a comunicação verbal é problemática e sua capacidade de
auto - relato é diminuída, como em pacientes com alterações cognitivas, a
utilização de métodos observacionais que quantificam a experiência dolorosa
torna – se ferramentas importantes que facilitam seu gerenciamento efetivo,
concluindo – se que alterações cognitivas constituem uma barreira para o
gerenciamento da dor. A disponibilização de métodos observacionais que
atendam as necessidades do indivíduo, considerando seu nível de inaptidão
física, facilitam seu gerenciamento.
Com esse estudo acreditamos que contribuímos para a maior compreensão do
tema, e atualização dos enfermeiros, facilitando sua atuação com esse tipo de
paciente.
No Brasil a mensuração da experiência dolorosa em indivíduos com alterações
cognitivas carece de atenção de estudiosos, pois as referências são escassas,
apontando para subdentificação e subavaliação da dor nesta população.
O estudo também demonstrou que existem vários métodos e estudos que
buscam compreender a dor nesse tipo de pacientes, o que se torna um desafio,
devido as suas características, mas podemos concluir que, com esses
instrumentos em mãos os enfermeiros podem realizar avaliações adequadas, e
assim instituir medidas efetivas de combate à dor, buscando adaptar o
instrumento que mais se adeque à sua realidade.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.

1.Pimenta CAM; Cruz DALM; Instrumentos para Avaliação Da Dor: O que há de


novo em nossa meio. Arq Brás Neurocir 1998 Mar; 17 (1); 15 – 24.

2. Herr K, Coyne PJ, Manworren R, McCaffery M, Merkel S, Pelosi JK et al. Pain


Assessment in the Nonverbal Patient: Position Statement with Clinical Practice
Recommendations. Pain Management Nursing, Vol 7, No 2 (June), 2006: pp 44-
52.

3. McCaffery M, Pasero C. Assessment Underlying complexities,


misconceptions, and practical tools. In M., McCaffery C., Pasero (Eds.) Pain:
clinical manual 2nd ed. 1999;p. 35-102.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

391
UNISA - Universidade de Santo Amaro

________________________________________________________________
1Graduanda da Faculdade de Enfermagem da Universidade de Santo Amaro–
UNISA - São Paulo (SP), Brasil
2 Professora Assistente da Faculdade de Enfermagem da Universidade de
Santo Amaro – UNISA – São Paulo (SP), Brasil.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

392
UNISA - Universidade de Santo Amaro

Humanização da Assistência de Enfermagem aos Pacientes com


HIV/ AIDS
LEILA CRISTINA CUTRIM DIAS(1)

IRENE CORTINA(2)(Orientadores)
Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
Em meados de 1981, um elevado número de pacientes do sexo masculino,
moradores de São Francisco e Nova York, nos Estados Unidos da América,
apresentaram um quadro clínico semelhante, manifestando Sarcoma de Kaposi,
pneumonia por Pneumocystis Carinii e comprometimento do Sistema
Imunológico. Foi identificado o HIV como o agente infeccioso e a seguir a
Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS), e tornou-se uma epidemia,
com dimensão mundial, infectando e matando, homens, mulheres, crianças,
jovens e idosos (SILVA; GOMES FILHO; FERREIRA, 2007).
O vírus HIV determina a perda da imunidade e provoca conseqüências no corpo
social muito alem das infecções oportunistas e/ou neoplasias no corpo físico do
paciente.

OBJETIVO:
Identificar a necessidade de humanizar as práticas de assistência de
Enfermagem ao portador do HIV/AIDS, superando preconceitos.

METODOLOGIA:
Revisão bibliográfica de artigos e documentos oficiais do Ministério da Saúde,
referentes ao portador do HIV/AIDS e a assistência humanizada.
Descritores: HIV/AIDS - Preconceito – Assistência de Enfermagem.

RESUMO:
O estigma e a discriminação associados à AIDS freqüentemente reforçam, a
ordem social que marcam diferenças e desigualdades sociais pré-existentes
como produzidas pelo sexismo ou pelo racismo “Humano” e merece “ganhar
alguma atenção dos gestores”. Questionam-se como as pessoas vivendo com
HIV lidam com o estigma e a discriminação associados à AIDS, e como os
serviços de saúde podem apoiá-las, evitando que o preconceito seja um
obstáculo ao seu bem-estar e ao acesso ao cuidado (GARRIDO et al. , 2007 )
Os inúmeros avanços no campo da saúde pública brasileira – operados
especialmente ao longo das ultimas décadas – convivem, de modo
contraditório, com problemas de diversas ordens. É necessário que possamos
garantir o direito constitucional à “saúde para todos,” criar condições para

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

393
UNISA - Universidade de Santo Amaro

viabilizar uma saúde digna, com profissionais comprometidos com a ética e a


defesa da vida. Para tal, o Ministério da Saúde propôs uma Política Nacional de
Humanização da Atenção e da Gestão no SUS (BRASIL, 2004). Humanizar é
ofertar atendimento de qualidade articulando os avanços tecnológicos com o
acolhimento, com melhoria dos ambientes de cuidado e das condições de
trabalho dos profissionais. A humanização supõe troca de saberes entre
pacientes e familiares, diálogo entre os profissionais e modos de trabalhar em
equipe.
A infecção pelo HIV, mesmo em diferentes momentos históricos e em diferentes
sociedades, apresenta caracterizações culturais semelhantes na coletividade,
como o preconceito, a discriminação e o estigma relacionados ao individuo
soropositivo. O HIV/AIDS despersonifica, a pessoa deixa de ter uma doença e
passa a ser a própria doença, ou seja, “reforça-se desse modo a imposição
social de descaracterizar a pessoa que é portadora de uma doença, atribuindo-
lhe as propriedades do estigma. O individuo passa a ser visto e considerado
como se fosse a própria doença. A Humanização como uma política transversal,
supõe necessariamente que sejam ultrapassadas as fronteiras rígidas, dos
diferentes núcleos do saber e do poder, que se ocupam da produção da saúde
e se esquecem das questões básicas das relações humanas, como
acolhimento, individualização, respeito, entre outras exigências.

CONCLUSÃO:
Percebemos que o portador do HIV/AIDS, precisa suportar as inúmeras
internações hospitalares, decorrentes das infecções oportunistas que o
atingem, as excessivas doses de medicamentos e exames que se submete
rotineiramente, o afastamento do trabalho, dos amigos, da convivência social e
familiar, e enfrentar os preconceitos e julgamentos, dentro e fora do contexto
familiar. O comportamento perigoso que produz a AIDS é encarado como algo
mais do que fraqueza. È irresponsabilidade, delinqüência, ou o doente é viciado
em drogas ilegais, ou sua sexualidade é considerada divergente, A
estigmatização da AIDS decorre por se considerar o doente como culpado, e,
portanto é julgado por seus excessos ou desvios de comportamento. A AIDS é
um fenômeno “natural” e não um evento “dotado de significado moral” é uma
doença infecciosa, como tantas outras e não é justo que tenha um sentido de
juízo moral. Humanizar as relações, atitudes, convivência, relacionamento
profissional, é o que se almeja, após quase vinte e cinco anos de epidemia.
O portador do HIV/AIDS deverá encontrar na equipe multidisciplinar de saúde e,
sobretudo na Enfermagem, acolhimento, apoio, orientação, assistência
permanente, superando preconceitos e discriminações, cruéis e inaceitáveis.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

394
UNISA - Universidade de Santo Amaro

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
SILVA, L. N., GOMES FILHO, D. L., FERREIRA, D. C.; Infecção pelo HIV e a
atividade laboral do portador: em relação ética e legal na visão da odontologia.
DST- J. Brás. Doenças Sex. Transm, Distrito Federal, v. 19, n. 1, p. 35-44, 2007.
GARRIDO, P. B, et al. ; AIDS, Estigma e Desemprego: Implicações para os
Serviços de Saúde. Rev. Saúde Publica, São Paulo, v. 41, n. 2. p. 72-79, Dez
2007. Suplemento.
BRASIL. MINÍSTERIO DA SAÚDE. Humaniza - SUS Política Nacional de
Humanização Brasília 2004; p.1-20. Disponível em:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/humanizasus_2004.pdf Acesso em:
30 Ago. 2008

________________________________________________________________
Graduanda do Curso de Enfermagem da Universidade de Santo Amaro -UNISA
Professora Orientadora, Mestre da Disciplina de Saúde do Adulto, da Facenf-
UNISA

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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UNISA - Universidade de Santo Amaro

IMPACTO DA UTILIZAÇÃO DO COMPRIMIDÁRIO SOBRE A


REGULARIDADE NA INGESTÃO DE MEDICAMENTOS POR
IDOSOS
EDILMAR PEREIRA VILELA DOURADO(1)

HOGLA CARDOZO MURAI(2)(Orientadores)


Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
Estudos apontam que a população do mundo está envelhecendo (COSTA,
1996), tornando expressivo o contingente de idosos. (CHAIMOWICS, 1997).
Uma das conseqüências disso é a convivência com doenças crônicas
degenerativas e uma maior demanda por medicamentos. O uso irregular dos
medicamentos prescritos seja por esquecimento ou uso inapropriado é
recorrente neste grupo etário (PEREIRA; VECCHI; BAPTISTA & CARVALHO,
2004). Tais ocorrências foram observadas por docentes e acadêmicos da
Faculdade de Enfermagem da Universidade de Santo Amaro no Estágio
Extracurricular em Saúde do Idoso no Centro de Convivência Jardim Reimberg -
CCJR, zona sul do município de São Paulo e motivaram a realização do
presente estudo.

OBJETIVO:
Caracterizar sócio-demograficamente o grupo de idosos inscritos no CCJR e as
respectivas demandas de cuidados de enfermagem relacionadas à ingestão de
medicamentos de uso contínuo.
Verificar o impacto do uso de um comprimidário na ingestão dos medicamentos
prescritos em um grupo de idosos que freqüentam um CCJR.

METODOLOGIA:
Estudo descritivo, exploratório, de natureza quantitativa. A população de estudo
foi constituída por 36 dos 52 idosos inscritos no CCJR que tinham prescrição de
medicamentos de uso continuo e concordaram participar da pesquisa. Os
procedimentos metodológicos incluíram entrevista individual para coleta dos
dados sócio-demográficos, de acesso a serviços de saúde e apresentação da
prescrição médica atual de medicamentos de uso contínuo e demonstração de
sua rotina referente a ingestão da mesma; tomada das medidas
antropométricas , de pressão arterial e de glicemia capilar. Cada participante
recebeu um comprimidário - recipiente de plástico com oito divisões referentes
aos dias da semana e um de reserva que se destina a colocação prévia dos
medicamentos a serem tomados no dia e um compartimento destinado a uma
dose de reserva, organizando a primeira montagem semanal em conjunto com

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

396
UNISA - Universidade de Santo Amaro

o pesquisador. Nas dez semanas seguintes os participantes foram


acompanhados confirmando-se o uso do comprimidário semanal. Ao final do
período foram tomadas novas medidas antropométricas, de pressão arterial e
de glicemia capilar. O impacto do uso do comprimidário sobre a regularidade da
ingestão dos medicamentos foi considerado positivo, quando houve redução ou
eliminação dos esquecimentos referidos e os parâmetros de acompanhamento
de pressão arterial e glicemia capilar apresentaram adequação aos valores de
referência ou melhoria em relação às medidas iniciais.

RESUMO:
O perfil sócio-demográfico da população de estudo mostrou predominância de
mulheres em relação a homens e maior concentração de idosos na faixa etária
de 65 a 74 anos; o grupo é predominantemente casado, mora acompanhado
com duas ou mais pessoas e tem baixa escolaridade. Os idosos declararam
que não bebem, não fumam e a maior parte deles pratica exercícios físicos. A
Hipertensão Arterial Sistêmica referida atinge 53,8% do grupo sendo a doença
de maior prevalência. Identificou-se a utilização de 36 substâncias e 101
medicamentos diferentes, com média de 2,8 medicamentos por pessoa. O
estudo demonstrou ainda que 18 pessoas tomam de 1 a 2 medicamentos por
dia, 12 pessoas tomam de 3 a 4 medicamentos ao dia e 6 pessoas utilizam 5 ou
mais medicamentos ao dia. Observou-se maior concentração de uso dos
medicamentos de ação sobre o Sistema Cardiovascular. Com o uso do
comprimidário houve uma redução do número de esquecimentos referidos,
porém com baixa repercussão sobre os níveis pressóricos e de glicemia capilar.
Oito idosos melhoraram em relação à sua classificação de risco inicial, 15 se
mantiveram na mesma faixa e 13 idosos pioraram sua condição inicial. Outros
fatores intervenientes sobre o resultado dos tratamentos instituídos foram
evidenciados tais como o uso de medicamentos não prescritos, mas que os
fazem se sentir bem, confundir os medicamentos por terem formato e cores
idênticas, ilegibilidade das receitas, freqüente mudança no nome comercial dos
medicamentos, baixa escolaridade dos idosos levando a dificuldade para
discriminar todas as variáveis envolvidas além do acesso irregular aos
medicamentos e ou ao atendimento médico necessário à prescrição.

CONCLUSÃO:
As medidas antropométricas dos idosos estudados apontaram para o
predomínio de sobrepeso/obesidade, sem mudança de padrão durante a
realização da pesquisa. O uso do comprimidário apresentou impacto
considerado baixo pelos critérios definidos na metodologia, permitindo
entretanto, a observação de outros fatores intervenientes na regularidade dos
tratamentos O impacto do comprimidário foi menor entre os idosos com
prescrição de maior número de medicamentos e tomadas diárias, para os quais

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

397
UNISA - Universidade de Santo Amaro

a organização semanal é mais complexa. Este grupo particular necessita de


modelos de comprimidário que abarquem a diversidade de suas prescrições. A
implementação do uso do comprimidário, com seguimento semanal foi
reconhecido pelos idosos estudados como uma forma de cuidado integral,
mediante o qual eles se sentiram ouvidos e assistidos, conferindo-lhes
segurança no tratamento.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
COSTA, L.V.A. Apresentação. Anais do 1º Seminário Internacional de
Envelhecimento populacional: uma agenda para o final do Século. julho 1-3,
Brasília, 1996.
CHAIMOWICS, F. A saúde dos idosos brasileiros às vésperas do século XXI:
problemas, projeções e alternativas. Rev de Saúde Pública, v.31, n. 2, p. 184-
200, 1997.
PEREIRA, L.R.L.; VECCHI, L.U.P.; BAPTISTA. M.E.C.; CARVALHO, D.
Avaliação da utilização de medicamentos em pacientes idosos por meio de
conceitos de farmacoepidemiologia e farmacovigilância.Ciência & Saúde
Coletiva, v.9, n. 2, p. 479-481, 2004.

________________________________________________________________
1- Graduando do 8ª semestre do curso de Enfermagem da Universidade de
Santo Amaro – UNISA, Membro do Grupo de Pesquisas Enfermagem em
Saúde Coletiva da UNISA. Aluno bolsista CNPq - PIBIC.
2- Doutora em Saúde Pública, Professora da Faculdade de Enfermagem da
UNISA, orientadora.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

398
UNISA - Universidade de Santo Amaro

LINGUAGEM BRASILEIRA DE SINAIS: a comunicação entre os


profissionais de enfermagem e o paciente surdo
RENATA LIDORIO ALVES PINTO(1)

SARAH MUNHOZ(2)(Orientadores)
Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
Este trabalho teve origem durante as atividades do curso de gestão de Projetos
da Faculdade de Enfermagem da Universidade de Santo Amaro no ano de
2007. Naquela época fiz as primeiras aproximações com a inclusão do
deficiente auditivo na sociedade e isto aguçou a minha curiosidade em saber
sobre como era feito o processo de comunicação destes com enfermagem,
quando hospitalizados.
O discurso da inclusão, da igualdade de oportunidades e do respeito às
diferenças é emergente na atualidade. Pessoas com deficiência vêm se
mobilizando e lutando pelo direito e o exercício pleno de sua cidadania, entre
essas pessoas um grupo se destaca por usar uma língua diferente da língua
oficial do país, a comunidade surda falante da língua brasileira de sinais.(1)
O presente estudo teve como objetivo realizar uma revisão de literatura sobre a
comunicação do enfermeiro com o portador de surdez durante o período de
internação hospitalar.

OBJETIVO:
O presente estudo teve como objetivo realizar uma revisão de literatura sobre a
comunicação do enfermeiro com o portador de surdez durante o período de
internação hospitalar.

METODOLOGIA:
Revisão bibliográfica efetuada nos bancos de dados LILACS e MEDLINE, onde
foram utilizados diversos artigos publicados sobre o assunto no período de
1970 a 2007. O LILACS foi acessado “on-line” através da BIREME ou de CD-
ROM, para a busca. O MEDLINE (Medical Literatura Analisys and Retrivel
System On Line) este banco de dados também foi acessado “on-line” com os
termos utilizados em inglês.
As palavras chaves para o levantamento bibliográfico no LILACS foram
“Surdez,” “Comunicação,” “Assistência de Enfermagem” e “Humanização da
Assistência”; no MEDLINE foram respectivamente “Deafness,”
“Communication,” “Nursing Care” and “Humanization of Assistance”. Após
leitura de cada um dos artigos foram realizados fichamentos para a composição
do presente artigo.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

399
UNISA - Universidade de Santo Amaro

RESUMO:
COMUNICAÇÃO COM O SURDO
A linguagem utilizada pelos ouvintes comuns é a oral; a usada pelos surdos é a
Língua Brasileira de Sinais. Entretanto, a língua oral e a língua de sinais não
são línguas opostas e sim canais diferentes para a transmissão e a recepção de
mensagens . Ante a dificuldade de comunicação dos surdos, surgiu a LIBRAS,
com a finalidade de uniformizar os gestos emitidos pelos surdos no ato da
comunicação.
Os sinais são formados a partir da combinação do movimento das mãos com
um determinado formato em um determinado lugar, podendo este lugar ser uma
parte do corpo ou um espaço em frente ao corpo.
Estas articulações das mãos, que podem ser comparadas aos fonemas e às
vezes aos morfemas, são chamadas de parâmetros, portanto, nas línguas de
sinais podem ser encontrados os seguintes parâmetros:
a. Configuração das mãos
b. Ponto de articulação
c. Movimento
d. Orientação Expressão facial e/ou
Na combinação destes quatro parâmetros, ou cinco, tem o sinal. Falar com as
mãos é, portanto, combinar estes elementos que formam as palavras e estas
formam as frases em um contexto.
4. A COMUNICAÇÃO, O PACIENTE SURDO E A ENFERMAGEM.
Conforme se sabe, não se pode pensar em atuação profissional sem levar em
conta a importância do processo comunicativo inerente à pratica assistencial.
Portanto, quando não há uma comunicação eficaz, não há como auxiliar o
paciente a resolver seus problemas e minimizar conflitos. Isto se torna mais
sério quando o paciente é portador de surdez
Ao se deparar com deficientes auditivos, percebem-se as dificuldades
enfrentadas por este grupo para utilizar qualquer tipo de recurso disponível em
nosso meio social e o quanto estes são dependentes do pouco que a
enfermagem oferece, exatamente por não ter habilidade de comunicação total
com esta clientela (2).
Assim pode se encontrar na literatura a afirmação de que o relacionamento das
enfermeiras com o deficiente auditivo é complicado, havendo bloqueio, aflição e
angústia. (3)
Apesar de o deficiente auditivo ter suas limitações, não se deve tratá-lo,
preconceituosamente, como um ser humano diferente. Ele deve ter os mesmos
direitos das pessoas ditas normais. Além disso, suas limitações não podem
impedir sua comunicação e seu relacionamento. Portanto, os profissionais
precisam ser eficientes no desempenho do seu papel, melhorando sua relação
com esse tipo de paciente. Depende de cada enfermeiro superar esse bloqueio

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

400
UNISA - Universidade de Santo Amaro

e tratar essa questão do relacionamento com naturalidade. (3)

CONCLUSÃO:
A comunicação é um fator importante para a humanização e adequação do
cuidado de enfermagem ao paciente em ambiente hospitalar portador de surdez
ou de audição deficiente.
O aprendizado de noções básicas sobre a Linguagem Brasileira de Sinais
precisa ser entendido pelos profissionais de enfermagem, como se fosse, o
aprendizado de uma segunda ou terceira língua pois este diferencial pode e
inclusive determinar a qualidade da ligação afetiva que vai se estabelecer no
relacionamento enfermeiro/portador de deficiência auditiva.
Desta feita é importante conscientizar os futuros profissionais d enfermagem
para atentarem para este nicho de mercado que é tão importante como, ou
quanto, os demais modelos assistências de enfermagem.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
1. Santos EM; Shiratori K.- As necessidades de saúde no mundo do silêncio:
um diálogo com os surdos. Revista Eletrônica de Enfermagem, v. 06, n. 01,
2004. Disponível em www.fen.ufg.br.
2. Sousa RA, Pagliuca LMF. Cartilha sobre saúde sexual e reprodutiva para
surdos como tecnologia emancipatória: relato de experiência. Rev RENE.
2001;2(2):80-6.
3. Pagliuca LMF, Fiuza NLG, Rebouças, CB de A. Aspectos da comunicação da
enfermeira com o deficiente auditivo. Rev. esc. enferm. USP [online]. 2007, vol.
41, no. 3 [citado 2008-09-28], pp. 411-418. Disponível em:
http://www.scielo.br/scielo.php? script= sci_arttext&pid= S0080-
62342007000300010&lng=pt&nrm=iso. ISSN 0080-6234. doi: 10.1590/S0080-
62342007000300010)

________________________________________________________________
* Aluna do 8º semestre do curso de Graduação em Enfermagem da
Universidade de Santo Amaro
** Enfermeira, COREN-SP 19877. Professora da Disciplina de estágio curricular
da Faculdade de Enfermagem da Universidade de Santo Amaro, Mestre em
Saúde do Adulto e Doutora em Ciências pela Universidade Federal de São
Paulo.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

401
UNISA - Universidade de Santo Amaro

Lipoaspiração Tumescente – Técnica de Klein no Ambiente


Ambulatorial: Atuação do Enfermeiro
LARISSA DAL JOVEM(1)

MAISA NAMBA(2)(Orientadores)
Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
Novas técnicas estéticas para deixar o corpo cada vez mais próximo do que é
considerado como perfeito estão surgindo, e uma delas é a cirurgia de
Lipoaspiração Tumescente – Técnica de Klein, que pode ser realizada em
ambiente ambulatorial (clínicas e/ou consultórios). Pouco se sabe sobre a
atuação de enfermeiros em cirurgias estéticas ambulatoriais, pois durante a
graduação em Enfermagem as ações humanizadas são focadas na prevenção
e tratamento de doenças, esquecendo que existem pessoas saudáveis, que
estão insatisfeitas com seus corpos e sentem a necessidade de mudá-los.

OBJETIVO:
Este estudo tem como objetivo caracterizar as ações específicas do
enfermeiro no âmbito ambulatorial, especificamente na cirurgia de
Lipoaspiração Tumescente – Técnica de Klein.

METODOLOGIA:
Realizado busca de artigos em português nas bases de dados, Scielo,
Medline, Lilacs e Bdenf com descritores Lipoaspiração Tumescente, Técnica de
Klein, Ambiente Ambulatorial e Ações de Enfermagem, selecionando 03 artigos
em cirurgias ambulatoriais, 04 artigos em estética, 02 em centro cirúrgico, 01
em central de material esterilizado; e 02 artigos em cirurgia de Lipoaspiração
Tumescente – Técnica de Klein.
Devido a escassez de literatura específica sobre o tema em português, o
trabalho foi constituído através do agrupamento de informações de artigos,
sites, acervos de livros e um estágio voluntário na prática clínica supervisionada
extracurricular em um consultório na cidade de São Paulo. Participado
assistencialmente na realização de 30 Lipoaspirações Tumescente – Técnica
de Klein e sob a supervisão da enfermeira e do médico.

RESUMO:
Descrita as ações do enfermeiro em três fases, detalhando a sequência da
assistência de Enfermagem na cirurgia ambulatorial de Lipoaspiração
Tumescente - Técnica de Klein, foram tomadas medidas de biossegurança
desde cuidados com o paciente, ambiente e materiais.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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UNISA - Universidade de Santo Amaro

A fase Pré Cirúrgica constitiu-se do preparo da sala cirúrgica, disposição dos


materiais, aplicação da Ficha de Anamnese e Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido, e a preparação do paciente para a cirurgia.
Fase Intra Cirúrgico constitui-se na verificação da pressão arterial do paciente,
infusão da solução anestésica, realização do ultra-som, aspiração da gordura
local, drenagem linfática e verificação do estado geral do paciente.
Finalizado com a fase Pós Cirúrgica iniciada com a limpeza do paciente,
realização de um curativo compressivo, colocação da cinta cirúrgica, orientação
para alta domiciliar, lavagem, esterilização e armazenamento dos materiais.

CONCLUSÃO:
Foram caracterizadas as ações do enfermeiro na cirurgia de Lipoaspiração
Tumescente – Técnica de Klein. Descrevendo sua participação desde o
planejamento, organização, previsão de materiais, controle de qualidade,
tomada de decisão, controle de infecção e visando a assistência de
Enfermagem no ambiente ambulatorial. Elaborado Ficha de Anamnese e Termo
de Consentimento Livre e Esclarecido para Lipoaspiração Tumescente –
Técnica de Klein para aplicação com perspectiva de implantação.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
CATANEO, Caroline et al. O preparo da equipe cirúrgica: aspecto relevante no
controle da contaminação ambiental. Rev. Latino-Am. Enfermagem, Abr 2004,
vol.12, no.2, p.283-286.

DANTAS, Rosana Aparecida, et al. Caracterização dos serviços de cirurgia


ambulatorial no município de Ribeirão Preto. Rev. Latino Am. Enfermagem, Out
1998, vol.6, no.4

FLÓRIO, Maria Cristina Simões; GALVÃO, Cristina Maria Implantação de um


serviço de cirurgia ambulatorial: o papel da Enfermagem nesse cenário. Rev.
Latino-Am. Enfermagem, Dez 1998, vol.6, no.5, p.83-88.

________________________________________________________________
¹ Aluna do Curso de Graduação em Enfermagem da Faculdade de Enfermagem
da Universidade de Santo Amaro, São Paulo, SP. E-mail:
laladaljovem@hotmail.com

² Professora Titular da Faculdade de Enfermagem da Universidade de Santo


Amaro, São Paulo. SP. Orientadora.

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403
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Manejo da dor no paciente oncológico com bomba de PCA:


atualização e implicações para a Enfermagem
BRUNA NARDELLE SILVA(1)

ISAAC ROSA MARQUES(2)(Orientadores)


Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
A dor é definida pela Associação Internacional para estudo da dor, como uma
experiência sensorial e emocional desagradável associada a um dano real ou
potencial dos tecidos.
A dor do câncer pode estar relacionada com a doença subjacente, pressão
exercida pelo tumor, procedimentos diagnósticos ou ao tratamento do câncer, e
como em qualquer outra situação que a dor esteja envolvida as causas podem
ser físicas ou emocionais. Está dor, deve ser controlada, e para isto geralmente
removendo o câncer à dor é aliviada ou exterminada, usam-se alguns métodos
para isto, como a cirurgia ou tratamentos para diminuir o tumor como a
radioterapia ou quimioterapia (1).
Hoje em dia a dor é controlada pela técnica de Analgesia Controlada pelo
Paciente (PCA), onde temos muitos pontos positivos neste tratamento.
A PCA é uma técnica para administração Endovenosa de pequenas doses de
opióide ou de qualquer outra droga analgésica, de acordo com a necessidade
do paciente. E reduzido o risco de sobredosagem com a PCA, pois os pacientes
tendem a quantificarem-se na faixa terapêutica. Existem várias maneiras de se
administrar uma PCA, porém a administração sob demanda é a mais comum,
ou seja, após atingir a concentração analgésica eficaz mínima (CAEM), através
da titulação de uma dose inicial em “Bolus”, uma determinada dose é
administrada intermitentemente pelo paciente.
Ao uso da técnica de PCA ocorre a diminuição da ansiedade do paciente pela
espera de analgésico, redução da demanda de tempo da enfermagem
relacionada ao tratamento da dor, diminuição das complicações orgânicas
causadas pela dor pós-operatória, promoção de analgesia adequada com o uso
de uma quantidade menor de analgésicos (podendo manter assim a
concentração plasmática do analgésico), redução dos custos e do período de
internação, são vantagens deste método(2).
O principal fator limitante ao seu uso talvez seja o custo das bombas ou dos
equipos especiais empregados nestes sistemas. As principais vantagens, no
entanto, são melhor controle da dor, menor sedação, melhor resultado dos
testes de função pulmonar e melhor adesão do paciente ao tratamento.

OBJETIVO:
O objetivo deste estudo foi avaliar o uso da Bomba de PCA no controle da dor

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Oncologica e suas complicações e atuações da equipe de enfermagem frente


às reações adversas que essa técnica trás. A partir dos dados obtidos, espera-
se poder fornecer subsídios extras para melhorar a assistência prestada aos
pacientes submetidos ao uso da PCA.

METODOLOGIA:
Trata-se de uma revisão de literatura que considerou as publicações indexadas
nas bases LILACS e SciELO. A coleta de dados foi realizada por meio de
consulta eletrônica, utilizando-se os descritores: “descrito A”, “descritor B”, “etc”.
Demais materiais referentes ao tema, foram obtidos por meio de pesquisa
voluntária sendo recuperados por conveniência.
Como resultados foram recuperados 45 artigos, dos quais, apenas 14
apresentaram relevância e pertinência ao estudo. O aproveitamento do material
de pesquisa se deu baseado na leitura dos resumos, justificando o grande
número de referências encontradas. Os artigos de periódicos selecionados
foram copiados, submetidos a procedimentos de leitura compreensiva e
analítica, sendo posteriormente sintetizados por fichamento e depois agrupados
por similaridade temática.
Decorrentes da avaliação realizada dos artigos foram levantadas as seguintes
temáticas: Sintomas ou manifestações da dor oncológica, Avaliação da dor no
paciente oncológico, Técnicas utilizadas no tratamento da dor oncológica com
PCA, Agentes Analgésicos e suas indicações, Sistemas de administração
Parenteral e Implicações para a Assistência de Enfermagem.

RESUMO:
Sintomas ou Manifestações da Dor Oncológica

Alguns transtornos podem acompanhar o quadro álgico como distúrbios


gastrintestinais ou respiratórios, podendo chegar a alterações psiquiátricas.
Nos artigos selecionados, os tratamentos dos pacientes com dor oncológica
foram realizados conforme a escada Analgésica, mostrando as medicações
mais utilizadas no tratamento. Em primeiro lugar como a droga de escolha para
o tratamento da dor oncológica esta a Metadona e a Morfina.
A PCA foi o método escolhido porque tem a finalidade de equilibrar o fármaco
no plasma e aliviar a dor dos pacientes oncológicos. Dentro das doses
utilizadas, as complicações não foram expressivas. Em geral, a PCA é realizada
com o paciente hospitalizado, utilizando-se de preferência a via venosa, sendo
necessário o uso de bomba de infusão e equipo especializado, que encarecem
o tratamento.

Avaliação da Dor no Paciente Oncológico

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405
UNISA - Universidade de Santo Amaro

A dor relacionada ao câncer pode ser observada por infiltração tumoral direta
de ossos, nervos, vísceras ou tecidos moles, ou ainda, por medidas
terapêuticas prévias (cirurgias, radiação).
As principais metas do tratamento da dor oncológica são possibilitar o alívio da
dor quando o paciente está em repouso ou realizando qualquer atividade.
Inicialmente, o processo de avaliação deve incluir o histórico e o exame físico
do paciente, bem como os aspectos psicossociais e familiares relacionados. O
fator mais importante na escolha de qual instrumento deve ser usado é a
capacidade do paciente para compreendê-lo. O instrumento mais utilizado para
mensuração da dor são as escalas visuais ou verbais.
As escalas analógicas visual são referidas na literatura e parece ser a mais
sensível. Nos protocolos de pesquisa, encontram-se também escalas
analógicas visuais de faces, copos, bem como cores,linhas, frutas etc.
O enfermeiro deve saber também que a partir da escolha da escala, seja ela
verbal ou visual, a aferição da dor será realizada do inicio ao fim do tratamento
a mesma escala.

Técnicas Utilizadas no Tratamento da Dor Oncológica com PCA

Antes de decidir sobre a escolha analgésica deve-se aplicar a escala de


avaliação de dor.
O protocolo de analgesia venosa considera no tratamento da dor intensa, a
Morfina e o Fentanil são os agentes de escolha.
O Tramadol, Nalbufina e Buprenorfina estão indicados no tratamento de dor de
intensidade moderada.
O Fentanil é preferível em dose única para analgesia de pacientes agitados.
A utilização da bomba de PCA elimina a possibilidade de picos e vales na
concentração plasmática do analgésico, responsável pelos efeitos colaterais do
fármaco.

Agentes Analgésicos e suas Indicações

Em 1982 a Organização Mundial da Saúde (OMS), colocou em prática a escada


analgésica, onde o paciente com dor leve a moderada, o primeiro degrau da
escada e usar drogas não opióide, com adição de uma droga adjuvante. Se a
droga não opióide, dada na dose e freqüência recomendada não aliviar a dor,
passa-se para o segundo degrau, onde se adiciona um opióide fraco (Codeína,
Tramadal). Se a combinação de opióide fraco com o não opióide também não
for efetiva no alivio da dor, substitui-se opióide fraco por um forte (Morfina e
Metadona).
A escolha dos fármacos, das doses e das vias de administração é uma
prerrogativa médica, porém o enfermeiro deve participar de forma ativa neste

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

406
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tratamento, garantindo a oferta analgésica de forma adequada.

Implicações para a Assistência de Enfermagem

Torna-se necessário o conhecimento dos mecanismos fisiopatológicos,


aspectos psicossociais e emocionais relacionados à doença, métodos utilizados
para sua avaliação e terapêuticas disponíveis para seu controle. Ao enfermeiro
cabe o importante papel de avaliação da dor oncológica, orientação e
implementação da terapêutica, bem como auxílio na avaliação da eficácia da
terapêutica implementada, apoiando o individuo e família durante todo o
processo de doença.

A equipe de Enfermagem tem que ficar atendo as reações adversas no uso da


PCA e devemos saber qual será o manejo adequado para cada tipo de reação,
em caso de:
- Depressão respiratória: Desligar a Bomba Infusora (BI), Providenciar terapia
de suporte ventilatório, ofertar oxigênio suplementar, e comunicar
anestesiologista.
- Prurido: Tranqüilizar o paciente, administrar um anti-histamínico conforme
prescrição médica e ver a possibilidade de troca do analgésico opióide.
- Náuseas e vômitos: Tranqüilizar o paciente, Administrar antiemético conforme
prescrição médica.
- Retenção urinária: Palpar a região suprapúbica para detectar distensão
vesical, avaliar desconforto e dor causado pela retenção urinária, realizar
cateterismo vesical de alívio.
A PCA pode ser considerada extremamente segura em razão de apresentar
índice de incidência de efeitos colaterais variáveis, mas brandos, e de difícil
atribuição exclusiva aos medicamentos ou ao próprio método de analgesia e por
ausência completa de ocorrência de complicações graves(3).

CONCLUSÃO:
Conclui-se que a avaliação e mensuração da dor oncológica é extremamente
importante para o trabalho do enfermeiro, colocando em evidência as variáveis
que afetam a dor. O conhecimento sobre a avaliação e mensuração,
proporciona um atendimento de maior qualidade. O controle efetivo da dor é um
indicador da qualidade da assistência de Enfermagem.
O enfermeiro desempenha um importante papel em todos os aspectos que
envolvem o manuseio da analgesia controlada pelo paciente. Os conhecimentos
sobre o funcionamento e operação da bomba de PCA garantem maior
efetividade na analgesia da dor oncológica. Neste estudo ficou evidente que
esta competência no trabalho do enfermeiro permitirá ao mesmo uma adequada

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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UNISA - Universidade de Santo Amaro

intervenção inclusive nos casos de efeitos adversos resultantes deste tipo de


analgesia.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
1-Smeltzer SC, Bare BG. Brunner & Suddarth - Tratado de enfermagem médico
cirúrgica. 10ª ed. Rio de Janeiro 2000: Guanabara-Koogan.
2-Slullitel A, Souza AM. Analgesia, sedação e bloqueio neuromuscular em UTI.
Med Ribeirão Preto 1998; 31: 507-16.
3-Lutti MN, VieiraJL, Eickhoff DR. Analgesia controlada pelo paciente com
fentanil e sufentanil no pós-operatório de reconstrução de ligamentos de joelho:
estudo comparativo.Rev Bras Anestesiol 2002; 52:166-74.
________________________________________________________________
Aluna do Curso de Graduação em Enfermagem da Faculdade de Enfermagem
da Universidade de Santo Amaro, São Paulo, SP. Correspondência: Rua
Palácios, 50. Jardim Prudência. CEP 04368-100. São Paulo, SP.
Mestre em Enfermagem. Professor Adjunto da Faculdade de Enfermagem da
Universidade de Santo Amaro, São Paulo. SP. Orientador.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

408
UNISA - Universidade de Santo Amaro

Manejo da dor no paciente oncológico com bomba de PCA:


atualização e implicações para a Enfermagem
BRUNA NARDELLE SILVA(1)

ISAAC ROSA MARQUES(2)(Orientadores)


Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
A dor do câncer pode estar relacionada com a doença subjacente, pressão
exercida pelo tumor, procedimentos diagnósticos ou ao tratamento do câncer.
Está dor, deve ser controlada, e para isto geralmente removendo o câncer à dor
é aliviada ou exterminada, usam-se alguns métodos como a radioterapia ou
quimioterapia (1).
Hoje em dia a dor é controlada pela técnica de Analgesia Controlada pelo
Paciente (PCA).A PCA é uma técnica para administração Endovenosa de
pequenas doses de opióide .
Ao uso da técnica de PCA ocorre a diminuição da ansiedade do paciente pela
espera de analgésico, redução da demanda de tempo da Enfermagem
relacionada ao tratamento da dor, redução período de internação, são
vantagens deste método(2).

OBJETIVO:
O objetivo deste estudo foi avaliar o uso da Bomba de PCA no controle da dor
Oncologica e suas complicações e atuações da equipe de enfermagem frente
às reações adversas que essa técnica trás. A partir dos dados obtidos, espera-
se poder fornecer subsídios extras para melhorar a assistência prestada aos
pacientes submetidos ao uso da PCA.

METODOLOGIA:
Trata-se de uma revisão de literatura que considerou as publicações indexadas
nas bases LILACS e SciELO. A coleta de dados foi realizada por meio de
consulta eletrônica, utilizando-se os descritores: “descrito A”, “descritor B”, “etc”.
Como resultados foram recuperados 45 artigos, dos quais, apenas 14
apresentaram relevância e pertinência ao estudo. O aproveitamento do material
de pesquisa se deu baseado na leitura dos resumos, justificando o grande
número de referências encontradas. Os artigos de periódicos selecionados
foram copiados, submetidos a procedimentos de leitura compreensiva e
analítica, sendo posteriormente sintetizados por fichamento.

RESUMO:
Sintomas ou Manifestações da Dor Oncológica

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

409
UNISA - Universidade de Santo Amaro

Alguns transtornos podem acompanhar o quadro álgico como distúrbios


gastrintestinais ou respiratórios, podendo chegar a alterações psiquiátricas.
A PCA foi o método escolhido porque tem a finalidade de equilibrar o fármaco
no plasma e aliviar a dor dos pacientes oncológicos.

Avaliação da Dor no Paciente Oncológico

O processo de avaliação deve incluir o histórico e o exame físico do paciente,


bem como os aspectos psicossociais e familiares relacionados. As escalas
analógicas visual são referidas na literatura e parece ser a mais sensível. O
enfermeiro deve saber também que a partir da escolha da escala, a aferição da
dor será realizada do inicio ao fim do tratamento a mesma escala.

Técnicas Utilizadas no Tratamento da Dor Oncológica com PCA

Antes de decidir sobre a escolha analgésica deve-se aplicar a escala de


avaliação.
O protocolo de analgesia venosa considera no tratamento da dor intensa, a
Morfina e o Fentanil são os agentes de escolha.
O Tramadol e Nalbufina estão indicados no tratamento de dor de intensidade
moderada.
A utilização da bomba de PCA elimina a possibilidade de picos e vales na
concentração plasmática do analgésico, responsável pelos efeitos colaterais do
fármaco.

Agentes Analgésicos e suas Indicações

Em 1982 a Organização Mundial da Saúde (OMS), colocou em prática a escada


analgésica, onde o primeiro degrau da escada e usar drogas não opióide, com
adição de uma droga adjuvante. O segundo degrau, adiciona-se um opióide
fraco. Se a combinação de opióide fraco com o não opióide também não for
efetiva no alivio da dor, substitui-se opióide fraco por um forte.

Implicações para a Assistência de Enfermagem

Torna-se necessário o conhecimento dos mecanismos fisiopatológicos, e


emocionais relacionados à doença. Ao enfermeiro cabe o importante papel de
avaliação da dor , orientação e implementação da terapêutica. A equipe de
Enfermagem tem que ficar atendo as reações adversas no uso da PCA e
devemos saber qual será o manejo adequado para cada tipo de reação.
A PCA pode ser considerada extremamente segura em razão de apresentar
índice de incidência de efeitos colaterais variáveis, mas brandos, e de difícil

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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UNISA - Universidade de Santo Amaro

atribuição exclusiva aos medicamentos e por ausência completa de ocorrência


de complicações graves(3).

CONCLUSÃO:
Conclui-se que a avaliação e mensuração da dor oncológica é extremamente
importante para o trabalho do enfermeiro, colocando em evidência as variáveis
que afetam a dor. O conhecimento sobre a avaliação e mensuração,
proporciona um atendimento de maior qualidade. O controle efetivo da dor é um
indicador da qualidade da assistência de Enfermagem.
O enfermeiro desempenha um importante papel em todos os aspectos que
envolvem o manuseio da PCA. Neste estudo ficou evidente que esta
competência no trabalho do enfermeiro permitirá ao mesmo uma adequada
intervenção inclusive nos casos de efeitos adversos resultantes deste tipo de
analgesia.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
1-Smeltzer SC, Bare BG. Brunner & Suddarth - Tratado de enfermagem médico
cirúrgica. 10ª ed. Rio de Janeiro 2000: Guanabara-Koogan.
2-Slullitel A, Souza AM. Analgesia, sedação e bloqueio neuromuscular em UTI.
Med Ribeirão Preto 1998; 31: 507-16.
3-Lutti MN, VieiraJL, Eickhoff DR. Analgesia controlada pelo paciente com
fentanil e sufentanil no pós-operatório de reconstrução de ligamentos de joelho:
estudo comparativo.Rev Bras Anestesiol 2002; 52:166-74.

________________________________________________________________
Aluna do Curso de Graduação em Enfermagem da Faculdade de Enfermagem
da Universidade de Santo Amaro, São Paulo, SP. Correspondência Eletronica:
brunanardelle@gmail.com. Mestre em Enfermagem. Professor Adjunto da
Faculdade de Enfermagem da Universidade de Santo Amaro, São Paulo. SP.
Orientador.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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Manual de Treinamento dos Procedimentos Básicos de


Enfermagem
PRISCILA SENNA MAYRBAURL(1)

MAISA NAMBA(2)(Orientadores)
Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
O Laboratório de Enfermagem (LE) é definido como um recurso didático pelas
Instituições por proporcionar o ensino prático de procedimentos necessário à
complementação da aprendizagem em situação simulada, sendo indispensável
um aluno monitor, sempre presente na discussão de certas adequações
práticas. Estudos justificam a utilização do manual de técnicas como relevante
com o propósito de minimizar as divergências entre discentes e docentes em
estabelecer um padrão quanto à descrição seqüencial do procedimento. Este
adequadamente estruturado oferece condições para melhor transmissão dos
procedimentos de enfermagem durante o treinamento e uniformidade na
interpretação destas informações, deve ser uma fonte de referência clara,
objetiva e acessada sempre que necessário. O presente trabalho emergiu da
experiência como estagiária do laboratório de enfermagem e como monitora
das disciplinas Fundamentos de enfermagem e Semiotécnica em Enfermagem.

OBJETIVO:
Elaborar um instrumento auto- instrucional e institucional para aprendizagem
dos procedimentos básicos de enfermagem com perspectiva de padronização
no Laboratório de Enfermagem.

METODOLOGIA:
Trata-se de um trabalho de revisão bibliográfica dos Procedimentos Básicos de
Enfermagem com pesquisa nas bases de dados LILACS, SCIELO e BDENF
utilizando os seguintes descritores procedimentos, técnicas, práticas de
enfermagem, manual, padronização e aprendizagem. Foram poucos os artigos
disponíveis em portugues e que abordassem sobre o assunto, por isso não foi
estabelecido recorte temporal. Portanto, foram considerados extenso acervo de
livros em Fundamentos e Semiotécnica em Enfermagem. O estudo foi
desenvolvido no período de Agosto de 2007 à Setembro de 2008.

RESUMO:
O manual tem por finalidade esclarecer dúvidas e orientar a execução de ações
de enfermagem, constituindo um instrumento de consulta. O instrumento está
composto por procedimentos básicos de enfermagem atualizados e adaptados
ao plano de ensino das Disciplinas de Fundamentos de Enfermagem e

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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Semiotécnica em Enfermagem. Está sumarizado por disciplina, enfatizando a


relação de materiais e a descrição minuciosa da seqüência na realização de
cada técnica, estando isento as definições, classificações, tipos, finalidades e
cuidados ministrados nas aulas teóricas. Durante o desenvolvimento do
trabalho, o manual foi revisado pelo corpo docente destas disciplinas e pelas
monitoras do LE através da aplicação prática das técnicas elaboradas,
passando por pequenas correções e ajustes. Portanto, o manual foi impresso
em folhas A4 brancas soltas e perfuradas, reunidas por uma presilha de metal
comum, que visou permitir a atualização de determinados conteúdos sem
invalidar o restante do manual.

CONCLUSÃO:
O manual foi desenvolvido como um documento instrucional e institucional de
fácil consulta e interpretação, no qual se contempla treinamento dos
procedimentos no Laboratório de Enfermagem da Universidade de Santo Amaro
(UNISA), assim como a padronização das técnicas entre docentes para com os
discentes.
O aluno será orientado que existem várias formas de se fazer uma mesma
técnica desde que mantenham o princípio científico; que o material servirá como
ponto de partida para o treinamento de alunos principiantes e que o Manual não
substitui a aula da graduação teórica prático. O referido material está elaborado
e em processo de implantação e avaliação por parte dos docentes e discentes.
Sendo assim o manual de enfermagem deve ser recomendado como um
recurso instrucional que oferece inúmeras vantagens se utilizado
adequadamente para alcançar os objetivos propostos.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
ANDRADE, Odete Barros de. Manual de normas e procedimentos do serviço de
enfermagem de súde pública. Rev. Saúde Pública, São Paulo, n. 9, p. 455-66,
1975.
FRIEDLANDER, Maria Romana. O ensino dos procedimentos básicos em
laboratório de enfermagem. Rev. Esc. Enfermagem USP, v. 18, n. 2, p. 151-162,
1984.
NOCA, Cell Regina da Silva et al. Características do treinamento de estudantes
no laboratório de enfermagem. Rev. Esc. Enf. USP, São Paulo, v.19, n.2, p.
145-152, 1985.

________________________________________________________________
________________________
1 Aluna do Curso de Graduação em Enfermagem da Faculdade de
Enfermagem da Universidade de Santo Amaro, São Paulo, SP. E-mail:

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

413
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prika_senna@hotmail.com
2 Professora Assistente da Faculdade de Enfermagem da Universidade de
Santo Amaro, São Paulo, SP. Orientadora.

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414
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Maus-tratos ao idoso em ambiente domiciliar


ALINE ROSA SILVA(1)

DEBORA CRISTINA SILVA POPOV(2)(Orientadores)


Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
Segundo Chaimowich, 1997, nas últimas décadas a população brasileira tem
envelhecido. Esse processo de amadurecimento da população é uma resposta
à mudança de indicadores de saúde, como a queda de fecundidade e da
mortalidade e o aumento da expectativa de vida.
Segundo o IBGE, 2002, o número de idosos teve um acelerado processo de
crescimento no Brasil, pois o país, que já foi chamado de “país dos jovens”, em
apenas três décadas se viu diante da possibilidade de estar entre os países
com mais membros em idade avançada. A população brasileira vive em média,
68,6 anos, 2,5 anos a mais do que no início da década de 90 e pesquisas
apontam que em 2020 a população com mais de 60 anos deva chegar a 30
milhões de pessoas e a esperança de vida 70,3 anos. Assim, diante de uma
demanda crescente (pois a população continua seu processo de
envelhecimento), as necessidades de assistência e locomoção, adaptação
física e psicológica especiais crescem, e com ela a preocupação, pois se
observa a escalada dos maus-tratos aos mais velhos, notadamente em
ambientes domésticos.

OBJETIVO:
Identificar as causas que levam os idosos a serem mau tratados em ambiente
doméstico.

METODOLOGIA:
Trata-se de uma revisão bibliográfica, de caráter descritivo, utilizando o
descritor de assunto Maus-tratos ao idoso. Como critério de inclusão foram
definidos artigos em língua portuguesa versando sobre aspectos que
identificassem as causas que levam os idosos a serem mau tratados em
ambiente doméstico. Foram incluídas referências secundárias de acordo com a
pertinência e relevância do assunto.

RESUMO:
Pode-se dizer que os maus-tratos ao idoso em ambiente doméstico se dividem
em: Condição financeira familiar, onde a maioria dos idosos se encontra em
famílias com poucas condições financeiras, que vivem com menos de um
salário mínimo por pessoa e necessitam de suas aposentadorias como fonte de
rendimentos, e por serem uma das fontes de renda, os idosos muitas vezes

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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UNISA - Universidade de Santo Amaro

abrem mão ou são forçados a abrir mão de algumas de suas necessidades em


função da sobrevivência no ambiente doméstico, deixando então de ter suas
necessidades, muitas vezes relacionadas a saúde sanadas, pois a maioria tem
necessidades de alimentação especifica (hipertensos e diabéticos). Outro fator
que leva o idoso a ser mau tratado é a falta de preparo técnico do “cuidador”
doméstico, que muitas vezes não sabem lidar com as inúmeras particularidades
da terceira idade, e não tem o equilíbrio emocional para isso, pois na maioria
das vezes estão desenvolvendo suas atividades de cuidarem dos lares, em
suas tarefas de manutenção direta como a limpeza, e acabam tendo que cuidar
dos idosos. Segundo o Ministério da Saúde, 2002, essas pessoas
despreparadas, mal remuneradas e desprovidas de qualquer vinculo com o
idoso esta altamente propensa a molestá-lo, e representam um grande
contingente de participação de violência física nos lares.

CONCLUSÃO:
Acredita-se que só com a mudança social, e com a participação mais efetiva do
profissional de saúde, a quem, no ambiente doméstico ou no ambiente próprio
de assistência, cabe inúmeras iniciativas, tais como: assistir com toda a lisura e
dignidade o idoso; tentar capacitar, na medida do possível os cuidadores ;
estimular os idosos a denunciarem maus-tratos sofridos, em todas as suas
formas e se mostrarem atentos para sinais destes maus-tratos, levando o caso
às autoridades competentes, e assim poderá se pensar em um Brasil livre de
maus-tratos ao idoso na própria residência, ou em qualquer outro lugar, uma
vez que o idoso deve ser tratado de forma digna, vislumbrando seu direito à
cidadania.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
(1) CHAIMOWICZ F - A Saúde Dos Idosos Brasileiros Às Vésperas Do Século
XXI: Problemas, Projeções E Alternativas.Rev. Saúde Pública; São Paulo 1997;
31(2): 184-200.

(2) Ministério da Saúde - Portaria do gabinete do ministro de estado da saúde


do Brasil. Diário Oficial da Rep. Fed. do Brasil (Brasília), dez./1999; 1395 (1):
20-4.

(3) IBGE Estatística - Perfil Dos Idosos Responsáveis Pelos Domicílios No


Brasil [on-line] c2002 [citado em: 2006 jul 19; Acesso em: 10 de Setembro de
2008]. Disponível em: http://www.ibge.gov.br..
________________________________________________________________
1- Graduanda em Enfermagem pela Faculdade de Enfermagem da

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

416
UNISA - Universidade de Santo Amaro

Universidade de Santo Amaro ( UNISA ), São Paulo, Brasil.

2- Enfermeira, mestre, professora assistente da Faculdade de Enfermagem da


Universidade de Santo Amaro.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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UNISA - Universidade de Santo Amaro

Modulação Autonomica durante aplicação de CPAP em


indivíduos saudáveis
CRISTIANE MARIA GOMES MARTINS(1)

LUCIANA DIAS CHIAVEGATO(2)(Orientadores)


Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
A Ventilação não-invasiva (VNI) é uma técnica de fácil aplicação e remoção,
que além de preservar as vias aéreas superiores, garante um maior conforto ao
paciente, consistindo na aplicação de pressão positiva à via aérea do paciente,
através da utilização de uma interface sem o uso da intubação traqueal. A
respiração com pressão positiva contínua nas vias aéreas (CPAP) faz uso da
pressão expiratória final (PEEP) para se recrutar e manter os alvéolos abertos
em respiração espontânea, onde é mantido um elevado débito de fluxo com
uma mistura gasosa na fase inspiratória e níveis de PEEP na fase expiratória.
Sabe-se, porém que modificações na pressão intratorácica são capazes de
interferir no desempenho cardíaco e, portanto no controle autonômico. São
escassas as informações sobre a relação dos níveis pressóricos com o sistema
cardiovascular em especial do sistema nervoso autônomo (SNA),
principalmente na forma de VNI e com pressões positivas acima de 15 cmH2O.
A ventilação não-invasiva (VNI) tem se demonstrado como intervenção
terapêutica eficaz no tratamento dos distúrbios cardiorrespiratórios, entretanto,
o comportamento e adaptação frente ao uso deste recurso, especialmente no
controle autonômico, parecem divergentes na literatura cientifica A justificativa
para o presente trabalho dá-se pelo interesse em avaliar possíveis alterações
na modulação autonômica cardíaca durante o uso da CPAP em voluntários
saudáveis.

OBJETIVO:
Avaliar o impacto da pressão positiva continua nas vias aéreas (CPAP) na
modulação autonômica em diferentes níveis pressóricos. Avaliar o
comportamento cardio - respiratório e a aceitação frente à aplicação da pressão
positiva continua nas vias aéreas (CPAP).

METODOLOGIA:
O presente estudo constou de um protocolo de aplicação do CPAP em três
diferentes níveis pressóricos (10 cmH2O, 15 cmH2O e 20 cmH2O) com duração
de 10 minutos cada e intercalados por intervalos de 5 minutos de repouso entre
as pressões. A escolha da seqüência dos níveis pressóricos foi aleatória para
cada indivíduo através de sorteio. O trabalho constou de dois grupos com o
mesmo protocolo, porém no Grupo 1 a freqüência respiratória foi livre, e no

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

418
UNISA - Universidade de Santo Amaro

Grupo 2 a freqüência respiratória foi constante sendo controlada por


biofeedback visual através de software Pacing®. As variáveis cardíacas foram
monitoradas através do monitor digital e um cinto transmissor Modelo S810,
POLAR®.

RESUMO:
Resultados: Os grupos foram homogêneos quanto à idade, índice de massa
corpórea (IMC), peso, altura, relação cintura / quadril (RCQ), raça, este
subdividido em gênero e prática. O Grupo 1 constou de 20 sujeitos e o Grupo 2
constou de 8 sujeitos. Quanto ao comportamento dos sinais vitais no Grupo 1
não houve alteração significativa, já no Grupo 2 houve redução da Pressão
Arterial Sistólica. Quanto ao comportamento das Variáveis da Freqüência
Cardíaca no Grupo 2 não houve alteração significativa. No Grupo 1 houve
alteração das variáveis rMSSD e LF. Discussão: No presente estudo,
comparando-se o desempenho dos dois grupos, observou-se que houve
redução do sistema parassimpático no grupo 1, quando a freqüência
respiratória foi livre. No grupo 2 em que a freqüência respiratória foi controlada
pelo feedback visual, houve, redução da pressão arterial, contudo não houve
nenhuma alteração significativa nas variáveis autonômicas. Em pacientes com
função cardíaca normal, o CPAP pode levar à leve redução da Pressão
Sanguínea (MASIP, 2007). No presente estudo, a freqüência cardíaca manteve-
se constante nos dois grupos, Segundo Charconthaitawee & Somers, 2007: A
pressão sanguínea e a freqüência cardíaca não sofrem redução com o uso de
CPAP. Diferentemente, a presente pesquisa, apresentou no Grupo 2, redução
da pressão arterial. Quanto aos efeitos do CPAP, há opiniões adversas, assim,
segundo Liesching et al, 2003, os efeitos do CPAP podem ser adversos, e
podem ser resultantes da diminuição do retorno venoso. Já, Charconthaitawee
e Somers, 2007, acreditam que os benefícios do CPAP são alcançados, sem
uso de fármacos, pela redução da pós-carga e o aumento da pré-carga,
diminuindo a demanda de oxigênio, cujo suprimento. E também se observa a
atenuação da ação simpática. A redução do sistema vagal é conflitante no
presente estudo, com a redução da pressão arterial e a presença do efeito de
sonolência.

CONCLUSÃO:
Concluímos desta forma, que há uma alteração no comportamento
cardiovascular com o uso de CPAP nos dois grupos, mas é necessário estudos
mais sofisticados que permitam a compreensão fisiológica das alterações
encontradas.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
CHAREONTHAITAWEE, P.; SOMERS, V. Continous Positive Airway Pressure

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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UNISA - Universidade de Santo Amaro

and Increased ejection Fraction in Heart Failure and Obstructive Sleep Apnea.
Journal of the American College of Cardiology. V. 49, n. 4, Jan, 2007.

LIESCHING, T.; KWOK, H.; HILL, N.S. Acute Applications of Noninvasive


Positive Pressure Ventilation. Chest Journal. V.124, n. 2, p. 699 – 713, Aug,
2003.

MASIP, J. Non-invasive Ventilation. Heart Fail Rev. v. 12, p. 119 – 124, May,
2007.
________________________________________________________________
Trabalho desenvolvido com apoio e bolsa do Programa Institucional de Bolsas
de Iniciação Científica - PIBIC/ Cnpq.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

420
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Musculação na terceira idade


PEDRO ANTONIO DA SILVA(1), RODRIGO DE OLIVEIRA ANDRADE(2), ANTONIO DOS
SANTOS SILVA(3)

RUBENS DOS SANTOS BRANQUINHO(4)(Orientadores)


Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
Este trabalho objetiva, através da realização de revisão bibliográfica, atestar os
benefícios e a importância da realização de exercícios de musculação na
terceira idade na prevenção de doenças degenerativas, tais como a Osteopenia
e a Sarcopenia que tanto aflige os idosos.
O trabalho propõe-se também a ser um alerta para a reflexão dos profissionais
de Educação Física para a criação de programas de musculação voltados para
o público da terceira idade.

OBJETIVO:
O presente artigo tpropõe-se, através da revisão bibliográfica, uma reflexão,
por parte dos profissionais de Educação Física, acerca da criação de
programas de musculação para a terceira idade, visando combater e/ou
minimizar as doenças degenerativas tais como a Osteopenia e a Sarcopenia.
Os benefícios alcançados através da prática da musculação na terceira idade,
comprovam que o idoso aumenta a massa muscular, força e equilíbrio,
garantindo a prevenção de quedas e fraturas, o que aumenta a qualidade de
vida e justifica que os profissionais de Educação Física considerem a criação de
programas específicos para esse público.

METODOLOGIA:
Todo o trabalho foi realizado através de pesquisa bibliográfica.

RESUMO:
A velhice traz consigo a redução das aptidões físicas, declínio das
capacidades funcionais, diminuição da massa óssea e muscular, elasticidade,
circulação e movimentos das articulações; aumento de peso, maior lentidão e
doenças crônicas.
A Osteopenia é a perda de mineral ósseo geralmente resultante do processo
de envelhecimento que afeta tanto homens como mulheres. A osteopenia
significa que a densidade do osso está mais baixa que o normal.
É o início da perda de massa óssea e pode ser considerada como o estágio
anterior da osteoporose (enfermidade que fragiliza os ossos alterando a sua
microarquitetura e aumentando o risco de fraturas, até mesmo, por esforços

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

421
UNISA - Universidade de Santo Amaro

banais).

Já a Sarcopenia é a redução de massa muscular associada com a idade,


ambas as doenças estão associadas ao envelhecimento. Sarcopenia é uma
palavra de origem grega que literalmente significa “perda de carne” (sarx =
carne e penia = perda). Conforme envelhecemos, observa-se uma tendência
para a redução na massa muscular, isso pode ser causado pela diminuição no
tamanho ou perda das fibras musculares ou ambos. É Interessante notar que
esta perda é tanto quantitativa como qualitativa.
A diminuição da massa muscular (quantitativa e qualitativa) é a principal razão
para a redução na capacidade de produzir força. Fato este que pode conduzir
para a perda da independência funcional e uma maior dificuldade na realização
das atividades da vida diária.
Importância e Benefícios da Musculação na Terceira Idade:
De um modo geral, é de senso comum que a musculação só serve para
jovens. Muitos pensam que a musculação serve apenas para esculpir corpos, a
exemplo dos halterofilistas e fisiculturistas.
Conforme OKUMA (1998. p. 73):
“A atividade física regular incrementa o pico de massa óssea, ajudando na
manutenção da massa óssea existente e diminuindo sua perda associada ao
envelhecimento”.
Nos estudos realizados por SANTARÉM (1998), foi documentado não apenas
a eficiência, mas também a segurança dos exercícios com pesos bem
orientados para idosos, pessoas debilitadas ou doentes. Pode-se averiguar que
os inconvenientes dos exercícios de alta intensidade somente são válidos se
forem contínuos, o que não é o caso da musculação.
Segundo LUKASKI (1997) não há dúvidas de que o trabalho de musculação
evidenciou benefícios positivos na densidade óssea, fazendo com que o risco
da Osteoporose se reduzam consideravelmente, e também benefícios no que
diz respeito a melhoria ou eliminação de doenças cardiovasculares.
A grande eficiência em estimular a massa muscular e óssea apresentada
pelos exercícios localizados com carga, chamados genericamente de exercícios
resistidos e geralmente realizados com pesos, chamou a atenção de
pesquisadores para a possibilidade de sua utilização em promoção de saúde,
particularmente no caso de idosos, em que a Osteopenia e a Sarcopenia são
importantes. Esta idéia foi estimulada pela constatação de que a mobilidade
articular geralmente limitada do idoso também melhorava rapidamente.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

422
UNISA - Universidade de Santo Amaro

CONCLUSÃO:
Segundo a Fundação Nacional de Osteoporose (National Osteoporosis
Foundation-USA ) a osteoporose é considerada a doença do novo milênio.
Conforme dados do Sistema Único de Saúde (SUS) , os gastos com fraturas e
quedas dos idosos tem assumido proporções assustadoras, pois só em 2006
gastou-se R$ 49,8 milhões com internações de idosos decorrentes de fraturas e
R$ 20 milhões com medicamentos para tratamento da osteoporose.
Conclui-se que é de fundamental importância o profissional de Educação
Física começar a inteirar-se mais acerca das especificidades, fisiologia, e
necessidades das pessoas de terceira idade, visando desenvolver programas
de prevenção para esse público que tanto sofre com as doenças próprias do
envelhecimento, tais como a osteopenia e a sarcopenia.
Nunca um profissional foi tão necessário no combate e na prevenção de uma
doença, quanto o profissional de Educação Física o é neste momento. Além do
mais a musculação também passa a ter um novo destaque, uma nova função,
uma nova aplicação, muito diferente do que hoje lhe é atribuída. A musculação
vista até então apenas para esculpir corpos jovens, passa a ser considerada
como a principal arma na garantia de uma velhice saudável e com qualidade de
vida.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
Bibliografia:
LUKASKI, Henry; sarcopenia: assessment of muscle mass. The journal of
nutrition vol.127 nº 5 may 1997.
OKUMA, Silene Sumire. Idoso e a atividade física. Campinas-SP: Papirus,
1998. (Coleção Vivaidade).
SANTARÉM, José Maria Sobrinho. Promoção da Saúde do Idoso. São
Paulo:1998

________________________________________________________________
Introdução:

Este trabalho objetiva, através da realização de revisão bibliográfica, atestar os


benefícios e a importância da realização de exercícios de musculação na
terceira idade na prevenção de doenças degenerativas, tais como a Osteopenia
e a Sarcopenia que tanto aflige os idosos.
O trabalho propõe-se também a ser um alerta para a reflexão dos profissionais
de Educação Física para a criação de programas de musculação voltados para
o público da terceira idade.

Alterações Biológicas e Fisiológicas na Terceira Idade:

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

423
UNISA - Universidade de Santo Amaro

A velhice traz consigo a redução das aptidões físicas, declínio das


capacidades funcionais, diminuição da massa óssea e muscular, elasticidade,
circulação e movimentos das articulações; aumento de peso, maior lentidão e
doenças crônicas.
A Osteopenia é a perda de mineral ósseo geralmente resultante do processo
de envelhecimento que afeta tanto homens como mulheres. A osteopenia
significa que a densidade do osso está mais baixa que o normal.
É o início da perda de massa óssea e pode ser considerada como o estágio
anterior da osteoporose (enfermidade que fragiliza os ossos alterando a sua
microarquitetura e aumentando o risco de fraturas, até mesmo, por esforços
banais).

Já a Sarcopenia é a redução de massa muscular associada com a idade,


ambas as doenças estão associadas ao envelhecimento. Sarcopenia é uma
palavra de origem grega que literalmente significa “perda de carne” (sarx =
carne e penia = perda). Conforme envelhecemos, observa-se uma tendência
para a redução na massa muscular, isso pode ser causado pela diminuição no
tamanho ou perda das fibras musculares ou ambos. É Interessante notar que
esta perda é tanto quantitativa como qualitativa.
A diminuição da massa muscular (quantitativa e qualitativa) é a principal razão
para a redução na capacidade de produzir força. Fato este que pode conduzir
para a perda da independência funcional e uma maior dificuldade na realização
das atividades da vida diária.
Importância e Benefícios da Musculação na Terceira Idade:
De um modo geral, é de senso comum que a musculação só serve para
jovens. Muitos pensam que a musculação serve apenas para esculpir corpos, a
exemplo dos halterofilistas e fisiculturistas.
Conforme OKUMA (1998. p. 73):
“A atividade física regular incrementa o pico de massa óssea, ajudando na
manutenção da massa óssea existente e diminuindo sua perda associada ao
envelhecimento”.
Nos estudos realizados por SANTARÉM (1998), foi documentado não apenas
a eficiência, mas também a segurança dos exercícios com pesos bem
orientados para idosos, pessoas debilitadas ou doentes. Pode-se averiguar que
os inconvenientes dos exercícios de alta intensidade somente são válidos se
forem contínuos, o que não é o caso da musculação.
Segundo LUKASKI (1997) não há dúvidas de que o trabalho de musculação
evidenciou benefícios positivos na densidade óssea, fazendo com que o risco
da Osteoporose se reduzam consideravelmente, e também benefícios no que

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

424
UNISA - Universidade de Santo Amaro

diz respeito a melhoria ou eliminação de doenças cardiovasculares.


A grande eficiência em estimular a massa muscular e óssea apresentada
pelos exercícios localizados com carga, chamados genericamente de exercícios
resistidos e geralmente realizados com pesos, chamou a atenção de
pesquisadores para a possibilidade de sua utilização em promoção de saúde,
particularmente no caso de idosos, em que a Osteopenia e a Sarcopenia são
importantes. Esta idéia foi estimulada pela constatação de que a mobilidade
articular geralmente limitada do idoso também melhorava rapidamente.

Considerações Finais:
Segundo a Fundação Nacional de Osteoporose (National Osteoporosis
Foundation-USA ) a osteoporose é considerada a doença do novo milênio.
Conforme dados do Sistema Único de Saúde (SUS) , os gastos com fraturas e
quedas dos idosos tem assumido proporções assustadoras, pois só em 2006
gastou-se R$ 49,8 milhões com internações de idosos decorrentes de fraturas e
R$ 20 milhões com medicamentos para tratamento da osteoporose.
Conclui-se que é de fundamental importância o profissional de Educação
Física começar a inteirar-se mais acerca das especificidades, fisiologia, e
necessidades das pessoas de terceira idade, visando desenvolver programas
de prevenção para esse público que tanto sofre com as doenças próprias do
envelhecimento, tais como a osteopenia e a sarcopenia.
Nunca um profissional foi tão necessário no combate e na prevenção de uma
doença, quanto o profissional de Educação Física o é neste momento. Além do
mais a musculação também passa a ter um novo destaque, uma nova função,
uma nova aplicação, muito diferente do que hoje lhe é atribuída. A musculação
vista até então apenas para esculpir corpos jovens, passa a ser considerada
como a principal arma na garantia de uma velhice saudável e com qualidade de
vida.
Bibliografia:
LUKASKI, Henry; sarcopenia: assessment of muscle mass. The journal of
nutrition vol.127 nº 5 may 1997.
OKUMA, Silene Sumire. Idoso e a atividade física. Campinas-SP: Papirus,
1998. (Coleção Vivaidade).
SANTARÉM, José Maria Sobrinho. Promoção da Saúde do Idoso. São
Paulo:1998

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

425
UNISA - Universidade de Santo Amaro

Mutirão do Papanicolaou
VIVIANE CHEHIN CURI(1), TATIANNA IGNÁCIO PINHEIRO DA COSTA(2), CAROLINA
FURTADO MACRUZ(3)

MARCELO ALVARENGA CALIL(4)(Orientadores)


Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
O câncer de colo de útero é um importante problema de saúde pública no
Brasil. Em 2003 apresentou coeficiente de incidência de 18,32 por 100.000 e
coeficiente de mortalidade de 4,58 por 100.000 mulheres, sendo a terceira
neoplasia maligna mais freqüente e a quarta causa de óbito dentre os tumores
malignos no sexo feminino. O Instituto Nacional de Câncer (INCA) espera que o
número de casos novos de Câncer de Colo de Útero para Brasil em 2008, seja
de 18.680, com risco estimado de 19 casos a cada 100 mil mulheres. A taxa de
incidência de Câncer de Colo de Útero, na região sudeste, em 2008, é
esperada de 17,83/ 100.000 habitantes e os casos novos nesta mesma região
são estimados em 7.4402. O período de evolução de uma lesão cervical inicial
para a forma invasiva é lenta e pode levar até 20 anos. Os principais fatores de
risco para o câncer de colo de útero são: HPV (papilomavírus humano), início
precoce das relações sexuais, número de parceiros sexuais, multiparidade,
antecedentes de doenças venéreas, baixa escolaridade, uso de
anticoncepcional oral por mais de 10 anos e tabagismo. O uso do preservativo é
considerado um fator de proteção. A idade em que o câncer de colo incide mais
é a partir dos 35 anos, em relação ao estado civil, a freqüência é acentuada
entre as mulheres casadas (79%). Existe um consenso mundial de que o câncer
invasor do colo uterino pode ser evitado através do diagnóstico precoce e do
tratamento das suas lesões precursoras. Para este fim, a citopatologia
exfoliativa cervical corada pelo método de Papanicolaou é o instrumento ideal,
pela sua alta sensibilidade, simplicidade e baixo custo.

OBJETIVO:
O objetivo foi realizar um Mutirão de Papanicolaou no Hospital Geral Grajaú
(HGG), nos dias 28 e 29 de maio de 2008, para rastreamento de Câncer do
Colo de Útero, avaliar aspectos epidemiológicos e citopatológicos do Câncer
cervicouterino das funcionárias do HGG.

METODOLOGIA:
A Campanha foi desenvolvida pela Disciplina de Obstetrícia da Faculdade de
Medicina da Universidade de Santo Amaro, juntamente com a Medicina do
Trabalho e com Departamento de Enfermagem. A conscientização sobre a
importância da prevenção foi realizada com uma aula inaugural, cujo tema foi

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

426
UNISA - Universidade de Santo Amaro

Saúde da Mulher e distribuição de panfletos informativos com o mesmo


assunto. Ocorreu o preenchimento de um questionário que analisou indicadores
socioeconômicos, demográficos e da saúde da mulher e a realização da coleta
do material para o exame colpocitopatológico.

RESUMO:
Houve adesão de oitenta e quatro funcionárias no Mutirão do HGG. A adesão
ao Mutirão do Papanicolaou foi baixa, pois apenas 10,6% das funcionárias do
HGG participaram. As auxiliares de enfermagem corresponderam a 34% do
total, seguida de 13% das auxiliares de limpeza e depois das enfermeiras com
12%. A maioria das funcionárias que participou do Mutirão tinha entre 25 e 39
anos. Observamos que cerca de 60% das funcionárias tiveram entre uma a três
gestações, a coitarca entre 15 a 19 anos ocorreu em 64%, antecedentes de
DST e sinusorragia não foram constatados pela maioria das trabalhadoras.
Cerca de 82% não fumam e 86% fizeram Papanicolaou prévio, sendo que 40%
realizaram o exame em 2007 e 10% tinham feito o exame há três anos ou mais.
Apenas 50% das trabalhadoras fazem uso de anticoncepção. Nos resultados
dos oitenta e quatro exames colpocitológicos realizados, a colonização cérvico-
vaginal foi de lactobacilos em 72,5% dos casos. A classificação tipo II esteve
presente em 83,3% dos colos de útero analisados. Cerca de 4,8% do achados
apresentaram alterações com suspeitas de algum potencial de malignidade.
Estas pacientes foram encaminhadas para a colposcopia no Ambulatório de
Interlagos.
Nos estudos que avaliaram a realização do exame citopatológico na prevenção
da carcinogênese cervical, constataram que as doenças sexualmente
transmissíveis, como por exemplo, os vírus Herpes simples e Papilomavírus
humano estão associados com esta neoplasia . Antecedentes pessoais de DST,
no nosso estudo, tiveram presentes em apenas 10% dos casos. Este é um fator
importante para o desenvolvimento de doença pré-maligna, que esteve ausente
em 90% das funcionárias. Andrade JM et al observaram que as lesões pré-
neoplásicas e as microinvasoras são assintomáticas e, eventualmente, cursam
com corrimento e/ou sangramento espontâneo ou pós-coital (sinusorragia). Em
nosso estudo, a sinusorragia esteve ausente em 88% dos casos.

CONCLUSÃO:
Constatamos bom nível de escolaridade, baixa paridade, ausência de
antecedentes de DST, ausência sinusorragia, baixa taxa de tabagistas,
realização de exames de Papanicolaou prévios e resultados dos exames
colpocitopatológicos apenas com sinais inflamatórios, na maioria dos casos
estudados, mostrou-nos que estas funcionárias têm baixo potencial de
desenvolver lesões malignas cervicouterinas. No momento da inspeção do colo

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

427
UNISA - Universidade de Santo Amaro

de útero, em sua maioria, não foi notado sinais sugestivos de DST. A


veracidade desse dado pode ser confirmada pela baixa freqüência de lesões
sugestivas de neoplasia no exame de Papanicolaou.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
1- Oliveira MMHN, Silva AAM, Brito LMO, Coimbra LC. Cobertura e fatores
associados à não realização do exame preventivo de Papanicolaou em São
Luís, Maranhão. Rev Bras Epidemiol. 2006; 9(3): 325-34.

2- Instituto Nacional do Câncer. Ministério da Saúde. Disponível em:


http://www.inca.gov.br. Acesso em: 21 maio 2008.

3- Medeiros VCRD, Medeiros RC, Moraes LM, Filho JBM, Ramos ESN,
Saturnino ACRD. Câncer de Colo de Útero: Análise Epidemiológica e
Citopatológica no Estado do Rio Grande do Norte. RBAC. 2005; 37(4): 227-231.

________________________________________________________________
A Campanha do Papanicolaou foi aprovada pelo Comitê Ética do Hospital Geral
do Grajaú.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

428
UNISA - Universidade de Santo Amaro

NECROSE ISQUÊMICA DE VESÍCULA BILIAR: UMA


COMPLICAÇÃO INCOMUM PÓS GASTRECTOMIA
NATALIA CIARDI DE SOUZA(1), NAIM CARLOS ELIAS(2), RAQUEL CALANDRINO(3)

PAULO KASSAB(4),ELIAS JIRJOSS ILIAS(5),ORLANDO CONTRUCCI


FILHO(6),MURILLO DE LIMA FAVARO(7)(Orientadores)
Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
As colecistites agudas alitiásicas correspondem de 2 a 5 % do total de
colecistites agudas. Sendo relacionadas à: cirurgia (colecistite pós operatória),
politraumatizados graves, sepse, hiperalimentação, queimados, e pancreatite
aguda grave. A real incidência da colecistite isquêmica não está bem
estabelecida devido aos seus múltiplos fatores coadjuvantes. Larghero
descreveu as lesões isquêmicas da vesícula biliar denominando-as como
colecistite exfoliatriz. Descreveu a ressecção da mucosa vesicular respeitando a
seromuscular quem teriam uma vascularização de origem diferente.
A colecistite alitiasica pós operatória pode ser devido às seguintes associações:
estase, aumento da viscosidade da bile, irritação química devido à bile
hiperconcentrada, infecção bacteriana e isquemia. O resultado desses
fenômenos seria o edema obstrutivo do ducto cístico litiásico. Outros fatores
associados seriam: ventilação mecânica, jejum prolongado, grande queimado,
puerpério e HIV.

OBJETIVO:
Relatar a dificuldade de diagnóstico da necrose isquêmica de vesicula biliar, de
que modo ela pode ocorrer, sua forma de prevenção e seu tratamento.

METODOLOGIA:
Relato de caso de um paciente submetido a gastrectomia por câncer,
apresentando quadro de abdome agudo com irritação peritoneal no pós
operatório de, optando-se então pela laparotomia exploradora.Na cirurgia
encontrou-se a vesícula biliar necrosada, sendo realizada colecistectomia
clássica.

RESUMO:
A isquemia vesicular pós-operatório é levantada com base nos achados
operatórios, na microscopia, somados a procedimentos cirúrgicos que envolvem
as estruturas vasculares do pedículo hepático (esvaziamento ganglionar e
ligadura da origem da gastroduodenal). Para alguns autores a irrigação da
vesícula biliar é do tipo terminal e em alguns casos a artéria cística se
apresenta em dobro, sendo a artéria cística inferior ramo da artéria hepática

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

429
UNISA - Universidade de Santo Amaro

própria e pode originar pequenos ramos para os gânglios do pedículo hepático.


Mais raramente poderia nascer da gastroduodenal. Em algumas ocasiões a
artéria hepática direita da origem à artéria cística. Com estas bases anatômicas,
podem-se levantar de forma retrospectiva alguns dos mecanismos patogênicos.
O esvaziamento do pedículo implica ligaduras vasculares dos principais
gânglios do grupo 12, de modo que a ligadura inadvertida da artéria cística e de
seus ramos pode desenrolar ou colaborar com a isquemia vesicular. Em outro
caso, a ligadura alta da gastroduodenal, eventualmente associada a uma
origem anômala da artéria cística ou cística inferior (quando em dobro), pode
levar a resultados semelhantes. Outros mecanismos diferenciais ou associados
podem ser: o jejum prolongado nos casos de pacientes gastrectomizados,
refluxo pancreático e oscilações tensionais na circulação esplênica. As
colecistites alitiásicas pós-operatórias são entidades realmente raras, cujo
diagnóstico se da por laparotomia exploradora. A baixa freqüência desta
entidade faz com que os detalhes etiopatogênicos não sejam totalmente
conhecidos, não se podendo extrair conclusões táticas em relação à conduta a
se tomar com a via biliar acessória, em caso de esvaziamento ganglionar do
pedículo hepático ou quando se manipulam suas estruturas vasculares. Pode
parecer um excesso associar uma colecistectomia profilática a uma
gastrectomia se o procedimento incluir os vasos do pedículo hepático ou
quando se realiza um esvaziamento ganglionar hepático.

CONCLUSÃO:
A necrose da via biliar pode ocorrer na linfadenectomia D2 para tratamento de
câncer gástrico podendo ser associada a colecistectomia durante o ato da
gastrectomia. Caso não seja feita a colecistectomia durante esse primeiro ato
cirúrgico, após o diagnóstico da doença deve ser realizada a colecistectomia
para resolução da patologia.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
1.Postolov MP; El'kind LA; Postolov AM; Madartov KM - Morphological and
functional state of the gallbladder after stomach resection and vagotomy.
Khirurgiia (Mosk);(10):85-9, 1983 Oct
2.Steffen H - Isolated gallbladder necrosis with spontaneous perforation
following gastric resection. Zentralbl Chir;103(5):316-8, 1978. GERMANY, EAST
3. Ribero Lavie, Gustavo D; de Mello Rodríguez, Washington; Cartazzo
González, José M - Colecistitis necrotizante postoperatoria por gastrectomía
oncológica. Cir. Urug;70(3/4):121-125, jul.-dic. 2000.
________________________________________________________________
Sem notas.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

430
UNISA - Universidade de Santo Amaro

O desafio da Malária entre populações de garimpos da Amazônia


legal
SHEILA REIS OLIVEIRA(1)

IRENE CORTINA(2)(Orientadores)
Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
A Malária é vista hoje, no contexto mundial, como um grave problema de saúde
pública que afeta principalmente os países em desenvolvimento de clima
tropical e subtropical, onde as condições ambientais favorecem a manutenção e
o desenvolvimento dos vetores da doença. Historicamente, os garimpos
apresentam a maior prevalência de malária da Amazônia Legal brasileira.
Entretanto, até o momento houve pouca investigação no sentido de
compreender a doença desde a perspectiva interna dos próprios garimpos, ou
seja, através das características da população garimpeira e da sua organização
espacial.

OBJETIVO:
-Realizar um estudo sobre os índices de malária nas regiões adjacentes da
bacia do rio Xingu que são os garimpos denominados Ilha da Ressaca, Itatá e
Ilha do Galo.
-Relatar a média de freqüência que os moradores tiveram a Malária.
-Observar qual a freqüência para cada um dos tipos de malária; P. falciparum,
P. vivax e Malárie.
-Relacionar os achados às condições de moradia, saneamento básico, uso de
repelentes.

METODOLOGIA:
Realizou-se um estudo de campo, observacional, prospectivos, aplicando-se
questionário sobre identificação, características dos domicílios, média da
freqüência de episódios de Malária ,composição familiar. Foram visitadas 50
domicílios aleatoriamente o que representa 18,38% do total de 272 domicílios
dos 3 garimpos. O instrumento de pesquisa foi aplicado a 50 responsáveis
familiares, sendo 22 do sexo masculino e 28 do feminino.

RESUMO:
A distribuição por idade dos moradores de garimpos mostra predomínio das
faixas mais adulta, concentrando-se 21 (42%) indivíduos entre 30 e 45 anos.
Registra-se que menores de 15 anos e maiores de 60 anos constituem
20%.Quanto às casas, 100% são de taipa/madeira e a maioria é coberta de

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

431
UNISA - Universidade de Santo Amaro

palha, têm piso de chão batido e não tem instalações sanitárias. Não há
sistema de abastecimento d'água, porem 70% dos moradores tem desvio da
água da bica através de canos, ou tem poço no seu quintal. Não existe rede de
esgoto, e 100% das casas não possuem vasos sanitários, são utilizados em
substituição à estes , as chamadas latrinas, que são cabanas construídas nos
fundos dos quintais, com um buraco , onde são depositados os restos fecais.
Observa-se também que em muitas casas não há um distanciamento de no
mínimo 10 metros do poço para a latrina, o que nos mostra que esses
moradores estão expostos à inúmeras patologias , muito mais do que se
imagina. Quanto à proteção relacionada à livre entrada e saída de mosquitos,
94% das casas não possuem telas protetoras. Observou-se que 98% dos
moradores já tiveram Malária, sendo que em 78% dos casos Vivax e 22%
Falciparum. Quanto à naturalidade dos entrevistados, pode-se observar que 27
(54%) dos mesmos, são de outros Estados, sendo que as maiores
representações são da Bahia, Ceará, Piauí, Maranhão e Goiás. O numero total
de malária entre os 50 responsáveis familiares entrevistados , foi de 808 vezes,
o que dá uma média de 16,16 vezes para cada garimpeiro. Dos casos de
Malária identificados percebemos que o índice foi maior para a P. vivax. É
evidente, no presente estudo que os Estados constituintes da Amazônia Legal
apresentam efetiva contribuição ao total de casos de malária da região, porem
os casos notificados no Estado do Pará , são de grande significância para o
Índice Parasitário Anual.

CONCLUSÃO:
Com base nos resultados, diferenças entre indivíduos que trabalham e/ou vivem
nas áreas de garimpo poderiam produzir variações na exposição à doença,
levando à um risco diferenciado de prevalência de malária. A compreensão
dessas diferenças pode representar uma importante ferramenta para identificar
perfis de risco na população do garimpo e do seu entorno, além de orientar
programas para a prevenção e tratamento da malária na Amazônia.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
MARQUES, AC; GUTIERRES, HC. Combate à malária no Brasil: evolução,
situação atual e perspectiva. Rev. Soc. Bras. Méd. Trop 1994;27(Supl.3):91-
108.

DUARTE, EC; FONTES, CJF. Associação entre a produção anual de ouro em


garimpos e incidência de malária em Mato Grosso - Brasil, 1985-1996. Rev.
Soc. Bras. Med. Trop. , Uberaba, v. 35, n. 6, 2002 .

Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM). Cadastro de garimpeiros.


Brasília: Ministério da Infra-Estrutura, 1996.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

432
UNISA - Universidade de Santo Amaro

________________________________________________________________
1-Graduanda do Curso de Enfermagem-Facenf, da Universidade Santo Amaro-
Unisa . E-mail: fafis10@yahoo.com.br.

2-Orientadora-Prof. Mestre da Disciplina Saúde do Adulto, da Faculdade de


Enfermagem da Unisa. E-mail: irenecortina@hotmail.com.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

433
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O Enfermeiro e a Linguagem Brasileira de Sinais: derrubando


barreiras e individualizando a assistência
FABIANA DOS SANTOS RODRIGUES COIMBRA(1)

SARAH MUNHOZ(2)(Orientadores)
Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
O Enfermeiro e a Linguagem Brasileira de Sinais: derrubando barreiras e
individualizando a assistência 1
Fabiana dos Santos Rodrigues Coimbra2
Sarah Munhoz3
1. INTRODUÇÃO
De acordo com o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), só no Brasil existem 5.750.809(2) pessoas portadoras de deficiência
auditiva que são considerados como indivíduos que enfrentam maior dificuldade
de inclusão na sociedade.
O fato de o surdo ser diferente o torna estigmatizado e, quando o seu efeito de
descrédito é muito grande, algumas vezes ele também é considerado como
tendo um defeito, uma fraqueza, uma desvantagem (5)
No dia a dia tem se percebido o despreparo das enfermeiras no domínio do
processo de comunicação com deficientes auditivos. As enfermeiras mostram-
se inseguras ao se relacionarem com os surdos por não conhecerem a língua
utilizada por eles e pela falta de habilidade em transmitir a informação sobre
sua saúde. (8)
Preocupadas com o panorama ora apresentado, as autoras deste estudo
julgaram pertinente questionar se às (os) enfermeiras (os) têm ferramentas que
o auxiliem na comunicação com o indivíduo portador de deficiência auditiva.

OBJETIVO:
O Enfermeiro e a Linguagem Brasileira de Sinais: derrubando barreiras e
individualizando a assistência 1
Fabiana dos Santos Rodrigues Coimbra2
Sarah Munhoz3
1. INTRODUÇÃO
De acordo com o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), só no Brasil existem 5.750.809(2) pessoas portadoras de deficiência
auditiva que são considerados como indivíduos que enfrentam maior dificuldade
de inclusão na sociedade.
O fato de o surdo ser diferente o torna estigmatizado e, quando o seu efeito de
descrédito é muito grande, algumas vezes ele também é considerado como

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

434
UNISA - Universidade de Santo Amaro

tendo um defeito, uma fraqueza, uma desvantagem (5)


No dia a dia tem se percebido o despreparo das enfermeiras no domínio do
processo de comunicação com deficientes auditivos. As enfermeiras mostram-
se inseguras ao se relacionarem com os surdos por não conhecerem a língua
utilizada por eles e pela falta de habilidade em transmitir a informação sobre
sua saúde. (8)
Preocupadas com o panorama ora apresentado, as autoras deste estudo
julgaram pertinente questionar se às (os) enfermeiras (os) têm ferramentas que
o auxiliem na comunicação com o indivíduo portador de deficiência auditiva.
2. OBJETIVOS
Caracterizar o perfil dos enfermeiros respondentes.
Verificar se os enfermeiros tiveram comunicação com o paciente surdo.
Identificar se Linguagem Brasileira de Sinais permitiria uma comunicação mais
eficaz entre este e o paciente.

METODOLOGIA:
Estudo epidemiológico observacional, transversal, do tipo Survey descritivo,
onde se avaliou a realidade sem intervenções e sem a preocupação de
estabelecimento de relação causal.
Avaliado o conteúdo segundo as diretrizes emanadas pela Resolução nº 196/96
do Conselho Nacional de Saúde, o projeto foi considerado aprovado em 27 de
agosto de 2008 sob o REGISTRO CEP UNISA Nº 147/08 PARECER
Nº075/2008.
A população foi constituída por enfermeiros (as) que trabalham no hospital
campo de estudo, nas 24 horas. A coleta de dados foi feita pela pesquisadora
em setembro de 2008. Os resultados foram apresentados em tabela e gráfico.

RESUMO:
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Considerando os dados pessoais e profissionais, verificou-se que: dos 12
respondentes 10 eram do sexo feminino, com idade inferior a 35 anos e dois
eram do sexo masculino com idades de 25 e 43 anos respectivamente. O tempo
médio de formado foi ao redor de 4,3 anos, variando de quatro meses a
superior a 15 anos, e o tempo médio no cargo de enfermeiro na instituição foi
de dois anos com mínimo de dois meses e máximo de 08 anos.
Na Tabela 1, pode-se perceber que, 91,6% dos enfermeiros eram especialistas
áreas relativas a assistência de enfermagem dentro do âmbito e que além desta
especialidade e 25% acumulavam conhecimento em mais de uma área, .
Tabela 1 – Distribuição segundo formação acadêmica (Pós Graduação). São
Paulo, 2008
Curso
N

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%
Especialização em área hospitalar
11
91,6
Especialização em outra área
3
25
Mestrado
4
33,3
Doutorado
1
0,8
4.2 Conhecimento dos enfermeiros sobre a Linguagem Brasileira de Sinais
Considerando a necessidade do estudo foi perguntado se os enfermeiros da
instituição campo de estudo tinham contato com o paciente surdo.
Dentre os entrevistados 7 (58%) responderam que não tiveram contato com
paciente surdo e os outros sim. Os enfermeiros que tiveram contato com o
paciente surdo, julgaram de extrema importância uma ferramenta de
comunicação que facilite o entendimento das partes, subsidiando uma
adequada assistência de enfermagem. Isso nos leva a perceber que a
ocorrência surdez não é tão rara assim, e que, os enfermeiros têm que se
preocuparem com esta clientela que segundo dados do IBGE, no ano de 2006
já contava que 3% da população geral eram portadores de algum grau de
deficiência auditiva.
4.3 Opinião das enfermeiras sobre a Linguagem Brasileira de Sinais e a
comunicação mais eficaz entre a enfermagem e o paciente surdo
Mesmo sendo desconhecida por cinco dos entrevistados a Linguagem Brasileira
de Sinais foi tida por 58% (7) ferramenta importante na comunicação entre os
profissionais de enfermagem o paciente surdo.
Todos os respondentes (100%) julgam importante a enfermagem receber, já no
momento da sua graduação possibilidades para conhecer noções básicas de
LIBRAS.
Quando perguntados se LIBRAS agregaria valor ao seu processo de formação
e de prestação de assistência, como podemos observar no gráfico 1, 12 (100%)
entendem a importância de LIBRAS como ferramenta de comunicação com o
paciente surdo e que esta além de uma necessidade traz um diferencial no
atendimento do serviço de enfermagem.

CONCLUSÃO:

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CONCLUSÕES
Diante dos objetivos propostos para este estudo, concluiu-se que:
Entre os 12 enfermeiros que compunham a amostra 85% eram do sexo
feminino e idade inferior a 35 anos, tempo médio de formado ao redor de 4,3
anos e o tempo médio no cargo de enfermeiro de dois anos Dos 12
entrevistados, cinco (41%) têm um segundo vinculo empregatício.
Dentre os entrevistados sete (58%) responderam que não tiveram contato com
paciente surdo e os outros sim.
58% (7) dos entrevistados consideram LIBRAS ferramenta importante na
comunicação entre a enfermagem e o paciente surdo.
100% dos entrevistados concordam que LIBRA agrega valor à assistência de
enfermagem.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1
Limeira de Sá N. Identidades surdas: os estudos surdos. Rev. FENEIS, julho
2002:26-8
2
IBGE – Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2006). Censo
demográfico. Retirado em 20/09/08 do http://www.ibge.gov.br/ IBGE, 2008
3
Silva IR. As representações do surdo na escola e na família: entre a (in)
visibilização da diferença e da “deficiência” [Tese de Doutorado], Campinas:
Instituto de Estudos de Linguagem - UNICAMP; 2005.
4
Figueira, E. Imagem e conceito social da deficiência (quarta parte). Temas
sobre Desenvolvimento, 27, 39-41, 1996.
5
Goffman, E. Estigma: notas sobre a manipulação da identidade deteriorada
(2.ed.). Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1978.
6
Skliar, C. A surdez: Um olhar sobre as diferenças. Porto Alegre: Dimensão,
1998. p.11.
7
Lacerda C B Feitosa de; Caporali S A , Lodi.A C Questões preliminares sobre o
ensino de língua de sinais a ouvintes: reflexões sobre a prática. Distúrbios da
Comunicação, São Paulo, 16(1): 53-63, abril, 2004
8
Pagliuca L M F; Fiúza N L G; Rebouças C B A. Aspectos da comunicação da
enfermeira com o deficiente auditivo. Rev. Esc. enferm. SP vol.41 no.3 .São
Paulo Sept. 2007

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

437
UNISA - Universidade de Santo Amaro

9
França ISX. Formas de sociabilidade e instauração da autoridade: vivência dos
portadores de deficiência [tese]. Fortaleza: Departamento de Enfermagem,
Universidade Federal do Ceará; 2004
10
Silva ABP, Pereira MCC, Zanolli ML. Mães ouvintes com filhos surdos:
concepção de surdez e escolha da modalidade de linguagem. Psic.: Teor. e
Pesq. V.23 n.3 Brasília jul./set. 2007
11
Silva MAPD, Silva, EM. Os valores éticos e os paradigmas da enfermagem.
Acta Paulista de Enfermagem, São Paulo, v.11, n.2, p.83-88, 1998.

________________________________________________________________
Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação de Enfermagem.
Aluna do 8º semestre do Curso de Graduação em Enfermagem de Universidade
de Santo. E-mail fabianadossrcoimbra@gmail.com.
Enfermeira, COREN-SP 19.877. Doutora em Ciências, Mestre em Saúde do
Adulto pela Universidade Federal de São Paulo. Pesquisadora do Grupo de
pesquisa em Gerenciamento de Enfermagem da Universidade Federal de São
Paulo- Departamento de Enfermagem.

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O ESPORTE ATLETISMO E SUA IMPORTÂNCIA NA EDUCAÇÃO


FÍSICA ESCOLAR
RODOLFO GALDINO FAZOLI(1), MARCO ANTÔNIO NASCIMENTO PORTO(2), BRUNO
NASCIMENTO DE ANDRADE(3), GUSTAVO FURTADO RUIZ(4)

SOLANGE DE OLIVEIRA F BORRAGINE(5)(Orientadores)


Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
O atletismo é considerado um esporte de base, pois suas provas representam
os movimentos mais simples do ser humano como correr, marchar, arremessar
e lançar. As provas deste esporte são disputadas desde a antiguidade e,
juntamente com as lutas, iniciaram os jogos olímpicos. No entanto, de acordo
com nossas observações, podemos constatar que dificilmente este conteúdo é
inserido no planejamento do professor de Educação Física. Essa nossa
preocupação se remete aos professores de Educação Física escolar,
procurando sensibiliza-los e conscientiza-los do seu importante papel como
educador e mediador da construção de conhecimento e desenvolvimento de
seus alunos.

OBJETIVO:
Ressaltar a prática do atletismo nas aulas de Educação Física, como conteúdo
fundamental para o desenvolvimento dos alunos.

METODOLOGIA:
Buscando averiguar a importância do atletismo como conteúdo a ser trabalhado
na Educação Física Escolar utilizamos como metodologia a revisão
bibliográfica.

RESUMO:
Na Educação Física escolar a prática motora deve ser múltipla, propiciando aos
alunos vasta experiência na formação de uma base para aprendizagens mais
específicas. Os conteúdos a serem desenvolvidos devem ser diversificados e
transmitidos com variados recursos, visando o desenvolvimento e
aprimoramento dos alunos, e de todas as capacidades que serão requisitadas
para práticas mais elaboradas. Para que o indivíduo se desenvolva e ocorra a
aprendizagem, é importante que ele tenha a possibilidade de se envolver no
maior número de experiências e ambientes, além de ter um amplo contato com
diferentes pessoas. No caso da escola, o aluno deve ter a oportunidade de
conhecer e vivenciar o maior número de situações, dentro do grande leque de
disciplinas, e o professor deve criar possibilidades para que ele aprenda e se
desenvolva, oferecendo conteúdos que contribuam para o amadurecimento e

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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construção do conhecimento. Segundo os PCNs, o Atletismo, dentro de sua


prática mencionada nos blocos de conteúdos, pode ser desenvolvido desde as
séries iniciais do ensino fundamental, sendo interessante a sua prática através
dos jogos pré-desportivos, que contém regras simplificadas, servindo para a
iniciação ao mundo dos esportes. O Atletismo, por meio de suas habilidades
básicas (marchar, correr, saltar, arremessar e lançar), é mais do que um
esporte de elite e de rendimento; ele deve ser considerado um esporte de base,
pois parte dos movimentos mais simples do ser humano.

CONCLUSÃO:
Constata-se que o Atletismo evidencia-se apenas na época de grandes eventos
como os Jogos Olímpicos. Logo, é necessário que se criem maiores
oportunidades para que as pessoas obtenham conhecimentos e vivenciem este
esporte, e esse contato pode ser oferecido nas aulas de Educação Física.
Acreditamos que, utilizando o Atletismo como base, inclusive para os outros
esportes, viabilizaremos sua entrada na cultura corporal de nossa sociedade,
além de gerarmos subsídios para a prática dos demais esportes, pois os
fundamentos do Atletismo, como correr, saltar, arremessar, etc., são utilizados
em praticamente todos os esportes existentes. É importante registrarmos que a
aprendizagem é o movimento que visa estimular a expressão de
conhecimentos, atitudes e habilidades de forma progressiva, devemos ressaltar
também que o ser humano não deve ser avaliado somente pelas habilidades
que possui, mas sim, pelas experiências que o meio e as pessoas
proporcionam a ele. Muitas discussões apresentam que, mais que aprender, é
ter paixão por aquilo que se aprende, logo, isso exige do professor
comprometimento em seu trabalho, criando o maior número de vivências e
conteúdos que facilitem e permitam um aprendizado eficaz para que o aluno se
utilize dele em sua vida. Assim, o que se pretende aqui não é apresentar
propostas para a aplicação do Atletismo na escola, e sim, fazer com que o
professor de Educação Física reflita e conscientize-se da importância de se
trabalhar o Atletismo em suas aulas, aproveitando e utilizando-se do grande
número de possibilidades que ele oferece.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
BRASIL. Ministério da Educação e do desporto. Parâmetros curriculares
nacionais - Educação Física. Brasília: MEC, 1996.
BRONFENBRENNER, U. A ecologia do desenvolvimento humano:
experimentos naturais e planejados. Trad. Maria Adriana Veríssimo Veronese.
Porto Alegre, RS: Artes Médicas, 1996.
DARIDO, S.C.; RANGEL, I.C.A. Educação física na escola: implicações para a
prática pedagógica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.

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________________________________________________________________
Trabalho de Conclusão de Curso- Educação Física

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O Impacto da Queda do Idoso ea Qualidade de Vida


AUZENIR GOMES VELOSO(1)

IRENE CORTINA(2)(Orientadores)
Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
IMPACTO DA QUEDA DO IDOSO E A QUALIDADE DE VIDA
Auzenir Gomes Veloso1
Irene Cortina 2

INTRODUÇÂO: O envelhecimento populacional, hoje faz parte da realidade da


maioria das sociedades. O mundo e o Brasil estão envelhecendo rapidamente e
estima-se que para o ano de 2050, existam cerca de dois bilhões de pessoas
com sessenta anos e mais no mundo, a maioria vivendo em paises em
desenvolvimento. Esta realidade é uma resposta à mudança de alguns
indicadores de saúde, tais como a baixa fecundidade, a queda da mortalidade e
o aumento da expectativa de vida.
Sabemos, entretanto que o envelhecimento traz perdas importantes, nos
aspectos biológico, emocional, mental e social, mesmo entre idosos saudáveis,
com boa qualidade de vida. Segundo dados do Ministério da Saúde (2006),
entre tantos danos que podem ocorrer, a queda representa um grande
problema às pessoas idosas, dada as suas conseqüências (injúria,
incapacidade, institucionalização e morte) que são resultado da combinação de
alta incidência com alta suscetibilidade à lesão.

OBJETIVO:
O objetivo deste trabalho é descrever as principais causas e efeitos das quedas
na qualidade de vida do idoso.

METODOLOGIA:
Trata-se de uma revisão da literatura, com uso dos descritores: Idosos Quedas
e Qualidade de Vida.

RESUMO:
Resultados: Cerca de 30% das pessoas idosas, caem ao ano. Esta taxa
aumenta para 40% entre os idosos com mais de 80 anos e 50% entre os que
residem em instituições de longa permanência. As mulheres tendem a cair mais
que os homens até os 75 anos de idade, a partir dessa idade as freqüências se
igualam. Dos que caem, cerca de 2,5%, requerem hospitalização e desses
apenas metade sobreviverá após um ano. Os fatores de risco da queda em

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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idosos podem ser variados e estar associado a várias causas, tais como
intrínsecas, decorrentes de alterações fisiológicas relacionadas ao próprio
envelhecimento, à presença de doenças, uso de fármacos, fatores emocionais.
Os fatores extrínsecos estão relacionados aos comportamentos e atividades da
pessoa idosa e ao meio ambiente. Com a queda, o idoso fica mais suscetível
podendo ficar acamado, adquirir úlcera de decúbito, ficar confuso e deprimido,
entre outras alterações. Após a primeira queda, geralmente a pessoa idosa
passa a ter medo de ser vitima de nova queda, diminuindo as atividades do dia
a dia, comprometendo a sua autonomia e qualidade de vida. A ocorrência de
queda em idosos deve ser avaliada pela equipe multidisciplinar de saúde, pois
envolve aspectos biológicos, fisico-funcionais, cognitivos e psicossociais.
Quando as limitações e situações impostas pela idade começam a fazer parte
da vida do idoso, é fundamental que este receba o amparo necessário para
manter um padrão mínimo de qualidade de vida, com a ajuda e acolhimento dos
profissionais da área da saúde. As quedas e suas conseqüências representam
um sério risco à vida destas pessoas, perpetuando sofrimentos crônicos,
dependência, perda da dignidade,, da identidade e da qualidade de vida. A
queda por menor que seja, traz, a estes corpos por vezes debilitados
fisicamente (e tão ricos de experiência e saber) uma realidade que pode lhes
tirar o real sentido do existir, quando não lhes ceifa a vida. Do ponto de vista
psicológico, uma limitação gerada por uma queda pode representar a errônea
constatação de inutilidade diante do âmbito social, levando o idoso, que
naturalmente tem esta tendência, a optar ainda mais pelo afastamento e
isolamento social. A vergonha ao cair ou precisar de auxílio, já são traumáticas
para o idoso. Esta situação provoca uma perda considerável na qualidade de
vida, o que torna a queda não apenas um perigo, mas um grande mal a ser
evitado.

CONCLUSÃO:
Conclusão: A prevenção passa por um processo que deve ser estimulado por
toda a sociedade, transcendendo inclusive o papel do profissional na
assistência. É preciso repensar a forma de conceber ambientes, formas de
tratamento e mesmo relacionamentos diante da realidade do idoso. O respeito
às particularidades de quem já viveu bastante, bem como o processo de
protegê-los, de situações de perigo, sobretudo as quedas e suas
conseqüências, deve ser obrigação da família, da sociedade, e da equipe
multidisciplinar de saúde. Esta tem o dever de orientar tanto o idoso, quanto
seus familiares, sobre os riscos da queda, pois prevenir é ação educativa de
saúde, propiciando qualidade de vida aos idosos, direito que estes têm
garantido na Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa (MS, 1996), assim
como no Estatuto do Idoso (MS, 2003).

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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UNISA - Universidade de Santo Amaro

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
Referencias Bibliográficas
1. FABRICIO, SCC. Rodrigues, RAP. Junior, MCL. Causas e conseqüências de
quedas de idosos atendidos em hospital publico. Rv. de saúde publica 2004; 38
(1): 93-9
2. PEREIRA. AMM. A queda e suas conseqüências para o idoso: aspectos
psicológicos e emocionais. [dissertação] Uberlândia (MG): UFU- Instituto de
Psicologia;2006

3. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria n.2528 de 19 de outubro de2006.


Política Nacional de Saúde do Idoso.PNSI.

________________________________________________________________
1- Graduanda – Concluinte do Curso de Enfermagem da Faculdade de
Enfermagem-Facenf-Unisa
2-Orientadora-Mestre em Gerontologia- Disciplina Saúde Idoso- Facenf-Unisa

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O Impacto do turno de trabalho noturno: repercussões e


alterações.
DEBORA RENATA DA SILVA(1)

DEBORA CRISTINA SILVA POPOV(2)(Orientadores)


Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
Desde o início da civilização o homem já demonstrava a necessidade de iniciar
hábitos e atividades noturnas. A necessidade de produtos industrializados fez
com que os turnos de trabalho fossem mudando, até chegarmos à grande
reviravolta, onde empresas passaram a operar 24 horas, introduzindo aos seus
processos o turno noturno. Como o ser humano tem suas respostas e
características biológicas basicamente diurnas, existe a necessidade de um
período de adaptação. Consideramos esta adaptação o processo de conciliar
esta atividade ao menor impacto sobre o organismo e a rotina social. Com o
passar do tempo algumas condições e situações apresentadas por estes
trabalhadores apontam para a necessidade de avaliar o impacto do trabalho
noturno na qualidade de vida e na satisfação do trabalhador.

OBJETIVO:
Identificar, analisar e descrever, as conseqüências do trabalho noturno na
saúde e hábitos dos profissionais; o grau de satisfação e os motivos que
mantém o trabalhador no turno noturno.

METODOLOGIA:
Caracteriza-se por estudo de campo, exploratório descritivo, de caráter
quantitativo, em empresas privadas de ramos de atividades metalúrgica e
prestação de serviços, o estudo envolveu também outros profissionais atuantes
da área da saúde envolvidos direta ou indiretamente com cuidados à pacientes,
após aprovação pelo comitê de ética e pesquisa, orientação e assinatura dos
participantes do termo de consentimento livre e esclarecido. Foi aplicado um
questionário com perguntas relacionadas a fatores biológicos, psíquicos e
socioculturais. Os dados quantitativos foram analisados e organizados por
similaridade sendo agrupados pela maior freqüência e apresentados
estatisticamente através de gráficos e tabelas.

RESUMO:
Segundo levantamento realizado, 91% dos profissionais apresentam alterações
significativas à saúde e 9% informam não apresentarem nenhum tipo alteração.
As de maiores incidência foram dores musculares 58,3%, problemas
gastrointestinais, 54,0%; alterações de humor 52,1%; de peso 45,8%; estresse

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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45,8%; ansiedade 31,2%; dentre outros; 77,0% da população referem-se ter


adquirido algum hábito, e 23,0% negam. O consumo de café (66,9%) e
alimentação inadequada (48,8%); foram os de maior relevância, os demais
foram: consumo de cigarros, chá, guaraná, e bebidas alcoólicas. Apesar das
alterações, referem-se estar satisfeitos com sua saúde 75,4%; concentração
75,4% ; disposição fora do turno de trabalho 75,4%; disposição após o sono
diurno 52,8%; vida sexual 77,3%; relacionamento com a família 43 (81,1%),
tempo para lazer 30,2% encontram-se satisfeitos. Apesar das alterações
apresentadas pelos trabalhadores 83,0% dos trabalhadores estão satisfeitos
com seu turno de trabalho e apenas 17,0% não estão satisfeitos. Dos
trabalhadores 42,0% mantém suas atividades profissionais no turno noturno
pelo salário ser maior; 28,0% necessidade de renda extra; outros, por ter o dia
livre; ordem da empresa, adaptação pelo horário, prazer, outras ocupações
diurnas ou falta de opção.
As alterações influenciam na saúde do trabalhador, uma vez que estão
correlacionadas. O estresse é o maior desencadeador das alterações. Há
evidências de que o trabalho noturno e as longas horas de trabalho aumentam
o estresse dos trabalhadores, podendo apresentar dor de cabeça, alteração no
batimento cardíaco, dores de estômago, colite e irritação, conduzindo a um
estado de tensão muscular . A dor crônica está associada à depressão e
ansiedade. Os trabalhadores noturnos têm seus hábitos alimentares alterados
fazendo menos refeições, fazendo lanches fora de hora, contribuindo para uma
quadro de distúrbios gastrointestinais. Doses elevadas de cafeína podem
causar sinais perceptíveis de confusão mental e indução de erros em tarefas,
ansiedade, nervosismo, tremores musculares, taquicardia e zumbido. Os
trabalhadores em turnos noturnos dispõem de menos lazer e momentos
favoráveis à vida familiar e social. Houve contradição entre os resultados, já que
os trabalhadores apontaram estarem satisfeitos com a saúde, porém as
alterações convergem para um quadro de insatisfação. Supõe que o adicional
recebido proporcione satisfação no trabalho pelo fato do trabalhador ter
melhores condições de vida, permitindo com isso atender às suas necessidades
financeiras.

CONCLUSÃO:
Concluímos que os profissionais mostram-se satisfeitos com o turno noturno,
apesar de apresentarem alterações e mudanças de hábitos significativas. Os
trabalhadores mantêm-se no turno de trabalho noturno, devido ao adicional
recebido, e/ou por necessidade de renda extra.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
1. RÉGIS FILHO, Gilsée Ivan. Síndrome de maladaptação do Trabalho em
Turnos. Florianópolis: UFSC, 1998. Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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UNISA - Universidade de Santo Amaro

Graduação em Engenharia da Produção, Universidade Federal de Santa


Catarina, Florianópolis, 1998.

2. SIQUEIRA JUNIOR, Antônio Carlos; SIQUEIRA, Fernanda Paula Cerantola;


GONCALVES, Bárbara Giséla de Oliveira Gôngora. O trabalho noturno e a
qualidade de vida dos profissionais de enfermagem. Reme : Rev. Min. Enferm.,
Belo Horizonte v.10, n.1, 2006.

3. ROTENBERG, Lúcia et al . Gênero e trabalho noturno: sono, cotidiano e


vivências de quem troca a noite pelo dia. Cad. Saúde Pública , Rio de Janeiro,
v. 17, n. 3, 2001 .

________________________________________________________________
¹ Graduanda do 4º ano da Faculdade de Enfermagem da Universidade de Santo
Amaro.
² Mestre em Enfermagem, docente da Disciplina Saúde do Adulto da Faculdade
de Enfermagem da Universidade de Santo Amaro.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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O JOGO NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM E


DESENVOLVIMENTO EM CRIANÇAS DE 3 A 6 ANOS
RENATA SILVEIRA(1)

CLAUDIA STEFANINI(2)(Orientadores)
Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
O JOGO NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO EM
CRIANÇAS DE 3 A 6 ANOS

Autores:
Nivaldo Martins Junior – Educação Física
Paulo Leandro de Andrade Silva – Educação Física
Renata Silveira – Educação Física

Professora Orientadora: Profª. Ms. Claudia Stefanini – Educação Física

Introdução: Os jogos infantis representam um papel relevante no que se refere


às atividades cotidianas das crianças, fazem parte do patrimônio cultural e
traduzem costumes, ensinamentos e formas de pensamentos, seu valor é
inestimável e constituem para cada indivíduo, cada grupo, cada geração, uma
história de vida. O jogo instaura na criança o sentido de tarefa, bem como o
amor à ordem e também a introduz no processo de socialização, é um momento
de divertimento, onde as crianças “podem se expressar, descarregar energias,
agressividade, interagir com outras crianças, se desenvolver e aprender”.
FRIEDMANN (1996, p.14). Sabe-se, também, o valor do jogo como “atividade
prazerosa e mais indicada para satisfazer a necessidade de movimento de que
a criança tem em grande potencial e também por oferecer inúmeras
possibilidades educacionais”. (RODRIGUES, 1997). Segundo Brasil (1998), o
desenvolvimento da criança acontece através do lúdico. Ela precisa brincar ter
prazer e alegria para crescer, precisa do jogo como forma de equilíbrio entre ela
e o mundo, portanto, a atividade lúdica deverá ser uma forma de fazer com que
a criança tenha um desenvolvimento completo. Sendo assim o jogo representa
um papel fundamental no desenvolvimento e na aprendizagem infantil, visto é
uma atividade própria da infância podendo se desenvolver de maneira individual
ou coletiva, contribuindo dessa forma com o crescimento pessoal, pois quando
a criança brinca ou participa de jogos, realiza espontaneamente, diversas
aprendizagens.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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UNISA - Universidade de Santo Amaro

OBJETIVO:
Essa pesquisa tem como objetivo refletir e analisar sobre a influência do jogo no
processo de desenvolvimento e aprendizagem da criança de 3 a 6 anos,
valorizando o jogo como um recurso pedagógico que contribui para a formação
integral da criança, mudando a idéia de utilizar o jogo, apenas como ocupação
da criança em horários livres.

METODOLOGIA:
O estudo realizou-se por meio de pesquisa indireta, utilizando-se a técnica de
fichamento bibliográfico, análise textual, temática e interpretativa.

RESUMO:
Após a técnica realizada, discutiram-se os aspectos do desenvolvimento e
aprendizagem que são beneficiados pelos jogos. Verificou-se que jogos infantis,
quando aplicados nas aulas de educação física, proporcionam benefícios em
todas as dimensões humanas, nos aspectos físico, motor, cognitivo, social e
afetivo. No cognitivo, com significações, regras, raciocínio; no motor com o
autocontrole da musculatura, coordenação motora entre outros e no sócio-
afetivo com a integração, sociabilização e também inibe o egocentrismo que é
comum nesta etapa do desenvolvimento.

CONCLUSÃO:
Pode-se considerar que o jogo tem papel fundamental na vida da criança, tanto
no aspecto educacional como no aspecto social, sendo assim, é o principal
aliado para a formação integral da criança, principalmente na fase pré-escolar
onde a atividade mais freqüente na vida da criança é o jogo, estando ele assim
inserido na sua realidade e cotidiano. Portanto cabe ao professor de Educação
Física fazer dele um instrumento de ensino na Educação Física pré-escolar,
pois através do jogo a criança se desenvolve integralmente.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretária de Educação
Básica. Referencial Curricular Nacional Para a Educação Infantil. Brasília: MEC,
1998. FRIEDMANN, A. Brincar: crescer e aprender – O resgate do jogo infantil.
São Paulo: Moderna, 1996
RODRIGUES, M. Manual teórico-prático de educação física infantil. São Paulo:
Ícone, 1997.

________________________________________________________________
Palavras-chaves: Educação Infantil; Educação Física; desenvolvimento humano

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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O PAPEL DA DIVERSIDADE DE CONTEÚDOS NA EDUCAÇÃO


FÍSICA PARA A APRENDIZAGEM NO ENSINO FUNDAMENTAL I.
IVANA CRISTINA ROQUE(1), LUCINEIDE RODRIGUES DE FREITAS(2), ILDEANA
ALMEIDA DE ARAUJO(3)

DENISE CRISTINA C MARCHESONI(4)(Orientadores)


Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
Este estudo busca demonstrar que a Educação Física e os mais variados
conteúdos que a ela pertencem, podem ser um instrumento de grande valia na
formação integral do indivíduo, quando explorados adequadamente. Para tal,
apresentamos vários conceitos de aprendizagem cujos autores enfatizam que
os conteúdos são caminhos a serem percorridos em busca da construção do
conhecimento. Os conteúdos de ensino foram conceituados e categorizados,
além disso, foram apresentados seus critérios de seleção; suas divisões em
blocos específicos da Educação Física, de acordo com os Parâmetros
Curriculares Nacionais, que também indicam os Temas Transversais como
ferramentas colaboradoras para aprendizagem reflexiva que educa para
cidadania e autonomia. Descrevemos algumas características dos educandos
em questão e apresentamos as necessidades a serem trabalhadas nesta faixa
etária específica. Abordaremos a ação docente nestes ciclos para que a
aprendizagem seja favorecida, levando em consideração a diversidade de
conteúdos e sua aplicação; a importância da mediação na relação professor-
aluno foi constantemente ressaltada.

OBJETIVO:
Demonstrar o papel da diversidade dos conteúdos da Educação Física para que
a aprendizagem ocorra de forma significativa, a fim de contribuir na formação de
cidadãos atuantes, críticos e autônomos tendo como foco o Ensino
Fundamental I.

METODOLOGIA:
Neste estudo foi utilizada a metodologia indireta, por meio de consultas a
literaturas publicadas resultantes de várias áreas do conhecimento; e utilizadas
às técnicas de análise textual; temática e interpretativa.

RESUMO:
Sabe-se que atualmente em muitas escolas, as aulas de Educação Física
restringem-se a algumas modalidades esportivas como o futebol, por exemplo,
e a monocultura no âmbito escolar não contribui para promoção satisfatória do
desenvolvimento afetivo, cognitivo, social e motor. Sobre essa questão, é

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

450
UNISA - Universidade de Santo Amaro

fundamental a necessidade de que ocorram mudanças qualitativas substanciais


na seleção e aplicação dos conteúdos, e para isso alternativas devem ser
buscadas e concretizadas no cotidiano das práticas docentes. Para tanto,
algumas ações neste sentido foram pesquisadas em obras de extrema
importância para o universo educacional, mais especificamente no campo da
Educação Física Escolar, tendo como referência os Parâmetros Curriculares
Nacionais.

CONCLUSÃO:
Diante desta realidade, e após todo trabalho de pesquisa realizado fica
evidenciado que o indivíduo é um ser holístico e não compartimentado, por isso
deve ser tratado como um todo e as experiências vividas por ele na escola
devem estimulá-lo para que todos os aspectos próprios do ser humano sejam
desenvolvidos. Logo, o professor através da mediação entre os conteúdos e o
educando em processo de formação, é o “agente estimulador” desse
desenvolvimento, que deve acontecer não com a finalidade única das práticas
escolares, mas também para que seja transcrito e aplicado em diversas
situações de vida. Como a Educação Física também contribui para a formação
e cidadania, é importante que o educando tenha acesso a diversas experiências
e culturas corporais; não somente a proposta do movimento com fim em si
mesmo, mas sim de educar pelo movimento, ou seja, não ensinar o jogo com o
único objetivo de jogar, mas sim de incorporar as atitudes de respeito,
reconhecimento do outro, solidariedade, determinação e auto-estima para que
estas sejam exercidas no convívio social. Portanto, destacamos a importância
da diversidade de conteúdos na Educação Física para a aprendizagem no
Ensino Fundamental I; principalmente porque é o período onde as bases motriz,
psicossocial e cognitiva estão se desenvolvendo com maior potencialidade,
proporcionando assim, experiências motoras ricas e variadas que capacitarão o
educando desta faixa etária na resolução de problemas e desafios ao longo de
sua vida.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
SEVERINO, A. J. Metodologia do Trabalho Científico. 22ª ed. São Paulo:
Editora Cortez, 2002.

FREIRE, J.B. Educação de Corpo Inteiro: Teoria e Pratica da Educação Física.


São Paulo: Scipione, 1997.

MAGILL, R.A. Aprendizagem Motora: Conceitos e Aplicações. São Paulo:


Edgard Blücher LTDA, 1984.

________________________________________________________________

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

451
UNISA - Universidade de Santo Amaro

Trabalho de Conclusão de Curso - TCC

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

452
UNISA - Universidade de Santo Amaro

O segredo Profissional e a enfermagem


JEFERSON ANDREWS PARNAIBA MACEDO(1)

JOSENALDO PEREIRA DA SILVA(2)(Orientadores)


Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
Os seres humanos necessitam estabelecer uma relação de confiança entre si,
sendo o sigilo a forma utilizada para manter uma informação confidencial que,
se for tornada pública, pode denegrir ou causar dano, material ou moral, o
segredo profissional no contexto da enfermagem, o conteúdo do segredo seria
aquilo que se refere ao paciente, à família, aos funcionários sob sua supervisão,
à empresa ou campo de atividade e não deve ser exposto aos outros.
Confidencialidade vem a ser o principio ético de guardar de uma informação, no
caso, o segredo profissional.
Acreditamos que o tema é pouco discutido na academia, sobre o assunto,
motivo pelo qual é de grande valia destacar a importância do tema para a
pesquisa científica em enfermagem.

OBJETIVO:
Identificar quantos artigos publicados em periódicos indexados nacionais e
internacionais nos últimos 10 anos tratam do segredo profissional e deste em
enfermagem especificamente, qual o tipo de artigo publicado e qual a
metodologia utilizada nos artigos referentes ao assunto em enfermagem.

METODOLOGIA:
Trata-se de um estudo exploratório e descritivo, de abordagem quantitativa que
objetiva descrever a produção científica sobre o segredo profissional em geral e
na enfermagem em particular por meio de resumos de artigos científicos
publicados, nos últimos 10 anos, em mídia eletrônica, cujos dados foram
coletados de 01/ 01/ 08 à 01/ 03/ 08.

RESUMO:
Foram encontrados 1246 citações nas bases de dados estudadas, sendo
selecionados 111 resumos de artigos publicados nos últimos 10 anos, destes
setenta e sete resumos dos artigos tratam do segredo/sigilo profissional e
apenas dez abordam o segredo profissional em enfermagem, sendo que

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

453
UNISA - Universidade de Santo Amaro

destes, apenas um artigo é uma pesquisa de campo (artigo original) sobre o


tema e este artigo aborda o assunto sob a ótica qualitativa.
Percebemos pela análise global dos dados deste estudo, que dentre os
resumos dos artigos publicados, a maior parte destes abordam o assunto sob a
ótica qualitativa, ou não utilizam uma abordagem metodológica específica por
serem artigos de relatos de experiência e de reflexões sobre o assunto, isso
pode explicar-se também pela natureza do assunto, o segredo profissional que
por si mesmo, desperta discussões e reflexões que não podem ser contidos em
uma forma numérica ou em um dado estatístico (MINAYO, 2000).

CONCLUSÃO:
Por Meio dos dados coletados neste estudo, podemos concluir que:
Foram encontrados 1246 citações nas bases de dados estudadas, sendo
selecionados 111 (8,83% do total de citações) resumos de artigos publicados,
que atendiam aos critérios de inclusão para este estudo, publicados nos últimos
10 anos.
Dentre os cento e onze (100%) resumos dos artigos publicados em periódicos
indexados nacionais e internacionais que foram selecionados para este estudo,
setenta e sete (69,37%) resumos dos artigos tratam do segredo/sigilo
profissional.
Dos setenta e sete (100% dos referentes ao tema) resumos de artigos
analisados que abordam o segredo profissional, 67 artigos (87,01%), diz
respeito ao segredo/sigilo profissional em outras disciplinas da área da saúde.
Dos setenta e sete (100% dos referentes ao tema) resumos de artigos
analisados que abordam o segredo profissional, apenas dez (12,99%) abordam
o segredo profissional em enfermagem.
Dentre os dez resumos dos artigos que tratam do segredo profissional em
enfermagem, um artigo é uma revisão bibliográfica sobre o assunto, quatro são
relatos de experiência sobre o tema proposto e quatro são reflexões, ensaios e
discussões sobre o segredo/sigilo profissional em enfermagem.
Dentre os dez resumos de artigos utilizados no presente estudo que tratam do
segredo profissional de enfermagem, apenas um artigo é uma pesquisa de
campo (artigo original) sobre o tema e este artigo aborda o assunto sob a ótica
qualitativa.
Falar sobre segredo profissional em enfermagem é depararmo-nos com
questões que envolvem sentimentos, crenças, valores e ética profissional, fatos
estes que não são possíveis de serem abordados sob a ótica quantitativa,
todavia, o presente estudo teve por finalidade demonstrar como se encontra
atualmente a produção científica sobre o tema, de forma geral, e em
enfermagem particularmente, partindo da análise de resumos de artigos

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

454
UNISA - Universidade de Santo Amaro

publicados em periódicos nacionais e internacionais indexados.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
FONTINELE, J; KLINGER. Ética e bioética em enfermagem. 2 ed. Goiânia, AB
editora, 2002. cap 3. Analise critica sobre documentos de ética, bioética e
legislação pertinente. P.17-144.
OGUISSO,T; SCHMIDT, M. J. O Exercício da Enfermagem: uma abordagem
ético-legal. São Paulo, LTR, 1999. cap.3. Aspectos ético-legais na pesquisa em
enfermagem.
POLIT, D.F; HUNGLER, B.P. Fundamentos da pesquisa em enfermagem. 4. ed.
Porto Alegre, Artes Médicas, 2004

________________________________________________________________
Estudante jeferson andrews parnaiba macedo, graduando em Enfermagem do
8º semestre da UNISA.

Orientador Enfermeiro Josenaldo Pereira da Silva, professor Assistente da


disciplina Enfermagem psiquiátrica da universidade de Santo Amaro. Mestre em
Enfermagem. Professor Adjunto da Faculdade de Enfermagem da UNISA

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

455
UNISA - Universidade de Santo Amaro

O USO DE TERAPIAS COMPLEMENTARES PELO


PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM NO SUPORTE INTRAPARTO -
UMA ALTERNATIVA PARA ALÍVIO DA DOR NO TRABALHO DE
PARTO
VANESSA DAUDT DA SILVA(1)

EGLE DE LOURDES FONTES J OKAZAKI(2)(Orientadores)


Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
Este estudo aborda a efetividade do uso de terapias alternativas no trabalho
de parto, que é um acontecimento natural extraordinário, porém com o passar
dos anos tornou-se um procedimento hospitalar, muito temido pela grande
maioria das mulheres.
Com a finalidade de minimizar esse sentimento de medo e ansiedade da
parturiente que causam um ciclo de medo, tensão e dor, a equipe de saúde
pode utilizar as terapias alternativas ou também chamadas de terapias
complementares. Para tal, a equipe de saúde deve compreender e empregar a
dinâmica da humanização e ter visão holística quanto ao processo de
parturição.
E ao utilizar terapias alternativas o profissional estabelece e proporciona à
parturiente, vínculo, respeito, conforto, alívio, segurança e a visualiza como “um
todo”, fazendo uso o todo o tempo da humanização.
Portanto, diante da resolução COFEN – 197 (COFEN, 1997), que estabelece e
reconhece as terapias alternativas como especialidade e/ou qualificação do
profissional de enfermagem (Anexo 1), vemos a necessidade de conhecimento
e/ou aperfeiçoamento do profissional de enfermagem sobre as terapias
alternativas e sua utilização como promoção ou intervenção nos pacientes.

OBJETIVO:
Com o objetivo de verificar os efeitos de terapias alternativas para dar suporte
à parturiente e aliviar a dor no trabalho de parto, realizamos um estudo sobre os
efeitos do uso da hipnose, toque terapêutico, acupuntura, eletro estimulação,
florais, respiração/relaxamento, deambulação/movimentação/posição,
musicoterapia, aromaterapia e hidroterapia.

METODOLOGIA:
Trata-se de pesquisa de revisão bibliográfica nas bases de dados Scielo,
Lilacs, Medline, Cochrane, Bdenf, Pubmed e livros didáticos, utilizando as
seguintes palavras chave: trabalho de parto, terapias alternativas e terapias
complementares no trabalho de parto. Foram selecionados periódicos nacionais

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

456
UNISA - Universidade de Santo Amaro

e internacionais com publicação entre os anos de 1985 a 2008. Pesquisamos


220 artigos, e desses foram excluídos 187 por incompatibilidade com o tema da
pesquisa, consultados dez livros, selecionados cinco que apresentam
relevância ao estudo.

RESUMO:
Em geral os efeitos do uso das terapias alternativas no trabalho de parto
ocasionam: participação mais intensa da parturiente no processo de parturição
aumento da atividade uterina, relaxamento da pélvis, diminuição do índice de
partos operatórios, postergação do uso de drogas analgésicas e anestésicas,
diminuição do tempo do trabalho de parto, diminuição da dor, relaxamento,
conforto, reduz o estresse e ansiedade, leva ao equilíbrio, oportuniza uma
interação mais próxima com o parceiro da parturiente e com os provedores do
cuidado e pode ser utilizada em conjunto com outros tratamentos.

CONCLUSÃO:
Constatamos que há uma enorme variedade de terapias alternativas que
podem ser utilizadas no trabalho de parto, seus efeitos são excelentes tanto
emocionalmente como fisicamente, porém há pouca pesquisa brasileira sobre o
tema, assim como há poucas instituições disponibilizando a qualificação.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
BIO, Eliane; et al. Intervenção fisioterapêutica no trabalho de parto. Femina. vol.
33 n. 10, p. 783-787, São Paulo out, 2005.

BRASIL. Conselho Federal de Enfermagem. Resolução 197/1997. Estabelece e


reconhece as Terapias Alternativas como especialidade e/ou qualificação do
profissional de enfermagem. Disponível em:
http://www.portalcofen.gov.br/2007/materias.asp?ArticleID=7041§ionID=34.
Acesso em: 02 maio, 2008.

TSUCHIYA, Kátia Kaori; NASCIMENTO, Jesus Maria de Pereira do. Terapias


Complementares –uma proposta para atuação do enfermeiro. Acta Paul. Enf
São Paulo, 2002.

________________________________________________________________
Sem notas de rodapé.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

457
UNISA - Universidade de Santo Amaro

O vinculo e a recuperação do recém-nascido prematuro


hospitalizado:Intervenção de Enfermagem
RENATA RAMOS DA SILVA(1)

MARIA DE JESUS PEREIRA DO NASCIMENTO(2)(Orientadores)


Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
INTRODUÇÃO
A assistência aos pais e a participação da família nos cuidados hospitalares
desses neonatos têm sido prioridade nos serviços de neonatologia. O longo
período de internação aumenta o estresse da mãe e família, o que pode
prejudicar o estabelecimento do vínculo e o apego gerando desordens no
relacionamento futuro de ambos.
A mãe espera ansiosa, durante nove meses, a chegada do bebê mas, se este
prazo é antecipado e a criança chega antes, isso já é visto como um foco de
preocupação para os pais, médico e equipe de Enfermagem; a separação do
bebê de seus pais após o nascimento, devido a alguma patologia, representa
um momento conflituoso que gera alterações no seu cotidiano e traz
sentimentos de angustia, dúvidas, medo e dificuldade para aceitar a condição e
a internação do seu filho na UTI Neonatal.
As estatísticas de morbimortalidade e os fatores de risco no desenvolvimento
desses recém-nascidos, principalmente os que sofrem de desafeto mãe-filho,
justificam a necessidade de intervenções hospitalares sistematizadas, dirigidas
ao vinculo afetivo familiar, além do treinamento para o cuidado materno
domiciliar do recém-nascido.

OBJETIVO:
OBJETIVOS
(1) Conhecer o processo de desenvolvimento do vínculo entre pais e filhos e (2)
descrever as intervenções de enfermagem que possam incentivá-lo.

METODOLOGIA:
METODO
Estudo do tipo revisão de literatura, tendo como fonte de dados materiais
indexados nas bases de dados LILACS, MEDLINE e SciELO. e por meio de
acervo bibliográfico individual. Os descritores utilizados foram: vínculo;
humanização; recém-nascido prematuro; cuidados de enfermagem e
enfermagem neonatal.
Foi realizada uma leitura preliminar objetivando o foco de interesse da

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

458
UNISA - Universidade de Santo Amaro

pesquisa; posteriormente foi feita leitura seletiva com a finalidade de ordenar


informações e identificar a sua relação com o objeto da pesquisa. Foram
utilizados um total de 10 documentos que abrangeram o período de 20 anos.

RESUMO:
RESULTADOS
O estabelecimento e a manutenção do vínculo durante a hospitalização é
fundamental para promover o cuidado da família ao bebê. O vinculo inicia-se
antes da confirmação da gestação. Ao observar – mos uma mulher
amamentando somos testemunhas de múltiplas interações entre elas: O toque
que aproxima a mãe e o bebê, sendo capaz de transmitir mais afeto, carinho e
segurança; O contato olho a olho pois o bebê enxerga a uma distância de 35
centímetros já ao nascimento, e na amamentação a distância entre o rosto
materno e os olhos do bebê é a ideal; A voz materna que pode ser
descriminada pelo bebê desde o nascimento. As intervenções propostas para
estabelecer o contato dos pais com o bebê são: o acompanhamento da
enfermagem durante a primeira visita dos pais quando pode ser explicado todos
equipamentos envolvidos no cuidado do bebê, fazendo com que os pais tenham
mais segurança e sintam-se parte do tratamento; identificação do leito com o
nome do bebê, o que possibilita a proximidade entre eles promovendo maior
aceitação do bebê real; incentivar o toque que faz parte do mecanismo de
apego; o contato pele a pele assim que o recém-nascido esteja estável,
possibilitando o afeiçoamento entre pais e bebê e o contato visual que transmite
sentimento de amor e carinho; o aleitamento materno que possibilita a
sensação de fazer parte do time; encontro entre pais com reuniões semanais,
permitindo trocas de experiências; visita dos avós, colaborando com a interação
familiar e a avaliação contínua da interação dos pais com o bebê.

CONCLUSÃO:
CONCLUSÕES
Este estudo apresenta aspectos que podem promover o vínculo entre
pais/família/bebê objetivando a recuperação do recém-nascido. Para tanto,
acredita-se ainda ser necessária a implementação da humanização da
assistência na UTIN, onde se possa prestar um cuidado singular e integral.
Para que a assistência ao recém-nascido seja de qualidade a enfermagem não
deve se deter apenas no atendimento das necessidades fisiológicas do recém-
nascido, mas também às necessidades emocionais, tanto dele como da sua
família.
A enfermagem deverá estar sempre presente interagindo com o recém-nascido

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

459
UNISA - Universidade de Santo Amaro

e seus familiares, promovendo o desenvolvimento do vínculo que é de vital


importância para o crescimento e desenvolvimento saudável do bebê.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. Scochi CGS, Kokuday MLP, Reis MJS, Rossanez LSS, Fonseca LMM, Leite
AM. Incentivando o vinculo mãe-filho em situação de prematuridade: as
intervenções de enfermagem no Hospital das Clinicas de Ribeirão Preto. Rev.
Latino- Am. Enfermagem Ribeirão Preto. Julho/Agosto 2003; 11 (4): 539-543.

2. Reichert APS, Lins RNP, Collet N. Humanização do cuidado da UTI Neonatal.


Revista eletrônica de Enfermagem, 2007; 9(01): 200-213.

3. Rego JD. Aleitamento Materno – Um guia para pais e familiares. São Paulo:
Atheneu. 2002, Capitulo 17.

________________________________________________________________
*Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação da Faculdade de Enfermagem
da Universidade de Santo Amaro.
**Acadêmica do 4º ano do Curso de Graduação da Faculdade de Enfermagem
da Universidade de Santo Amaro.
E-mail: renatynharamos_84@hotmail.com Autor Correspondente: Renata
Ramos da Silva. Rua: Jose Flavio Pereira, 146. Pedreira. CEP 04474-220. São
Paulo. SP
***Doutora em Enfermagem Materno e Infantil. Professora da Faculdade de
Enfermagem da Universidade de Santo Amaro. Coren –SP 3027. E-mail:
masusi@uol.com.br

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

460
UNISA - Universidade de Santo Amaro

Opnião dos Estudantes de medicina de uma Universidade da


Zona Sul da cidade de São Paulo em relação ao uso de células
tronco de embriões humanos em experimentos e pesquisas
científicas
RODRIGO BATISTA ROCHA(1), LUIZ FERNANDO SANTINI DI SESSA(2), RAFAEL
SILVA MESCHIATTI(3), MARIA HELENA LOPES AMIGO(4)

MARCO SEGRE(5)(Orientadores)
Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
INTRODUÇÃO: Pesquisas com células-tronco adultas extraídas do sangue do
cordão umbilical e da medula óssea iniciaram-se a partir da década de 80
quando se observou que o caráter indiferenciado destas células possibilitaria a
regeneração de tecidos e mesmo de órgãos, favorecendo a descoberta de cura
de doenças degenerativas e melhoria da qualidade de vida de pacientes. Por
outro lado, surgiu a discussão ética quanto à possibilidade de utilização de
células-tronco de embriões ou com as técnicas de clonagem, questionando o
respeito à vida humana. A polêmica passa também pela preocupação de que a
utilização dessas técnicas possa levar a uma "desumanização" com dano
irreparável ao respeito à vida. Decorrente dessa preocupação os autores
propuseram a realização desse estudo a fim de discutir aspectos bioético sobre
o tema.Decorrente do grande avanço tecnológico e científico cada vez mais se
discute o uso das células tronco em pesquisas e a finalidade da sua utilização.

OBJETIVO:
OBJETIVO: Conhecer a opinião dos estudantes de Medicina de uma
Universidade da Zona Sul da cidade de São Paulo sobre a utilização de células
tronco de embriões humanos em experimentos e pesquisas científicas e
promover uma discussão baseada em princípios éticos sobre o assunto.

METODOLOGIA:
MÉTODOS: Após a aprovação pelo Comitê de Ética da Universidade de Santo
Amaro-UNISA iniciou-se um estudo epidemiológico transversal com amostra
aleatória 110 acadêmicos de medicina. O instrumento do estudo foi
questionários autoexplicativos e autopreenchíveis com perguntas objetivas em
relação ao tema. A coleta de dados foi realizada entre os meses de Fevereiro a
Junho de 2008. Para entrada dos dados, comparação de digitações utilizou-se
o programa Epi-info 6.02.

RESUMO:

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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UNISA - Universidade de Santo Amaro

Responderam ao questionário 110 acadêmicos de medicina. Em relação a uso


de células tronco de embriões humanos em pesquisas, 93% dos estudantes
mostraram-se a favor, e 3% contra; 17% dos acadêmicos acreditam que
utilização de células tronco em experimentos e pesquisas científicas seja muito
praticada, 47% acreditam ser razoavelmente praticada e 36% acreditam que
seja pouco praticada; 73% acreditam que uso das células tronco promoveriam
cura de doenças e 27% que melhoraria a qualidade de vida de pacientes; 99%
acreditam ser importante uma discussão bioética sobre o tema. 98% acreditam
ser importante o consentimento de familiares para a utilização das células. 50%
dos acadêmicos acreditam que o uso de células tronco de embriões humanos
pode vir a tornar-se uma indústria de embriões e 50% discordam dessa
afirmação; 95% acreditam que o uso de células tronco de embriões humanos
em experimentos e pesquisas científicas promoveria a sociedade mais
benefícios do que malefícios.
Discussão: Decorrente do grande avanço tecnológico e científico cada vez
mais se discute o uso das células tronco em pesquisas e a finalidade da sua
utilização. Os estudantes que responderam ao questionário são estudantes de
medicina no qual apresentam uma discussão baseada em princípios bioéticos
desde o primeiro ano até o quinto ano da faculdade. Os estudantes mostraram-
se a favor da utilização das células e a grande maioria acredita ser importante à
discussão bioética sobre o tema, isso reflete a importância de uma faculdade
apresentar discussões desde o primeiro ano sobre temas polêmicos como esse.
Os estudantes acreditam ser importante pedir o consentimento aos familiares,
isso reflete também em discussões éticas praticadas com os estudantes. Outro
aspecto interessante é observar a opinião formada dos estudantes sobre um
tema atual e polêmico como este, refletindo também as discussões existentes
no curso de bioética.

CONCLUSÃO:
Dessa forma, conclui-se que as maiorias dos estudantes mostraram-se a favor
em relação ao uso de células tronco de embriões humanos em pesquisas
científicas e que essa prática pode promover cura de determinadas doenças.
Metade dos estudantes acreditam que essa prática possa vir a tornar-se uma
indústria de embriões humanos e outra metade discorda. Os estudantes
também consideram importante uma discussão bioética sobre o assunto
acreditam necessário o consentimento dos familiares quanto ao uso das células
dos embriões humanos, e acreditam que o uso de células tronco de embriões
humanos promoveria mais benefícios a sociedade do que malefícios.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
Referências Bibliográficas
1. A ética, a bioética e os procedimentos com células-tronco / Fethics, bioetics

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

462
UNISA - Universidade de Santo Amaro

and procedures with trunk cells.Capturado em 18/02/2007. REBLAMPA Rev.


bras. latinoam. marcapasso arritmia;19(2):105-109, abr.-jun. 2006.
2. Clonagem e células-tronco / Cloning and stem cells. Estud. av;18(51):247-
256, 2004. ilus.Capturado em 18/02/2007.
3. Embriaes, células-tronco e terapias celulares: questões filosóficas e
antropológicas / Embryo, cells and cells therapy. Estud. av;18(51):227-245,
2004.

________________________________________________________________
1. O presente trabalho foi realizado com o auxilio de Bolsa de Iniciação
científica fornecida pela UNISA.
2. Acadêmicos da Faculdade de Medicina da Universidade de Santo Amaro.
3. Professor Doutor Titular da Disciplina de Ëtica Médica da Faculdade de
Medicina da Universidade de Santo Amaro.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

463
UNISA - Universidade de Santo Amaro

ORIENTAÇÕES DA ENFERMAGEM PARA A FAMÍLIA DO RECÉM-


NASCIDO PREMATURO HOSPITALIZADO
PRISCILA FERREIRA DOURADO LAURINDO DE ALCANTARA(1)

DEBORA CRISTINA SILVA POPOV(2)(Orientadores)


Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
A mortalidade neonatal é uma preocupação de saúde pública no Município de
São Paulo, já que predomina como o maior coeficiente de mortalidade infantil.
Um dos principais fatores é a prematuridade. O objetivo dos cuidados aos
recém nascidos, nas Unidades de Cuidados Neonatais (UCN) não é somente
dar alta a uma criança, mas também, proporcionar a capacitação e o
amadurecimento emocional da família para receber esse bebê após a alta. (1)
O treinamento da família para o cuidado domiciliar do bebê se dá durante toda
a internação do prematuro procurando-se desenvolver habilidades e aquisição
de conhecimentos específicos para esse cuidado, e não somente no momento
da alta, quando há ansiedade e medo por parte dos pais. Acreditamos que o
enfermeiro é o membro da equipe ideal para assumir o papel no planejamento
da alta. (2) A região sul possui o maior índice da população e nascidos vivos do
Município de São Paulo, bem como, a maior mortalidade infantil, conforme
Boletim CEInfo07/2007. (3)

OBJETIVO:
Diante deste contexto, definimos os seguintes objetivos para o estudo:
Identificar quem é o profissional que orienta os familiares de prematuros
nascidos, sobre os cuidados; identificar em qual momento da hospitalização são
dadas as orientações; e descrever quais orientações são realizadas.

METODOLOGIA:
Foi um estudo descritivo exploratório de abordagem quantitativa. Foi aplicado
questionário para mães e funcionários de três hospitais públicos na região sul
do Município de São Paulo: Hospital Geral do Grajaú- HGG, Hospital Geral da
Pedreira- HGP e Hospital Regional Sul- HRS, vinculados ao Sistema Único de
Saúde (SUS). A população estudada foi constituída por 59 profissionais da
enfermagem, e 25 mães responsáveis pelo recém-nascido prematuro, que
concordaram em participar do estuda após a assinatura do termo de
consentimento esclarecido.

RESUMO:
De acordo com as respostas dos responsáveis temos que os profissionais mais

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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UNISA - Universidade de Santo Amaro

citados como veículos da informação foram: médico, enfermeiro e auxiliar


enfermagem (20%), médico e enfermeiro (20%) ou enfermeiro (20%). Quanto
ao momento no qual são realizadas as orientações temos: todos os dias (80%),
na alta (12%),e quando surgiam dúvidas (8%). Quanto às orientações
realizadas tivemos: contato físico mãe-bebê (80%), alimentação (88%), higiene
(84%), interação com bebê durante a hospitalização (88%), sono e repouso
(48%), temperatura corporal (80%), exposição solar (24%), desenvolvimento do
bebê (36%), medicações a serem utilizadas (80%). De acordo com os
profissionais de enfermagem temos que as orientações foram dadas pelos
enfermeiros (50%) e medico e enfermeiro (19,6%); 52,34% de auxiliares
responderam medico,enfermeiro e auxiliar. Quanto ao período no qual ocorrem
as orientações 75% dos enfermeiros e 88,24% dos auxiliares responde “todos
os dias”; 25% dos enfermeiros e 3,92% dos auxiliares dizem “quando
necessário” e 7,84% dos auxiliares disseram “apenas no dia da alta”. As
principais orientações foram: higiene (100%); sono (62,50%); 100% dos
enfermeiros e 98,04% dos auxiliares falam sobre o vinculo materno/paterno; a
alimentação 87,50% dos enfermeiros e 98,04% dos auxiliares orientam a
amamentação exclusiva até o seis mês de vida; temperatura corpórea 62,50%
dos enfermeiros e 80,39% dos auxiliares; medicações 62,50% dos enfermeiros
e 84,31% dos auxiliares; estimulo e desenvolvimento do bebê, 75% dos
enfermeiros e 76,47% dos auxiliares; exposição ao sol 50% dos enfermeiros e
49,02% dos auxiliares orientam. Ao analisarmos os dados, podemos observar
que as orientações da equipe de enfermagem são realizadas desde o momento
que a criança é admitida na unidade de UTI neonatal. Porém, foi possível
perceber que as orientações são feitas no período de hospitalização e de
maneira informal, que se torna um desafio para o enfermeiro, tentar padronizar
as orientações de modo que todos os pais sejam orientados de maneira
uniforme.

CONCLUSÃO:
O estudo nos mostra que existe um envolvimento da equipe de enfermagem no
preparo dos pais dos recém-nascidos prematuros, e que cada membro da
equipe procura orientar e esclarecer os cuidados necessários para o
desenvolvimento do RN prematuro capacitando os pais a prestarem cuidados
ao seu filho para quando forem para casa, proporcionando maior confiança para
a alta hospitalar. Com este estudo certificamos que a enfermagem está atenta
as necessidades dos recém-nascidos prematuros, buscando aperfeiçoar a sua
missão que é o cuidar e educar.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
1.Gaíva MAM, Neves QA, Silveira AO,Siqueira FMG.A alta em Unidades de
Cuidados Intensivos Neonatais:Perspectiva da equipe de saúde e de

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

465
UNISA - Universidade de Santo Amaro

familiares.Rev Min Enf2006; 10(4):387-392.


2.Tamez RN,Silva MJP. Enfermagem na UTI Neonatal:assistência ao recém-
nascido de alto risco.Rio de Janeiro:Guanabara Koogan;1999.
3.Boletim CEInfo em dados 07-07. Acesso em:12mar.2008.Disponível em:
http://www.portal.prefeitura.sp.gov.br/secretarias/saude.

________________________________________________________________
1Enfermeira Mestre em Enfermagem.Professora Assistente em Enfermagem –
Faculdade de Enfermagem da Universidade de Santo Amaro – UNISA.
2Aluna do curso de graduação em enfermagem da Faculdade de Enfermagem
– UNISA. Correspondência: Av.Leblon, 80- veleiros. 04771-050. São Paulo.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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OS BENEFÍCIOS DA MÚSICA NA PRÁTICA DE ENFERMAGEM


GABRIELA PEREIRA SÁ(1)

CLAUDIA POLUBRIAGINOF(2)(Orientadores)
Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
A música é utilizada para o tratamento dos doentes, desde os primórdios da
humanidade, pois os povos primitivos utilizavam músicas cerimoniais a fim de
apaziguar o espírito responsável pela enfermidade. Gregos e romanos
acreditavam na harmonia do corpo e da alma através da música (1) .
Florence Nightingale já mencionava o uso da música no cuidado a saúde há
quase 150 anos. Sendo que nos últimos anos o interesse da enfermagem pela
música como recurso no cuidado tem aumentado e pode ser constado nos
estudos que apontam suas diversas contribuições ao cliente, a exemplo de
trazer conforto, diminuir a dor, a ansiedade, tornando o cuidado mais
humanizado.
A música como cuidado é uma atividade que pode ser exercida por qualquer
profissional da saúde interessado em proporcionar, além dos cuidados
baseados no seu próprio conhecimento técnico específico, o acolhimento, o
conforto e aconchego ao trazer para o cliente o cuidado em forma de música
que lhe proporciona prazer e segurança contribuindo para o equilíbrio de sua
saúde (2).
Esta pesquisa tem por objetivo demonstrar os benefícios da música na
assistência de enfermagem, fazendo com que os profissionais conheçam a
importância deste instrumento e o utilizem em sua prática assistencial diária.

OBJETIVO:
Identificar os benefícios da música na assistência de enfermagem;

METODOLOGIA:
Trata-se de um estudo de revisão bibliográfica que teve por objetivo descrever
os benefícios da música na prática de enfermagem. A fonte de dados
considerou as seguintes bases bibliográficas: LILACS, BDENF, SCIELO,
usando-se como expressão de pesquisa os unitermos: “musica”, “saúde” e
“enfermagem”.

RESUMO:
A música influi em toda parte do corpo do homem, na digestão, respiração,
secreções internas, pulsação e atividade muscular as quais aumentam ou

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UNISA - Universidade de Santo Amaro

diminui com o som utilizado. Apresenta efeito significativo nos sinais vitais, os
estudos comprovam que pacientes que a utilizam tem uma redução da Pressão
arterial, da freqüência respiratória em conseqüência da ativação simpática e
assim diminuição das catecolaminas e elevação da temperatura por
vasodilatação (3).
Por ter tanta influência no corpo humano, sua eficácia é observada em todas
idades, os estudos mostram que para a criança seus benefícios são tanto
fisiológicos quanto psicológicos, pois observa-se que a música contribui para
melhorar o estado de ânimo da criança enfrentando a hospitalização com maior
aceitação. Já para os idosos a musica é útil para o processo de recordação,
resgatando do passado pontos saudáveis, melhorando a auto-estima frente as
declinantes capacidades físicas e intelectuais.
Para pacientes prejudicados psiquicamente a música atua devido à capacidade
que possui de reconstruir identidades, integrar pessoas, inserção social e
redução da ansiedade. A música também tem sido utilizada para o alivio da dor,
as pesquisas relatam que ocorrem uma diminuição de 30% do uso das
medicações analgésicas, isso pelo fato da música alterar o foco da percepção
do cérebro, fazendo com que ele deixe de prestar atenção na dor, e também
pela liberação de hormônios como as endorfinas. (1) .
Sendo assim a música no ambiente hospitalar proporciona um ambiente
terapêutico e um clima agradável, onde o cliente se sente valorizado, até por
ser a música uma forma de humanização, pois promove a aproximação com o
cliente ao mesmo tempo em que proporciona sensação de bem estar e
relaxamento, em um momento de fragilidade emocional que ocorre durante a
internação hospitalar (2).
Desta forma a música como intervenção de enfermagem é um recurso que
contribui para o equilíbrio do cliente, não só como um complemento, mas muitas
vezes como essência.

CONCLUSÃO:
Apesar de pouco reconhecida à música demonstra ser um eficiente
instrumento para enfermagem, pois seus benefícios vão além das dimensões
físicas, abordam as dimensões emocionais, mentais e espirituais, permitindo
assim uma visão holística e humana do paciente.É um recurso de grande
aceitabilidade, não invasivo, de baixo custo e as pesquisas comprovam que a
música é mais que um simples entretenimento e sim um recurso terapêutico,
onde é possível alcançar resultados específicos e com diferentes faixas
etárias.Desta forma cabe ao enfermeiro ampliar sua capacitada de criatividade,
afetividade e ousadia para utilizar a música como uma aliada, usufruir dos
benefícios que a mesma proporciona e assim prestar uma assistência eficaz.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

468
UNISA - Universidade de Santo Amaro

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
1-Dobbro ERL, Silva MJP da. Música na fibromialgia: a percepção da audição
musical erudita. Nursing, São Paulo;2(19):14-21, dez. 1999. In: Costa CMO. O
despertar para o outro – musicoterapia. São Paulo, Summus,1989.
2-Bergold, LB; Sobral, V; Music for care humanization. Online Brazilian Nursing,
2003 Dec; 2 (3) [ acesso em 2007, nov 01] Disponível
em::www.uff.br/nepae/objn203bergoldsobral.htm In: BRUSCIA, K. Definindo
Musicoterapia. Rio de Janeiro. Enelivros, 2000. 312p.
3-Hatem TP, Lira PIC, Mattos SS. Efeito terapêutico da música em crianças em
pós operatório de cirurgia cardíaca. J. pediatria, Rio de Janeiro, 2006 mai-
jun;82(3):186-192.

________________________________________________________________
1. Aluna do Curso de Graduação em Enfermagem da Faculdade de
Enfermagem da Universidade de Santo Amaro.
2. Professora assistente da Faculdade de Enfermagem da Universidade de
Santo Amaro, Especialista em Enfermagem Psiquiátrica, Saúde Mental e
Qualidade dos Serviços de Saúde.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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UNISA - Universidade de Santo Amaro

OS FLORAIS DE BACH NA ATENÇÃO À CRIANÇA: UMA


RESPONSABILIDADE DO ENFERMEIRO
EMELI TELES SILVA(1)

MARIA DE JESUS PEREIRA DO NASCIMENTO(2)(Orientadores)


Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
O presente estudo faz uma abordagem sobre a terapia com os Florais de Bach,
essências capturadas de flores e árvores, que compõem um sistema de
tratamento complementar. Foi criado pelo Dr. Edward Bach na década de 1930,
na Inglaterra, e é composto por 38 essências singulares.
As essências são escolhidas de acordo com o estado de espírito e a natureza
genérica de cada pessoa; esta forma sutil de tratar, restabelece o equilíbrio
interior, proporcionando ao corpo liberdade para começar a sua própria cura
natural. O Sistema Floral, por não apresentar contra-indicações, visto que é um
método de cura natural, tem vasta utilização tanto nos seres humanos, quanto
nos animais e nas plantas. No ser humano, todas as faixas etárias podem ser
beneficiadas por essa forma de tratamento, inclusive a área do desenvolvimento
infantil em suas mais variadas situações.
Desde o nascimento, a criança se depara com novas experiências e situações
inesperadas, situações que podem causar grandes choques emocionais.
Nesses momentos, os Florais de Bach atuam como um suporte para que a
criança possa passar por suas diversas fases de desenvolvimento com menos
dificuldades e mais felicidade.
Esse tratamento vem ganhando cada vez mais popularidade, no entanto, a
literatura sobre sua utilização na área do desenvolvimento infantil é bastante
escassa. A partir desta constatação, tornou-se necessário um melhor
entendimento e direcionamento do uso dos Florais de Bach na atenção à
criança.
A priori, a questão que se apresentou para este estudo foi: quais e em que
situações os Florais de Bach podem ser usados na atenção à criança, nas
diversas fases do seu desenvolvimento?

OBJETIVO:
Para responder a este problema, os seguintes objetivos foram estabelecidos :
(1) aprofundar o conhecimento sobre as essências Florais de Bach e suas
formas de utilização, e (2) identificar a essência adequada para sanar
dificuldades comuns à criança no seu processo de crescimento e
desenvolvimento.

METODOLOGIA:

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UNISA - Universidade de Santo Amaro

É um estudo do tipo revisão de literatura, realizado a partir de uma busca de


artigos sobre o tema em periódicos e textos de livros especializados do acervo
pessoal. A consulta às bases de dados SCIELO e BEDENF, foi direcionada
pelos descritores: Florais de Bach; Florais de Bach e Crianças; Terapia Floral;
Enfermagem; e Terapias Alternativas. Os artigos selecionados eram em
português e se encontravam no período compreendido entre 1988 e 2008.

RESUMO:
Os Florais de Bach consistem em substâncias naturais extraídas de flores, com
exceção do Rock Water, que é feita com água natural pura de fonte, com
propriedades curativas. São remédios líquidos naturais, altamente diluídos,
constituindo-se de 38 essências preparadas com finalidades e propriedades
terapêuticas.
Após a descoberta das 38 essências, Dr. Bach as dividiu em sete grupos, de
acordo com as suas características comuns: (1) o grupo do medo, composto
das essências: Rock Rose, Mimulus, Cherry Plum, Aspen, e Red Chestnut; (2) o
da insegurança, composto pelas essências: Cerato, Scleranthus, Gentian,
Gorse, Hornbeam e Wild Oat; (3) o da falta de interesse no presente, composto
pelas essências: Clematis, Honeysuckle, Wild Rose, Olive, Withe Chestnut,
Mustard e Chestnut Bud ; (4) o da solidão, composto pelas essências: Water
Violet, Impatiens, e Heather; (5) o da hipersensibilidade a influências e idéias,
composto pelas essências: Agrimony, Centaury, Walnut e Holly; (6) o do
desalento e desespero, composto pelas essências:Lach, Pine, Elm, Sweet
Chestnut, Star of Bethlehem, Willow, Oak e Crab Aplle; (7) e o da preocupação
excessiva com os outros, composto pelas essências: Chicory, Vervain, Vine,
Beech e Rock Water.
Os resultados evidenciaram o quão benéfico e eficaz pode ser o tratamento
com os Remédios Florais em situações como: trauma do nascimento, cólicas,
desmame, dentição, rejeição, gagueira, pesadelos, distúrbios do sono, enurese
noturna, hiperatividade, timidez e alergias, dificuldades que podem ocorrer nas
várias fases do desenvolvimento infantil. Evidenciou-se que a inserção dessa
terapia à prática profissional do enfermeiro proporcionará um avanço na
atenção à criança que sofre com esses distúrbios.

CONCLUSÃO:
Este estudo evidenciou os benefícios da utilização dos Florais de Bach como
um método eficaz de tratamento alternativo em fases específicas do processo
de crescimento e desenvolvimento da criança. É uma terapia suave e eficaz,
sem efeitos colaterais e que pode ser usada com outros medicamentos e
tratamentos. Esse campo de atuação do enfermeiro encontra-se ainda em
processo de maturação, mas urge que ele assuma a responsabilidade desta
forma alternativa de aliviar os desequilíbrios emocionais da criança, de forma a

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

471
UNISA - Universidade de Santo Amaro

estar inovando e proporcionando um avanço na concepção do cuidado à


criança.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
1.BACH, E. Os Remédios Florais do Dr. Bach. 16ed.São Paulo: Pensamento,
2002.
2.HOWARD, J. Crescendo com as Essências Florais de Bach . São Paulo :
Aquariana, 1994. p.15-163.
3.PARONI, M.; PARONI, C. Aprenda a Ser Feliz com os Florais de Bach . São
Paulo : Prol Editora e Gráfica, 2003.

________________________________________________________________
1 Graduanda da Faculdade de Enfermagem da Universidade de Santo Amaro.
E-mail : emelisilva@hotmail
2 Dra.em Enfermagem Materno Infantil. Professora da Faculdade de
Enfermagem da Universidade de Santo Amaro. Coren - SP 3027. E-mail :
masusi@uol.com.br

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UNISA - Universidade de Santo Amaro

Os graduandos de enfermagem e o perfil emreendedor


PAULO FERNANDO RONCON(1)

SARAH MUNHOZ(2)(Orientadores)
Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
O emprego-padrão de hoje, com vínculo salarial, patrão e horário rígido, já é um
artefato pertencente ao passado. Neste novo século as vagas de emprego nos
hospitais e serviços de saúde estarão cada vez mais enxutas, devido o aumento
de cursos de graduação e o expressivo número de graduados formados a cada
semestre, a qualidade da formação dos novos enfermeiros não está direcionada
para as novas tendências do mercado. A enfermagem está acompanhando está
nova fase e principalmente o enfermeiro necessita se adequar a atual realidade
de sua profissão saindo do trabalho servil.

OBJETIVO:
Esta pesquisa teve como objetivo geral conhecer o perfil dos graduandos em
enfermagem em relação às características empreendedoras. Teve como
objetivos específicos:
• Conhecer o perfil dos graduandos do oitavo semestre de uma faculdade de
enfermagem através de dados pessoais e profissionais (atuais e pretensões).
• Verificar se os graduandos possuem características que os classifiquem como
futuros enfermeiros empreendedores.

METODOLOGIA:
Estudo quantitativo, descritivo, de campo correlacional com delineamento do
tipo levantamento. A coleta de dados foi feita no período de 24 a 29 de
setembro de 2008, após autorização de uso do campo de estudo e assinatura
do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido pelo responsável da instituição,
o projeto foi considerado aprovado em 24 de setembro de 2008 sob o
REGISTRO CEP UNISA Nº XXX/08 PARECER NºXXX/2008.

RESUMO:
Dos 41 formulários preenchidos, conclui-se que os sujeitos da pesquisa tinham
o seguinte perfil: Quanto à idade, 35 (85%) tinham menos de 30 anos. Quanto

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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UNISA - Universidade de Santo Amaro

ao gênero, observou-se a predominância do sexo feminino: 35 (85%), O aluno


trabalhador apareceu como grande maioria 23 (56%) sendo que destes 14
(60%) são trabalhadores na área da saúde, nove trabalhadores (39%) não
declaram o tempo de serviços, e cinco deles (21%) referiram tempo de serviço
em período igual ou inferior a cinco anos e outros cinco (21%) referiram tempo
de serviço entre seis e sete anos.
Começaram a graduação no de 2004 somente sete (17%) os demais no ano de
2005. Quanto à pretensão de prosseguimento dos estudos no nível de
especialização 29 (70%) pretendem se preparar para desenvolvimento de suas
atividades na área hospitalar, nove (21%), desejam fazer mais de uma
especialização, três (7%) optaram para direcionarem sua formação na área da
docência e não foi encontrada menção de pretensão para a área de gestão.
Dos 41 graduandos respondentes seis (14%) demonstraram cinco tendências
em nível médio, cinco (12%) apresentaram quatro tendências empreendedoras.
Para efeito de corte e subsidio da análise considerou-se que os graduandos
que tiveram pontuação média em três tendências ou menos tinham baixo grau
de presença de características da competência empreendedorismo.
Desta feita pode-se afirmar que 33 graduandos (80%) apresentam fraquíssima
ou nenhuma tendência empreendedora .

CONCLUSÃO:
o Dos 41 formulários preenchidos, os sujeitos da pesquisa tinham o seguinte
perfil: 35 (85%) tínhamos inferiores a 30 anos com predominância do sexo
feminino, com maioria de alunos trabalhadores 23 (56%). Começaram a
graduação no de 2004 (17%) os demais no ano de 2005. Quanto à pretensão
de prosseguimento dos estudos no nível de especialização 29 (70%) pretendem
se preparar para desenvolvimento de suas atividades na área hospitalar, nove
(21%), desejam fazer mais de uma especialização, três (7%) optaram para
direcionarem sua formação na área da docência.
o Dos 41 graduandos respondentes seis (14%) demonstraram cinco tendências
empreendedoras em nível médio, cinco (12%) apresentaram quatro tendências
empreendedoras mantendo-se o nível médio de assertividade de resposta.
Como resultado geral encontrou-se que os graduandos de enfermagem
possuem baixo grau de presença de características empreendedoras

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
6.

REFERÊNCIAS

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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UNISA - Universidade de Santo Amaro

1 Leite EF. Formação de Empreendedores e o papel das Incubadoras.


Florianópolis: UFSC;1999.
2. Leite EF. Empreendedorismo, inovação e incubação de empresas. Recife:
Bagaço; 2006.
3. Souza C. Reinvente sua carreira como um negócio Intermanagers.
Internet:[online] http://www.intermanagers.com.br; 2008.

4. Cunha CJC, Ferla L A. Iniciando seu Próprio Negócio. Florianópolis; 1997.


5. Shumpeter J. Theories of Economic Development. Cambridge: MA; 1934.
6. Young R. Formação Entrepreneurial e Consolidação de Desempenho
Empresarial: CXXIV; 1990.
7. Bernardi LA. Manual de empreendedorismo e gestão. São Paulo; 2007.
8. Tenório FG, Organizador. Responsabilidade social empresarial. Rio de
Janeiro: FGV; 2006.
9. Chiavenato I. Introdução a teoria geral da administração. Rio de Janeiro:
Elsevier; 2003.
10. Freire A. Paixão por empreender. Rio de Janeiro: Elsevier; 2005.
11. Demac. Desarrollo de Empreendedores.México:Mc Graw Hill;1991.
12 Caird S. Testing enterprising tendency of occupational groups. British Journal
of Management. v. 2, p. 177-183, 1991
13 Morin E. Os Sete saberes necessários à educação do futuro. São Paulo:
Cortez; Brasília: Unesco, 2001.
14 Ruthes RM, Cunha ICKO. Gestão por competências nas instituições de
saúde: uma aplicação prática. São Paulo: Martinari; 2008, 132p.
15 Martins C, Kobayashi RM, Ayoub AC, Leite MMJ. Perfil do enfermeiro e
necessidades de desenvolvimento de competência profissional. Texto contexto -
enferm. 2006. Disponível em:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-
07072006000300012&lng=&nrm=iso. Acesso em: 04 2008. doi: 10.1590/S0104-
07072006000300012
16 Lunardi Filho WD. A autonomia profissional do enfermeiro. Enfermagem
Brasil Volume VI Nº 3: Editorial. 2008. Disponível em;
http://www.atlanticaeditora.com.br/revistas/enfermagem/detalhe.asp?cdc=675

________________________________________________________________

Diante do exposto, faz–se necessário que as universidades repensem qual é o


perfil desejável do enfermeiro que vá ao encontro de horizonte de orientação
para as atividades sistêmica e para os resultados, confiança em si mesmo,
persistência e determinação, além de dedicação para concluir uma tarefa e
alcançar as metas estabelecidas.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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UNISA - Universidade de Santo Amaro

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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UNISA - Universidade de Santo Amaro

OS SENTIMENTOS DOS PAIS AO ENTREGAR O FILHO À


EQUIPE DE ENFERMAGEM DO CENTRO CIRÚRGICO
ELIANE REGINA TORRES PEREIRA(1)

CLAUDIA POLUBRIAGINOF(2)(Orientadores)
Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
Os pais diante da descoberta da doença e do tratamento cirúrgico de seu filho
esboçam reações que demonstram abalo da estrutura psicológica familiar. A
mãe é a pessoa que a família considera mais capacitada para cuidar e decidir
no tratamento da criança, mas o local para a realização da cirurgia é restrito e
circulam apenas a equipe de saúde e serviços de apoio, portanto os pais
permanecem do lado de fora à espera de notícias e ali expressam vários
sentimentos neste momento doloroso e angustiante. A recepção do paciente no
C.C. é uma das atribuições do enfermeiro, por ser este o profissional capacitado
para avaliar o estado físico e emocional, dando-lhe a devida assistência (1,2,3).

OBJETIVO:
Identificar os sentimentos mais comuns dos pais ao deixar o filho no centro
cirúrgico e identificar do cuidador sobre o papel da equipe de enfermagem
neste contexto.

METODOLOGIA:
Pesquisa descritiva exploratória com abordagem qualitativa do tipo pesquisa de
campo. A coleta de dados foi realizada em um hospital público na zona sul da
cidade de São Paulo. Foram entrevistadas 20 mães de pacientes pediátricos,
submetidos a procedimento cirúrgico eletivo. Foi utilizado um roteiro de
entrevista semi-estruturado para a coleta dos dados e as mesmas foram
gravadas e posteriormente transcritas.

RESUMO:
A abordagem do profissional de saúde do setor mostrou-se deficiente, pois a
maioria das mães não soube identificar o profissional que a recepcionou e
acolheu seu filho no centro cirúrgico. A mãe no momento de separação fica já a
espera de notícias, pois espera atuar como cuidadora e protetora dele. Os
sentimentos mais comuns identificados por elas foram: angústia, ansiedade,
medo, preocupação, “dor no coração” e confiança. A equipe de saúde conforme
relato das mães falharam ao orientar quanto ao procedimento cirúrgico
deixando dúvidas e receios quanto ao procedimento a ser realizados em seus
filhos. As percepções das mães em relação à equipe de enfermagem foram: a
falta de acolhimento e apoio neste período angustiante que é a espera pelo fim

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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UNISA - Universidade de Santo Amaro

da cirurgia, demonstrando necessitar de ações mais pontuais da equipe de


saúde na hora da separação.

CONCLUSÃO:
A equipe de enfermagem é responsável pelo bem-estar do paciente e de sua
família, para tanto deve estar à disposição para tirar-lhes as dúvidas e obtendo
informações para auxiliar no tratamento do cliente pediátrico, visto que os pais
intercedem essa comunicação entre a equipe de saúde e seu filho. A atribuição
do enfermeiro é acolher para tanto usa um instrumento essencial que é a
comunicação, importante e indispensável, pois oferece uma assistência além de
técnica, apoio e orientação quanto a sua permanência na instituição. Essa
atitude favorece uma recuperação tranqüila para ambos: pais e filhos.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
1) Jacob Y, Bousso RS. Validação de um modelo teórico usado no cuidado da
família que tem um filho com cardiopatia. Revista Esc Enf USP. 2006;
40(3):374-80.
2) Sociedade Brasileira de Enfermeiros de Centro Cirúrgico, Recuperação Pós-
Anestésica e Centro de Material e Esterilização. Práticas Recomendadas. 2003;
1-102.
3) Gabatz RIB, Ritter NR. Crianças hospitalizadas com fibrose cística:
percepções sobre as múltiplas hospitalizações. Revista Brasileira de Enf. 2007;
40(3):37-41.

________________________________________________________________
I Graduanda do 8º semestre da Faculdade de Enfermagem da Universidade de
Santo Amaro – UNISA – FACENF – São Paulo (SP), Brasil
II Professora Assistente da Faculdade de Enfermagem, Especialista em
Enfermagem Psiquiátrica e Saúde Mental e Qualidade em Serviços de Saúde
da Universidade de Santo Amaro – UNISA – FACENF – São Paulo (SP), Brasil

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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UNISA - Universidade de Santo Amaro

Osteogênese Imperfeita: conceitos e implicações para a


enfermagem
CLAUDIANE GRAÇAS DOS SANTOS(1)

ISAAC ROSA MARQUES(2)(Orientadores)


Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
A Osteogênese Imperfeita (OI) é uma doença genética rara, caracterizada por
alterações no colágeno do tipo I, que determina um aspecto amplo de
alterações clínicas. O principal sintoma é a fragilidade óssea. A OI um a cada
21.000 nascidos. No Brasil há uma estimativa de 12.000 portadores de
osteogênese imperfecta (ABOI, 2008).
Os portadores de OI costumam ter dezenas e até centenas de fraturas durante
a vida, sem terem, necessariamente, sofrido algum tipo de agressão, caído ou
sofrido algum acidente grave para que tais fraturas ocorram. Em vários casos
as fraturas acontecem ate mesmo espontaneamente. As fraturas podem ser de
vários tipos, desde as micro fraturas até as fraturas completas, em espiral,
diagonais etc.

OBJETIVO:
Apresentar alguns conceitos sobre a Osteogênese Imperfeita e estabelecer
relações com a assistência de enfermagem.

METODOLOGIA:
Trata-se de uma pesquisa bibliográfica do tipo revisão de literatura, cujos dados
foram obtidos junto às Bases de Dados Bibliográficos LILACS e BDENF, além
de informações da base de dados da Associação Brasileira de Osteogênese
Imperfecta (ABOI). Para pesquisa bibliográfica via Web também foi usado o site
da ABOI (www.aboi.org.br). Os unitermos utilizados para pesquisa foram os
seguintes: “Osteogenesis imperfecta”, “Ossos de vidro”, “ossos frágeis”,
“enfermagem em ortopedia”, “osteogênese imperfeita, classificação”. Não foi
definido um recorte temporal, mas foi dada preferência para publicações de
2000 à 2007. Quanto à seleção de idiomas foi dada preferência para textos em
português, espanhol e Inglês.

RESUMO:
Segundo dados da Associação Brasileira de Osteogenesis Imperfecta o mais
grave problema enfrentado pelos portadores e seus familiares é o da
desinformação geral sobre a doença. Médicos, Enfermeiros, Fisioterapeutas
entre outros profissionais desconhecem completamente o quadro geral da

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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UNISA - Universidade de Santo Amaro

doença. Muitos deles jamais encontraram um paciente com oi. De acordo com
essas estatísticas, 69% dos médicos que atenderam casos de OI não
conheciam a doença ou a conheciam pouco, geralmente da literatura vista no
curso de medicina. Por conta desse desconhecimento, 80% dos portadores de
OI receberam ao nascer, o prognóstico de morte até final da primeira infância.
Devido a esse prognóstico, tais pacientes não receberam o tratamento
adequado e sofrem até hoje as conseqüências da desinformação dos
profissionais da saúde.
A OI deixou de ser considerada como “uma alteração nos genes que produzem
colágeno que clinicamente se classificam em quatro tipos, para a qual não há
tratamento médico” e passa a ser compreendida como um fascinante conjunto
de alterações genéticas, possível de ser classificado em pelo menos oito formas
diferentes e com boas perspectivas em relação ao tratamento.
A OI possui uma classificação que varia de acordo com a forma que a doença
predomina no paciente, atualmente a mais utilizada é a classificação de Sillence
(PLOTKIN, 2003).
A seguir está apresentada a Classificação Sillence:
• OI tipo I inclui pacientes com formas leves, estatura normal, poucas fraturas
sem grande deformação dos ossos longos nem dentinogenesis imperfecta;
• O tipo II é o mais grave e, na sua grande maioria , os pacientes falecem no
período perinatal;
• O tipo III é o típico caso que aparecem em muitos livros, pacientes afetados
em grau moderado a grave, faces triangular, baixa estatura deformidades dos
ossos longos e dentinogenesis imperfeita.
• Os restantes dos pacientes são classificados em tipo IV. Este último grupo é
heterogêneo nas gravidades e nas características clínicas.
Não se pode generalizar a classificação nem levá-la a risca pois pode haver
alterações, levando-se em conta as diferentes particularidades de cada
paciente. Muitas vezes sendo o paciente classificado dentro de um tipo de OI,
mas apresenta características de outros tipos também. Ainda há restrições no
uso dos números das classificações devido a esse tipo de variação que muda
de acordo com o portador (SANTIL ET AL, 1988)..
Os últimos avanços sobre essa enfermidade devem se fazer conhecidos pelos
profissionais da saúde ou da equipe multidisciplinar que atuam principalmente
na pediatria e ortopedia onde a OI muitas vezes levanta hipótese de maus
tratos.

CONCLUSÃO:
O conhecimento da Enfermagem sobre OI pode ser fundamental para ajudar na
obtenção do diagnóstico precoce, evitando causar danos físicos maiores ao
paciente. Os casos de diagnóstico ainda não conhecido, podem ter a

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

480
UNISA - Universidade de Santo Amaro

contribuição do enfermeiro quando o mesmo avalia e reconhece os sinais e


sintomas da doença.
Assim que o Enfermeiro aplica seus conhecimentos sobre a OI, pode contribuir
para uma devida assistência, enfatizando principalmente os cuidados e
prevenção de acidentes domiciliares, sendo estes as maiores complicações da
doença.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE OSTEOGENESIS IMPERFECTA (ABOI).
Osteogenesis Imperfecta. São Paulo; 2003. [citado em 13 maio 2008].
Disponível em: http://www.aboi.org.br/
PLOTKIN, H. Osteogenesis imperfecta, mitos y leyendas. In: I Congreso de
AHUCE. 2003, Guadalajara (MEX). AHUCE; 2003. p. 6.
SANTIL, C.A.; WAIBERG, M.; BASTOS JUNIOR, G. CATÃO, J.O.; FERREIRA,
W.M. Osteogênese Imperfecta. Rev Assoc Med Bras, v. 51, n. 4, p. 214-220,
jul./ago, 2005.

________________________________________________________________
1. Estudante do 5º semestre do Curso de Graduação em Enfermagem da
Faculdade de Enfermagem da UNISA.
2. Enfermeiro. Mestre em Enfermagem. Professor-Adjunto da Faculdade de
Enfermagem da UNISA.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

481
UNISA - Universidade de Santo Amaro

Oxigenoterapia durante o exercício físico em pacientes com


doença pulmonar obstrutiva crônica
PALOMA CEREZER DE MELLO(1), BRUNA RITA BARBOSA PARREIRA(2), DANIELA
MESTER(3), JOSÉ MARIO COUTO DE SOUZA(4), ALEXANDRA CORREA ARAUJO
OCANHA(5), FLÁVIO TOMAZELLI FAIM(6), NADIELLE SANTOS COSTA(7), NATALIA
RODRIGUES DA COSTA(8), CARLA MARIA FRACCAROLLI(9)

WLADIMIR MUSETTI MEDEIROS(10)(Orientadores)


Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é caracterizada principalmente
pela limitação do fluxo aéreo expiratório (FEV1) gerando alterações nas trocas
gasosas, como a diminuição da oxigenação no sangue arterial (Sat O2) e
conseqüentemente uma hipoxemia, podendo tambem apresentar quadros de
hipercapnia. Por apresentarem déficit na relação ventilação-perfusão, esses
pacientes apresentam durante o exercício, diminuição da PaO2 (pressão arterial
de oxigênio), aumento da ventilação pulmonar, aumento do consumo de
oxigênio (O2), acidose metabólica e disfunções musculo-esqueléticas. Este
quadro inviabiliza a utilização do exercício físico como um instrumento
terapêutico nesta população, impossibilitando que estes pacientes se
beneficiem de um programa de fisioterapia cardio-respiratória. A suplementação
de O2 durante o exercício físico poderia ser benéfica para esses pacientes
durante a reabilitação Cardio-respiratória, permitindo que estes executem os
exercícios físicos.

OBJETIVO:
O objetivo desse trabalho foi, através de uma revisão da literatura nacional e
internacional, avaliar a eficácia da Suplementação de Oxigênio durante o
exercício físico nos portadores de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica
(DPOC).

METODOLOGIA:
Este estudo é do tipo revisão bibliográfica. Para essa revisão foram
pesquisados artigos das bases de dados “MEDLINE”, “LILACS” e “PUBMED”,
através das palavras chaves: oxygenotherapy, oxigenoterapia, oxigenioterapia,
exercises, exercício físico, COPD, DPOC, chest disease, reabilitação,
rehabilitation e suas possíveis combinações, publicados no período de 1990 à
2008, e tambem o acervo da biblioteca Milton Soldani do Campus I da
Universidade de Santo Amaro - UNISA.

RESUMO:

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

482
UNISA - Universidade de Santo Amaro

Os estudos analisados demonstraram que a suplementação de O2 durante o


exercício físico promove aumento da Saturação sangüínea de Oxigênio (Sat
O2), redução da dispnéia, aumento no tempo de execução do exercício físico,
aumento na distância percorrida no teste de caminhada de 6 minutos (6 min
Walk test), redução na produção de Ácido Lático, menor resposta inflamatória,
uma recuperação da freqüência cardíaca (RFC) mais acelerada, aumento da
atividade do Sistema Nervoso Autônomo Parassimpático e redução da atividade
do Sistema Nervoso Autônomo Simpático.

CONCLUSÃO:
Com base nos estudos analisados, conclui-se que a suplementação de O2
durante o exercício produz uma serie de alterações benéficas, promovendo um
ambiente mais seguro e com melhores resultados durante a execução do
exercicio fisico aeróbio e resistido.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
1. JARDIM, J.R .; OLIVEIRA, J.A .; NASCIMENTO, O. II Consenso Brasileiro
sobre Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica. Jornal Brasileiro de Pneumologia,
Distrito Federal, v.30, n.5, p.1-52, nov, 2004.

2. SAMPEL, J.; ANDRADE, D.; PINTO, K.C.; MEDEIROS, W.M.; LARA, V.A,;
POSSETTI, R. C. ; RODRIGUES, R. M. ; LUCA, F. A. ; GUN, C. ; ARAUJO
JUNIOR, E. B. . Heart rate variability behaviour on chronic obstructive
pulmonary disease (COPD) patients submitted to ergometric test with and
without oxygen supplementation. The European Respiratory Journal.
Supplement, v. 28, p. 287s-288s, 2006.

3, ANDRADE, D.; PINTO, K.C.; SAMPEL, J.; MEDEIROS, W. M. ; LARA, V. A. ;


POSSETTI, R. C. ; RODRIGUES, R. M. ; LUCA, F. A. ; GUN, C. ; ARAUJO
JUNIOR, E. B. . Impact of oxygen supplementation on inflammatory response
and muscle lesion during high intensity exercise on chronic obstructive
pulmonary disease(COPD) patients. The European Respiratory Journal.
Supplement, v. 28, p. 330-330s, 2006.

________________________________________________________________
Grupo de estudo em reabilitação e fisiologia do exercício - GERFE - Fisioterapia
- UNISA.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

483
UNISA - Universidade de Santo Amaro

Panorama de Mortalidade em Subprefeituras da Zona Sul de São


Paulo
DOUGLAS MORAES FREIRE CHARPINEL(1), LUIZ CARLOS DE PAIVA NOGUEIRA DA
SILVA(2), JULIANE RODRIGUES JORDÃO(3), ANDRESSA TARAKDJIAN(4), ANTONIO
BENTO FERRAZ(5), LAÍS LUNDSTEDT KAHTALIAN(6), RAFFAELLA BARBOSA TELES
MACHADO(7), JOSÉ CARLOS ARROJO JÚNIOR(8)

JANE DE ESTON ARMOND(9)(Orientadores)


Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
O Coeficiente de Mortalidade é um dos indicadores mais empregados para
medir níveis de saúde e de desenvolvimento social de uma região, constituindo
uma ferramenta de suma importância para a análise detalhada e precisa das
condições de saúde de uma população, bem como das carências e
necessidades das regiões enfocadas, na investigação epidemiológica e na
avaliação de intervenções saneadoras.

Assim sendo, é essencial para o estudo detalhado da Região Sul do Município


de São Paulo, que se analise, avalie e relacione as taxas relacionadas à
Mortalidade da Subprefeitura da Capela do Socorro, de Parelheiros e de Santo
Amaro, bem como seus fatores de risco, com a sugestão de possíveis medidas
a serem tomadas pelos órgãos governamentais visando melhorias na qualidade
de vida da população local. Tais micro-regiões são escolhidas como foco de
estudo mais detalhado, pois se traduzem como áreas de expressiva população
na região sul do município de São Paulo e, mesmo que estejam contidas em
uma mesma região e que possuam certa contigüidade espacial, apresentam
social e economicamente disparidades que se reflem nos indicadores de saúde.

OBJETIVO:
Enfocar dados de mortalidade por Causas Específicas por Distritos
Administrativos (DAs) das Subprefeituras da Capela do Socorro, Parelheiros e
Santo Amaro, além de dados de Óbito por Faixa Etária Infantil 1 no ano de 2006
e taxas a eles relacionadas.

Analisar as cinco principais causas-morte, apresentando propostas de ação em


saúde para amenizá-las em cada região enfocada.

METODOLOGIA:
Neste estudo foram analisados dados provenientes do Sistema de Informações

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

484
UNISA - Universidade de Santo Amaro

de Nascidos Vivos – SINASC, do qual foram utilizados dados sobre a


População das Subprefeituras da Capela do Socorro, Parelheiros e Santo
Amaro e seus respectivos DAs de 2006 e 2007 e sobre Nascidos Vivos
Residentes por Distrito Administrativo e Ano de Nascimento no mesmo período,
e do PRO-AIM, comparando-se os dados referentes às 5 principais Causas de
Mortalidade Específicas por DAs das Subprefeituras enfocadas, além de dados
de Óbito por Faixa Etária Infantil 1 (o que corresponde a crianças menores de 7
dias, de 7 a 27 dias, de 28 dias a menores de 1 ano e maiores de 1 ano de
idade) de 2006 e 2007 das mesmas subprefeituras.
A comparação serviu para comprovar uma possível heterogeneidade entre os
dados de informação dos DAs das Subprefeituras supracitadas.
A comparação entre os dados obtidos relacionados às taxas de mortalidade
infantil geral e parcelada e dos fatores de risco que as incrementam nas regiões
enfocadas, foi feita com base na interpretação entre os dados do período
referido, sendo que, de acordo com o resultado dos dados foi possível avaliar o
grau de disparidade, considerando-se tais informações e indicadores de saúde
entre as 3 micro-regiões componentes da zona sul de São Paulo como uma
forma de avaliar as ações em saúde, bem como propor medidas saneadoras
para a redução do número de óbitos das 5 principais causas-morte específicas
e do número de óbitos infantis dos DAs.

RESUMO:
Embora praticamente todos os DAs de todas as Subprefeituras enfocadas
apresentam as Demais Causas de Morte e as Doenças Isquêmicas do Coração
como as duas principais causas-morte, devido a diferenças sócio-econômicas e
até mesmo culturais entre essas Subprefeituras e, em menor intensidade,
porém sem menor importância, devido às diferenças entre os próprios DAs de
cada uma das três Subprefeituras, é possível notar várias disparidades.
Na Subprefeitura da Capela do Socorro as 5 principais causas-morte de 2006
possuem, unanimemente, as Demais Causas de Morte, em 1°lugar e em
2°lugar as Doenças Isquêmicas do Coração. Na 4ªcolocação os Distritos
Administrativos do Grajaú e do Socorro exibem as Doenças Cérebrovasculares,
enquanto na Cidade Dutra essa colocação é ocupada pelas Pneumonias. Na
5ªcolocação, a Bronquite, o enfisema e a asma aparecem nos DAs de Cidade
Dutra e Socorro, enquanto que no Grajaú as Pneumonias ocupam essa
colocação.
Na Subprefeitura de Parelheiros, a principal causa-morte do DA Marsilac são as
Doenças Isquêmicas do Coração, enquanto que, no DA Parelheiros, essa
posição é ocupada por Demais Causas de Morte. Na 2ªcolocação, Marsilac
apresenta como causa-morte as Doenças Cérebrovasculares, e, Parelheiros,
tem as Doenças Isquêmicas do Coração. No 3°lugar o DA Marsilac tem as

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

485
UNISA - Universidade de Santo Amaro

Pneumonias, enquanto o DA Parelheiros tem os Homicídios ocupando essa


posição. Na 4ªposição aparecem Bronquite, enfisema e asma em Marsilac e as
Pneumonias em Parelheiros. E, finalmente, na 5ªcolocação, no DA Marsilac
aparecem os Homicídios, enquanto em Parelheiros tal colocação é ocupada
pelas Doenças Cérebrovasculares.
Na Subprefeitura de Santo Amaro as 5 principais causas-morte de 2006
possuem, por unanimidade, as Demais Causas de Morte, em 1°lugar e em
2°lugar as Doenças Isquêmicas do Coração. Já, na 3ªcolocação, no DA Campo
Belo e Santo Amaro, aparecem as Doenças Cérebrovasculares como causas-
morte e, no DA Campo Grande, são as Pneumonias que ocupam tal colocação.
Na 4ªposição, os DAs Campo Belo e Santo Amaro dividem as Pneumonias,
enquanto que o DA Campo Grande apresenta as Doenças Cérebrovasculares.
Na 5ªposição em Campo Grande e Santo Amaro são Bronquites, enfisema e
asma que ocupam essa colocação e, no Campo Belo aparece o Câncer de
Pulmão, doença que marca um ponto de disparidade entre esse e os outros
DAs que compõe essa Subprefeitura.
No que se refere às taxas de mortalidade infantil geral e parcelada totais, ou
seja, levando-se em conta os óbitos ocorridos em todos os DAs de todas as
subprefeituras enfocadas temos as seguintes taxas de mortalidade: Neonatal
Precoce=6,25, Neonatal Tardia=3,50, Infantil Tardia=6,31 e Geral=16,06
(valores‰).
Pode-se observar que as duas principais causas-morte encontradas nos DAs
das três Subprefeituras enfocadas nesse panorama, além das Demais Causas
de Morte são as Doenças Isquêmicas do Coração e as Doenças
Cerebrovasculares.
As Doenças Isquêmicas do Coração são causadas, principalmente, pelo
estreitamento dos vasos sangüíneos o que resulta em isquemia, isto é, redução
no suprimento de sangue para o músculo cardíaco. Tal estreitamento da luz dos
vasos coronarianos se deve à alimentação desregrada, sedentarismo, fumo e a
uma parcela genética, sendo, portanto, as doenças a ele relacionados
multifatoriais.
As Doenças Cérebrovasculares que resultam em uma diminuição ou
interrupção do fluxo sanguíneo ao cérebro, geralmente acontecem de forma
brusca ou inesperada, constituindo-se nos denominados “acidentes
cerebrovasculares”.
Quanto aos fatores de risco predisponentes dos acidentes cerebrais estão a
hipertensão arterial, o hábito de fumar, o consumo exagerado de álcool, as
alterações cardíacas, a hipercolesterolemia, a obesidade, a diabetes, o stress e
a falta de exercícios.
Dessa maneira, é possível como medida preventiva para tais doenças, que o
Estado invista mais em campanhas que preconizem a alimentação saudável, a
prática de esportes, o anti-tabagismo e os males do consumo exagerado de

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

486
UNISA - Universidade de Santo Amaro

álcool, o que já atenuaria o número alarmante de casos de morte por esse tipo
de doenças.
Programas como o Remédio em Casa da Secretaria Municipal de Saúde devem
ser ampliados, para que, assim, mais pessoas tenham acesso a tratamento e
medicação de combate às Doenças Isquêmicas do Coração e Doenças
Cérebrovasculares.
No que se refere às taxas de mortalidade infantil, para cada taxa de mortalidade
parcelada uma ação em saúde deve ser tomada. Isso significa ações
diferenciadas para cada parcela da faixa etária-1, como forma de combater
mais incisiva e efetivamente as causas-morte principais em cada segmento,
embora ações generalistas como o incentivo ao exame pré-natal sejam
importantes.

CONCLUSÃO:
A ampliação nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e do número de médicos e
profissionais da área de saúde para melhor atender a população, bem como o
investimento governamental em campanhas de massa para estimular hábitos
salutares de vida e exames periódicos, como no caso do exame pré-natal,
seriam medidas importantes na das doenças que aparecem entre as 5
principais causas-morte das regiões enfocadas nesse panorama, uma vez que,
como visto nos dados apresentados o número de UBS por habitante das
Subprefeituras enfocadas ainda é muito pequeno, as doenças enfatizadas no
estudo são decorrentes, principalmente, de fatores ambientais como hábitos
alimentares desregrados, sedentarismo, fumo e alcoolismo e as doenças
causadoras da maioria dos óbitos infantis dentre a faixa etária 1 são facilmente
preveníveis desde que se tenha acompanhamento substancial realizado por
meio de exames pré-natais.
É importante ressaltar, que todas as ações em saúde propostas devem estar ao
alcance da população a qual se dirigem do ponto de vista sócio-econômico e
cultural e, daí, surge a importância do estudo detalhado das principais causas-
morte de cada um dos DAs a serem trabalhados e também de suas
características específicas no que se refere aos dados demográficos e
populacionais os quais certamente se refletem nos indicadores de saúde.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
MINISTÉRIO DA SAÚDE – Manual de Assistência ao Recém-Nascido. 1 - Ed.
Brasília. Secretaria de Assistência à Saúde, 1994.

ROUQUAYROL, M.Z.; ALMEIDA FILHO, N. Epidemiologia & Saúde, 6ªedição;


Ed.MEDSI; RJ, 2003; anexo1; p.69-71.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

487
UNISA - Universidade de Santo Amaro

CEINFO - Boletim CEInfo – Análise II – disponível em


http://ww2.prefeitura.sp.gov.br/arquivos/secretarias/saude/publicacoes/0004/Bol
etimCEInfoAnalise2.pdf - acessado 16/06/2008.

________________________________________________________________
0

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

488
UNISA - Universidade de Santo Amaro

Perfil lipídico em pré-escolares e escolares obesos atendidos no


Centro Saúde Escola Dr. Ananias Pereira Porto da Universidade
de Santo Amaro
CAMILA YOKOYAMA DA SILVA(1), CAROLINE MIWA M MURAKAMI(2), EDUARDO
IWANAGA LEAO(3), EDUARDO NEVES DA SILVA(4), LÍGIA DE OLIVEIRA RIBEIRO(5),
MÔNICA APARECIDA SILVA(6), SUELLEN TATYANNE SCHNEIDER DE SOUZA(7),
WILLY PETRINI SOUZA(8)

PATRICIA COLOMBO COMPRI(9)(Orientadores)


Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
Nas últimas décadas, a obesidade com prevalência em crianças e adolescentes
vem aumentando nos países desenvolvidos e em desenvolvimento, e isso tem
provocado um impacto negativo para a saúde pública. Nas crianças e
adolescentes, a obesidade está associada a fatores de risco para doenças
cardiovasculares, respiratórias e metabólicas, podendo também contribuir para
complicações psicológicas1.

OBJETIVO:
Avaliar o perfil lipídico de escolares e pré-escolares freqüentadores do Grupo
de Obesidade do Centro de Saúde Escola (CSE) Dr. Ananias Pereira Porto da
Universidade de Santo Amaro, verificando relação das dosagens de colesterol
total com as variáveis: idade, gênero, LDL, triglicérides, antecedentes familiares
e prática de exercícios físicos.

METODOLOGIA:
No presente estudo, além da entrevista com o paciente, foi realizada análise de
dados em prontuário médico de pacientes que participavam do Grupo de
Obesidade do Centro de Saúde Escola da Universidade de Santo Amaro.
A amostra, constituída por 44 crianças com média de idade de 8 anos para
aquelas com colesterol normal e de 8,9 anos para aquelas com colesterol
alterado, (mínino 4 e máximo 10 anos), de ambos os sexos, foram selecionadas
dentro do grupo previamente diagnosticadas como obesas. Na coleta de dados
foram obtidas medidas de peso (kg) e a altura (m) dos pacientes para
diagnóstico nutricional, além da coleta de dados referentes à saúde da criança
por meio de uma entrevista.
Na entrevista, os pais ou responsável pela criança responderam questões
relacionadas à caracterização familiar e situação sócio-econômica, além de
fornecer informações sobre condições gerais da gestação, nascimento e fatores
pós-natais, antecedentes familiares e histórico alimentar da criança. Também
foram colhidas informações sobre atividade física e hábitos alimentares na

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

489
UNISA - Universidade de Santo Amaro

escola e em casa.
Informações que faziam parte do perfil lipídico foram coletadas do prontuário
médico, anotando o resultado dos exames mais recentes de dosagem de
triglicérides, colesterol total e frações HDL, LDL e VLDL.
Para análise dos resultados foram aplicados testes paramétricos e não
paramétricos levando-se em conta a comparação de dois grupos independentes
sendo: teste do qui-quadrado, teste de Mann Whitney e teste kappa de
concordância2.
Foi fixado em 0,05 ou 5% o nível de rejeição da hipótese de nulidade.
Todos os dados obtidos constituíram variáveis para quantificação em software
(EPI 6), viabilizando a produção de artigo científico3.

RESUMO:
Dos 44 pacientes, 52,3% eram do sexo feminino. Houve maior percentagem de
meninos com o colesterol alterado (71,4%). Foi encontrada significância na
relação entre colesterol total e triglicérides, e entre colesterol total e
antecedentes familiares de Doença Cardiovascular. Observou-se também maior
prevalência de colesterol elevado em crianças que não praticam atividades
físicas fora da escola. Não foi encontrada significância na relação entre
colesterol total alterado e c-LDL na amostra estudada, assim como não foi
encontrada relação do colesterol total com a idade.

CONCLUSÃO:
Devido à significante relação encontrada no presente estudo entre o colesterol
total e os seguintes fatores: gênero, triglicérides elevado, sedentarismo e
histórico familiar para doença cardiovascular, faz-se necessário a
implementação de políticas públicas que visem combater a obesidade desde a
infância.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
1 French SA, Story M, Perry CL. Self-steem and obesity in children and
adolescents: a literature review. Obes Res. 1995; 3:479-90.

2 Siegel S. Estatística não paramétrica para ciências do comportamento. 2ª


edição, 2006.

3 Dean AG, Dean JA, Coulombier D, Brendel KA, Smith DC, Burton HA, et al.
Epi Info, version 6.04: a word processingdatabase and statistics program for a
epidemiology on microcomputers. Atlanta: Centers for Disease Control and
Prevention; 1996.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

490
UNISA - Universidade de Santo Amaro

________________________________________________________________
O trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética do Hospital Geral do Grajaú.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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UNISA - Universidade de Santo Amaro

PREVENÇÃO DE ACIDENTES COM MATERIAL PERFURO-


CORTANTE NA ENFERMAGEM
DANIELLE APARECIDA BRUM DOS SANTOS(1)

DEBORA CRISTINA SILVA POPOV(2)(Orientadores)


Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
Os resíduos perfuro cortantes constituem a principal fonte de riscos, tanto de
acidentes físicos como de doenças infecciosas. São compostos por: agulhas,
ampolas, pipetas, lâminas de bisturi, lâmina de barbear e qualquer vidraria
quebrada ou que se quebre facilmente. Biossegurança (2006)
Na prática do cuidado, os trabalhadores de enfermagem estão expostos a
riscos advindos do desenvolvimento de atividades assistenciais diretas e
indiretas, cuidados prestados diretamente a pacientes e em organização,
limpeza, desinfecção de materiais e do ambiente. Pinho et al (2007)
As Precauções Padrão são medidas de prevenção que devem ser utilizadas na
assistência aos pacientes na manipulação de sangue, secreções e excreções e
contato com mucosas se pele não integra. Essas medidas incluem a utilização
de Equipamentos de Precaução Individual (EPI) e os cuidados específicos
recomendados de acordo com as atividades desenvolvidas pelos profissionais
de saúde são luvas, máscaras, gorros, óculos, capotes (aventais) e botas
usados dependendo da atividade executada. Incluem ainda recomendações
para o descarte de todo material perfuro cortante em recipientes resistentes a
perfuração com tampa. Marziale et al (2003)

Palavras chave: Acidentes de Trabalho, Enfermagem, Perfuro Cortante

OBJETIVO:
Fazer um levantamento da incidência dos acidentes com material perfuro
cortante.
Fazer um levantamento das características principais dos acidentes com
material perfuro cortante: idade do acidentado, sexo, categoria profissional,
local do acidente entre outros.
Propor medidas preventivas para os acidentes com materiais perfuro cortantes
descritos na literatura.

METODOLOGIA:
Trata-se de uma revisão bibliográfica de caráter descritivo. Foi realizado
levantamento bibliográfico nas bases de dados LILACS, Bdenf, Medline, usando
os descritores perfuro cortante, riscos ocupacionais, enfermagem,

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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UNISA - Universidade de Santo Amaro

biossegurança. Foram selecionados artigos e manuais publicados no período


de 1997 a 2007, no período de Outubro de 2007 a Fevereiro de 2008.

RESUMO:
Tivemos como resultados que a incidência de acidentes com materiais perfuro
cortantes está em torno de 62,9% a 94% dos acidentes de trabalho das
instituições levantadas nos estudos. Quanto a suas características foram à
maioria com agulhas e lâminas de bisturi, com idade predominante entre 20 a
44 anos. O sexo mais atingido foi o feminino, os dedos e as mãos com as
regiões mais atingidas. As unidades com alto índice de acidentes foram Pronto
Atendimento, Clinica Médica, com a predominância no período da manhã. Entre
as medidas preventivas estão: lavagem das mãos, descarte de material perfuro
cortante em local adequado, manipulação de materiais e instrumentais com
cuidado, uso de botas e calçados fechados entre outros. Também lembramos
que a utilização de luvas não é suficiente para evitar acidentes com materiais
perfuro cortantes.

CONCLUSÃO:
Diante desses dados temos a necessidade de medidas preventivas e
educativas como manuais, palestras e cursos além de orientações especificas
para a equipe de enfermagem com a finalidade minimizar estes acidentes.
Acreditamos que com esse trabalho contribuímos para a diminuição de
acidentes e esclarecimentos sobre os mesmos, o que deve levar as instituições
a manterem programas educativos constantemente em nível de orientação
sobre os cuidados necessários para evitar esse tipo de acidente, e conseqüente
transmissão de doenças infecciosas.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
Manual de Biossegurança disponível em http:www.cro-rj.org.br/manual acesso
em 23/08/2008
Marziale MHP et al (2003) Programa Preventivo para a Ocorrência de Acidentes
com Material Perfuro- Cortante entre Trabalhadores de Enfermagem de um
Hospital do Estado de São Paulo.Acta paulista de Enfermagem 2003
Pinho DLM et al (2007) Pinheiro. Perfil dos acidentes de trabalho no Hospital
Universitário de Brasília. Revista Brasileira de Enfermagem 2007

________________________________________________________________
Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). Apresentado à Faculdade de
Enfermagem da Universidade de Santo Amaro (FACENF- UNISA). São Paulo,
SP, para obtenção do titulo de Bacharel em Enfermagem.
Acadêmica do Curso de Graduação em Enfermagem da Faculdade de
Enfermagem da Universidade de Santo Amaro (FACENF-UNISA), São Paulo-

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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UNISA - Universidade de Santo Amaro

SP, Correspondência: Rua Maria Fortuna dos Santos, 03. Jardim Marilda. CEP:
04857-220. São Paulo, SP E-mail: daniellebrumdossantos@gmail.com

Enfermeira, Professora Assistente da Faculdade de Enfermagem da


Universidade de Santo Amaro – UNISA. Orientadora do trabalho. E- mail:
deborapopov@ig.com.br

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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UNISA - Universidade de Santo Amaro

PREVENÇÃO PELA ENFERMAGEM DA ALERGIA ALIMENTAR


JÉSSICA PEREIRA FAGUNDES(1)

DAMARIS GOMES MARANHAO(2)(Orientadores)


Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
Alergia alimentar (AA) é uma reação caracterizada pelo aparecimento de
reações adversas após o consumo de um determinado alimento, tendo como
mediador o sistema imune (Jacob,2003). Segundo o Consenso Brasileiro de
Alergia Alimentar de 2007, estima-se que a prevalência da AA seja
aproximadamente de 6,0 % em menores de três anos e de 3,5 % em adultos e
estes valores parecem estar aumentando.

OBJETIVO:
O objetivo desse trabalho é descrever a fisiopatologia, as manifestações
clínicas, os tipos de alérgenos e alergênicos relativos à alergia alimentar em
crianças, bem como os cuidados de enfermagem no apoio ao diagnóstico,
tratamento e prevenção desse agravo.

METODOLOGIA:
Revisão de literatura de periódicos publicados nos últimos cinco anos – 2003 a
2008 - em língua portuguesa, indexados nas bases de dados Lilacs e Bdenf, a
partir das palavras chaves reação anafilática, alergia alimentar e alimentos.
Foram analisados nove artigos, um livro texto de pediatria e outros dois artigos
publicados em anos anteriores ao período delimitado (publicados em 1971 e
1985), por tratar-se dos únicos artigos sobre alimentação infantil publicados por
enfermeiros, embora não abordando especificamente a alergia alimentar. Não
foram encontrados artigos atuais ou sobre alergia alimentar publicados pela
Enfermagem ou em periódicos de enfermagem, exceto aqueles que tratam
especificamente de aleitamento materno e que não foram considerados nessa
pesquisa.

RESUMO:
Pode-se inferir que o tema alergia alimentar é ainda incipiente nas publicações
nacionais, sobretudo na área de enfermagem, sendo que nos dois artigos
encontrados e escritos por enfermeiros em 1971 e 1984, não se aborda a
alergia alimentar. A tendência de aumento a partir de 2006 pode evidenciar o
crescimento do número de casos de alergia alimentar entre crianças e de maior

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

495
UNISA - Universidade de Santo Amaro

interesse dos profissionais de saúde sobre o tema. Os alimentos mais


comumente envolvidos em alergia alimentar são: leite de vaca, ovo, trigo, soja.
As reações adversas ao leite de vaca podem ser divididas em alergia alimentar
(caracteriza-se por reações com a participação do sistema imune, e são
desencadeadas pelo consumo de proteínas alergênicas) e intolerância (as
reações são provocadas por dissacarídeos ou outros componentes e não há
ativação do sistema imune). A sensibilização ao leite, ovo e soja pode
desaparecer com o processo de crescimento e desenvolvimento, diferente do
amendoim, nozes e frutos do mar, cuja reação alérgica pode ser mais
duradoura e algumas vezes por toda a vida. As reações podem se manifestar
como dermatite atópica, sibilâncias, eritema malar, e outros sinais e sintomas
mais ou menos graves. As reações graves e fatais podem ocorrer em qualquer
idade, mas os indivíduos mais susceptíveis parecem ser adolescentes e adultos
jovens, com asma e alergia previamente conhecida ao amendoim, nozes ou
frutos do mar. Sobretudo para lactentes com história familiar de atopia,
recomenda-se a manutenção do aleitamento materno exclusivo até o final do
primeiro semestre de vida, retardando-se até o final do primeiro ano de vida a
introdução de proteínas lácteas de outras espécies, seja por meio de leite in
natura ou de derivados do leite, seguindo-se esquema de introdução de frutas e
legumes no sexto mês de vida, restringindo-se alimentos altamente alergênicos
(clara de ovo, amendoim, nozes, frutos do mar e algumas frutas que estão
associadas à alergia ao pólen: kiwi, pêra, melão, banana, tomate, maçã).

CONCLUSÃO:
A alergia alimentar é um agravo que pode afetar o ciclo de vida da criança, mas,
ainda é pouco estudada pelos enfermeiros. Como a alergia alimentar é um
mecanismo imunológico após a primeira manifestação pode haver reincidência
de uma nova crise. A única forma de evitar os sintomas ou até mesmo chegar à
cura é através da exclusão total do alimento causador da alergia. A falta de
informação adequada contribui para aumentar a chance de novas ocorrências o
que reforça a necessidade de ampliação dos conhecimentos dos profissionais
de saúde, entre outros o enfermeiro, sobre o diagnóstico e tratamento da
alergia alimentar. As intervenções baseiam-se em orientações fornecidas à
família do portador de alergia alimentar, monitorando o estado nutricional, bem
como excluindo os alimentos que contenham os alérgenos responsáveis pela
AA . A promoção do aleitamento materno exclusivo até o sexto mês de vida e a
introdução cuidadosa dos alimentos complementares no segundo semestre é a
principal ação preventiva, sobretudo em famílias com histórico de atopia.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

496
UNISA - Universidade de Santo Amaro

BRICKS, L.F. Reações adversas aos alimentos na Infância: Intolerância e


Alergia alimentar-Atualização. Pediatria, São Paulo, v. 16, n. 4, p. 176-185, mar.
1994.

COCCO, R.R. et al. Abordagem laboratorial no diagnóstico da alergia alimentar.


Rev. Paulista Pediátrica, São Paulo, v. 25, n. 3, p. 285-65, jun. 2007.

CONSENSO BRASILEIRO SOBRE ALERGIA ALIMENTAR. Documento


conjunto elaborado pela Sociedade Brasileira de Pediatria e Associação
Brasileira de Alergia e Imunopatologia. Revista Médica de Minas Gerais, Minas
Gerais, v. 18, n. 1-S1, p. S1-S44, mai. 2008.

________________________________________________________________
1 Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação em Enfermagem da
Universidade de Santo Amaro.
2 Aluna do oitavo semestre do Curso de Graduação em Enfermagem da
Universidade de Santo Amaro.
3 Doutora em Ciências e Professora Adjunta da Universidade de Santo Amaro.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

497
UNISA - Universidade de Santo Amaro

PSF ESTRATÉGIA DE REORGANIZAÇÃO DO SUS: ANÁLISE


HISTÓRICO DAS POLÍTICAS DE SAÚDE NO BRASIL
JUDY JEANNETTE PALACIOS ROMAN(1)

SONIA REGINA LEITE DE ALMEIDA PRADO(2)(Orientadores)


Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
A saúde está condicionada a fatores políticos, econômicos, sociais e
ambientais. A concepção deste processo determina a forma de prestar atenção
à saúde. Nesse sentido, torna-se necessário uma atenção integral á saúde da
população. A integralidade deve contemplar todos os níveis de atenção. Dentre
os quais se destaca a atenção primária à saúde que tem como foco principal a
promoção e prevenção à saúde. A promoção de saúde, hoje, deve ser uma luta
de todo cidadão, de todo o profissional e de toda instituição governamental, seja
de educação e/ou de saúde. Para compreender o atual modelo assistencial que
é o PSF, faz-se necessário traçar uma trajetória, desta estratégia,
contextualizada no novo modelo de saúde em nosso país.

OBJETIVO:
Resgatar a história da saúde pública no Brasil, até a implantação do SUS, e
identificar os desafios sugeridos no modelo assistencial Programa Saúde da
Família - PSF.

METODOLOGIA:
O estudo carcteriza-se por uma revisão bibliográfica de caráter descritivo. Foi
usada a fonte de dados LILACS (Literatura Latino Americana e do Caribe em
Ciências da Saúde), Scielo (Scientific Eletronic Library Online) usando os
descritores: “Promoção da Saúde”, “Programa Saúde da Família” e “Saúde
Pública”. O recorte temporal foi 1990 a 2008.
Para a composição do material de estudo foram incluídos artigos científicos
nacionais capturados dessas bases de dados após leitura dos resumos e
identificada à pertinência temática. Foi utilizado também para complementação
deste material de estudo outras fontes, retiradas das referências bibliográficas
dos artigos selecionados. Foram selecionados 13 artigos científicos.

RESUMO:
Para atingir os objetivos da Promoção de Saúde, como forma de organização
da assistência na Atenção Básica alguns modelos assistenciais foram
formulados pelo campo da Saúde Coletiva Brasileira, dentre os quais destacam-
se: Sistemas Locais de Saúde - SILOS / Bahia, “Cidade Saudável” de Curitiba e
“Em Defesa da Vida” do Laboratório de Administração e Planejamento –

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

498
UNISA - Universidade de Santo Amaro

LAPA/UNICAMP.
O Programa Saúde da Família foi o modelo normatizado e adotado como
política de intervenção assistencial pelo Ministério da Saúde (MS) em 1994. Nos
documentos oficiais, surge com o propósito de superação ao modelo tradicional
de assistência à saúde. O PSF teria então caráter substitutivo das praticas
convencionais de assistência por um novo processo de trabalho, centrado na
vigilância em saúde. A atenção estaria centrada na família percebida através de
seu ambiente físico e social.

CONCLUSÃO:
Viu-se que ao longo da história a saúde foi mudando e com ela a organização
do serviço. Hoje os desafios que o PSF tem, como estratégia, estão ligados aos
resultados desta trajetória. O perfil epidemiológico mudou, as doenças
prevalentes de preocupação pública não são mais as epidemias e pestes, mas
sim as doenças crônico-degenerativas. Outro ponto é a transição demográfica
da população. Com a industrialização o deslocamento das pessoas começou a
ocorrer, as pessoas saíam de suas cidades rurais em busca de empregos e
vida melhor nas cidades grandes industrializadas. Isto também traz outra
problemática, a marginalização deste fluxo de pessoas, o que compromete o
acesso aos serviços de saúde. Por fim, o desafio da formação do profissional
que hoje, em sua maioria não está preparado em sua totalidade para agir neste
modelo.
Necessita-se, então, reconhecer o profissional como sujeito ativo do processo
de transformação da realidade e gerador das mudanças necessárias. Deve-se
compreender o que é trabalhar em saúde hoje, professores e alunos devem
estar habilitados a desempenhar atividades antes, não requeridas, como
atuação política junto a grupos populacionais, institucionais e órgãos de
administração pública.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
1. MALTA, C. D.; SANTOS, F. P. dos. O programa da Saúde da Família (PSF) e
os modelos de assistência à saúde no âmbito da reforma sanitária brasileira.
Rev. Med. 13 (4):251-259 Minas Geriais, 2003.
2. CHIESA, A. M.; BERTOLOZZI, M. R.; FONSECA, R. M. G. S. da. A
enfermagem no cenário atual: ainda há possibilidade de opção para responder
as demandas da coletividade? O mundo da Saúde 24 (1). São Paulo 2000.
3. ALVES, V. S. Um modelo de educação em saúde para o programa saúde da
família: pela integralidade da atenção e reorientação do modelo assistencial.
Interface – Comunicação, Saúde e Educação 9(16):39-52. Set-2004/Fev-2005.
________________________________________________________________
1 Graduanda da Faculdade de Enfermagem da Universidade de Santo Amaro.
E-mail : Judy_blablabla@hotmail

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

499
UNISA - Universidade de Santo Amaro

2 Dra.em Enfermagem. Professora da Faculdade de Enfermagem da


Universidade de Santo Amaro.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

500
UNISA - Universidade de Santo Amaro

Psoríase: Aspectos Psicossomáticos


KATYA APARECIDA GONÇALVES FIGUEIRA(1)

DILHERMANDO AUGUSTO CALIL(2)(Orientadores)


Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
A pele é um órgão de comunicação e percepção visível. Observou-se que a
pele é o maior órgão de percepção no momento do nascimento, tornando-se o
meio para o contato físico e para a transmissão de sensações físicas e
emoções; a criança, por sua vez, responde a estes contatos através de uma
sensação de bem-estar ou de mal-estar.
Forma, portanto, um canal de comunicação pré-verbal no qual os sentimentos
são expressos e podem ser experimentados e observados. As ligações
existentes com o sistema nervoso tornam a pele altamente sensível às
emoções, independente da consciência. A pele expressa os sentimentos,
mesmo quando não se está ciente deles, e ajuda a aprender e conhecer mais
sobre o ambiente.
É possível identificar a pele como um sistema nervoso externo que se mantém
em conexão com o sistema nervoso interno (SNC), uma vez que o sistema
nervoso é uma parte escondida da pele e ambos são formados pela ectoderme,
que envolve todo o corpo embriônico.
Além de nos delimitar, nos define e diferencia. Portanto, se manifesta de formas
diferentes condizentes aos relacionamentos interpessoais.
Assim pode apresentar alterações cujo desencadeamento e localização estão
diretamente relacionados a possíveis conflitos de relacionamento.
Desta forma a pele convida ao “movimento consciente da partilha”.
A partir do novo entendimento da doença proposto pela psicossomática e pela
psiconeuroimunologia, a pele passa a dizer muito mais do que se está
habituado a entender sobre ela, pois se acredita haver outros aspectos, muitas
vezes não visíveis, que exercem grande influência. Considerada um órgão de
extensão do sistema nervoso e um órgão imunitário, assim como representante
da auto-imagem do indivíduo, também passa a ser expressão de sua
consciência.
Várias doenças dermatológicas são manifestações interessantes de
comportamentosobsessivos como a tricotilomania, a alopécia e a psoríase.
A descamação da psoríase e a perda de pêlos na alopecia criam
comportamentos repetitivos e tem comorbidades psiquiátricas como depressão,
transtorno bipolar e alcoolismo.
Existem muitas pesquisas atualmente e os mecanismos imunológicos são
evidenciados na produção dessa doença. Mas nosso foco será no Ser humano
como um todo, de acordo com os princípios psicossomáticos.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

501
UNISA - Universidade de Santo Amaro

A psoríase atinge de 1% a 3% da população mundial e no Brasil estima-se que


existam cerca de 3 milhões de indivíduos afetados. Atinge igualmente os 2
sexos e tem faixas etárias dos 15 a 20 anos e dos 55 a 60 anos.

OBJETIVO:
Pesquisar os eventos de vida desencadeantes ou agravantes dos quadros de
psoríase bem como a topografia das lesões, além de auxiliar o especialista
dermatologista a incorporar na anamnese o fator psicossomático. Levando em
consideração uma visão biopsicossocial.

METODOLOGIA:
Através da observação clínica das lesões, tendo como referencial o mapa de
leitura corporal de correlação psicossomática e da anamnese biográfica,
avaliamos a história de 11 pacientes com psoríase dando ênfase aos eventos
de vida e o desencadear das lesões.
Os acolhidos foram encaminhados pelo Ambulatório de Dermatologia do
HEWA¹.

RESUMO:
&#65279;As localizações individuais dos pacientes demonstraram que de fato
há correlação entre as lesões e a história de vida.
A compreensão do adoecimento, ou seja, reativar a atenção à saúde e mudar o
foco da doença para o paciente, mostrou ser eficaz no tratamento dos
acolhidos.
Assim como a importância da correlação entre as manifestações e sinais do
corpo e as emoções. Nesse trabalho percebemos que o entendimento da
linguagem do corpo age como a própria voz indicando o caminho.
&#65279;Já que quando aparece um sinal de doença no corpo, o pedido é de
saúde, a qual, para ser duradoura, exige o entendimento da situação vivida e a
disposição para uma mudança de postura.
A compreensão do adoecimento, ou seja, reativar a atenção à saúde e mudar o
foco da doença para o paciente, mostrou ser eficaz no tratamento dos acolhidos

CONCLUSÃO:
Nesse trabalho percebemos que o entendimento da linguagem do corpo age
como a própria voz indicando o caminho.
&#65279;Já que quando aparece um sinal de doença no corpo, o pedido é de
saúde, a qual, para ser duradoura, exige o entendimento da situação vivida e a
disposição para uma mudança de postura.
A compreensão do adoecimento, ou seja, reativar a atenção à saúde e mudar o
foco da doença para o paciente, mostrou ser eficaz no tratamento dos

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

502
UNISA - Universidade de Santo Amaro

acolhidos.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
Montagu - 1988; Azambuja 2000, Sabbag, C. Y. , A pele emocional:
Controlando a psoríase; Souza S. et al, Revista de Psico, vol.36 no. 2
:Associação de Eventos estressores ao surgimento ou agravamento do vitiligo e
psoríase; Mingorance R. C., Loureiro S. R, Okino L., Foss N. T., Medicina
Ribeirão Preto, Pacientes com psoríase: Adaptação psicossocial e
caracteristicas da personalidade
________________________________________________________________
1. Hospital Escola Wladimir Arruda

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

503
UNISA - Universidade de Santo Amaro

qualidade de vida do idoso:o processo de envelhecimento e a


atuação da enfermagem- uma revisão
REGIANE CARVALHO DA SILVA(1)

HOGLA CARDOZO MURAI(2)(Orientadores)


Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
“O crescimento da população de idosos, em números absolutos e relativos, é
um fenômeno mundial e está ocorrendo a um nível sem precedentes. Em 1950,
eram cerca de 204 milhões de idosos no mundo e, já em 1998, quase cinco
décadas depois, este contingente alcançava 579 milhões de pessoas, um
crescimento de quase 8 milhões de pessoas idosas por ano. As projeções
indicam que, em 2050, a população idosa será de 1 900 milhões de pessoas,
montante equivalente à população infantil de 0 a 14 anos de idade”.
O termo Qualidade de Vida (QV) tem recebido uma variedade de definições ao
longo dos anos. A QV pode se basear em três princípios fundamentais:
capacidade funcional, nível socioeconômico e satisfação.
A atuação da enfermagem junto ao idoso deve estar centrada na educação
para a saúde, no “cuidar”, tendo como base o conhecimento no processo de
senescência e senilidade e na promoção e recuperação da capacidade
funcional para a realização de suas atividades, de modo a melhorar a qualidade
de vida.

OBJETIVO:
Identificar e descrever qual a participação da enfermagem para a qualidade de
vida do idoso.

METODOLOGIA:
Trata-se de uma pesquisa de revisão bibliográfica em bases nacionais a partir
dos unitermos: qualidade de vida, idoso e enfermagem, realizado no portal da
Biblioteca Virtual em Saúde (BIREME) abrangendo publicações em língua
portuguesa, entre 1998 e 2007, utilizando os descritores idoso, qualidade de
vida e enfermagem.

RESUMO:
O envelhecer é um fenômeno universal, seqüencial, acumulativo, irreversível,
não patológico, de deteriorização de um organismo maduro, próprio a todos os
membros de uma espécie, de maneira a tornar-se com o tempo incapaz de
enfrentar o estresse do meio ambiente aumentando sua possibilidade de morte.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

504
UNISA - Universidade de Santo Amaro

A enfermagem possui uma atuação amplamente conhecida quando se trata da


assistência ao idoso doente, acamado e hospitalizado. Porém atualmente a
enfermagem está contribuindo de forma significativa na assistência ao idoso
sadio, tendo por objetivo ajudá-lo no auto-cuidado, mantendo sua
independência, lhe garantido uma melhora em sua qualidade de vida.
O conceito do que seria qualidade de vida, passa a ter um significado subjetivo,
ou seja, cada idoso tem a seu ver o que é a QV para si. Alguns dizem que ter
QV, é estar inserido na sociedade, sendo um cidadão ativo

CONCLUSÃO:
Ter uma vida com qualidade, não significa apenas ter uma vida sem patologias,
mas sim uma vida saudável, com aceitação da velhice, tirando benefício dela. O
idoso nesta fase tem que se sentir seguro, respeitado e reconhecido.
Desta forma não só os profissionais de saúde, mas toda a comunidade, e até
mesmo o próprio idoso, devem-se tornar em agentes transformadores buscando
o direito de dignidade, para envelhecer mantendo a qualidade de vida.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:

1.BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento


de Atenção Básica. Ministério da Saúde (Série A. Normas e Manuais Técnicos)
(Cadernos de Atenção Básica, n. 19 )Envelhecimento e saúde da pessoa idosa.
Brasília 2006. 192 p.il.
2.Duarte M.J.R.S. Autocuidado para a Qualidade de Vida. In Caldas, C.P.A.
Saúde do Idoso: a arte de cuidar. Rio de Janeiro: UERJ, 1998.p.17-34
3.Vecchia R.D et al. Qualidade de vida na terceira idade: um conceito subjetivo
Rev. Bras Epidemiol .São Paulo.v.8,n.3.p.246-252 set. 2005

________________________________________________________________
¹Graduanda em Enfermagem pela Faculdade de Enfermagem da Universidade
de Santo Amaro (UNISA)
²Enfermeira. Doutora em Saúde Pública. Professora Titular I, na Faculdade de
Enfermagem da Universidade de Santo Amaro – UNISA.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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UNISA - Universidade de Santo Amaro

Qualidade de Vida: Um Direito do Idoso


KELLY TOBIAS GONÇALVES(1)

IRENE CORTINA(2)(Orientadores)
Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
Segundo a Político Nacional do Idoso (MS, 1994), é considerado idoso toda
pessoa com idade igual ou superior aos sessenta anos. Essa população tem
chamado a atenção e a cada ano torna-se maior no mundo, e segundo a OMS
poderá chegar aos 32 milhões em 2025, só no Brasil. Esta faixa etária requer
cuidados específicos, pois conforme o envelhecimento acontece, algumas
funções fisiológicas do organismo mudam e começam a aparecer as doenças
crônicas degenerativas, comuns nessa fase da vida. Com esses problemas é
fundamental que conforme o envelhecimento aconteça, o idoso tenha qualidade
de vida.
Todo o ser humano independente do momento da vida em que se encontra tem
o direito a ter qualidade de vida. A Política Nacional do Idoso (MS, 2006) e o
Estatuto do Idoso (MS, 2003) , são leis que protegem a pessoa idosa,
mostrando que eles têm os mesmos direitos fundamentais inerentes a pessoa
humana, sem sofrer qualquer tipo de preconceito ou violência, e todos tem o
dever de respeitar essas normas, assegurando ao idoso que as suas
necessidades básicas sejam efetivas. É extremamente importante que o idoso
tenha conhecimento dessas leis, para poder lutar pelos seus direitos, e a
comunidade, o Poder Publico e principalmente os familiares tem o dever
respeitar essas leis e fazer valer, para que o idoso tenha qualidade de vida
nessa fase vital.

OBJETIVO:
Demonstrar que os idosos tem garantido por Lei, direitos a qualidade de vida,
apresentados nas Leis 8842/94- Politica Nacional do Idoso (MS, 1994) e 10.741
Estatuto do Idoso (MS, 2003) e na Política Nacional de Saúde do Idoso (MS,
2006).

METODOLOGIA:
As pesquisas realizadas para fazer esse trabalho, foram de revisão bibliográfica
em bases de dados SciELO e elegendo os documentos oficiais que norteiam as
políticas públicas referentes aos idosos dos últimos 15 anos.

RESUMO:
Todo ser humano tem direitos, e as leis garantem que esses direitos possam

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

506
UNISA - Universidade de Santo Amaro

ser válidos, com o intuito de proteger a vida. Perante a lei todos são iguais,
incluindo a população idosa, que durante muitos anos sofreram discriminações,
abandonos, preconceitos, pelas pessoas acharem que eles não serviam mais
para nada. Hoje em dia a situação está mudando, cada vez mais são criadas
leis e decretos de proteção à vida do idoso.
A população idosa merece um respeito maior, eles lutaram muito para chegar
aos 60 anos, o seu conhecimento, sua experiência de vida estão marcadas em
seus rostos, e nessa fase o idoso quer tranqüilidade e certeza que seu
envelhecimento será seguro e terá qualidade de vida sem ter que sofrer
nenhum tipo de negligencia ou abandono..
Foram criadas leis para garantir aos idosos uma vida mais digna, a Lei 8.842
(Política Nacional do Idoso, 1994), tem por “objetivo assegurar os direitos dos
idosos criando condições para prover sua autonomia, integração e participação
efetiva na sociedade (Art. 1º) e que é dever da família, sociedade e estado”,
assegurar aos idosos, todos os direitos a cidadania, garantindo sua participação
na comunidade, defendendo sua dignidade, bem estar e o direito a vida” (Art.
3º, I).
Para ampliar mais os direitos dos idosos, foi criado o Estatuto do Idoso (2003)
que dá mais proteção ao idoso, proporcionando o direito “a saúde, á
alimentação, á educação, á cultura, ao esporte e lazer, ao trabalho, á cidadania,
á liberdade, á dignidade, ao respeito e a convivência familiar e comunitária”,
sendo obrigação da família, comunidade, sociedade e Poder Publico assegurar
que esses direitos sejam efetivados (Art. 3º), sem sofrer nenhum tipo de
discriminação, violência, crueldade ou opressão, sendo dever de todos prevenir
qualquer ameaça aos direitos dos idosos.
O envelhecimento diz respeito à sociedade em geral; um dia todos seremos
idosos, e nessa fase o direito à qualidade de vida devem ser efetivados, sem
nenhum empecilho, para que o idoso tenha uma vida mais digna. Há uma busca
constante para se obter qualidade de vida, e os idosos não são diferentes, eles
merecem que seu envelhecimento tenha uma qualidade, principalmente por
estarem nessa fase tão importante, querem a garantia de tranqüilidade sem
nenhuma preocupação, com a segurança da presença da família, a importância
da convivência entre amigos, de ser amado e desejado como qualquer ser
humano, de viver a melhor fase da vida com a certeza de estar vivendo com
qualidade.

CONCLUSÃO:
Devemos respeitar os idosos, a população e o poder Público tem o dever de ter
conhecimento das leis e respeitá-las, aplicá-las para que os idosos de hoje e os
do futuro tenham garantias de uma vida melhor com dignidade e qualidade. Na
saúde não é diferente, o idoso precisa de uma equipe multi-profissional com

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

507
UNISA - Universidade de Santo Amaro

uma preparação adequada para tratar das questões referentes à velhice,


cuidando, prevenindo, mantendo, reabilitando, tratando-os com mais
humanização e competência, para tornar essa fase da vida a melhor para
todos.
Descritores: Idosos; Qualidade de Vida; Envelhecimeto; Leis.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
BRASIL. Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003. Dispões sobre o Estatuto do
Idoso, Diário Oficial da União, Poder Executivo, Brasília, DF, 2003.

________. Lei nº 8.842, de 4º de janeiro de 1994. Política Nacional do Idoso,


Brasília, DF, 1994.

VECCHIA, Roberta Dalla; RUIZ, Tânia; BOCCHI, Silvia CCristina Mangini; et all.
Qualidade de vida na terceira idade: um conceito subjetivo. Revista Brasileira de
Epidemiologia. 2005. 8 (3); 246-252.

________________________________________________________________
1. Aluna de graduação em enfermagem da Universidade de Santo Amaro-
UNISA; e-mail: babykelly_20@yahoo.com.br;
2. Professora orientadora da Faculdade de Enfermagem da Universidade de
Santo Amaro-UNISA

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

508
UNISA - Universidade de Santo Amaro

RECANALIZAÇÃO ESOFÁGICA PÓS-ADJUVÂNCIA, DE CÂNCER


DE ESÔFAGO AVANÇADO IRRESSECÁVEL, SUBMETIDO À
CIRURGIA PALIATIVA DE BYPASS
RAQUEL CALANDRINO(1), NAIM CARLOS ELIAS(2), NATALIA CIARDI DE SOUZA(3)

ELIAS JIRJOSS ILIAS(4),PAULO KASSAB(5),ORLANDO CONTRUCCI


FILHO(6),MURILLO DE LIMA FAVARO(7)(Orientadores)
Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
Os tumores malignos do esôfago estão entre os mais agressivos do trato
gastrointestinal. Devido o seu surgimento assintomático, o diagnóstico é feito já
em estádio mais avançado, razão de uma sobrevida pequena mesmo após seu
tratamento. No Brasil, segundo estimativas do Ministério da Saúde, ocorreram
em 2005 cerca de 8.140 casos novos de câncer de esôfago em homens e 2450
em mulheres.
Não houve melhora significativa, nos últimos 40 anos, da taxa de cura
oncológica dos pacientes portadores de carcinoma de esôfago. No Brasil o
diagnóstico desta afecção continua sendo feito quando há pouca possibilidade
de tratamento curativo. A disfagia é o principal sintoma e a responsável pela
desnutrição grave; devido à obstrução esofágica, complicações pulmonares são
freqüentes. Diante deste quadro, a principal meta do tratamento é obter alívio
da disfagia com mínima morbimortalidade. Quando o tumor é ressecável, o
tratamento preconizado é a esofagectomia subtotal mesmo com intenção
paliativa. O tratamento dos tumores irressecáveis é assunto aberto, e comporta
distintas abordagens: ablação térmica (terapia com laser), radioterapia,
próteses transtumorais e diversos procedimentos cirúrgicos com
intenção de abrir uma via de alimentação através de um estoma ou de uma
derivação.

OBJETIVO:
Mostrar alternativas de tratamentos e sua evolução para casos de câncer
esofágico irresecaveis.

METODOLOGIA:
Relato de caso de um paciente de 48 anos, tabagista e etilista, portador de
câncer epidermóide invasivo GII, obstrutivo em esôfago torácico alto,
previamente submetido à gastrectomia com reconstrução à Birroth II há 20 anos
e tratamento de tuberculose pulmonar.

RESUMO:

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

509
UNISA - Universidade de Santo Amaro

Durante o ato operatório encontrou-se tumor de esôfago torácico alto com


invasão de estruturas adjacentes pleuro pulmonares e em estruturas vasculares
(tronco braquiocefálico a E). Foi optado por realizar uma esofagotomia cervical
deixando o tumor no leito e bypass com colón direito retroesternal
(esofagocolonjejunoplastia - alça eferente). Paciente evoluiu bem no pós-
operatório com pequena fístula cervical no 8o pós-operatório e fechou
definitivamente no 18o pós-operatório. Após alta hospitalar foi encaminhado
para radioterapia adjuvante voltando em pós-operatório tardio no consultório
com queixa de disfagia pra sólidos. Durante endoscopia digestiva alta
verificamos na altura da anastomose 2 orifícios que após esofagograma, para
melhor avaliação, observamos recanalização do esôfago.
O paciente foi submetido a sessões de dilatação com melhora clínica
satisfatória.
Atualmente apresenta 60 meses de sobrevida e doença sob controle.
Acredita-se então que a radioterapia é uma alternativa para o tratamento do
câncer irressecável de esôfago relacionada com a permeabilidade do esôfago e
do tubo colônico, as quais não trouxeram conseqüências maléficas ao
pacientes, torna-se uma boa alternativa para melhora da sobrevida do paciente
com essa patologia.

CONCLUSÃO:
A radioterapia no câncer de esôfago irressecavel é de fundamental importância,
levando ao aumento da sobrevida e a permeabilidade do esôfago e do tubo
colônico, ambos funcionante, não trás conseqüências maléficas ao paciente.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
1. BRASIL. INSTUTO NACIONAL DE CÂNCER, - Estimativas da incidência e
mortalidade por câncer no Brasil: neoplasia maligna do esôfago. Disponível em :
http://www.inca.gov.br/estimativas/2003/index.asp?=mapa.asp&ID=7. [June 26
2004].

2. 1. Altorki NK, Girardi L, Skinner DB. En bloc esophagectomy


improves survival for stage III esophageal cancer. J
Thorac Cardiovasc Surg 1997; 114: 948–56.

3. JEMAL,; TIWARI, R.C.; MURRAY, T.; GHAFOOR, A.; SAMUELS, A.; WARD,
E.; FEUER,Ej.; THUN,MJ; AMERICAN CANCER SOCIETY. Câncer statístics,
2004. CA Cancer Journal for Clinicians, v.54,p.8-29, 2004.

________________________________________________________________
Sem notas

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

510
UNISA - Universidade de Santo Amaro

RELAÇÃO ENTRE A QUALIDADE DE VIDA E A PRÁTICA DE


EXERCÍCIO FÍSICO EM INDIVÍDUOS COM SOBREPESO E
OBESIDADE
MIRIAN ALMEIDA SENA(1), VIVIANE DOS SANTOS FREITAS(2)

DANIELA KUGUIMOTO ANDAKU OLENSCKI(3)(Orientadores)


Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
A Obesidade é uma doença crônica caracterizada pelo acúmulo excessivo de
tecido adiposo, que deriva de um desequilíbrio entre a energia ingerida e a
energia gasta. A obesidade representa um desafio para a saúde pública atual
tanto pela elevação de sua prevalência quanto por ser um fator que predispõe
ao desenvolvimento de outras doenças crônicas. Atualmente estudos
demonstram que o excesso de peso causa um impacto negativo na qualidade
de vida; apontam que há uma relação inversa entre o grau de obesidade e a
qualidade de vida, quanto maior o percentual de gordura, menor a percepção
da qualidade de vida. O exercício físico contribui para redução de peso,
melhorando a saúde geral do indivíduo.

OBJETIVO:
Verificar o impacto da prática de exercício físico na qualidade de vida de
indivíduos com sobrepeso e obesidade.

METODOLOGIA:
A amostra foi composta por 111 indivíduos divididos em três grupos, sendo um
Grupo Sedentário constituído por 62 indivíduos, que não praticam exercício
físico; um segundo Grupo denominado Exercício1 constituído por 24 indivíduos
que praticam exercício físico com menor freqüência e duração; e um terceiro
Grupo Exercício 2 com 25 indivíduos que praticam exercício físico com maior
freqüência e duração. Os critérios de inclusão foram: indivíduos de ambos os
sexos, idade superior a 18 anos, IMC acima de 25, praticantes ou não de
exercício físico, sendo excluídos os indivíduos que apresentaram alguma
doença na qual há incapacidade para realização de exercícios físicos. Foi
aplicado um questionário de identificação para coleta de antecedentes pessoais
e familiares, fatores de risco para doenças cardiovasculares, a prática ou não
de exercício físico e inclusão de medidas de peso e altura para cálculo do IMC;
para avaliar a qualidade de vida utilizou-se o questionário SF-36. Para análise
dos resultados foi aplicada a análise de variância por postos de Kruskal-Wallis
para comparar entre os três grupos os valores atingidos em cada domínio do
Teste de Qualidade de Vida SF-36, e para verificar a prevalência de doenças

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

511
UNISA - Universidade de Santo Amaro

associadas nos três grupos foi utilizado o Teste do Qui Quadrado.

RESUMO:
Foi observado maior número de indivíduos com sobrepeso e obesidade no sexo
feminino em ambos os grupos. Os grupos mostraram-se homogêneos quanto à
presença de doenças associadas; a análise dos dados indicou prevalência de
sobrepeso em todos os grupos. Nos domínios Estado Geral de Saúde e
Aspectos Sociais, o Grupo Exercício 2 atingiu valores superiores ao Grupo
Sedentário (p0,05; p0,01 respectivamente). Nos domínios Aspectos Físicos,
Aspectos Emocionais, Melhora da Dor e Capacidade Funcional, apesar de não
apresentarem valores significantes estatisticamente, o Grupo Exercício 2 atingiu
pontos superiores quando comparado ao Grupo Sedentário e ao Grupo
Exercício 1. A alta freqüência de sobrepeso nos Grupos Sedentário e Exercício
1 pode ser decorrente do sedentarismo ou a insuficiente prática de exercício
físico, respectivamente, considerados os maiores responsáveis pelo aumento
dos índices de obesidade e sobrepeso. Com relação a o Grupo Exercício 2, seu
alto índice de sobrepeso pode ser justificado pelo fato de o Índice de Massa
Corpórea não levar em consideração a composição corporal para classificar a
obesidade. Apesar de não significantes estatisticamente Nos domínios
“Aspectos Emocionais”, “Melhora da Dor” e “Capacidade Funcional”, o Grupo
Sedentário apresentou tendência a valores mais altos quando comparado ao
Grupo Exercicío1, o que pode ter ocorrido devido ao fato do Grupo Exercicío1
apresentar mais doenças associadas quando comparado ao Grupo Sedentário.
A percepção da qualidade de vida dos indivíduos que praticam exercícios
físicos é melhor com relação aos que não praticam, tendo presentes ou não
doenças associadas à obesidade; há uma melhora da qualidade de vida de
indivíduos obesos após a prática de exercício físico.

CONCLUSÃO:
A prática de exercício físico implica em melhora significante no Estado Geral de
Saúde e Aspectos Sociais, com tendência a efeitos positivos em Aspectos
Físicos, Aspectos Emocionais, Dor e Capacidade Funcional.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
CICONELLI, R.M.; FERRAZ, M.B.; SANTOS, W.; MEINÃO, I.; QUARESMA,
M,R. Tradução para língua portuguesa e validação do questionário genérico de
avaliação de qualidade de vida SF-36 (Brasil SF-36). Revista Brasileira de
Reumatologia, São Paulo, v.39, n.3, p.143-150, mai/jun, 1999.

SANTOS, J.A.R. Obesidade e Exercício. Rev. Bras. Educ. Fís. Esp, São Paulo,
v.20, supl.5, p.161 -162, set,2006.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

512
UNISA - Universidade de Santo Amaro

WHO – WORLD HEALTH ORGANIZATION. Obesity: Prevention and managing


the global epidemic. Report of a WHO Consultation. WHO Technical Report
Series 894. Geneva: World Health Organization, 2000. Disponível em:
http://www.who.int/bmi/
index.jsp. Acesso em: 03 maio 2007.

________________________________________________________________
Graduanda do 8º semestre do curso de Fisioterapia da Universidade de Santo
Amaro – UNISA.
Graduanda do 8º semestre do curso de Fisioterapia da Universidade de Santo
Amaro – UNISA.
Fisioterapeuta, Mestre em Distúrbios do Desenvolvimento pela Universidade
Presbiteriana Mackenzie. Professora adjunto da Faculdade de Fisioterapia na
Universidade de Santo Amaro – UNISA.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

513
UNISA - Universidade de Santo Amaro

Satisfação do cliente: O que dizem os clientes externos de um


Hospital Escola da região Sul da Cidade de São Paulo sobre o
atendimento dos serviços de enfermagem.
LETÍCIA FRAGOSO SANTOS(1)

MARCO ANTONIO DOS SANTOS(2)(Orientadores)


Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
Por muito tempo a Enfermagem foi exercida de maneira empírica. A qualidade
do serviço de enfermagem era muito inconstante devido a perseguições
religiosas que terminaram com o Edito de Milão do Imperador Constantino. No
século XII houve a queda moral e a decadência da Enfermagem, em meio a
essa situação pessoas como São Francisco de Assis e São Vicente de Paula
tentaram melhorar a qualidade do atendimento de Enfermagem1.
A Enfermagem moderna se iniciou em 1854 com a atuação de Florence
Nightingale na Guerra da Criméia, foi quando deixou de prestar atendimento
empírico e passou visar um atendimento de qualidade para o doente1.
A área da saúde, ainda que timidamente, desperta para a Qualidade a partir
dos anos 80, isso faz com que as instituições da área da saúde reavaliem sua
forma de atuação e adotem o gerenciamento de Qualidade. A enfermagem
também segue o exemplo dos hospitais, começando a estudar e adotar o
gerenciamento da Qualidade, visando não somente um padrão aceitável de
assistência, mas também atender as expectativas dos trabalhadores e dos
clientes2.
A finalidade de todo hospital é o atendimento ao cliente, o que torna importante
a pesquisa de satisfação do cliente, muito citada atualmente.
Para uma unidade de saúde continuar funcionando depende muito da
aprovação dos usuários. As melhorias baseiam-se na satisfação do cliente, ou
seja, ouvir e observar o comportamento do usuário dentro da unidade.
Justifica-se a realização deste trabalho mostrar para enfermeiros e gerentes de
unidade de saúde a importância da pesquisa de satisfação do cliente em
enfermagem na contribuição para a melhoria da qualidade da assistência.

OBJETIVO:
Conhecer a opinião dos usuários de um hospital escola da Zona Sul de São
Paulo referente ao atendimento de enfermagem;
Identificar, analisar e avaliar qual a percepção dos clientes externos quanto à
qualidade dos serviços prestados pela enfermagem.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

514
UNISA - Universidade de Santo Amaro

METODOLOGIA:
Foi realizado um estudo de abordagem quantitativa, do tipo exploratório
descritivo, com uma amostra não probabilística por quota. Aplicou-se um
questionário no período de agosto a setembro de 2008, avaliamos a satisfação
do cliente em enfermagem que informa também o perfil dos usuários de um
hospital escola localizado na Zona Sul da Cidade de São Paulo, no qual foram
pesquisados 10% dos usuários de um mês de atendimento totalizando 76
clientes.

RESUMO:
O Hospital Escola onde se realizou a pesquisa, localiza-se dentro do Campus
da Universidade, que mantém uma parceria com a prefeitura e estado de São
Paulo, com 37 especialidades médicas, faz em média 10.000 atendimentos
médicos mensais, 156 cirurgias, 603 atendimentos de enfermagem.
A equipe de enfermagem é composta por 10 enfermeiros e 36 auxiliares de
enfermagem.
A avaliação do grau de satisfação é a congruência entre a atenção esperada e
a atenção recebida3.
O perfil do usuário da unidade estudada, segundo escolaridade destacam se
com 46% os que estudaram até o ensino médio, não houve entrevistado com
pós-graduação; segundo idade se destacou com 39,5% a faixa etária de 29 a
38. (O que demonstra que o universo pesquisado é formado por pessoas com
juízo crítico desenvolvido).
Foram avaliadas sete caracteristicas do atendimento do serviço de
enfermagem (relacionamento/assistência) avaliando a expectativa do cliente e
serviço prestado pelo profissional de enfermagem em dados quantitativos e
qualitativos, e foram apresentadas cinco opções de resposta: Ótimo, Bom,
Regular, Ruim e Péssimo.
Simpatia e Cordialidade: teve percentagem de opiniões positivas (Ótimo e
Bom) de 90,8% contra opiniões negativas (Regular e Ruim) de 9,2%, não
havendo percentagem para péssimo. Sugerindo que os colaboradores da
equipe de enfermagem estão atendendo os usuários de modo gentil sendo
acessível, sabendo ouvir, respeitar e valorizar as diferenças individuais,
acolhendo e tratando as pessoas de forma humana, mantendo relação
harmoniosa e agindo como facilitador.
Educação e Respeito: teve percentagem de opiniões positivas (Ótimo e Bom)
de 92,1% contra opiniões negativas (Regular e Ruim) de 7,9%, não havendo
percentagem para péssimo. Demonstrando que os colaboradores da equipe de
enfermagem usam de empatia para com os usuários, agindo com bom senso,
respeitando os valores inerentes cada individuo, atuando de forma imparcial.
Tempo de Espera: teve percentagens de opiniões positivas (Ótimo e Bom) de
36,8% contra opiniões negativas (Regular, Ruim e Péssimo) de 63,2%,

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

515
UNISA - Universidade de Santo Amaro

sugerindo uma demora grande no atendimento. Observamos que esta demora


está relacionada à forma de organização do serviço, recebimento do cliente em
horário único, tempo de destinado à consulta, atividades atreladas à presença
de docentes e à contingência de clientes, resultando assim, na demora do
atendimento de enfermagem.
Boa vontade e disposição em ajudar a resolver os problemas: teve percentagem
de opiniões positivas (Ótimo e Bom) de 81,6% contra opiniões negativas
(Regular, Ruim e Péssimo) de 18,4%, observando que grande parte dos
colaboradores estão dispostos a atender bem os clientes de forma construtiva,
integrando e compartilhando problemas e soluções, porem o espaço físico
destinado para algumas especialidades gera tumulto no atendimento, fazendo
com que a atenção dispensada ao cliente seja menor que a esperada.
Cuidados Prestados: teve percentagem de opiniões positivas (Ótimo e Bom) de
96,1% contra opiniões negativas (Regular e Ruim) que é de 3,9%, não havendo
percentagem para péssimo, isso nos direciona a pensar que os colaboradores
são profissionais qualificados para o serviço, tendo domínio do conhecimento
nas áreas de atuação.
Clareza de Informações: teve percentagem de opiniões positivas (Ótimo e
Bom) de 84,2% contra opiniões negativas (Regular, Ruim e Péssimo) de 15,8%,
obtivemos um número considerável de opiniões insatisfatórias, os clientes
esperam uma abertura maior para questionamentos, e os termos usados pelos
profissionais podem não ser entendidos pelos clientes, devendo utilizar
linguagem mais clara, convincente, objetiva, adequada, sem distorção.
Apresentação Pessoal: teve percentagem de opiniões positivas (Ótimo e Bom)
92,1% contra opiniões negativas (Regular e Péssimo) 7,9%, não havendo
percentagem para ruim, a percentagem de opiniões positivas é grande, porém
devemos considerar as opiniões insatisfatórias, que podem ser resultado da
não utilização das indumentárias por equipe, e por não haver uma padronização
na apresentação verbal dos profissionais junto ao paciente.

CONCLUSÃO:
Os usuários consideram o atendimento de serviço de enfermagem de bom a
ótimo com resultados positivos superiores a de várias pesquisas de satisfação
de outros profissionais de saúde e de enfermagem, mas obtivemos insatisfação
de 63,2% no item tempo de espera, sendo um item que não depende somente
da equipe de enfermagem. Sendo que o mesmo está intimamente ligado com a
assistência médica e os serviços administrativos.
Apesar dos usuários mostrarem em sua maioria uma avaliação positiva, a
assistência de enfermagem tem um grande potencial para melhorar a
qualidade. Definir e conscientizar a todos os colaboradores a função da equipe
de enfermagem na unidade, apresentação ao cliente dizendo o nome e a

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

516
UNISA - Universidade de Santo Amaro

função, e na seqüência explicar o procedimento, fazer com que o colaborador


saiba onde ele está inserido nos processos, havendo educação permanente
para os funcionários e incentivo para os colaboradores trabalharem com
qualidade da assistência.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
1. Kawamoto EE, Fortes JI. F Fundamentos de Enfermagem, Edição revista e
ampliada. Editora Pedagógica e Universitária LTDA. 1997
2. Antunes AV, Trevizan MA. Gerenciamento da qualidade: utilização no serviço
de enfermagem. Revista latino-am.enfermagem,Ribeirão Preto, v. 8, n.1, p.35-
44, jan 2000
3. Mendonza AZ, Castañón MAH, Luiz MAV. Importância da comunicação na
avaliação da qualidade da atenção de enfermagem e a satisfação da mulher
depois do parto. In: Proceedings of the 8. Brazilian Nursing Communication
Symposium [Proceedings online]; 2002 May 02-03; São Paulo, SP, Brazil. 2002
[cited 2008 Oct 09]. Available from: URL:
http://www.proceedings.scielo.br/scielo.php?

________________________________________________________________
Trabalho apresentado para a conclusão do curso de graduação em
enfermagem
Aluna do 7º semestre do Curso de Enfermagem da UNISA
Orientador, especialista em Saúde Pública, professor de Sociologia em
Enfermagem da Faculdade de Enfermagem da UNISA e membro do Centro de
Estudos e Pesquisas em História da Enfermagem da UNISA (CEPHEN-UNISA)

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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Sou uma mulher com câncer de mama, e agora?


LEYLA CAROLINI ANTUNES ROCHA(1)

CLAUDIA POLUBRIAGINOF(2)(Orientadores)
Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
O diagnóstico de câncer tem geralmente, um efeito devastador na vida da
pessoa que o recebe, seja pelo temor às mutilações e desfigurações que os
tratamentos podem provocar, seja pelo medo da morte ou pelas muitas perdas,
nas esferas emocional, social e material, que quase sempre ocorrem. Portanto,
a atenção ao impacto emocional causado pela doença, é imprescindível na
assistência ao paciente oncológico.
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de mama é
provavelmente o mais temido pelas mulheres, devido à sua alta freqüência e,
sobretudo, pelos seus efeitos psicológicos, que afetam a percepção da
sexualidade e a sua própria imagem pessoal. A incidência é relativamente baixa
antes dos 35 anos de idade, mas acima desta faixa etária sua incidência cresce
rápida e progressivamente. No Brasil, o câncer de mama é o que mais causa
mortes entre as mulheres com estimativa de incidência para 2008 é de 49.400,
com um risco estimado de 51 casos a cada 100 mil mulheres.
Acredita-se na possibilidade de contribuições psicológicas no crescimento do
câncer. Por Holland, foi definido a fundamentação da psico-oncologia uma sub-
especialidade da oncologia, que procura estudar as duas dimensões
psicológicas presentes no diagnóstico do câncer: 1) o impacto do câncer no
funcionamento emocional do paciente, sua família e profissionais de saúde
envolvidos em seu tratamento; 2) o papel das variáveis psicológicas e
comportamentais na incidência e na sobrevivência ao câncer.
A psico-oncologia é uma área de atuação multidisciplinar, com competência
técnica para lidar com as várias situações que a doença abrange. Assim,
destacamos a prática do enfermeiro em oncologia, que evoluiu para a
assistência ao cliente e sua família através da educação, do suporte psico-
social, administrando a terapia recomendada, selecionando e administrando
intervenções que diminuam os efeitos colaterais da terapia proposta,
participando da reabilitação e provendo conforto e cuidados.

OBJETIVO:
Identificar os sentimentos mais comuns, após uma mulher ter recebido um
diagnóstico de câncer de mama, em qualquer fase da doença e do tratamento e
identificar sua percepção da atuação da enfermagem junto ao paciente
mediante ao diagnóstico e durante o tratamento.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

518
UNISA - Universidade de Santo Amaro

METODOLOGIA:
Pesquisa descritiva exploratória com abordagem qualitativa do tipo pesquisa de
campo. Sendo constituídas mulheres diagnosticadas com a enfermidade do
câncer de mama. A coleta de dados com entrevista semi-estruturadas com
questões aberta e fonogravadas.

RESUMO:
Ao confirmar o diagnóstico do câncer de mama, a convivência com essa
enfermidade e suas implicações, geram profundas mudanças na vida e a
maneira de ver o mundo das pacientes. Os sentimentos mais comuns
identificados foram: decepção, ansiedade, medo, preocupação, motivação e
confiança. Quanto à atuação da equipe de enfermagem, o mais marcante foram
às discussões de acolhimento e apoio.

CONCLUSÃO:
Com o diagnóstico a mulher passa por alterações significativas em diversas
esferas da vida, como a sua própria subjetividade, podendo ter dificuldades de
expressar ou até mesmo se comunicar, o que traz implicações em seu cotidiano
e nas relações com as pessoas de seu contexto social. Assim, é essencial
compreender e dar suporte às mulheres com câncer de mama, ouvir e aprender
com as pacientes, tendo sempre em mente, que estamos cuidando de um ser
humano, que tem suas necessidades sociais, biológicas e psicológicas, e não
somente uma enfermidade.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
• Carvalho MM. Psico-oncologia: História, características e desafios. Psicologia
USP, São Paulo, v.13, n.1, 2002.
• Brasil. Instituto Nacional do Câncer, 1996-2008, acesso 2008. [on line]. Órgão
do Ministério de Saúde do Brasil voltado a ações nacionais integradas para o
controle e prevenção da neoplasia. Disponível na internet em:
http://www.inca.gov.br/ Acesso em: 18 agos. 2008.
• Silva LC da. Câncer de mama e sofrimento psicológico: aspectos relacionados
ao feminino. Psicol. estud., Jun 2008, vol.13, nº2, p.231-237.

________________________________________________________________
¹Aula de graduação de Enfermagem da Universidade de Santo Amaro.
²Professora assistente da Faculdade de Enfermagem da Universidade de Santo
Amaro.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

519
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Subsídios Necessários para o Exercicio da Liderança


Direcionados ao Enfermeiro Assistencial
JORGE CELESTINO DA CRUZ PEREIRA(1)

ISABEL CRISTINA KOWAL OLM CUNHA(2)(Orientadores)


Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
INTRODUÇÃO
A liderança em Enfermagem ao longo dos anos, vêm continuadamente sendo
alvo de estudos, com enfoque na melhoria na condução das equipes de
Enfermagem e objetivando a excelência nas execuções das rotinas e
contribuindo para a melhoria da assistência prestada ao paciente/cliente. Como
acadêmico e também no cargo de auxiliar de Enfermagem, durante o período
de estágio e no exercício da profissão, pude observar o déficit na liderança, dos
enfermeiros, considerando que esta é vista como um poder de influenciar os
indivíduos para a consecução dos objetivos desejados. É evidente que o
enfermeiro possui um alto grau de responsabilidade sobre a equipe que
coordena, e como chefe, ele necessita alcançar os objetivos planejados e/ou
desejados pela instituição. Para atingi-los há a necessidade da aquisição da
ferramenta liderança para a condução da equipe.

OBJETIVO:
OBJETIVO
Este estudo teve como objetivo identificar a importância da ferramenta liderança
para o enfermeiro assistencial e Identificar as características e estilos de
liderança a serem utilizados por este profissional

METODOLOGIA:
METODOLOGIA
A revisão de literatura foi o método aplicado para a realização do trabalho,
havendo uma compilação de dados entre artigos científicos pesquisados em
bases de dados da LILACS, BDENF e SCIELO e livros de administração em
Enfermagem como base de referência para a pesquisa. O recorte temporal foi
de 1976 a 2006, Foram localizados 14 artigos dos quais, após leitura inicial
foram selecionados apenas 7 e 7 livros. Estes foram lidos e seus conteúdos
categorizados.

RESUMO:

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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UNISA - Universidade de Santo Amaro

RESULTADOS
A investigação contribuiu para o reconhecimento de três categorias
relacionadas ao tema pesquisado que são descritos a seguir :
1 - Características e necessidades encontradas à prática da liderança;
A analise dos trabalhos pesquisados referentes ao grupo das Características e
necessidades encontradas à prática da liderança, expõe que a liderança é
fundamental para a prática e rotina a ser realizada e assumida pelo
enfermeiro(a). Acredita-se que o enfermeiro tenha que desempenhar a
liderança voltada para transformações sendo direcionada à inovações e ao
desenvolvimento da qualidade da assistência de Enfermagem, buscando
estratégias que possibilitem maior satisfação para a equipe durante a rotina do
dia a dia, viabilizando o aprimoramento da qualidade de Enfermagem prestada
ao cliente/paciente e ao desenvolvimento do potencial do pessoal de auxiliares
e técnicos de Enfermagem. Portanto, ressalta-se que o enfermeiro é um ser
dotado de poderes para a implementação de mudanças, porém, estas afetam
as pessoas e os que estão em contato com elas, e se faz necessário que se
busque estratégias para conhecer melhor a si mesmo, viabilizando o
reconhecimento dos seus pontos fortes e fracos, contribuindo para uma
liderança eficaz.
2 - A aplicação da comunicação ao exercício da liderança;
A liderança é causadora de mudanças e transformações, porém, estas são
possíveis apenas por meio do processo comunicativo/participativo. Assim, a
comunicação é uma das mais importantes ferramentas para o exercício da
liderança. Os enfermeiros necessitam desenvolve-la para poder tornarem-se
líderes de suas equipes..
3 - O uso da teoria situacional como ferramenta aplicável à liderança.
Os trabalhos pesquisados evidenciam a teoria situacional como importante
ferramenta para a prática da liderança, direcionando qual o estilo adequado a
ser exercido pelo enfermeiro, empregando-o ao nível de maturidade dos
liderados e situação vivenciada no momento.A opção por determinado estilo de
liderança não está vinculada a nenhuma função fiscalizadora dos serviços de
Enfermagem, e sim, otimizar a execução das rotinas, no sentido de prover uma
assistência adequada.

CONCLUSÃO:
Conclusão
A liderança mostrou-se importante como ferramenta para o enfermeiros
gerenciar sua equipe e a liderança situacional destaca-se como um dos
modelos de liderança possíveis de serem utilizados pelo enfermeiro. A
comunicação ficou evidenciada como necessária ao exercício da liderança.
fortalecendo para a conquista dos resultados e objetivos traçados pelos

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

521
UNISA - Universidade de Santo Amaro

enfermeiros lideres/chefes de equipe.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
Referências
1 - BESSIE L. M; HUSTON C.J. Administração e liderança em Enfermagem:
Teoria e aplicação. Trad. Regina Machado Garcez e Eduardo Schaan. 2ª. Ed.
Porto Alegre: Artes Médicas Sul Ltda, 1999.

2 - BALSANELLI A. P; CUNHA I. C. K. O. Liderança no contexto da


Enfermagem. Rev. Esc. Enferm. USP. 2006: 40(1):117-22.

________________________________________________________________
Sem notas de rodapé.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

522
UNISA - Universidade de Santo Amaro

TRATAMENTO FISIOTERAPEUTICO NA DISPAREUNIA


CÍNTIA COTA GORGONHA(1), VANESSA ANDRIGO FERREIRA JOTA(2)

ADRIANA SARAIVA ARAGAO DOS SANTOS(3),YARA JULIANO(4),NEIL FERREIRA


NOVO(5)(Orientadores)
Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
De acordo com Rosenbaum, em 2007 e Abdo, em 2006, dispareunia é a
presença de uma condição dolorosa que interfere na função sexual.
Montgomery e Surita, em 2000, afirmam que seu tratamento é o de causa
especifica. É muito difícil ter prazer com dor e, assim sendo, a mulher passa a
sentir medo das relações e desenvolve as disfunções do desejo (inapetência) e
do prazer (anorgasmia), afastando-se do parceiro e desenvolvendo problemas
conjugais. Deste modo, o fisioterapeuta é o profissional primário no tratamento
de dispareunia, tendo a função de educar a paciente em relação a sua
anatomia e de encorajá-la a superar seus medos (ROSENBAUM, 2005).

OBJETIVO:
Verificar a eficácia da Estimulação Elétrica Nervosa Transcutânea em mulheres
com dispareunia.

METODOLOGIA:
Este estudo prospectivo, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da
Universidade de Santo Amaro sob parecer no 101/2007, foi realizado no
Ambulatório de Saúde da Mulher da mesma instituição entre fevereiro e julho de
2008 e envolveu mulheres com queixa de dispareunia. Foram excluídas da
pesquisa gestantes, mulheres sem relações sexuais há mais de seis meses e
aquelas menores de 18 anos. A amostra constituiu-se de seis voluntárias do
sexo feminino, com faixa etária entre 33 e 57 anos (média 46 anos) que se
comprometeram a não terem relações sexuais durante todo o período de
aplicação do protocolo. Após serem informadas sobre o procedimento, seus
riscos e benefícios e concordarem em participar, as mulheres receberam e
assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Cada paciente
respondeu, antes do tratamento, ao questionário que abrange vários domínios
da atividade sexual da mulher (desejo, excitação, orgasmo e seus respectivos
correlatos psicofísicos), denominado Quociente Sexual – versão feminina. Além
disso, todas elas registraram seu nível de dor na primeira sessão através da
Escala Analógica Visual e responderam também ao questionário “Female
Sexual Function Índex”, composto por diversas questões relacionadas ao
desejo, à excitação, à lubrificação, ao orgasmo, à satisfação e ao

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

523
UNISA - Universidade de Santo Amaro

desconforto/dor. O tratamento fisioterapêutico realizado foi a Estimulação


Elétrica Nervosa Transcutânea, com a finalidade de eletroanalgesia. Para
aplicação da técnica foi utilizada uma sonda endovaginal conectada ao
aparelho Dualpex 961 (fabricante QUARK). Os parâmetros foram ajustados da
seguinte forma: freqüência de pulso em 5 Hz, tempo de pulso em 200µs e
intensidade regulada no máximo tolerável para cada paciente a cada sessão. A
aplicação ocorreu duas vezes por semana durante cinco semanas, o que
totalizou 10 sessões com duração de 45 minutos cada. Após o tratamento as
mulheres orientadas a terem relações sexuais foram reavaliadas pelos mesmos
métodos e mesmo avaliador.

RESUMO:
Para análise estatística dos resultados, foi aplicado o Teste de Wilcoxon a fim
de comparar os valores observados nos momentos pré e pós tratamento. Fixou-
se em 0,05 ou 5% o nível de rejeição da hipótese de nulidade. A comparação
dos resultados da somatória de pontos do questionário Quociente Sexual –
versão feminina demonstra melhora estatisticamente significantemente (p0,05)
do padrão de desempenho sexual após o tratamento. A dor, medida através da
Escala Analógica Visual, apresentou-se significantemente menor (p0,05) após o
término tratamento fisioterapêutico. Quanto aos domínios sexuais avaliados
pelo “Female Sexual Function Índex”, o Teste de Wilcoxon mostra resultados
estatisticamente significantes (p0,05) para os domínios desejo, excitação,
orgasmo e desconforto/dor, porém para os domínios lubrificação e satisfação o
teste apenas evidencia tendência, porém sem significância estatística, de
melhora após o tratamento. Quando todos os domínios do “Female Sexual
Function Índex” foram avaliados em conjunto, a somatória do score total
aumentou, revelando melhora significante (p0,05) após o tratamento.

CONCLUSÃO:
A Estimulação Elétrica Nervosa Transcutânea mostrou-se recurso eficiente no
alívio da sintomatologia dolorosa em mulheres portadoras de dispareunia.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
ABDO, C.N.H. Elaboração e validação do quociente sexual – versão feminina:
uma escala para avaliar a função sexual da mulher. Rev. Brás. Méd., 2006,
v.63, n-9, p.477-482.

MONTGOMERY, M., SURITA, R. Disfunção sexual feminina: etiologia funcional


e tratamento. In: HALBE, H.W. Tratado de Ginecologia. 3º ed. São Paulo: Roca,

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

524
UNISA - Universidade de Santo Amaro

2000. Cap.172. p.1940-1948.

ROSENBAUM, T. Y. Pelvic Floor Involviment in Male and Female Sexual


Dysfuncion and the Role of Pelvic Floor Rehabilitation in Treatment: A Literature
Review, Rev. International Society for Sexual Medicine, 2007, v. 4, p. 4-13

________________________________________________________________
Graduanda do 8o semestre do Curso de Fisioterapia da Universidade de Santo
Amaro – UNISA.
Graduanda do 8o semestre do Curso de Fisioterapia da Universidade de Santo
Amaro – UNISA.
Fisioterapeuta, Mestre em Saúde Materno-Infantil, Professora do Curso de
Fisioterapia da Universidade de Santo Amaro – UNISA, Orientadora.
Professora titular da Disciplina de Saúde Pública da Faculdade de Medicina da
Universidade de Santo Amaro– UNISA, Co-orientadora.
Professor titular da Disciplina de Saúde Pública da Faculdade de Medicina da
Universidade de Santo Amaro– UNISA, Co-orientador.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

525
UNISA - Universidade de Santo Amaro

TREINAMENTO FÍSICO E O EFEITO DE ANTI-REMODELAMENTO


CARDÍACO EM UM PACIENTE COM SINDROME DE MARFAN
JOSÉ MARIO COUTO DE SOUZA(1), BRUNA RITA BARBOSA PARREIRA(2), NATALIA
RODRIGUES DA COSTA(3), CARLA MARIA FRACCAROLLI(4), DANIELA MESTER(5),
PALOMA CEREZER DE MELLO(6), ALEXANDRA CORREA ARAUJO OCANHA(7),
NADIELLE SANTOS COSTA(8), FLÁVIO TOMAZELLI FAIM(9)

WLADIMIR MUSETTI MEDEIROS(10)(Orientadores)


Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
A síndrome de Marfan é uma desordem autossômico dominante, relativamente
freqüente (1:10.000), causada por mutação no gene que codifica a fibrilina-1,
importante constituinte da matriz extracelular. Ocorre em todas a raças e grupos
étnicos. Os critérios atuais do diagnóstico dividem-se em critérios maiores e
menores. As alterações cardíacas estão presentes em ambos os critérios e o
remodelamento cardíaco caracterizado pela Hipertrofia Cardíaca pode
manifestar-se na Síndrome de Marfan (1).
Alguns estudos têm demonstrado que o treinamento físico promove um efeito
de anti-remodelamento patológico em pacientes com Insuficiência Cardíaca (2-
3). São escassos os estudos sobre os efeitos do exercício físico no
remodelamento cardíaco em pacientes com Síndrome de Marfan.

OBJETIVO:
Investigar os efeitos do treinamento físico sobre a geometria cardíaca e a
capacidade funcional ventricular.

METODOLOGIA:
Esta pesquisa é um estudo de caso.
Paciente do gênero masculino, raça branca, idade 33 anos, peso 70,6 kg, altura
de 202 cm, IMC 17,30 Kg/cm2 , percentual de gordura de 15,72, peso gordo de
11,10 Kg, peso magro de 59,49, sem alterações de perfil lipídico e hematológico
Após quadro de angina em 1999, recebeu diagnóstico de Síndrome de Marfan e
realizou cirurgia de prótese Aórtica torácica e abdominal. Iniciou tratamento
fisioterapêutico (TTO Fisio) 2/semana em fevereiro de 2006, realizando
exercícios aeróbios com intensidade de 50% a 75% da freqüência cardíaca de
reserva e exercícios resistidos com 60% da carga máxima. Os exercícios
aeróbios e resistidos foram complementados com a Eletroestimulação
Neuromuscular.
A geometria cardíaca e função do ventrículo esquerdo foram avaliadas pela
Ecocardiografia Doppler nos seguintes intervalos de tempo: 2 anos pré TTO
Fisio (A), 1 ano pré TTO Fisio (B), 1 mês pré TTO Fisio (C), 1 ano de TTO Fisio

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

526
UNISA - Universidade de Santo Amaro

(D) e 2 anos de TTO Fisio (E).

RESUMO:
Observou-se os seguintes resultados nos momentos A, B, C, D, E
respectivamente:
- Diâmetro Diastólico Final do Ventrículo Esquerdo: 53 mm, 69 mm, 69 mm, 60
mm, 59 mm.
- Diâmetro Sistólico Final do Ventrículo Esquerdo: 29 mm, 53 mm, 48 mm, 40
mm, 38 mm.
- Massa do Ventrículo esquerdo: 251 g, 328 g, 394 g, 364 g, 341 g.
- Volume Diastólico Final: 135 ml, 194 ml, 247ml, 177ml, 205ml.
- Volume Sistólico Final: 32 ml, 135 ml, 108ml, 106ml, 54ml.
- Fração de ejeção (Teichholz): 76 %, 39 %, 57 %, 60 %, 73 %.

CONCLUSÃO:
Com base nos dados obtidos conclui-se que o e tratamento fisioterapêutico
através dos treinamento físico promoveu alterações benéficas tanto na
geometria cardíaca quanto na função do ventrículo esquerdo.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
1 - Serra, J.; Gutierrez, P.S. Correlação Anatomoclínica. Arq. Bras. Cardiol.
vol.79 no.6 São Paulo Dec. 2002.

2 - Ueshima, K.; Suzuki, T.; Nasu, M.; Saitoh, M.; et al. Effects of exercise
training on left ventricular function evaluated by the Tei index in patients with
myocardial infarction. Circ J. 2005; 69(5):564-6.

3 - Myers, J.; Wagner, D.; Schertler, T.; Beer, M.; et al. Effects of exercise
training on left ventricular volumes and function in patients with nonischemic
cardiomyopathy: application of magnetic resonance myocardial tagging. Am
Heart J. 2002; 144(4):719-25.

________________________________________________________________
Grupo de Estudos em Reabilitação e Fisiologia do Exercício - GERFE - UNISA

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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UNISA - Universidade de Santo Amaro

Tuberculose Cutânea
CAROLINA KYRIE OTANI(1), VIVIANE CHEHIN CURI(2), TATIANNA IGNÁCIO PINHEIRO
DA COSTA(3), CAROLINA FURTADO MACRUZ(4)

Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
A tuberculose é infecção causada pelo Mycobacterium tuberculosis, também
conhecido como bacilo de Koch (BK). O Brasil, juntamente com outros países
em desenvolvimento, alberga 80% dos casos mundiais da doença. No Brasil,
estima-se que mais de 50 milhões de pessoas estejam infectadas, com
aproximadamente 100 mil casos novos por ano.
A tuberculose comumente se localiza nos pulmões (90% dos casos), embora
possa acometer qualquer órgão, sendo então denominada tuberculose
extrapulmonar; podendo afetar os gânglios linfáticos, a medula óssea, a pele, o
fígado, as meninges, o trato genitourinário e gastrointestinal, o sistema
osteoarticular, o peritônio, entre outros.
A porta de entrada da infecção tuberculosa mais importante é pelo trato
respiratório e a via digestiva desempenha papel secundário.
A Tuberculose cutânea é uma doença de apresentação rara e representa 2%
das tuberculoses extrapulmonares (10%). Os bacilos penetram na pele e
induzem uma reação inflamatória inespecífica que, dependendo do estado
imunológico do indivíduo, vai sendo substituída por reação granulomatosa, com
ou sem necrose caseosa. As lesões cutâneas podem se manifestar sob várias
formas: pápulas, nódulos, placas, úlceras, lesões verrucosas, papilomatosas,
vegetações ou cicatrizes. Essa diversidade de manifestação da lesão se deve,
em parte, a diferenças no número e virulência dos bacilos, via de penetração,
idade do paciente e, em parte, da imunidade específica e da hipersensibilidade
do hospedeiro. As lesões geralmente são fixas, assimétricas, em pequeno
número, de evolução lenta e caráter destrutivo.
Alguns tipos de TB cutânea conhecidos são: primoinfecção cutânea
tuberculosa; Tuberculose escrofulodérmica; Tuberculose verrucosa; Lúpus
vulgar; Tuberculose ulcerosa; Tuberculose cutânea disseminada.
Para o diagnóstico são utilizados métodos de isolamento do agente (padrão-
ouro) e/ou o exame histopatológico para evidenciar padrões indicativos de
tuberculose.

OBJETIVO:
O objetivo é relatar um caso de uma doença rara e de difícil diagnóstico, que é

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

528
UNISA - Universidade de Santo Amaro

a tuberculose cutânea.

METODOLOGIA:
Realizado revisão do prontuário nº 82899 do Hospital Geral do Grajaú em
setembro de 2008.

RESUMO:
Paciente feminino, sete anos, parda, procedente do norte de Minas Gerais
procurou o Hospital Geral do Grajaú com queixa de dor abdominal há cinco
meses, acompanhada de tosse produtiva há dois meses. A dor abdominal era
periumbilical, em pontada, de moderada intensidade, com duração de cerca de
cinco minutos. A paciente relata ter apresentado quatro episódios de
pneumonia nos últimos cinco meses. Nega história familiar ou contato com
pessoas infectadas pela tuberculose. Relatou consumo diário de leite de vaca
não pasteurizado. Ao exame, se apresenta emagrecida, com sinais de
desnutrição protéico-calórica, em regular estado geral, descorada +/4+,
hidratada e afebril. Presença de gânglios palpáveis, móveis, indolores, de
consistência fibroelástica, medindo cerca de 0,5cm x 0,5cm. Ausculta pulmonar
com roncos e estertores subcreptantes difusos. Abdome sem alterações.
Lesões de pele compostas por placas acastanhadas, de diferentes dimensões,
não pruriginosas, levemente descamativas com centro discretamente atrófico,
presentes em membros superiores, inferiores e única lesão, em regressão, na
face.
Os exames mostravam PRC elevado e leucograma sem alterações. Sorologias
para blastomicose, leishimaniose e HIV negativos, PPD negativo e PPF
negativo. USG abdominal com discreta hepatomegalia, enema opaco sem
alterações. TC de tórax com consolidação pulmonar em base esquerda e para-
hilar à direita. Lavado bronco alveolar demonstrou numerosos leucócitos
polimorfonucleares, cocos gram positivos e bacilos gram negativos presentes.
Pesquisa para BAAR e fungos negativas.
Biópsia de lesão de pele concluiiu dermatite crônica granulomatosa com
necrose caseosa central, superficial e profunda. A pesquisa de BAAR e fungos
através de coloração específica (Zielh-Neelsen e Grocott) foi negativa.
Após resultado da biópsia foi introduzido tratamento para tuberculose com
esquema tríplice ( Rifampicina, Isoniasida, Pirazinamida) por 9 meses, com
melhora clínica significativa.
Apesar do método de isolamento do agente ser o padrão–ouro para o
diagnóstico de tuberculose cutânea, como mostra a literatura, neste relato de
caso, o diagnóstico foi feito pelo exame histopatológico das lesões de pele. A
biópsia dermatológica concluiu uma dermatite crônica granulomatosa com

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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necrose caseosa central, superficial e profunda. Com esta constatação


anatomopatológica de uma reação granulomatosa com necrose caseosa,
associada a uma história sugestiva, ou seja, com quadro prévio crônico de
infecções, emagrecimento e dores abdominais, fechamos o diagnóstico de
tuberculose, neste caso, mais especificamente de tuberculose cutânea.

CONCLUSÃO:
A tuberculose cutânea é uma doença de difícil diagnóstico, não só pelos
inúmeros diagnósticos diferenciais, mas pela dificuldade de confirmação
microbiológica. O caso descrito torna-se relevante, pela raridade de
apresentação dermatológica da tuberculose. Desta forma, a tuberculose poderia
ser mais freqüentemente detectada à medida que for incluída como
possibilidade clínica, já que a epidemiologia é facilmente analisada pela
anamnese.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
1) Zielonegora J, Assis TL, Azulay RD. Tuberculose cutânea: aspectos clínicos,
etiopatogenia e dados epidemiológicos. Anais brasileiro de Dermatologia.vol
64(4): 211-216,1989.
2) Fujimoto LB, Salem JI, Ogusku MM, Ferreira LCL. Avaliação do protocolo
PCR4 de Marchetti em tecidos parafinizados para o diagnóstico da tuberculose
cutânea e ganglionar. Bras Patol Med Lab. vol 43 (3):195-201, 2007.
3) Cardoso AEC. Ùlcera de Origem não Vascular. Angiologia e cirurgia vascular:
guia ilustrado. Pg: 1-10, 2003.

________________________________________________________________
O Comitê Ética do Hospital Geral do Grajaú autorizou a revisão do prontuário.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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VALIDAÇÃO DO MÉTODO ESPECTROFOTOMÉTRICO PARA A


QUANTIFICAÇÃO DE FLAVONOÍDES TOTAIS EXPRESSOS EM
RUTINA
GRAZIELLY NASCIMENTO FLOSE(1), CIBELE FRANCA GRANGEIRO(2)

ROBSON MIRANDA DA GAMA(3),REGINA SIQUEIRA HADDAD


CARVALHO(4)(Orientadores)
Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
Os flavonóides são compostos polifenólicos amplamente distribuídos no reino
vegetal, com propriedades antioxidantes, antitumoral, antiinflamatória, antiviral
entre outras ¹.
A rutina é um flavonóide que atua no corpo humano inibindo o processo de
formação de radicais livres em vários estágios. Na indústria farmacêutica é
utilizada em medicamentos que atuam na circulação sanguínea, por fortalecer
vasos capilares em combinação com a vitamina C. Possui atividade
hipocolesterolêmica e poderá transformar-se em um fármaco importante para
tratamento de dislipidemias ¹.
Por tanto é necessário continuar sua análise espectrofotométrica. A
espectrofotometria na região do UV-Visível é uma das técnicas analíticas mais
aplicadas, por ser de fácil manuseio, custo relativamente baixo e rápido, quando
comparada com outras técnicas ².
É de grande relevância validar um método, para garantir a qualidade e
segurança do produto, sendo empregado para estabelecer um controle na
qualidade de medicamentos e cosméticos ³.
O método de validação de medições químicas consiste em uma avaliação
quantitativa tornando os resultados confiáveis e documentando que o método
atende as exigências ³.

OBJETIVO:
Validar o método espectrofotométrico na região do visível, para a quantificação
de flavonoídes totais expressos em rutina.

METODOLOGIA:
Foram preparadas soluções-estoques metanólicas e etanólicas de
concentração de 2,5x10-3 mcg.mL-1 de rutina. A partir destas soluções foram
realizadas diluições, originando as seguintes concentrações: 1,0; 2,0; 4,0; 8,0,
12,0 e 16,0 mcg.mL-1. O mesmo procedimento foi realizado na preparação das
soluções complexadas, as quais foi adicionado 1 mL de solução de cloreto de

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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alumínio 5% completando o volume final com o solvente utilizado.


Este método proposto por HARDER et al, 2007, modificado, para quantificação
de flavonóides totais expresso em rutina complexada ou não, em diferentes
meios alcoólicos foi agora validado conforme descrito na Resolução nº 899, de
29 de maio de 2003, envolvendo alguns dos parâmetros como os intervalos da
curva analítica e linearidade, limites de detecção e de quantificação, exatidão e
precisão.
Linearidade – Foram determinadas as absorbâncias de cada uma destas
concentrações em espectrofotômetro a 415 nm, em sextuplicata. Os dados
obtidos foram utilizados para a construção das curvas analíticas, tornando
possível calcular o coeficiente de correlação (r), a soma residual dos quadrados
mínimos de regressão linear (r2) e o desvio padrão (Dp).
Limite de detecção - A partir dos valores obtidos na equação da reta relacionou-
se o valor médio de desvio padrão com a inclinação da curva, indicando o
menor valor de concentração da substância em análise capaz de ser detectado
com grau de confiabilidade adequado, porém, não quantificado com precisão e
exatidão aceitáveis.
Limite de quantificação – A partir dos valores obtidos na equação da reta
relacionou-se o valor médio de desvio padrão com a inclinação da curva,
quantificando a menor concentração da substância analisada que pode ser
determinada com precisão e exatidão aceitáveis.
Exatidão – As concentrações obtidas experimentalmente foram correlacionadas
com as concentrações teóricas.
Precisão – Foi determinado a proximidade entre os resultados obtidos nas
várias leituras em sextuplicata de uma mesma amostra, onde fez-se o desvio
padrão relativo, que determina a relação entre os valores do desvio padrão e a
concentração média.

RESUMO:
Os resultados obtidos a partir da rutina complexada em metanol e etanol foram
correspondentes aos exigidos pela Resolução nº 899, de 29 de maio de 2003,
na qual o coeficiente de correlação deve atingir no mínimo 0,99 para ser um
valor aceitável, a exatidão dos resultados deve estar próximo a 100% e a
precisão deve apresentar valores menores que 5, mostrando a confiabilidade
dos resultados.
Porém os resultados obtidos a partir da rutina não complexada em metanol não
se apresentaram dentro dos padrões exigidos pela Resolução para precisão e
coeficiente de correlação. Enquanto a rutina não complexada em etanol não
resultou em leitura das amostras devido a sua instabilidade neste solvente.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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UNISA - Universidade de Santo Amaro

CONCLUSÃO:
Por se enquadrarem nos aspectos exigidos pela Resolução nº 899, de 29 de
maio de 2003, foi alcançado o objetivo de realizar a validação do método
espectrofotométrico para a quantificação de flavonoídes totais expressos em
rutina complexada para ambos os solventes testados. Não foi possível validar o
método para rutina não complexada, necessitando de novos estudos.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
1. HARDER, H. et al. Rutina: Quantificação espectrofotométrica em meio
alcoólico. In: Anais do X Congresso de Iniciação Científica, 4° mostra de Pós-
Graduação e 1° mostra de Ensino Médio da Universidade de Santo Amaro,
realizado em São Paulo, SP em 2007.
2. BABY, R. B. et al. UV Spectrophotometric Determination of Bioflavonoids from
a Semisolid Pharmaceutical Dosage Form Containing Trichilia catigua Adr. Juss
and Ptychopetalum olacoides Bentham Standardized Extract: Analytical Method
Validation and Statistical Procedures. Journal of AOAC International vol. 89, n.
6, 2006. pp. 1532-1537.
3. GIL, E. de S. et al. Controle Físico-Químico de Qualidade de Medicamentos.
1. ed. Mato Grosso: Uniderp, 2005, p43-54.

________________________________________________________________
1 Discente da Faculdade de Farmácia – UNISA
2 Discente da Faculdade de Farmácia – UNISA
3 Farmacêutico responsável – LESIFAR – UNISA
4 Docente da Faculdade de Farmácia, Orientadora e Química Responsável pelo
Laboratório Analítico da Faculdade de Farmácia – UNISA/LONZA .
reginash@gmail.com

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UNISA - Universidade de Santo Amaro

VALIDAÇÃO DO MÉTODO ESPECTROFOTOMÉTRICOS PARA A


QUANTIFICAÇÃO DE FLAVONOÍDES TOTAIS EXPRESSOS EM
QUERCETINA
CIBELE FRANCA GRANGEIRO(1), GRAZIELLY NASCIMENTO FLOSE(2)

ROBSON MIRANDA DA GAMA(3),REGINA SIQUEIRA HADDAD


CARVALHO(4)(Orientadores)
Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
Os flavonoídes podem ser encontrados em abundância no reino dos vegetais,
podendo estar tanto no estado livre ou conjugados (agliconas e glicosídeos).
Podem estar presentes em todas as partes dos vegetais, como em: bulbos,
frutos, folhas, sementes, raízes e flores1-2.
Os flavonóides são compostos que apresentam várias contribuições para as
plantas como: proteção contra raios UV, insetos, fungos, bactérias, etc. Além
disso, possuem uma grande importância farmacológica1-2.
A quercetina é um flavonol, amplamente distribuído no reino vegetal e possui
uma série de ações farmacológicas, como antioxidantes, antitumoral,
bactericida, fungistática etc 2.
A espectrofotometria na região do UV-Vis é uma das técnicas analíticas mais
aplicadas, por ser uma técnica de fácil manuseio, custo relativamente baixo e
rápido, ao ser comparado com outras técnicas analiticas 1-2.
Em métodos espectrofotométricos no UV-Vis, os flavonóides podem ser bem
absorvidos, em aproximadamente 350nm, por haver a presença de ligações
duplas conjugadas com anéis aromáticos1.
A validação do método espectrofotométrico é de grande relevância, pois é uma
forma de garantir a qualidade e segurança do produto, sendo assim empregado
para se estabelecer um controle na qualidade de medicamentos e cosméticos.
A validação dos métodos analíticos é um processo pelo qual, estudos
estatísticos são utilizados para garantir que o método em questão atenda às
exigências desejadas, fornecendo uma evidencia documentada de que o
método realiza sua finalidade para a qual está indicada. Na validação, os
parâmetros analisados envolverão: intervalos da curva analítica e linearidade,
limites de detecção e de quantificação, exatidão e precisão 3.

OBJETIVO:
Validar o método espectrofotométrico na região do visível, para a quantificação
de flavonoídes totais expressos em quercetina.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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UNISA - Universidade de Santo Amaro

METODOLOGIA:
Foram preparadas soluções-estoques metanólicas e etanólicas de
concentração de 2,5x10-3 mcg.mL-1 de quercetina. A partir das soluções-
estoques foram realizadas diluições, originando soluções de concentrações:
1,0; 2,0; 4,0; 8,0, 12,0 e 16,0 mcg.mL-1. O mesmo procedimento foi empregado
na preparação das soluções complexadas, que partiam das mesmas soluções-
estoques, as quais foram diluídas e adicionado nestas, 1 mL da solução de
cloreto de alumínio 5% para completar o volume final.
Este método proposto por MANABE et al, 2005, modificado, para quantificação
de flavonóides totais expresso em quercetina complexada ou não em diferentes
meios alcoólicos foi agora validado, conforme descrito na RE nº 899, de 29 de
maio de 2003 e alguns dos parâmetros analisados foram: intervalos da curva
analítica e linearidade, limites de detecção e de quantificação, exatidão e
precisão, descritos a seguir.

Linearidade - foram determinadas as absorbâncias de cada uma destas


concentrações em espectrofotômetro a 415 nm em sextuplicata. Esses dados
foram utilizados para a construção das curvas analíticas, podendo-se assim
calcular o coeficiente de correlação, a soma residual dos quadrados mínimos de
regressão linear e o desvio padrão.
Limite de detecção – foi determinada a menor quantidade da substância
analisada, capaz de produzir um resultado confiável.
Limite de quantificação – foi determinada a menor concentração da substância
analisada com precisão e exatidão aceitáveis.
Precisão – foram determinadas as proximidades entre os resultados obtidos nas
várias leituras em sextuplicata de uma mesma amostra, onde foi feito o desvio
padrão relativo.
Exatidão – foi determinada a correlação entre os valores obtidos
experimentalmente versus o teórico.

RESUMO:
Os resultados obtidos nesse trabalho estão de acordo com os exigidos na RE nº
899, de 29 de maio de 2003, na qual o coeficiente de correlação deve atingir no
mínimo 0,99 para ser um valor aceitável, na exatidão os resultados deram todos
próximos a 100%, na precisão todos os resultados apresentaram valores
menores que 5, mostrando assim a confiabilidade dos resultados.

CONCLUSÃO:
De acordo com os resultados encontrados pode-se concluir que os parâmetros

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

535
UNISA - Universidade de Santo Amaro

utilizados para validar a quercetina em soluções metanólicas e etanólicas,


complexadas ou não complexadas apresentaram valores coerentes com os
descritos na RE nº 899, de 29 de maio de 2003, alcançando assim o objetivo do
trabalho em validar o método espectrofotométrico.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
1.GAITÉN, Y. I. G.; MARTÍNEZ, M. M.; TORRES, N. V.; RODRÍGUEZ, A. T.
Validación de 2 métodos espectrofotométricos para la cuantificación de taninos
y flavonoides (Quercetina) en Psidium Guajaba L. Rev. Cubana Farm., La
Habana, v. 34, n. 1, p. 50-55, 2000.
2.MANABE, E.A; SILVA, E.C; CARVALHO, R.S.H. Adequação da metodologia
do cloreto de alumínio em metanol para cloreto de alumínio em etanol. In:
Programa da 12ª Jornada Nacional de Iniciação Científica e 57ª Reunião Anual
da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência – SBPC, realizado em
Fortaleza, CE, no período de 17 a 22 de julho de 2005. p. 89.
3.GIL, E.C.; BATISTA FILHO, R.O.P. Validação de processos. In: GIL, E.C.;
ORLANDO, R.M.;MATIAS, R.; SERRANO, S.H.P. Controle físico-químico de
qualidade de medicamentos. Campo Grande: UNIDERP, 2005. Cap. 3. p.43-54.

________________________________________________________________
1 Discente da Faculdade de Farmácia, Bolsista de Iniciação Científica – UNISA
2 Discente da Faculdade de Farmácia, Bolsista de Iniciação Científica – UNISA
3 Farmacêutico responsável – LESIFAR – UNISA
4 Docente da Faculdade de Farmácia, Orientadora e Química Responsável pelo
Laboratório Analítico da Faculdade de Farmácia – UNISA/LONZA .

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

536
UNISA - Universidade de Santo Amaro

VARIABILIDADE DA FREQUÊNCIA CARDÍACA DURANTE O


EXERCÍCIO AERÓBIO DE CURTA DURAÇÃO EM INDIVÍDUOS
SAUDÁVEIS.
DANIELA MESTER(1), NATALIA RODRIGUES DA COSTA(2), CARLA MARIA
FRACCAROLLI(3), ALEXANDRA CORREA ARAUJO OCANHA(4), NADIELLE SANTOS
COSTA(5), FLÁVIO TOMAZELLI FAIM(6), JOSÉ MARIO COUTO DE SOUZA(7), BRUNA
RITA BARBOSA PARREIRA(8), PALOMA CEREZER DE MELLO(9)

WLADIMIR MUSETTI MEDEIROS(10)(Orientadores)


Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
Durante a execução do exercício, ocorrem diversos ajustes promovidos pelo
Sistema Nervoso Autônomo (SNA). Estes ajuste visam o aumento do aporte de
oxigenio para os tecidos em atividade, como resultado do aumento da
frequência respiratória, da vasoconstrição periférica, do cronotropismo e do
inotropismo cardíaco. Outro fator que justificaria as alterações autonômicas
observadas no exercício aeróbio são os sinais aferentes das diversas
articulações e grupos musculares envolvidos, que enviam informações ao
centro cardiovascular da medula oblonga. (2,3).
O entendimento do comportamento autonômico durante a execução de
diferentes exercícios é de extrema importância em programas de reabilitação.

OBJETIVO:
O objetivo deste estudo foi avaliar a atividade do sistema nervoso autônomo
através da Variabilidade da Freqüência Cardíaca durante o repouso e o
exercício aerobio de curta duração em indivíduos saudáveis

METODOLOGIA:
Este estudo foi submetido pelo Comitê de Ética e pesquisa da Universidade de
Santo Amaro, sendo aprovado sob o parecer numero 033/2008 e registro CEP-
UNISA numero 062/08.
Foram estudados doze indivíduos saudáveis, sendo sete do sexo feminino,
cinco do sexo masculino, 23,4 (± 5,9), peso 66,2 (± 12), altura 171 (± 9,5) e IMC
22,49 (± 1,94). Foi realizado cinco minutos de repouso (A), seis minutos de
exercício aeróbio em bicicleta ergométrica com 60% da freqüência cardíaca
máxima (B). A pressão arterial (PA) foi aferida no primeiro minutos do momento
repouso e a cada dois minutos do exercício aeróbio.
Para a avaliação do comportamento do SNA será utlizado a Variabilidade da
Frequência Cardíaca (VFC). Os dados de Variabilidade da Frequencia Cardiaca
foram obtidos com o Polar System® e o Transmissor Eletromagnético T61™ e a
Unidade de Captação Polar S 810®, através do Programa Polar Precision

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

537
UNISA - Universidade de Santo Amaro

Performance. Dados estatísticos foram representados por médias, medianas e


desvio padrão; analisados pelo SPSS 11.5 for Windows; normalizados pelo
Teste de Kolmogorov-Smirnov. Quando os dados comparados eram
normatizados: ANOVA, seguido de Post-Hoc de Sheffe. Quando não
normatizados: teste de Mann- Witney. Diferenças consideradas significativas: *p
0,05.

RESUMO:
A população estudada foi de um total de 12 indivíduos, sendo 58% (7
pacientes) do sexo feminino, 42% (5 pacientes) do sexo masculino. A
população estudada obteve idade média (anos) de 23,4 (± 5,9), e peso médio
(Kg) de 66,2 (± 12), altura média (cm) de 171 (± 9,5) e IMC médio (Kg/cm2) de
22,49 (± 1,94).
Comparando repouso com o exercício aeróbio obteve-se: LF *(1732,46 x
22,88); HF *(408,64 x 8,02); LF/HF (461,90 x 215,96)

CONCLUSÃO:
Conclui-se que o exercício aeróbio apresenta predomínio da atividade do SNA
Simpático as custas de uma manutenção da atividade do SNA Simpática e uma
acentuada retirada da atividade do SNA Parassimpático.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
1 - LONSO, D. O.&#894; FORJAZ, C. L. M.&#894; REZENDE, L. O.&#894;
BRAGA, A. M. F. W.&#894; BARRETTO, A. C. P.&#894; NEGRÃO, C. E.&#894;
RANDON, M. U. P. B. Comportamento da freqüência cardíaca e da sua
variabilidade durante as diferentes fases do exercício físico progressivo
Maximo. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, São Paulo, v.71, n.6, p.787-792,
1998.

2 - QUITERIO, R. J.&#894; CATAI, A. M.&#894; MORAES, F. R.&#894;


OLIVEIRA, L.&#894; TEIXEIRA, L. C. A.&#894; SILVA, E. Correlação entre as
respostas da freqüência cardíaca, do torque e do sinal eletromiografico ao
exercício isométrico de flexão do joelho. Revista da Sociedade de Cardiologia
do Estado de São Paulo, São Paulo, v.13, n.3, p.2-14, mai./jun., 2003.

3 - MITCHELL,J. H.; KAUFMAN, M. P.; LWAMOTO, G. A. The exercise pressor


reflex: its cardiovascular effects, afferent mechanisms, and central pathwais.
Ann Rev Physiol, v.45, p. 229-242, 1983.

________________________________________________________________
Grupo de Estudos em Reabilitação e Fisiologia do Exercício - GERFE - UNISA.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

538
UNISA - Universidade de Santo Amaro

VARIABILIDADE DA FREQUÊNCIA CARDÍACA DURANTE O


EXERCÍCIO ISOMÉTRICO DE MEMBROS INFERIORES EM
INDIVÍDUOS SAUDÁVEIS
CARLA MARIA FRACCAROLLI(1), DANIELA MESTER(2), NATALIA RODRIGUES DA
COSTA(3), FLÁVIO TOMAZELLI FAIM(4), NADIELLE SANTOS COSTA(5), JOSÉ MARIO
COUTO DE SOUZA(6), ALEXANDRA CORREA ARAUJO OCANHA(7), PALOMA
CEREZER DE MELLO(8), BRUNA RITA BARBOSA PARREIRA(9)

WLADIMIR MUSETTI MEDEIROS(10)(Orientadores)


Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
O exercício isométrico tem como principal característica a ausência de
movimento articular. Porém a grande oclusão dos vasos e a ação do comando
central em resposta aos sinais eferentes do músculo em contração, observado
pela elevada e constante atividade eletromiográfica pode influenciar de forma
significativa o comportamento do Sistema Nervoso Autônomo Simpático e
Parassimpático (1,2,3).
O entendimento do comportamento do Sistema Nervoso Autônomo Simpático e
Parassimpático durante a execução de diferentes exercícios é de extrema
importância em programas de reabilitação, uma vez que inúmeras doenças
apresentam disfunções no Sistema Nervoso Autônomo.

OBJETIVO:
O objetivo deste estudo foi avaliar a atividade do Sistema Nervoso Autônomo
Simpático e Parassimpático através da Variabilidade da Freqüência Cardíaca
(VFC) durante o repouso e o exercício isométrico de membros inferiores em
indivíduos saudáveis.

METODOLOGIA:
Este estudo foi submetido pelo Comitê de Ética e pesquisa da Universidade de
Santo Amaro, sendo aprovado sob o parecer numero 033/2008 e registro CEP-
UNISA numero 062/08.
Foram estudados doze indivíduos saudáveis, sendo sete do sexo feminino,
cinco do sexo masculino, 23,4 (± 5,9), peso 66,2 (± 12), altura 171 (± 9,5) e IMC
22,49 (± 1,94).
Foi realizado cinco minutos de repouso (A), seis minutos de contração
isométrica de extensão de joelho bilateral, com 40% de 1Resistência Máxima
(1RM) (B).
A pressão arterial (PA) foi aferida no primeiro minutos do momento repouso e a
cada dois minutos do exercício isométrico.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

539
UNISA - Universidade de Santo Amaro

Para a avaliação do comportamento do SNA será utlizado a Variabilidade da


Frequência Cardíaca (VFC). Os dados de Variabilidade da Frequencia Cardiaca
foram obtidos com o Polar System® e o Transmissor Eletromagnético T61™ e a
Unidade de Captação Polar S 810®, através do Programa Polar Precision
Performance. Dados estatísticos foram representados por médias, medianas e
desvio padrão; analisados pelo SPSS 11.5 for Windows; normalizados pelo
Teste de Kolmogorov-Smirnov. Quando os dados comparados eram
normatizados: ANOVA, seguido de Post-Hoc de Sheffe. Quando não
normatizados: teste de Mann- Witney. Diferenças consideradas significativas: *p
0,05.

RESUMO:
A população estudada foi de um total de 12 indivíduos, sendo 58% (7
pacientes) do sexo feminino, 42% (5 pacientes) do sexo masculino. A
população estudada obteve idade média (anos) de 23,4 (± 5,9), e peso médio
(Kg) de 66,2 (± 12), altura média (cm) de 171 (± 9,5) e IMC médio (Kg/cm2) de
22,49 (± 1,94).
Comparando repouso com o exercício isométrico obteve-se: LF *(1732,46 x
340,18); HF *(408,64 x 35,02); LF/HF (461,90 x 721,50).

CONCLUSÃO:
Conclui-se que o exercício isométrico apresenta predomínio da atividade do
SNA Simpático as custas de uma manutenção da atividade do SNA Simpático e
uma acentuada retirada da atividade do SNA Parassimpático.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
1 - QUITERIO, R. J.&#894; CATAI, A. M.&#894; MORAES, F. R.&#894;
OLIVEIRA, L.&#894; TEIXEIRA, L. C. A.&#894; SILVA, E. Correlação entre as
respostas da freqüência cardíaca, do torque e do sinal eletromiografico ao
exercício isométrico de flexão do joelho. Revista da Sociedade de Cardiologia
do Estado de São Paulo, São Paulo, v.13, n.3, p.2-14, mai./jun., 2003.
2 - SEALS, D.R.; WASHBURN, A.; HANSON, P.G.; PAINTER,: P.L.; NAGLE,
F.J. Increased cardivascular response to static contraction of larger muscle
groups. J Appl Physiol, v.2, p.434-437, 1983.
3 - SEALS, D.R.; ENOKA, R. M. Simpathetic activation is associated with
increases in EMG during fatiguing exercise. J Appl Physiol, v.1, p.88-95, 1989.

________________________________________________________________
Grupo de Estudos em Reabilitação e Fisiologia do Exercício - GERFE - UNISA.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

540
UNISA - Universidade de Santo Amaro

Verificação do padrão de marcha adotado por deficientes visuais


SHIRLEY FLORENTINO DE OLIVEIRA(1)

MARCIA CAIRES BESTILLEIRO LOPES(2)(Orientadores)


Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, em 2002 a população
mundial de deficientes visuais era superior a 161 milhões. No Brasil, o número
de deficientes visuais ultrapassa 16,5 milhões, sendo esse o tipo de deficiência
responsável por 48% da população total de deficientes no país, (IBGE, 2000).
Diante de um grande número de pessoas com deficiência visual se faz
necessário a realização de pesquisas e busca a conhecimentos que permitam
aos profissionais - responsáveis por habilitar e reabilitar essa população -
facilitar a autonomia e independência desses pacientes, (FELIPPE e FELIPPE,
sdp).
Dentre as capacidades funcionais desenvolvidas pelos seres humanos, a
marcha é uma das habilidades de locomoção de maior importância, é o maior
indicador de independência de um indivíduo, pois o caminhar livre de um lugar
A marcha é para o outro de maneira e de forma segura favorece a autonomia
(FELIPPE e FELIPPE, sdp e SHUMWAY-COOK e WOOLLACOTT, 2003).
A marcha é uma habilidade complexa que ocorre pela interação de estímulos
internos e externos. Para que ocorra essa interação são necessárias algumas
vias de entrada e saída; vias de entrada para conduzir os estímulos aos centros
de percepção, que são estimuladas pelo sistema sensorial, e vias de saída que
conduza os estímulos ao orgão executor, o sistema músculo
esquelético.(FELIPPE e FELIPPE, sdp e GALLAHUE e OZMUN, 2005).
Advindo desses estudos, é possível observar que o comprometimento visual
pode interferir diretamente no modo de deambulação de pacientes deficientes
visuais, tornando assim necessário um conhecimento mais amplo por parte dos
profissionais, não apenas sobre orientação e mobilidade, mas também sobre o
padrão de marcha, para assim tornar o processo de habilitação e reabilitação
desses pacientes mais direcionado às suas capacidades funcionais reais.

OBJETIVO:
Comparar se há diferença entre a marcha de pessoas com visão normal (grupo
controle) e a marcha de pessoas com deficiência visual (grupo de estudo);
Verificar possíveis diferenças entre a marcha de indivíduos amauróticos e
indivíduos de baixa visão;

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

541
UNISA - Universidade de Santo Amaro

Verificar o perfil da marcha de indivíduos com deficiência visual.

METODOLOGIA:
Foram avaliadas 30 pessoas para a pesquisa, 15 para o grupo controle, com
diagnóstico de visão normal; e 15 para o grupo de estudo, com diagnóstico de
deficiência visual. Todos os participantes foram avaliados de acordo com a ficha
de avaliação do Grupo de Postura e Marcha (GPM), onde verificou-se as
diferenças e semelhanças entre ambos os grupos.

RESUMO:
O grupo de estudo apresentou menor desempenho em relação ao grupo
controle. As diferenças foram significativas ao avaliar a funcionalidade e a
qualidade dessa marcha, porém, ao avaliar cadência, velocidade e ciclo as
diferenças não foram significantes.
A deficiência visual acarretou aos indivíduos do grupo de estudo uma limitação
do automatismo motor, onde situações inusitadas como um obstáculo, ou
instabilidade do solo exijam um comportamento motor voluntário, ou seja, ao se
deparar com essas situações, o deficiente visual precisa processar outras
informações que lhe permita reconhecer a situação e então voluntariamente
manifestará sua reação motora.
Embora as médias de pontuação de cada grupo na análise da cadência,
velocidade e ciclo não apresentarem diferenças significantes, os resultados
individuais de cada sujeito indicam uma grande variabilidade entre a menor e a
maior pontuação dentro do grupo de estudo para um mesmo item avaliado;
enquanto no grupo controle essa variabilidade foi menor, o que permite afirmar
que o grupo controle é mais homogêneo.
Funcionalmente os amauróticos apresentaram pior desempenho que os
deficientes com baixa visão, quanto a qualidade, esses tiveram seu pior
desempenho ao observar cabeça, tronco e membros superiores. Já os
participantes com baixa visão, apresentaram pior desempenho que os
amauróticos quanto a qualidade geral e em membros inferiores.
Essas diferenças podem ser justificadas pelo próprio tipo de comprometimento
visual, os sujeitos com baixa visão utilizam-se de sua visão residual para manter
o alinhamento postural, se orientarem, e sua atenção está voltada para a parte
superior do seu corpo devido a proximidade com o seu campo visual, em
contrapartida os amauróticos não possuem referência visual, por essa razão
dedicam uma atenção maior aos seus membros inferiores que são suas
principais portas de entrada para os estímulos externos, pois estão em
constante contato com o ambiente.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

542
UNISA - Universidade de Santo Amaro

CONCLUSÃO:
A marcha de indivíduos com deficiência visual se difere da marcha de
indivíduos com visão normal;
Há diferenças entre a marcha dos indivíduos amauróticos e baixa visão; ambos
apresentam comprometimento da funcionalidade e qualidade dos movimentos,
porém em aspectos diferentes;
Baseado na pesquisa, conclui-se que a marcha de indivíduos com deficiência
visual apresenta características padrões decorrentes da falta de informações
visuais;

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
FELIPPE, Vera Lucia Leme Rhein e FELIPPE, João Álvaro de Moraes.
Orientação e Mobilidade: manual. São Paulo, sdp.

GALLAHUE, David L. e OZMUN, John C. Compreendendo o Desenvolvimento


Motor: desempenho motor em adultos. 3. ed. São Paulo: Phorte Editora, 2005

IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística): Dados Estatísticos/CENSO


Demográfico 2000, sdp. Disponível em: http://www.ibge.gov.br. Acesso em:
30/10/2007.

OMS (Organização Mundial da Saúde): Dados Estatísticos-Deficiência Visual,


2002. Disponível em: http://www.who.int/links. Acesso em: 20/12/2007.

SHUMWAY-COOK, Anne e WOOLLACOTT, Marjorie H. Controle Motor: teoria e


aplicações práticas. 2. ed. São Paulo: Manole, 2003. Cap. 12-15, p.289-426.

________________________________________________________________
IAD: Índice do Andar Dinâmico;
CG: Categoria Geral;
CEI: Categoria da Extremidade Inferior;
CTCES: Categoria do Tronco, da Cabeça e da Extremidade Superior.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

543
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Verificação e Comparação da PResença de Alterações do


Desenvolvimento Neuropsicomotor e Visual em Crianças de
Zero a Trinta e Seis Meses de Idade com Deficiência Visual
VIVIAN ESTEVAM DE SOUZA(1), TELMA DE ARAÚJO SOUZA(2)

MARCIA CAIRES BESTILLEIRO LOPES(3)(Orientadores)


Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), anualmente cerca de
500.000 novos casos de cegueira infantil são diagnosticados, principalmente
em países em desenvolvimento. A deficiência visual interfere na saúde geral e
no desenvolvimento neuropsicomotor (DNPM) da criança, portanto faz-se
necessário por parte do fisioterapeuta a compreensão das características
intrínsecas deste grupo, à fim de se intervir precocemente em casos de
possíveis atrasos.

OBJETIVO:
Objetivo Geral
Comparação do comportamento neuropsicomotor e de funcionalidade visual
adotado por crianças de zero a trinta e seis meses de idade deficientes visuais
e videntes.
Objetivo Específico
Observar e comparar aspectos do comportamento motor, da coordenação,
linguagem e social, entre crianças com e sem deficiência visual, acompanhado
pela funcionalidade visual.

METODOLOGIA:
Participaram deste estudo prospectivo observacional transversal, quarenta e
cinco crianças com idade inferior a trinta e seis meses, residentes do estado de
São Paulo, estas divididas em dois grupos – experimental (crianças com
deficiência visual bilateral) e controle (crianças sem deficiência visual), as
mesmas foram avaliadas no período de dezembro de 2007 a abril de 2008 na
Universidade de Santo Amaro. Utilizou-se a tabela do Desenvolvimento
Neuropsicomotor Normal referenciada por Gesell, subdividida em quatro sub-
escalas: comportamento motor, coordenação, linguagem e social. Como forma
de avaliação da eficiência visual adotou-se a tabela da American Foundation for
the Blind. Para aplicação das tabelas fez-se necessária aproximadamente uma
hora. De acordo com os resultados obtidos nas tabelas as crianças eram
classificadas quanto a seus atos comportamentais em adequadas e

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

544
UNISA - Universidade de Santo Amaro

inadequadas.

RESUMO:
Das quinze crianças avaliadas, identificou-se na análise dos resultados que a
patologia com maior incidência foi à catarata congênita. Para análise da
representatividade estatística, foram comparados os grupos experimental e
controle através de testes específicos: teste-t e analise de variância (ANOVA).
Na comparação dos grupos experimental e controle relativo ao DNPM, a
maioria da amostra do primeiro encontrou-se inadequada em todos os
comportamentos analisados. Na avaliação estatística as diferenças entre os
grupos foram significativas, já que p0,05 em todos os comportamentos, tanto no
DNPM quanto no desenvolvimento visual. O comportamento social foi o que
mais assemelhou-se entre os dois grupos (p=0,04).

CONCLUSÃO:
Conforme previsto no objetivo geral, pode-se concluir com este estudo que
crianças com deficiência visual apresentam atraso no desenvolvimento
neuropsicomotor e na funcionalidade visual, se comparadas a crianças
videntes.
Conclui-se que referente aos comportamentos abordados na avaliação do
desenvolvimento neuropsicomotor, o atraso deu-se de forma homogênea,
concomitantemente ao da função visual no grupo de crianças com deficiência
visual.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
BOULTON M, HAINES L, SMYTH D, FIELDER A. Health-related quality of life of
children with vision impairment or blindness. Developmental Medicine & Child
Neurology, Inglaterra, v. 48, n.8, p. 656-61, 2006.

DALE, N.; SALT, A. Early support developmental journal for children with visual
impairment: the case for a new developmental framework for early intervention.
Children Care Health Dev., Inglaterra, v.33, n.6, p. 684-90, nov., 2007.

MALTA, J.; ENDRISS, D.; RACHED, S.; MOURA, T.; VENTURA, L.


Desempenho funcional de crianças com deficiência visual, atendidas no
departamento de estimulação visual da Fundação Altino Ventura. Arq. Bras.
Oftalmol. São Paulo, v.69, n.4, p. 571-4, ago., 2006.
________________________________________________________________
DNPM lê-se Desenvolvimento Neuropsicomotor; ANOVA lê-se teste de análise
de variância; OMS lê-se Organização Mundial da Saúde

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545
UNISA - Universidade de Santo Amaro

Violência doméstica contra a pessoa idosa


CRISTIANE KELLY DE OLIVEIRA(1)

IRENE CORTINA(2)(Orientadores)
Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
* Cristiane Kelly de Oliveira
**Irene Cortina

O avanço tecnológico, o maior acesso aos serviços de saúde, a queda da


fecundidade e a maior expectativa de vida, são os fatores determinantes do
aumento de idosos no mundo e no Brasil. No entanto, o despreparo das
instituições e dos sujeitos para lidarem com as questões sociais e psíquicas,
próprias do envelhecimento, tem feito crescer o conjunto de sofrimentos
impingidos aos idosos, entre eles a violência, que aumenta no meio social e no
espaço familiar, tornando-se um problema de saúde pública.
A maior parte dos casos de violência acontece dentro de casa, afetando,
sobretudo mulheres, crianças e idosos e geralmente é praticada por um menbro
da familia que convive junto com a vitima ou até mesmo por cuidadores
contratados. Os idosos são mais vulneráveis aos maus-tratos, são fragéis,
precisam de ajuda e cuidados para as atividades do dia a dia, criando uma
situação de dependência. Muitos idosos passam a sofrer depressão, alienação,
desordem pós-traumática, sentimento de culpa e bloqueio mental em relação às
ações que os vitimam. As pessoas que passam por essas situações,
dificilmente denunciam o agressor, por se sentirem ameaçados e com medo.

OBJETIVO:
Estudar o fenômeno da violência contra as pessoas idosas no lar, identificar as
formas de violência, os agressores e investigar as ações de enfermagem.

METODOLOGIA:
Trata-se de uma pesquisa qualitativa, revisão bibliográfica de caráter descritivo.
Utilizou-se o portal da Biblioteca Virtual em Saúde (BIREME) para o
levantamento bibliográfico, nas bases de dados: Lilacs, BDENF e Scielo e os
documentos oficiais.
Descritores: "Violência Doméstica", "Idoso", "Enfermagem".

RESUMO:
O agressor da pessoa idosa é, na maioria das vezes, alguém próximo do
mesmo, o que torna o ato de violência ainda mais covarde, já que é praticado
por um inimigo intimo conhecedor de minúcias em relação à vida e as fraquezas

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

546
UNISA - Universidade de Santo Amaro

do idoso.
As agressões geralmente são praticadas pelos filhos homens, netos ou
cônjuges, noras e genros. Vários fatores ampliam a possibilidade de ocorrência
da violência doméstica contra o idoso, entre os quais está à reorganização
familiar que tem alterado os papéis sociais tradicionais; a invalidez fisica e
mental do idoso; o estresse e o isolamento do cuidador; uso de álcool e de
outras substâncias; a doença do idoso e a conseqüente diminuição de sua
capacidade funcional e cognitiva. A violência contra a pessoa idosa se
manifesta de forma: estrutural, aquela que ocorre pela desigualdade social e é
naturalizada nas manifestações de pobreza, de miséria e de discriminação;
interpessoal que se refere às interações e relações cotidianas e institucional
que diz respeito à aplicação ou à omissão na gestão das políticas sociais e
pelas instituições de assistência.
A violência doméstica se apresenta de várias formas:
Violência Física, que ocorre quando alguém causa ou tenta causar dano por
meio de força física;
Violência Psicológica, que correspondem a agressões verbais ou gestuais com
o objetivo de aterrorizar os idosos, humilhá-los, restringir sua liberdade ou isola-
los do convivio social;
Violência Sexual refere-se ao ato ou jogo sexual de caráter homo ou
heterorelacional, utilizando pessoas idosas;
Abandono é uma forma de violência que se manifesta pela ausência ou pela
deserção dos responsáveis governamentais, institucionais ou familiares;
Negligência refere-se à recusa ou à omissão de cuidados devidos e
necessários aos idosos, por parte dos responsáveis familiares ou institucionais;
Abuso Financeiro e Econômico consistem na exploração imprópria ou ilegal dos
idosos ou ao uso não consentido por eles de seus recursos financeiros e
patrimoniais;
Auto-Negligência, diz respeito à conduta da pessoa idosa que ameaça sua
própria saúde ou segurança, pela recusa de prover cuidados necessários a si
mesmos.

CONCLUSÃO:
Para enfrentar a questão da violência contra a pessoa idosa, seja no âmbito
domiciliar ou não, fica evidente a necessidade de programar medidas
educativas e de mobilização social com o objetivo de esclarecer aos idosos
seus direitos, garantidos pela Política Nacional de Saúde do Idoso (MS, 2006) e
pelo Estatuto do Idoso (MS, 2003). É preciso construir uma rede de proteção ao
idoso, envolvendo o sistema de saúde com todos seus profissionais, os orgãos
do poder judiciário, o poder legislativo e a sociedade civil por meio das suas
organizações. A equipe de saúde família tem o dever de identificar situações de
risco durante as visitas domiciliares. Todo caso de violência contra idosos

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

547
UNISA - Universidade de Santo Amaro

deverá ser notificada junto às instâncias públicas, implicando em omissão grave


a não denúncia, não bastando apenas à assistência por parte da equipe
multidisciplinar de saúde. Preconceito e falta de respeito são a maior forma de
violência contra idosos.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
BRASIL, lei nº 8842 de 4 de janeiro de 1994. Dispõe sobre a Politica Nacional
do Idoso.
MINAYO, M.C.S. Violência contra idosos, relevância para um velho problema.
Cad. Saúde Pública. Rio de Janeiro, pág. 783-789, 2003.
VERAS, R.P. País jovem com cabelos brancos. A saúde do idoso no Brasil. Rio
de Janeiro, Editora Relume-Dumará, 1994. In: SOUZA, J.A.V; FREITAS, M.C;
QUEIROZ, T.A. Violência contra os idosos: análise documental. Revista
Brasileira de Enfermagem, 2007 maio-jun; 60(3): 268-72.
________________________________________________________________
* Graduanda do curso de Enfermagem
**Orientadora: Prof. Mestre em Gerontologia - Disciplina Saúde do Idoso da
Facenf-Unisa.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

548
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Visão dos acompanhantes e


DEISE LUCIANE YOKO TAKAYAMA(1)

JOAQUIM JOAO CAETANO MENEZES(2),YARA JULIANO(3)(Orientadores)


Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
A internação é sempre uma situação estressante, principalmente se ocorre em
UTI. UTIs são ainda hoje, locais estranhos, com muitos ruídos, onde o paciente
é submetido a muitos procedimentos, separados dos seus familiares, cuidado
por estranhos. O conhecimento de que as UTIs são causa de estresse para os
pacientes, seus familiares e também para as equipes da UTI, está sendo
responsável por uma mudança na visão do atendimento.

OBJETIVO:
Avaliar visão dos acompanhantes e profissionais de saúde em relação às
medidas de humanização na UTI pediátrica. Determinar expectativas dos
acompanhantes e profissionais de saúde que atuam no setor quanto à
permanência do acompanhante na UTI pediátrica em tempo integral. Buscar
novas opiniões e sugestões para uma possível melhora.

METODOLOGIA:
Aplicação de questionário pré-codificado aos acompanhantes e profissionais de
saúde. Análise dos dados encontrados, relacionando os resultados relevantes
por meio de criação de banco de dados no aplicativo Epi Info versão 1,6 e
análise de freqüências, média, mediana e teste do Qui Quadrado.

RESUMO:
Resultados: Entrevistamos 53 acompanhantes, dos quais, 39 (73,5%) eram
mães das crianças. Dos 14 não mães, 85,7% eram pais e restante, irmã ou tia.
A média de idade das crianças foi 18,1 meses, mediana 7 meses, sendo 62,2%
do gênero feminino (n=33). O tempo médio de internação na UTI foi 10,8 dias
(1-90 dias) e 24,5% eram reinternações em UTI. A média de idade das mães foi
27,7 anos e outros acompanhantes foi 32,8 anos. Dentre as mães
acompanhantes, 71,8% estavam na faixa etária entre 20 e 30 anos, não
havendo nenhuma adolescente e apenas uma mãe com idade acima de 40
anos. Quanto à escolaridade, as mães tinham estatisticamente (P0,05) mais
anos de estudo em relação aos outros acompanhantes (7,5 anos x 4,7anos), e
dois pais eram analfabetos. Nível universitário foi observado em 4 mães
(10,2%). Dentre as mães, 79,5% trabalhavam fora, declarando-se
desempregadas no momento 38,4%. Já os pais estavam significantemente
desempregados em menor proporção (14,3%). O principal motivo para

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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UNISA - Universidade de Santo Amaro

substituição de acompanhantes na UTI foi revezamento para descanso (71,5%),


seguido pela função de auxílio à mãe para realização de outros afazeres
(28,5%). Foram entrevistados 13 profissionais de saúde do setor, média de
idade de 29,2 anos, 84,6% do gênero feminino. O principal motivo pelo qual os
acompanhantes acham importante sua presença na internação foi ajuda na
recuperação das crianças (92,5%), seguido por maior segurança própria
(77,4%). A permanência do acompanhante durante 24 horas/dia foi considerada
pelos acompanhantes ótima em 30,2%, boa em 62,2% e indiferente em 7,6%.
Já, dentre os profissionais, 7,7% consideraram ótima, 69,2% boa, 7,7%
indiferente e 15,4% não concordavam com a medida, havendo discordância
estatística entre as respostas. As principais medidas de humanização
encontradas na UTI pelos acompanhantes foram o bom tratamento, atenção e
explicações sobre os procedimentos (90,6%), decoração colorida (24,5%) e
presença de TV (15,1%). Já os profissionais de saúde consideraram a presença
do acompanhante, TV e Doutores da Alegria as principais, seguido pela
possibilidade de mais contato humano (38,4%). Discussão: Segundo literatura,
nota-se vários graus de preocupação com a humanização, e que conferem
enorme preocupação. Notou-se que houve discordância entre os dados
coletados de acompanhantes e profissionais de saúde quanto à necessidade de
acompanhante ou não em tempo integral na UTI pediátrica. Foi evidente a
discrepância no nível de escolaridade e instrução de pais e mães, assim como
sua profissão. Mas, independente do ponto de vista do profissional da área e do
acompanhante, notou-se que o contato e proximidade do acompanhante ao
paciente, confere uma melhora no cuidado e maior efetividade do tratamento
que foi previamente determinado.

CONCLUSÃO:
Os resultados apontam para a elevada freqüência de aceitação dos
acompanhantes na UTI pediátrica especialmente por parte destes, porém com
ressalvas importantes a serem corrigidas. A introdução de tal medida sem o
preparo prévio da equipe de saúde pode ser a responsável pelos resultados
encontrados. Os dados indicam a necessidade de medidas educativas para os
acompanhantes, que podem ter nesse período uma oportunidade para ações
de saúde. A idade ou escolaridade materna não parece ter relação com a
internação, porém as reinternações freqüentes configuram essa população
como de risco.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
1- Lira, M.M.F.L. Humanização em unidade de terapia intensiva pediátrica. In:
www.portalhumaniza.org.br/ph/texto. 2- Fabre, Z.L. e cols. Humanização em UTI
pediátrica: a equipe e a família; Arq. Catarin. Med,1(21):34-37,1992. 3- Braga
NA & Morsch DS 2003. Os primeiros dias na UTI, pp. 51-68. In MEL Moreira,

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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NA Braga & DS Morsch. Quando a vida começa diferente: o bebê e sua família
na UTI Neonatal. Fiocruz, Rio de Janeiro.
________________________________________________________________
ndn

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551
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VISÃO DOS AUXILIARES DE ENFERMAGEM SOBRE A


LIDERANÇA EXERCIDA PELO ENFERMEIRO.
NUBIA NEVES SANTOS(1)

Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO:
O Enfermeiro é o eixo de ligação entre os demais profissionais de saúde, a
instituição e a equipe de Enfermagem, este deve agir de uma forma tal que
facilite o processo de comunicação para atingir os objetivos propostos pela
situação do paciente/cliente e o cenário da instituição que presta esta
assistência. Portanto, o princípio que deve reger esta ação é a liderança, pois a
liderança é influência interpessoal exercida numa situação por intermédio do
processo de comunicação, para que seja atingida uma meta ou metas
específicas (1)
E para que este ideal seja alcançado é necessário entender que cada vez mais
as organizações exigem qualidade e pessoal capacitado. Os desafios são
grandes para quem deseja exercer o papel de líder, pois deve atender as
expectativas organizacionais, e por outro lado deve suprir as expectativas de
sua equipe, promovendo motivação e participação para atingir aos objetivos
organizacionais. Desta forma a opinião de quem vivencia o exercício da
liderança se manifesta de suma importância para nortear a postura que se faz
necessária assumir, demonstrando os atributos de liderança que podem ser
utilizados e/ou aprimorados para ocorrer à devida integração da equipe e
alcance dos objetivos propostos pela e para a equipe.

OBJETIVO:
Identificar e descrever a visão dos Auxiliares de Enfermagem sobre os
principais de liderança no comportamento do enfermeiro.

METODOLOGIA:
Estudo de campo com abordagem quanti-qualitativa, realizado através de um
instrumento elaborado após a realização de pesquisa bibliográfica com um
recorte temporal de 12 anos. Os artigos utilizados foram aqueles indexados na
base virtual em saúde, sendo utilizadas as bases de dados BEDENF, LILACS e
SCIELO. Os descritores utilizados foram: enfermagem, liderança e auxiliares de
enfermagem. Após a coleta dos artigos, os mesmos foram lidos, fichados e
analisados.
Foram sujeitos deste estudo 38 auxiliares de enfermagem, do corpo de
enfermagem de um hospital escola da Zona Sul de São Paulo, sendo a amostra

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

552
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não probabilística.
O questionário foi aplicado após ser aprovado pelo comitê de ética da
Universidade de acordo com a resolução 196/96 e conforme rigor ético previsto
para um estudo de campo.
As respostas foram organizadas em categorias e expressas em sua forma literal
quando dissertativas, e em gráficos quando de múltipla escolha.

RESUMO:
39% dos sujeitos participaram da pesquisa. Em relação às questões
dissertativas, grande parte dos auxiliares de enfermagem demonstrou entender
o que é liderança, e em resposta à questão “o seu enfermeiro é um líder?”,
encontramos respostas que nos permitiram criar duas classificações entre
satisfação e insatisfação, sendo considerados 60% dos sujeitos satisfeitos, 20%
insatisfeitos e 20% não opinaram.
Em resposta às questões alternativas pudemos encontrar variações nas
respostas, porém, em todas foi demonstrado que a maioria dos atributos de
liderança tais como: valorização, motivação, reconhecimento das necessidades
da equipe, promoção de segurança e participação, delega atividades, justiça,
coerência, sinceridade e confiança são identificados no comportamento dos
Enfermeiros e sendo utilizados em algum momento no trato com seus
subordinados.
Podemos inferir que há alguns pontos a melhorar em relação à conduta dos
enfermeiros, mas, não podemos esquecer de que liderar é um processo
contínuo que visa um aprimoramento dia após dia, buscando integrar os
membros da equipe, entender suas necessidades e nível de maturidade e desta
forma encontrar parâmetros que possam reger o comportamento do líder,
promovendo desta forma um ambiente favorável ao crescimento e
desenvolvimento profissional e das atividades desenvolvidas no ambiente de
trabalho.
Sabemos que o líder tem a capacidade de criar uma atmosfera capaz de
influenciar toda a equipe seja positivamente ou negativamente, tornando-se um
espelho para estes, portanto, como diria o líder é capaz de criar uma atmosfera
que possa induzir os liderados a produzirem por si sós (1).

CONCLUSÃO:
Desta forma obtivemos resultados expressivos e interessantes, capazes de
demonstrar os pontos a melhorar, e os pontos satisfatórios em relação às
atitudes e comportamento do Enfermeiro como um líder, portanto, este estudo
atinge seu objetivo demonstrando características que possam nortear as ações
dos Enfermeiros, produzindo uma atitude reflexiva e capaz de modificar o status

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

553
UNISA - Universidade de Santo Amaro

quo em que se encontra exercício da liderança na atualidade.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
1. WEHBE G, GALVÃO CM. Enfermeiro de unidade de Emergência: sua
liderança com o pessoal auxiliar de enfermagem. Acta Paul Enf, São Paulo
2001.14(3): 60-70.

2. CARLZON J, LANGERSTRÖM T. A hora da verdade. [trad. Maria Luiza


Newlands da Silveira] Rio de Janeiro: Ed. Sextante; 1980.

________________________________________________________________
1. Discente da Faculdade de Enfermagem da Universidade de Santo Amaro.
nubiazinha@gmail.com. Rua Agulhas Negras, 55, Recanto dos Victor –
Cotia/SP
2. Docente da Disciplina de Administração da Faculdade de Enfermagem da
Universidade de Santo Amaro. nurse_spilla@hotmail.com

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

554
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Ciências Humanas

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

555
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A ABORDAGEM DO TDAH NA GRADE CURRICULAR DOS


CURSOS DE PEDAGOGIA
PATRÍCIA SILVA DO NASCIMENTO(1)

MARIA APARECIDA DE JESUS GOMES(2),VANIA VIEIRA COSTA(3)(Orientadores)


Ciências Humanas
INTRODUÇÃO:
Entre os transtornos mais comuns na infância encontra-se o TDAH (Transtorno
de Déficit de Atenção/Hiperatividade), o qual caracteriza-se por uma
combinação dos seguintes sintomas: desatenção, hiperatividade-impulsividade.
A literatura aponta que a prevalência deste transtorno em escolares é de 3 a
5%. Porém, estudos epidemiológicos que apresentam uma metodologia mais
rigorosa, referem 4 a 12%. O diagnóstico é clínico e tem como base a
manifestação de comportamentos que atendam a critérios estabelecidos pelo
DSM-IV (Manual de Diagnóstico e Estatística nas Doenças Mentais – 4ª ed.) e
CID-10 (Classificação Internacional das Doenças – 10ª rev.). O indivíduo deve
apresentar pelo menos seis dos nove critérios de um ou de ambos os domínios
da síndrome (hiperatividade/impulsividade e desatenção) em dois locais de
avaliação distintos, como, por exemplo, em casa e na escola, durante pelo
menos seis meses. É reconhecidamente no meio acadêmico que são atribuídos
aos portadores do TDAH prejuízos na aprendizagem e sociabilização,
principalmente quando o educador recebe informações superficiais sobre o
transtorno durante sua graduação, desconhecendo os sintomas, causas e
conseqüências. Sabe-se, então, que o conhecimento sobre o tema possibilita
àqueles que estão em contato com a criança, verificar precocemente o TDAH,
evitando assim repercussões sociais indesejáveis. Deve-se inclusive, ser de
conhecimento da escola as questões relacionadas ao tratamento, pois envolve
a orientação familiar, psicológica, psicopedagógica e médica.

OBJETIVO:
O presente estudo teve como objetivo identificar o tema TDAH, na grade
curricular para formação de professores.

METODOLOGIA:
A metodologia utilizada constou de pesquisa bibliográfica sobre o TDAH
(Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade) e suas características para o
embasamento teórico. A grade curricular de 20 cursos de Pedagogia oferecidos
em faculdades do Estado de São Paulo foi consultada por meio eletrônico.

RESUMO:
Os resultados indicam que, de acordo com o conteúdo das grades consultadas,

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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os cursos de graduação em Pedagogia no Estado de São Paulo não oferecem


uma abordagem consistente sobre TDAH. Este fato é preocupante, pois muitas
crianças que apresentam este transtorno são “rotuladas” como incapacitadas,
deixando de ser reconhecidas em suas potencialidades. E outras, ainda, são
identificadas como portadoras do transtorno equivocadamente, gerando outros
tipos de problemas.

CONCLUSÃO:
Conclui-se que, de acordo com os resultados obtidos nas pesquisas
bibliográficas e por meio eletrônico, o TDAH não é tema aprofundado nos
cursos de Pedagogia, estando incluído apenas em disciplinas que tratam do
desenvolvimento psicológico do aluno. Trata-se de um transtorno que ocasiona
diversos contratempos no objetivo diário a ser alcançado pelo professor. O
sofrimento gerado às crianças e familiares se potencializa quando, além do
desconhecimento sobre o transtorno, há encaminhamentos desnecessários aos
serviços de saúde daquelas que são diagnosticadas como portadoras do TDAH
mas que, na realidade, apresentam outras dificuldades de aprendizagem,
muitas vezes decorrentes de propostas pedagógicas inadequadas.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
DUPAUL, George J.; STONER, Gary. TDAH nas Escolas: Estratégias de
Avaliação e Intervenção. São Paulo: M.Books, 2007.

ROHDE, Luis Augusto; MATTOS, Paulo & Cols. Princípios e Práticas em


Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade. Porto Alegre: Artmed, 2003.

TOPCZEWSKI, Abram. Hiperatividade: como lidar? São Paulo: Casa do


Psicólogo,1999.

________________________________________________________________
1 Aluna do sexto semestre do curso de Pedagogia, Faculdade de Educação,
Unisa, e-mail: patriciapsn2104@hotmail.com
2 Professora Mestre em Comunicação e Letras do curso de Pedagogia,
Faculdade de Educação, Unisa, e-mail: cidaprofessora@yahoo.com.br
3 Professora Mestre em Ciências da Saúde do curso de Pedagogia, Faculdade
de Educação, Unisa, e-mail: vaniavcosta@yahoo.com.br

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A SATISFAÇÃO NO TRABALHO DE MÉDICOS VETERINÁRIOS


DE PEQUENOS ANIMAIS: COMPARAÇÃO ENTRE
PROFISSIONAIS RECÉM FORMADOS E PROFISSIONAIS
EXPERIENTES
ALESSANDRA MENEZES SOUZA(1), LUANA SANTOS MORAES CARVAS(2)

GILBERTO MITSUO UKITA(3)(Orientadores)


Ciências Humanas
INTRODUÇÃO:
Atualmente, o trabalho é uma atividade sofisticada, acompanhando a era
tecnológica, transformando-se em posição, em status que eleva e dá
importância ao ser humano. Além disso, é obrigatório como meio e recurso de
sobrevivência, uma vez que fornece ao indivíduo, como compensação, uma
remuneração, um salário com o qual pode prover ao seu sustento e ao da sua
família (Mielnik, 1976).
Para Mielnik (1976), não se trabalha apenas pelo salário que é pago, trabalha-
se também pela satisfação emocional profunda que é sentida com a realização
e resultados que são alcançados através do esforço. O trabalho para o homem
representa uma situação especial que não se resume em produção ou salário.
Considera-se o trabalho como fonte de satisfação, tanto para a área de
manutenção como para a psicossocial, de realização pessoal e status.
Kahn (1972), citado por Davies e Shackleton (1977), sugeriu que a questão da
satisfação profissional está interligada de um modo demasiado estreito à de
identidade pessoal e amor-próprio para que possa ser simplesmente
respondida, visto que a escolha, para a maioria dos trabalhadores, é uma
conexão de trabalho “carregada de qualidades negativas” ou a inexistência de
qualquer conexão. Assim, quando são indagados sobre se estão satisfeitos com
sua situação de trabalho, a maior parte dos profissionais não tem dificuldade de
responder afirmativamente.
Para Davies e Shackleton (1977), a satisfação no trabalho parece aumentar
com a idade, embora a maioria dos estudos realizados tenha sido transversal,
isto é, foram comparados grupos de trabalhadores em que cada grupo consistia
numa diferente faixa etária. A dificuldade com esse método é que os grupos não
só se diferenciavam nas idades, mas também eram diferentes gerações. A
idade é usualmente confundida com o tempo de serviço, embora as duas coisas
não estejam perfeitamente relacionadas.

OBJETIVO:

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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A presente pesquisa teve como objetivo avaliar a satisfação no trabalho de


médicos veterinários recém formados e médicos veterinários formados a mais
de 8 anos. Também teve a finalidade de identificar as fontes que geram essa
satisfação sentida por esses profissionais.

METODOLOGIA:
A amostra foi composta por 60 Médicos Veterinários, de ambos os sexos,
residentes no Estado de São Paulo, sendo 30 Médicos Veterinários formados a
até 5 anos e 30 profissionais que atuam na área há 8 anos ou mais. Foi
utilizado um questionário, composto por 11 questões de caracterização dos
sujeitos e 29 questões sobre satisfação profissional dos Médicos Veterinários,
adaptadas do instrumento utilizado por Nicolielo e Bastos (2002) para mensurar
a satisfação profissional de cirurgiões dentistas.

RESUMO:
Para a análise estatística, foram utilizadas provas não-paramétricas, através da
aplicação do teste de qui-quadrado de independência, sendo adotado o nível de
significância de 0,05. Foi solicitada a participação voluntária na pesquisa
através de um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. As Pesquisadoras
se apresentaram a cada um dos sujeitos e, após explicar o conteúdo da
pesquisa, entregaram os instrumentos em envelopes lacrados, com o
compromisso de retirá-los no mesmo dia. Os resultados obtidos mostraram que
não existe diferenças significantes em relação à satisfação no trabalho de
médicos veterinários recém formados e médicos veterinários formados a mais
de 8 anos. Assim, observa-se que ambos os grupos demonstram satisfação
com a carreira escolhida, o relacionamento com clientes, o trabalho em
conjunto da equipe auxiliar, e o respeito e o prestígio pela qualidade do trabalho
realizado. Por outro lado, em ambos os grupos, os itens considerados
insatisfatórios pela maioria dos sujeitos estão relacionados ao lado
administrativo, e aos honorários e rendimentos recebidos pela prática
veterinária. Observou-se também que o grupo dos veterinários formados até 5
anos demonstraram estar mais insatisfeitos com a remuneração recebida pelo
seu trabalho.

CONCLUSÃO:
Os resultados obtidos mostraram que não existe diferenças significantes em
relação à satisfação no trabalho de médicos veterinários recém formados e
médicos veterinários formados a mais de 8 anos. Assim, observa-se que ambos
os grupos demonstram satisfação com a carreira escolhida, ao relacionamento
com clientes, ao trabalho em conjunto da equipe auxiliar, e ao respeito e ao
prestígio pela qualidade do trabalho realizado.
Por outro lado, em ambos os grupos, os itens considerados insatisfatórios pela

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

559
UNISA - Universidade de Santo Amaro

maioria dos sujeitos estão relacionados ao lado administrativo, e aos honorários


e rendimentos recebidos pela prática veterinária. Observou-se também que o
grupo dos veterinários formados até 5 anos demonstraram estar mais
insatisfeitos com a remuneração recebida pelo seu trabalho.
Os dados obtidos no presente trabalho sobre o nível de satisfação profissional
dos Médicos Veterinários podem contribuir no desenvolvimento de programas
de orientação profissional, proporcionando informações relevantes para os
sujeitos que no futuro queiram seguir esta carreira profissional.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
Davies, D. R. & Shackleton, V. J. (1977). Psicologia e Trabalho. Rio de Janeiro:
Zahar.

Mielnik, I. (1976). Higiene Mental do Trabalho. São Paulo: Artes Médicas.

Nicolielo, J. & Bastos, J. R. M. (2002). Satisfação Profissional do cirurgião


Dentista Conforme Tempo de Formado. Revista da Faculdade de Odontologia
de Bauru, 10 (2), 69-74.

________________________________________________________________
1 Acadêmica do 5º ano do curso de Psicologia
2 Acadêmica do 5º ano do curso de Psicologia
3 Prof. Dr. do curso de Psicologia

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560
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ALEITAMENTO MATERNO: EDUCAÇÃO PARA A SAÚDE


DEYSE DOS ANJOS RAMOS(1), ISRAEL TEIXEIRA DE MACEDO(2), KELLY CRISTINA
ANGELO(3)

VANIA VIEIRA COSTA(4)(Orientadores)


Ciências Humanas
INTRODUÇÃO:
A prática do aleitamento materno é considerada uma ferramenta importante na
redução da morbi-mortalidade infantil. Porém ainda há o desconhecimento da
população sobre técnicas adequadas ao aleitamento, bem como os benefícios
proporcionados à criança, à mãe e à sociedade, a curto, médio e longo prazo.
Esta falta de informação acarreta o desmame precoce e deixa, não apenas a
criança, mas também a mãe exposta a prejuízos nas áreas biológica,
psicológica e social. Estudos sugerem que as informações sobre o aleitamento
materno devem começar desde a idade escolar, pois a orientação e discussão
sobre o tema em sala de aula propiciam uma verdadeira preparação para o
aleitamento e possui uma forte influência quanto a uma futura escolha referente
ao modo de alimentação da sociedade. A escola, espaço privilegiado para a
construção não apenas do conhecimento acadêmico, mas também o local onde
as crianças são preparadas para exercer a cidadania, deve assumir sua função
na construção de hábitos e atitudes nos educandos, principalmente no que se
refere à alimentação, já que, ao incorporar o tema “saúde” em seu projeto
político pedagógico, deve promover ações educativas que possibilitem uma
reflexão sobre a qualidade de vida e pleno exercício da cidadania. Portanto, a
escola deve educar para a saúde, iniciando pela conscientização sobre o
aleitamento materno.

OBJETIVO:
O objetivo deste estudo foi o de identificar como a parceria educação-saúde
pode contribuir para a conscientização sobre o aleitamento materno.

METODOLOGIA:
A metodologia utilizada constou de pesquisa de campo realizada com 30
educadores que atuam na região sul do município de São Paulo, nos
subdistritos de Santo Amaro, Ibirapuera e Jabaquara e 30 mães residentes nos
mesmos subdistritos, que amamentam ou tenham amamentado seus filhos.
Para a coleta de dados foi utilizado, como instrumento, questionário
desenvolvido pelas pesquisadoras. Para os professores o instrumento foi
composto de duas questões semi-abertas e para as mães seis questões. O
estudo das publicações sobre o tema, além da consulta as orientações do
Ministério da Saúde, fundamentaram os aspectos teóricos.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

561
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RESUMO:
Os resultados indicam que referente ao conteúdo sobre aleitamento materno
em sala de aula, 57% dos professores entrevistados relatam que não
desenvolvem o tema por motivos diversos, entre eles: falta de momento
oportuno, falta de conhecimento, alunos muito novos ou fora da fase de
amamentação e ainda que o tema não faz parte da organização curricular da
escola. Em contrapartida, 43% dos educadores, mencionaram que
desenvolvem o tema, com as seguintes justificativas: possui um cunho
educacional e social, é importante para o desenvolvimento do aluno, faz parte
do projeto desenvolvido pela escola, o tema pode ser desenvolvido em meio às
brincadeiras, e, além disso, ao trabalhar o conteúdo com os alunos,
automaticamente será transmitido aos pais. Observa-se por meio das respostas
dos entrevistados, que as dificuldades atribuídas para o desenvolvimento deste
conteúdo não são consistentes, já que, se a função da escola é promover
hábitos saudáveis de alimentação e assim deve fazer parte o tema aleitamento
e sua prática. Para Anaruma (2005), conscientizar as crianças, em idade
escolar, quanto ao ato de amamentar é necessário devido a vários fatores, já
que, muitas vezes amamentar, não é visto como um valioso benefício para a
criança, pois atribui-se crenças errôneas, entre elas a de que existe “leite fraco”,
atitudes inadequadas frente às intercorrências habituais, desconhecimento
sobre a produção, liberação e funções do leite materno. Na questão direcionada
às mães sobre o período de aleitamento, 40% das entrevistadas informaram
que amamentaram seus filhos até os 3 meses de idade; 30% até os 6 meses;
20% acima de 6 meses e 7% não amamentaram. Conforme estabelecido por
pesquisas em diversos países, inclusive no Brasil, o aleitamento materno
exclusivo é o modo ideal de alimentação do lactente até os seis meses de vida.
A continuidade até o segundo ano de vida é igualmente importante, já que o
principal fator preventivo para reduzir a mortalidade infantil no mundo é o
aleitamento.

CONCLUSÃO:
Conclui-se que a escola é o ambiente favorável para a Educação em Saúde,
considerando sempre a importância da atuação e integração da equipe de
saúde na escola. Sugere-se que haja um trabalho de conscientização da equipe
escolar sobre, além das questões já abordadas, a inserção de temas como: a
nova legislação trabalhista para as mães (licença maternidade de seis meses) e
a importância da presença do pai no aleitamento materno, já que a escola,
como ferramenta social, deve interagir e articular estratégias de promoção à
saúde com essa equipe, visando o pleno desenvolvimento biopsicossocial do
ser humano.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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UNISA - Universidade de Santo Amaro

BRASIL. Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais. Secretaria


de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1998.
BRASIL. Ministério da Saúde. A promoção da saúde no contexto escolar. Rev.
Saúde Pública, n. 4, v. 36, 2002.
CTENAS, Maria Luiza de Brito; VITOLO, M. R. Crescendo com saúde: o guia de
crescimento da criança. São Paulo: C2 Editora e Consultoria em Nutrição, 1999.

________________________________________________________________
1Aluna do sexto semestre do Curso de Pedagogia, Faculdade de Educação-
Unisa, e-mail: deyse_anjosramos@yahoo.com.br
2Aluna do sexto semestre do Curso de Pedagogia, Faculdade de Educação -
Unisa, e-mail: hedna.lopes@gmail.com
3Aluna do sexto semestre do Curso de Pedagogia, Faculdade de Educação -
Unisa, e-mail: kellyangelo@ig.com.br
4Psicóloga, Professora Mestre em Ciências da Saúde do Curso de Pedagogia,
Faculdade de Educação da Unisa, e-mail: vaniavcosta@yahoo.com.br

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ALFABETIZAÇÃO NA TERCEIRA IDADE: UMA MEDIDA DA


MOTIVAÇÃO INTRÍNSECA E DA MOTIVAÇÃO EXTRÍNSECA
ENI DA SILVA(1)

GILBERTO MITSUO UKITA(2)(Orientadores)


Ciências Humanas
INTRODUÇÃO:
Segundo Martinelli e Bartholomeu (2007), as abordagens sócio-cognitivistas
defendem a existência de duas orientações motivacionais: a intrínseca e a
extrínseca. Essas duas orientações são tratadas como interativas, mas não
como aditivas.
A motivação intrínseca refere-se à execução de atividades no qual o prazer é
inerente à mesma. O indivíduo busca, naturalmente, novidades e desafios, não
sendo necessárias pressões externas ou prêmios pelo cumprimento da tarefa,
uma vez que a participação na própria tarefa é a principal recompensa. Por
outro lado, a motivação extrínseca apresenta-se como a motivação para
trabalhar em resposta a algo externo à tarefa ou atividade, como a obtenção de
recompensas materiais ou sociais, de reconhecimento, objetivando atender aos
comandos ou pressões de outras pessoas ou para demonstrar competências e
habilidades.
No contexto de aprendizagem escolar, o aluno extrinsecamente motivado busca
uma tarefa escolar para melhorar suas notas ou receber recompensas e elogios
e/ou evitar punições. Já o aluno intrinsecamente motivado não busca qualquer
tipo de recompensa, sendo a dedicação, a persistência e a curiosidade para
aprender, algumas das características desses alunos.
De acordo com Witter (2006), as tarefas dos idosos são: ajustar-se ao
decréscimo de força física e de saúde; ajustar-se à aposentadoria e redução de
renda; ajustar-se à morte do(a) esposo(a); estabelecer filiação a um grupo de
pessoas idosas; manter obrigações sociais e cívicas; e estabelecer arranjos
físicos satisfatórios para viver bem a velhice.
Considerando-se todas essas tarefas de desenvolvimento do idoso, pode-se
supor que além do preconceito em relação à velhice, o analfabetismo recai
como um estigma adicional. A busca de superação daquele que pode ser
alterado (a condição de analfabeto) pode se constituir como fator atenuante
daquele sobre o qual muito pouco se pode fazer (a condição de idoso) (Fridman
& Silva, 2005).

OBJETIVO:
O presente trabalho teve como objetivo comparar a motivação intrínseca e a
motivação extrínseca dos sujeitos de terceira idade para a alfabetização. A

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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hipótese levantada é que o idoso analfabeto possui um maior nível de


motivação intrínseca no aprendizado escolar.

METODOLOGIA:
A amostra foi composta por 27 sujeitos de terceira idade que frequentavam um
núcleo de alfabetização de idosos de instituição particular da Zona Sul da
cidade de São Paulo. Foram pesquisados sujeitos de ambos os sexos e com
idades superiores a 60 anos. Os sujeitos foram abordados pela Pesquisadora e
convidados a participar voluntariamente da pesquisa através de um termo de
consentimento livre e esclarecido. O questionário, aplicado de forma anônima,
continha perguntas destinadas a caracterização dos sujeitos e questões
relacionadas ao processo de alfabetização. Também foi utilizada uma escala
para mensurar a motivação extrínseca (4 itens) e intrínseca (4 itens), avaliada
segundo uma escala Likert de 5 pontos. Os dados foram analisados em termos
de freqüências absolutas e percentuais para posterior cálculo de qui-quadrado.
Também utilizou-se o teste t para a diferença de médias de duas amostras
dependentes. O nível de significância utilizado foi de 5%.

RESUMO:
Através dos dados coletados, obteve-se que a maioria dos sujeitos era do sexo
feminino (70,37%), casado (44,44%), não aposentado (96,30%), exercendo
trabalho remunerado (77,78%), com renda mensal entre R$500,00 e
R$1.000,00 (48,15%), e que morava com familiares (88,89%). Em relação à
alfabetização, a grande maioria: considera importante a alfabetização para a
terceira idade (96,30%); considera o contato com outros idosos como fonte de
motivação (96,30%); recebe o incentivo da família (92,59%); e considera que a
alfabetização aumenta a sua auto-estima (81,48%). Entretanto, também
observou-se que uma porcentagem razoável de sujeitos (37,04%) afirma que a
idade é um empecilho para que o idoso possa aprender coisas novas.
Os resultados obtidos também mostraram uma diferença significante ao nível de
5% entre os tipos de motivação, sendo que, em média, a motivação intrínseca
(M=4,65; DP=0,47) é maior que a motivação extrínseca (M=3,49; DP=0,90),
confirmando a hipótese levantada inicialmente.

CONCLUSÃO:
O presente trabalho indica que o idoso analfabeto possui um maior nível de
motivação intrínseca no aprendizado escolar. O idoso busca, dessa forma,
novidades e desafios, não sendo necessárias pressões externas ou prêmios
para o cumprimento das tarefas escolares. Segundo Deci e Ryan (2000, citado
por Martinelli & Bartholomeu, 2007), essa orientação motivacional é a base para
o crescimento, integridade psicológica e coesão social, representando assim o
potencial positivo da natureza humana.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

565
UNISA - Universidade de Santo Amaro

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
Fridman, P. C. C. & Silva, N. (2005). Alfabetização de idosos: uma pesquisa
introdutória a partir da experiência do MOVA-Guarulhos. Projeto de Mestrado.
Recuperado em 20 out. 2008: http://www.projetoacolhendo.net/experiencias/
experiencias.html.
Martinelli, S. C. & Bartholomeu, D. (2007). Escala de Motivação Acadêmica:
uma medida de motivação extrínseca e intrínseca. Avaliação Psicológica, 6 (1),
21-31.
Witter, G. P. (2006). Tarefas de desenvolvimento do adulto idoso. Estudos de
Psicologia (Campinas), 23 (1), 13-18.

________________________________________________________________
1 Acadêmica do 5o ano da Faculdade de Psicologia da UNISA
2 Professor Doutor da Faculdade de Psicologia da UNISA

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AMPLIAÇÃO DO ENSINO FUNDAMENTAL PARA NOVE ANOS


SOLANGE FERREIRA DA SILVA COSTA(1)

MARIA APARECIDA DE JESUS GOMES(2)(Orientadores)


Ciências Humanas
INTRODUÇÃO:
INTRODUÇÃO: Segundo o Conselho Estadual de Educação de São Paulo
(2005), a Lei 11.114 de 16 de maio de 2005 antecipou o ingresso obrigatório na
escola aos 6 anos, porém não estabeleceu o ensino fundamental de nove anos.
Isso gerou em alguns estados, como São Paulo, a redução da escolaridade ao
invés de sua ampliação. A justificativa para esta ampliação baseia-se no Censo
Demográfico de 2000 (IBGE) segundo o qual a maioria das crianças de 6 anos
está na escola e, dentre estas, quase a metade já freqüenta a Educação Infantil
e o Ensino Fundamental. De acordo com o Plano Nacional de Educação (1991)
a ampliação do Ensino Fundamental para nove anos acontecerá com a inclusão
da criança de 6 anos, na intenção de oferecer maiores oportunidades de
aprendizagem no período de escolarização obrigatória e assegurar que,
ingressando mais cedo no sistema de ensino, as crianças prossigam nos
estudos, alcançando maior nível de escolaridade. O primeiro ano do ensino
fundamental deverá ter como base a Educação Infantil, sendo que as escolas
de Educação Infantil poderão oferecer este ano quando em parceria com
escolas de Ensino Fundamental.

OBJETIVO:
Verificar as modificações causadas pela ampliação do Ensino Fundamental
para nove anos

METODOLOGIA:
Para a realização deste trabalho foram consultados documentos do MEC, como
o parecer CNE/CEB 18/2005, o Plano Nacional de Educação, Orientações
Gerais e o Referencial Curricular da Educação Infantil, além de estudos sobre o
desenvolvimento da criança com base nas teorias de Vygotsky e Piaget para o
embasamento teórico. Para a pesquisa de campo, foram entrevistados 20
professores e 10 coordenadores e diretores da rede estadual, municipal e
privada. Para a coleta de dados foi utilizado, como instrumento, questionário
desenvolvido pela pesquisadora composto por perguntas abertas e fechadas a
fim de verificar como estes profissionais se posicionam em relação à ampliação
do ensino fundamental e se esta mudança está causando transtornos para a
alfabetização. Após compilação dos dados, o resultado foi avaliado de forma
descritiva e comparado com a teoria pesquisada.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

567
UNISA - Universidade de Santo Amaro

RESUMO:
Como resultado pode-se afirmar que a ampliação do ensino fundamental
necessita de planejamento e diretrizes definidas para que o atendimento à
criança seja integral em relação aos aspectos biológicos, psicológicos e sociais
tendo em vista que o processo educacional deve respeitar o tempo e as
particularidades de cada criança, gerando uma educação de qualidade e não de
quantidade. Antes de haver a implantação do ensino fundamental de nove anos,
deveriam ter ocorrido muitas e sérias reflexões sobre o aumento da carga
horária, organização das matrículas e dos conteúdos para este novo ano do
ensino fundamental a fim de se garantir que fosse mantida a identidade
pedagógica da educação infantil no primeiro ano do ensino fundamental.

CONCLUSÃO:
A ampliação do Ensino Fundamental vai muito além de medidas administrativas.
A base desse processo deve estar no conhecimento do público alvo: suas
características, seu desenvolvimento social e psicológico, seu momento
histórico, seus direitos, interesses e necessidades, como é seu ambiente de
aprendizagem para que a metodologia aplicada esteja de acordo com essas
particularidades, garantindo uma educação que respeita o aluno como sujeito
do aprendizado. A escola deve se organizar para receber as crianças de 6
anos. Isso implica a mudança da estrutura, gestão, ambiente, espaços,
horários, materiais, conteúdos, metodologias, objetivos, planejamento e
avaliação, para que as crianças se sintam acolhidas e seguras na transição da
Educação Infantil para o Ensino Fundamental.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
BRASIL. Conselho Estadual de Educação. Parecer CNE/CEB/18/2005. São
Paulo, 2005.
____. Secretaria de Educação Básica. Ensino Fundamental de Nove Anos.
Orientações Gerais. Brasília: MEC/SEB, 2004.
____. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria da Educação
fundamental. Referencial curricular nacional para a educação infantil. Brasília:
MEC/SEF, 1998.

________________________________________________________________
1Aluna do sexto semestre do curso de Pedagogia, Faculdade de Educação da
Unisa, email: solange-fcosta@hotmail.com
2 Professora Mestre em Comunicação e Letras do curso de Pedagogia,
Faculdade de Educação da Unisa, email:cidaprofessora@yahoo.com.br

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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UNISA - Universidade de Santo Amaro

consulta de enfermagem: Qual a percepção do enfermeiro


ADRIANA BITENCOURT DE SOUZA(1)

LUCILENE COELHO SOUZA TERRENGUI(2)(Orientadores)


Ciências Humanas
INTRODUÇÃO:
No contexto da Atenção Básica, a consulta de enfermagem a gestante está
prevista no Programa de Atenção Integral à Saúde da Mulher (PAISM) e no
Manual Técnico da Assistência Pré-natal, onde a atuação do enfermeiro no
acompanhamento a gestante com baixo risco obstétrico pode ser inteiramente
realizado. Tal referência está em conformidade com a regulamentação da Lei
do Exercício Profissional do Enfermeiro.
Segundo a Lei do Exercício Profissional, a consulta de enfermagem, é uma
atividade privativa do enfermeiro, já havendo relatos quanto ao desenvolvimento
junto a gestante, desde 1958, antes mesmo do reconhecimento legal da
atividade, que ocorreu em 1986, com o Decreto n° 94.406/87.
A Consulta de Enfermagem está amparada nas seguintes regulamentações
federais e do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN):
· A Lei Federal 7.498/86. Dispõe a regulamentação do exercício de
enfermagem, cabendo-lhe,...privativamente... a Consulta de Enfermagem.
(Art.11, Inciso I, Alínea “i”).
· Decreto Federal 94.406/87: Regulamenta a Lei 7.498/86. Este incumbe
...privativamente... a Consulta de Enfermagem (Art.8º, Inciso I, Alínea “e”).
· Resolução COFEN 159/1993. Dispõe sobre a consulta de enfermagem. Art. 1º
esta resolução determina que todos os níveis de assistências de saúde, seja
em instituição pública ou privada.
· Resolução do COFEN 272/2002. Dispõe sobre a sistematização a assistência
de enfermagem (SAE) nas Instituições de Saúde Brasileiras. No Art. 1°, Inciso
II, a resolução indica as etapas da consulta de enfermagem e estabelece os
componentes de cada uma: Histórico de Enfermagem, Exame físico,
Diagnóstico de Enfermagem, Prescrição de Enfermagem e evolução de
Enfermagem.

Considerando que há regulamentação legal da consulta de enfermagem e que


esta é realizada amplamente na Atenção Básica é que desenvolveu-se este
estudo na busca de identificar como o enfermeiro vivencia a realização da
consulta de enfermagem no pré-natal.

OBJETIVO:
Identificar a percepção do enfermeiro na realização da consulta de enfermagem

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

569
UNISA - Universidade de Santo Amaro

no pré-natal nas publicações científicas.

METODOLOGIA:
Trata-se de um estudo de revisão bibliográfica, com consulta de base de dados
Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS),
Scientific Eletronic Library Online (SCIELO), Base de Dados de Enfermagem
(BDENF), através dos descritores “Enfermagem obstétrica”; “Pré-natal”;
“Educação em saúde” com a seleção dos textos pertinentes ao estudo.

RESUMO:
Identificou-se quatro pontos importantes na percepção do enfermeiro em
relação à realização da consulta de enfermagem no pré-natal que ora
passamos a discorrer.

1 Limitações quanto ao espaço físico

Os enfermeiros relatam que o espaço físico na grande maioria é inadequado.


Outrossim, são as constantes interrupções na consulta fazendo com que a
gestantes não se sinta à vontade por falta da privacidade.

2 Complemento da consulta médica


A consulta de enfermagem por vezes é realizada para alívio de demanda ou
drenagem de clientela encaminhada pelo médico.
A gestante procura o atendimento do enfermeiro na situação de dificuldade no
agendamento da consulta médica ou quando encaminhada a um profissional
médico que não se gosta do atendimento e não consegue agendamento com
outro profissional médico.

3 Prevenção das intercorrências obstétricas


Na visão do enfermeiro a orientação para a prevenção precoce não ocorre em
um pré-natal sem o acompanhamento de um enfermeiro. Para o médico é
interessante olhar o problema e medicar, e para o enfermeiro é mais importante
a prevenção precoce.
Ao realizar a consulta, o enfermeiro não só pretende contribuir para que a
mulher tenha uma gravidez sem complicações, como também que seja uma
gestação tranqüila e prazerosa. O objetivo é acolher, é atentar ajudar não só o
lado físico, mas também ajudar o lado emocional dela.

4 Falta de preparo na graduação

Os enfermeiros relatam as dificuldades vivenciadas no início do exercício

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

570
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profissional, chamando atenção para a necessidade de revisão do processo


ensino/aprendizagem nas disciplinas responsáveis em relação pré-natal.
Relatam “falhas na graduação”, que existem alguns conhecimentos que não
foram discutidos ou foram pouco discutidos durante a graduação.

CONCLUSÃO:
O potencial da consulta de enfermagem para resposta a demanda de pré-natal
fica evidenciado na revisão bibliográfica. Entretanto, os enfermeiros percebem
que para a realização da consulta de enfermagem há uma lacuna na falha de
conhecimentos identificados como “falha de graduação”. Apontam também a
inadequação de espaço físico nos serviços e o fato da consulta ser uma
segunda opção para a cliente gestante. Ressalta-se que a Consulta de
Enfermagem é uma ação importante na prevenção de patologias obstétricas
visto o enfermeiro ser um educador por excelência.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
1- DOTTO, Leila Maria Geromel; MOULIN, Nelly de Mendonça; MAMEDE, Marli
Villela. Assistência Pré-Natal: Dificuldades Vivenciadas pelas Enfermeiras.
Revista Latino-Americana de Enfermagem, 2006, vol.14, n. 5, ISSN 0104-1169.

2-Moura ERF, Rodrigues MSP. Comunicação e Informação em Saúde no Pré-


natal,Interface – Comunic, saúde, Educ, v7, n13, p.109-18, agosto2003

3-Nery TA, Tocantins FR. O Enfermeiro e a Consulta Pré-natal: O significado da


Ação de Assistir a Gestante. Rev. enferm. UERJ, janeiro,2006, vol.14, no.1,
p.87-92. ISSN 0104-3552.

________________________________________________________________
1 Aluna da Graduação da Faculdade de Enfermagem da Universidade de
Santo Amaro. E-mail: adrianabitt@yahoo.com.br
2 Enfermeira Obstétrica. Mestre em Saúde Materno Infantil. Docente do Curso
de Graduação de Enfermagem da Universidade Santo Amaro. E-mail:
lulucilene@terra.com.br

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

571
UNISA - Universidade de Santo Amaro

consulta deenfermagem no pré-natal:Qual a percepção da


gestante?
ADRIANA BITENCOURT DE SOUZA(1)

LUCILENE COELHO SOUZA TERRENGUI(2)(Orientadores)


Ciências Humanas
INTRODUÇÃO:
De acordo com as Normas e Manuais Técnicos para a assistência Pré-Natal, o
Enfermeiro deve realizar a primeira consulta pré-natal, fazendo a matrícula da
mulher no serviço e solicitando os exames laboratoriais preconizados. As
consultas seguintes são agendadas, alternadamente com o Médico, uma vez
que seja de baixo risco o pré-natal.
A consulta de enfermagem deve englobar aspectos sócio-econômicos, sobre as
condições de saúde da gestante para que o enfermeiro possa intervir, sobre as
necessidades da paciente.
Essa maneira de atuar é uma concepção de olhar próprio, que através da
vivência desse profissional, bem como os limites e possibilidades dos serviços,
levam o enfermeiro a optar por uma ou outra forma de abordagem ao cliente.
Considerando que a consulta de enfermagem é um importante momento para a
assistência no pré-natal e que há nuances na realização desta é que realizou-
se este estudo para identificar a percepção da gestante frente a consulta de
enfermagem.

OBJETIVO:
Identificar e analisar publicações científicas que apontam a percepção da
gestante da consulta de enfermagem no pré-natal.

METODOLOGIA:
Trata-se de um estudo de revisão bibliográfica, com consulta de base de dados
Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS),
Scientific Eletronic Library Online (SCIELO), Base de Dados de Enfermagem
(BDENF), através dos descritores “Enfermagem obstétrica”; “Pré-natal”;
“Educação em saúde”, selecionando assim os textos pertinentes ao estudo.

RESUMO:
Na bibliografia estudada, identificaram-se três aspectos relacionados à
percepção da gestante quanto à consulta de enfermagem no pré-natal, a saber:

1- Acolhimento

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

572
UNISA - Universidade de Santo Amaro

“Os médicos às vezes nem olham na cara da gente, não examinam nada e já
dizem que está tudo bem”.

Pequenas atitudes, como oferecer um tratamento pessoal, chamá-la pelo nome,


acolhe-la como pessoa, trazê-la para participar das decisões e o diálogo
informal com profissional, são elementos de um atendimento que faz a
diferença e não envolve tecnologias. Tais aspectos são relatados como
positivos na abordagem do profissional enfermeiro na consulta de enfermagem.

2- Diálogo e escuta

“ Tem coisas que a gente fala e eles não querem nem saber... nem deixam a
gente terminar e já perguntam sobre outra coisa....”

“Acho que o pré-natal a gente deveria ser orientada sobre tudo, inclusive o que
pode mudar de um mês para o outro... Principalmente pra gente que é a
primeira vez, às vezes acontece alguma coisa, eu fico preocupada, nervosa. E
quando chega no dia da consulta eles dizem: Não precisa se preocupar com
isto, é normal da gravidez principalmente nesta fase que você está... Porque
não falaram antes que poderia acontecer... evitava o nervoso”.
Na percepção da gestante a escuta e diálogo são importantes, pois assim
podem se informarem sobre o que poderá acontecer na gestação e parto. Neste
particular ressalta-se a gestante primigesta como alvo de maior atenção. È
importante a orientação para cada fase do desenvolver da gestação para
sentirem tranqüilas e confiantes. Neste particular fica evidente que o enfermeiro
é um elemento importante na equipe de saúde como educador em saúde.
Escutar uma pessoa é perceber no outro que realmente é, e não como um
simplesmente prontuário. É necessário, além de tudo, compreender, valorizar
as experiências e a vida do outro. Ninguém pode desenvolver-se ou chegar ao
auto-conhecimento através da introspecção, nem na solidão do seu diário
pessoal, mas sim através do diálogo.

3 - Respeito e segurança recebida

“Eu trouxe os exames e ultra-som para o médico, ele olhou, mas não me disse
nada e me devolveu. Passei aqui pra mostrar para a senhora, e senhora me
explicar.”

As gestantes relatam que na consulta com o enfermeiro sentem mais a vontade


para esclarecer as dúvidas que não tem coragem e nem oportunidade de
perguntar para o profissional médico.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

573
UNISA - Universidade de Santo Amaro

4 – Educação em saúde
Com relação a orientações oferecidas às gestantes, os enfermeiros além de
explicar a respeito da gestação orientam sobre a alimentação, os cuidados
necessários durante a gravidez, e orientações de como irá cuidar do bebê. Com
isso a gestante reconhece que o atendimento no pré-natal com o enfermeiro é
de sua suma importância.

CONCLUSÃO:
A partir desta análise é possível identificar que a gestante tem uma percepção
positiva da consulta de enfermagem durante o pré-natal. Esta percebe o
momento com o enfermeiro como sendo importante para o diálogo, educação
em saúde e esclarecimentos de dúvidas.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
1 -MARCON SS."Flashes" de como as Gestantes Percebem a Assistência Pré-
Natal em um Hospital Universitário. Rev. Latino-Am. Enfermagem, Out. 1997,
vol.5, no.4, p.43-54. ISSN 0104-1169.

2- NERY, Thais Araújo; TOCANTINS, Florence Romijn. O enfermeiro e a


consulta pré-natal: O significado da ação de assistir a gestante. R. Enferm.
UERJ, Rio de Janeiro,2006 jan/mar; 14(1):87-92. INSS 0104-3552.

3- PEREIRA, Maria Beatriz Benedita Boldrin Durães; NOVO, Neil Ferreira;


ARMOND, Jane de Eston. A escuta e o diálogo na assistência ao pré-natal, na
periferia da zona sul, no município de são Paulo. Ciências & Saúde Coletiva,
2007, vol.12,n.2. INSS 1413-8123.

________________________________________________________________
1 Aluna da Graduação da Faculdade de Enfermagem da Universidade de
Santo Amaro. E-mail: adrianabitt@yahoo.com.br
2Enfermeira Obstétrica. Mestre em Saúde Materno Infantil. Docente do Curso
de Graduação de Enfermagem da Universidade Santo Amaro. E-mail:
lulucilene@terra.com.br

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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EDUCAÇÃO FÍSICA ADAPTADA PARA O DEFICIENTE VISUAL


FABIANA RÉGIA DE JESUS OLIVEIRA(1), FELIPE ROCHA SANTANA DOS SANTOS(2),
PATRICIA DE PAULA(3)

CLAUDIA STEFANINI(4)(Orientadores)
Ciências Humanas
INTRODUÇÃO:
De acordo AMIRALIAN (1986), a deficiência visual se classifica em duas
formas, visão subnormal que são aqueles que possuem acuidade visual
reduzida e cegueira total que é a perca total do campo visual, podendo ser
congênita: quando a pessoa nasce com a deficiência; e adquirida: por doenças
acometidas durante a vida ou mesmo causadas por traumas.
A Deficiência Visual pode-se classificar em três áreas, esportiva: B1 é a
ausência total da percepção da luz em ambos os olhos, ou alguma percepção
da luz, mas com incapacidade para reconhecer a forma de uma mão em
qualquer distância ou sentido, B2 refere-se à habilidade de reconhecer a forma
de uma mão até uma acuidade e B3 desde uma acuidade visual superior a 2/60
metros até 6/60 metros ou um campo visual de mais de 5º e menos de 20º de
amplitude. A área Médica: a diminuição da resposta visual pode ser leve,
moderada, severa, profunda que compõem o grupo de visão subnormal ou
baixa visão e ausência total da resposta visual cegueira. A área Funcional:
classificação é baseada em um padrão de deficiência visual, que é de certo
modo abstrato. Sendo utilizado, cada vez mais, uma definição funcional que
enfatiza os efeitos da limitação visual sobre a habilidade crítica da leitura.
Rodrigues (2006), afirma que a educação física adaptada é uma atividade
motora indicada só para pessoas com deficiência, ela proporciona tipos de
estratégias que permitem tornarem mais fáceis e menos complexas as
atividades motoras. Pode-se utilizar materiais recicláveis de fácil acesso como
pneus, garrafas, bolas com guiso e materiais com diversos tamanhos como
também coloridos para deficientes com baixa visão. CONDE (1994), O
profissional de educação física deverá entender como o seu papel é essencial
na progressão do aluno deficiente e como as aulas devem ser planejadas e
adaptadas para permitir a integração do mesmo. A aprendizagem da orientação
e mobilidade promove a percepção do individuo com relação ao espaço,
objetos, texturas e superfícies, para que crie um mapa mental dos lugares,
permitindo a adequação do ambiente, facilitando a locomoção e automatização
da noção espacial.
Sabe-se que a responsabilidade do professor com o aluno deficiente visual
será parcialmente diferenciada, relevando e concretizando as ações
transmitidas pelo professor, por este motivo o professor acaba utilizando de
meios como aula teórica - praticas para que possam vivenciar e compreender, e

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

575
UNISA - Universidade de Santo Amaro

conscientizar o conteúdo proposto. Desta forma irá aprimorar sua ação motora,
auxiliado em sua vida ao ponto que ajude o deficiente visual a desenvolver-se e
preparar-se para o meio social, encarando a limitação visual do aluno apenas
como um de seus atributos e não como sua característica principal, avaliando
seu rendimento escolar dentro das suas condições de desenvolvimento.

OBJETIVO:
Esta pesquisa tem como objetivo mostrar a importância das aulas de Educação
Física no desenvolvimento dos alunos com deficiência visual e como a
estimulação dos sentidos como o tato, cinestesia e audição auxiliam na
formação das pessoas com deficiência visual. As atividades sugeridas neste
trabalho visam o desenvolvimento além dos sentidos, também promove a
socialização do educando com o meio ambiente e as pessoas que os cercam,
de maneira positiva e solidária.

METODOLOGIA:
Para o alcance dos objetivos propostos, será utlizado o método de
levantamento bibliográfico.

RESUMO:
Deficiência refere-se a qualquer perda ou anormalidade da estrutura ou função
psicológica, fisiológica ou anatômica, podendo resultar numa limitação ou
incapacidade no desempenho normal de uma determinada atividade que possa
influenciar em seu cotidiano, dependendo da idade, sexo, fatores sociais e
culturais, pode se constituir em uma deficiência.
Desta forma, uma doença ou trauma na estrutura e funcionamento do sistema
visual pode provocar no indivíduo a incapacidade de "ver" ou de "ver bem",
acarretando limitações ou impedimentos quanto à aquisição de conceitos,
acesso direto à palavra escrita, à orientação e mobilidade contribui para a
interação social e o controle do ambiente, o que poderá trazer avanço no seu
desenvolvimento.
Os alunos com deficiência visual não constituem um grupo homogêneo, com
características comuns de aprendizagem, sendo também, um erro considerá-los
como um grupo à parte, uma vez que suas necessidades educacionais básicas
são geralmente as mesmas que as das crianças de visão normal, porém o
professor deverá ter um preparo para ministrar as aulas com qualidade sabendo
o ponto de interagir com competência e sensibilidade.
Quando desenvolvido um trabalho com crianças com deficiência visual há
necessidade de um conhecimento prévio de cada caso, para elaboração de um
plano educacional adequado às características e necessidades do educando.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

576
UNISA - Universidade de Santo Amaro

Algumas informações importantes devem ser colhidas junto aos pais ou


responsáveis pelo profissional da área, as quais serão posteriormente
ampliadas ou rejeitadas de acordo com o desenvolvimento das atividades no
contato direto com o aluno.

CONCLUSÃO:
Concluímos que a deficiência visual provem de uma incapacidade do órgão
visual de projetar uma imagem, e que esta pode ser adquirida ou congênita.
Quando nos deparamos com alunos nestas condições temos que elaborar
estratégias que facilitem o seu desenvolvimento, nos aspectos sensoriais,
motores, sociais e afetivos, partindo deste ponto descobrimos a importância da
educação física adaptada para a autonomia e auto-conhecimento, para que
amenize sua dificuldade diante o meio social, onde nos deparamos com a
discriminação, de qualquer tipo de deficiência, acabamos sendo rotulados pelo
que temos e não pelo que somos assim como profissional, devemos integrá-los
de forma que todos sejam inseridos diante das dificuldades encontradas,
trabalhando de formas variadas a fim de estimular os sentidos necessários para
o individuo, se locomover e melhorar sua qualidade de vida.
Pode-se observar que o professor tem diversos recursos a utilizar para que um
aluno se desenvolva e cresça em aspecto físico motor e social, juntamente com
seus familiares e pessoas que fazem parte do seu cotidiano estando envolvida
indiretamente ou diretamente em seu meio.
Dando embasamento a uma aula mais criativa e fazendo com que suas aulas
acabem sendo mais interessantes, divertidas e compreensíveis,
desmascaramos o preconceito e incluímos o deficiente visual, na sociedade.
Ao final deste trabalho conclui-se que a educação física, tem sim um papel
primordial e indispensável tanto para pessoas videntes quanto para o deficiente
visual, tendo cautela e trabalhando dentro das suas limitações e observando o
seu processo de desenvolvimento individual.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
AMIRALIAN,M.L.T.M. Psicologia do Excepcional. SP:EPU, 1986.

CONDE, ª J. M. A pessoa portadora de deficiência visual, seu corpo, seu


movimento e seu mundo. Educação Física e Desporto para Pessoas Portadoras
de Deficiência. Brasília: MEC –SEDES, SESI –DN, 1994. p87-98.

RODRIGUES, David. Atividade motora adaptada: a alegria do corpo. São Paulo:


Arte Medica, 2006.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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UNISA - Universidade de Santo Amaro

________________________________________________________________
nada consta

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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UNISA - Universidade de Santo Amaro

ESTUDO COMPARATIVO DAS CARACTERÍSTICAS


MARIA CRISTINA DE CAMARGO RIBEIRO(1), BENEDITO CARLOS ALVES DOS
SANTOS(2)

GILBERTO MITSUO UKITA(3)(Orientadores)


Ciências Humanas
INTRODUÇÃO:
Segundo Ariès (1981), o “sentimento de família”, como se conhece na era
moderna, não existia. Só a partir do século XV, mudanças importantes
começaram a ocorrer: o aprendizado doméstico foi aos poucos sendo
substituído pela educação escolar; os filhos passaram a ser mantidos mais
próximos de casa; foram crescendo os deveres atribuídos aos pais; e a família
começou a se concentrar em torno de suas crianças. Entretanto, esse foi um
processo lento.

Ao longo da obra de Winnicott (2005b), percebe-se a importância que ele


dedica à família, colocando-a como o centro formador da sociedade e da
cultura, bem como do desenvolvimento individual e, mais especificamente, do
conceito de maturidade emocional como sinônimo de saúde mental. Chega a
ser bastante enfático quando afirma que não seria possível ao indivíduo atingir
a maturidade emocional fora do contexto familiar. É o ambiente circundante que
torna possível o crescimento de cada criança. Sem uma confiabilidade
ambiental mínima, o crescimento pessoal da criança não pode se desenrolar,
ou desenrola-se com distorções.

Goffman (1974) define instituição como um local de residência e trabalho, onde


grande número de indivíduos com situação semelhante, separados da
sociedade mais ampla por considerável período de tempo, levam uma vida
fechada e formalmente administrada. Por isso, toda instituição tem tendência de
fechamento, que é simbolizado pela barreira à relação social com o mundo
externo.

OBJETIVO:
Este trabalho teve como objetivo comparar as características emocionais de
crianças institucionalizadas com as de crianças que vivem dentro do contexto
familiar.

METODOLOGIA:
A amostra foi composta por 72 crianças, divididas em dois grupos: 36 crianças
que vivem em instituições e 36 crianças que vivem com suas famílias. Foram

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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UNISA - Universidade de Santo Amaro

pesquisados sujeitos de ambos os sexos e com idades entre 5 e 10 anos.


Foram utilizados dois instrumentos: Teste do Desenho da Figura Humana
(DFH), analisado segundo a Escala de Indicadores Emocionais de Koppitz
(1973); e Escala de Traços de Personalidade para Crianças (ETPC), validado e
padronizado por Sisto (2004). Os instrumentos foram aplicados individualmente
pelos Pesquisadores, após consentimento informado e autorização dos
responsáveis pelas crianças.

RESUMO:
O tratamento estatístico foi realizado através da aplicação do teste de qui-
quadrado independência e do teste t, sendo adotado o nível de significância de
0,05. Os resultados obtidos através da análise dos indicadores emocionais do
DFH mostraram diferenças significativas entre as crianças que vivem em
instituições e as crianças que vivem com suas famílias em 3 itens relacionados
aos símbolos qualitativos e em 3 itens relacionados aos detalhes especiais do
DFH. Em todos esses itens, os indicadores emocionais apareceram com maior
freqüência no grupo das crianças institucionalizadas. Em relação ao total de
indicadores emocionais presentes no DFH, verificou-se que, em média, as
crianças institucionalizadas desenharam 2 indicadores a mais do que as
crianças que vivem com suas famílias. Não houve diferenças significativas entre
as crianças que vivem em instituições e as crianças que vivem com suas
famílias nos traços de personalidade relacionados aos fatores extroversão e
sociabilidade. Entretanto, verificou-se que, em média, as crianças
institucionalizadas apresentaram mais traços de psicoticismo e de neuroticismo
do que as crianças que vivem com suas famílias.

CONCLUSÃO:
O modelo de família que temos, responde às necessidades dos seus membros.
É na família que os filhos encontram os meios essenciais para seu crescimento
físico e psicológico. Uma família bem estruturada possibilita melhores
condições para que os filhos desenvolvam uma personalidade diferente daquela
cujo ambiente foi parcial ou inteiramente inadequado.

O processo histórico de crianças abandonadas é grande. A “roda dos expostos”


por muito tempo foram testemunhas disso. Hoje estudos indicam que são
muitas as crianças que acabam em instituições devido a fatores como: extrema
pobreza dos pais ou responsáveis, problemas habitacionais, desemprego,
maus-tratos, conflitos emocionais graves, etc.. A promulgação do Estatuto da
Criança e do Adolescente (ECA, 1990), trouxe novos ânimos em questões que
apóiam a convivência familiar e comunitária, enfatizando assim o caráter de
brevidade e excepcionalidade na aplicação da medida de abrigo. O que na
prática isso não acontece.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

580
UNISA - Universidade de Santo Amaro

Na pesquisa, os resultados mostram que crianças abrigadas apresentam, em


média, 2 indicadores emocionais a mais que crianças que estão em família.
Verificou-se também que, em média, as crianças institucionalizadas apresentam
mais traços de psicoticismo e de neuroticismo do que as crianças que vivem
com suas famílias.

Quando o ambiente familiar é de violência (química, emocional, física ou


sexual), a criança passa a focalizar apenas o exterior. Uma vez marcadas
emocionalmente e indo em seguida para instituições, esse indivíduo nem
sempre consegue superar a “criança ferida”. Essa “criança ferida” por
negligência ou por maus-tratos, tem suas fronteiras violadas, o que a predispõe
ao medo de ser abandonada ou absorvida por outros.

Quanto mais profundo o vínculo anterior quebrado, maior o sofrimento.


Crianças ansiosas e inseguras, super-dependentes e imaturas, independentes
ou solitárias revelam que os seus padrões de apego foram também inseguros e
ansiosos. Diante de experiências frustradas, formar novos vínculos sempre será
um desafio.

A instituição surge como uma resposta aos desafios do abandono. As crianças


que por ventura ali estão apresentam marcas. Essas marcas podem ser
profundas ou leves, mas são marcas dolorosas e às vezes irreversíveis. Diante
desses desafios não podemos simplesmente julgar as famílias, nem tão pouco
as instituições. O desafio é o de proteger essas crianças cujos os direitos estão
ameaçados.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
Ariès, P. (1981). História Social da Criança e da Família. Rio de Janeiro: LTC.

Goffman, E. (1974). Manicômios, prisões e conventos. São Paulo: Perspectiva.

Winnicott, D. W. (2005b). Privação e delinqüência. São Paulo: Martins Fontes.

________________________________________________________________
1. Acadêmico do 5º do curso de Psicologia
2. Acadêmica do 5º ano do curso de Psicologia
3. Prof. Dr. do curso de Psicologia

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

581
UNISA - Universidade de Santo Amaro

ESTUDO SOBRE ARRANJOS FAMILIARES DE CRIANÇAS


CAROLINA CAMARA OLIVEIRA(1), PAULA MARINHO ANTUNES(2), BEATRIZ REHDER
KISHIDA(3)

GILBERTO MITSUO UKITA(4)(Orientadores)


Ciências Humanas
INTRODUÇÃO:
Segundo Amazonas, Damasceno, Terto e Silva (2003), entende-se por arranjo
familiar os membros da família, residentes no mesmo domicílio, consangüíneos
ou não. A diversidade das formas de convivência humana não é um privilégio
da nossa época. Nenhuma das diversas formas vinculares é melhor ou pior que
as outras.
Segundo Amazonas e Braga (2006), há uma grande diversidade de tipos de
arranjos familiares, apesar do predomínio da família nuclear. As famílias que no
início do casamento se mantêm no modelo nuclear, tendem a transformarem-se
em extensas ou outro tipo com a passagem do tempo. Um indício da busca por
novos provedores, após a dissolução da união, são as famílias de recasados.
Além dos fatores econômicos, conflitos e agressividade contribuem para a
dissolução das uniões.
As crianças precisam de um lar e de um ambiente emocional estáveis com que
se identificarem, para terem a oportunidade de realizar firmes e naturais
progressos, no decorrer das fases iniciais do desenvolvimento. Elas são
sensíveis a tudo o que acontece no seu lar, assim como às relações entre seus
pais, e mostram-se contentes e dóceis de conduzir quando encontram a vida
mais fácil; à isso elas entenderiam por uma “segurança social” (Winnicott,
1982).

OBJETIVO:
Esta pesquisa teve como objetivo realizar um estudo sobre os arranjos
familiares de crianças de escolas públicas e particulares.

METODOLOGIA:
A amostra foi composta por 57 crianças do Ensino Fundamental, de ambos os
sexos, sendo 30 alunos de escola pública e 27 de escola particular, localizadas
na Zona Sul da cidade de São Paulo.

RESUMO:
dados foram analisados em termos de freqüências absolutas e percentuais para
posterior cálculo de qui-quadrado. Os resultados da pesquisa mostram que, em
relação à família das crianças, tanto no grupo das crianças de escola pública

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

582
UNISA - Universidade de Santo Amaro

(73,33%), como das crianças de escola particular (59,26%), a maioria das


crianças vive em uma família nuclear. Em relação ao Desenho da Família, não
se verificou diferenças significantes entre as crianças de escola pública e as
crianças de escola particular. Observou-se que a maioria das crianças desenha
a sua própria família, a maioria das crianças desenha uma família nuclear, a
maioria das crianças apresenta a sua figura no desenho, e a maioria das
crianças apresenta proximidade da sua figura com a figura de seus pais.

CONCLUSÃO:
Os resultados da pesquisa mostram que, em relação à família das crianças,
tanto no grupo das crianças de escola pública (73,33%), como das crianças de
escola particular (59,26%), a maioria delas vive em uma família nuclear.
Em relação ao Desenho da Família, os itens que apresentaram diferença
significante entre as crianças de escola pública e as crianças de escola
particular foram somente rasuras com a borracha e figura paterna ou masculina
desvalorizada, que ocorrem com maior freqüência no grupo das crianças de
escola pública.
Em relação ao Desenho da Família, não se verificou diferenças significantes
entre as crianças de escola pública e as crianças de escola particular.
Observou-se que a maioria das crianças desenha a sua própria família e a
maioria das crianças desenha uma família nuclear.
A hipótese do presente trabalho não foi confirmada, uma vez que não se
observou diferenças nos arranjos familiares desenhados.
Sugere-se a realização de estudos mais aprofundados sobre o tema, dado o
caráter exploratório da presente pesquisa, de forma a melhor entender o
ambiente familiar das crianças.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
Amazonas, M. C. L. A, Damasceno, P. R., Terto, L. M. S. & Silva, R. R. (2003).

Arranjos Familiares de Crianças das Camadas Populares. Psicologia em


Estudo, 8 (especial), 11-20. Recuperado em 27 mai. 2007, da SciELO (Scientific
Eletrocnic Library On Line): www.scielo.br.

Winnicott, D. W. (1982). A Criança e o seu Mundo. Rio de Janeiro: LTC.


________________________________________________________________
1 Acadêmica do 5º ano do curso de Psicologia
2 Acadêmica do 5º ano do curso de Psicologia
3 Acadêmica do 5º ano do curso de Psicologia
4 Prof. Dr. do curso de Psicologia

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

583
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ESTUDO SOBRE AS CARACTERÍSTICAS DOS VOLUNTARIOS


DE UMA INSTITUIÇÃO RELIGIOSA - AMOSTRA I
ADRIANE FATIMA SERAFINI(1)

GILBERTO MITSUO UKITA(2)(Orientadores)


Ciências Humanas
INTRODUÇÃO:
Corullón afirma que o voluntariado que nasce do encontro da solidariedade com
a cidadania e não substitui o Estado, nem se choca com o trabalho
remunerado, mas exprime a capacidade da sociedade de assumir
responsabilidades e de agir por si mesma. O voluntariado hoje inclui não
somente trabalho assistencial a grupos mais vulneráveis da população, mas
também iniciativas nas áreas de educação, saúde, cultura, defesa de direitos,
meio ambiente, esporte e laser, por parte dos cidadãos. O trabalho voluntário
não trata só de generosidade e doação, mas proporciona também abertura a
novas experiências, o prazer de se sentir útil, oportunidade de aprendizado, a
criação de novos vínculos de pertencimento e a afirmação do sentido
comunitário.
Conforme Corullón, voluntário é um ator social, que doa seu tempo e
conhecimentos, que realiza um trabalho motivado pela energia de seu impulso
solidário, atendendo tanto às necessidades do próximo ou aos imperativos de
uma causa, como às suas próprias motivações pessoais que podem ser de
caráter religioso, cultural, filosófico, político, emocional.
(www.voluntarios.com.br)
Conforme pesquisa de pós-graduação em Saúde Coletiva de Selli e Garrafa
(2005), as motivações básicas encontradas nos voluntários foram três: a)
motivações pessoais relacionadas à sua vida; b) devido à crença professada; e
c) pelo sentimento de solidariedade. O voluntário busca respostas para suas
inquietações, através da empatia pelo sofrimento alheio. As motivações que têm
por base filosofias religiosas, se caracterizam pelas semelhanças de valores. O
voluntário reconhece a motivação como um ato espontâneo. O que impulsiona a
atividade voluntária solidária é reconhecer o outro como sendo um ser humano
igual a nós e digno. A solidariedade expressa o exercício da liberdade.
Segundo Dohme (2001), na administração do trabalho voluntário, é interessante
a teia que entrelaça compromissos fortes e objetivos com sentimentos de
idealismo, doação, auto-estima e peculiaridades subjetivas humanas.

OBJETIVO:
Esta pesquisa teve o objetivo verificar as características das pessoas que
atuam como voluntários em uma instituição religiosa. As hipóteses levantadas

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

584
UNISA - Universidade de Santo Amaro

eram que as principais características que levariam o indivíduo a ser voluntário


seriam ajudar o próximo e o motivo religioso.

METODOLOGIA:
A amostra foi composta por 33 sujeitos, de ambos os sexos, com idades
superiores há 20 anos. Foi utilizado um questionário elaborado pela Autora com
base na literatura pesquisada e no instrumento utilizado por Cavichiolli (2002),
composto por 14 questões. Os dados foram tabulados através de suas
freqüências absolutas e percentuais, e as diferenças foram analisadas através
do teste do qui-quadrado, ao nível de significância de 5%.

RESUMO:
Observou-se que 60,61% dos voluntários pesquisados atuam no atendimento
ao público. Analisando os resultados obtidos, pode-se observar que foi
confirmada a hipótese de que o motivo religioso é um dos fatores que
influenciam a ser voluntário, uma vez que 93,94% dos sujeitos pesquisados
alegaram que a religiosidade motivou a trabalhar como voluntário. Os
resultados também confirmam a hipótese de que uma das principais
características dos sujeitos para atuarem como voluntário seria ajudar o
próximo, sendo que 60,61% relataram que a principal razão para trabalharem
como voluntário era para usar seus conhecimentos para ajudar o próximo. Os
dados também mostram que o voluntário, ajudando o próximo, está ajudando a
si mesmo e aprendendo a compreender melhor os seus problemas.

CONCLUSÃO:
O voluntariado é uma ferramenta indispensável para se construir um futuro mais
justo, com mais oportunidades para todos. Ele representa a sociedade
redescobrindo o seu protagonismo.

Analisando os resultados obtidos, pode-se observar que foi confirmada a


hipótese de que o motivo religioso é um dos fatores que influenciam a ser
voluntário, uma vez que 93,94% dos sujeitos pesquisados alegaram que a
religiosidade motivou a trabalhar como voluntários.

Sendo o trabalho voluntário um tema de relevância para a sociedade, passa a


ser importante que a Psicologia estude melhor esse fenômeno, pois é uma
ciência que também estuda as relações sociais e seu impacto na vida em
sociedade.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
Corullón, M. O que é voluntariado? Recuperado em 12 abr. 2007:
http://www.voluntarios.com.br/oque_e_voluntariado.htm

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

585
UNISA - Universidade de Santo Amaro

Selli, L. & Garrafa, V. (2005). Bioética, solidariedade crítica e voluntariado


orgânico. Revista de Saúde Pública, 39 (3), 473-478. Recuperado em 21 mar.
2007 da SciELO (Scientific Eletrocnic Library On Line): www.scielo.br.

Dohme, V. (2001). Voluntariado: Equipes Produtivas. Como liderar ou fazer


parte de uma delas. Rio de Janeiro: Mackenzie.

________________________________________________________________
1 Acadêmica do 5º ano da Faculdade de Psicologia
2 Prof. Dr. da Faculdade de Psicologia

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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ESTUDO SOBRE AS CARACTERÍSTICAS DOS VOLUNTARIOS


DE UMAINSTITUIÇÃO RELIGIOSA - AMOSTRA II
CIRLENE ARAÚJO PEREIRA(1)

GILBERTO MITSUO UKITA(2)(Orientadores)


Ciências Humanas
INTRODUÇÃO:
O governo é o Primeiro Setor e tem como responsabilidade cuidar das questões
sociais. O Segundo Setor é o setor privado e é responsável pelas questões
individuais. Com o colapso do Estado, o setor privado começou a auxiliar nas
questões sociais, através das inúmeras instituições que compõem o chamado
Terceiro Setor. O Terceiro Setor é constituído por organizações sem fins
lucrativos e não governamentais, que tem como principal objetivo gerar serviços
de caráter público (www.filantropia.org).
Organizações privadas sem fins lucrativos que geram bens, serviços públicos e
privados, constituem o Terceiro Setor, com o objetivo de desenvolvimento
econômico, social, político e cultural no meio em que atua.
(www.setor3.com.br).
Apesar de várias definições encontradas sobre o Terceiro Setor, a definição
proposta em 1992 por Salamon e Anheier é amplamente utilizada como
referência, inclusive por governos e organizações multilaterais. Trata-se de uma
definição “estrutural/operacional” composta por cinco atributos operacionais ou
estruturais que distinguem as organizações do Terceiro Setor de outros tipos de
instituições sociais.
Segundo Cohen (1964), muitas civilizações têm constituído um conceito
dominante: o amor pelos seres humanos; nascido da palavra caritas, caridade é
parte da doutrina de muitas religiões. Em épocas diferentes, houve tanto na
motivação quanto nos objetivos do trabalho voluntário. Tanto o Judaísmo como
o Cristianismo compartilham do magnífico preceito, que é claro: “amai ao
próximo como a ti mesmo”.
Para Thursz (1964), as instituições religiosas, sem dúvida, assumiram a
responsabilidade pelas obras caritativas e pelo serviço de organizações
necessário à mobilização das forças da comunidade. Ligadas às igrejas, muitas
associações foram formadas, compostas inteiramente de voluntários fervorosos
que exerciam caridade “da melhor forma que podiam” com fé religiosa.

OBJETIVO:
O objetivo deste trabalho foi pesquisar o que motiva algumas pessoas a
atuarem como voluntários na cidade de São Paulo. As hipóteses levantadas

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

587
UNISA - Universidade de Santo Amaro

eram que as principais razões que levariam o indivíduo a ser voluntário seriam
ajudar ao próximo e o motivo religioso.

METODOLOGIA:
A amostra foi constituída de 30 sujeitos, de ambos os sexos, maiores de 16
anos, que realizam trabalho voluntário em uma instituição religiosa e que
residem na cidade de São Paulo. Foi utilizado um questionário elaborado pela
Autora com base na literatura pesquisada e no instrumento utilizado por
Cavichiolli (2002), composto por 14 questões.

RESUMO:
Os dados foram tabulados através de suas freqüências absolutas e percentuais
e as diferenças entre as freqüências foram analisadas através do teste do qui-
quadrado. Observou-se que a maioria dos sujeitos (43,33%) tem entre 21 a 30
anos, 60,00% são do sexo feminino, 53,33% são solteiros, 36,67% estão
fazendo o curso superior, 43,33% possuem renda familiar entre 500 e 1.000
reais, 83,33% são evangélicos e 46,67% afirmam não possuir trabalho
remunerado. A maioria dos sujeitos (86,67%) afirma que a religiosidade o
motivou a ser voluntário Em relação à atuação como voluntário, 40,00%
afirmam trabalhar somente em um projeto, 67,67% vão a pé para o trabalho
voluntário e 50,00% trabalham como voluntários de 1 a 3 anos. A maioria dos
sujeitos (66,67%) atua na área de saúde ou atendimento ao público. Entre os
motivos para o trabalho voluntário, 86,67% afirmam que o maior benefício
obtido é ajudar a melhorar a qualidade de vida da comunidade e 70,00%
relataram que a principal razão para trabalharem como voluntários foi para usar
os conhecimentos adquiridos para ajudar o próximo.

CONCLUSÃO:
As hipóteses de que essa população busca o trabalho voluntário como um meio
de melhorar as condições de vida do próximo e por causa da religiosidade foi
comprovada. Ressalta-se ainda a necessidade de se realizar mais pesquisas
sobre o tema, a fim de melhor conhecer o perfil e as motivações dos
trabalhadores voluntários e assim auxiliar as entidades pertencentes ao
Terceiro Setor.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
Setor 3. O Terceiro Setor hoje no Brasil. Recuperado em 30 abr. 2007:
http://www.setor3.com.br/.

Thursz, D. (1964). O voluntariado como traço característico dos norte-


americanos. In N. E. Cohen (Org.), Papel do Voluntário na Sociedade Moderna.
São Paulo: Fundo de Cultura.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

588
UNISA - Universidade de Santo Amaro

Cohen, N. E. (Org.) (1964). Papel do Voluntário na Sociedade Moderna. São


Paulo: Fundo de Cultura.
________________________________________________________________
1 Acadêmica do 5º ano do curso de Psicologia
2 Prof. Dr. Gilberto M. Ukita

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

589
UNISA - Universidade de Santo Amaro

Guerra dos camponeses na Alemanha em 1524-1525


JEREMIAS SILVERIO DE MOURA(1)

MARIA THEREZA RIMOLI(2)(Orientadores)


Ciências Humanas
INTRODUÇÃO:
No século XVI, os paises europeus estavam em processo de transformação
economica, social e política. Na Alemanha especificamente as transformações
eram muito mais sociais e economicas que políticas.
A Reforma protestante teve grande parcipação nas mudanças ocorridas na
Alemanha. Em decorrência desta Reforma várias vertentes surgiram neste país,
uma destas vertentes é a dos camponeses que encontram nesta abertura
religiosa, a oportunidade para se levantar contra aqueles que oprimiam.
Diante de toda divisão que havia entre o povo alemão, o mesmo ainda se
interessava por assuntos religiosos. No tocante a fé e em relação a Igreja, os
burgueses e camponeses estavam insatisfeitos com as taxa e indulgências
absurdas. Os principes e os nobres admiravam toda a opulência da Igreja e
sonhavam de alguma forma possuir um pouco desta riqueza.
Sabemos que Martinho Lutero teve grande influência sobre os alemães com as
suas 95 teses, livros e panfletos. O fato é que suas teses tem ressonância nos
corações de camponeses maltratados pela vida de servidão e altos impostos.
Para os camponeses não bastava mudar a religião, suas vidas precisavam de
um alento maior, eles estavam dispostos a morrer para conseguir dos seu
senhores liberdade. Neste contexto surge a guerra camponesa de 1524-1525.

OBJETIVO:
- Compreender as relações politico-religiosas reinantes no período que
antecede os anos de 1524-25 e simultâneamente a eles, entre os camponeses,
os principes e a Igreja.
- Confrontar as ações de Thomas Münzer e dos camponeses com relação às de
Lutero, após a eclosão da revolta camponesa no período recortado.
- Elucidar os passos que esta revolta percorreu e que desfecho a mesma teve.

METODOLOGIA:
A metodologia utilizada foi a de pesquisa em fontes bibliográficas primárias e
secundárias e o diálogo entre as mesmas.
As fontes primárias são "o manifesto de praga" escrito por Thomas Münzer, os
"Doze artigos" e algumas falas transcritas de Martinho Lutero e de Münzer
retiradas de obras de diversos autores como: Peter Burke, Friedrich Engels,
Jean Delumeau, Will Durant etc.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

590
UNISA - Universidade de Santo Amaro

RESUMO:
Não houve pesquisa de campo, pois o nosso objeto de pesquisa se encontra no
século XVI.

CONCLUSÃO:
A conclusão foi que a situação dos camponeses alemães era efetivamente
insustentável. A Guerra Camponesa já havia sido precedida por outros tantos
movimentos para confirmar esta insustentabilidade.
Os líderes Thomas Münzer e Martinho Lutero, eram teóricos e influenciaram
com suas teorias. Na prática Thomas Münzer, foi importante por sua
proximidade com os camponeses, percorrendo grandes distâncias para pregar
e lutar por eles e por seus próprios interesses. Outros líderes também devem
ter sido tão valorosos quanto ele, ao lado dos camponeses, mas a historiografia
presta-lhe mais homenagens que aos demais.
A atuação de Martinho Lutero foi dúbia, pois reforçou o movimento camponês
em seu princípio, deixando esta posição e condenando-lhes a morte nas cartas
que escrevia aos príncipes no transcorrer da Guerra de 1524-25.
Finalmente, baseados nas fontes e nos acontecimentos, concluimos que estes
camponeses em questão foram massacrados não só pelos principes, mas
também pela historiografia que lhes legou a posição de bastidores para as
figuras de Martinho Lutero e da Reforma Protestante. Eles, os camponeses, por
estes e outros motivos, são classificados por este trabalho científico como
personagens extraordinários.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
• ANDERSON, Perry. Linhagens do Estado Absolutista. São Paulo:
Brasiliense,1985.

• BASCHET, Jérôme. A civilização feudal: Do ano 1.000 à Colonização da


América. Trad. Marcelo Rede. São Paulo: Globo, 2006.

• BURKE, Peter. Cultura Popular na Idade Moderna. Trad. Denise Bottmann.


São Paulo: Companhia das Letras, 1989.
• CORVISIER, André. História Moderna. Trad. Rolando Roque da Silva e
Carmen Olívia de Castro Amaral. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1995.

• DELUMEAU, Jean. La reforma. 4. ed. Barcelona: Labor S.A., 1985

• DELUMEAU, Jean. Mil anos de Felicidade: Uma história do paraíso. Trad.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

591
UNISA - Universidade de Santo Amaro

Paulo Neves. São Paulo: Cia das Letras, 1997.

• DUBY, Georges. Economia Rural e Vida no Campo no Ocidente Medieval.


Lisboa: Lugar da Historia, 1962, Vol. 02.

• DURANT, Will. História da Civilização. Trad. Olga Biar Laino e Leônidas


Gontijo de Carvalho. São Paulo, Companhia Editora Nacional, 1959 (6ª Parte A
Reforma)
• ENGELS, Friedrich. As guerras camponesas na Alemanha. Trad. Eduardo L.
Nogueira / Conceição Jardim. Lisboa: Editora Presença, 1975.

• GINZBURG, Carlo. O queijo e os vermes: o cotidiano e as idéias de um


moleiro perseguido pela Inquisição. Trad. Maria B. Amoroso; trad. dos poemas
José P. Paes; revisão técnica Hilário Franco Jr. São Paulo: Companhia das
Letras, 2006.

• GONZÁLEZ, Justo L. Uma Historia ilustrada do cristianismo: a era dos


reformadores. São Paulo: Vida Nova, 1980.

• HOBSBAWM, Eric. Pessoas extraordinárias: Resistência, Rebelião e Jazz.


Trad. Irene Hirsch e Lólio L. de OliveiraSão Paulo: Paz e Terra, 1998.


http://www.orkut.com.br/Main#CommMsgs.aspx?cmm=5666106&tid=257875209
6714355701 O Manifesto de Praga de Thomas Müntzer
• LIENHARD, Marc. Martim Lutero: Tempo, Vida e Mensagem. São Leopoldo:
Sinodal, 1998,
• LUIZETTO, Flávio. Reformas religiosas. 4. ed. São Paulo: Contexto, 1998.

• LUTERO, Martinho. As 95 teses. 1517. In: Santana, Fabiano. Um Homem


Chamado Lutero. São Paulo, 2006. 68 f. Monografia (Trabalho de Conclusão de
Curso em Teologia) – Faculdade de Teologia Adventista da Promessa
• MARQUES, Adhemar; BERUTTI, Flávio; FÁRIA, Ricardo. História Moderna
através dos textos. 6. ed. São Paulo: Contexto, 2000 – (coleção textos e
documentos; vol.3)

• MOURA, Margarida Maria. Camponeses. São Paulo: Ática, 1986.

• RANDELL, Keith. O Cenário para a Reforma; a revolta de Lutero: 1517 – 1521.


Lutero e a Reforma Alemã. São Paulo: Ática, 1995, p. 5-42.

• VANDERLINDE, Tarcísio. Entre dois reinos: a inserção luterana entre os

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

592
UNISA - Universidade de Santo Amaro

pequenos agricultores. Niterói, 2004. Dissertação (Doutorado em História


Social) – Universidade Federal Fluminense.

________________________________________________________________
FEBVRE, Lucien. In. MARQUES, Adhemar; BERUTTI, Flávio; FÁRIA, Ricardo.
História Moderna através dos textos. 6. ed. São Paulo: Contexto, 2000 –
(coleção textos e documentos; 3)
A Suábia é a província onde fica a cidade de Memmingen, localidade dos
camponeses em questão neste estudo.
LIENHARD, Marc. Martim Lutero: Tempo, Vida e Mensagem. São Leopoldo:
Sinodal, 1998, p.95.
LUTERO, Martinho. As 95 teses. 1517. In: Santana, Fabiano. Um Homem
Chamado Lutero. São Paulo, 2006. 68 f. Monografia (Trabalho de Conclusão de
Curso em Teologia) – Faculdade de Teologia Adventista da Promessa
DURANT, Will. História da Civilização. Trad. Olga Biar Laino e Leônidas Gontijo
de Carvalho. São Paulo, Companhia Editora Nacional, 1959 (6ª Parte A
Reforma)
VANDERLINDE, Tarcísio. Entre dois reinos: a inserção luterana entre os
pequenos agricultores. Niterói, 2004. 353 p. Dissertação (Doutorado em História
Social) – Universidade Federal Fluminense.
Ver a imagem em anexo.
VANDERLINDE, Tarcísio. Entre dois reinos: a inserção luterana entre os
pequenos agricultores. Niterói, 2004, p. 337. Dissertação (Doutorado em
História Social) – Universidade Federal Fluminense.
BURKE, Peter. Cultura Popular na Idade Moderna, tradução Denise Bottmann.
São Paulo: Companhia das Letras, 1989.
VANDERLINDE, Tarcísio. Entre dois reinos: a inserção luterana entre os
pequenos agricultores. Niterói, 2004, p. 336 p. Dissertação (Doutorado em
História Social) – Universidade Federal Fluminense.
ENGELS, Friedrich. As guerras camponesas na Alemanha. Trad. Eduardo L.
Nogueira / Conceição Jardim. Lisboa: Editora Presença, 1975.
VANDERLINDE, Tarcísio. Entre dois reinos: a inserção luterana entre os
pequenos agricultores. Niterói, 2004. p. 336. Dissertação (Doutorado em
História Social) – Universidade Federal Fluminense.
BURKE, Peter. Cultura Popular na Idade Moderna, tradução Denise Bottmann.
São Paulo: Companhia das Letras, 1989.
VANDERLINDE, Tarcísio. Entre dois reinos: a inserção luterana entre os
pequenos agricultores. Niterói, 2004. 353 p. Dissertação (Doutorado em História
Social) – Universidade Federal Fluminense. In: André L. CHEVITARESE, O
campesinato na História, p. 122 – 126.
ENGELS, Friedrich. As guerras camponesas na Alemanha. Trad. Eduardo L.
Nogueira / Conceição Jardim. Lisboa: Editora Presença, 1975.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

593
UNISA - Universidade de Santo Amaro

BURKE, Peter. Cultura Popular na Idade Moderna, trad. Denise Bottmann. São
Paulo: Companhia das Letras, 1989, p.198-199.
VANDERLINDE, Tarcísio. Entre dois reinos: a inserção luterana entre os
pequenos agricultores. Niterói, 2004. 336 p. Dissertação (Doutorado em História
Social) – Universidade Federal Fluminense.
VANDERLINDE, Tarcísio, 2004, p. 336.
GINZBURG, Carlo. O queijo e os vermes: o cotidiano e as idéias de um moleiro
perseguido pela Inquisição. Trad. Maria B. Amoroso; trad. dos poemas José P.
Paes; revisão técnica Hilário Franco Jr. São Paulo: Companhia das Letras,
2006.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

594
UNISA - Universidade de Santo Amaro

Literatura unfantil: modificações ocorridas ao longo da história


ADRIANA SILVA DE CARVALHO(1)

MARIA APARECIDA DE JESUS GOMES(2)(Orientadores)


Ciências Humanas
INTRODUÇÃO:
Para a sociedade medieval, realizar o registro da idade das pessoas não era
importante. Assim sendo, não realizavam a separação entre a infância, a
adolescência e a adultice, pois não possuíam a consciência biológica que se
tem hoje. Com esta visão, as crianças foram consideradas como nada mais que
versões menores, mais fracas e tolas, dos adultos, e estes não as viam como
qualitativamente diferentes de si próprios, nem como tendo necessidades
específicas ou fazendo quaisquer atribuições significativas para seu próprio
desenvolvimento. Desta forma, assim que possuíam condições de viver sem a
solicitude constante de sua mãe, a criança ingressava na sociedade dos adultos
e não se distinguia mais destes. Neste contexto social e nesta concepção de
não existir infância, a criança acompanhava a vida social do adulto,
participando,inclusive, de sua literatura. O sentimento em relação à infância foi
se modificando através das novas descobertas, no século XIII. Entre elas, a
teoria Malthusiana, segundo a qual a fome e a miséria eram resultantes do
elevado crescimento populacional; a solução estaria no controle da
natalidade.Iniciou-se a propagação das práticas contraceptivas e a idéia do
desperdício infantil necessário desapareceu, diminuindo a mortalidade infantil.
No século XVII, os retratos de crianças sozinhas começaram a ser pintados
com maior freqüência, demonstrando que a criança começava a ser mais
valorizada. Neste contexto, os educadores, a partir do século XVII, começaram
a ganhar espaço.

OBJETIVO:
Demonstrar como a mudança de concepção em relação à infância influenciou a
literatura infantil.

METODOLOGIA:
Este trabalho teve início com a pesquisa bibliográfica sobre os estudiosos da
literatura infantil a fim de fundamentar teoricamente o histórico da infância e da
literatura infantil. Em 2008, foi realizada análise e comparação agrupadas nas
seguintes categorias: aspectos psicológicos das personagens, sobretudo
quanto ao amadurecimento emocional; descrição do ambiente em que vivem;
aventuras e desafios vividos pelas personagens e desfecho das histórias. O
corpus do trabalho é composto pelos clássicos Chapeuzinho Vermelho e
Branca de Neve e os sete anões, dos Irmãos Grimm, e suas respectivas

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

595
UNISA - Universidade de Santo Amaro

adaptações: Fita verde no cabelo (releitura de Guimarães Rosa do Clássico


Chapeuzinho Vermelho) e Menina bonita do laço de fita (releitura de Ana Maria
Machado do clássico Branca de Neve).

RESUMO:
Na comparação entre as obras literárias Branca de Neve, dos Irmãos Grimm, no
século XIX, e Menina Bonita do Laço de Fita, autoria de Ana Maria Machado;
escrita no século XX, encontram-se diferenças fundamentais relacionadas a
questões culturais, sociais e emocionais. As duas obras falam das diferenças.
Em Branca de Neve, a madrasta inveja profundamente a menina por ela ser
muito bonita e diferente dela em todos os aspectos. Já em Menina Bonita do
Laço de fita, o coelhinho fica curioso em saber o motivo de a menina ser
diferente. Nas duas narrativas, encontramos o impacto que a diferença pode
causar na sociedade. Na sociedade medieval, ser diferente era, muitas vezes,
visto como algo negativo. Já Menina Bonita do Laço de Fita, obra
contemporânea, possui a visão das teorias educativas além de ser adaptada no
Brasil, onde há uma grande diversidade cultural. Chapeuzinho Vermelho é um
clássico, de época indefinida. Tem como protagonista uma menina de
aproximados 7 anos, cujo apelido é devido a um capuz vermelho que ela
sempre usava. Fita Verde no cabelo recebe este apelido pelo adereço que
sempre usa nos cabelos, objeto típico da criança púbere. A cor verde traduz a
imaturidade e inexperiência da menina que é vaidosa, o que se nota quando ela
chega à casa da avó e vai logo dizendo “sua linda netinha chegou”.
Chapeuzinho Vermelho é retratada como uma criança meiga e inocente que,
sendo enganada pelo lobo, desobedece as ordens da mãe e entra na floresta
para colher flores. Fita Verde é alegre, diverte-se com as avelãs no chão,
porém, é imatura e de pouco juízo: em vez de escolher tomar o caminho curto e
levar as coisas para a avó doente, escolhe o “caminho louco e longo”, diverte-se
e demora a chegar à casa da avó. Enquanto Chapeuzinho chega à casa da avó,
confronta-se com o lobo e é engolida por ele, Fita Verde presencia os últimos
momentos da avó. Chapeuzinho e a avó são salvas pelo caçador tendo,
portanto, um final feliz. No entanto, Fita Verde perde a avó a quem ela amava e,
diante da morte, a menina amadurece. Fita Verde no cabelo é uma adaptação
que atende as expectativas da criança atual, pois elas hoje estão deixando
muito cedo a inocência e a meiguice típicas da infância. Sofrem várias
influências, tornam-se mais vaidosas, porém com pouco juízo. A literatura
infantil sofreu uma grande modificação em virtude da mudança da concepção
em relação à infância. Os escritores e educadores perceberam que não seria
produtivo oferecer para o público infantil apenas estórias com origens remotas
nas quais constam muitas coisas que não fazem parte da realidade atual, tais

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

596
UNISA - Universidade de Santo Amaro

como castelos, florestas, bruxas e lobo mau. A literatura que era direcionada
para os adultos, mas que as crianças escutavam nos serões, passou a ser
elaborada para atender às particularidades do público infantil.Clássicos como
Chapeuzinho Vermelho e Branca de Neve foram recriados por escritores
contemporâneos para atender o público infantil dos dias atuais. Suas
adaptações, respectivamente Fita Verde no cabelo e Menina Bonita do laço de
fita, apresentam diferenças que mostram as alterações sofridas em virtude da
visão que hoje se tem da criança.Em Fita Verde a mensagem da estória é o
amadurecimento que se dá após o conhecimento e entendimento da morte,
diferente da história de Chapeuzinho Vermelho, que ensinava para as crianças
as conseqüências de não obedecer aos pais, ou seja, se fizessem isto, as
crianças poderiam ser castigadas. Chapeuzinho Vermelho é inocente, curiosa,
mas em nenhum momento da estória é verificado que ocorre o amadurecimento
da personagem em virtude dos perigos e aventuras por que passou. A criança
contemporânea é vaidosa, criativa, mais esperta. Convive com questões
relativas a diferenças raciais. Então, não adianta ler apenas Branca de Neve,
que era branca como a neve, corada como sangue, se há meninas negras que
são igualmente bonitas, mas que, muitas vezes, se sentem excluídas pelo fato
de só ouvirem histórias que retratam lindas princesas brancas.

CONCLUSÃO:
A literatura que era direcionada para o público adulto foi modificada para
atender as expectativas do público infantil, porém não foi um processo rápido e
nem fácil. Somente a partir da alteração da forma de o adulto ver a criança é
que a particularidade infantil foi notada. Com esta análise, o objetivo foi
alcançado, pois comprovamos que com a construção de um novo sentimento de
infância a literatura foi adaptada para atender a criança.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
ARIÈS, Pilippe. História Social da criança e da família. 2ª ed. Rio de Janeiro:
LTC, 1973.
COELHO, Nelly Noraes. Panorama histórico da literatura infantil. 4ª ed. São
Paulo: Ática, 1991.
CUNHA, Maria Antonieta Antunes. Literatura Infantil: teoria e prática. 18ª ed.
São Paulo: Ática, 2003.

________________________________________________________________

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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UNISA - Universidade de Santo Amaro

1Aluna do sexto semestre do Curso de Pedagogia – Unisa


email:adrianasilvacarvalho@bol.com.br
2Professora Mestre em Comunicação e Letras do Curso de Pedagogia,
Faculdade de Educação da Unisa, email:cidaprofessora@yahoo.com.br

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LUTO ANTECIPATÓRIO NOS FAMILIARES DE PACIENTES


INTERNADOS NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA - AMOSTRA
II
ELISÂNGELA CAZELATO DOMINGUEZ(1)

GILBERTO MITSUO UKITA(2)(Orientadores)


Ciências Humanas
INTRODUÇÃO:
Segundo Corrêa, Sales e Soares (2002), o momento da internação na UTI é
quase sempre difícil para os familiares, uma vez que podem ser
experimentados sentimentos de incerteza quanto ao presente e ao futuro do
paciente; sentimentos esses que se mesclam com suas próprias perspectivas
de vida.Corrêa, Sales e Soares (2002) mencionam ainda que é durante este
momento de crise, onde é inevitável o enfrentamento da situação dolorosa da
internação de um ente querido na Unidade de Terapia Intensiva, que os
familiares se deparam com a possibilidade da morte. O processo de internação
faz a possibilidade da morte se tornar algo próximo e concreto.
Segundo Kovács (1992), a morte do outro representa a própria morte em vida.
Existe a possibilidade de vivenciar a morte que não é a própria morte e sim a
perda de uma parte de nós que está relacionada ao outro através de vínculos
estabelecidos.
Para Fonseca (2004), de fato existe um processo cognitivo, emocional e
comportamental, vivenciado tanto de forma intrapsíquica como
interpsiquicamente, após o instante em que o sujeito recebe o diagnóstico da
doença de um membro da família. Não apenas o doente, mas todo o sistema
familiar experimenta um conjunto de sentimentos que pode ser denominado
luto, porém um luto que ocorre com o ente ainda em vida, ou seja, o luto
antecipatório.

OBJETIVO:
O presente estudo teve como finalidade identificar o processo do luto
antecipatório nos familiares de pacientes internados na Unidade de Terapia
Intensiva de um hospital geral público.

METODOLOGIA:
A amostra foi composta por 33 sujeitos, de ambos os sexos, com idades entre
19 e 79 anos, todos parentes de pacientes internados na UTI. Foram utilizados
dois instrumentos: um questionário geral de caracterização, elaborado pela

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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UNISA - Universidade de Santo Amaro

Autora com base na literatura pesquisada, composto por 20 questões,


abrangendo dados demográficos e os aspectos da família, da doença e da
hospitalização; e um Inventário de Luto Antecipatório, composto por 36
afirmações adaptadas dos estudos de Worden (1998), para verificar a presença
de reações e características de luto nos sujeitos pesquisados. Os instrumentos
foram aplicados na sala de espera da UTI, de forma individual, e os sujeitos
foram solicitados a participar voluntariamente na pesquisa através de um Termo
de Consentimento Livre e Esclarecido.

RESUMO:
Os dados foram analisados em termos de freqüências absolutas e percentuais
para posterior cálculo de qui-quadrado, sendo adotado um nível de significância
de 0,05. Através dos dados obtidos foi possível verificar que: a maioria dos
familiares reagiram a internação de seus parentes ficando preocupados,
angustiados, tristes e chorosos; que normalmente a família sofre uma mudança
significativa em sua rotina; que, em geral, o vínculo estabelecido com o parente
é classificado como muito importante; que os familiares em sua maioria se
comunicam com a equipe médica e compreendem as informações fornecidas.
Além disso, para lidar com a situação da doença e da hospitalização, os
familiares tinham como principais recursos a fé religiosa e a esperança da
melhora de seu parente. Em relação ao luto antecipatório, a maioria dos
familiares apresentou um índice moderado de sintomas dispostos no Inventário
de Luto Antecipatório, dentre os quais foram ressaltados os sentimentos de
tristeza e ansiedade, e cognições como a preocupação.

CONCLUSÃO:
Em geral, os sujeitos pesquisados classificam o vínculo estabelecido com o
parente que está hospitalizado como sendo muito importante.
Visando realizar visitas diárias utilizam um sistema de revezamento entre os
membros da família, a maioria utiliza o tempo da visita para conversar e ainda
durante o período da visita procuram se comunicar com a equipe médica
visando obter maiores informações sobre o quadro clinico do parente internado.

Os familiares demonstraram através da pesquisa, que a fé religiosa e a


esperança são os principais recursos utilizados no enfrentamento da situação
da internação do parente na UTI, itens não relacionados ao luto.

De acordo com os resultados obtidos verifica-se que a hipótese inicial de que


um índice elevado de familiares apresenta um número significativo de reações
características do luto antecipatório, foi parcialmente comprovada, pois a
maioria dos familiares apresentaram um índice moderado de sintomas de luto
dispostos no inventario de Luto Antecipatório, dentre os quais foram ressaltados

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

600
UNISA - Universidade de Santo Amaro

como sentimentos de tristeza, ansiedade e a preocupação como cognição.


Ressalta-se ainda a necessidade de mais estudos sobre o tema, considerando
a importância no cenário social e da saúde pública.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
Corrêa, A. K., Sales, C. A. & Soares, L. (2002). A família do paciente internado
em terapia intensiva: concepções do enfermeiro. Acta Scientiarum, 24 (3), 811-
818.

Kovács, M. J. (1992). Morte e Desenvolvimento Humano (2ª ed.). São Paulo:


Casa do Psicólogo.

Fonseca, J. P. (2004). Luto Antecipatório. Campinas, SP: Livro Pleno.

________________________________________________________________
1 Acadêmica do 5º ano do curso de Psicologia
2 Prof. Dr. do curso de Psicologia

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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UNISA - Universidade de Santo Amaro

LUTO ANTECIPATÓRIO NOS FAMILIARES DE PACIENTES


INTERNADOS NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA - AMOSTRA
II
VANDA APARECIDA DE SOUZA SANTOS(1)

GILBERTO MITSUO UKITA(2),WALQUÍRIA FONSECA DUARTE(3)(Orientadores)


Ciências Humanas
INTRODUÇÃO:
Segundo Kovács (1992), a morte como limite nos ajuda a crescer, mas a morte
também estabelece em nossas vidas dor, perda da função das carnes, do afeto.
A morte é caracterizada pela interrupção global das funções do organismo vivo.
Para Bromberg (1996, p. 101), “só existe luto quando tiver existido um vínculo
que tenha sido rompido”. A autora define o luto como um estado de crise, uma
vez que ocorre um desequilíbrio entre os ajustamentos necessários a serem
realizados de uma única vez e os recursos disponíveis para o mesmo.
A revelação do diagnóstico da doença de um membro da família provoca um
conflito que repercute nas dimensões cognitiva, emocional e comportamental
em todo o grupo, assim como nos amigos e cuidadores. O doente e todos do
seu sistema familiar experimentam um conjunto de sentimentos denominado
luto antecipatório, definido como o luto vivenciado com a pessoa ainda viva.

OBJETIVO:
A presente pesquisa teve como objetivo identificar o processo do luto
antecipatório nos familiares de pacientes internados na Unidade de Terapia
Intensiva (UTI) de um hospital geral público.

METODOLOGIA:
A amostra pesquisada foi composta por 33 sujeitos, familiares de pacientes que
estavam internados na UTI de adultos, de ambos os sexos e com idades
superiores a 18 anos. Foram utilizados dois instrumentos, elaborados pela
Autora com base na literatura pesquisada: um Questionário Geral de
Caracterização, composto por 20 questões, abrangendo os aspectos da família,
da doença e da hospitalização; e um Inventário de Luto Antecipatório, composto
por 36 afirmações adaptadas dos estudos de Worden (1998), para verificar a
presença de reações e características de luto. A aplicação foi feita de forma
individual e os sujeitos foram solicitados a participar voluntariamente na
pesquisa, através de um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Os
dados foram analisados em termos de freqüências absolutas e percentuais para
posterior cálculo de qui-quadrado, sendo adotado um nível de significância de
0,05.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

602
UNISA - Universidade de Santo Amaro

RESUMO:
Dentre os resultados obtidos, destaca-se que os sujeitos indicam que tiveram
mudanças nas rotinas diárias, que o paciente internando tinha vínculo
significativo com o familiar pesquisado, e que os recursos que os sujeitos
pesquisados acreditam possuir para enfrentar a situação de perda são a fé
religiosa e o apoio familiar. Destaca-se também que os sujeitos indicam ter
esperança e fé na recuperação do paciente durante o processo de internação
na UTI. Verificou-se que a maioria dos sujeitos entrevistados apresenta um
número significativo de reações características do luto antecipatório,
confirmando a hipótese inicial do presente trabalho. Entre essas características
estão: tristeza, preocupação, aperto no peito, ansiedade, nó na garganta,
choque, sensação da presença da pessoa, suspiros, choro, vazio no estômago,
distúrbio do apetite, solidão, estarrecimento e distúrbio do sono.

CONCLUSÃO:
Diante de tantas possibilidades sobre o tema, sugere-se a discussão sobre as
estratégias para atendimento psicológico dessas pessoas, familiares,
acompanhantes e cuidadores durante esse etapa de enfrentamento dessa
situação.
Conforme Kovács (1992), “Morte” e ‘Vida” são palavras que se entrelaçam,
porque não podem ser vistas separadamente, pois é assim que se constitui o
ser humano.
Dessa forma, os resultados desta pesquisa reforçam não só muitas das
indagações como também a importância de enfatizar a existência humana em
todas as suas dimensões, pois o individuo não é apenas um ser biológico,
psicológico e social, mas é também um ser espiritual.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
Bromberg, M. H. P. F. (Org.) (1996). Vida e Morte: Laços da Existência. São
Paulo: Casa do Psicólogo.
Kovács, M. J. (1992). Morte e Desenvolvimento Humano. (2ª ed.). São Paulo:
Casa do Psicólogo.
Worden, J. W. (1998). Terapia de Luto: um Manual para o Profissional da
Saúde Mental. (2ª ed.). Porto Alegre: Artes Médicas.
________________________________________________________________
1 Acadêmica do 5o ano da Faculdade de Psicologia da UNISA
2 Professor(a) Doutor(a) da Faculdade de Psicologia da UNISA

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

603
UNISA - Universidade de Santo Amaro

O Assédio Moral e a Responsabilidade Corporativa


SORAIA MARIA DE SOUZA VIEIRA BATISTA(1)

RENATA CARDILHO HOMEM DE MELLO(2)(Orientadores)


Ciências Humanas
INTRODUÇÃO:
A presente monografia tem por objeto o assédio moral e a responsabilidade
corporativa, emerge da vontade de aprofundamento sobre o assunto. Trabalhar
com e para as pessoas e, principalmente em Recursos Humanos é um desafio
constante, um campo frutífero para questionamentos das condições físicas e
psíquicas das mesmas, bem como suas relações interpessoais. O tema assédio
moral ganhou visibilidade nos últimos anos como uma agressão silenciosa e
violadora das relações humanas.
Entender o que é, por que, com quem e como ocorre o assédio moral é foco de
interesse de estudo deste trabalho, pois muitos colaboradores sofrem em
silêncio, sem reagir diante das práticas de abuso. Além disso, muitas empresas
não estão preparadas para as denúncias de assédio moral e até o momento,
não temos no Brasil, uma lei de proteção contra o assédio moral. Há alguns
projetos de lei que ainda precisam ser votados no Congresso Nacional.
Atualmente, é um tema bastante discutido, muito preocupante para as relações
de trabalho e a sustentabilidade das empresas mas, um tanto desconhecido no
Brasil.
No entanto, as inúmeras ações por parte de ex-colaboradores, evidenciam a
urgência de aprovação de lei específica de caráter nacional contra o assédio
moral. É preciso estar protegidos pelas leis do país, mas também buscar meios
que minimizem ou combatam “a conduta nociva” do assediador.
Muitos profissionais entre eles médicos do trabalho, juristas, psicólogos e
sociólogos mais conhecedores e conscientes dos prejuízos que o assédio moral
traz, estão interagindo para ajudar as vítimas e esclarecer ao empresariado que
esta violência fere os princípios norteadores do Direito do Trabalho na
celebração do contrato de trabalho que são: da razoabilidade, da boa-fé, da
realidade, da não discriminação, da dignidade do trabalho e da proteção.
As ações ou afastamentos médicos decorrentes do assédio moral, geram
prejuízos não somente para a empresa e assediado, mas também para o
governo no pagamento de auxílio doença ou aposentadorias precoces.
O tema é problemático, complexo e dificultoso, haja vista que, para estudos
mais aprofundados e pesquisas empíricas, temos poucas obras nacionais, do
conhecimento público, do empresariado e da comunidade científica.
A intenção não é de esgotar o assunto mas de abordar e buscar medidas para
que as organizações possam tomar posse da gravidade da situação e ter um
ambiente laboral saudável impedindo as condutas antiéticas que violam os

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

604
UNISA - Universidade de Santo Amaro

direitos e deveres contratuais na relação de empregador x empregado.


O trabalho abordará alguns princípios do direito (mas sem se aprofundar no
assunto pois não é o foco desta monografia), a conceituação do tema,
diferenciação entre os temas assédio sexual e dano moral, tipos de
personagens no assédio moral e, o que fazer para combater este tipo de
conduta na organização.
A inquietação está em levantar, responder ou sugerir alternativas para que
organizações desenvolvam métodos para diminuir ou mesmo combater o
assédio em suas instalações.
A busca de práticas organizacionais que alinhem transparência e governança
corporativa não impedirão que um colaborador entre com uma ação contra a
empresa, mas implicarão diretamente no clima organizacional, nos resultados e
no aumento da sinergia interna e com certeza diminuirão ações desta natureza.
A discussão ou reflexão sobre o tema será edificado através da pesquisa
exploratória, descritiva, explicativa, bibliográfica e/ou a que vier ser necessária,
para a conclusão desta monografia tais como: livros (nacionais ou
estrangeiros), revistas, notícias em jornais ou televisão, sites especializados,
órgãos públicos (ementas de casos julgados ou em julgamento), sindicatos ou
associação de classe, possível entrevista com especialista no assunto assédio
moral (Maria do Carmo Célico ou outro profissional que se dispuser a dar uma
entrevista).
O presente trabalho será apresentado da seguinte forma:
No primeiro capítulo, Fundamentos do Trabalho Humano, é demonstrado um
breve panorama dos princípios de direitos do homem e do trabalho.
No segundo capítulo, Assédio Moral, é tratado a conceituação, bem como
diferenças, características, personagens, práticas e indenizações do tema
assédio moral.
No terceiro capítulo, Riscos Organizacionais, são tratados os riscos
operacionais inerentes à prática de assédio.
No quarto capítulo, Ambiente para Combate do Assédio Moral, é traçado o
ambiente ideal para combate ao assédio moral na organização e consideração
sobre a responsabilidade corporativa no combate ao assédio moral.
No quinto capítulo, Conclusão, é apresentada a conclusão do trabalho.

OBJETIVO:
Descrito na introdução.

METODOLOGIA:
Descrita na introdução.

RESUMO:

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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UNISA - Universidade de Santo Amaro

Descritos na conclusão.

CONCLUSÃO:
O assédio moral é uma chaga dos tempos modernos e traz implicações na
violação do contrato de trabalho, na relação de emprego e no direito de
personalidade dos indivíduos além de ferir os princípios dos direitos de
dignidade, liberdade, igualdade, privacidade e honra do trabalhador.
Em sua forma mais nociva é qualquer conduta abusiva (gesto, palavra,
comportamento, atitude...) que atente, por repetição ou sistematização, contra a
dignidade ou integridade psíquica ou física de uma pessoa, ameaçando seu
emprego ou degradando o clima de trabalho.
Não é nocivo somente a saúde física e psíquica do colaborador (falta de
produtividade, licenças médicas, depressão, medo, culpa, vergonha, doenças,
idéias de morte) mais reflete maleficamente no clima organizacional e traz
prejuízos financeiros, de produtividade, competitividade, lucratividade,
absenteísmo e outros mais para o empregador.
Também traz onerosidade previdenciária para o Governo com os afastamentos
(auxílio-doença) e aposentadorias precoces.
Tão importante quanto conceituar é caracterizar, identificar, investigar, analisar
e punir os atos ou condutas assediantes na organização. Assim, caso se
apresente uma denúncia, mais prontamente a organização estará apta a
reconhecer e distinguir condutas que configurem assédio moral. Quanto mais a
organização e seus colaboradores conhecerem o assunto, melhor será para
identificar causas e formas desta prática no ambiente de trabalho.
Para isso, as organizações devem buscar conhecimento e/ou apoio, seja com
equipe multidisciplinar (especialistas em assédio moral, médicos do trabalho,
psicólogos, psiquiatras, sindicatos, comitês de empregados, juristas etc) seja na
literatura, participação em palestras ou cursos, nos órgãos de Justiça a fim de
se precaver de processos trabalhistas.
Como é subjetivo e pode acontecer vertical ou horizontalmente, todos podem
ser potenciais assediadores ou ao mesmo tempo eventuais futuras vítimas de
superiores hierárquicos ou subordinados de alguém. Notadamente, o assédio
moral acontece quando as características pessoais ou o ambiente seja zona
fértil para proporcionar este tipo de violência.
É fundamental agir de forma transparente e coerente com os princípios e
valores organizacionais bem como sua consciência de maneira a não abusar do
poder que lhe é atribuído e não prejudicar o outro e o ambiente laboral.
O tema requer aprofundamento uma vez que ainda não há regulação legal para
a repressão do assédio moral. Uma regulação federal exige urgência e embora
já tramitem no Legislativo vários Projetos de Lei com finalidade de tipificá-lo
como crime, ainda não é o suficiente para evitar a disseminação deste mal na
organização. E após a promulgação de lei federal contra o assédio moral, cabe

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

606
UNISA - Universidade de Santo Amaro

ao Ministério Público, a fiscalização e a denúncia impiedosa.


Na empresa, é requisito básico, uma ação preventiva com exigência por parte
do empregador e seus prepostos de adoção de medidas necessárias para a
garantia de um ambiente empresarial sadio e com qualidade de vida.
Esta ação deve resultar de um trabalho bem estruturado e capacitado dos
dirigentes e RH (abertura de espaços de confiança para a denúncia), que
agindo com equipe multidisciplinar, possibilitem interação, dinâmica e
comunicação respeitosa, humana e solidária entre todos que integram o
processo produtivo organizacional.
Para isso acontecer é preciso que haja uma verdadeira vontade de mudança
por parte de todos integrantes da organização na adoção e respeito de todos os
projetos que visem o aperfeiçoamento e prática da qualidade de vida no
trabalho bem como aqueles que contribuirão para a extinção de
comportamentos ou processos que venham a denegrir pessoas ou o ambiente
laboral.
Estes projetos poderão advir da responsabilidade comportamental e suas
normas, procedimentos, manuais de conduta, Código de Ética, Governança
Corporativa, programas de Responsabilidade Sócio-ambiental, Ombudsman ou
Ouvidoria, comitês, gestão participativa etc. Todos eles devidamente
comunicados ou informados com treinamento e assinatura protocolar de
recebimento e ciência do conteúdo.
Todos devem estar cientes das sanções que lhes caberão caso seja o autor de
atos de assédio moral. Afinal, o empregador deve zelar pela preservação dos
atributos inerentes à pessoa humana (dignidade, personalidade, liberdade,
imagem, honra, privacidade) de seus colaboradores.
Conscientizar, treinar, exemplificar e praticar a boa-fé e os bons costumes é
atributo essencial para viver relacionamentos verdadeiros nas organizações.
E assim imperar a gestão baseada na confiança e na transparência e onde o
assédio moral não terá fundamento e nem força para existir.
“O que mais preocupa não é nem o grito dos violentos, dos corruptos, dos
desonestos, dos sem-caráter, dos sem-ética. O que mais preocupa é o silêncio
dos bons.” Martin Luther King (1964?)

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
BARRETO, M.M.S. Violência, saúde e trabalho – uma jornada de humilhações.
Dissertação – Mestrado. PUC/SP. São Paulo, 2000.
HIRIGOYEN, M. F. Mal-estar no trabalho: redefinindo o assédio moral. Rio de
Janeiro: Bertrand Brasil, 2006.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

607
UNISA - Universidade de Santo Amaro

PELI P. e TEIXEIRA P. Assédio moral uma responsabilidade corporativa. São


Paulo: Ícone, 2006.

________________________________________________________________
Direito do Trabalho - Um Estudo sobre os Princípios do Direito do Trabalho -
disponível em http://direitonet.com.br/artigos/x/54/33/543/ - acesso em 23.05.08

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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UNISA - Universidade de Santo Amaro

O CIENTIFICISMO SOCIAL: “O HOMEM” NO “OS SERTÕES”


IGOR COSTA PEREIRA DE SOUZA(1), LUANA DA SILVA JARDIM MONTEIRO DOS
ANJOS(2), NATANAEL GONÇALVES DE SOUZA ARAUJO(3), ANDRÉIA DOS
SANTOS(4)

PATRICIA ALBANO MAIA(5)(Orientadores)


Ciências Humanas
INTRODUÇÃO:
Esta dissertação trata sobre o tema do cientificismo no capítulo O Homem em
Os Sertões de Euclides da Cunha que viveu no período entre final de século
XIX e início do século XX. Trabalharemos com a questão das influências que o
autor recebe e transmite para o capítulo sobre cientificismo social, no qual
Euclides da Cunha não só adota como também por conta própria vai classificar
a miscigenação que esta ocorrendo no Brasil e que conseqüências ele prevê
para o país em seu levantamento do homem do norte após sua estada na
cidade de Canudos e presenciar o final do conflito. O primeiro capítulo irá
abordar o momento histórico, as teorias cientificistas da época e a influência
que o autor recebe dessas teorias. O segundo e último capítulo vai analisar a
aplicação das teorias usada por Euclides da Cunha no capítulo O Homem e
suas complicações de acordo com as narrativas do texto. Na conclusão são
traçados paralelo entre a teoria que circulavam na época e a obra
confeccionada por Euclides da Cunha, ressaltando os pontos de contato e
indicando que a superioridade racial ocupa um lugar importante na obra de
Euclides.

OBJETIVO:
Este trabalho visa a analise das correntes de pensamentos ideológicos que
estão impressos nos escritos de Euclides da Cunha, em especial, o capitulo O
Homem de Os Sertões. Traçaremos um panorama dos autores que
influenciaram seu pensamento, do contexto no qual foi escrito e quais os
objetivos de Os Sertões. Visa-se também entender parte do pensamento da
elite não acadêmica brasileira e suas visões sobre o povo brasileiro, que dado
em partes as dimensões geográficas do país, eram ainda muito distorcidas.
Eram estas visões re-locadas da Europa em todas suas dimensões ou
adaptações eram feitas pela inteligência nacional? Seriam os preconceitos da
sociedade brasileira ou importados, e quais os interesses estrangeiros para que
tais idéias se tornassem populares entre parte da elite e em outras camadas
sócias? Quais os tipos biológicos que Euclides subdividira o povo brasileiro e
como esses tipos influenciariam na formação do caráter nacional (sempre
focando nos elementos bibliográficos oferecidos por Euclides da Cunha e que
tratam sobre ele) e quais os interesses nacionais na subdivisão destes tipos.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

609
UNISA - Universidade de Santo Amaro

O interesse pela analise do capitulo O Homem de Os Sertões partiu de aulas de


Brasil Colônia e sobre como correntes ideológicas chegavam ao Brasil do
século XIX, após demonstrarmos interesses pelo assunto seguimos as
orientações de leituras nos dada pela professora orientadora, Patrícia Albano.
Cada leitura agucava nossa curiosidade ainda mais.

METODOLOGIA:
O trabalho e pautado a partir da leitura dos mais diversos autores, sendo alguns
contemporâneos a Euclides da Cunha, como Nina Rodrigues, Machado de
Assis, Lombroso, Comte, Spencer e Darwin. Autores posteriores como
Skidmore, Covis Moura, Jose Murilo de Carvalho, entre outros. De forma
dedutiva partiremos de uma analise do macro para o micro, dos tipos de
homens gerais aos estudos de caso especifico.
O estudo e dividido em dois capítulos sendo o primeiro voltado as influencias
européias e nacionais em Euclides da Cunha. No segundo capitulo nos pomos
a analisar trechos específicos de O Homem, especialmente quando o autor
divide o homem sertanejo em varias subcategorias sendo nosso foco as partes
sobre o negro, o índio e a formação do homem sertanejo. O trabalho e
finalizado com uma conclusão na qual veremos brevemente o estudo feito por
Euclides sobre Antonio Conselheiro e seus motivos para agir do modo que agiu.

RESUMO:
Euclides dispendiou muitas horas de trabalho para aquisição de teorias
científicas que o auxiliariam na formulação de analises quanto à sociedade
brasileira de seu tempo. O cientificismo da época, herança de meados do
século XIX e do positivismo, forneceriam uma verdadeira crença na verdade; a
religião e crenças em si não mais satisfariam o homem moderno, pois falham
em fornecer provas de seus dogmas. A ciência sim, fonte maior de
conhecimento da verdade tornar-se-ia a fonte das mais diversas teorias
biológicas e físicas. Não é ingenuidade pensar que tais teorias e novos dogmas
não transpassariam ao publico não acadêmico. O racismo, o preconceito e as
teorias de prevenção sociais assumiram características fundamentais para a
justificação do poderio exercido por uma elite cafeicultora que começa a
ascender a posições políticas novas e anteriormente seladas as mesmas.
A própria literatura da época estava ganhando com o desenvolvimento do
trabalho de Euclides da Cunha, que tinha um significado de ser uma tentativa
de andar com as “próprias pernas” no que diz respeito ao arcabouço literário e
científico. Vê-se aqui uma confluência de áreas: o escritor e jornalista aplicando
seu conhecimento de engenheiro positivista com argumentação cientifica -
realizada fora de qualquer área de atuação a que pertencia.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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CONCLUSÃO:
Euclides fará previsões sobre os brasileiros de seu tempo; a neutralidade
pregada pelo positivismo comtiano será negada nos escritos de da Cunha,
coloca através de experiências e opiniões do mesmo serão transpassadas em
O Homem. Seu pensamento tinha como premissa a verdade com provas para
prever o futuro, não resistira aos eventos da “urbs monstruosa” (CUNHA. 2007,
p. 216)
Euclides faz questão de reiterar que mesmo sendo o país formado de tipos tão
diversos, são estes todos parte de uma mesma nação, mesmo que não de um
mesmo povo "consideremos os três elementos constituintes de nossa raça em
si mesmos, intactas as capacidades que lhes são próprias” (CUNHA. 2007, p
102). Teria Euclides da Cunha receio de que ao contar os acontecimentos de
Canudos ânimos separatistas ou revanchistas pudessem ser aguçados? Sabe-
se que o medo de levantes separatistas era bem real em princípios do século
XX (CUNHA. 2007, p. 105) (Cidadania no Brasil) e um evento tão dramático
quanto inesperado como a guerra de Canudos poderia causar surpresa e ódio
entre muitos, como diz Euclides em sua introdução ao Os Sertões “A campanha
de Canudos tem, por isto, a significação inegável de um primeiro assalto, em
luta talais longa."

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRA. Apresenta os serviços oferecidos.
Disponíveis em: www.euclidesdacunha.org.br. Acesso em 16 de set. de 2008.

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em Nina Rodrigues. Revista Espaço Acadêmico, nº 44, 2005.
www.espacoacademico.com.br/044/44netto.htm Acesso em 11/08/2008

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www.dominiopublico.gov. Acesso em: 09/06/2008

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CARVALHO, José Murilo de. Cidadania no Brasil: o longo caminho. Rio de


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Martin Clarete, 2007.

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Maria Tereza Lopes Teixeira e Marcos Penchel. Rio de Janeiro, Paz e Terra,
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Histórica. Introdução. Estudos Históricos, Rio de Janeiro, n. 19, 1997.

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2006.

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PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO. Apresenta os serviços


oferecidos. Disponíveis sem: www.armazemdedados.rio.rj.gov/arquivos/1750-
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10 de out. de 2008.

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RODRIGUES, Nina. As Raças Humanas e a Responsabilidade Penal no Brasil.


Rio de Janeiro: Editora Guanabara, s.d., Disponível em:
www.dominiopublico.gov. Acesso em: 22/05/2008

RODRIGUES, Nina. Os Africanos no Brasil. 7 ed. Editora Nacional; Brasília: Ed.


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SCHWARCZ, Lília Moritz. As barbas do Imperador: D. Pedro II, um monarca


nos trópicos. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.

SCHWARCZ, Lília Moritz. Retrato em branco e negro: jornais, escravos e


cidadões em São Paulo no final do século XIX. São Paulo: Companhia das
Letras, 1987.

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Machado de Assis "Ao Vencedor As Batatas", Livraria Duas Cidades; 1987.
Internet, acesso dia 19/08/2008.

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brasileiro; tradução de Raul de Sá Barbosa. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1976.

VELLOSO, Mônica. As raízes ibéricas do modernismo brasileiro. Ipotesi: revista


de estudos literários. Juiz de Fora, v. 3, nº 1, p. 59-72, s.d.

________________________________________________________________
A partir de 1902 o Rio de Janeiro, então Distrito Federal, entrou em uma
reforma urbanística e higienizadora. As avenidas Atlântica, Passos, Beira-Mar e
Central (com 1.800 metro de comprimento e 33 metros de largura) foram
abertas, cortiços removidos das áreas centrais e seus moradores forcados a se
mudarem para os morros adjacentes. Datam ainda da administração Passos a
praça XV, o teatro municipal, o palácio S. Luis (atual Monroe) e os aterramentos
das praias de Flamengo e Botafogo. Calçadões foram construídos, assim como,
centenas de casas destruídas. Entre as medidas sanitárias foram proibidos
cães, mendigos e o ato de cuspir em passeios públicos. Como nos diz “as
ações republicanas se pautavam no discurso sobre a necessidade de sanear e
higienizar a cidade, livrá-la das doenças, impor a população novos hábitos e
atitudes, condizentes com as descobertas recentes da biologia e da medicina
(...) por trás dessa ideologia estava a consolidação, entre outros, da oligarquia
cafeeira [...] das construtoras francesas e das companhias inglesas de energia”
(RIO (...). s.d. p. 5).

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O ESTUDO DA AUTO-ESTIMA DO ALUNO NO AMBIENTE


ESCOLAR
GABRIELA GONÇALVES MARIZ(1), CLAUDIA EGIDIO DE ARAUJO(2), LARISSA
MACEDO BENTO(3)

VANIA VIEIRA COSTA(4)(Orientadores)


Ciências Humanas
INTRODUÇÃO:
A auto-estima relacionada com o fazer pedagógico e com o ambiente escolar é
um tema que vem sendo bastante investigado. Autores descrevem a auto-
estima do ser humano como a confiança na capacidade de pensar, na
habilidade de enfrentar os desafios básicos da vida e no direito de vencer e ser
feliz. Neste contexto sabe-se que a aprendizagem desempenha papel central
no desenvolvimento humano, e possui como principal característica, os
processos de mudança que acontecem como resultado da experiência. Estudos
que relacionam aprendizagem com a auto-estima referem que alunos com baixo
rendimento escolar possuem conceitos negativos de si mesmos, e, os que têm
bom rendimento, demonstram um conceito mais positivo. Confirma-se desta
forma, que o funcionamento psíquico humano não é composto somente da
dimensão cognitiva, mas, também, pela dimensão fundamental de sua
existência que é a afetiva. A afetividade e a educação são desafios para uma
aprendizagem significativa e consiste num processo para a vida, numa parceria
entre professor, aluno, família e comunidade, grupos sociais tão importantes no
sucesso da aprendizagem do aluno. Assim, a escola pode ser entendida como
espaço social responsável pela educação das pessoas no favorecimento da
construção de uma adequada auto-estima que permita um desenvolvimento
saudável.

OBJETIVO:
O presente estudo teve como objetivo identificar as dificuldades na relação
professor e aluno, que envolvem a questão da afetividade com a aprendizagem.

METODOLOGIA:
A metodologia utilizada constou de pesquisa de campo realizada com 100
professores de um Centro de Educação Infantil (CEI), localizado na região sul
do município de São Paulo. Na coleta de dados, utilizou-se como instrumento
um questionário desenvolvido pelas pesquisadoras, com questões abertas e
fechadas. Foram contempladas no instrumento, questões sobre a prática dos
educadores em relação à auto-estima dos alunos e a percepção que possuem
sobre a influência na aprendizagem. A análise das obras de Celso Antunes,
Nathaniel Branden e Maria da Glória Seber fundamentaram os aspectos

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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teóricos.

RESUMO:
Os resultados indicam que a maioria dos professores entrevistados sabe da
importância que uma auto-estima elevada do aluno representa no processo de
desenvolvimento humano, mas demonstraram desconhecimento de quais
práticas podem ser adotadas para favorecê-la. Em sua maioria, os
entrevistados relataram que a manifestação de elogios direcionados aos alunos
contribui para uma auto-estima adequada, mas não relataram sobre a
importância de uma relação afetiva entre professor e aluno. Estudos referem
que a qualidade desta relação é valiosa, pois é nela que o aluno estabelece
significado: na interferência dos modelos referenciais motivadores,
principalmente àqueles que possuem uma visão positiva da vida e das relações
humanas. Neste aspecto, a auto-estima mantém uma estreita relação com a
motivação ou interesse da criança para aprender. Desenvolvido o vínculo
afetivo, a aprendizagem, a motivação e a disciplina tornam-se conquistas
significativas para o autocontrole do aluno e seu bem estar.

CONCLUSÃO:
Conclui-se que os educadores entrevistados demonstram dificuldades em
assumir que a postura do professor, sua forma de vivenciar as experiências
adversas da vida, a maneira como expressa suas emoções, podem determinar
favoravelmente ou não a auto-estima do aluno e conseqüentemente uma
aprendizagem significativa. Cabe ao educador ultrapassar a prática educativa
tradicional, na qual há uma visão fragmentada e reducionista do ser humano, e,
conceber neste espaço, uma atmosfera propícia que desenvolva as
potencialidades humanas, por meio de vínculos afetivos consistentes.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
ANTUNES, Celso. Alfabetização Emocional. São Paulo: Terra, 1996.
BRANDEN, Nathaniel. Auto-estima e seus pilares. São Paulo: Saraiva, 2000.
SEBER, Maria da Glória. Piaget: o diálogo com a criança e o desenvolvimento
do raciocínio. São Paulo: Scipione, 1997.

________________________________________________________________
1Aluna do sexto semestre do curso de Pedagogia, Faculdade de Educação,
Unisa. e-mail: clauegidio@hotmail.com
2Aluna do sexto semestre do curso de Pedagogia, Faculdade de Educação,
Unisa. e-mail: gabmariz@gmail.com
3Aluna do sexto semestre do curso de Pedagogia, Faculdade de Educação,
Unisa. e-mail: MB.larissa@gmail.com
4Professora Mestre em Ciências da Saúde do curso de Pedagogia, Faculdade

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de Educação, Unisa, e-mail vaniavcosta@yahoo.com.br

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O &quot;Corvo&quot; e o &quot;Anjo Negro&quot; na Rua


Toneleros: O Atentado de 05 de Agosto de 1954
CARLOS ALEXANDRE DA SILVA(1), FÁBIO SANTANA DA SILVA(2), JULIANA DE
OLIVEIRA SILVA(3)

CELSO RAMOS FIGUEIREDO FILHO(4)(Orientadores)


Ciências Humanas
INTRODUÇÃO:
O tema a ser apresentado é uma pesquisa apropriada à nossa época, por ser
uma questão ainda pertinente à historiografia brasileira, que retoma um debate
visto por diferentes ângulos da História e de especial importância à mesma. O
foco da pesquisa é o atentado ocorrido na madrugada de 05 de agosto de 1954
contra o jornalista Carlos Lacerda (chamado de “o Corvo” pela imprensa
getulista), e os mandantes do mesmo, tendo como principal acusado Gregório
Fortunato, chefe da guarda pessoal do Presidente Getúlio Vargas (e por isso
chamado de “Anjo Negro” pela imprensa lacerdista).

Além da leitura minuciosa de livros que tratam sobre este assunto, foram
analisados jornais da época – Tribuna da Imprensa, O Globo, Última Hora (RJ),
O Estado de São Paulo, Última Hora (SP), o Inquérito Policial Militar (IPM) e
documentos pessoais microfilmados; realizadas visitas a locais que
fundamentam ainda mais as argumentações acerca deste trabalho como o
Museu da República (Palácio do Catete), a Rua Toneleros (local do atentado), a
Biblioteca Nacional, o Centro de Pesquisa e Documentação de História
Contemporânea do Brasil da Fundação Getúlio Vargas (CPDOC/FGV), todos
localizados no Rio de Janeiro.

Todo o levantamento histórico realizado foi de grande auxílio para que o


objetivo da presente pesquisa pudesse ser alcançado, de maneira a vir
responder a problemática proposta e desvendar o crime e seus mandantes.

O presente trabalho é de grande importância à historiografia brasileira, pois o


atentado (que feriu ao jornalista Carlos Lacerda e ao guarda municipal Sálvio
Romero, e matou o major aviador Rubens Vaz, que o acompanhava) foi um
acontecimento que intensificou a crise política que o governo Vargas sofria, e
foi de maior influência no suicídio do presidente – fatos ocorridos há exatos
cinqüenta e quatro anos atrás e que ainda geram debates historiográficos e
estudos acerca do mesmo, visto que o crime da Rua Toneleros fora muito mais
do que somente uma tentativa de assassinato: foi algo planejado com cautela e
antecedência, para calar a voz que fazia oposição ao governo de Getúlio
Vargas.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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OBJETIVO:
Por meio dos documentos pesquisados e obras analisadas, o presente trabalho
tem por objetivos: mostrar que o atentado ocorrido na madrugada de 05 de
agosto de 1954 contra o jornalista Carlos Lacerda tinha mandantes envolvidos
com o Palácio do Catete, ao apontar os envolvidos com o crime ocorrido e seus
respectivos cargos de importância neste segundo mandato de Getúlio Vargas
como presidente. E ao analisar os jornais da época, agora todos microfilmados
(boa parte deles vistos na Biblioteca Nacional / RJ e também vistos no Arquivo
Público do Estado de São Paulo/ SP), abordar a questão da imprensa como
palco de debates políticos, que possibilitou a formação de duas correntes de
pensamento e defesa dos acontecimentos: os lacerdistas e os getulistas. Este
segundo terá menor ênfase, por ser objetivo principal do trabalho responder à
problemática sobre o atentado em si do que a divergência de opiniões
causadas pela mesma.

METODOLOGIA:
A metodologia consiste no estudo de diversos tipos de fonte, de abordagem
geral ou específica sobre o tema: seja as fontes da época, que apresentam o
que a população sentia, ou as fontes atuais, que são a herança das opiniões e
do impacto causado por estes acontecimentos.

A pesquisa apresentará também notícias, manchetes e imagens publicadas


pelos jornais pesquisados em arquivos de São Paulo e Rio de Janeiro, e fontes
iconográficas encontradas em arquivos online ou fotografias tiradas nos locais
visitados.

Fontes de depoimentos diretos ou prestados aos autores das obras analisadas


são essenciais para compreender e possibilitar a fundamentação das hipóteses
desenvolvidas. E a utilização de obras que tratam o assunto de maneira geral
também faz parte de nossa metodologia, pois torna possível a contextualização
da crise que já ocorria no Governo, e que se intensificou com o atentado e com
a descoberta de que os mandantes eram envolvidos com o mesmo, culminando
com o suicídio de Getúlio Vargas.

As fontes que tratam de maneira específica o assunto, com abordagens que


apóiam ou se opõem a versão dada por Lacerda ao atentado, provocam uma
discussão bibliográfica valiosa, pois trazem um debate de versões e pontos de
vista divergentes, mas que se encontram no fato daquilo que pretende-se
constatar ao final da pesquisa: que os mandantes eram pessoas de

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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envolvimento direto ao Governo Vargas.

O contato virtual e pessoal com os arquivos e jornais microfilmados seja no Rio


de Janeiro ou em São Paulo, são de grande importância ao trabalho, pois
acrescentam à pesquisa real valor por serem parte fundamental na
apresentação e argumentação acerca dos fatos que compuseram a “crise de
agosto”, com abordagem inicial ao atentado de 05 de agosto de 1954, e final
com o suicídio de Vargas, ao dia 24 de agosto do mesmo ano.

RESUMO:
Por meio da leitura e análise da bibliografia formada por livros e arquivos da
época, pesquisados em São Paulo e nos locais visitados, com fins de pesquisa,
no Rio de Janeiro podem-se considerar como resultados da presente pesquisa:
a nomeação dos envolvidos no atentado ocorrido na madrugada do dia 05 de
agosto de 1954 e seus respectivos cargos no governo da época ou
envolvimento com o Palácio do Catete, mostrando que o atentado fora algo
planejado e executado a mando de pessoas de envolvimento político; e,
utilizando-se de jornais da época, afirmar que a imprensa fora palco de debates
políticos, criando na historiografia os termos “lacerdistas” e “getulistas” (pois
havia os jornais que apoiavam a Getúlio e os que formavam sua oposição) e a
influência da imprensa em tudo aquilo que envolveu aquela época: a crise que
já rondava o Governo desde a nomeação de Getúlio Vargas como Presidente
da República, a população que o apoiava e os que formavam sua oposição, o
atentado contra Carlos Lacerda (seu maior opositor, e presidente do jornal
Tribuna da Imprensa), as repercussões do atentado e a busca pelos mandantes
do crime, a República do Galeão e a inquirição dos envolvidos no crime, a
pressão que o Governo e Vargas sofreram por saberem que os mandantes
eram envolvidos diretos (e até mesmo de confiança pessoal ao Presidente,
como a Gregório Fortunato e Benjamin Vargas), e, subseqüentemente o
suicídio do Presidente (que causou grande efeito em todo o País).

CONCLUSÃO:
A partir da pesquisa realizada acerca do segundo governo de Getúlio Vargas e
a chamada “crise de agosto”, focando no atentado contra o jornalista Carlos
Lacerda e seus mandantes, pode-se concluir que os mandantes do crime eram
pessoas envolvidas com o governo e com o próprio Vargas, apesar de negarem
que o Presidente fosse envolvido com o atentado; ficando provado pelo
Inquérito Policial Militar que o mandante era Gregório Fortunato, o "Anjo Negro"
de Getúlio e chefe da sua guarda pessoal e participantes membros da referida
guarda.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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Porém, a cada nova descoberta acerca do crime o governo sofria mais


pressões, e Getúlio Vargas se tornava mais culpado pela crise; até que,
dezenove dias após o atentado suicidou-se, causando uma reviravolta na
situação, pois, de acusado tornou-se vítima do atentado ocorrido ao dia 05 de
agosto de 1954.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
AGUIAR, Ronaldo Conde de. Vitória na Derrota: a morte de Getúlio Vargas. Rio
de Janeiro: Casa da Palavra, 2004.

BELOCH, Israel, e ABREU, Alzira Alves de (coord.). Dicionário Histórico-


Biográfico Brasileiro (1930 – 1983) do CPDOC da Fundação Getúlio Vargas.
Rio de Janeiro: Forense Universitária, s/d, 4v.

BORGES, Gustavo. Getúlio e o mar de lama: a verdade sobre 1954. Rio de


Janeiro: Lacerda Ed., 2001.

PAIVA, Claudio de Lacerda. Uma Crise de Agosto: O Atentado de Rua


Toneleros. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1994.

LACERDA, Carlos. Depoimento. Organização de texto, notas e seleção de


depoimentos por Cláudio Lacerda Paiva. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1978.

MENDONÇA, Marina Gusmão de. Imprensa e Política no Brasil: Carlos Lacerda


e a tentativa de destruição da Última Hora. (artigo publicado na edição nº 31 de
junho de 2008 da Revista Histórica do Arquivo Público do Estado de São
Paulo).

Disponível em:
www.historica.arquivoestado.sp.gov.br/materiais/materia04

SILVA, Helio. 1954: Um tiro no coração. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira,


1978.

SKIDMORE, Thomas. Brasil: de Getúlio a Castelo (1930-1964). Rio de Janeiro:


Saga, 1969. pp. 110 -180.

JONAIS CONSULTADOS: Tribuna da Imprensa, O Globo, Última Hora (RJ), O


Estado de São Paulo e Última Hora (SP).

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

620
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________________________________________________________________
AGUIAR, Ronaldo Conde de. Vitória na Derrota: a morte de Getúlio Vargas. Rio
de Janeiro: Casa da Palavra, 2004.

BORGES, Gustavo. Getúlio e o mar de lama: a verdade sobre 1954. Rio de


Janeiro: Lacerda Ed., 2001.

PAIVA, Claudio de Lacerda. Uma Crise de Agosto: O Atentado de Rua


Toneleros. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1994.

LACERDA, Carlos. Depoimento. Organização de texto, notas e seleção de


depoimentos por Cláudio Lacerda Paiva. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1978.

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Objetivos da Educação Física na concepção dos professores da


educação infantil
JUSSARA ROCHA DE FREITAS(1)

RUBENS DOS SANTOS BRANQUINHO(2)(Orientadores)


Ciências Humanas
INTRODUÇÃO:
A Educação Física na educação infantil segundo OLIVEIRA (1988), confere um
importante papel no processo de educação global, não devendo ser vista como
algo complementar, mas como uma real contribuição no processo de
crescimento e desenvolvimento de todas as pessoas e inclusive das crianças.

OBJETIVO:

Este trabalho teve como objetivo principal identificar os principais objetivos


estabelecidos para o desenvolvimento da disciplina Educação Física na
educação infantil. Estabelecemos como objetivos específicos: identificar quais
são os critérios utilizados para o estabelecimento dos objetivos para o
desenvolvimento da disciplina Educação Física na educação infantil, relacionar
os objetivos estabelecidos pelos professores da educação básica e aqueles
relacionados às abordagens pedagógicas da Educação Física e também
apontar as relações entre os objetivos estabelecidos pelos professores
licenciados em Educação Física e os professores licenciados em Pedagogia.

METODOLOGIA:
A Metodologia utilizada foi a pesquisa empírico descritiva, que solicita
informações a um significativo grupo de pessoas acerca do problema estudado
e em seguida foi feito uma análise quantitativa onde obtemos conclusões
correspondentes aos dados coletados. Foi utilizado como instrumento de coleta
de dados um questionário estruturado em duas partes. A primeira destinada a
dados de caracterização dos participantes e a segunda em afirmativas sobre o
tema. A análise dos resultados foi feita através de estatística descritiva. Foi
realizada uma pesquisa com 20 professores que desenvolvem trabalhos na
educação infantil, nas escolas da rede pública e privada da Diretoria Estadual
do Ensino Sul – 3 da cidade de São Paulo.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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RESUMO:
Os resultados com relação aos objetivos para o desenvolvimento das aulas de
Educação Física mostram que parte significativa dos professores dá ênfase ao
desenvolvimento da coordenação motora, lateralidade e agilidade das crianças.
Mas segundo FREIRE (2003), o objetivo da Educação Física deve ser levar a
criança a aprender a ser cidadã de um novo mundo em que o coletivo, não seja
sobrepujado pelo individual; em que a ganância não supere a solidariedade. Se
a Educação Física pretende ser uma disciplina escolar com status semelhante
ao adquirido pelas demais, precisa dizer a que veio e o que ensina. Com
relação aos conteúdos grande parte dos profissionais acredita que as aulas de
Educação Física devem ser compostas de jogos, brincadeiras de roda e
danças. O aspecto lúdico é importante, entretanto, os conteúdos das aulas de
Educação Física não podem resumir-se a uma visão recreacionista (MELLO,
2001), de acordo com o autor citado as aulas também devem estimular as
crianças a ter noções de higiene pessoal, postura, alimentação, vestuário,
ordem e disciplina. Parte significativa dos professores consultados não soube
responder quais metodologias são aplicadas em suas aulas, FREIRE e
SCAGLIA (2003), destacam que todas as aulas devem ter o conhecimento
prévio dos alunos como ponto de partida e cada atividade deve ser repetida até
que todos os alunos demonstrem habilidades suficientes.

CONCLUSÃO:
Com esses resultados concluímos que a disciplina de Educação Física na
educação infantil necessita de algumas mudanças, porém pouco a pouco vai se
observando a importância desta prática para a formação de futuros cidadãos
saudáveis, sociáveis e de boa formação afetiva.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
FREIRE, J. B. e SCAGLIA, A. J. Educação como prática corporal. São Paulo:
Scipione, 2003.
MELLO, M. A. A intencionalidade do movimento no desenvolvimento da
motricidade infantil. São Carlos: Asser, 2001.
OLIVEIRA, J. G. M. et. al. Educação Física e o ensino de 1º grau. São Paulo:
EPU, 1988.

________________________________________________________________
Palavras-chave. Educação Física, Educação Física Infantil e Prática
Pedagógica.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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PERSPECTIVAS FAMILIARES DE MULHERES DE DETENTOS


GIVALDO DA SILVA COSTA FILHO(1), MICHELE DOS SANTOS MACHADO(2)

WALQUÍRIA FONSECA DUARTE(3)(Orientadores)


Ciências Humanas
INTRODUÇÃO:
A relação dos presos com os seus familiares ocorre em um espaço onde o eu, o
outro e a instituição não têm fronteiras. As mulheres dos apenados estão
sujeitas a vários mecanismos de controle/sujeição, incluindo os de classe e o de
gênero. Dessa forma, muitas delas são controladas no ambiente externo da
instituição, assim como no interno, e são mantidas sob o poder disciplinar da
sociedade patriarcal. Há um acúmulo de responsabilidades que lhe são
atribuídas, incluindo o cuidado com os filhos, a provisão econômica da família, a
baixa renda e o acompanhamento do processo penal do preso. Muitas dessas
mulheres desenvolvem uma jornada de trabalho árdua para dar conta do
sustento da família.

OBJETIVO:
A presente pesquisa tem como objetivo identificar as percepções das
expectativas familiares de uma amostra de 60 mulheres de apenados de uma
penitenciária do Estado de São Paulo.

METODOLOGIA:
As faixas etárias variaram de 18 a 35 anos e todas eram residentes das regiões
periféricas de São Paulo. Foi elaborado um questionário com 20 questões
destinadas às identificações dos participantes e sobre várias dimensões das
expectativas familiares, com base na literatura pesquisada. As aplicações foram
individuais e conduzidas pelos próprios pesquisadores no espaço de espera do
ingresso da instituição penal destinado aos dias de visitas aos presos. Foi
solicitada a participação voluntária na pesquisa e, assim como foi apresentado
o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. As aplicações forma iniciadas
após a assinatura desse documento. Os resultados foram analisados em
freqüências absolutas e relativas para posterior cálculo do qui-quadrado, sendo
adotado um nível de significância de 0,05.

RESUMO:
Destacamos os resultados apresentados a seguir. Um total de 58,43% tinha
filhos e costumavam levá-los nas visitas. O companheiro estava, em média,

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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preso há cinco anos (68,33%). Consideram que o vínculo com o apenado não
mudou com a condenação (63,33%). O sentimento de raiva ( (43,33%) foi o
mais apontado como desencadeado após a condenação, sendo que 53,33%
acreditam que a pena foi justa. A visita íntima foi o benefício apontado por
95,0% das entrevistadas. Quanto ao fato de sentirem-se discriminadas, um total
de 76,67% responderam afirmativamente e 23,33% de forma negativa. A fé
(48,33%) e a tristeza (36,67%) foram os sentimentos mais indicados para
explicarem as reações atuais diante da situação dos companheiros. Após a
soltura, um total de 73,33% esperam uma melhoria nas expectativas de vida
familiar em contraponto à negativa de 26,67% que não acreditam.

CONCLUSÃO:
Esse é um campo de atuação multidisciplinar que poderia receber uma maior
atenção por parte do Estado. Cria-se um real estado de exclusão aos familiares
dos apenados que ficam em seus estados de sofrimento, em especial, os filhos.
O estigma é socialmente estabelecido e há uma precariedade de redes de
apoio social. Dessa forma, os resultados dessa pesquisa reforçam não apenas
muitas das indagações sobre o tema, como também alerta para a manutenção
do cenário de violência presente e retroalimentado.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
Fernandes, R.; Hirdes, A. (2006). A percepção dos apenados a respeito do
cárcere e da privação de liberdade. Rev. Enferm. UERJ. Rio e Janeiro, jul/set.,
14(3): 418-24.

Foucault, M. (2000). Vigiar e punir. Petrópolis: Vozes.

________________________________________________________________
1 Academica do 5o ano da Faculdade de Psicologia da UNISA
2 Academico do 5o ano da Faculdade de Psicologia da UNISA
3 Professora Doutora da Faculdade de Psicologia da UNISA

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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UNISA - Universidade de Santo Amaro

“QUEM DANÇA, OS SEUS MALES ESPANTA”: A INFLUÊNCIA


DA PRÁTICA DA DANÇA NO BEM-ESTAR SUBJETIVO EM
ADULTOS.
MARISTELA DE SOUZA PAPALINO(1)

GILBERTO MITSUO UKITA(2)(Orientadores)


Ciências Humanas
INTRODUÇÃO:
Para Mendes (1987), a dança é, basicamente, qualquer movimento ou gesto.
Entretanto, mesmo o homem primitivo devia ter consciência de que a dança não
se trata somente disso, pois esses movimentos só teriam efeito mágico ou
encantatório quando executadas dentro de certas regras e medidas, não
necessariamente regulares ou aparentes, mas que os tornavam um conjunto
homogêneo e fluente no tempo.
Com isso, pode-se dizer que ela se sustenta, permanecendo ao longo de
gerações como uma atividade atual. A dança influencia diretamente três
domínios da natureza humana: o fisiológico, o afetivo e o cognitivo. Assim, ela
funciona como agente motivador para manter ou recuperar a vida, a alegria
pessoal e coletiva, por seu aspecto lúdico e sua versatilidade.
Tratando-se da percepção do esforço muscular, o movimento e a posição no
espaço, a prática da dança pode levar o indivíduo a adquirir uma sensibilidade e
uma melhor compreensão de tudo que o cerca. O indivíduo também poderá
refinar sua audição através do som, sua visão por meio de cores e formas, e por
fim seu sentido cinestésico. Dessa forma, a dança é extremamente importante,
entre outras coisas, como forma de diálogo, caracterizada também como
possibilidade para revisão de conceitos, a respeito de si próprio e dos outros,
trazendo aprendizados que podem gerar transformações, reafirmações,
concepções e princípios, na busca de uma construção mais significativa do
código de valores de cada indivíduo (Abrão & Pedrão, 2005).
Já o bem-estar subjetivo pode ser considerado como um estudo científico da
felicidade, ou seja, o que causa a felicidade, o que a destrói e quem a tem. Este
estudo é formado por alguns componentes afetivos do bem-estar, expressados
pela palavra felicidade, e busca compreender a avaliação que os indivíduos
fazem de suas vidas. Segundo Albuquerque e Tróccoli (2004), a qualidade de
vida pode relacionar-se com a saúde, porém, considerando que as pessoas
reagem diferentemente em situações semelhantes, a qualidade de vida está
além de fatores relacionados a saúde, tais como: bem-estar físico, funcional,
emocional e mental. Assim, considera-se que o elemento subjetivo é essencial
na avaliação do bem-estar.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

626
UNISA - Universidade de Santo Amaro

OBJETIVO:
O presente trabalho teve como objetivo pesquisar a influência da prática da
dança no bem-estar subjetivo de adultos freqüentadores de aulas de dança de
salão.

METODOLOGIA:
A amostra foi composta por 30 sujeitos, adultos freqüentadores de duas
academias da Zona Sul da cidade de São Paulo, onde participavam de aulas de
dança de salão. Foram pesquisados sujeitos de ambos os sexos e com idades
superiores a 18 anos. Os sujeitos foram abordados pela Pesquisadora e
convidados a participar voluntariamente da pesquisa através de um termo de
consentimento livre e esclarecido. O questionário foi composto de 5 perguntas
destinadas a caracterização dos sujeitos e 2 questões relacionadas à prática da
dança. Também foi utilizada a Escala de Bem-Estar Subjetivo (EBES) –
subescala 2, validado por Albuquerque e Tróccoli (2004), composto por 15 itens
avaliados por uma escala Likert de 5 pontos. A subescala 2 da EBES mede a
dimensão satisfação com a vida, que é um julgamento cognitivo de algum
domínio específico na vida da pessoa, isto é, um processo de juízo e avaliação
geral da própria vida. Os dados foram analisados em termos de frequências
absolutas e percentuais para posterior cálculo de qui-quadrado. O nível de
significância adotado foi de 5%.

RESUMO:
Quanto à caracterização dos sujeitos, verificou-se que 63,33% eram do sexo
feminino, 70,00% eram solteiros, 76,67% tinham renda mensal entre R$500,00
e R$2.000,00, e 33,36% estavam cursando o ensino superior. A idade variou de
19 a 50 anos, com uma média de 29,1 anos e um desvio padrão de 8,2 anos.
Em relação à dança, 50,00% dos sujeitos praticam dança 3 ou 4 vezes e
73,33% começaram a praticá-la para cuidar da saúde e do corpo.
Os resultados obtidos pela EBES mostraram que os sujeitos apresentam um
alto grau de bem-estar subjetivo (M=3,8; DP=0,6), sendo que 43,33% dos
sujeitos atingem 4 ou mais pontos na escala Likert adotada.

CONCLUSÃO:
O presente trabalho indica que os adultos freqüentadores de aulas de dança de
salão possuem muita satisfação, não só com vários aspectos da vida, mas com
a vida como um todo.
Atualmente, o adulto tem intrínseca necessidade de expressar-se através de
seu corpo, pois ele restringe, com o passar do tempo, seus limites corporais e
psicológicos. Assim, o equilíbrio para buscar a integração devida como seres
humanos está no desenvolvimento das possibilidades internas e físicas.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

627
UNISA - Universidade de Santo Amaro

A dança pode levar o indivíduo que a prática a realçar a consciência de si


mesmo e dos demais. O prazer que ela oferece ajuda a encontrar harmonia e
adquirir maior sentido de pertinência, melhorando a saúde física e mental.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
Abrão, A. C. P. & Pedrão, L. J. (2005). A contribuição da dança do ventre para a
educação corporal, saúde física e mental de mulheres que frequentam uma
academia de ginástica e dança. Revista Latino-Americana de Enfermagem, 13
(2), 243-248.

Albuquerque, A. S. & Tróccoli, B. T. (2004). Desenvolvimento de uma Escala de


Bem-Estar Subjetivo. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 20 (2), 153-164.

Mendes, M. G. (1987). A dança. (2ª ed.). São Paulo: Ática.

________________________________________________________________
1 Acadêmica do 5o ano da Faculdade de Psicologia da UNISA
2 Professor Doutor da Faculdade de Psicologia da UNISA

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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UNISA - Universidade de Santo Amaro

RELAÇÃO MÃE E FILHO E A ADAPTAÇÃO NA CRECHE -


AMOSTRA II
ISIS BUENO DE SOUZA(1)

GILBERTO MITSUO UKITA(2)(Orientadores)


Ciências Humanas
INTRODUÇÃO:
Segundo Cunha (2002), a história da creche passou por diferentes funções no
contexto da sociedade brasileira, tais como recurso que beneficiava a mãe
trabalhadora, instrumento social para prevenir a mortalidade infantil, ou ainda,
como instância educativa, que contribui para a constituição de uma sociedade
mais justa, por meio do exercício da cidadania, em prol da população infantil.

Além das necessidades apresentadas pela mulher trabalhadora, outros fatores


interferem na vida familiar, fazendo com que os pais utilizem a creche como
suporte na educação, socialização e cuidado de seus filhos (Santana, 1998).

Conforme Campos e Rosemberg (1995), o perfil das famílias que procuram à


creche tem se alterado nas últimas décadas. Inicialmente, elas eram utilizadas
principalmente por famílias operárias e de classe média, cuja mãe precisava
trabalhar. Só mais tarde passaram a ser procuradas por famílias mais ricas que
acabaram impondo-lhes novos padrões de qualidade. O aumento da oferta
desses serviços e a melhoria de sua qualidade, por sua vez, favorecem a
entrada de mais mulheres no mercado de trabalho, já que dispunham de mais
uma opção para cuidado da criança.

OBJETIVO:
Visando compreender a relação mãe e filho acerca do ingresso de bebês e
crianças pequenas à creche, desenvolvemos o presente trabalho tendo como
objetivo identificar as dificuldades e os sentimentos das mães ao deixarem seus
filhos na creche.

METODOLOGIA:
A amostra foi composta por 28 mães, com idades variando de 20 a 50 anos,
que tem filho em creche, localizada na Zona Sul de São Paulo. O instrumento
utilizado foi um questionário, aplicado individualmente e com a presença da
Pesquisadora. Os dados foram analisados em termos de freqüências absolutas
e percentuais. Foram utilizadas provas não-paramétricas, pela aplicação do
teste de qui-quadrado de homogeneidade, sendo adotado o nível de
significância de 0,05. Foram entrevistadas mães que têm filhos de 2 a 5 anos,

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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UNISA - Universidade de Santo Amaro

sendo que mais da metade delas não possuem o ensino médio completo
(53,57%).

RESUMO:
Analisando os dados obtidos, observou-se que a grande maioria das mães
trabalha fora e, para a maioria delas, é o primeiro filho que é deixado aos
cuidados da creche. Verificou-se também que o relacionamento que as mães
têm com os filhos não mudou com o ingresso da criança na creche,
continuando a ter um ótimo relacionamento. Segundo a percepção delas, as
crianças ficaram chorando ao irem para a creche pela primeira vez e não
tiveram nenhum sintoma ou reação no processo de adaptação. Os sentimentos
mais freqüentes das mães ao deixar o filho na creche pela primeira vez foram
ansiedade (35,71%) e preocupação (25,00%). Os resultados mostram que as
mães se sentem seguras e confiam no trabalho da creche. O relacionamento
entre a mãe-educadora e filho-educadora são considerados como boa e ótima
pela maioria das mães. E a maioria delas acredita que a creche contribui para a
educação que o filho recebe em casa.

CONCLUSÃO:
Analisando os dados obtidos, verifica-se que o relacionamento que as mães
têm com os filhos não mudou com o ingresso da criança na creche,
continuando a ter um ótimo relacionamento. Segundo a percepção delas, as
crianças ficaram chorando ao irem para a creche pela primeira vez e não
tiveram nenhum sintoma ou reação no processo de adaptação. Os sentimentos
mais freqüentes das mães ao deixar o filho na creche pela primeira vez foram
ansiedade (35,71%) e preocupação (25,00%).

Foi confirmado que as mães se sentem seguras e confiam no trabalho da


creche. O relacionamento entre a mãe-educadora e filho-educadora são
considerados como boa e ótima pela maioria das mães. E a maioria delas
acredita que a creche contribui para a educação que o filho recebe em casa.

Sugerimos que outros estudos sejam realizados com o intuito de facilitar a


adaptação de crianças pequenas na creche. Uma maior inserção do psicólogo
nesse ambiente de trabalho poderia contribuir para melhor organizar o espaço
físico e o planejamento pedagógico de cada faixa etária, assim como
acompanhar a família cuja criança pequena ingressa na creche.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
Campos, M. M. & Rosemberg, F. (1995). Critérios para um atendimento em

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

630
UNISA - Universidade de Santo Amaro

creches que respeite os direitos fundamentais das crianças. Brasília (DF):


Ministério da Educação, Secretaria de Educação Fundamental, Departamento
de Políticas Educacionais, Coordenação Geral de Educação Infantil.

Cunha, B. B. B. (2002). Cuidar de criaça em creche: os conflitos e desafios de


uma profissão em construção. Dissertação de Mestrado, Setor de Ciências da
Educação, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC.

Santana, J. S. S. (1998). A Creche sob Ótica da Criança (2a ed.). Feira de


Santana, BA.

________________________________________________________________
1 Acadêmica do 5º ano do curso de Psicologia
2 Prof. Dr. do curso de Psicologia

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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UNISA - Universidade de Santo Amaro

VIOLÊNCIA CONTRA A CRIANÇA E ADOLESCENTE: FUNÇÃO


DA ESCOLA
ELAINE CORTES DO CARMO SILVA(1), ROSANGELA DE OLIVEIRA SANTOS(2)

VANIA VIEIRA COSTA(3)(Orientadores)


Ciências Humanas
INTRODUÇÃO:
Segundo a Organização Mundial da Saúde, a violência é um problema de
saúde pública no mundo. A violência doméstica contra crianças e adolescentes
não é um fenômeno da contemporaneidade. Relatos de maus-tratos,
negligências, abandonos e abusos sexuais são encontrados na mitologia
ocidental, em passagens bíblicas, rituais de iniciação ou de passagem para a
idade adulta, fazendo parte da história cultural da humanidade. No Brasil, a
violência doméstica, em especial aquela dirigida à criança e ao adolescente, é
apontada, desde a década de 70, como uma das principais causas de morbi-
mortalidade e passou a ser cientificamente reconhecida e estudada a partir dos
anos 80. Então, surgem programas específicos tanto de notificação dos casos
quanto no aprimoramento e evolução de técnicas eficazes no enfrentamento
dessa problemática, unindo setores da saúde, educação e segurança pública.
Com isso, há propostas de criar alternativas para combater a vulnerabilidade
em que se encontra a infância, tanto global quanto localmente, e chegar às
raízes do fenômeno. Isso implica reconhecer a complexidade do problema e
compreender que os diversos tipos de violência costumam se expressar de
forma associada, gerando um ciclo em que a manifestação de conflitos no
sistema social se articula em níveis interpessoais. Azevedo e Guerra (2001)
definem a violência doméstica contra a criança e adolescente como o ato ou
omissão praticado por responsáveis que causem dano físico, sexual e/ou
psicológico, implicando transgressão do poder/dever de proteção do adulto,
negando o direito que crianças e adolescentes têm de serem tratados como
pessoas em desenvolvimento. Com base nos trabalhos das autoras, são quatro
os tipos de violência: a física, sexual, psicológica e a negligência contra a
criança, considerando cada uma com suas particularidades. Nesse âmbito, a
família - que exerce uma função significativa na vida do ser humano por
oferecer suporte afetivo, experiências significativas na construção da
autonomia, formação de valores, opiniões e juízos, quando se omite diante da
violência doméstica, deixa marcas irreparáveis. De difícil detecção, é no
ambiente escolar que as conseqüências da violência contra a criança podem
ser observadas, por meio de indicadores como: ausência freqüente, baixo
rendimento, falta de atenção e de concentração e comportamentos como
agressividade, passividade, apatia e choro, entre outros. De acordo com o
Estatuto da Criança e do Adolescente, à escola cabe a função de zelar pela

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

632
UNISA - Universidade de Santo Amaro

proteção de crianças e adolescentes, esperando-se que ela seja uma


expressiva fonte de denúncias. Entretanto, para que isso ocorra, é necessário
que os educadores, além de conhecer os aspectos legais, saibam identificar a
violência sofrida pelo aluno para a efetiva notificação.

OBJETIVO:
O presente estudo teve como objetivo investigar quais são os conhecimentos
dos educadores sobre violência doméstica e como agem diante do
reconhecimento de tal fenômeno praticado contra o aluno.

METODOLOGIA:
A metodologia utilizada constou de pesquisa de campo realizada com 30 alunos
do curso de Pedagogia de uma Universidade particular da região sul do
município de São Paulo, que atuam como educadores em escolas públicas e
privadas, localizadas na mesma região. Para a coleta de dados utilizou-se,
como instrumento, questionário com 07 questões semi-abertas desenvolvido
pelas pesquisadoras. Foram contemplados os seguintes temas: definição e
tipos de violência doméstica, identificação dos casos, participação da escola e
relações entre violência doméstica e desempenho escolar. Os estudos das
publicações sobre o tema, além da consulta às orientações da Secretaria de
Educação Especial, fundamentam os aspectos teóricos.

RESUMO:
Os resultados indicaram que parece haver o reconhecimento dos educadores
apenas da violência em sua forma física, pois são mais evidentes. As outras
modalidades que podem ser detectadas por meio de indicadores
comportamentais, não se mostraram de conhecimento dos educadores
entrevistados. Este resultado é preocupante, pois estudos recentes apontam
que negligência e o abuso/violência sexual são atualmente predominantes na
população infantil, determinando que a escola amplie suas funções em relação
ao desenvolvimento infantil, viabilizando uma relação de ajuda mais
abrangente, orientando e verificando os aspectos não somente intelectuais,
mas também emocionais, físicos e mentais da criança.

CONCLUSÃO:
Conclui-se que, para o rompimento do ciclo da violência, deve haver o
entendimento do educador sobre todos os fatores biológicos, psicológicos,
sociais e culturais envolvidos. A escola não pode conceber o fenômeno da
violência contra a criança e adolescente por uma visão de causa e efeito, em
que, de um lado, está o agressor motivado por sua “maldade“ e do outro, a
vítima. Deve haver um “olhar diferenciado”, entendendo que, em sua maioria, os
agressores foram vítimas no passado, assim, devem ser não somente punidos,

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

633
UNISA - Universidade de Santo Amaro

mas tratados.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
AZEVEDO, Maria Amélia e GUERRA, Viviane N.A. Mania de bater: a punição
corporal doméstica de crianças e adolescentes no Brasil. São Paulo: Iglu, 2001.
BRASIL. Lei Federal n. 8.069, de 13 de julho de 1990. Estatuto da Criança e do
Adolescente, 1990.
WESTPHAL, Márcia Faria. Violência e criança. São Paulo: EDUSP, 2002.

________________________________________________________________
1Aluna do sexto semestre do curso de Pedagogia, Faculdade de Educação –
Unisa – email corteselaine@hotmail.com
2Aluna do sexto semestre do curso de Pedagogia, Faculdade de Educação –
Unisa – email rosangelaoliveira7@yahoo.com.br
3Professora Mestre em Ciências da Saúde do curso de Pedagogia, Faculdade
de Educação, Unisa, email vaniavcosta@yahoo.com.br

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

634
UNISA - Universidade de Santo Amaro

Ciências Sociais Aplicadas

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

635
UNISA - Universidade de Santo Amaro

A Importância do Processo de Avaliação de Desempenho no


Ambiente Organizacional
ALISON DA ROCHA ALVES(1)

MIRIAM CHRISTI MIDORI OISHI NEMOTO(2)(Orientadores)


Ciências Sociais Aplicadas
INTRODUÇÃO:
Resumo
Essa pesquisa visa apresentar a importância do processo de avaliação de
desempenho no ambiente de uma organização prestadora de serviço de
consultoria odontológica com o objetivo de contribuir de forma significativa com
a ampliação do conhecimento do tema a diversos profissionais interessados no
assunto. A importância de se implantar um processo de avaliação de
desempenho está embasado em conceitos científicos e aplicados dentro da
organização tomada como objeto de estudo com o intuito de mensurar os
benefícios que a implantação do mesmo trará de forma concreta, além de visar
a análise da organização sob âmbito estratégico.

Palavras-chave: Avaliação de Desempenho, Processo, Estratégia.

Introdução
Quando as empresas contratam pessoas para desenvolver funções, espera-se
que essa pessoa as desempenhe da melhor forma possível.
Num primeiro momento a pessoa se dedica ao máximo. Depois de algum tempo
essa pessoa torna-se comodista. Este fato ocorre muitas vezes por não ter
autoridade para fazer determinada função, o ambiente de trabalho cria
obstáculos, as fontes de informação são inacessíveis, mal desenhadas, falta
feedback e alguns outros motivos.
Para mensurar o desempenho desses colaboradores, as empresas usam
práticas chamadas de avaliação de desempenho.
Segundo Lucena (1977), vale ressaltar que avaliar, em síntese significa
comparar resultados alcançados com aqueles que eram esperados
(planejados), de forma que apenas o trabalho previamente planejado deve ser
objeto de avaliação. Isto pressupõe não só a comparação entre o que se espera
do indivíduo em termos de realização (resultado esperado) e a sua atuação
efetiva (trabalho realizado), mas também a existência de algum mecanismo de
acompanhamento, que permita corrigir desvios para assegurar que a execução
corresponda ao que foi planejado.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

636
UNISA - Universidade de Santo Amaro

OBJETIVO:
Objetivos da pesquisa
Em vista do tema proposto, os objetivos que delineam esta pesquisa são:
- Identificar como está o desempenho da organização de modo geral avaliando
alguns atributos de suma importância para a organização tomada como objeto
de estudo;
- Identificar o desempenho de cada colaborador a partir da pontuação obtida na
avaliação desses atributos;
- Criar um banco de dados onde contenha a pontuação de todos os
colaboradores nos respectivos atributos para obter as informações mais
precisas sobre o desempenho dos colaboradores nesses atributos que são de
suma relevância para a organização para tornar ágil o processo de
recrutamento interno permitindo buscar a pessoa certa e mais preparada dentro
da organização quando necessário.

Avaliação de Desempenho
Segundo Bohlander (2005), os sistemas de avaliação de desempenho têm a
capacidade de influenciar o comportamento do funcionário, levando diretamente
a um desempenho organizacional aprimorado.
Por sua vez, Robbins (2004) diz que, nas organizações, o meio formal de
avaliar o trabalho do funcionário é por um processo sistêmico de avaliação do
desempenho.
Gramignia (2002) refere que é possível pensar na avaliação de desempenho
como um poderoso meio de identificar os potenciais dos funcionários, melhorar
o desempenho da equipe e a qualidade das relações dos funcionários e
superiores, assim como estimular aos funcionários a assumir a
responsabilidade pela excelência dos resultados pessoais e empresariais.
Marras (2000) se posiciona acerca da avaliação de desempenho dizendo que,
trata-se de um instrumento extremamente valioso e importante na
administração de RH, na medida em que reporta o resultado de um
investimento realizado numa trajetória profissional através do retorno recebido
pela organização.
Para Chiavenato (2000), a avaliação de desempenho é também uma
responsabilidade de linha, isto é uma atribuição de cada chefe em relação aos
seus subordinados.
Para Kwasnika (2007), se trata de um processo pelo qual o empregador
mantém o acompanhamento do indivíduo no trabalho. Na avaliação de
desempenho, verifica-se, além do desempenho técnico do indivíduo, seu
comportamento no ambiente de trabalho, quer como indivíduo, quer como
grupo.
Por sua vez Desler (2003) complementa que, avaliação de desempenho pode

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

637
UNISA - Universidade de Santo Amaro

ser definida como a avaliação da relação entre o desempenho atual ou passada


de um funcionário e seus padrões de desempenho.

METODOLOGIA:
Metodologia da Pesquisa
A presente pesquisa descritiva está fundamentada em um estudo de caso de
caráter qualitativo e exploratório. O instrumento de coleta de dados está
baseado em observação, onde os dados que são primários serão inseridos em
um relatório de avaliação que por sua vez será aplicado a uma amostra de 11
colaboradores da empresa (A, B, C, D, E, F, G, H, I, J e K).
Segundo Goldenberg (1998), os métodos qualitativos enfatizam as
particularidades de um fenômeno em termos de seu significado para o grupo
pesquisado.

A empresa
A empresa de pequeno porte, do segmento de consultoria odontológica está
estabelecida no mercado há mais de seis anos.
O quadro de colaboradores da organização é composto por 12 integrantes.

RESUMO:
Resultado da pesquisa
A seguir, os resultados da pesquisa em vista dos objetivos propostos
anteriormente.
Para identificar como está o desempenho da organização de um modo geral,
cada colaborador (A, B, C, D, E, F, G, H, I, J e K) passou por uma avaliação de
desempenho realizada a partir da observação onde foi atribuída uma pontuação
que variou de 0 a 5. A pontuação cinco foi classificada como ótima, quatro como
bom, três como regular, dois como fraco, um como ruim e zero como péssimo
para cada atributo em um total de 18 itens. Após a apuração dos resultados da
avaliação de desempenho dos colaboradores para cada atributo foi tirado à
média da pontuação e dada à classificação.
A partir dessa avaliação chegamos ao seguinte resultado: 67% dos atributos
tiveram pontuação boa, 11% dos atributos tiveram pontuação ótima, 22% dos
atributos tiveram pontuação regular, não havendo nenhuma porcentagem para
fraco, ruim e péssimo.
Para identificar o desempenho de cada colaborador a partir da pontuação
obtida na avaliação desses atributos, os dados da avaliação de desempenho de
cada colaborador foram coletados e colocados numa tabela onde está

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

638
UNISA - Universidade de Santo Amaro

identificado o colaborador, o código de identificação do colaborador, a função


ou setor onde atua na organização e sua respectiva pontuação.
Para criar um banco de dados onde contenha a pontuação de todos os
colaboradores nos respectivos atributos que foram avaliados, a tabela acima
citada foi utilizada como base para elaboração desse banco de dados, onde
contem a classificação em escala crescente começando do colaborador que
ficou em primeiro lugar, sua respectiva pontuação, o código de identificação, e a
função ou setor de atuação na organização.

CONCLUSÃO:
Conclusão
Com base nos resultados obtidos a partir da pesquisa é notória a importância
para uma empresa implementar ou manter um processo de avaliação de
desempenho, pois a partir da mesma é possível averiguar como está o
desempenho dos colaboradores de um determinado setor e até mesmo de
todos os setores permitindo assim ter uma visão ampla de como está a
empresa.
A avaliação de desempenho que é qualitativa proporciona ao gestor da
organização meios de se controlar a qualidade organizacional, e isso reflete
diretamente no produto e/ou serviço.
A pesquisa sugere que a avaliação de desempenho torne-se uma ferramenta
estratégica, que permite identificar possíveis problemas, ou até mesmo
antecipar prováveis problemas a partir da análise e interpretação do
desempenho dos colaboradoresm. Enfim, a avaliação de desempenho ainda
proporciona a possibilidade de desenvolver habilidades em colaboradores que
ainda não as têm e que futuramente farão uso dessas habilidades.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
Referências bibliográficas

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Pioneira Thomson Learning, 2005.
BREEN, George Edward. Faça você mesmo pesquisas de mercado. São Paulo:
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11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

639
UNISA - Universidade de Santo Amaro

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KEEGAN, Warren J. Marketing Global. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005.
LOPES, João Francisco. Capital Intelectual - contribuições à sua empresa e
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________________________________________________________________
Nenhuma nota pertinente.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

640
UNISA - Universidade de Santo Amaro

Gestao de Mudança
SILVIO CAETANO(1), ANA LUISA DOS SANTOS AZEVEDO(2), JOYCE SOUSA
NASCIMENTO(3), BRUNA PEREIRA DE OLIVEIRA(4)

MIRIAM CHRISTI MIDORI OISHI NEMOTO(5)(Orientadores)


Ciências Sociais Aplicadas
INTRODUÇÃO:
Em uma organização, as mudanças podem ser impulsionadas por fatores
externos, como adesão às novas tecnologias para acompanhar a demanda, ou
ainda, por almejar crescimento em relação aos seus concorrentes. Há ainda
diversos outros impulsos para mudanças, como a inserção de novos produtos e
serviços, a conquista de novos clientes ou manutenção dos que detém - cada
vez mais exigente a inserção de programas de responsabilidade social e ainda
a transformação da imagem empresarial com os públicos os quais ela se
relaciona.

OBJETIVO:
Essa pesquisa tem como objetivo analisar as dificuldades encontradas no
processo de melhoria da organização de transição de cartão de ponto manual
para eletrônico.

METODOLOGIA:
Foram utilizadas pesquisas quantitativas(numero de funcionários) pesquisas
qualitativas de como seria a qualidade na mudança do cartão de ponto manual
para o eletrônico,foram feitas reuniões com os funcionários,palestras e
divulgação no site da empresa de como funcionaria o processo de mudança.

RESUMO:
De forma resumida, o conceito consiste em quatro ações importantes que
devem ser realizadas. São elas:
O Mapear os impactos gerados pela mudança para uma atuação focada e
eficaz;
O Alinhar a estrutura da empresa a nova rotina organizacional, com foco no
aumento do nível de desempenho;
O Preparar a organização para que, no "vale do desespero", ela venha a ter
condições de reagir e interpretar a queda como parte do processo de mudança,
sem perda do controle da situação, e assim.
o Promover a redução do tempo de recuperação do desempenho em relação à
situação anterior ao marco da mudança
Analise do Caso
A Link foi fundada em 1998 por quatro amigos, tinham com o objetivo montar

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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um corretora de títulos e valores imobiliários e com uma meta de conseguir


fazer com que sua nova empresa torna-se reconhecida no mercado e tornasse
líder em suas negociações com a BM&F e rapidamente com o apoio e
conquistas de novos clientes jurídicos e agropecuários não foi difícil que isto
acontecesse, rapidamente realizando grandes negociações tornou-se líder de
mercado como corretora de derivativos.
Este fato inusitado se deve ao inovador modelo de negócios implantado desde
o início e à trajetória de seus sócios, profissionais que, além de terem um
histórico de vida em comum, reuniam importantes passagens em outras
empresas do setor. Outro fator essencial que levou a Link à liderança foi sua
equipe ser formada por grandes talentos da área, com alto grau de
comprometimento e competência.
O que ocorreu, a empresa fundada há 10 anos e com inicio de 20 funcionários
tinha o controle de registro de seus funcionários através de folha de ponto onde
todos os funcionários tinham que assinalar o horário de entrada e de saída da
empresa, porém a empresa cresceu de uma maneira muito rápida e com isso o
número de funcionários que em 3 anos de existência passou de 20 para 120
novos colaboradores e graças a um bom desempenho da empresa aumentava
a cada dia mais o número de funcionários, foi quando a empresa passou por
um processo para identificar os problemas encontrados no controle de ponto.
O controle através de folha de ponto já não era suficiente devido a tantas falhas
no processo de registro e controle.

CONCLUSÃO:
As medidas tomadas pela gestora na organização:
• Verificar o número de funcionários a partir do período de sua contratação que
utiliza computador. (Foi baseado em uma analise de entrevistas com os
funcionários, controle de maquinas existentes que obteve-se esta conclusão,
com o apoio da equipe de TI para fornecer dados de acesso e usuários).
• Analisar processos já utilizados, (Cadastro, registro, arquivo e controle das
informações com um estudo mais avançado, detectaram que havia sérios
problemas de controle e falhas em sistemas já que utilizava de inúmeras
planilhas e serviço manual, Segundo Thomas k. Connellan “Serviços manuais
geram problemas, de perda de informações a prejuízos a longo e médio
prazo”).
• Possibilidade de crescimento da empresa, (Jean Pierre disse que:
”organizações em crescimento avançado, se não obter um controle adequado
de seus dados e informações quando vier a encontrar falhas através de
auditorias, processos podem acarretar no desenvolvimento de qualquer
organização e causar grandes problemas como bloqueios judiciais e acabar
tendo que tomar medidas drásticas”).

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• Tempo para implantar um novo sistema de Registro de Ponto e Controle. ( foi


estimado que é necessário desde o inicio de a implantação de um sistema, que
baseia em entrevistas, estudos de outros casos similares até a contratação ou
criação de um sistema e processo de instalação e adaptação seria necessário
pelo menos três meses).
• Para auditoria: Segundo Daniel Dantas tesoureiro da “Iginis Contabilidade” As
auditorias devem ocorrer de seis em seis meses, por isso seria necessário,
correr contra o tempo para que tudo desse certo.
• Como implantar novo sistema: Segundo (“Thompson é importante sempre
comunicar sobe tudo que esta acontecendo e tudo que será implantado
evitando desconfiança e caso necessite tomar medidas para os que não apóiem
ou se adaptam as mudanças que sejam tomadas”).
• Relação com os funcionários e como informar sobre o novo sistema.
Thompson, também diz que a comunicação pode ser através de e-mails,
murais, reunião, jornais semanais e até mesmo em momentos de descanso ex.
Café ou almoço.
Problemas encontrados:
• Problemas com o Cadastro e arquivos dos funcionários
• Horas extras excedidas
• Tempo curto para implantar o sistema para a próxima auditoria
• Dificuldade na emissão de relatórios quando solicitados
• Divergência nas informações
• Planilhas e backup desatualizados
• Reação dos funcionários perante a nova mudança e implantação do sistema
• Mudança dos departamentos e união de áreas
• Medo dos funcionários de que algo acontecesse e prejudicasse
Foi detectado diverso falhas e problema, Peter Benger diz que problemas são
encontrados facilmente quando um consultor externo avalia os processos que a
organização desenvolve.
Para detectar estas falhas varias falhas e vários problemas nos processos
utilizados pela organização, porem pesquisando mas afundo criou um relatório
de processo e medidas para analisar os problemas e soluções futuras. Segundo
Hammer, a tecnologia da informação tem sido usada de forma incorreta pela
maioria das empresas. O que elas fazem, geralmente, é automatizar os
processos de trabalho da forma como estão projetados.
O que elas deveriam fazer, antes de tudo, é re-projetar os processos.
(redesenhar processos). Por isso em reuniões com o Comitê foi decidido a
reestruturação de processos e a criação de um novo sistema que tornasse mais
seguro confiante

Soluções encontradas:
Segundo Hammer Benchmarking é uma técnica que consiste em fazer

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643
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comparações e procurar imitar as organizações, concorrentes ou não, do


mesmo ramo de negócios ou de outros, que façam algo de maneira
particularmente bem feita.
• Implantar um novo sistema, onde englobe desde o registro de ponto do
funcionário até emissão de relatórios para o controle de horas trabalhadas,
férias, faltas, feriados etc...
• Apresentar Proposta, desenvolver sistema com equipe de TI.
Toyota as empresas japonesas conseguiam fazer mais produtos, de melhor
qualidade, usando menor número de funcionários e chefes. Com isso não foi
necessário novas contratações e sim trabalho com funcionários da própria
organização locomovendo programadores para que se desenvolve se o novo
sistema.
• Acompanhar mudanças.
Segundo Antonio César Amaru é importante sempre verificar e acompanhar
desde o inicio de uma idéia com dados positivos e negativo até o final de uma
implantação de um sistema, comparar com os resultados já adquiridos se
realmente esta ou não dando certo essa mudanças.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
Administração de recursos humanos de Alan Pierre Marras
Helio Magalhães(presidente da América Express)
Jeanie Daniel Duck(O Monstro da Mudança nas Empresas. Editora Campus,
Rio de Janeiro, 2002)
Artigo da revista Você S.A 2006 –(Pequeno Roteiro da Curva da Mudança -
um mapa para o território da Mudança)
Artigo Mario Marques(revista Exame 21 de Dez 2005)

________________________________________________________________
Antonio César Amaru,
Hammer, a tecnologia da informação
Toyota as empresas japonesas
Segundo Thomas k. Connellan

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Revisão de Cargos dos Colaboradores da Napoleon Jóias


RONALD RODRIGUES VALE(1)

MIRIAM CHRISTI MIDORI OISHI NEMOTO(2)(Orientadores)


Ciências Sociais Aplicadas
INTRODUÇÃO:
Resumo
O objetivo deste trabalho foi analisar a percepção da descrição de cargos como
fator preponderante no desenvolvimento das atividades e tarefas do cargo de
vendedor, assim como a influência existente na descrição de cargos, com os
outros aspectos da empresa, como a motivação e desempenho dos
funcionários.
Palavras-chave: Descrição. Cargos. Vendedor.

1 Introdução
O presente estudo aborda como tema a “Revisão da descrição de cargos dos
vendedores da Napoleon Jóias”. A descrição de cargos é um processo que
consiste em enumerar as tarefas ou atribuições que compõem um cargo e que
o torna distinto de todos os outros cargos existentes na organização. Sobre
isso, aborda Pontes (2002, p.77)¹, quando afirmar que: “A descrição de cargos
deve ser elaborada de forma simples e clara para que alguém que não conheça
determinado cargo possa compreendê-lo. Caso sejam colaboradores, termos
pouco conhecidos ou técnicos, este deve ser definido”.
A escolha do tema justifica-se pela necessidade de revisar a descrição de
cargos da Napoleon Jóias, como forma de melhorar na eficiência dos
vendedores, diagnosticando a partir da descrição, a possibilidade de se investir
em treinamento e capacitação dos vendedores, para que eles possam realizar
suas atividades de forma eficiente.

OBJETIVO:

1.1 Objetivos
Os objetivos deste estudo visam analisar a descrição de cargos como fator
preponderante no desenvolvimento das atividades e tarefas do cargo de
vendedor, assim como a influência existente na descrição de cargos, com os
outros aspectos da empresa, como a motivação e desempenho dos
funcionários.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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METODOLOGIA:
3. Metodologia
Os métodos amplamente utilizados para a descrição e análise de cargos são:
- Observação direta;
- Questionário
- Entrevista Direta
- Métodos Mistos
É evidente que cada um dos métodos de análise tem certas características,
vantagens e desvantagens. Para neutralizar as desvantagens e ter o maior
proveito possível das vantagens, a opção é utilizar métodos mistos. Os métodos
mistos são combinações ecléticas de dois ou mais métodos de análise. Os
métodos mistos utilizados são:
1. Questionário e Entrevista, ambos com o ocupante do cargo. O ocupante
preenche o questionário e depois é submetida a uma entrevista rápida, tendo
por referência o questionário.
2. Questionário com o ocupante do cargo e entrevista com o superior, para
aprofundar e aclarar os dados obtidos.
3. Questionário e entrevista, ambos com o superior.
4. Observação direta com o ocupante e entrevista o superior
5. Questionário e observação direta, ambos com o ocupante.
6. Questionário com superior e observação com o ocupante e etc.
Este estudo foi realizado na Napoleon Jóias - Demeter Comércio de Relógios
Ltda., onde a coleta de dados foi executada através de análise descritiva, com
utilização de questionário, entrevista e observação direta, sendo estes
aplicados em uma amostra de 10 colaboradores.
Para que possa avaliar a real necessidade da revisão na descrição de cargos, o
método utilizado foi o misto, como forma de evitar grandes erros na captação e
análise dos dados. A pesquisa bibliográfica abordou o ponto de vista de
diversos autores, que tratam da descrição de cargos e sua importância, assim
como a revisão periódica, através de uma análise detalhada e crítica sobre
cargos. Utilizou-se pesquisa em documentos da empresa para obter
informações, como forma de detectar os meios atuais na empresa de revisão da
descrição de cargos de vendedor.

RESUMO:
3 Embasamento teórico
3.1 Descrição de Cargos
As Necessidades básicas de recursos humanos para organização são
estabelecidas através de um esquema de descrições e especificações de
cargos. A descrição de cargos relaciona as tarefas, os deveres e as
responsabilidades do cargo, enquanto as especificações de cargos preocupam-

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

646
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se com os requisitos necessários ao ocupante. Assim, os cargos são


preenchidos de acordo com essas descrições e especificações. O ocupante do
cargo deve ter características pessoais compatíveis com as especificações do
cargo, enquanto o papel a desempenhar será o conteúdo do cargo registrado
na descrição. Geralmente, a descrição do cargo relata impessoalmente o
conteúdo do cargo, enquanto as especificações do cargo fornecem a percepção
da organização a respeito das qualificações humanas desejáveis para o
trabalho, expressas em termos de educação, experiência, iniciativa, etc.
Quando a descrição de cargos já esta feito há muito tempo, o problema é
conhecê-lo em sua totalidade, o que leva a necessidade de se revisar. A
descrição de cargos é o melhor caminho para isso, pois permite a analise e
revisão das distorções e falhas a serem corrigidas. Uma descrição de cargo
deve ser feita de forma narrativa e expositiva e se preocupar com os aspectos
intrínsecos do cargo. Após elaboração da descrição deve ser realizada a
Análise de cargos onde são abordados os aspectos extrínsecos do cargo.

Segundo o autor Chiavenato (1995, p. 245): “A descrição de cargos é um


processo que consiste em enumerar as tarefas ou atribuições que compõem um
cargo e que o torna distinto de todos os outros cargos existentes na
organização”.
É necessário descrever e analisar a descrição de cargos para conhecer seu
conteúdo e especificações, para poder administrar os recursos humanos neles
aplicados. É basicamente um levantamento escrito dos principais aspectos
significativos do cargo e dos deveres e responsabilidades envolvidas.

3.2 Cargo de Vendedor


“O cargo é o conjunto de funções assemelhadas e/ou complementares,
executadas por um ou mais indivíduos na instituição”. O cargo é plural, ou seja,
para cada cargo pode haver uma ou várias pessoas numa mesma empresa”,
afirma Antonio Carvalho (1997, p. 19).
É preciso que o vendedor conheça profundamente o produto/serviço que está
sendo oferecido. Saber suas especificações, uso, aplicações e benefícios,
assim como seus pontos fracos, são fundamentais. A postura e a apresentação
do vendedor vão pesar na decisão final do cliente. Não se deve invadir o
espaço do consumidor, mas é importante mostrar serviço e estar sempre
disposto a ajudar. Tratar o cliente pelo nome, saber o que ele quer e oferecer
outras possibilidades de compra são pontos que devem ser observados. Uma
pós-venda bem feita também é importante, pois pode assegurar uma futura
compra.

3.3 Revisão e Análise da Descrição de Cargos


Para se ocupar o cargo de vendedor de jóias é ideal o candidato possuir

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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experiência comprovada de no mínimo um ano em vendas de jóias ou no


mínimo em relógios, conhecimento intermediário em informática, curso de
relações humanas, inglês intermediário e disponibilidade para viajar, no caso de
cursos e treinamentos oferecidos pela empresa. Essa descrição ajuda a termos
uma visão, de qual atividade estão distorcidos com o cargo de vendedor, e
quais as especificações os vendedores devem possuir.

De acordo com George Bohlander (2005, p.38): “descrição de cargos é uma


exposição escrita do cargo e dos deveres que ele inclui. Do ponto de vista dos
funcionários, eles podem ajudá-los a conhecer seus deveres e lembrá-los dos
resultados que são esperados.”.
4. Discussão dos Resultados
Para realização deste trabalho, utilizou-se fundamentalmente, a observação
direta e o uso de questionário, sem deixar de citar a pesquisa bibliográfica dos
autores que tratam do assunto de descrição de cargos.
Pelas informações obtidas junto aos vendedores, à descrição de cargos não
está atualizada com as atividades a serem desenvolvidas pelo colaborador.
Entretanto, os próprios vendedores têm uma dificuldade em entender o que
seria uma descrição de cargos, por falta de treinamento e especificações mais
claras e objetivas.
Por outro lado, notou-se que a empresa precisa ter uma visão holística, pois a
descrição de cargos está influenciando diretamente na motivação e
desempenho dos funcionários. O estudo contribuiu para levantar os principais
pontos a serem revisados, os conceitos de Chiavenato, vistos e discutido em
Recursos Humanos foram fundamentais para análise a revisão proposta no
cargo de vendedor. Os pontos fortes encontrados, como a qualidade dos
produtos e o atendimento podem ser melhores aproveitados quando corrigidas
as distorções. Os pontos negativos como atividades não claras e falta de
treinamento devem ser pensados e analisados de forma crítica, com soluções a
curto e médio prazo, como treinamento direcionado e uma apresentação da
descrição do cargo de vendedor à equipe de vendas.

CONCLUSÃO:
5. Conclusão
Este estudo permite concluir que o trabalho realizado possibilitou a empresa
discutir sobre os pontos críticos negativos e positivos, o enriquecimento do
aluno quanto o exercício prático com ênfase na teoria, apesar da realidade ter
pontos diferentes dos abordados pela literatura. Todavia, concluí-se que a
abordagem deste trabalho capacita, mesmo que de forma parcial, o estudante
e, futuro profissional, sobre a realidade de mercado e a importância do

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

648
UNISA - Universidade de Santo Amaro

conhecimento para reverter situações que levam as empresas ao fracasso.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
6. Referência Bibliográfica
BOHLANDER, George W. Administração de Recursos Humanos. São Paulo:
Pioneira, 2005.
CARVALHO, Antonio Vieira. Administração de Recursos Humanos. 2º ed. São
Paulo: Pioneira, 1997.
CHIAVENATO, Idalberto. Recursos Humanos. Edição Compacta. 3º ed. São
Paulo: Atlas, 1995.
_____________________.Gerenciamento de Pessoas: o processo decisivo
para administração participativa. São Paulo: Makron Boooks, 1994.
INOVAÇÃO: A Revista do Administrador Moderno. Faculdade Santo Agostinho-
FSA. Ano 1, n 1. Teresina : 2006.
PONTES, Benedito Rodrigues. Administração de cargos e salários. 9 ed. São
Paulo: LTR, 20002.

________________________________________________________________
¹Pontes (2002, p.77), quando afirmar que: “A descrição de cargos deve ser
elaborada de forma simples e clara para que alguém que não conheça
determinado cargo possa compreendê-lo". Ele esclerece a importância da
clareza e da objetividade na apresentação das atividades e atribuições do
colaborador.

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Lingüística, Letras e Artes

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No percurso da Chapeuzinho: um encontro com as linguagens


PEDRO HENRIQUE DA SILVA CHIBANE(1), ALINE SANTANA JUNCKER(2), ANDRESSA
PANZA GARCIA(3), CINTHIA ALMEIDA SANTOS(4), FLAVIA DE ULHOA CANTO
SPINOLA(5), NICOLAS FERNANDES PERROTTI(6), PAULA SOUZA FERASSOLI
ZUCOLOTO(7), VICTOR GABRIEL PEREIRA DOS SANTOS(8), RAFAEL VICENTE ELOI
CAMPOS(9)

ELISA CRISTINA DA SILVA(10)(Orientadores)


Lingüística, Letras e Artes
INTRODUÇÃO:
Desde tempos imemoriais os homens demonstram uma aptidão natural para
contar histórias, as quais eram usadas para explicar o mundo ao seu redor. As
pinturas rupestres encontradas nas cavernas são um exemplo. Essas pinturas
funcionavam como uma tentativa de responder ou expressar alguma
necessidade mais profunda dos homens diante dos fenômenos que os
cercavam e assim estabelecer um diálogo com a natureza.

As narrativas arcaicas, surgidas dessa necessidade do homem de se


comunicar, vão funcionar como uma espécie de resumo da história da
humanidade, porque elas guardam a memória dos povos. Essas histórias, que
antes da escrita eram narradas oralmente, darão origem à literatura popular,
com seus contos e fábulas, que mais tarde darão origem à literatura infantil.

Seguindo a linha das narrativas populres e devido ao seu caráter universal,


escolhemos como objeto de pesquisa quatro versões do conto da “Chapeuzinho
Vermelho”, as quais refletem a sociedade e a ideologia de cada época a que
pertencem.

OBJETIVO:
Objetivos gerais

Por meio da leitura e análise das quatro versões do conto “Chapeuzinho


Vermelho”, pensar a importância do conto tradicional, reconhecendo-o como
material relevante para o estudo da literatura e de suas relações intra e extra
textuais (linguagem, história e sociedade), fundamentais para uma ampla
experiência de leitura.

Objetivos específicos

- Analisar cada conto em relação ao contexto histórico (séculos XVII, XIX e XX)
e verificar as alterações que ele sofre ao longo do tempo;

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

651
UNISA - Universidade de Santo Amaro

- Verificar como cada conto se relacionada com o leitor a quem se dirige;


- Refletir sobre a experiência de leitura que cada época oferece em termos de
linguagem, ilustrações, ideologias, etc.

METODOLOGIA:
A pesquisa baseou-se em leitura, análise e discussão de textos teóricos e das
versões de “Chapeuzinho Vermelho” escritas pelos seguintes autores:
- Charles Perrault (1697), com ilustrações de Gustave Doré (1862);
- Irmãos Jacob e Wilhelm Grimm (1812 e 1857);
- Chico Buarque (1979), com ilustrações de Ziraldo (1997);
- Roald Dahl (1982), com ilustrações de Quentin Blake (1982).

RESUMO:
Todos estes autores trabalharam o conto com pontos de vista distintos. Charles
Perrault, cuja versão, em princípio, não foi escrita para crianças, se preocupou
com a questão moral e neste sentido seu conto tem um caráter pedagógico, de
ensinamento. As ilustrações de Gustave Doré, adicionadas em edição posterior,
traduzem em imagens as palavras do texto, buscando chegar o mais próximo
possível da realidade.

A versão dos Irmãos Grimm destina-se ao público infantil, pois retira do texto o
caráter sombrio, que era a marca da versão de Perrault, dando mais leveza à
história. Embora o texto não tenha ilustrações, ele apresenta duas versões, nas
quais Chapeuzinho tem a chance de aprender com seus atos. Ainda que o texto
seja pedagógico, ele não tem uma preocupação com a moral, como ocorria em
Perrault. Neste texto verifica-se também uma abertura maior para participação
do leitor, que tem a chance de refletir sobre as possibilidades apresentadas
pela história.

O texto “Chapeuzinho Amarelo” de Chico Buarque rompe com a idéia tradicional


e introduz elementos ideológicos que buscam levar o leitor a refletir sobre a
história e o momento político que o país vivia. Por meio de versos ritmados e
das ilustrações de Ziraldo, o autor desconstrói a narrativa tradicional e introduz,
de forma figurada, meios de a criança lidar com seus medos. É um texto muito
rico, inovador e que dá ao leitor a chance de imaginar e criar relações intra e
extra textuais.

O último texto analisado foi “Little Red Riding Hood” do autor galês Roald Dahl,
no qual percebemos um alto grau de ironia, expressa pela mudança radical de
comportamento da Chapeuzinho. Por meio da rima e das ilustrações, cria-se

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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uma sátira da história tradicional, onde não há espaço para a ingenuidade,


moral ou pedagogia.

CONCLUSÃO:
Após leituras, análises e discussões podemos concluir que no passado as
histórias eram focadas nos adultos, sem nenhuma preocupação com o público
infantil. Com o passar do tempo isso começou a mudar e as histórias foram se
modificando, tendo as crianças como alvo. Na primeira versão, o texto
preocupava-se em ensinar algo e a preocupação moral é dada por meio da
simbologia, mostrando que os caminhos mais fáceis e bonitos podem levar a
encontros inesperados e trágicos. Os textos a partir dos irmãos Grimm fazem
com que o leitor participe mais da história, reflita sobre os acontecimentos e tire
suas próprias conclusões.

Concluímos também, que as versões estudadas retratavam as sociedades,


acontecimentos e ideologias do local em que eram escritas. Seja através do
caráter simbólico, da moral, da ironia, da sátira, das ilustrações, essas histórias
são sempre renovadas a cada leitura, por isso elas resistem ao tempo.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
BETTELHEIM, Bruno. Na terra das fadas: análise das personagens femininas.
Rio de Janeiro: Terra e Paz, 1997.

CECCANTINI, João Luís; PEREIRA, Rony Farto (org.). Narrativas juvenis:


outros modos de ler. São Paulo: Editora UNESP, 2008.

PALO, Maria José; OLIVEIRA, Maria Rosa D. Literatura infantil: voz de criança.
3.ª ed. São Paulo: Ática, 2003.

________________________________________________________________
Colégio Unisa - 1.º ano do Ensino Médio

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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Outros

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Assistência de enfermagem ao portador da doença de Alzheimer


RILZA TERESA ANUNCIAÇÃO DE JESUS(1)

CLAUDIA POLUBRIAGINOF(2)(Orientadores)
Outros
INTRODUÇÃO:
Assistência de enfermagem ao portador da Doença de Alzheimer1

Rilza Teresa Anunciação de Jesus


Cláudia Polubriaginof3

Resumo
Introdução
Com o aumento da expectativa de vida da população idosa, esta tornou-se o
foco de maior atenção dos profissionais da área de saúde. Dos problemas de
saúde que mais acometem os idosos, um dos mais importantes é a Doença de
Alzheimer (DA), a mais comum entre os idosos como mais de 65 anos. Muito
estudada das últimas décadas, é uma doença neurodegenerativa progressiva e
de aparecimento silencioso, responsável por várias complicações para os
idosos e para os seus familiares. Foi descrita pela primeira vez em 1906 pelo
médico alemão Alois Alzheimer, que ao realizar uma autópsia em um paciente
que sofria de demência, observou várias alterações no cérebro, atrofias de
neurônios em vários lugares, placas estranhas e fibras retorcidas as quais
chamou de Placas Senis. Os dados epidemiológicos estimam que cerca de 9 %
da população são de idosos segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE).
Objetivos
O objetivo foi identificar os principais aspectos envolvidos na assistência de
enfermagem relevante para o portado da Doença de Alzheimer e sua familiar.
Metodologia
Trata-se de uma revisão bibliográfica realizada nas bases de dados eletrônicos
LILACS, SCIELO e Biblioteca em Saúde. Foram escolhidos 8 artigos dos
períodos de 1999 a 2008, segundo a pertinência e relevância junto ao assunto.
Desenvolvimento
As causas da doença ainda são desconhecidas, mas o mais provável é que
seja uma combinação de fatores a conduzir ao desenvolvimento da DA,
diferindo de pessoa para pessoa. Os sintomas da DA mais comuns podem ser
confundidos com o processo de envelhecimento normal. O processo
neuropatológico poder ser dividido em três estágios: inicial, intermediário e final.

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O diagnóstico da DA na maioria das vezes é feita por exame médico por


exclusão da possibilidade de outras demências e por alguns exames
complementares. No tratamento farmacológico não existe uma droga capaz de
curar a DA, mais capazes de inibir a progressão dos sintomas de demência.
Quando falamos da inserção da Equipe de Enfermagem no cuidado deste
paciente, não podemos deixar de falar da Sistematização da Assistência de
Enfermagem, que consiste em identificar os problemas dos idosos de maneira
individualizada e esquematizada, a ser realizada desde o primeiro contato da
equipe com este paciente. O processo de cuidar em enfermagem consiste em
olhar para o paciente como um todo, e considerando todos os aspectos
biopsicossociais fundamentais para a qualidade da assistência prestada. Um
outro aspecto observado e vivenciado pelos idosos, pela sua família e
principalmente o cuidador, que geralmente é um membro da família que fica
responsável pelos cuidados do paciente, na maioria das vezes não possui
conhecimento técnico cientifico, sobre a patologia, necessitando de orientações
de um profissional de enfermagem, para desenvolver o cuida adequado ao
paciente.
Conclusão
Hoje, a DA é uma problema de saúde pública, considerando o aumento de
expectativa de vida em nosso país. Assim, se faz necessário a implementação
de políticas de saúde que garantam um atendimento especializado para os
idosos, proporcionando uma assistência adequada ao portador da DA; sendo o
Enfermeiro o profissional com conhecimento técnico e cientifico para atuar de
maneira específica, garantindo a qualidade da assistência a este publico, tendo
em vista a ética e as limitações de cada idoso, com assistência de caráter
preventivo, promovendo a saúde e o bem estar de cada um.

Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). Apresentado na FACENF - UNISA,


para obtenção do título de Bacharel em Enfermagem.
2 Acadêmica do 4º ano de Enfermagem. E-mail: rilzaenfer@yahool.com.br
3Enfermeira e Docente da Faculdade de Enfermagem da Universidade de
Santo Amaro-UNISA orientadora do trabalho.

OBJETIVO:
O objetivo foi identificar os principais aspectos envolvidos na assistência de
enfermagem relevante para o portado da Doença de Alzheimer e sua familiar.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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METODOLOGIA:
Metodologia
Trata-se de uma revisão bibliográfica realizada nas bases de dados eletrônicos
LILACS, SCIELO e Biblioteca em Saúde. Foram escolhidos 8 artigos dos
períodos de 1999 a 2008, segundo a pertinência e relevância junto ao assunto.

RESUMO:
Conclusão
Hoje, a DA é uma problema de saúde pública, considerando o aumento de
expectativa de vida em nosso país. Assim, se faz necessário a implementação
de políticas de saúde que garantam um atendimento especializado para os
idosos, proporcionando uma assistência adequada ao portador da DA; sendo o
Enfermeiro o profissional com conhecimento técnico e cientifico para atuar de
maneira específica, garantindo a qualidade da assistência a este publico, tendo
em vista a ética e as limitações de cada idoso, com assistência de caráter
preventivo, promovendo a saúde e o bem estar de cada um.

CONCLUSÃO:
Conclusão
Hoje, a DA é uma problema de saúde pública, considerando o aumento de
expectativa de vida em nosso país. Assim, se faz necessário a implementação
de políticas de saúde que garantam um atendimento especializado para os
idosos, proporcionando uma assistência adequada ao portador da DA; sendo o
Enfermeiro o profissional com conhecimento técnico e cientifico para atuar de
maneira específica, garantindo a qualidade da assistência a este publico, tendo
em vista a ética e as limitações de cada idoso, com assistência de caráter
preventivo, promovendo a saúde e o bem estar de cada um.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
Referências Bibliográficas:
1. Benedetti BRT,Borges JL, Petroski LE,Gonçalves THL et al. Atividade física e
estada de saúde mental de idosos Rev.Saúde Pública vol.42 no.2 São Paulo
Apr.2008
2. Smith MAC, Doença de Alzheimer. Rer.Bras.de Psiquiatria 1999; 21 (2).
3. Oliveira MF, Ribeiro M, Luginger S, Doença de Alzheimer Perfil
Neuropsicológico e Tratamento. Universidade Lusíada do Porto - Portugal abril
2005.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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UNISA - Universidade de Santo Amaro

4. IBGE, Instituto de Geografia e Estatística, Censo de 2000, Brasília-DF


5.Fontana AM,Salvador, Demência na Doença de Alzheimer. Manual de clinica
em psiquiatria. V2, São Paulo ED.Atheneu, 2005.p.232-235.
6. Lorenço RA, Martins CSF, Sanchez MAS.ET. Assistência ambulatorial
Geriátrica:hierarquizada da demanda.Rev. Saúde Pública Vol.39 nº 2 São
Paulo,appr/2005.
7. DuarteYAO, Diogo MJE, Atendimento domiciliar: um enfoque gerontologica,
São Paulo Editora Atheneu,2000.
8. Diogo MJDE O Papel do Enfermeiro na Reabilitação do Idoso. Rev. Latina-
americade enfermagem, Ribeirão Preto, vol.8, nª 1 Jan
2002, p.5.

________________________________________________________________
8,0

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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MAUS-TRATOS EM IDOSOS NO ESPAÇO FAMILIAR:Um desafio


para a Enfermagem
WALKIRIA MENDONÇA DOS SANTOS(1)

IRENE CORTINA(2)(Orientadores)
Outros
INTRODUÇÃO:
O envelhecimento populacional é uma resposta à mudança de alguns
indicadores de saúde, especialmente a queda da fecundidade e da mortalidade
e o aumento da esperança de vida. Estima-se que em 2025, no Brasil, haja
aproximadamente 32 milhões de pessoas acima dos 60 anos de idade. Existem
condições particulares, individuais, familiares ou coletivas, que aumentam o
risco de ocorrência de violência intrafamiliar.
A ciência explica que o ato de envelhecer é um processo completamente
natural, onde o corpo com o passar do tempo tem uma diminuição de suas
funções, tanto físicas, motoras, psicológicas, conhecida como senescência – o
que não é considerado como um problema. O problema aparece a partir do
momento que se sobrecarrega o indivíduo, por exemplo, doenças (as mais
comuns nesta fase da vida, estão relacionadas com as articulações, perda de
visão progressiva, AVC, etc), acidentes (acontecem em sua maioria, nas casas
dos próprios indivíduos, pois com a senescência, não se tem mais o mesmo
equilíbrio e reflexos, causando assim, quedas em banheiros e escadas,
queimaduras ao preparar seu mantimento, entre outros) e estresse emocional,
que pode ocorrer justamente por não conseguirem cumprir afazeres diários
como antes, o que lhes dá uma sensação de impotência, causando depressão
e também a falta de convívio, seja com a família, com os vizinhos (o que se
pode caracterizar em alguns casos, como abandono).
Para termos uma melhor compreensão do significado do termo envelhecimento
é interessante identificarmos que existem dois tipos de idades: a que age
naturalmente desde o nascimento até a morte - idade cronológica, e a que
podemos considerar de acordo com o biorritmo de cada pessoa, de acordo com
o modo que o indivíduo vive as relações que estabelece – idade biológica.
A pessoa idosa torna-se mais vulnerável à violência na medida em que
apresenta maior dependência física ou mental.

OBJETIVO:
O objetivo deste trabalho é identificar quais são os mecanismos causadores de
maus-tratos em idosos no âmbito familiar.

METODOLOGIA:

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Para desenvolvimento deste trabalho realizou-se uma revisão bibliográfica,


utilizando-se os seguintes descritores: maus tratos”, “idoso”, e “Enfermagem”.

RESUMO:
No século XXI, com os avanços tecnológicos e o novo estilo de vida que a
população leva, cada vez mais estressante e mulheres assumindo cada vez
mais papéis nesta nova sociedade, forma-se um conjunto de diversas
motivações que levam aos atos violentos contra os idosos, seja em seu
domicílio, seja em instituições (descaso com os idosos em hospitais, órgãos
públicos, etc).
Podemos incluir também os atos violentos não intencionais, que se baseiam em
negligência das necessidades do idoso, consumo de drogas e álcool.
Inserida neste contexto, a enfermagem tem atuado efetivamente para mudar
esta realidade, sobretudo no referido à saúde e educação. Na área da saúde, a
enfermagem tem contribuído na abordagem do cuidado em aspectos do
processo de envelhecimento (capacidade funcional, independência e
autonomia, fragilidade, avaliação cognitiva, engajamento social, qualidade de
vida, promoção de saúde, prevenção de doenças, entre outros); e da senilidade
(condições crônicas de saúde, situações de urgências e emergências, atenção
domiciliar, entre outros) (DIOGO, 2000).

CONCLUSÃO:
Como integrante da área de saúde, a enfermagem possui responsabilidade
direta no cumprimento do item relacionado ao direito à saúde. É, também, sua
responsabilidade assegurar a atenção integral à saúde do idoso, por intermédio
do Sistema Único de Saúde (SUS), e da Política Nacional de Saúde do Idoso
(MS,1996) , assim como fazer valer o Estatuto do Idoso ( MS, 2003 ) É preciso
que a equipe de saúde preste atenção à aparência desse cliente; ao fato de que
procure seguidamente seus cuidados para as mesmas queixas, a suas
repetidas ausências às consultas agendadas; aos sinais físicos suspeitos; e às
explicações improváveis de familiares para determinadas lesões e traumas.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
1. BRASIL.Ministério da Saúde .Portaria GM n° 2528 de 19 de outubro de 2006.
Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa – PNSI. Disponível em:
http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/2528%20aprova%20a%20politica%
20nacional%20de%20saude%20da%20pessoa%20idosa.pdf

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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UNISA - Universidade de Santo Amaro

2. DIOGO, M.J.D’E. O papel da enfermeira na reabilitação do idoso. Ribeirão


Preto, Rev.latino-am.enfermagem, 8(1): 75-81, 2000.
3. MINISTÉRIO DA SAÚDE – SECRETARIA DE POLÍTICAS DE SAÚDE.
Política Nacional de saúde do idoso. Brasília, 1999.

________________________________________________________________
Graduanda da Faculdade de Enfermagem de Santo Amaro UNISA.
Orientadora Mestra da Disciplina de Saúde do Idoso da Faculdade de Santo
Amaro UNISA.

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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Índice por Autor


ADRIANA BITENCOURT DE SOUZA..................................................570; 573;
ADRIANA CESAR DE OLIVEIRA SOUZA...........................................59;
ADRIANA SILVA DE CARVALHO........................................................596;
ADRIANE FATIMA SERAFINI..............................................................585;
AGNALDO RODRIGUES DE SOUZA..................................................220;
ALESSANDRA MENEZES SOUZA......................................................559;
ALEXANDRA CORREA ARAUJO OCANHA.......................................240; 275; 310; 483; 527; 538; 540;
ALINE ISABEL DIAS............................................................................43;
ALINE KLATCHOIAN...........................................................................128;
ALINE ROSA SILVA.............................................................................416;
ALINE SANTANA JUNCKER...............................................................651;
ALISON DA ROCHA ALVES................................................................636;
ANA CAROLINA CONTRUCCI............................................................153;
ANA CAROLINA GUILHERME SILVA.................................................305;
ANA FLAVIA AQUEN DE MORAES....................................................119;
ANA HELENA ABISSAMRA FIGUEIREDO.........................................232;
ANA LUISA DOS SANTOS AZEVEDO................................................642;
ANA MARIA CORREA DA FONSECA.................................................232;
ANA PAULA LEITE..............................................................................263;
ANDERSON DE PAULA NOGUEIRA..................................................350;
ANDREA CRISTHIANE MARTINS......................................................31;
ANDRÉIA DOS SANTOS.....................................................................610;
ANDREIA INGRID TOME....................................................................214;
ANDRESSA KAMIA DA SILVA............................................................214;
ANDRESSA PANZA GARCIA..............................................................651;
ANDRESSA TARAKDJIAN..................................................................485;
ANNA TEREZA NEGRINI FAGUNDES...............................................21; 140;
ANTÔNIA SIMONE DE ANDRADE......................................................184;
ANTONIO BENTO FERRAZ................................................................485;
ANTONIO DOS SANTOS SILVA.........................................................422;
AUZENIR GOMES VELOSO................................................................ 443;
BEATRIZ REHDER KISHIDA...............................................................583;
BENEDITO CARLOS ALVES DOS SANTOS......................................580;
BIANCA MANZI FERNANDES DOS SANTOS....................................226;
BRUNA LAZZARETTO........................................................................53;
BRUNA MUMARE EVANGELISTA......................................................187;
BRUNA NARDELLE SILVA..................................................................405; 410;
BRUNA PEREIRA DE OLIVEIRA.........................................................642;
BRUNA RITA BARBOSA PARREIRA..................................................240; 275; 310; 483; 527; 538; 540;
BRUNO NASCIMENTO DE ANDRADE...............................................440;
CAMILA FERNANDA CLAUDINO........................................................322;
CAMILA OLIVEIRA BIGELLI................................................................68;
CAMILA YOKOYAMA DA SILVA.......................................................... 490;
CARINA MAGLIOZZI............................................................................37;
CARLA MARIA FRACCAROLLI...........................................................240; 275; 310; 483; 527; 538; 540;
CARLOS ALEXANDRE DA SILVA.......................................................618;
CAROLINA ALBUQUERQUE LIMA.....................................................79;
CAROLINA ALEXANDRE FINTA.........................................................150;
CAROLINA CAMARA OLIVEIRA.........................................................583;
CAROLINA FURTADO MACRUZ........................................................81; 366; 427; 529;
CAROLINA KYRIE OTANI...................................................................16; 19; 55; 128; 133; 140; 148; 153; 161; 529;
CAROLINA OLIVA................................................................................
253;
CAROLINE MIWA M MURAKAMI........................................................490;
CASSIANO COTRIM MARTINS ANDALAFT.......................................53; 93; 128;
CELSO MARKOWITSCH JOSÉ..........................................................97;
CHESLEY DIANA SOUZA DE MIRANDA............................................23;
CIBELE FRANCA GRANGEIRO..........................................................532; 535;

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CINTHIA ALMEIDA SANTOS..............................................................651;


CINTHIA PASSOS DAMASCENO.......................................................322;
CÍNTIA COTA GORGONHA................................................................524;
CIRLENE ARAÚJO PEREIRA..............................................................588;
CLAUDEMIR DURAN FILHO...............................................................122;
CLAUDIA EGIDIO DE ARAUJO...........................................................615;
CLAUDIA MARTINS.............................................................................214;
CLAUDIA PEREIRA DA SILVA............................................................28;
CLAUDIANE GRAÇAS DOS SANTOS................................................480;
CLEIA RAMOS DE SOUZA.................................................................. 269;
CRISTHIANE LABES DOS SANTOS..................................................322;
CRISTIANE KELLY DE OLIVEIRA.......................................................547;
CRISTIANE MARIA GOMES MARTINS..............................................419;
DANIEL AGNELLO LAMBOGLIA NETO..............................................237;
DANIEL BELLATO...............................................................................102;
DANIEL FERNANDES PERRELLA......................................................100;
DANIELA MESTER..............................................................................240; 275; 310; 483; 527; 538; 540;
DANIELE SEQUEIRA AUDI.................................................................133;
DANIELLE APARECIDA BRUM DOS SANTOS..................................493;
DANILLO SILVA PINTO SALLES DOS SANTOS................................232;
DEBORA BARROS ADRIANO.............................................................299;
DEBORA HIDALGO MAGALHAES TEIXEIRA....................................119; 140;
DEBORA RENATA DA SILVA..............................................................446;
DEISE LUCIANE YOKO TAKAYAMA..................................................550;
DERIVALDO SEVERINO BARBOSA...................................................296;
DEYSE DOS ANJOS RAMOS.............................................................562;
DIEGO DE QUEIROZ CAMARGO.......................................................51;
DOUGLAS MORAES FREIRE CHARPINEL........................................485;
EDILMAR PEREIRA VILELA DOURADO............................................397;
EDITANIA ALVES MIRANDA...............................................................319;
EDIVANIA PAIVA BASTOS.................................................................. 88;
EDNEIA SOUZA MENDES..................................................................197;
EDUARDO IWANAGA LEAO...............................................................490;
EDUARDO NEVES DA SILVA.............................................................490;
ELAINE CORTES DO CARMO SILVA.................................................633;
ELAINE CRISTINA PEREIRA SANTOS..............................................299;
ELAINE OLIVEIRA DE LIMA................................................................85;
ELIANE REGINA TORRES PEREIRA.................................................478;
ELISÂNGELA CAZELATO DOMINGUEZ............................................600;
EMELI TELES SILVA...........................................................................471;
ENI DA SILVA......................................................................................565;
ERICA MAXIMIANO COSTA...............................................................16; 53; 119; 140;
EVALDO JOSE LUIZ............................................................................350;
FABIANA ALVES DA SILVA................................................................76;
FABIANA DO CARMO MARTINS........................................................125;
FABIANA DOS SANTOS RODRIGUES COIMBRA.............................435;
FABIANA RÉGIA DE JESUS OLIVEIRA..............................................576;
FABIANA ROSA CORREIA.................................................................. 312;
FÁBIO SANTANA DA SILVA................................................................ 618;
FELIPE ROCHA SANTANA DOS SANTOS........................................576;
FERNANDA CABREIRA PANITZ CRUZ.............................................21;
FERNANDA CAROLINE DA GRAÇA POLUBRIAGINOF....................223;
FERNANDA DA CUNHA VIEIRA.........................................................93;
FERNANDA GARCIA DRAGAN...........................................................57;
FERNANDA LOMBELLO RODRIGUES DA SILVA.............................330;
FERNANDA MARTINS REIS...............................................................46;
FERNANDA MODESTO DE ABREU...................................................193;
FERNANDA RIBEIRO DE SOUZA.......................................................167;

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FERNANDA SCHENK BERTOLI.........................................................16; 21; 26; 53; 55; 81; 93; 148; 150; 161;
FLAVIA DE ULHOA CANTO SPINOLA...............................................651;
FLAVIA DUARTE DE OLIVEIRA..........................................................355;
FLÁVIO TOMAZELLI FAIM..................................................................240; 275; 310; 483; 527; 538; 540;
FRANCINE FELDMAN.........................................................................130;
FRANCISCA ELIMÁRIA SOARES ROSA............................................243;
GABRIEL LIMA MARUJO....................................................................237;
GABRIELA BONENTE DE ANDRADE.................................................322;
GABRIELA CHAMI DA CUNHA...........................................................200;
GABRIELA GONÇALVES MARIZ........................................................615;
GABRIELA PEREIRA SÁ.....................................................................468;
GABRIELA SPOLAOR.........................................................................330;
GILBERTO BUENO.............................................................................330;
GIVALDO DA SILVA COSTA FILHO...................................................625;
GLAUCE DOMINGUES........................................................................ 167;
GLEISY KAZUKO NARA......................................................................369;
GRAZIELA CAMPOS OLIVEIRA.......................................................... 53;
GRAZIELLY NASCIMENTO FLOSE....................................................532; 535;
GUSTAVO FURTADO RUIZ................................................................440;
HENRIQUE OUTEDA MOURA............................................................90; 371;
IGOR COSTA PEREIRA DE SOUZA...................................................610;
ILDEANA ALMEIDA DE ARAUJO........................................................451;
ISIS BUENO DE SOUZA...................................................................... 630;
ISRAEL TEIXEIRA DE MACEDO.........................................................562;
IVAN VINICIUS ANDRADE GALINDO.................................................133;
IVANA CRISTINA ROQUE...................................................................451;
JACQUELINE DA CRUZ FAGUNDES.................................................40;
JAIANE ALVES RIBEIRO DE MORAES..............................................178;
JANAINA LEANDRA GARCIA..............................................................172;
JANE PENHA DA COSTA.................................................................... 217;
JANIELE CAVALCANTE MOURA FERREIRA....................................163;
JAQUELINE RAMOS DE OLIVEIRA....................................................382;
JEFERSON ANDREWS PARNAIBA MACEDO...................................454;
JEFERSON BARBOSA DE SOUZA.....................................................315;
JEREMIAS SILVERIO DE MOURA......................................................591;
JESSICA AVILA DO CARMO ANDRADE............................................142;
JÉSSICA PEREIRA FAGUNDES.........................................................496;
JESSICA YUMI ASANO REIMBERG...................................................5;
JORGE CELESTINO DA CRUZ PEREIRA..........................................521;
JOSE ADRIANO PINHEIRO................................................................136;
JOSÉ CARLOS ARROJO JÚNIOR......................................................485;
JOSÉ MARIO COUTO DE SOUZA......................................................240; 275; 310; 483; 527; 538; 540;
JOSIANE ALVES RAMOS...................................................................336;
JOYCE SOUSA NASCIMENTO...........................................................642;
JUDY JEANNETTE PALACIOS ROMAN.............................................499;
JULIANA CARVALHO DE FARIA........................................................333;
JULIANA DE OLIVEIRA SILVA............................................................618;
JULIANA MIORIN.................................................................................
19; 81; 150;
JULIANA MIRANDA REIS DE MATHEUS...........................................128;
JULIANE RODRIGUES JORDÃO........................................................485;
JUSSARA ROCHA DE FREITAS.........................................................623;
KAREN GALEANO...............................................................................229;
KARLA LEONARDI AZUAGA............................................................... 37;
KATIA RODRIGUES SOUZA...............................................................299;
KATYA APARECIDA GONÇALVES FIGUEIRA...................................326; 502;
KATYA GURTOVENCO.......................................................................150;
KELLY CRISTINA ANGELO................................................................. 562;
KELLY TOBIAS GONÇALVES.............................................................507;

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LAÍS LUNDSTEDT KAHTALIAN..........................................................485;


LAMIZ TANNOURI...............................................................................237;
LARISSA ARAUJO PERDOMO...........................................................322;
LARISSA CARVALHO LEITE............................................................... 214;
LARISSA DAL JOVEM.........................................................................403;
LARISSA MACEDO BENTO................................................................615;
LEANDRO VALENTIN.......................................................................... 350;
LEILA CRISTINA CUTRIM DIAS.........................................................394;
LEILA FERREIRA SALLES..................................................................246;
LEOPOLDO DUAILIBE NOGUEIRA SANTOS....................................153;
LETÍCIA FRAGOSO SANTOS.............................................................515;
LEYLA CAROLINI ANTUNES ROCHA................................................519;
LÍGIA DE OLIVEIRA RIBEIRO.............................................................490;
LILIANE DE SOUZA ALVES GONCALVES.........................................272;
LUANA DA SILVA JARDIM MONTEIRO DOS ANJOS........................610;
LUANA SANTOS MORAES CARVAS.................................................559;
LÚCIA ANGELA LIMA SANTOS..........................................................344; 362;
LUCIANA CRISTINA DA CUNHA L WANDERLEY.............................128; 150;
LUCIANA DE ARAUJO SOUZA...........................................................119;
LUCIMARA AMARAL SOARES...........................................................379;
LUCINEIDE RODRIGUES DE FREITAS.............................................451;
LUIZ CARLOS DE PAIVA NOGUEIRA DA SILVA...............................485;
LUIZ EDUARDO LOPES......................................................................170;
LUIZ FERNANDO SANTINI DI SESSA................................................462;
MAGNO SOUZA VIEIRA......................................................................211;
MARCELLA MAIA DE SOUZA.............................................................237;
MARCELO FIORE MOUTINHO CAPO................................................55; 148; 161;
MARCELO MOTIZUKI LEPORE..........................................................159;
MARCO ANTÔNIO NASCIMENTO PORTO........................................440;
MARIA CANDIDA PINHEIRO BARACAT.............................................366;
MARIA CAROLINA DE CAMARGO VIEIRA........................................130;
MARIA CRISTINA DE CAMARGO RIBEIRO.......................................580;
MARIA DE FATIMA TEMÓTEO FERNANDES....................................266;
MARIA GABRIELA BERNARDO DA SILVA.........................................214;
MARIA GEZILENE SILVA DA COSTA.................................................259;
MARIA HELENA LOPES AMIGO.........................................................462;
MARIA JOSE GONÇALVES BARBOSA..............................................266;
MARIA PRISCILA SILVÉRIO BRUNO.................................................117;
MARIANA LANZONI SEGALA.............................................................105;
MARIANA RAMOS FERNANDES CAMACHO....................................237;
MARIANA TIEMI ISHIGAI....................................................................339;
MARISTELA DE SOUZA PAPALINO...................................................627;
MARJORIE FASOLIN........................................................................... 366;
MAYCON PAULO DE OLIVEIRA.........................................................322;
MICHELE CRISTINA DOS SANTOS...................................................387;
MICHELE DOS SANTOS MACHADO.................................................625;
MICHELE PEREIRA SILVA.................................................................. 62;
MILTON BURLIM JUNIOR...................................................................19; 93; 128; 153;
MIRIAN ALMEIDA SENA.....................................................................512;
MÔNICA APARECIDA SILVA..............................................................490;
MURILO POMPEU E SILVA................................................................1;
NADIELLE SANTOS COSTA...............................................................240; 275; 310; 483; 527; 538; 540;
NAIM CARLOS ELIAS.......................................................................... 385; 430; 510;
NATALIA CIARDI DE SOUZA..............................................................385; 430; 510;
NATALIA RODRIGUES DA COSTA....................................................240; 275; 310; 483; 527; 538; 540;
NATANAEL GONÇALVES DE SOUZA ARAUJO................................610;
NICOLAS FERNANDES PERROTTI...................................................651;
NILTON GIOIA DI CHIACCHIO...........................................................19;

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NUBIA NEVES SANTOS...................................................................... 553;


PALOMA CEREZER DE MELLO.........................................................240; 275; 310; 483; 527; 538; 540;
PATRICIA APARECIDA DAENEKAS CIRINO.....................................205;
PATRICIA CARRIEL SILVERIO LOPES..............................................374;
PATRICIA DE PAULA..........................................................................576;
PATRICIA MARANON TERRIVEL.......................................................232;
PATRICIA ROMEIRO BRETZ..............................................................37; 119; 130;
PATRÍCIA SILVA DO NASCIMENTO..................................................556;
PATRICIA SOARES DE OLIVEIRA.....................................................263;
PAULA FABIANO DA SILVA................................................................256;
PAULA MARINHO ANTUNES..............................................................583;
PAULA SOUZA FERASSOLI ZUCOLOTO..........................................651;
PAULO FERNANDO RONCON...........................................................474;
PAULO RICARDO DA SILVA OLIVEIRA.............................................232;
PEDRO ANTONIO DA SILVA..............................................................422;
PEDRO HENRIQUE DA SILVA CHIBANE...........................................651;
PRISCILA ANDRADE PAULO.............................................................359;
PRISCILA BARBOSA DE ALMEIDA....................................................390;
PRISCILA FERREIRA DOURADO LAURINDO DE ALCANTARA......465;
PRISCILA NUNES NERY..................................................................... 167;
PRISCILA OLIVEIRA DOS SANTOS...................................................156;
PRISCILA SENNA MAYRBAURL........................................................413;
PRISCILLA SOARES FREIRE.............................................................19; 26; 37; 55; 81; 119; 130; 148; 161;
RAFAEL ROSSETTI CLETO...............................................................237;
RAFAEL SILVA MESCHIATTI.............................................................. 462;
RAFAEL VICENTE ELOI CAMPOS.....................................................651;
RAFFAELLA BARBOSA TELES MACHADO.......................................485;
RAQUEL CALANDRINO......................................................................385; 430; 510;
RAQUEL OLIVEIRA DA SILVA............................................................16; 21; 37;
REGIANE CARVALHO DA SILVA.......................................................505;
RENATA DE PAULA TEMOTHEO.......................................................21; 26; 133;
RENATA DIAS VIEIRA.........................................................................226;
RENATA LIDORIO ALVES PINTO......................................................400;
RENATA MARINHO ANTUNES...........................................................302;
RENATA MARTINS DE TOLEDO NATALI..........................................232;
RENATA RAMOS DA SILVA................................................................ 459;
RENATA SILVEIRA..............................................................................449;
RENATO LOURENÇO DE MORAES..................................................112;
RILZA TERESA ANUNCIAÇÃO DE JESUS........................................655;
ROBERTA MORENO CORRÊA TSUBOI............................................26;
RODOLFO GALDINO FAZOLI.............................................................440;
RODRIGO BATISTA ROCHA..............................................................462;
RODRIGO DE OLIVEIRA ANDRADE..................................................422;
RODRIGO PEREIRA DE LIMA............................................................115;
RODRIGO SADDI................................................................................237;
RODRIGO SILVA MACEDO................................................................71;
RODRIGO YUJI YAMAGATA............................................................... 110;
RONALD RODRIGUES VALE.............................................................. 646;
RONALDO RIBEIRO CABRAL............................................................. 315;
ROSANGELA DE OLIVEIRA SANTOS................................................633;
SARA CAVALCANTE PENEDO...........................................................167;
SARA SOLDERA MODENEZ............................................................... 55; 148; 161;
SÉRGIO GOMES.................................................................................208;
SHEILA REIS OLIVEIRA......................................................................432;
SHIRLEY FLORENTINO DE OLIVEIRA..............................................542;
SILVIA HONORIO RISSI......................................................................284; 352;
SILVIO CAETANO................................................................................
642;
SIMONE GOMES ALVES....................................................................190;

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SIMONE SIQUEIRA MATOS...............................................................377;


SOLANGE DE FATIMA SOARES DE OLIVEIRA................................13;
SOLANGE FERREIRA DA SILVA COSTA..........................................568;
SORAIA MARIA DE SOUZA VIEIRA BATISTA...................................605;
SUELLEN TATYANNE SCHNEIDER DE SOUZA...............................490;
SUZANA CARVALHO VAZ..................................................................287;
SYLVIA GONCALVES RODRIGUES DE FARIA.................................93;
TALÍTA FERREIRA DOURADO LAURINDO DE ALCÂNTARA..........278;
TATIANA ROCHA PINTO....................................................................208;
TATIANA TARRAO DOS SANTOS......................................................181;
TATIANE CAMILLO DE SALLES.........................................................208;
TATIANE LEAL DA SILVA...................................................................342;
TATIANNA IGNÁCIO PINHEIRO DA COSTA......................................427; 529;
TELMA DE ARAÚJO SOUZA..............................................................545;
THAÍS LOPES DE FARIA....................................................................359;
THATIANE CORPA ALFENAS............................................................290;
THIAGO DE ASSIS FISCHER RAMOS...............................................322;
THIAGO GIOVANNETTI MARQUES RICARDO.................................347;
UELBER PINHEIRO DUTRA...............................................................315;
VALDICLEIDE SOUSA MOURA..........................................................214;
VANDA APARECIDA DE SOUZA SANTOS........................................603;
VANESSA ANACLETO SILVA.............................................................65;
VANESSA ANDRIGO FERREIRA JOTA.............................................524;
VANESSA COLTURATO DE ARAUJO FRANCO...............................16;
VANESSA DAUDT DA SILVA..............................................................457;
VANESSA GIOVANNA VASQUES RIBEIRO......................................9;
VANESSA RUTHKOWSKI GAMARANO.............................................34;
VANESSA SALIBA DONATELLI..........................................................130; 140; 153;
VICTOR GABRIEL PEREIRA DOS SANTOS......................................651;
VIVIAN ESTEVAM DE SOUZA............................................................545;
VIVIANE ARAUJO PASSOS................................................................281;
VIVIANE CHEHIN CURI.......................................................................427; 529;
VIVIANE CISI PELIELLO.....................................................................26; 81; 133; 150;
VIVIANE DOS SANTOS FREITAS......................................................512;
VIVIANE RODRIGUES DA SILVA.......................................................249;
WALKIRIA MENDONÇA DOS SANTOS.............................................660;
WALTER LUIZ RUEDI.........................................................................294;
WANDERLEIA FERREIRA LIMA.........................................................175;
WILLIAM SENA FREITAS....................................................................299;
WILLY PETRINI SOUZA......................................................................490;

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

667
UNISA - Universidade de Santo Amaro

Índice por Titulo


- UMA VISÃO EPIDEMIOLÓGICA DA INFECÇÃO PELO HTLV I /II NO BRASIL 163
- A ABORDAGEM DO TDAH NA GRADE CURRICULAR DOS CURSOS DE PEDAGOGIA 556
- A AÇÃO PEDAGÓGICA DO PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR 167
- A AIDS NA TERCEIRA IDADE 170
- A ATIVIDADE FÍSICA INTENCIONAL E SUA INFLUÊNCIA NA QUALIDADE DE VIDA 172
- A ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO EM RELAÇÃO ÀS QUEIXAS DE SONO EM PACIENTE HOSPITALIZADO 175
- A ATUAÇÃO DO PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM NO PERÍODO DE DESMAME 178
- A ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO HOSPITALAR NO PROCESSO DE HUMANIZAÇÃO NA SAUDE 181
184
- A ENFERMAGEM AUXILIANDO O CUIDADOR INFORMAL DE PACIENTE COM A DOENÇA DE 187
ALZHEIMER
- A ENFERMAGEM NA PREVENÇÃO DE COMPLICAÇÕES PERINATAIS EM GESTANTES 190
ADOLESCENTES.
- A HIPERBILIRRUBINEMIA NEONATAL E OS CUIDADOS DE ENFERMAGEM 193
- A IMPORTÂNCIA DA HUMANIZAÇÃO NA ASSISTÊNCIA AO PARTO 197
- A IMPORTÂNCIA DO PROCESSO DE AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO NO AMBIENTE ORGANIZACIONAL 636
- A INSERÇÃO DO ENFERMEIRO NO ESPORTE DE AVENTURA: RALLY DOS SERTÕES 200
- A LIGAÇÃO ENTRE O PROCESSO DE INFORMATIZAÇÃO E A HUMANIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE 205
ENFERMAGEM
- A NÃO ACEITAÇÃO DA MULHER NO FUTEBOL: UM PROBLEMA CULTURAL. 208
- A PARTICIPAÇÃO DO ENFERMEIRO NAS POLITICAS PUBLICAS DE SAUDE 211
- A PERCEPÇÃO DA HIDROGINÁSTICA NA COMUNIDADE 214
- A PRODUÇÃO CIENTÍFICA SOBRE TERAPIAS ALTERNATIVAS E COMPLEMENTARES UTILIZADAS NA 217
PRÁTICA DE ENFERMAGEM DO PERÍODO DE 1997 A 2007
- A SATISFAÇÃO NO TRABALHO DE MÉDICOS VETERINÁRIOS DE PEQUENOS ANIMAIS: 559
COMPARAÇÃO ENTRE PROFISSIONAIS RECÉM FORMADOS E PROFISSIONAIS EXPERIENTES
- A TECNOLOGIA E A HUMANIZAÇÃO NO DESEMPENHO DA ENFERMAGEM EM AMBIENTES 220
INTENSIVOS.
- “AÇÃO DE DIFERENTES FONTES DE FÓSFORO SOBRE A DIGESTIBILIDADE DE ALIMENTOS 1
FIBROSOS NO RÚMEN.”
- ACESSIBILIDADE EM TRILHAS: COMPARAÇÃO ENTRE MÉTODOS 9
- AÇÕES DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO SESC INTERLAGOS 13
- ADESÃO, CONTROLE TERAPÊUTICO E LESÃO EM ÓRGÃOS ALVO EM PACIENTES HIPERTENSOS 223
ATENDIDOS NA CLÍNICA MÉDICA DA FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SANTO
AMARO
- ALEITAMENTO MATERNO: EDUCAÇÃO PARA A SAÚDE 562
- ALFABETIZAÇÃO NA TERCEIRA IDADE: UMA MEDIDA DA MOTIVAÇÃO INTRÍNSECA E DA MOTIVAÇÃO 565
EXTRÍNSECA
- ALFABETO DA AMAMENTAÇÃO 226
- AMAMENTAÇÃO E A SEXUALIDADE: “A PRESENÇA DO AMOR EROTIZADO”. 229
- AMPLIAÇÃO DO ENSINO FUNDAMENTAL PARA NOVE ANOS 568
- ANÁLISE DA DISTRIBUIÇÃO DAS DOENÇAS RESPIRATÓRIAS POR FAIXA ETÁRIA NAS INTERNAÇÕES 232
HOSPITALARES DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES DA CIDADE DE SÃO PAULO
- ANÁLISE DA QUALIDADE DA ASSISTÊNCIA NO PRÉ-NATAL PRESTADA A GESTANTES HIPERTENSAS 237
NA REGIÃO SUL DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO EM 2008.
- ANÁLISE DA VARIABILIDADE DA FREQÜÊNCIA CARDÍACA EM INDIVÍDUOS OBESOS NO TESTE 240
ERGOMÉTRICO
- ANÁLISE DE CASOS DE GESTANTES COM OLIGOAMNIO ATENDIDAS NO HOSPITAL GERAL DO 16
GRAJAU NO PERIODO DE 2000 A 2005
- ANÁLISE DE CASOS DE PLACENTA PRÉVIA OCORRIDOS NO HOSPITAL ESTADUAL DO GRAJAÚ NO 19
PERÓDO DE JANEIRO DE 2000 À JANEIRO DE 2008
- ANÁLISE DE MACROSSOMIA FETAL NO PERÍODO DE JANEIRO DE 2006 À JULHO DE 2007 NO 21
HOSPITAL ESTADUAL DO GRAJAÚ
- ANÁLISE DO POTENCIAL ALELOPÁTICO DE EXTRATOS DE CLUSIA CRIUVA CAMB. (CLUSIACEAE) 23
- ANÁLISE RETROSPECTIVA DE DESCOLAMENTO PREMATURO DE PLACENTA NO HOSPITAL 26
ESTADUAL DO GRAJAÚ
- ANÁLISE SITUACIONAL DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL EM UMA ESCOLA DO MINICÍPIO DE SÃO PAULO 28
- APA CAPIVARI-MONOS: PERCEPÇÃO DA POPULAÇÃO LOCAL SOBRE SUA EXISTÊNCIA E O MEIO 31
AMBIENTE, SP, BRASIL.
- ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM À GESTANTE EM TRABALHO DE PARTO PREMATURO (TPP) 243

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

668
UNISA - Universidade de Santo Amaro

- ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A PACIENTES COM TRANSTORNO AFETIVO BIPOLAR 246


- ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO IDOSO PORTADOR DE HIV/ AIDS 249
- ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PORTADOR DA DOENÇA DE ALZHEIMER 655
- ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO RECÉM-NASCIDO COM LUXAÇÃO CONGÊNITA DO QUADRIL 253
- ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO COM O USO DA FITOTERAPIA 256
- ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA PREVENÇÃO DE INFECÇÕES EM RECÉM-NASCIDOS DE ALTO 259
RISCO
- AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTISSÉPTICA PELO BIOENSAIO DE MACRODILUIÇÃO EM CALDO 263
FRENTE STAPHYLOCOCCUS AUREUS E ESCHERICHIA COLI, DO SABONETE LÍQUIDO CONTENDO
TRICLOSAN.
- AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE DO MEL UTILIZADO NO TRATAMENTO DA SÍNDROME DE FOURNIER 266
EM INIBIR O CRESCIMENTO DE CANDIDA ALBICANS PELO MÉTODO DE DIFUSÃO EM ÁGAR
- AVALIAÇÃO DA CONSULTA DE ENFERMAGEM DO IDOSO NA ATENÇÃO BÁSICA DE SAÚDE 269
- AVALIAÇÃO DA ESTRUTURA E RECOMPOSIÇÃO DE ESPÉCIES VEGETAIS NO PARQUE ECOLÓGICO 34
GUARAPIRANGA, SÃO PAULO.
- AVALIAÇÃO DA QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DAS PLANTAS MEDICINAIS: PASSIFLORA E GINGKO 272
BILOBA
- AVALIAÇÃO DA SOROLOGIA PARA HEPATITE DO TIPO B EM GESTANTES ATENDIDAS NO HOSPITAL 37
ESTADUAL DO GRAJAÚ NO PERÍODO DE 20007 À 2008
- AVALIAÇÃO DA VELOCIDADE DE DECOMPOSIÇÃO E DA RIQUEZA DE GEOFUNGOS ASSOCIADOS A 40
FOLHAS DE CAESALPINIA ECHINATA LAM. (PAU-BRASIL) SUBMERSAS EM UM LAGO ARTIFICIAL
SITUADO NO PARQUE MUNICIPAL ALFREDO VOLPI, SÃO PAULO, SP.
- AVALIAÇÃO DA VELOCIDADE DE DECOMPOSIÇÃO E DA RIQUEZA DE HYPHOMYCETES AQUÁTICOS 43
ASSOCIADOS ÀS FOLHAS DE CAMPOMANESIA PHAEA (O. BERG.) LANDRUM (CAMBUCI) SUBMERSAS
EM UM LAGO ARTIFICIAL NO PARQUE MUNICIPAL ALFREDO VOLPI, SP
- AVALIAÇÃO DO COMPORTAMENTO AUTONÔMICO DE CRIANÇAS OBESAS NO EXERCÍCIO 275
CRESCENTE
- AVALIAÇÃO DOS NÍVEIS PLASMÁTICOS DE FERRO EM RATOS QUE APRESENTAM MOVIMENTO DAS 46
PATAS DURANTE O SONO APÓS LEÃO MEDULAR
- AVANÇOS NA MONITORIZAÇÃO NEUROLÓGICA EM AMBIENTES INTENSIVOS: IMPLICAÇÕES PARA A 278
ENFERMAGEM
- CARACTERÍSTICAS DO LÍDER IDEALIZADO PELO ENFERMEIRO 281
- CARACTERIZAÇÃO DE HIPERTENSOS E DIABÉTICOS DE UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DA 284
FAMÍLIA NA REGIÃO SUL DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO.
- CARACTERIZAÇÃO DO PARQUE ECOLOGICO DO GUARAPIRANGA 51
- CARACTERIZAÇÃO DO PERFIL SENSORIAL DE CRIANÇAS DE QUATRO A SEIS ANOS QUE 287
FREQÜENTAM O CENTRO EDUCACIONAL UNIFICADO
- CARDIOPATIAS CONGÊNITAS E ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM: UMA ATUALIZAÇÃO 290
- CASOS DE DESCOLAMENTO PREMATURO DE PLACENTA DO HOSPITAL ESCOLA DA FACULDADE 53
DE MEDICINA DA UNISA DE JANEIRO DE 2007 À DEZEMBRO DE 2007.
- CASOS DE TUMOR DE OVÁRIO CONCOMITANTES A GESTAÇÃO NO PERÍODO DE JULHO DE 2004 A 55
ABRIL DE 2008, NA FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SANTO AMARO
- CATETERES VASCULARES CENTRAIS 294
- CAUSAS E RISCOS DA ADOLESCENTE NA GRAVIDEZ 296
- COMO A ATIVIDADE FÍSICA PODE BENEFICIAR OS PORTADORES DE OSTEOPOROSE 299
- COMO MOTIVAR OS ALUNOS NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR 302
- COMPARAÇÃO DA MORFOLOGIA DO COMPLEXO DENTÁRIO-MANDIBULAR DA FAMÍLIA ZIPHIIDAE: 57
CHAVE PARA SUA DISTRIBUIÇÃO NO OCEANO ATLÂNTICO SUL
- COMPETÊNCIAS GERENCIAIS NO PROCESSO DE TRABALHO DO ENFERMEIRO 305
- COMPORTAMENTO AUTONÔMICO NO EXERCÍCIO ISOTÔNICO DE RESISTÊNCIA MUSCULAR 310
LOCALIZADA
- COMUNICAÇÃO COM O ACOMPANHANTE DA CRIANÇA HOSPITALIZADA 59
- CONSTATAÇÃO DE FUNGOS EM PLANTAS MEDICINAIS VENDIDAS COMO CHÁS 62
- CONSULTA DE ENFERMAGEM: QUAL A PERCEPÇÃO DO ENFERMEIRO 570
- CONSULTA DEENFERMAGEM NO PRÉ-NATAL:QUAL A PERCEPÇÃO DA GESTANTE? 573
- CONTAGEM DE MICROORGANISMOS AERÓBIOS MESÓFILOS TOTAIS EM AMOSTRAS DE 312
BRINQUEDOS MANIPULADOS POR CRIANÇAS USUÁRIAS DE CRECHE
- CONTROLE DE SOLENOPSIS SAEVISSIMA (F. SMITH, 1855) COM ÓLEOS ESSENCIAIS DE 65
EUCALYPTUS CITRIODORA HOOK., E. GLOBULUS LABILL. E E. STAIGERIANA
- DE QUE FORMA AS ARTES MARCIAIS CONTRIBUEM PARA UMA BOA QUALIDADE DE VIDA? 315
- DECLÍNIO DA CAPACIDADE COGNITIVA DO IDOSO 319
- DEFICIÊNCIA DE FERRO E ANEMIA CARENCIAL FERROPRIVA NA PRIMEIRA INFÂNCIA: 322

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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IDENTIFICAÇÃO, CONDUTA E PROCEDIMENTOS MÉDICOS


- DEPENDÊNCIA QUÍMICA: ABORDAGEM SISTÊMICA COM RECURSOS DA COMUNIDADE 326
- DESENVOLVIMENTO E AVALIAÇÃO DA ESTABILIDADE PRELIMINAR E DA ATIVIDADE ANTIOXIDANTE 330
DE LOÇÕES HIDRATANTES ANTI-SINAIS
- DESENVOLVIMENTO E OBTENÇÃO DE FORMAS FARMACÊUTICAS EFERVESCENTE E PÓ PARA 333
RECONSTITUIÇÃO CONTENDO L – CARNITINA
- DETERMINAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FÍSICAS E FÍSICO-QUÍMICAS DO ÓLEO PEQUI (CARYOCAR 336
BRASILIENSE C.) EM NATURA.
- DETERMINAÇÃO DO EQUILÍBRIO HIDRÓFILO-LIPÓFILO (EHL) DOS ÓLEOS DE AMÊNDOAS DOCE 339
(AMYGDALUS COMMUNIS L.) E DE SEMENTE DE UVA (VITIS VINIFERA L.) APÓS SEREM
IDENTIFICADOS ATRAVÉS DA CARACTERIZAÇÃO FÍSICA E FÍSICO-QUÍMICA
- DIAGNÓSTICOS E INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM AO PACIENTE COM NECESSIDADE DE 342
NUTRIÇÃO PARENTERAL
- DIREITO DE AMAMENTAR 344
- DOSEAMENTO DE ÁCIDO ACETILSALICÍLICO (AAS) EM FRAÇÕES DE COMPRIMIDOS 347
- EDUCAÇÃO FÍSICA ADAPTADA PARA O DEFICIENTE VISUAL 576
- EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR: A LUDICIDADE AUXILIANDO NA APRENDIZAGEM 350
- ELABORAÇÃO DA SALA OPERATÓRIA LÁTEX-FREE: UM DESAFIO AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE. 352
- ELABORAÇÃO DE PROTOCOLO PARA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM: ADAPTAÇÃO PREJUDICADA 355
AO PORTADOR DE TRAQUEOSTOMIA VINCULAÇÃO NANDA-NOC-NIC
- EPIDEMIOLOGIA DOS ACIDENTES OFÍDICOS CAUSADOS POR SERPENTES NÃO-PEÇONHENTAS NO 68
BRASIL
- ESTIMULAÇÃO ELÉTRICA NEUROMUSCULAR NO MÚSCULO TIBIAL ANTERIOR EM PACIENTES PÓS 359
AVE CRÔNICOS
- ESTRESSE NOS ENFERMEIROS : FATORES DESENCADEANTES DO ESTRESSE E MANIFESTAÇÕES 362
SINTOMATOLÓGICAS.
- ESTUDAR O POTENCIAL ANTIMICROBIANO DE EXTRATOS ETANÓLICOS DE FOLHAS DE PIPER SPP 71
(L) (PIPERACEAE)
- ESTUDO COMPARATIVO DAS CARACTERÍSTICAS 580
- ESTUDO COMPARATIVO DOS EFEITOS DO CICLAMATO DE SÓDIO E SACARINA, ASPARTAME E 366
SACAROSE NO PERÍODO GESTACIONAL DE RATAS
- ESTUDO DA EFICIÊNCIA DO CONSERVANTE IMIDAZOLIDINIL URÉIA FRENTE A STAPHYLOCOCCUS 369
AUREUS E ASPERGILLUS NIGER EM FORMULAÇÃO TÓPICA DO TIPO GEL-CREME CONTENDO ÓLEO
DE ANDIROBA LIPOSSOLÚVEL.
- ESTUDO DO COMPORTAMENTO SOCIAL DE PRIMATAS DO GÊNERO ATELES (E. GEOFFROYI, 1806 76
ATELIDAE - PRIMATES) EM CONDIÇÕES DE CATIVEIRO NA FUNDAÇÃO PARQUE ZOOLOGICO DE SAO
PAULO
- ESTUDO DO POTENCIAL ALELOPÁTICO E ATIVIDADE ANTIOXIDANTE DE EXTRATOS DE TILLANDSIA 79
USNEOIDES L. (BROMELIACEAE)
- ESTUDO DOS CASOS DE GESTAÇÕES EM ADOLESCENTES NO HOSPITAL PROFESSOR CARLOS DA 81
SILVA LACAZ
- ESTUDO MORFOLÓGICO COMPARATIVO DAS GLÂNDULAS DE DUVERNOY E SUPRALABIAL DE 85
THAMNODYNASTES STRIGATUS (GUNTHER, 1858) E THAMNODYNASTES HYPOCONIA (COPE, 1860).
- ESTUDO SOBRE ARRANJOS FAMILIARES DE CRIANÇAS 583
- ESTUDO SOBRE AS CARACTERÍSTICAS DOS VOLUNTARIOS DE UMA INSTITUIÇÃO RELIGIOSA - 585
AMOSTRA I
- ESTUDO SOBRE AS CARACTERÍSTICAS DOS VOLUNTARIOS DE UMAINSTITUIÇÃO RELIGIOSA - 588
AMOSTRA II
- ESTUDOS ESTRUTURAIS DA HISTATINA-5 E SEU ANÁLOGO, TOAC0-HISTATINA 5: INTERAÇÃO COM 88
SISTEMAS BIOMIMÉTICOS
- EVOLUÇÃO DO ENSINO: INTRODUÇÃO DO E-LEARNING NA GRADE CURRICULAR ACADÊMICA DE 90
ENFERMAGEM NO BRASIL. 371
- FATORES DE RISCO ASSOCIADOS À OBESIDADE EM ESCOLARES DE 7 A 10 ANOS DE UMA ESCOLA 374
PÚBLICA DA REGIÃO SUL DA CIDADE DE SÃO PAULO
- FATORES PREDITIVOS DE SUCESSO E INSUCESSO NO DESMAME DA VENTILAÇÃO MECÂNICA 377
- FISIOTERAPIA NA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA E DA COMUNIDADE 379
- FISIOTERAPIA NO FORTALECIMENTO DA MUSCULATURA DO ASSOALHO PÉLVICO EM MULHERES 382
PORTADORAS DE INCONTINÊNCIA URINÁRIA
- FREQUÊNCIA DA MOLÉSTIA TROFOBLÁSTICA EM GESTANTES ATENDIDAS NO HOSPITAL 93
ESTADUAL DO GRAJAÚ
- GASTROILEOANASTOMOSE INADVERTIDA PÓS GASTROENTEROANASTOMOSE POR ESTENOSE 385
DUODENAL NA URGÊNCIA
- GESTANTES ADOLESCENTES: CUIDADOS E ORIENTAÇÕES 387

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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UNISA - Universidade de Santo Amaro

- GESTAO DE MUDANÇA 642


- GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM / BACHARELO 390
- GUERRA DOS CAMPONESES NA ALEMANHA EM 1524-1525 591
- HUMANIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AOS PACIENTES COM HIV/ AIDS 394
- IMPACTO DA UTILIZAÇÃO DO COMPRIMIDÁRIO SOBRE A REGULARIDADE NA INGESTÃO DE 397
MEDICAMENTOS POR IDOSOS
- ISOLAMENTO DE ALCALÓIDES DO EXTRATO ETANÓLICO DE ERYTHRINA SPECIOSA ANDREWS EM 97
BUSCA DOS COMPONENTES INIBIDORES DA ENZIMA ACETILCOLINESTERASE.
- LEVANTAMENTO DE AVES NO ZOOLÓGICO DE SÃO BERNARDO DO CAMPO 100
- LEVANTAMENTO DE CAMPANULACEAE JUSS. NO PARQUE ESTADUAL DA SERRA DO MAR, NÚCLEO 102
CURUCUTU, SÃO PAULO, SP
- LEVANTAMENTO DE EQUINODERMOS NO COSTÃO ROCHOSO NORTE DA PRAIA DO MAR CASADO 105
(GUARUJÁ- SP)
- LEVANTAMENTO DE ZYGOPETALUM HOOK. (ORCHIDACEAE) NO PARQUE ESTADUAL DA SERRA DO 110
MAR, NÚCLEO CURUCUTU, SÃO PAULO
- LEVANTAMENTO E OCORRÊNCIA DAS ESPÉCIES DE ANUROS EM UMA POÇA PERMANENTE NO 112
MUNICÍPIO DE EMBU-GUAÇU - SP DURANTE O PERÍODO DE UM ANO-
- LINGUAGEM BRASILEIRA DE SINAIS: A COMUNICAÇÃO ENTRE OS PROFISSIONAIS DE 400
ENFERMAGEM E O PACIENTE SURDO
- LIPOASPIRAÇÃO TUMESCENTE – TÉCNICA DE KLEIN NO AMBIENTE AMBULATORIAL: ATUAÇÃO DO 403
ENFERMEIRO
- LITERATURA UNFANTIL: MODIFICAÇÕES OCORRIDAS AO LONGO DA HISTÓRIA 596
- LUTO ANTECIPATÓRIO NOS FAMILIARES DE PACIENTES INTERNADOS NA UNIDADE DE TERAPIA 600
INTENSIVA - AMOSTRA II 603
- MANEJO DA DOR NO PACIENTE ONCOLÓGICO COM BOMBA DE PCA: ATUALIZAÇÃO E IMPLICAÇÕES 405
PARA A ENFERMAGEM 410
- MANUAL DE TREINAMENTO DOS PROCEDIMENTOS BÁSICOS DE ENFERMAGEM 413
- MAUS-TRATOS AO IDOSO EM AMBIENTE DOMICILIAR 416
- MAUS-TRATOS EM IDOSOS NO ESPAÇO FAMILIAR:UM DESAFIO PARA A ENFERMAGEM 660
- MODULAÇÃO AUTONOMICA DURANTE APLICAÇÃO DE CPAP EM INDIVÍDUOS SAUDÁVEIS 419
- MORFOANATOMIA DE ÓRGÃOS VEGETATIVOS DE TILLANDSIA L. (BROMELIACEAE) DO PARQUE 115
ESTADUAL DA SERRA DO MAR, NÚCLEO CURUCUTU – SÃO PAULO, SP
- MORFOLOGIA E HISTOQUIMICA DAS GLÂNDULAS DE DUVERNOY E SUPRALABIAL DE PHILODRYAS 117
NATTERERI (SERPENTES, COLUBRIDAE)
- MORTE MATERNA POR COMPLICAÇÃO DE ESQUISTOSSOMOSE: RELATO DE CASO 119
- MUSCULAÇÃO NA TERCEIRA IDADE 422
- MUTIRÃO DO PAPANICOLAOU 427
- NECROSE ISQUÊMICA DE VESÍCULA BILIAR: UMA COMPLICAÇÃO INCOMUM PÓS GASTRECTOMIA 430
- NO PERCURSO DA CHAPEUZINHO: UM ENCONTRO COM AS LINGUAGENS 651
- O ASSÉDIO MORAL E A RESPONSABILIDADE CORPORATIVA 605
- O CIENTIFICISMO SOCIAL: “O HOMEM” NO “OS SERTÕES” 610
- O DESAFIO DA MALÁRIA ENTRE POPULAÇÕES DE GARIMPOS DA AMAZÔNIA LEGAL 432
- O ENFERMEIRO E A LINGUAGEM BRASILEIRA DE SINAIS: DERRUBANDO BARREIRAS E 435
INDIVIDUALIZANDO A ASSISTÊNCIA
- O ESPORTE ATLETISMO E SUA IMPORTÂNCIA NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR 440
- O ESTUDO DA AUTO-ESTIMA DO ALUNO NO AMBIENTE ESCOLAR 615
- O IMPACTO DA QUEDA DO IDOSO EA QUALIDADE DE VIDA 443
- O IMPACTO DO TURNO DE TRABALHO NOTURNO: REPERCUSSÕES E ALTERAÇÕES. 446
- O JOGO NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO EM CRIANÇAS DE 3 A 6 ANOS 449
- O PAPEL DA DIVERSIDADE DE CONTEÚDOS NA EDUCAÇÃO FÍSICA PARA A APRENDIZAGEM NO 451
ENSINO FUNDAMENTAL I.
- O &QUOT;CORVO&QUOT; E O &QUOT;ANJO NEGRO&QUOT; NA RUA TONELEROS: O ATENTADO DE 618
05 DE AGOSTO DE 1954
- O SEGREDO PROFISSIONAL E A ENFERMAGEM 454
- O USO DE TERAPIAS COMPLEMENTARES PELO PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM NO SUPORTE 457
INTRAPARTO - UMA ALTERNATIVA PARA ALÍVIO DA DOR NO TRABALHO DE PARTO
- O VINCULO E A RECUPERAÇÃO DO RECÉM-NASCIDO PREMATURO HOSPITALIZADO:INTERVENÇÃO 459
DE ENFERMAGEM
- OBJETIVOS DA EDUCAÇÃO FÍSICA NA CONCEPÇÃO DOS PROFESSORES DA EDUCAÇÃO INFANTIL 623
- OBSERVAÇÃO E LEVANTAMENTO AVIFAUNÍSTICO EM UM PARQUE URBANO NO MUNICÍPIO DE 122
SANTO ANDRÉ, SP

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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UNISA - Universidade de Santo Amaro

- OPNIÃO DOS ESTUDANTES DE MEDICINA DE UMA UNIVERSIDADE DA ZONA SUL DA CIDADE DE 462
SÃO PAULO EM RELAÇÃO AO USO DE CÉLULAS TRONCO DE EMBRIÕES HUMANOS EM
EXPERIMENTOS E PESQUISAS CIENTÍFICAS
- ORIENTAÇÕES DA ENFERMAGEM PARA A FAMÍLIA DO RECÉM-NASCIDO PREMATURO 465
HOSPITALIZADO
- OS BENEFÍCIOS DA MÚSICA NA PRÁTICA DE ENFERMAGEM 468
- OS FLORAIS DE BACH NA ATENÇÃO À CRIANÇA: UMA RESPONSABILIDADE DO ENFERMEIRO 471
- OS GRADUANDOS DE ENFERMAGEM E O PERFIL EMREENDEDOR 474
- OS SENTIMENTOS DOS PAIS AO ENTREGAR O FILHO À EQUIPE DE ENFERMAGEM DO CENTRO 478
CIRÚRGICO
- OSTEOGÊNESE IMPERFEITA: CONCEITOS E IMPLICAÇÕES PARA A ENFERMAGEM 480
- OXIGENOTERAPIA DURANTE O EXERCÍCIO FÍSICO EM PACIENTES COM DOENÇA PULMONAR 483
OBSTRUTIVA CRÔNICA
- PANORAMA DE MORTALIDADE EM SUBPREFEITURAS DA ZONA SUL DE SÃO PAULO 485
- PERFIL DOS PACIENTES ATENDIDOS PELA FISIOTERAPIA NO SETOR DE EMERGÊNCIA E URGÊNCIA 125
DO HOSPITAL GERAL DO GRAJAÚ
- PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS GESTAÇÕES MÚLTIPLAS NO HOSPITAL GERAL DO GRAJAÚ NO 128
PERIODO DE JANEIRO DE 2002 A MARÇO DE 2008
- PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS PACIENTES COM MASTITE PUERPERAL DA FACULDADE DE 130
MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SANTO AMARO
- PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE PUÉRPERAS COM DIAGNOSTICO DE SIFILIS INTERNADAS, NO 133
PERODO DE JANEIRO DE 2005 A MARÇO DE 2008, NO HOSPITAL ESCOLA DA FACULDADE DE
MEDICINA DA UNISA.
- PERFIL LIPÍDICO EM PRÉ-ESCOLARES E ESCOLARES OBESOS ATENDIDOS NO CENTRO SAÚDE 490
ESCOLA DR. ANANIAS PEREIRA PORTO DA UNIVERSIDADE DE SANTO AMARO
- PERSPECTIVAS FAMILIARES DE MULHERES DE DETENTOS 625
- PESQUISA DE PRESENÇA DE SALMONELLA SP. E COLIFORMES TERMOTOLERANTES EM LEITE 5
PASTEURIZADO COMERCIALIZADO NA REGIÃO SUL DE SÃO PAULO
- POTENCIAL ALELOPÁTICO DE EXTRATOS ETANÓLICOS DE ESPÉCIES DE MELASTOMATACEAE. 136
- PRENHEZ ECTÓPICA GEMELAR TUBÁRIA UNILATERAL: RELATO DE CASO 140
- PREVENÇÃO DE ACIDENTES COM MATERIAL PERFURO-CORTANTE NA ENFERMAGEM 493
- PREVENÇÃO PELA ENFERMAGEM DA ALERGIA ALIMENTAR 496
- PROCESSO DE FERTILIZAÇÃO IN VITRO E DSENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO COMPARADO ENTRE 142
DUAS ESPÉCIES DE OURIÇOS-DO-MAR, ARBACIA LIXULA (LINNAEUS, 1758) E ECHINOMETRA
LUCUNTER (LINNAEUS, 1758).
- PSF ESTRATÉGIA DE REORGANIZAÇÃO DO SUS: ANÁLISE HISTÓRICO DAS POLÍTICAS DE SAÚDE 499
NO BRASIL
- PSORÍASE: ASPECTOS PSICOSSOMÁTICOS 502
- QUALIDADE DE VIDA DO IDOSO:O PROCESSO DE ENVELHECIMENTO E A ATUAÇÃO DA 505
ENFERMAGEM- UMA REVISÃO
- QUALIDADE DE VIDA: UM DIREITO DO IDOSO 507
- “QUEM DANÇA, OS SEUS MALES ESPANTA”: A INFLUÊNCIA DA PRÁTICA DA DANÇA NO BEM-ESTAR 627
SUBJETIVO EM ADULTOS.
- RECANALIZAÇÃO ESOFÁGICA PÓS-ADJUVÂNCIA, DE CÂNCER DE ESÔFAGO AVANÇADO 510
IRRESSECÁVEL, SUBMETIDO À CIRURGIA PALIATIVA DE BYPASS
- RELAÇÃO ENTRE A QUALIDADE DE VIDA E A PRÁTICA DE EXERCÍCIO FÍSICO EM INDIVÍDUOS COM 512
SOBREPESO E OBESIDADE
- RELAÇÃO MÃE E FILHO E A ADAPTAÇÃO NA CRECHE - AMOSTRA II 630
- RELATO DE CASO DE RUPTURA UTERINA EM GESTAÇÃO ECTÓPICA CORNUAL COM IDADE 148
GESTACIONAL DE 19 SEMANAS
- RELATO DE TUMOR DESMÓIDE EM REGIÃO DOS OBTURADORES NO PERÍODO GESTACIONAL. 150
- RELATO DE UM CASO DE PSORÍASE GESTACIONAL INTERNADA NO HOSPITAL ESTADUAL DO 153
GRAJAÚ
- REVISÃO DE CARGOS DOS COLABORADORES DA NAPOLEON JÓIAS 646
- SATISFAÇÃO DO CLIENTE: O QUE DIZEM OS CLIENTES EXTERNOS DE UM HOSPITAL ESCOLA DA 515
REGIÃO SUL DA CIDADE DE SÃO PAULO SOBRE O ATENDIMENTO DOS SERVIÇOS DE
ENFERMAGEM.
- SOU UMA MULHER COM CÂNCER DE MAMA, E AGORA? 519
- SPOROTHRIX SCHENCKII SCHENCK (1898): ESTUDO DE SUAS CARACTERÍSTICAS ANTIGÊNICAS, 156
PATOGÊNICAS, FISIOLÓGICAS E DE VIRULÊNCIA DE ISOLADOS BRASILEIROS
- SUBSÍDIOS NECESSÁRIOS PARA O EXERCICIO DA LIDERANÇA DIRECIONADOS AO ENFERMEIRO 521
ASSISTENCIAL

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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UNISA - Universidade de Santo Amaro

- TEMPOS DE RUMINAÇÃO EM BEZERROS RECEBENDO FENO PICADO GROSSEIRA OU FINAMENTE. 159


- TRATAMENTO FISIOTERAPEUTICO NA DISPAREUNIA 524
- TREINAMENTO FÍSICO E O EFEITO DE ANTI-REMODELAMENTO CARDÍACO EM UM PACIENTE COM 527
SINDROME DE MARFAN
- TROMBOSE DE VEIA CAVA SUPERIOR EM GESTANTE ADMITIDA NO HOSPITAL ESCOLA DA 161
FACULDADE DE MEDICINA DA UNISA
- TUBERCULOSE CUTÂNEA 529
- VALIDAÇÃO DO MÉTODO ESPECTROFOTOMÉTRICO PARA A QUANTIFICAÇÃO DE FLAVONOÍDES 532
TOTAIS EXPRESSOS EM RUTINA
- VALIDAÇÃO DO MÉTODO ESPECTROFOTOMÉTRICOS PARA A QUANTIFICAÇÃO DE FLAVONOÍDES 535
TOTAIS EXPRESSOS EM QUERCETINA
- VARIABILIDADE DA FREQUÊNCIA CARDÍACA DURANTE O EXERCÍCIO AERÓBIO DE CURTA 538
DURAÇÃO EM INDIVÍDUOS SAUDÁVEIS.
- VARIABILIDADE DA FREQUÊNCIA CARDÍACA DURANTE O EXERCÍCIO ISOMÉTRICO DE MEMBROS 540
INFERIORES EM INDIVÍDUOS SAUDÁVEIS
- VERIFICAÇÃO DO PADRÃO DE MARCHA ADOTADO POR DEFICIENTES VISUAIS 542
- VERIFICAÇÃO E COMPARAÇÃO DA PRESENÇA DE ALTERAÇÕES DO DESENVOLVIMENTO 545
NEUROPSICOMOTOR E VISUAL EM CRIANÇAS DE ZERO A TRINTA E SEIS MESES DE IDADE COM
DEFICIÊNCIA VISUAL
- VIOLÊNCIA CONTRA A CRIANÇA E ADOLESCENTE: FUNÇÃO DA ESCOLA 633
- VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA A PESSOA IDOSA 547
- VISÃO DOS ACOMPANHANTES E 550
- VISÃO DOS AUXILIARES DE ENFERMAGEM SOBRE A LIDERANÇA EXERCIDA PELO ENFERMEIRO. 553

11º Congresso de Iniciação Científica, 5ª mostra de Pós-Graduação

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