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GLOBALIZAÇÃO E REESTRUTURAÇÃO PRODUTIVA: O BRASIL NA BERLINDA?

GLOBALIZAÇÃO E REESTRUTURAÇÃO
PRODUTIVA
o Brasil na berlinda?

ANTÔNIO CORRÊA DE LACERDA


Professor da Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Atuária da PUC-SP,
Coordenador da Comissão de Política Econômica do Conselho Federal

O presente artigo objetiva analisar a situação da volver uma ruptura de paradigma técnico-científico. Neste
economia brasileira em face das transforma- sentido, pode-se argumentar em termos de ‘destruição
ções no cenário internacional. Primeiramente, criadora’ com a substituição de antigas por novas ‘com-
procura-se caracterizar essas transformações, proces- binações’, seja em termos de produtos e processos, como
so que vem sendo denominado genericamente de glo- em termos de métodos de organização da produção. Como
balização da economia. A seguir, analisa-se a reestru- resultado, o sistema produtivo é afetado por mudanças
turação da economia brasileira, decorrente da abertura drásticas, que inter alia têm levado à reestruturação pro-
comercial, a entrada de novos investimentos estrangei- dutiva a nível mundial e a alterações dos padrões de con-
ros, o desenvolvimento das exportações e o impacto nas corrência e dos níveis de competitividade.”
contas externas. A internacionalização da produção, que avançou subs-
A globalização tem provocado profundas mudanças na tancialmente a partir dos anos 80, teve reflexos nos pla-
economia mundial. Para Oman (1994), a globalização e a nos tecnológico, organizacional e financeiro. Sua inten-
regionalização significam um duplo desafio para os paí- sificação traz uma conseqüência importante, que é o
ses em desenvolvimento, pois ao mesmo tempo em que aumento da concorrência em escala mundial, fenômeno
geram oportunidades para o fortalecimento das relações conhecido como globalização.
Norte-Sul, o aumento da produtividade, o crescimento da Não existe consenso a respeito do conceito de globali-
competitividade e a melhoria do padrão de vida das po- zação. Há autores que o associam ao “grau, extensão,
pulações, os dois fenômenos conjugados também signifi- natureza e padrão da concorrência à escala mundial” na
cam para alguns a “exclusão involuntária”. definição de Gonçalves (1996:23): “... é um fenômeno
Enquanto a globalização é impulsionada por iniciati- complexo que assume características distintas nas dife-
vas microeconômicas, a regionalização é um processo rentes esferas das relações econômicas internacionais –
político, sendo que estes dois fenômenos não são neces- produtiva-real, monetária-financeira, comercial e tecno-
sariamente antagônicos. Especialmente quando a regio- lógica. Não obstante, parece haver dois elementos comuns
nalização ajuda a fomentar as forças competitivas, ambos à dinâmica do sistema econômico mundial, independen-
interagem e se fortalecem. temente da esfera, que são a aceleração da internaciona-
A globalização econômica se intensifica cada vez mais lização e o acirramento da competição. A globalização é
na economia mundial. Embora não haja ainda uma uni- um conceito novo e útil à medida que envolve a sincro-
formidade teórica de conceitos e, sob alguns aspectos, seja nia desses dois elementos.”
difícil sua caracterização, é na extraordinária mobilidade O autor cita François Chesnais, que prefere entender a
e no crescente volume dos investimentos diretos estran- globalização como “o estágio superior” da internaciona-
geiros que ela se revela mais visível. Como destaca Gon- lização, conceito que usa indiscriminadamente para tra-
çalves (1994:17), essa globalização traz, em seu bojo, tar de fenômenos envolvendo investimento externo, tec-
novas formas de produção organizada: “O avanço do pro- nologia, estruturas de mercado, organização da produção,
gresso técnico tem sido tão extraordinário que parece en- etc. (François Chesnais apud Lundvall, 1992).

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A questão da mundialização das relações econômicas senta mais polêmica. A grande maioria dos analistas, pau-
não é nova, como observa Ianni (1995:15) “... desde que tando-se nas experiências do Chile e da Argentina na dé-
o capitalismo desenvolveu-se na Europa, apresentou sem- cada de 70, defende que a melhor seqüência envolve, em
pre conotações internacionais, multinacionais, transnacio- primeiro lugar, o mercado de bens e, posteriormente, o
nais e mundiais, desenvolvidas no interior da acumula- mercado de capitais, especialmente no que se refere às
ção originária, do mercantilismo, do colonialismo, do restrições sobre o fluxo de capitais externos. Para susten-
imperialismo, da dependência e da interdependência. E tação dessa tese, apresentam-se argumentos tanto de or-
isso está evidente nos pensamentos de Adam Smith, David dem microeconômica quanto macroeconômica. Estes úl-
Ricardo, Herbert Spencer, Karl Marx, Max Weber e mui- timos baseiam-se no princípio de que o mercado de capitais
tos outros”. é mais ágil e se adapta mais rapidamente que o mercado
A reestruturação produtiva tem se dado muito em fun- de bens. Portanto, a liberalização simultânea criaria desi-
ção dessas grandes transformações, impulsionadas pela gualdades, já que o mercado de capitais alocaria recursos
abertura das economias, maior volume de investimentos com preços ainda elevados pelos anos de protecionismo,
diretos e de comércio. Os regimes de substituição de im- o que dificultaria o ajuste do mercado de bens. Outro ponto
portações (SI) começaram a ser questionados no início destacado é a agilidade de resposta do mercado de capi-
dos anos 80. Desde então, as políticas de liberalização vêm tais, o que poderia ampliar os efeitos de um erro de dosa-
se constituindo no grande condutor das políticas econô- gem na implementação da política econômica, complican-
micas dos países em desenvolvimento. do a tarefa.
O pano de fundo desse processo de liberalização é a No entanto, Lal (1987), recorrendo ao pressuposto das
crença de que o livre comércio pode proporcionar o de- expectativas racionais, responde que a demora no ajuste
senvolvimento econômico com a melhoria da qualidade do mercado de bens não implica distorções alocativas no
de vida da população, como resultado da melhor eficiên- mercado de capitais, supondo que os agentes levarão em
cia alocativa dos fatores de produção. conta os preços que prevalecerão no fim do processo.
O Brasil não foi exceção, embora tenha iniciado seu Outro argumento é que o fato de os erros da política eco-
processo de abertura econômica mais tarde do que os de- nômica tenderem a se ampliar no mercado de capitais,
mais países em desenvolvimento. A abertura intensifica- torna-se um estímulo a uma ação mais cautelosa e disci-
da a partir dos anos 90 provocou uma profunda reestrutura- plinada por parte do Estado.
ção industrial no Brasil, com impactos diretos no emprego, Do ponto de vista macroeconômico, os argumentos
embora tenha trazido benefícios para os consumidores pela destacam a possibilidade de os diferenciais de juros e ren-
maior disponibilidade de bens e serviços, melhores pre- tabilidade de investimentos incentivarem a entrada de
ços e tecnologia. recursos externos em larga escala, tendo como conseqüên-
O impacto dessa abertura na economia brasileira tem cia mais provável uma apreciação da taxa de câmbio real.2
sido significativo, em especial para o setor industrial, já Embora reconheça-se o potencial desse movimento de
que os fatores de competitividade sistêmica não foram provocar a auto-regulação, a preocupação reside em que
adaptados minimamente aos padrões internacionais, pro- ele perdure por tempo suficiente para gerar um tenden-
vocando um desafio exemplar para os produtores locais. cial excesso de endividamento externo, que é, ao mesmo
Estes, ao contrário dos concorrentes internacionais, fo- tempo, causa de conseqüência da apreciação cambial. Esse
ram penalizados com juros elevados, tributação, carência processo tende a ser compensado com desvalorizações
de infra-estrutura e excessiva burocracia. cambiais de efeito deletério sobre a economia, como ilus-
As discussões a respeito da abertura da economia vão tram os casos de Chile e Argentina nos anos 70. Outra
além dos argumentos pró e contra, englobando também a conseqüência é a deterioração do balanço de pagamentos
forma como ela ocorre. Dentre estes principais pontos, decorrente do crescente déficit em contas correntes, pres-
destacam-se os relativos ao timing, à seqüência da libera- sionado por um progressivo movimento de preços relati-
lização entre o mercado de bens e capitais e ao contexto vos desfavoráveis aos bens comercializáveis decorrente
macroeconômico. No que se refere ao timing da abertura, da dupla combinação de valorização cambial e elimina-
observa-se um razoável consenso de que o processo não ção de barreiras comerciais. Ambos os processos tendem
deve ser muito rápido para não agravar o custo do ajuste, a provocar atrasos na liberalização comercial.
especialmente o impacto sobre o nível de emprego. Mas No que diz respeito ao ambiente macroeconômico, há
também defende-se que ele não deve ser demorado a ponto consenso de que o processo de liberalização deve ocorrer
de ficar vulnerável às pressões políticas.1 em um contexto de economia estável, resultante de uma
A questão relativa à seqüência da liberalização, envol- bem-sucedida política econômica que propicie a melhor
vendo os mercados de bens e de capitais, é a que se apre- alocação de recursos. Outro ponto que aparece com des-

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taque é a necessidade de que a taxa de câmbio seja desva- Ocorre que em uma economia aberta de pouco vale a
lorizada no início do processo de abertura. Dois motivos comparação com o próprio desempenho no passado. O
justificam esta necessidade de corrigir o viés anti-expor- que precisa ser comparado, no caso dos fatores de com-
tador característico das economias fechadas e reequilibrar petitividade (que a mídia chama de “custo Brasil”), é como
o balanço de pagamentos, posteriormente à eliminação da estamos em relação aos nossos principais competidores
barreiras tarifárias e não-tarifárias (Krueger, 1984); e com- no mercado internacional. Ou seja, quanto custam, em
pensar uma usual rigidez para baixo dos salários e outros termos relativos para o produtor local, fatores como ju-
preços não-comercializáveis, o que poderia comprome- ros, impostos, infra-estrutura, exigências burocráticas, etc.
ter a rentabilidade dos bens comercializáveis (Sachs, em relação ao preço destes fatores no exterior. Destaque-
1987). A estabilidade da taxa real de câmbio seria uma se que esses aspectos não valem só para a nossa competi-
necessidade para evitar as crises no Balanço de Pagamen- tividade nas exportações, mas também para o mercado
tos e fomentar a expansão das exportações (World Bank, interno, já que os produtores locais têm de concorrer com
1991). os fornecedores internacionais.
A experiência brasileira de liberalização ocorreu em A estratégia de abertura da economia e as demais de-
duas etapas, sendo a primeira de 1988 a 1989, que se ca- cisões de política econômica precisam ser conduzidas ten-
racterizou pela redução da tarifa redundância média (de do em vista o desenvolvimento, o que significa que a fi-
41,2% para 17,8%) e pela pequena modificação na estru- xação da taxa de câmbio, por exemplo, não pode levar
tura tarifária, com a extinção de alguns regimes especiais; e em conta somente os objetivos da estabilização. Outra
a segunda a partir de 1990. As novas diretrizes de políti- questão importante é a necessidade de se incrementar as
ca industrial e de comércio exterior previam a redução exportações, como forma de evitar o potencial desequilí-
planejada e gradual das alíquotas de importação. Segun- brio na balança comercial, com os reflexos decorrentes
do o cronograma, a tarifa máxima deveria ser de 40%, a na balança de transações correntes, por um lado, e da de-
média de 14% e a modal de 20%, no final do período. terioração social e econômica, provocada por uma des-
As metas iniciais foram mantidas até outubro de 1992, necessária “exportação de empregos” por outro.
quando decidiu-se por uma antecipação de seis meses da No Brasil, após a abertura, ocorreu um substancial
redução tarifária. Posteriormente, outros fatores determi- aumento do coeficiente de importações em relação à pro-
naram alterações, como os compromissos junto ao Mer- dução, que, no total da indústria, cresceu de 4,3%, em
cosul e a política de estabilização, que passou a sobre- 1989, para 15,6%, em 1995. A análise setorial, conside-
por-se à política industrial e de comércio exterior. rando o mesmo período, indica que essa evolução para os
Em função do novo quadro imposto pela abertura, as bens de consumo duráveis foi de 7,2% para 14,2% e, para
empresas foram forçadas a aumentar substancialmente os os bens de consumo não-duráveis, de 2,8% para 7,4%.
ganhos de produtividade que, em grande parte, foram re- Mas o que mais salta à vista é o espetacular desenvolvi-
passados aos preços finais. Isto transformou o mercado, mento das importações no setor de bens de capital, cujo
que passou a contar com uma oferta mais qualificada e coeficiente subiu de 11,1% para 59,4%, praticamente
diversificada de produtos e a preços mais competitivos. aniquilando a capacidade produtiva deste setor no Brasil
No entanto, após a introdução do Plano Real e da es- (Moreira e Corrêa, 1996).
tratégia de estabilização baseada na âncora cambial, ocor- A segunda constatação importante é que o coeficiente
reu uma intensificação da abertura da economia através de exportações da indústria não cresceu na mesma velo-
da valorização da taxa de câmbio, propiciando um “sub- cidade das importações. As exportações, que representa-
sídio” aos produtos estrangeiros. Este fator foi agravado vam 10,1% da produção da indústria em 1989, cresceram
pela ausência de salvaguardas à concorrência desleal dos para 14,9% em 1995. No setor dos bens de capital, a rea-
importados, sacrificando os produtores locais e gerando ção foi mais intensa, com um crescimento de 7,2% para
forte impacto no emprego (Lacerda, 1997). 16,8%, que, no entanto, não foi suficiente para amenizar
A partir daí surgem críticas ao processo de abertura e o espetacular aumento da proporção das importações, tor-
à experiência de estabilização e ao timing e à dosagem nando a balança comercial do setor fortemente negativa
das medidas. A combinação da redução das alíquotas de (Moreira e Corrêa, 1996:27).
importação com a valorização da moeda local e a ineficá- Mas o ponto central é evitar que a abertura ocorra con-
cia e/ou inexistência dos mecanismos de proteção contra comitantemente com a valorização cambial, erro cometi-
o dumping e as práticas desleais de comércio internacio- do na estratégia brasileira. Moreira e Corrêa (1996:47)
nal tem significado um pesado ônus para o país, com a recomendam explicitamente uma desvalorização cambial:
substituição da produção local por importações, proces- “... para que não se coloquem o processo de abertura e o
so que se verifica em vários setores. sucesso dos seus resultados em risco, é preciso que se

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retorne a uma trajetória de desvalorização real da taxa de exportam o dobro (como o México) e o triplo (como a
câmbio.” China).
A valorização cambial ocorrida após a introdução do Embora em 1997 o Brasil tenha conseguido expandir
Real, em 1994, combinada com a crescente abertura da as suas exportações em quase 12%, um resultado muito
economia, foi o principal fator de expansão das importa- melhor que os 2,7% de 1996, este desempenho está aquém
ções, desproporcionalmente às exportações. De 1993 a dos verificados nos principais emergentes. Ele resultou
1997, enquanto as exportações cresceram cerca de 37%, antes de fatores esporádicos, como o aumento dos preços
as importações aumentaram 143%. O resultado é que o das commodities no mercado internacional e dos automó-
déficit da balança comercial, adicionado aos compromis- veis, em função do acordo automotivo, do que de uma
sos de pagamentos do serviço da dívida externa e às re- estratégia permanente de melhor inserção externa.
messas de lucros, fez com que o déficit em contas corren- No final de 1997, o governo divulgou o Programa Es-
tes do balanço de pagamentos evoluísse de apenas 0,3% pecial de Exportações – PEE, que pretende atingir 100
do PIB (Produto Interno Bruto), em 1994, para os alar- bilhões de dólares de exportações até o ano 2002. A fixa-
mantes 4,2%, em 1997. ção de um objetivo por si só denota uma mudança positi-
As exportações representam uma grande chance para va na forma de encarar a questão, pois até há bem pouco
melhorar a situação do balanço de pagamentos e, ao mes- tempo insistia-se erroneamente em desprezar o papel das
mo tempo, gerar maior valor agregado local, o que pro- políticas industrial e de comércio exterior como induto-
porciona mais renda e emprego. No entanto, o Brasil vem ras do desenvolvimento.
perdendo participação no comércio mundial. Estima-se Também o assunto promoção de exportações passou a
que o fluxo mundial das exportações tenha atingido 6 tri- fazer parte da pauta, a partir da criação da Agência de
lhões de dólares em 1997, dos quais participamos com Promoção de Exportações – Apex, em novembro de 1997,
apenas 0,9%. Há 12 anos chegamos a uma participação como uma das 51 medidas do pacote então divulgado,
de mercado de 1,5% e a partir daí fomos perdendo terre- como resposta à crise nos países asiáticos.
no, em função da ausência de uma combinação de políti- Embora tardia, a questão da promoção de exportações
cas que viessem a propiciar uma estratégia ativa de parti- é crucial como estratégia de ampliação de mercado, em
cipação no comércio mundial. um contexto internacional cada vez mais agressivo nessa
Uma análise dos dados do International Financial área. A despeito do discurso liberal, os principais países
Statistics Yearbook revela que, entre 1990 e 1996, enquan- desenvolvidos não têm dispensado as políticas industrial
to as exportações brasileiras cresceram 6,9% ao ano, paí- e de comércio exterior como indutoras da sua estratégia.
ses emergentes tiveram comportamento bem mais agressi- O cuidado que os EUA têm demonstrado em relação à
vo. No mesmo período, as exportações de Taiwan cresceram abertura da sua economia, ao combate à concorrência
9,2% ao ano, da Índia e do Chile 10,3%, da Coréia 12,2%, predatória, ao dumping e também à promoção de expor-
de Hong Kong 13,1%, da China 15,7%, da Malásia 17,2% tações ilustra bem o peso destas questões no cenário in-
e do México 23,4%. Com esse desempenho, países que ternacional. O governo investirá este ano 2,3 bilhões de
há dez anos exportavam o equivalente ao Brasil, hoje dólares em promoção e financiamento da venda de bens

TABELA 1
Balança de Pagamentos, segundo Indicadores Selecionados
Brasil – 1990-97

Em US$ milhões
Discriminação 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997

Balança Comercial – FOB 10.753 10.579 15.579 13.307 10.466 -3.352 -5539 -8.372
Exportações 31.414 31.620 35.793 38.563 43.545 46.506 47.747 52.986
Importações 20.661 21.041 20.554 25.256 33.079 49.858 53.286 61.358
Serviços Líquidos -15.369 -13.542 -11.339 -15.585 -14.743 -18.594 -21.707 -27.287
Juros -9.748 -8.621 -7.253 -8.280 -6.338 -8.158 -9.840 -10.388
Outros Serviços -5.621 -4.921 -4.086 -7.305 -8.405 -10.436 -11.867 -16.899
Transferências Unilaterais 834 1.556 2.243 1.686 2,588 -3.974 2.899 2.220
Transações Correntes -3.782 -1.407 6.143 -592 -1.689 -17.972 -24.347 -33.439
Capital -5.626 -4.148 25.271 10.115 14.294 29.359 32.391 26.758

Fonte: Banco Central. Elaboração do autor.

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e serviços de empresas americanas no exterior para protegê- mércio exterior e de desenvolvimento. Nesse contexto, é
las daquilo que considera como práticas desleais de comér- fundamental que cada passo da abertura seja negociado
cio e justificar as barreiras tarifárias e não-tarifárias pratica- mediante apresentação de contrapartidas dos países par-
das internamente e na negociação de acordos internacionais ceiros, já que o mercado está cada vez mais competitivo,
que propiciem benefícios para a economia do país. exigindo uma postura ativa de quem se proponha a atuar
Cerca de 20.000 funcionários federais americanos são globalmente.
comprometidos com as diversas operações nessa área, que O dado positivo nas contas externas brasileiras é que
envolvem mais de 40 agências oficiais no país e cerca de se está conseguindo melhorar a qualidade do financia-
130 representações espalhadas por 75 mercados poten- mento, não só em função da ampliação dos investimen-
ciais. A avaliação do governo de Washington, constante tos diretos, que atingiram 7 bilhões de dólares em 1997,
do relatório Estratégia Nacional de Exportações subme- mas também porque o Brasil tem conseguido alongar o
tido à apreciação do Congresso, é de que cerca de um ter- perfil da sua dívida externa no mercado internacional.
ço do crescimento da economia desde 1993 e 1,5 milhão A posição do país no ranking dos principais países re-
dos 8 milhões de empregos gerados no período resulta- cebedores de investimento evoluiu da décima sexta po-
ram diretamente das exportações, cujo crescimento acu- sição, em 1994, para a décima quarta, em 1995, e para
mulado foi de 35% entre 1993 e 1996. a quinta, em 1996.
Na Europa, há uma longa tradição de integração re- A maior captação dos investimentos diretos estrangei-
gional, a partir das bases do Mercado Comum Europeu e ros tem permitido ao Brasil elevar o potencial de poupan-
os temas referentes à política externa vêm sendo exausti- ça externa. A participação de 2,0% no PIB em 1997 é a
vamente debatidos há décadas. A Comissão Européia melhor marca desde os anos 70. A mesma tendência ob-
decidiu recentemente restabelecer um preço mínimo para serva-se em relação à participação brasileira no fluxo de
os chips importados. A iniciativa visa proteger o produ- investimentos diretos estrangeiros destinados aos países
tor local da concorrência predatória externa, especialmente em desenvolvimento, que atingiu 6,7% do total em 1996.
a asiática, que já detém mais de 60% do mercado euro- Esse desempenho também fica aquém dos anos 70, quan-
peu de 5,7 bilhões de dólares. O assunto tem sido polê- do atingiu 30%.
mico, já que atinge diretamente os produtores locais, os O estoque de investimento direto estrangeiro acumu-
consumidores e os atuais fornecedores, com destaque para lado na economia brasileira já chega aos 108 bilhões de
os japoneses. dólares. Esse aumento da participação é positivo, já que
Os principais países emergentes, em especial os asiá- representa poupança externa adicional, transferência de
ticos, também têm dado ênfase a políticas ativas de co- tecnologia e geração de renda e de postos de trabalho.

TABELA 2
Principais Países Receptores de Investimento Direto Estrangeiro
Países Selecionados – 1994-96

1994 1995 1996


Ranking
País US$ bilhões País US$ bilhões País US$ bilhões

1º Lugar EUA 49,9 EUA 60,8 EUA 84,6


2º Lugar China 33,7 China 35,8 China 42,3
3º Lugar França 16,6 França 23,7 Reino Unido 30,0
4º Lugar México 10,9 Reino Unido 22,0 França 20,8
5º Lugar Reino Unido 10,3 Suécia 14,2 Brasil 9,5
6º Lugar Espanha 9,3 Austrália 14,2 Cingapura 9,4
7º Lugar Bel./Lux. 8,5 Holanda 10,7 Indonésia 7,9
8º Lugar Holanda 7,3 Bel./Lux. 10,2 México 7,5
9º Lugar Canadá 7,2 Alemanha 8,9 Espanha 6,3
10º Lugar Suécia 6,2 México 6,9 Holanda 6,2
11º Lugar Cingapura 5,4 Cingapura 6,9 Austrália 6,0
12º Lugar Dinamarca 5,0 Espanha 6,1 Suécia 5,4
13º Lugar Malásia 4,3 Itália 4,8 Malásia 5,3
14º Lugar Suíça 4,1 Brasil 4,8 Polônia 5,1
15º Lugar Austrália 3,8 Hungria 4,5 Argentina 4,2
16º Lugar Brasil 3,0 Indonésia 4,3 Alemanha 3,8

Fonte: WIR – World Investment Report 1997/Sobeet. Elaboração do autor.

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Com base na publicação Melhores e Maiores, da re- tas exportaram 16,8 bilhões de dólares, o que represen-
vista Exame, a Sobeet (Sociedade Brasileira de Estudos tou 48,34% dos 34,7 bilhões de dólares de exportações
das Empresas Transnacionais e Globalização) identificou totais de produtos industrializados em 1996. No ano an-
as empresas cuja participação de capital estrangeiro ul- terior, as exportações das mesmas 412 empresas haviam
trapassa os 25% do capital total. Foram listadas 169 em- atingindo US$ 17,1 bilhões, ou seja, 49,26% do total.
presas de capital estrangeiro (das quais, 161 industriais) Outra característica que marca de maneira significati-
que, em 1996, realizaram vendas de 134,8 bilhões de dó- va o mercado brasileiro é o crescimento do processo de
lares (19,53% do PIB), de um universo de 500 maiores fusões e aquisições. De fato, uma tendência observada no
empresas privadas que faturaram 281,1 bilhões de dóla- novo fluxo de investimentos diretos direcionados para a
res, considerando-se não apenas empresas industriais. Ou economia brasileira é que este tem se dado muito mais na
seja, as empresas com participação de capital estrangeiro forma das fusões e aquisições, aproveitando a inserção
superior a 25% do capital total representaram 47,93% das local das firmas adquiridas, do que na forma tradicional
vendas, ao passo que as demais 331 empresas privadas de novas instalações. Aliás, uma tendência mundial.
faturaram 146,3 bilhões de dólares (52,07% do total). As A análise destes fatores mostra uma face importante
empresas industriais de capital estrangeiro entre as 500 maio- do processo de reestruturação da economia brasileira, na
res faturaram, em 1996, 126,5 bilhões de dólares, com um qual o papel das empresas transnacionais tem sido rele-
significativo avanço em relação aos anos anteriores, sobre- vante, não só pelo aumento da sua participação nos seto-
tudo devido ao incremento do processo de fusões e aquisi- res mais dinâmicos, como pelo impulso às exportações
ções de empresas brasileiras por investidores estrangeiros. de manufaturados. Para eliminar a restrição externa re-
No conjunto das 500 maiores empresas, incluindo as presentada pelo aumento do déficit em transações corren-
empresas estatais, o faturamento total alcança 361,5 bi- tes do balanço de pagamentos, torna-se imprescindível que
lhões de dólares (48,26% do PIB em 1996). Neste caso, a economia brasileira apresente taxas de crescimento das
as empresas com participação de capital estrangeiro re- exportações em níveis bastante superiores aos 2,7%, ob-
presentam 36,98% do total das vendas contra 38,75% das servados em 1996. Nesse sentido, a experiência de inter-
demais empresas privadas. Outro indicador que chama a nacionalização presente na estratégia de inserção das
atenção é a participação de 56,62% das empresas estran- empresas transnacionais pode ser crucial para o aumento
geiras entre as 100 maiores indústrias no país, o que de- da capacidade exportadora brasileira, a partir da base lo-
monstra que os setores mais dinâmicos da indústria bra- cal instalada.
sileira tem a liderança das empresas de capital estrangeiro. A economia de escala representada pelo volume do
Outro aspecto a se destacar é a crescente participação mercado brasileiro pode significar uma vantagem com-
das empresas de capital estrangeiro nas atividades de petitiva a ser aproveitada na estratégia exportadora. Para
empresas comerciais (29,72% entre as 50 maiores empre- isso, é fundamental eliminar as “desvantagens competiti-
sas comerciais incluindo estatais) e nas atividades bancá- vas” e estabelecer um programa conjunto de promoção
rias, com base nos empréstimos e financiamentos conce- de exportações entre entidades representativas empresa-
didos (13,78% do total incluindo bancos estatais). Ou seja, riais e governo, a exemplo do que ocorre em outros paí-
estes dados também revelam uma expressiva participa- ses emergentes que, entre outras ações, vêm operando de
ção no setor terciário da economia, o que deve se acen- forma agressiva nos principais mercados mundiais.
tuar com a evolução do mercado potencial e os efeitos da É preciso incentivar formas de integração aproveitan-
estabilização da economia brasileira. do a inserção das transnacionais já instaladas no Brasil,
As exportações totais brasileiras de produtos indus- que respondem por 48% das exportações industriais bra-
trializados mantiveram-se estáveis em 1996, comparati- sileiras. Ressalte-se que, em nível mundial, as empresas
vamente ao resultado de 1995, e representaram 72,76% multinacionais respondem por cerca de dois terços de todo
da pauta brasileira. As exportações de produtos industria- o volume exportado.
lizados por empresas com participação de capital estran- No tocante à abertura da economia, é importante evi-
geiro (participação superior a 25% do capital) já repre- tar a superexposição do produtor local com a sobrevalo-
sentam quase 50% desse total. rização do câmbio, ao mesmo tempo em que se reduzem
Com base em dados da Secex – Secretaria de Comér- as alíquotas de importação. Da mesma forma, é funda-
cio Exterior do Ministério da Indústria, do Comércio e mental que cada passo da abertura seja negociado mediante
do Turismo, a Sobeet classificou, dentre cerca de 16.000 apresentação de contrapartidas dos países parceiros. Do
exportadores brasileiros, 412 empresas industriais (pro- contrário, o cenário indesejado da crescente vulnerabili-
dutoras de manufaturados e semimanufaturados) com par- dade externa do país leva inevitavelmente a erros na po-
ticipação de capital estrangeiro. Estas empresas jun- lítica econômica, câmbio e comércio exterior.

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GLOBALIZAÇÃO E REESTRUTURAÇÃO PRODUTIVA: O BRASIL NA BERLINDA?

Preocupa alguns dos críticos da política econômica países que iniciaram há muito tempo a privatização des-
atual a sustentabilidade do modelo de inserção da econo- sas áreas mostra-nos as dificuldades da regulamentação.
mia brasileira, ao mesmo tempo em que se mantêm juros Isto significará um desafio ampliado para o futuro da eco-
elevados e o câmbio sobrevalorizado.3 nomia brasileira.
O governo indica a desvalorização gradual do real como
forma de amenizar os problemas dos produtores locais e
exportadores e as privatizações previstas como grande NOTAS
trunfo de que dispõe a economia brasileira para o rompi- E-mail do autor: lacerda@cofecon.org.br
mento de dois grandes gargalos no desenvolvimento. O Trabalho apresentado no Painel “A inserção do Brasil na nova ordem econômica
primeiro é a questão externa, como atrativo para novos internacional”, no IV Encontro Nacional de Estudos Estratégicos, realizado na
Unicamp, de 11 a 13 de maio de 1998.
investimentos diretos; e o segundo, a superação das res- Este assunto é melhor explorado pelo autor em Lacerda (1998).
trições de recursos estatais para financiar os elevados in- 1. Segundo Moreira e Corrêa (1996) esse argumento aparece em vários autores, en-
vestimentos em infra-estrutura necessários para suportar tre os quais destaca-se World Bank (1991), que é mais específico, afirmando que “a
experiência dá suporte para uma liberalização substancial e abrangente no prazo de
o crescimento continuado. cinco anos, com medidas importantes e decisivas sendo tomadas no primeiro ano”.
Iniciado em 1990, o Programa Nacional de Deses- 2. A apreciação da taxa de câmbio real se daria em função da valorização da taxa
de câmbio nominal, em regime de taxas flexíveis, ou através da expansão da
tatização (PND) já promoveu a transferência para o setor base monetária, em um regime de taxas cambiais fixas.
privado de 76 empresas, das quais 56 de âmbito federal, 3. O tema tem suscitado intenso debate em que, por um lado membros da equipe
econômica, como Franco (1996) e Mendonça de Barros e Goldenstein (1997)
15 estaduais e cinco na área de telecomunicações. Esse apostam na estratégia atual e análises críticas do processo, enquanto outros, como
processo propiciou uma receita de 37,6 bilhões de dóla- Laplane e Sarti (1997) apontam a excessiva tendência dos novos investimentos
estarem voltados para os setores de não comercializáveis, o que pode provocar
res com a venda das empresas e permitiu a transferência constrangimentos no financiamento do balanço de pagamentos, e Lacerda (1997)
de dívidas do Estado, da ordem de 10 bilhões de dólares, revela distorções entre a política de estabilização e a ausência de uma melhor
definição de políticas de competitividade.
para os adquirentes. A participação dos investidores es- 4. As recém-criadas Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), Anatel (Agên-
trangeiros atingiu, nesse período, 27,6% do total arreca- cia Nacional de Telecomunicações) e ANP (Agência Nacional do Petróleo).
do, sendo que, os americanos representam a maior fatia
(17,%), seguidos dos espanhóis (4,0%), os chilenos (2,1%)
e dos franceses (1,3%). REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Após a crise nos países asiáticos, no final do segundo


BANCO CENTRAL DO BRASIL. Diretoria de Política Econômica. Departa-
semestre de 1997, o governo brasileiro elevou substan- mento Econômico. Nota para a imprensa. Diversos números.
cialmente as taxas de juros, que chegaram a 43% ao ano e COUTINHO, L. “O desafio da competitividade sistêmica no Brasil”. Inserção
na economia global: uma reapreciação. São Paulo, Fundação Konrad-
vêm sendo gradualmente reduzidas, e promoveu um ajuste Adenauer, Série Pesquisas, n.8, 1997.
fiscal visando melhorar a situação fiscal em 20 bilhões FRANCO, G.H.B. A inserção externa e o desenvolvimento. S/l/s/n./ jun. 1996, mimeo.
de dólares em 1998. Essas duas medidas combinadas, mais GONÇALVES, R. Transformações globais, empresas transnacionais e compe-
titividade internacional do Brasil. Rio de Janeiro, Instituto de Economia
os reflexos da crise asiática no mercado internacional, de- Industrial, Universidade Federal do Rio de Janeiro, n.320, setembro 1994
vem limitar substancialmente a capacidade de crescimento (Texto para discussão).
da economia brasileira em 1998. __________ . “Globalização e emprego”. Revista Brasileira de Comércio Exte-
rior. Rio de Janeiro, Funcex, n.46, janeiro/março 1995.
O efeito colateral do baixo crescimento será, no en- GUIMARÃES, E.A. A experiência recente da política industrial no Brasil – uma
tanto, positivo no setor externo. Isso porque haverá uma avaliação. Instituto de Economia Industrial. Universidade Federal do Rio
de Janeiro. Rio de Janeiro, n.326, março 1995 (Texto para discussão).
melhoria na situação da balança comercial, o que repre-
IANNI, O. Teorias da globalização. Rio de Janeiro, Editora Civilização Brasi-
sentará uma redução do déficit em transações correntes leira, 1995.
previsto para 30 bilhões de dólares em 1998. Há uma ex- IMF. International Financial Statistics Yearbook. Washington, vários números.
pectativa de arrecadação de 70 a 80 bilhões de dólares, KRUEGER, A. “Trade policies in developing countries”. In: JONES, R.W. e
KENEN, P.B. (eds.). Handbook for international economics. Amsterdam,
considerando as privatizações programadas para o perío- Elsivier Science Publishers, v.1, 1984.
do 1998-2000. Uma parcela significativa desses recursos LACERDA, A.C. de. “Os paradoxos da política econômica do real”. In:
SAWAYA, R.R. (org.). O Plano Real e a política econômica. Cadernos
deve vir do exterior, tendo em vista a atratividade que re- PUC Economia. São Paulo, Educ, n.2, 1996, p.13-29.
presentam principalmente os setores de energia e teleco- __________ . “O ‘custo’ Brasil em um contexto de globalização da economia”.
Economia & Empresa. São Paulo, Universidade Mackenzie, V. 3, n.3, ju-
municações na economia brasileira. lho/setembro 1996b, p.77-86.
No entanto, a privatização não deve ser vista como uma __________ . “Política de estabilização, balança comercial e reestruturação pro-
solução fácil, já que não é um fim em si mesmo, mas um dutiva: algumas considerações”. In: MARQUES, R.M. (org.). Mercado de
trabalho e estabilização. Cadernos PUC-Economia. São Paulo, Educ, n.4,
meio de superar restrições orçamentárias. A passagem do 1997, p.11-30.
papel do Estado brasileiro de produtor para regula- __________ . O impacto da globalização na economia brasileira. São Paulo,
Ed. Contexto, 1998.
mentador dessa área exige um esforço regulatório, a ser
LAL, D. “The political economy of economic liberalization”. The world bank
coordenado pelas agências reguladoras. Os exemplos de economic review. N.1, 1987, p.273-299.

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SÃO PAULO EM PERSPECTIVA, 12(3) 1998

LAPLANE, M. e SARTI, F. “Investimento direto estrangeiro e a retomada do OMAN, C. “Globalização e regionalização: o desafio para os países em desen-
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n.8, jun. 1997, p.143-81. SACHS, J. “Trade and exchange rate policies in growth-oriented adjustment
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1987.
MENDONÇA DE BARROS, J.R. e GOLDENSTEIN, L. “Avaliação do proces-
so de reestruturação industrial brasileiro”. Revista de Economia Política. SOBEET. Sociedade Brasileira de Estudos de Empresas Transnacionais e Glo-
São Paulo, v.17, n.2, Editora 34, 1997. balização Econômica. Carta da Sobeet, vários números.
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