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COMISSÃO INTERNA DE

PREVENÇÃO DE ACIDENTES

CURSO PARA MEMBROS DA


COMISSÃO INTERNA DE
PREVENÇÃO DE ACIDENTES -
CIPA

EM CONFORMIDADE COM A
NORMA REGUALAMENTADORA
NR-5

ELABORADO POR:

PRESTAR ENGENHARIA LTDA.

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COMISSÃO INTERNA DE
PREVENÇÃO DE ACIDENTES

SUMÁRIO
CAPÍTULO 1 – CONHECENDO A SEGURANÇA DO TRABALHO..............................................................................................3

1 EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA SEGURANÇA..............................................................................................................3


2 FUNDAMENTAÇÃO LEGAL DA FORMAÇÃO DA CIPA.............................................................................................4
3 QUAL O OBJETIVO DA CIPA...................................................................................................................................4
4 O QUE É RISCO......................................................................................................................................................4
5 DEFINIÇÃO DE ACIDENTE....................................................................................................................................5
6 ACIDENTE DO TRABALHO....................................................................................................................................5
7 POR QUE OS ACIDENTES ACONTECEM.................................................................................................................8
CAPÍTULO 2 - RISCOS AMBIENTAIS....................................................................................................................................13
1 AGENTES FÍSICOS...............................................................................................................................................14
2 AGENTES QUÍMICOS...........................................................................................................................................19
3 RISCOS BIOLÓGICOS...........................................................................................................................................21
4 AGENTES ERGONÔMICOS...................................................................................................................................22
5 AGENTES MECÂNICOS........................................................................................................................................24
CAPÍTULO 3 – MAPA DE RISCOS.........................................................................................................................................27
1 OBJETIVO............................................................................................................................................................27
2 LEGISLAÇÃO........................................................................................................................................................27
3 GRADUAÇÃO DOS RISCOS ENCONTRADOS........................................................................................................28
4 ETAPAS DO MAPA DE RISCOS AMBIENTAIS.......................................................................................................28
CAPÍTULO 4 – EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL............................................................................................34
1 EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO COLETIVA – EPC................................................................................................34
2 EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL – EPI.............................................................................................36
CAPÍTULO 5 – INSPEÇAO DE SEGURAÇA............................................................................................................................46
1 TIPOS DE INSPEÇÕES..........................................................................................................................................46
2 FASES DA INSPEÇÃO...........................................................................................................................................47
3 RELATÓRIO DE INSPEÇÃO..................................................................................................................................47
CAPÍTULO 6 – INVESTIGAÇÃO DE ACIDENTES...................................................................................................................49
1 REGRAS BÁSICAS................................................................................................................................................49
2 ANÁLISE DO ACIDENTE......................................................................................................................................50
3 CADASTRO DE ACIDENTADOS............................................................................................................................50
4 DIAS PERDIDOS..................................................................................................................................................51
5 DIAS DEBITADOS................................................................................................................................................52
6 ESTATÍSTICA DOS ACIDENTES...........................................................................................................................53
7 TAXA DE FREQUÊNCIA........................................................................................................................................53
8 TAXA DE GRAVIDADE.........................................................................................................................................54
9 COMUNICAÇÃO DE ACIDENTE DO TRABALHO - CAT.........................................................................................55
CAPÍTULO 7 – LEGISLAÇÃO................................................................................................................................................57
1 LEGISLAÇÃO TRABALHISTA – CLT......................................................................................................................57
2 LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA – INSS...............................................................................................................68
3 NORMAS REGULAMENTADORAS – NR’S.............................................................................................................71
4 NORMA REGULAMENTADORA N°5 – COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES...........................72
CAPÍÍTULO 8 – AÍDS..............................................................................................................................................................81

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COMISSÃO INTERNA DE
PREVENÇÃO DE ACIDENTES

CAPÍTULO 1 – CONHECENDO A SEGURANÇA DO TRABALHO

1 EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA SEGURANÇA

1700 – Publicado na Ítaá lia o livro “De Morbis Artificum Diatriba” (As Doenças
dos Trabalhadores), de autoria de Bernardino Ramazzini. Foram agrupados os
sintomas clíánicos e relacionados a cinquenta profissoõ es diversas. Tem iníácio,
assim, a descoberta do binoô mio DOENÇA/TRABALHO.

1760 – Íníácio da REVOLUÇAÃ O ÍNDUSTRÍAL. Constituíáda principalmente pela


maõ o-de-obra de mulheres e crianças, naõ o existia o limite de horaá rio no trabalho,
e menos ainda a higiene das faá bricas, resultando um grande nuá mero de acidentes
e doenças infecto-contagiosas.

1802 – Surge na Ínglaterra a “Lei de Sauá de e Moral dos Aprendizes”, limitando a


doze horas de jornada de trabalho/dia, proibindo o trabalho noturno e
obrigando os empregadores a lavar as paredes das faá bricas duas vezes por
semana e melhorar a ventilaçaõ o.

1830 – Rober Baker recomenda aos empregadores a contrataçaõ o de um meá dico


que visite as faá bricas e verifique a influeô ncia do trabalho na s crianças. Surge o
primeiro Serviço Meá dico Índustrial.

1834 – “Lei das Faá bricas”, proíábe o trabalho noturno para menores de 18 anos,
restringe o trabalho do menor a 12 horas por dia e 69 horas por semana; exige
escola nas faá bricas para todos os trabalhadores menores de 13 anos; limita a
idade míánima para o trabalho em 9 anos e obriga a apresentaçaõ o de um atestado
meá dico para comprovar que o desenvolvimento fíásico das crianças corresponde aà
sua idade cronoloá gica.

1919 – Criaçaõ o da Organizaçaõ o Ínternacional do Trabalho – OÍT, a partir do


Tratado de Versalhes eá vinculada aà Organizaçaõ o das Naçoõ es Unidas – ONU. Possui
a responsabilidade de estipular paraô metros de legislaçaõ o trabalhista a serem
observados pelos paíáses filiados, inclusive no que diz respeito aà Segurança e
Medicina do Trabalho.

BRASIL – Início das medidas relativas à proteção dos trabalhadores.

1923 – Decreto n. 16.027, criando o Conselho Nacional do Trabalho.


1930 – Criaçaõ o do Ministeá rio do Trabalho, Índuá stria e Comeá rcio.
1943 – Criaçaõ o da Consolidaçaõ o das Leis do Trabalho – CLT.

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COMISSÃO INTERNA DE
PREVENÇÃO DE ACIDENTES

2 FUNDAMENTAÇÃO LEGAL DA FORMAÇÃO DA CIPA

CLT/1943 – Ínstitui a obrigatoriedade legal das empresas que admitem


trabalhadores como empregados de constituíárem CÍPA – Comissaõ o Ínterna de
Prevençaõ o de Acidentes, prevista no Capíátulo V da CLT – Consolidaçaõ o das Leis do
Trabalho, conforme Decreto-lei n.7.036/44, considerado como marco zero na
prevençaõ o de acidentes no Brasil.

Lei n. 6.514/77 – Define que a regulamentaçaõ o da CÍPA – Comissaõ o Ínterna


de Prevençaõ o de Acidentes eá do aô mbito da Legislaçaõ o Trabalhista.

Portaria n.3.214/78 – Ínstitui as NRs – Normas Regulamentadoras, entre as


quais a NR-5, que trata especificamente sobre a CÍPA – Comissaõ o Ínterna de
Prevençaõ o de Acidentes.

NR-5 – Normatizaçaõ o que define a constituiçaõ o, organizaçaõ o, atribuiçoõ es,


funcionamento, treinamento e processo eleitoral da CÍPA – Comissaõ o Ínterna de
Prevençaõ o de Acidentes.

Portaria n. 8/99 – Atualiza o texto da Portaria n. 3.214/78, que eá , na presente


data, a legislaçaõ o vigente sobre a CÍPA – Comissaõ o Ínterna de Prevençaõ o de
Acidentes.

3 QUAL O OBJETIVO DA CIPA

A CÍPA tem como objetivo, desenvolver atividades voltadas


para a prevençaõ o de acidentes e doenças no trabalho, e a
promoçaõ o da qualidade de vida dos trabalhadores.

4 O QUE É RISCO

Risco eá a probabilidade de ocorreô ncia de um evento causador de lesoõ es aà s


pessoas e ou danos ao ambiente, suas consequü eô ncias podem ser leves ou graves,
temporaá rias ou permanentes, parciais ou totais.

O descumprimento das normas de segurança e a falta de organizaçaõ o no


ambiente de trabalho aumentam o risco de acidentes. Os cipeiros teô m importaô ncia
fundamental no controle e equilíábrio dos riscos existentes no ambiente de trabalho
de suas empresas.

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COMISSÃO INTERNA DE
PREVENÇÃO DE ACIDENTES

5 DEFINIÇÃO DE ACIDENTE

Do ponto de vista prevencionista, acidente eá “uma ocorreô ncia naõ o


programada e indesejada, inesperada ou naõ o, que interrompe ou interfere no
processo normal de uma atividade, trazendo por consequü eô ncia dor, perdas
ou morte”.

Com base nesta conceituaçaõ o, conclui-se que, para que um fato seja
interpretado como acidente, naõ o eá necessaá rio que ele produza uma víátima.
Um simples escorregaõ o ou tropeço, mesmo naõ o provocando qualquer lesaõ o,
jaá pode ser classificado como acidente, pois estaá interrompendo uma
atividade normal e resultando em perda de tempo.

6 ACIDENTE DO TRABALHO

“Acidente do trabalho eá o que ocorre pelo exercíácio do trabalho a


serviço da empresa ou, ainda, pelo exercíácio do trabalho dos segurados
especiais, provocando lesaõ o corporal ou perturbaçaõ o funcional que cause a
morte, a perda ou a reduçaõ o, permanente ou temporaá ria, da capacidade para
o trabalho”, de acordo com o Regulamento dos Benefíácios da Prevideô ncia
Social, Decreto Nº 2.172 de 05/03/97.

Constam tambeá m desse Regulamento, para efeito dos benefíácios da


Prevideô ncia Social, a doença profissional, que eá produzida ou desencadeada
pelo exercíácio de trabalho peculiar a determinada atividade, e a doença do
trabalho, que eá adquirida ou desenvolvida em funçaõ o de condiçoõ es especiais
em que o trabalho eá realizado e com ele relaciona diretamente (desde que
conste da relaçaõ o de doenças do trabalho do referido Regulamento).

Equiparam-se, ainda, ao acidente do trabalho:

 O acidente ligado ao trabalho que, embora naõ o tenha sido a causa uá nica,
tenha contribuíádo para a morte do segurado, para a perda ou reduçaõ o de
sua capacidade para o trabalho, ou tenha produzido lesaõ o que exija
atençaõ o meá dica para sua recuperaçaõ o;

 O acidente sofrido pelo segurado no local e no horaá rio de trabalho, em


consequü eô ncia de:
 Ato de sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou
companheiro de trabalho;
 Ofensa fíásica intencional de terceiro por motivo de disputa
relacionada com o trabalho;

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COMISSÃO INTERNA DE
PREVENÇÃO DE ACIDENTES

 Ato de imprudeô ncia, negligeô ncia ou imperíácia de terceiro ou de


companheiro de trabalho;
 Ato de pessoa privada do uso da razaõ o, ou
 Desabamento, inundaçaõ o e outros casos fortuitos decorrentes de
força maior;

 A doença proveniente de contaminaçaõ o acidental do empregado durante o


exercíácio de sua atividade;

 O acidente sofrido, ainda que fora do local e horaá rio de trabalho:


 Na execuçaõ o de ordem ou na realizaçaõ o de serviços sob autoridade
da empresa;
 Na prestaçaõ o espontaô nea de qualquer serviço aà empresa para lhe
evitar prejuíázo ou proporcionar proveito;
 Em viagem a serviço da empresa e financiada por ela, inclusive para
estudo, dentro de seus planos para melhor capacitaçaõ o da maõ o-de-
obra, independentemente do meio de locomoçaõ o utilizando, inclusive
veíáculo de propriedade do segurado;
 No percurso da resideô ncia para o local de trabalho, ou deste para
aquela, qualquer que seja o meio de locomoçaõ o, inclusive veíáculo de
propriedade do segurado.

O Artigo 133 do referido decreto determina ainda que:

 Nos períáodos destinados a refeiçaõ o ou descanso, ou por ocasiaõ o da


satisfaçaõ o de outras necessidades fisioloá gicas, no local de trabalho ou
durante este, o empregado eá considerado no exercíácio do trabalho.
(Paraá grafo 1º)

 Naõ o eá considerada agravaçaõ o ou complicaçaõ o de acidente do trabalho a


lesaõ o que resulte de acidente de outra origem e se associe ou se
superponha aà s consequü eô ncias do anterior. (Paraá grafo 2º).

 Considerar-se-aá como dia do acidente, no caso de doença profissional ou


do trabalho, a data do iníácio da incapacidade laborativa para o exercíácio
da atividade habitual, ou o dia da segregaçaõ o compulsoá ria, ou do dia em
que foi realizado o diagnoá stico, valendo para este efeito o que ocorrer
primeiro. (Paraá grafo 3º)

 Seraá considerado agravamento de acidente do trabalho aquele sofrido


pelo acidentado quando estiver sob responsabilidade da Reabilitaçaõ o
Profissional. (Paraá grafo 4º)

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COMISSÃO INTERNA DE
PREVENÇÃO DE ACIDENTES

Em caso de acidente de trabalho, o acidentado e seus dependentes,


independentemente de careô ncia, teô m direito a:

 O segurado:
 Auxíálio doença;
 Aposentadoria por invalidez;
 Auxíálio acidente.

 O dependente: pensaõ o por morte;

 O segurado e o dependente: pecuá lio.

O Decreto Nº 2.172 estabelece tambeá m que:

 O segurado que sofreu acidente do trabalho tem garantida, pelo prazo


míánimo de 12 (doze) meses, a manutençaõ o de seu contrato de trabalho na
empresa, apoá s a cessaçaõ o do auxíálio-doença acidentaá rio,
independentemente da percepçaõ o de auxíálio-acidente. (Artigo 153).

 O pagamento pela Prevideô ncia Social das prestaçoõ es por acidente do


trabalho naõ o exclui a responsabilidade civil da empresa ou de outrem.
(Artigo 156)

 A empresa eá responsaá vel pela adoçaõ o e uso das medidas coletivas e


individuais de proteçaõ o e segurança da sauá de do trabalhador. (Artigo 157)

 Constitui contravençaõ o penal, puníável com multa, deixar a empresa de


cumprir as normas de segurança e higiene do trabalho. (Paraá grafo 1º)

 EÍ dever da empresa prestar informaçoõ es pormenorizadas sobre os riscos


da operaçaõ o a executar e do produto a manipular. (Paraá grafo 2º)

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COMISSÃO INTERNA DE
PREVENÇÃO DE ACIDENTES

7 POR QUE OS ACIDENTES ACONTECEM

Ao avaliarmos as circunstaô ncias envolvidas em um acidente do trabalho,


observamos a presença de duas causas determinadas do fato:

1ª Causas Previsíveis – Correspondem a 98% dos Acidentes

Saõ o os acidentes que poderiam ser evitados pela adoçaõ o de medidas


preventivas, quer pela empresa quer pelo empregado, e estaõ o diretamente
relacionadas aà s AÇOÔ ES E SÍTUAÇOÔ ES de risco previsíáveis de ocorreô ncia.

Atos Inadequados

 Ação de Risco Provocado pelo Fator Humano

Saõ o atitudes comportamentais em que o funcionaá rio se expoõ e ao risco de


sofrer ou produzir acidentes, e caracteriza-se pelo descumprimento das normas de
segurança.
O fator humano corresponde a aproximadamente 70% das causas dos
acidentes nas empresas, e estaá relacionado direta e indiretamente com a ocorreô ncia
de atos inadequados que podem ser assim divididos:

a) Fatores físicos e biológicos:

Íncompatibilidade entre o homem e a funçaõ o, pela idade, sexo, medidas


antropomeá tricas, visaõ o, etc.;

b) Fatores emocionais e psicológicos:

Ínstabilidade emocional, problemas pessoais, desajustamento social, etc.;

c) Fatores organizacionais:

Falta de programas e investimento em segurança, seleçaõ o de pessoal ineficaz,


falta de qualificaçaõ o e treinamento de pessoal, etc.

Exemplos de Atos Inadequados

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COMISSÃO INTERNA DE
PREVENÇÃO DE ACIDENTES

 Naõ o usar os Equipamentos de Proteçaõ o Índividual – EPÍ’s;


 Desligar dispositivos de proteçaõ o coletiva de maá quinas e/ou
equipamentos;
 Operar em maá quinas ou outros equipamentos sem habilitaçaõ o;
 Usar roupas (Uniforme) inadequadas para o trabalho;
 Distrair-se ou realizar brincadeiras durante o trabalho;
 Utilizar ferramentas inadequadas;
 Manusear, misturar ou utilizar produtos quíámicos sem conhecimento;
 Dirigir ou operar veíáculos de forma imprudente, em alta velocidade
ou sem habilitaçaõ o;
 Trabalhar sob efeito de aá lcool e/ou outras drogas;
 Fumar em locais improá prios e proibidos;
 Atravessar a rua sem observar a sinaleira;
 Carregar nos bolsos ferramentas cortantes ou pontiagudas;
 Usar ar comprimido para efetuar limpeza em uniforme ou no proá prio
corpo;
 Guardar material de limpeza, remeá dio, inseticidas, tintas ou
combustíáveis em lugar inadequado;
 Carregar peso superior ao recomendado ou de modo a dificultar a
visaõ o;
 Andar de motocicleta sem capacete.

Condições Inadequadas:

 Situações de risco Gerado Pelo Fator Ambiente

Saõ o situaçoõ es de risco presentes no local de trabalho que podem causar


acidentes e doenças aos funcionaá rios.

As condiçoõ es inadequadas de trabalho representam aproximadamente 30%


dos acidentes ocorridos nas empresas, e estaõ o associados aà falta de planejamento,
prevençaõ o ou omissaõ o de provideô ncias relacionadas aà organizaçaõ o, segurança e
higiene no ambiente fíásico do local de trabalho, que podem ser divididos da
seguinte forma:

a) Ambiente:

Íluminaçaõ o deficiente, excesso de ruíádo, temperaturas extremas, etc.

b) Edificações

Colunas e vigas mal dimensionadas, piso irregular, escadas inadequadas, etc.


c) Arranjo Físico:

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COMISSÃO INTERNA DE
PREVENÇÃO DE ACIDENTES

Equipamentos mal posicionados, falta de sinalizaçaõ o, falta de organizaçaõ o,


etc.

d) Maquinário:

Falta de proteçaõ o em partes moá veis, deficieô ncia de manutençaõ o, ferramentas


defeituosas, etc.

Proteçaõ o dos Funcionaá rios:

Falta de EPÍ, falta de treinamento, etc.

2ª Causas Imprevisíveis Correspondem a 2% dos Acidentes

Saõ o causas de acidentes que naõ o podem ser desconsideradas, poreá m sua
prevençaõ o eá de difíácil adoçaõ o, haja vista que as causas imprevisíáveis normalmente
superam o dimensionamento e planejamento preventivos.

Os principais exemplos são relacionados a fenômenos naturais, tais


como:

 Descarga eleá trica de um raio em quantidade superior aà dimensionada


pelo dispositivo de paá ra-raios da empresa, provocando choque
eleá trico em funcionaá rios.

 Excesso de chuvas, em quantidade superior aà capacidade da rede de


esgoto fluvial da empresa, provocando inundaçaõ o e suas
consequü eô ncias.

 Vendaval, quando o telhado naõ o suporta a força do vento, que lança


telhas que acabam atingindo funcionaá rios e clientes.

Número de Acidentes e doenças do Trabalho no Brasil

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PREVENÇÃO DE ACIDENTES

Acidentes
Ano Trabalhadores Doenças Óbitos Total
Típico Trajeto

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PREVENÇÃO DE ACIDENTES

1970 7.284.022 1.199.672 14.502 5.937 2.232 1.220.111


1971 7.553.472 1.308.335 18.138 4.050 2.587 1.330.523
1972 8.148.987 1.479.318 23.389 2.016 2.854 1.504.723
1973 10.956.956 1.602.517 28.395 1.784 3.173 1.632.696
1974 11.537.024 1.756.649 38.273 1.839 3.833 1.796.761
1975 12.996.796 1.869.689 44.307 2.191 4.001 1.916.187
1976 14.945.489 1.692.833 48.394 2.598 3.900 1.743.825
1977 16.589.605 1.562.957 48.780 3.013 4.445 1.614.750
1978 16.638.799 1.497.934 48.511 5.016 4.342 1.551.461
1979 17.637.127 1.388.525 52.279 3.823 4.673 1.444.627
1980 18.686.355 1.404.531 55.967 3.713 4.824 1.464.211
1981 19.188.536 1.215.539 51.722 3.204 4.808 1.270.465
1982 19.476.362 1.117.832 57.874 2.766 4.496 1.178.472
1983 19.671.128 943.110 56.989 3.016 4.214 1.003.115
1984 19.673.915 901.238 57.054 3.233 4.508 961.525
1985 21.151.994 1.010.340 63.515 4.006 4.384 1.077.861
1986 22.163.827 1.129.152 72.693 6.014 4.578 1.207.859
1987 22.617.787 1.065.912 64.830 6.382 5.738 1.137.124
1988 23.661.579 926.356 60.202 5.025 4.616 991.583
1989 24.486.553 825.081 58.524 4.838 4.554 888.443
1990 23.198.656 632.012 56.343 5.217 5.355 693.572
1991 23.004.264 579.362 46.679 6.281 4.527 632.322
1992 22.272.843 490.916 33.299 8.299 3.516 532.514
1993 23.165.027 374.167 22.709 15.417 3.110 412.293
1994 23.667.241 350.210 22.824 15.270 3.129 388.304
1995 23.755.736 374.700 28.791 20.646 3.967 424.137
1996 23.838.312 325.870 34.696 34.889 4.488 395.455
1997 24.140.428 347.482 37.213 36.648 3.469 421.343
1998 24.491.635 347.738 36.114 30.489 3.793 414.341
1999 24.993.265 326.404 37.513 23.903 3.896 387.820
2000 26.228.629 304.963 39.300 19.605 3.094 363.868
2001 27.189.614 282.965 38.799 18.487 2.753 340.251
2002 28.683.913 323.879 46.881 22.311 2.968 393.071
2003 29.544.927 325.577 49.642 23.858 2.674 399.077
2004 31.407.576 375.171 60.335 30.194 2.839 465.700
2005 33.238.617 398.613 67.971 33.096 2.766 499.680
2006 35.155.249 407.426 74.636 30.170 2.798 512.232
2007 37.607.430 417.036 79.005 22.374 2.845 659.523
2008 39.441.566 438.536 88.156 18.576 2.757 747.663
TOTAL 860.091.241 33.320.547 1.865.244 490.194 147.504 36.019.488
Fonte: BEAT, ÍNSS
“Aproximadamente 10 (dez) trabalhadores morrem por dia, vítimas de
acidente do trabalho no Brasil.”

POR QUE OS ACIDENTES ACONTECEM

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COMISSÃO INTERNA DE
PREVENÇÃO DE ACIDENTES

Causas
CONDIÇÕES Causas Previsíveis
Imprevisíveis
Ex: Fenômenos
Condições
ORIGEM Atos Inadequados Climáticos e atos
Inadequadas
terroristas
FATOR DE ORIGEM Humano Ambiente X
PARTICIPAÇÃO 70% dos* 30% dos*
X
PERCENTUAL Acidentes acidentes
INCIDÊNCIA DAS CAUSAS 98% dos Acidentes* 2% dos Acidentes*
*Percentuais Aproximados

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COMISSÃO INTERNA DE
PREVENÇÃO DE ACIDENTES

CAPÍTULO 2 - RISCOS AMBIENTAIS


Os riscos ambientais incluem-se nas condiçoõ es inseguras e constituem um
capíátulo importante no estudo de medidas preventivas de acidentes e doenças do
trabalho.

A Portaria No 5, de 17/8/1992, do Ministeá rio do Trabalho, por meio da


Norma Regulamentadora NR-9, definiu o que saõ o considerados riscos ambientais.

Consideram-se riscos ambientais os agentes fíásicos, quíámicos e bioloá gicos


existentes nos ambientes de trabalho capazes de causar danos aà sauá de do
trabalhador em funçaõ o de sua natureza, concentraçaõ o, ou intensidade, e tempo de
exposiçaõ o.

 Consideram-se agentes físicos, entre outros: os ruíádos, as vibraçoõ es,


as temperaturas anormais, as pressoõ es anormais, as radiaçoõ es
ionizantes, as radiaçoõ es naõ o-ionizantes, a iluminaçaõ o e a umidade.

 Consideram-se agentes químicos, entre outros: as neá voas, as


neblinas, as poeiras, os fumos, os gases e os vapores.

 Consideram-se agentes biológicos, dentre outros: as bacteá rias, os


fungos, os protozoaá rios e os víárus.

Consideram-se ainda riscos ambientais, para efeito das NR, os agentes


ergonômicos e mecânicos existentes nos locais de trabalho, capazes de provocar
lesoõ es aà integridade fíásica do trabalhador.

Os agentes passíáveis de produzir condiçoõ es insalubres ou perigosas no


ambiente de trabalho constam das NR sobre “Atividades e operaçoõ es insalubres”
(NR-15) e “Atividades e operaçoõ es perigosas” (NR-16).

14
COMISSÃO INTERNA DE
PREVENÇÃO DE ACIDENTES

1 AGENTES FÍSICOS

Saõ o as temperaturas excessivamente altas ou baixas, os ruíádos, as vibraçoõ es,


as pressoõ es muito baixas ou muito altas, as radiaçoõ es, a iluminaçaõ o, a umidade,
causadores de danos ou incoô modos ao ser humano.

RUÍDO

Os danos causados pelo ruíádo ao sistema auditivo humano estaõ o ligados a


dois fatores:

 Frequü eô ncia (exposiçaõ o prolongada ou constante);

 Íntensidade (ruíádos muito fortes).

Exemplos de fontes de ruíádos em níáveis bastante elevados presentes em


centros industriais ou urbanos: maquinaá rio (leve ou pesado, fixo ou moá vel),
veíáculos automotores em geral, serras, compressores etc.

A exposiçaõ o prolongada ou constante a ruíádos intensos poderaá ter efeitos


diretos e indiretos no organismo humano:

 Efeitos diretos: reduçaõ o da capacidade auditiva ou ateá mesmo surdez


permanente;

 Efeitos indiretos: a longo prazo, o ruíádo intenso poderaá produzir


alteraçoõ es no estado emocional dos indivíáduos (nervosismo,
irritabilidade etc.), as quais, por sua vez, poderaõ o causar dores de
cabeça, aumento da pressaõ o sanguíánea e outros males.

Tecnicamente, o grau de ruíádo de um ambiente eá medido por meio de


instrumentaçaõ o apropriada. A unidade utilizada para medir a diferença de níável de
sensaçaõ o acuá stica, isto eá , a diferença de intensidade de um ruíádo para outro, eá o
decibel (dB).

De acordo com os Anexos 1 e 2 da NR-15, existem dois tipos de ruíádo:

 Contíánuo ou intermitente e

 De impacto, quando apresenta picos de energia acuá stica de duraçaõ o


inferior a 1s (um segundo), a intervalos superiores a 1s (um segundo)

15
COMISSÃO INTERNA DE
PREVENÇÃO DE ACIDENTES

A avaliaçaõ o do níável de ruíádo de um ambiente de trabalho deve ter como


objetivo o estudo de medidas de controle e levar em conta:

 O níável de pressaõ o sonora;

 O tipo de ruíádo

 O tempo de exposiçaõ o;

 O nuá mero de pessoas exposta e

 As caracteríásticas do local (ruíádo de fundo, ruíádo refletido).

Embora a avaliaçaõ o deve ser feita tecnicamente, por meio de instrumentos


apropriados, haá uma forma simples de se verificar se o níável de ruíádo eá excessivo:
quando duas pessoas com audiçaõ o normal naõ o conseguem manter uma conversaçaõ o
normal estando a um metro de distaô ncia uma da outra.

Saõ o medidas preventivas: o controle dos níáveis de ruíádo no ambiente, o uso


de proteçoõ es coletivas e individuais, e a observaô ncia da legislaçaõ o especíáfica (NR-15,
Anexos 1 e 2).

A Norma Regulamentadora – NR-15 estabelece os Limites de Toleraô ncia – LT


para os ruíádos Contíánuo e Íntermitente, conforme tabela abaixo:

NÍVEL DE RUÍDO TEMPO MÁXIMO DE


DECIBÉIS (dB) EXPOSIÇÃO DIÁRIA
85 8 horas
86 7 horas
87 6 horas
88 5 horas
89 4:30 horas
90 4 horas
91 3:30 horas
92 3 horas
93 2:40 horas
94 2:15 horas
95 2 horas
96 1:45 horas
98 1:15 horas
100 1 hora
102 45 minutos
104 35 minutos
105 30minutos
106 25 minutos
108 20minutos
110 15 minutos
112 10 minutos
114 08 minutos
115 07 minutos

16
COMISSÃO INTERNA DE
PREVENÇÃO DE ACIDENTES

EXEMPLO DE RÍSCO FÍÍSÍCO (RUÍÍDO) DENTRO DA PLANTA DA


OMYA:

Área Manutenção
ÁREA CRÍTICA
Área/ Setor Medidas Preventivas/ Controle
Manutenção Protetor auricular tipo plug- NRRSF 16.
EQUIPAMENTO CRÍTICO: necessário
LIXADEIRA CORTANDO: uso de Protetor auricular- NRRSF 24
EQUIPAMENTO CRÍTICO: necessário
LIXADEIRA DESBASTANDO: uso de Protetor auricular- NRRSF 24
EQUIPAMENTO CRÍTICO: necessário
ESMERIL: uso de Protetor auricular - NRRSF 16
EQUIPAMENTO DENTRO DOS
PARÂMETROS DE EMISSÃO DE
FURADEIRA: RUÍDO DA NR 15. Por precaução,
usar Protetor auricular - NRRSF 16.

Área Processo Crumble


ÁREA CRÍTICA
Área/ Setor Medidas Preventivas/ Controle
Processo Crumble Protetor auricular tipo plug- NRRSF 16.
EQUIPAMENTO DENTRO DOS
PARÂMETROS DE EMISSÃO DE RUÍDO
FILTRO PRENSA: DA NR 15. Por precaução, usar Protetor
auricular - NRRSF 16.
EQUIPAMENTO DENTRO DOS
PARÂMETROS DE EMISSÃO DE RUÍDO
ÁREA DE TANQUES: DA NR 15. Por precaução, usar Protetor
auricular - NRRSF 16, também por estar
acima do limite de ação.
EQUIPAMENTO DENTRO DOS
PARÂMETROS DE EMISSÃO DE RUÍDO
COMPRESSOR COM PORTA DE DA NR 15. Por precaução, usar Protetor
ATENUAÇÃO DE RUÍDO: auricular - NRRSF 16, também por estar
acima do limite de ação.
EQUIPAMENTO CRÍTICO: necessário uso
ÁREA DO COMPRESSOR: de Protetor auricular - NRRSF 16

17
COMISSÃO INTERNA DE
PREVENÇÃO DE ACIDENTES

Área Processo Úmido


ÁREA CRÍTICA
Área/ Setor Medidas Preventivas/ Controle
Processo Protetor auricular tipo plug-
Úmido NRRSF 16.
PENEIRAS: EQUIPAMENTO DENTRO DOS
FILTRO MANGA: PARÂMETROS DE EMISSÃO DE RUÍDO
DA NR 15. Por precaução, usar Protetor
CLASSIFICADOR DE RESÍDUO: auricular - NRRSF 16, também por estar
acima do limite de ação.
EQUIPAMENTO DENTRO DOS
TORRE DE RESFRIAMENTO: PARÂMETROS DE EMISSÃO DE RUÍDO
DA NR 15. Por precaução, usar Protetor
auricular - NRRSF 16.
SLAKERS:
COMPRESSOR CF 605:
COMPRESSOR 603:
COMPRESSOR 601:
REATOR 505: EQUIPAMENTO CRÍTICO: necessário uso
REATOR 504: de Protetor auricular - NRRSF 16
REATOR 503:
REATOR 502:
REATOR 501:

18
COMISSÃO INTERNA DE
PREVENÇÃO DE ACIDENTES

Vibração

A vibraçaõ o eá o resultado das trepidaçoõ es provocadas por diversos tipos de


maá quinas e equipamentos motorizados, operados nas vaá rias atividade profissionais.
Saõ o exemplos de fontes de vibraçaõ o: tratores, maá quinas de terraplanagem,
caminhoõ es, maá quinas de polir, serras manuais, marteletes, rebitadeiras
pneumaá ticas etc.

Existem dois tipos de vibraçaõ o, que teô m diferentes efeitos no organismo: as


localizadas e as de corpo inteiro.

 As vibraçoõ es localizadas saõ o transmitidas a determinada parte do corpo pelo


equipamento operado. Exemplos: marteletes pneumaá ticos e ferramentas
manuais motorizadas, cujas vibraçoõ es saõ o, principalmente, absorvidas pelas
maõ os e braços. Constituem efeitos desse tipo de vibraçoõ es:

 Perda da sensibilidade taá til;


 Problemas nas articulaçoõ es;
 Problemas na circulaçaõ o perifeá rica e
 Deslocamento de nervos.

 As vibraçoõ es de corpo inteiro saõ o transmitidas ao corpo do operador do


equipamento, que pode estar de peá , sentado ou deitado. EÍ o caso dos
motoristas de caminhaõ o, operadores de grandes maá quinas, pilotos de aviaõ o
etc. Constituem efeitos desse tipo de vibraçoõ es:

 Pequenas alteraçoõ es no organismo em geral;


 Pequenas lesoõ es na coluna e nos rins;
 Cansaço visual.

As medidas preventivas contra a vibraçaõ o saõ o o uso de equipamentos de


proteçaõ o coletiva (EPC’s) especialmente desenvolvidos para esse fim - que, quando
naõ o forem viaá veis, podem ser substituíádos pelos equipamentos de proteçaõ o
individual (EPÍ’s) - e o cumprimento da legislaçaõ o especíáfica (NR-15, Anexo 8).

19
COMISSÃO INTERNA DE
PREVENÇÃO DE ACIDENTES

Temperaturas anormais

Tanto o frio quanto o calor excessivos podem provocar alteraçoõ es seá rias no
organismo, principalmente se a exposiçaõ o ocorrer por longos períáodos.

 Os principais problemas causados pelo calor excessivo saõ o: insolaçaõ o, caõ ibra
de calor, catarata, erupçoõ es na pele e problemas cardiovasculares.

 Os principais problemas causados pelo frio abaixo de 100C saõ o:


enregelamento dos membros (que poderaá levar a gangrena e ateá mesmo a
amputaçaõ o), peá s de imersaõ o (doença provocada pela umidade constante dos
peá s), ulceraçoõ es de frio (feridas, rachaduras e necroses dos tecidos
superficiais).

As medidas preventivas saõ o uso de EPÍ’s, a realizaçaõ o de exames meá dicos


perioá dicos, o controle ambiental e o cumprimento da legislaçaõ o (NR-15, Anexos 3 e
9).

20
COMISSÃO INTERNA DE
PREVENÇÃO DE ACIDENTES

EXEMPLO DE RÍSCO FÍÍSÍCO (CALOR) DENTRO DA PLANTA DA


OMYA:

RISCOS FÍSICOS
AGENTE Calor.
FONTES
GERADORAS Proveniente do processo de limpeza de reatores.
MEIO DE
PROPAGAÇÃO Via aérea.
TEMPO DE Eventual: a cada 03 meses é realizada a limpeza nos reatores. A abertura dos
EXPOSIÇÃO drenos, bocas de acesso é realizado 05 horas antes da entrada dos
colaboradores.
POSSÍVEIS DANOS A SAÚDE
Fadiga, desconforto, stress, queda no rendimento, etc.

MEDIDAS DE CONTROLE EXISTENTES


EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO COLETIVA – EPC’s
Sistema de ventilação na abertura lateral dos reatores.
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL – EPI’s
EPI C.A. VALIDADE FABRICANTE
Nenhum.

MEDIDAS DE CONTROLE A SEREM IMPLANTADAS


EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO COLETIVA – EPC’s
Nenhuma.
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL – EPI’s
Nenhum.

21
COMISSÃO INTERNA DE
PREVENÇÃO DE ACIDENTES

Pressões anormais

Pressoõ es anormais saõ o aquelas a que estaõ o expostos os indivíáduos que


operam fora do ambiente normal, como, por exemplo, em grandes altitudes ou em
exploraçoõ es submarinas. Elas podem ser:

 Baixas, quando o trabalho eá realizado em grandes altitudes;

 Altas, quando o trabalho eá realizado em tubulaçoõ es de ar comprimido,


caixoõ es pneumaá ticos e campaô nulas, ou em grandes profundidades
maríátimas, principalmente. (A NR-15 trata especificamente do trabalho sob
pressoõ es hiperbaá ricas, ou seja, sob ar comprimido e em mergulho).

Saõ o medidas preventivas contra as pressoõ es anormais: a seleçaõ o do


trabalhador do ponto de vista fíásico e psíáquico, a realizaçaõ o de treinamentos,
exames meá dicos perioá dicos e a observaô ncia da legislaçaõ o especíáfica (NR-15 e seus
anexos).

Radiações

As radiaçoõ es saõ o uma forma de energia que se transmite como ondas


eletromagneá ticas pelo espaço. Em alguns casos elas podem apresentar tambeá m
comportamento corpuscular.

Classificam-se em dois grupos:

 Ionizantes – provocam caô ncer, anemias, cataratas etc. e podem ser:

 Naturais, quando proveô m de elementos radiativos encontrados na


natureza, como o uraô nio, o potaá ssio, o raá dio e outros, e
 Artificiais, quando proveô m de equipamentos e aparelhos fabricados
pelo homem, como os raios X, gama e beta;

22
COMISSÃO INTERNA DE
PREVENÇÃO DE ACIDENTES

 Não-ionizantes – que podem ser:

 Naturais, como as radiaçoõ es produzidas pelo sol, cujo efeito eá o caô ncer
de pele, e
 Artificiais, como as produzidas por fornos, fornalhas, solda eleá trica,
solda de oxiacetileno etc., cujos efeitos saõ o vasodilataçaõ o, catarata etc.

As medidas preventivas contra as radiaçoõ es saõ o o uso de EPÍ’s e EPC’s, a


realizaçaõ o de exames meá dicos perioá dicos e o cumprimento da legislaçaõ o especíáfica
(NR-15, Anexos 5 e 7).

Umidade

As atividades ou operaçoõ es executadas em locais alagadas ou encharcadas,


ou seja, com umidade excessiva, capazes de produzir danos aà sauá de dos
trabalhadores, seraõ o consideradas insalubres em decorreô ncia de laudo de inspeçaõ o
realizada no local de trabalho.

Saõ o medidas preventivas: o controle ambiental, o uso de EPÍ’s e EPC’s e a


observaô ncia da legislaçaõ o especíáfica (NR-15, Anexo 10).

23
COMISSÃO INTERNA DE
PREVENÇÃO DE ACIDENTES

2 AGENTES QUÍMICOS

Agentes quíámicos saõ o aqueles que podem reagir com os tecidos humanos ou
afetar o organismo, causando alteraçoõ es em sua estrutura e/ou funcionamento.

As vias de penetraçaõ o dos produtos quíámicos no organismo humano saõ o:

 Via Respiratoá ria (pulmoõ es)


 Via Cutaô nea (pele)
 Via Digestiva (estoô mago)

Os produtos quíámicos, quanto ao seu efeito sobre o organismo humano,


classificam-se em:

 Produtos Irritantes – possuem açaõ o corrosiva sobre o tecido humano,


causando inflamaçoõ es no organismo.
 Exemplos: cloro, iodo, aá cidos, etc.

 Produtos Asfixiantes – reduzem a concentraçaõ o de oxigeô nio no ar,


podendo causar a morte por asfixia.
 Exemplos: monoá xido de carbono, gaá s sulfíádrico, cianureto, etc.

 Produtos Narcóticos – possuem açaõ o depressora do Sistema Nervoso


Central, produzindo efeito anesteá sico.
 Exemplos: eá ter etíálico, acetona, etc.

 Intoxicantes Sistêmicos – atingem vaá rios oá rgaõ os vitais do organismo


humano, destacando-se o sistema nervoso central e o sistema circulatoá rio.
 Exemplos: benzeno, tolueno, aá lcool metíálico, mercuá rio, etc.

24
COMISSÃO INTERNA DE
PREVENÇÃO DE ACIDENTES

Para fins de estudo e proteçaõ o, os produtos quíámicos saõ o divididos em treô s


tipos:

Aerodispersóides

Saõ o partíáculas respiraá veis, soá lidas ou líáquidas, dispersas na atmosfera que,
devido a seu tamanho bastante reduzido, podem ficar bastante tempo em
suspensaõ o no ar, e saõ o divididas em quatro categorias:

 POEIRAS: Saõ o partíáculas produzidas pela ruptura mecaô nica de um soá lido.
 Exemplos: uso de lixadeiras, polimentos, escavaçoõ es, explosoõ es,
colheita.
 Principais doenças: pneumoconioses (caso da síálica – silicose) e
tumores de pulmaõ o (caso amianto – asbestose).

 NÉVOAS: Saõ o partíáculas produzidas pela ruptura mecaô nica de líáquidos.


 Exemplos: processos de pulverizaçaõ o.
 Principais doenças: dermatites e problemas pulmonares.

 FUMOS: Saõ o partíáculas produzidas pela condensaçaõ o de vapores


metaá licos.
 Exemplos: processos de fundiçaõ o e soldagem de metais.
 Principais doenças: saturnismo (fundiçoõ es com chumbo).

 NEBLINAS: Saõ o partíáculas líáquidas dispersas no ar, originadas da


condensaçaõ o de gases provenientes de algum processo teá rmico.
 Exemplos: cozimento de produtos alimentíácios, fenoô menos
meteoroloá gicos.
 Principais doenças: Írritaçoõ es dos olhos, pele e vias respiratoá rias.

Obs.: A unidade de medida da granometria dos aerodispersoá ides eá micra. A


dimensaõ o respiraá vel que pode atingir os alveá olos pulmonares eá normalmente
inferior a 0,5 micra.

25
COMISSÃO INTERNA DE
PREVENÇÃO DE ACIDENTES

EXEMPLO DE RÍSCO QUÍÍMÍCO (AERODÍSPERSOÍ ÍDES) DENTRO


DA PLANTA DA OMYA:

RISCOS QUÍMICOS
AGENTE Particulado inalável e particulado respirável.
INTENSIDADE Quantitativa, conforme resultado de análise química abaixo.
FONTES GERADORAS Processo.
MEIO DE PROPAGAÇÃO Via aérea (sistema respiratório)
TEMPO DE EXPOSIÇÃO Habitual.
POSSÍVEIS DANOS A SAÚDE
Alergias, dermatites e problemas respiratórios comprometendo assim o rendimento no trabalho.

MEDIDAS DE CONTROLE EXISTENTES


EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO COLETIVA – EPC’s
Não foram identificados.
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL – EPI’s
Luva de Segurança Contra Agentes Mecânicos e Químicos
Respirador Purificador de Ar Tipo Peça Semifacial Filtrante para Partículas PFF2
Óculos de Segurança AMPLA VISÃO

MEDIDAS DE CONTROLE A SEREM IMPLANTADAS


EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO COLETIVA – EPC’s
Nenhum.
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL – EPI’s
Nenhum.

RISCOS QUÍMICOS

26
COMISSÃO INTERNA DE
PREVENÇÃO DE ACIDENTES

AGENTE Poeira Alcalina


INTENSIDADE Quantitativa, conforme resultado de análise química abaixo.
FONTES GERADORAS Óxido de cálcio e hidróxido de cálcio das Limpezas e manutenções
Aéreo (Sistema respiratório)
MEIO DE PROPAGAÇÃO
Cutâneo.
PERIODICIDADE DE
Habitual.
EXPOSIÇÃO
POSSÍVEIS DANOS A SAÚDE
Alergias, dermatites, queimaduras graves e problemas respiratórios comprometendo assim o rendimento no
trabalho.

MEDIDAS DE CONTROLE EXISTENTES


EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO COLETIVA – EPC’s
Não foram identificados.
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL – EPI’s
Luva de Segurança Contra Agentes Mecânicos e Químicos
Respirador Purificador de Ar Tipo Peça Semifacial Filtrante para Partículas PFF2
Óculos de Segurança AMPLA VISÃO
Vestimenta de Segurança Tipo Macacão

MEDIDAS DE CONTROLE A SEREM IMPLANTADAS


EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO COLETIVA – EPC’s
Nenhum.
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL – EPI’s
Nenhum.

Gases

27
COMISSÃO INTERNA DE
PREVENÇÃO DE ACIDENTES

Saõ o substaô ncias que, em condiçoõ es normais de temperatura e pressaõ o


atmosfeá rica, apresentam-se no estado gasoso, dividindo-se em:

 Produzidos pela Natureza: nitrogeô nio, oxigeô nio, hidrogeô nio, ozoô nio, etc.

 Produzidos pelas Máquinas: monoá xido de carbono, dioá xido de enxofre,


metano, etc.

Vapores

Saõ o substaô ncias gasosas que podem retornar ao seu estado normal (líáquido
ou soá lidos), destacando-se os vapores produzidos por solventes, tintas, aá gua e
derivados de petroá leo em geral.

28
COMISSÃO INTERNA DE
PREVENÇÃO DE ACIDENTES

EXEMPLO DE RÍSCO QUÍÍMÍCO (VAPORES) DENTRO DA PLANTA


DA OMYA:

RISCOS QUÍMICOS
AGENTE Ácido nítrico 53% p.a. ISSO
INTENSIDADE Quantitativa, conforme resultado de análise química abaixo.
FONTES GERADORAS Limpeza das peneiras e tubulações.
MEIO DE PROPAGAÇÃO Aérea (Sistema respiratório); Cutânea; Digestiva.
TEMPO DE EXPOSIÇÃO Habitual.
POSSÍVEIS DANOS A SAÚDE
Alergias, dermatites, queimaduras graves e problemas respiratórios comprometendo assim o rendimento no
trabalho.

MEDIDAS DE CONTROLE EXISTENTES


EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO COLETIVA – EPC’s
Não foram identificados.
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL – EPI’s
Bota de Borracha
Creme Protetor de Segurança
Luva de Segurança Contra Agentes Mecânicos e Químicos
Óculos de Segurança AMPLA VISÃO
Respirador purificador de ar tipo peça facial inteira com filtro para gases ácidos
Avental de Segurança
Vestimenta de Segurança Tipo Macacão

MEDIDAS DE CONTROLE A SEREM IMPLANTADAS


EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO COLETIVA – EPC’s
Nenhum.
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL – EPI’s
Nenhum.

29
COMISSÃO INTERNA DE
PREVENÇÃO DE ACIDENTES

3 RISCOS BIOLÓGICOS
Saõ o agentes bioloá gicos os riscos originados pela presença de
microorganismos, que invadem o organismo humano e que podem provocar graves
doenças aos seres humanos, como a tuberculose, o teá tano, a malaá ria, a febre
amarela, a febre tifoá ide, a leptospirose, micose etc.

Os profissionais mais exposto a esses agentes saõ o os meá dicos, enfermeiros,


funcionaá rios de hospitais e de laboratoá rios de anaá lise bioloá gica, lixeiros,
açougueiros, lavradores, tratadores de gado, trabalhadores de curtumes e de
estaçoõ es de esgoto etc.

Exemplos de atividades com grande risco bioloá gico:

 Funcionaá rios da aá rea de sauá de;

 Funcionaá rios de abatedouros de aves, bovinos e ovinos;

 Funcionaá rios de empresas de coleta de lixo urbano.

O risco de contaminaçaõ o por agentes bioloá gicos pode ser reduzido por meio
da manutençaõ o de uma boa higienizaçaõ o e ventilaçaõ o do local de trabalho.

Destaque-se os cuidados no destino e manuseio dos objetos (lixos) de


origem orgaô nica (alimentos, sangue, papeá is servidos, etc.).

Agentes bioloá gicos no ambiente de trabalho víárus, bacteá rias, protozoaá rios,
fungos, parasitas, bacilos.

 A presença de aá gua parada (naõ o tratada) favorece a ocorreô ncia de:


 Mosquitos (atraveá s da larva do mosquito da dengue);
 Ratos (atraveá s da urina dos ratos – leptospirose).

 Presença de pombos e morcegos no telhado da empresa, cujos resíáduos


de suas fezes poderaõ o causar doenças.

 O consumo de aá gua naõ o tratada provoca doenças, como, por exemplo:


 Febre tifoá ide;
 Hepatite A.

 Presença de caõ es de guarda naõ o vacinados e tratados:


 Raiva;
 Pulgas.

30
COMISSÃO INTERNA DE
PREVENÇÃO DE ACIDENTES

 A falta de higiene nos refeitoá rios:


 Moscas;
 Ratos;
 Baratas.

 Falta de higiene nos banheiros:


 Fungos;
 Bacteá rias.

 Falta de higiene nos alojamentos:


 Piolhos (Pedíáculos);
 Sarna (Escabiose);
 Micoses.

 Ventilaçaõ o inadequada:
 Víárus da gripe;
 Meningite.

 Falta de higiene nos filtros de ar (central ou condicionado):


 AÍ caros

 Presença de pregos e ferros enferrujados:


 Teá tano.

Saõ o medidas preventivas: a vacinaçaõ o do trabalhador e dos animais, a


esterilizaçaõ o do material de trabalho, a rigorosa higiene pessoal, das roupas, dos
equipamentos e do ambiente de trabalho (assepsia), o uso de EPÍ’s (maá scaras, luvas
etc.), a ventilaçaõ o adequada, o controle meá dico permanente do trabalhador e a
observaô ncia da legislaçaõ o especíáfica (NR-15, Anexo 14).

4 AGENTES ERGONÔMICOS

Concisamente, ergonomia eá “o estudo do relacionamento entre o homem e


seu trabalho, equipamento e ambiente, e particularmente a aplicaçaõ o dos
conhecimentos de anatomia, fisiologia e psicologia na soluçaõ o dos problemas
surgidos desse relacionamento” (Ergonomics Research Society, Ínglaterra). A
ergonomia eá , portanto, o estudo da adaptaçaõ o do trabalho ao homem. A palavra
trabalho tem, aqui, uma acepçaõ o bastante ampla: abrange naõ o apenas as maá quinas e
os equipamentos utilizados para transformar os materiais, mas tambeá m toda
situaçaõ o em que ocorre o envolvimento do homem com a atividade de produçaõ o.

31
COMISSÃO INTERNA DE
PREVENÇÃO DE ACIDENTES

Ísso implica o ambiente fíásico e tambeá m os aspectos organizacionais, de


programaçaõ o e controle do trabalho, para a produçaõ o dos resultados desejados.
EÍ importante observar que a adaptaçaõ o sempre ocorre do trabalho para o
homem e que nem sempre a recíáproca eá verdadeira. Ísso porque eá muito mais difíácil
adaptar o homem ao trabalho. Por isso, a ergonomia parte do conhecimento do
homem para fazer o projeto da atividade de produçaõ o, ajustando-a aà s capacidades e
limitaçoõ es humanas.

Os objetivos praá ticos da ergonomia saõ o a segurança, a satisfaçaõ o e o bem-


estar dos trabalhadores em seu relacionamento com os sistemas produtivos. A
eficieô ncia viraá como resultado, mas naõ o seraá o objetivo principal; isoladamente, a
busca de eficieô ncia poderia significar sacrifíácio e sofrimento do trabalhador, algo
contraditoá rio aos objetivos da ergonomia.

Segurança e bem-estar jaá saõ o preocupaçoõ es normais de projetistas


(engenheiros e desenhistas industriais), gerentes e administradores de empresas. A
diferença eá que a ergonomia trata desses assuntos cientificamente, tendo
acumulado conhecimentos e metodologias para interferir, tanto durante o projeto
quanto durante a operaçaõ o de sistemas produtivos, com razoaá vel certeza de
produzir resultados satisfatoá rios.

Para realizar seus objetivos, a ergonomia estuda diversos aspectos do


comportamento humano na produçaõ o, aleá m de outros fatores importantes para o
projeto de sistemas de trabalho:

 O homem, considerando as caracteríásticas fíásicas, fisioloá gicas,


psicoloá gicas e sociais do trabalhador, o sexo, a idade, o treinamento e a
motivaçaõ o;

 A maá quina, levando em conta todas as ajudas materiais que o homem


utiliza na atividade produtiva, englobando os equipamentos,
ferramentas, mobiliaá rio e instalaçoõ es;

 O ambiente, considerando as caracteríásticas do meio fíásico que envolve


o homem durante o trabalho, como temperatura, ruíádos, vibraçoõ es, luz,
cores, gases e outros;

 A informaçaõ o, levando em conta a conjugaçaõ o dos elementos acima


citados no sistema produtivo, para estudar aspectos como horaá rios,
turnos de trabalho e formaçaõ o de equipes;

 As consequü eô ncias do trabalho, considerando as atividades de controle,


como tarefas de inspeçaõ o, estudos dos erros e acidentes, aleá m de gastos
energeá ticos, fadiga e estresse.

32
COMISSÃO INTERNA DE
PREVENÇÃO DE ACIDENTES

Saõ o medidas preventivas contra agentes ergonoô micos de acidentes do


trabalho o estudo e a anaá lise do ambiente, para proporcionar um maá ximo de
conforto e segurança, observando a legislaçaõ o especíáfica (NR-17).

5 AGENTES MECÂNICOS

Saõ o chamadas de agentes mecaô nicos as condiçoõ es de insegurança que podem


existir nos locais de trabalho, capazes de provocar lesoõ es aà integridade fíásica do
trabalhador.

Saõ o originados pela falta de organizaçaõ o e segurança do ambiente e/ou dos


processos de trabalho, em razaõ o da falta de manutençaõ o predial, manutençaõ o de
maá quinas e equipamentos e falhas de procedimentos.

Principais Riscos de Acidentes nas Empresas:

 Arranjo fíásico inadequado:


 Maá quinas e equipamentos mal localizados;
 Moá veis em geral com disposiçoõ es inadequadas.

 Falta de ordem e limpeza:


 Obstaá culos que dificultem o acesso aà saíáda, entrada e circulaçaõ o de
pessoas;
 Chaõ o sujo e escorregadio.

 Maá quinas e equipamentos sem proteçaõ o:


 Falta de proteçaõ o em correias, polias, correntes, esteiras, etc.;
 Esmeril sem coifa protetora;
 Equipamentos de solda oxi-acetileô nica sem vaá lvula corta chamas.

 Ferramentas inadequadas ou defeituosas:


 Levantar um veíáculo com um macaco hidraá ulico defeituoso;
 Fixar um prego na parede utilizando um alicate;
 Usar um disco de corte como esmeril.

 Íluminaçaõ o inadequada:
 Dirigir aà noite sem faroá is;
 Realizar serviços de confereô ncia de documentos na penumbra;
 Trabalhar sob iluminaçaõ o intensa (holofotes).

33
COMISSÃO INTERNA DE
PREVENÇÃO DE ACIDENTES

 Eletricidade:
 Extensoõ es com emendas e fios expostos;
 Disjuntores mal dimensionados;
 Equipamentos energizados com falta de aterramento;
 Manutençaõ o eleá trica realizada por pessoas sem conhecimento e
formaçaõ o;
 Falta de sinalizaçaõ o que o equipamento eleá trico estaá em manutençaõ o.

 Probabilidade de inceô ndio ou explosaõ o:


 Realizar serviços de solda proá ximos a depoá sitos de inflamaá veis;
 Fumar em depoá sitos de papeá is, madeiras, GLP, e postos de
combustíáveis;
 Manusear ou transportar dinamite e outros explosivos;

 Armazenamento inadequado:
 Empilhamento de caixas em quantidade e altura superiores ao limite
estabelecido;
 Sobrecarregar de peso apenas uma das extremidades de um depoá sito;
 Armazenar produtos incompatíáveis no mesmo local.

 Presença de animais peçonhentos (venenosos):


 Aranhas;
 Escorpioõ es;
 Cobras;
 Taturanas.

Saõ o medidas preventivas: o uso de EPC’s e EPÍ’s, a manutençaõ o preventiva de


equipamentos e maquinaá rio, o treinamento e o cumprimento da legislaçaõ o (NR-12).

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COMISSÃO INTERNA DE
PREVENÇÃO DE ACIDENTES

CLASSIFICAÇÃO DOS PRINCIPAIS RISCOS OCUPACIONAIS E GRUPOS DE ACORDO COM SUA


NATUREZA E PADRONIZAÇÃO DE CORES CORRESPONDENTES
RISCOS AMBIENTAIS
GRUPO 1 GRUPO 2 GRUPO 3 GRUPO 4 GRUPO 5
R. FÍSICOS R. QUÍMICOS R. BIOLÓGICOS R. R. DE
ERGONÔMICOS ACIDENTES
VERDE VERMELHO MARROM AMARELO AZUL
Esforço fíásico Arranjo fíásico
Ruíádo Poeiras Víárus
intenso inadequado
Levantamento e Maá quinas e
Vibraçoõ es Fumos Bacteá rias transporte equipamentos
manual de peso sem proteçaõ o
Exigeô ncia de Ferramentas
Radiaçoõ es
Neá voas Protozoaá rios postura inadequadas ou
Íonizantes
inadequada defeituosas
Radiaçoõ es naõ o Controle ríágido de Íluminaçaõ o
Neblinas Fungos
ionizantes produtividade Ínadequada
Ímposiçaõ o de
Frio Gases Parasitas Eletricidade
ritmos excessivos
Possibilidade de
Trabalhos em
Calor Vapores Bacilos inceô ndio e
turno ou noturno
explosaõ o
Substaô ncias
Jornadas de
Pressoõ es compostas ou Armazenamento
trabalho
anormais produtos inadequado
prolongadas
quíámicos em gera
Monotonia e Animais
Umidade
repetitividade peçonhentos
Outras situaçoõ es
Outras situaçoõ es de risco que
causadoras de poderaõ o
ESTRESSE fíásico contribuir para a
e/ou psíáquico ocorreô ncia de
acidentes

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COMISSÃO INTERNA DE
PREVENÇÃO DE ACIDENTES

36
COMISSÃO INTERNA DE
PREVENÇÃO DE ACIDENTES

CAPÍTULO 3 – MAPA DE RISCOS


Mapa de Riscos eá uma forma de comunicaçaõ o visual que, simbolicamente,
atraveá s de cíárculos coloridos, identifica a presença de determinado risco ambiental
no local de trabalho.

R. Fíásicos R. Quíámicos R. Bioloá gicos R. Ergonoô micos R. Acidentes


Verde Vermelho Marrom Amarelo Azul

1 OBJETIVO

O Mapa de Riscos tem como objetivo identificar e qualificar a presença do


risco ambientais na empresa, mas tambeá m envolver direta e indiretamente todos os
funcionaá rios quanto a sua elaboraçaõ o e cumprimento das normas de segurança.

2 LEGISLAÇÃO

A Portaria n.5, de 17.8.1992, do Ministeá rio do Trabalho, determina a


obrigatoriedade da elaboraçaõ o do Mapa de Riscos Ambientais, delegando aà CÍPA a
responsabilidade da elaboraçaõ o, divulgaçaõ o e fixaçaõ o.

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COMISSÃO INTERNA DE
PREVENÇÃO DE ACIDENTES

3 GRADUAÇÃO DOS RISCOS ENCONTRADOS

A mensuraçaõ o da gravidade da exposiçaõ o aos riscos ambientais eá dividida em


3 graduaçoõ es: Pequeno, Meá dio e Grande. EÍ informado no interior do cíárculo o
nuá mero de funcionaá rios expostos.

Classificaçaõ o:

 Risco Pequeno – possibilidade remota de incidentes ou


acidentes.

 Risco Meá dio – possibilidade real de incidentes ou acidentes com


consequü eô ncias leves.

 Risco Grande – possibilidade iminente de incidente ou acidente com


consequü eô ncias graves.

Exemplos:

RÍSCO GRANDE RÍSCO MEÍ DÍO RÍSCO PEQUENO

4 ETAPAS DO MAPA DE RISCOS AMBIENTAIS

Para que o Mapeamento de Riscos de sua empresa tenha finalidade praá tica,
deve-se planejar as etapas de sua ELABORAÇAÃ O, EXECUÇAÃ O E
ACOMPANHAMENTO, pois pouco vale o tempo e envolvimento despendidos pela
elaboraçaõ o de um Mapa de Riscos em que a qualidade das informaçoõ es e a forma de
divulgaçaõ o naõ o sejam eficazes.

38
COMISSÃO INTERNA DE
PREVENÇÃO DE ACIDENTES

Primeira Etapa

 Elaboração

Todo trabalho planejado e organizado quanto aos seus objetivos e forma de


atuaçaõ o tem grande possibilidade de eô xito, ou seja, o atendimento dos objetivos a
que se propoõ e.

Ao elaborar um Mapa de Riscos, precisamos seguir uma ordem de


informaçoõ es, um roteiro, conforme sugerido abaixo:

 Roteiro de Elaboração

a) Definir o objetivo do trabalho – levantamento de riscos ambientais de


um setor.
b) De que forma realizar – entrevistando os funcionaá rios, pesquisando os
acidentes e doenças profissionais ocorridas nos uá ltimos meses e
realizando inspeçoõ es de segurança.
c) Dividir o trabalho em grupos – considerar o nuá mero de cipeiros e
setores da empresa.
d) Definir as ferramentas de trabalho – modelo sugerido: “ANEXO. 01”.
e) Definir os prazos para o levantamento – utilizar o modelo sugerido:
“ANEXO. 02”.
f) Marcar nova reuniaõ o dos cipeiros para discutir informaçoõ es obtidas,
identificando os riscos quanto a sua gravidade e dificuldade de
soluçaõ o, ordenando-os, assim, quanto a sua prioridade de resoluçaõ o –
utilizar o modelo sugerido: “ANEXO. 03”.
g) Definir as possíáveis soluçoõ es para os riscos ambientais encontrados e
encaminhar relatoá rio aà Diretoria da empresa.

Segunda Etapa

 Execução

Concluíáda a primeira etapa de elaboraçaõ o do mapa de riscos, precisamos


transformar os dados obtidos em informaçoõ es para os demais funcionaá rios.

A fixaçaõ o do Mapa de Riscos deve ser em local de faá cil visualizaçaõ o dos
funcionaá rios, sendo indispensaá vel o esclarecimento a todos quanto aos objetivos e
informaçoõ es contidas no Mapa de Riscos.

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COMISSÃO INTERNA DE
PREVENÇÃO DE ACIDENTES

Terceira Etapa

 Acompanhamento

Atendidas as etapas anteriores, precisamos verificar periodicamente a


situaçaõ o dos riscos mapeados, pois o Mapa de Riscos abrange uma seá rie de
informaçoõ es DÍNAÔ MÍCAS (que podem ser modificadas).

As verificaçoõ es no Mapa de Riscos devem constar no Programa de Trabalho


da CÍPA, em que seraá decidida a periodicidade do acompanhamento (Trimestral,
Quadrimestral, Semestral).

O trabalho dos cipeiros deve ser voltado a diminuir e, se possíável, eliminar os


riscos constantes no Mapa de Riscos

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COMISSÃO INTERNA DE
PREVENÇÃO DE ACIDENTES

ANEXO – I

LOCAL:__________________________________________________________ DATA:___________________

RESPONSAVEL PELO LEVANTAMENTO:_________________________________________________

AVALIAÇÃO DOS RISCOS AMBIENTAIS


RISCOS CLASSI- RISCOS CLASSI- RISCOS CLASSI- RISCOS CLASSI- RISCOS CLASSI-
FÍSICOS FICAÇÃO QUÍMICOS FICAÇÃO BIOLÓGICOS FICAÇÃO ERGONÔMICOS FICAÇÃO MECÂNICOS FICAÇÃO
VERDE VERMELHO MARROM AMARELO AZUL
Esforço fíásico Arranjo fíásico
Ruíádo Poeiras Víárus
intenso inadequado
Levantamento e Maá quinas e
Vibraçoõ es Fumos Bacteá rias transporte equipamentos
manual de peso sem proteçaõ o
Exigeô ncia de Ferramentas
Radiaçoõ es
Neá voas Protozoaá rios postura inadequadas ou
Íonizantes
inadequada defeituosas
Radiaçoõ es Controle ríágido
Íluminaçaõ o
naõ o Neblinas Fungos de
Ínadequada
ionizantes produtividade
Ímposiçaõ o de
Frio Gases Parasitas ritmos Eletricidade
excessivos
Trabalhos em Possibilidade de
Calor Vapores Bacilos turno ou inceô ndio e
noturno explosaõ o
Substaô ncias
compostas Jornadas de
Pressoõ es Armazenamento
ou produtos trabalho
anormais inadequado
quíámicos prolongadas
em gera
Monotonia e Animais
Umidade
repetitividade peçonhentos

Outras situaçoõ es
Outras
de risco que
situaçoõ es
poderaõ o
causadoras de
contribuir para
ESTRESSE fíásico
a ocorreô ncia de
e/ou psíáquico
acidentes

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COMISSÃO INTERNA DE
PREVENÇÃO DE ACIDENTES

ANEXO – II

ELABORAÇÃO DO MAPA DE RISCOS


CALENDÁRIO
PRAZOS PARA O LEVANTAMENTO DE ÍNFORMAÇOÃ ES
FUNCÍONAÍ -
N° CÍPEÍROS RÍOS ACÍDENTES DOENÇAS ÍNCÍDENTES
DEPARTAMENTO SETOR PRAZO
FUNC. RESPONSAÍ VEÍS ENTREVÍS- ANTERÍORES REGÍSTRA- REGÍSTRA-
TADOS DAS DOS

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COMISSÃO INTERNA DE
PREVENÇÃO DE ACIDENTES

ANEXO – III

ELABORAÇÃO DO MAPA DE RISCOS


REUNIÃO
RESUMO DAS ÍNFORMAÇOÃ ES
RÍSCOS AMBÍENTAÍS ÍNFORMADOS PRÍORÍ PRAZO
RÍSCO DADE
FÍÍSÍ- QUÍÍMÍ BÍOLOÍ - ERGONOÔ - ACÍDEN- ÍNÍÍ FÍ RESPON-
DEPART. SETOR FUNC. PMG SÍM /
COS -COS GÍCOS MÍCOS TES CÍO NAL SAÍ VEL
NAÃ O

ASSÍNATURA DOS MEMBROS DA CÍPA PRESENTES NESTA REUNÍAÃ O DATA

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COMISSÃO INTERNA DE
PREVENÇÃO DE ACIDENTES

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COMISSÃO INTERNA DE
PREVENÇÃO DE ACIDENTES

CAPÍTULO 4 – EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL


As atividades profissionais, em seus diversos segmentos, apresentam riscos
peculiares (proá prios da atividade), que, conforme sua intensidade, concentraçaõ o e
tempo de exposiçaõ o, seraõ o neutralizados ou amenizados com a utilizaçaõ o dos
equipamentos de proteçaõ o adequados.

Os equipamentos de proteçaõ o ao trabalhador dividem-se, quanto a sua


aplicaçaõ o, em EPC’s – Equipamentos de Proteçaõ o Coletiva e EPÍ’s- Equipamentos de
Proteçaõ o Índividual, mas seu objetivo principal eá comum: proteger a integridade
fíásica do funcionaá rio.

O dimensionamento e seleçaõ o dos equipamentos de proteçaõ o a serem


utilizados devem ter a orientaçaõ o de um profissional da aá rea de segurança do
trabalho, pois o desconhecimento dos agentes agressivos e dos meios corretos de
proteçaõ o coloca em risco a sauá de do funcionaá rio.

O reconhecimento dos riscos eá documentado no PPRA – Programa de


Prevençaõ o de Riscos Ambientais (obrigatoá rio em todas as empresas que tenham
empregados, conforme a NR-9), que preveô , nas medidas de controle dos riscos
existentes, quais as melhores formas de eliminar, minimizar ou controlar os riscos
ambientais.

1 EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO COLETIVA – EPC


Conceito

Saõ o dispositivos, equipamentos e provideô ncias adotadas com o objetivo de


prevenir acidentes e preservar a sauá de de vaá rios indivíáduos, e naõ o apenas de um
funcionaá rio.

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COMISSÃO INTERNA DE
PREVENÇÃO DE ACIDENTES

Exemplos de EPC’s – Dispositivos e Equipamentos:

 Corrimaõ o de escadas;
 Extintores de inceô ndio;
 Exaustores;
 Íluminaçaõ o de emergeô ncia;
 Ventiladores;
 Paá ra-raios;
 Aterramento eleá trico;
 Coifa de proteçaõ o de esmeril e serra circular;
 Piso antiderrapante;
 Sinalizaçaõ o de pedestres;
 Sinalizaçaõ o viaá ria de circulaçaõ o;
 Limitadores de contato em prensas;
 Ísolamento de fontes de ruíádo e vibraçaõ o;
 Ísolamento de fontes de calor e frio;
 Ísolamento de fontes de produtos toá xicos e radiaçoõ es.

Exemplos de EPC’s – Providências

 Substituiçaõ o de produtos toá xicos;


 Alteraçaõ o de meá todos e processos de trabalho;
 Reduçaõ o do tempo de exposiçaõ o;
 Treinamento de condiçoõ es de emergeô ncias;
 Treinamento de condiçoõ es especiais;
 Alteraçoõ es nas instalaçoõ es.

Implantação

Os Equipamentos de Proteçaõ o Coletiva – EPC’s, devido a sua importaô ncia na


proteçaõ o do trabalhador, devem ser inspecionados periodicamente, e sua
implantaçaõ o deve ser acompanhada por um profissional da aá rea de Segurança do
Trabalho: Teá cnicos, Engenheiros ou Meá dicos do Trabalho.

Os EPC’s eficientes são:

 Adequados ao risco;
 Depende o menos possíável da açaõ o humana;
 Saõ o resistentes;
 De faá cil manutençaõ o e limpeza;
 Naõ o criam outros tipos de riscos.

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COMISSÃO INTERNA DE
PREVENÇÃO DE ACIDENTES

2 EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL – EPI


Conceito

Saõ o dispositivos de uso individual que teô m como objetivo proteger a sauá de e
a integridade fíásica dos funcionaá rios expostos a riscos ambientais.

Legislação

Art. 166 – CLT

“A empresa eá obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente,


equipamentos de proteçaõ o individual adequado ao risco e em perfeito estado de
conservaçaõ o e funcionamento, sempre que as medidas de ordem geral naõ o ofereçam
completa proteçaõ o contra os riscos de acidentes e danos aà sauá de dos empregados”.
(grifos do autor)

Art. 167 – CLT

“O equipamento de proteçaõ o soá poderaá ser posto aà venda ou utilizado com a


indicaçaõ o do Certificado de Aprovaçaõ o do Ministeá rio do Trabalho”. (grifos do autor)

Norma Regulamentadora – NR-6 Equipamento de Proteção Individual -


EPI, Portaria n. 3.214/78.

6.1 Para os fins de aplicaçaõ o desta Norma Regulamentadora - NR, considera-se


Equipamento de Proteçaõ o Índividual – EPÍ, todo dispositivo ou produto, de uso
individual utilizado pelo trabalhador, destinado aà proteçaõ o de riscos suscetíáveis de
ameaçar a segurança e a sauá de no trabalho.

6.1.1 Entende-se como Equipamento Conjugado de Proteçaõ o Índividual, todo aquele


composto por vaá rios dispositivos, que o fabricante tenha associado contra um ou
mais riscos que possam ocorrer simultaneamente e que sejam suscetíáveis de
ameaçar a segurança e a sauá de no trabalho.

6.2 O equipamento de proteçaõ o individual, de fabricaçaõ o nacional ou importado, soá


poderaá ser posto aà venda ou utilizado com a indicaçaõ o do Certificado de Aprovaçaõ o -
CA, expedido pelo oá rgaõ o nacional competente em mateá ria de segurança e sauá de no
trabalho do Ministeá rio do Trabalho e Emprego.

6.3 A empresa eá obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPÍ adequado


ao risco, em perfeito estado de conservaçaõ o e funcionamento, nas seguintes
circunstaô ncias:

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COMISSÃO INTERNA DE
PREVENÇÃO DE ACIDENTES

a) sempre que as medidas de ordem geral naõ o ofereçam completa proteçaõ o contra
os riscos de acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho;
b) enquanto as medidas de proteçaõ o coletiva estiverem sendo implantadas; e,
c) para atender a situaçoõ es de emergeô ncia.

6.4 Atendidas as peculiaridades de cada atividade profissional, e observado o


disposto no item 6.3, o empregador deve fornecer aos trabalhadores os EPÍ
adequados, de acordo com o disposto no ANEXO Í desta NR.

6.4.1 As solicitaçoõ es para que os produtos que naõ o estejam relacionados no ANEXO
Í, desta NR, sejam considerados como EPÍ, bem como as propostas para reexame
daqueles ora elencados, deveraõ o ser avaliadas por comissaõ o tripartite a ser
constituíáda pelo oá rgaõ o nacional competente em mateá ria de segurança e sauá de no
trabalho, apoá s ouvida a CTPP, sendo as conclusoõ es submetidas aà quele oá rgaõ o do
Ministeá rio do Trabalho e Emprego para aprovaçaõ o.

6.5 Compete ao Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina


do Trabalho – SESMT, ouvida a Comissaõ o Ínterna de Prevençaõ o de Acidentes - CÍPA e
trabalhadores usuaá rios, recomendar ao empregador o EPÍ adequado ao risco
existente em determinada atividade. (Alterado pela Portaria SIT n.º 194, de 07 de
dezembro de 2010).

6.5.1 Nas empresas desobrigadas a constituir SESMT, cabe ao empregador


selecionar o EPÍ adequado ao risco, mediante orientaçaõ o de profissional
tecnicamente habilitado, ouvida a CÍPA ou, na falta desta, o designado e
trabalhadores usuaá rios. (Alterado pela Portaria SIT n.º 194, de 07 de dezembro de
2010).

6.6 Responsabilidades do empregador. (Alterado pela Portaria SIT n.º 194, de 07 de


dezembro de 2010).

6.6.1 Cabe ao empregador quanto ao EPÍ:


a) adquirir o adequado ao risco de cada atividade;
b) exigir seu uso;
c) fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo oá rgaõ o nacional competente em
mateá ria de segurança e sauá de no trabalho;
d) orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservaçaõ o;
e) substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado;
f) responsabilizar-se pela higienizaçaõ o e manutençaõ o perioá dica; e,
g) comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada.
h) registrar o seu fornecimento ao trabalhador, podendo ser adotados livros, fichas
ou sistema eletroô nico.
(Inserida pela Portaria SIT n.º 107, de 25 de agosto de 2009).

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COMISSÃO INTERNA DE
PREVENÇÃO DE ACIDENTES

6.7 Responsabilidades do trabalhador. (Alterado pela Portaria SIT n.º 194, de 07 de


dezembro de 2010).

6.7.1 Cabe ao empregado quanto ao EPÍ:


a) usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina;
b) responsabilizar-se pela guarda e conservaçaõ o;
c) comunicar ao empregador qualquer alteraçaõ o que o torne improá prio para uso; e,
d) cumprir as determinaçoõ es do empregador sobre o uso adequado.

6.8 Responsabilidades de fabricantes e/ou importadores. (Alterado pela Portaria


SIT n.º 194, de 07 de dezembro de 2010).

6.8.1 O fabricante nacional ou o importador deveraá :


a) cadastrar-se junto ao oá rgaõ o nacional competente em mateá ria de segurança e
sauá de no trabalho; (Alterado pela Portaria SIT n.º 194, de 07 de dezembro de 2010).
b) solicitar a emissaõ o do CA; (Alterado pela Portaria SIT n.º 194, de 07 de dezembro
de 2010).
c) solicitar a renovaçaõ o do CA quando vencido o prazo de validade estipulado pelo
oá rgaõ o nacional competente em mateá ria de segurança e sauá de do trabalho; (Alterado
pela Portaria SIT n.º 194, de 07 de dezembro de 2010).
d) requerer novo CA quando houver alteraçaõ o das especificaçoõ es do equipamento
aprovado; (Alterado pela Portaria SIT n.º 194, de 07 de dezembro de 2010)
e) responsabilizar-se pela manutençaõ o da qualidade do EPÍ que deu origem ao
Certificado de Aprovaçaõ o - CA;
f) comercializar ou colocar aà venda somente o EPÍ, portador de CA;
g) comunicar ao oá rgaõ o nacional competente em mateá ria de segurança e sauá de no
trabalho quaisquer alteraçoõ es dos dados cadastrais fornecidos;
h) comercializar o EPÍ com instruçoõ es teá cnicas no idioma nacional, orientando sua
utilizaçaõ o, manutençaõ o, restriçaõ o e demais refereô ncias ao seu uso;
i) fazer constar do EPÍ o nuá mero do lote de fabricaçaõ o; e,
j) providenciar a avaliaçaõ o da conformidade do EPÍ no aô mbito do SÍNMETRO,
quando for o caso;
k) fornecer as informaçoõ es referentes aos processos de limpeza e higienizaçaõ o de
seus EPÍ, indicando quando for o caso, o nuá mero de higienizaçoõ es acima do qual eá
necessaá rio proceder aà revisaõ o ou aà substituiçaõ o do equipamento, a fim de garantir
que os mesmos mantenham as caracteríásticas de proteçaõ o original. (Inserido pela
Portaria SIT n.º 194, de 07 de dezembro de 2010).

6.8.1.1 Os procedimentos de cadastramento de fabricante e/ou importador de EPÍ e


de emissaõ o e/ou renovaçaõ o de CA devem atender os requisitos estabelecidos em
Portaria especíáfica. (Inserido pela Portaria SIT n.º 194, de 07 de dezembro de 2010).

6.9 Certificado de Aprovaçaõ o - CA

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COMISSÃO INTERNA DE
PREVENÇÃO DE ACIDENTES

6.9.1 Para fins de comercializaçaõ o o CA concedido aos EPÍ teraá validade:


(Alterado pela Portaria SIT n.º 194, de 07 de dezembro de 2010).
a) de 5 (cinco) anos, para aqueles equipamentos com laudos de ensaio que naõ o
tenham sua conformidade avaliada no aô mbito do SÍNMETRO;
b) do prazo vinculado aà avaliaçaõ o da conformidade no aô mbito do SÍNMETRO,
quando for o caso.

6.9.2 O oá rgaõ o nacional competente em mateá ria de segurança e sauá de no trabalho,


quando necessaá rio e mediante justificativa, poderaá estabelecer prazos diversos
daqueles dispostos no subitem 6.9.1.

6.9.3 Todo EPÍ deveraá apresentar em caracteres indeleá veis e bem visíáveis, o nome
comercial da empresa fabricante, o lote de fabricaçaõ o e o nuá mero do CA, ou, no caso
de EPÍ importado, o nome do importador, o lote de fabricaçaõ o e o nuá mero do CA.

6.9.3.1 Na impossibilidade de cumprir o determinado no item 6.9.3, o oá rgaõ o


nacional competente em mateá ria de segurança e sauá de no trabalho poderaá autorizar
forma alternativa de gravaçaõ o, a ser proposta pelo fabricante ou importador,
devendo esta constar do CA.

6.10 (Excluído pela Portaria SIT n.º 194, de 07 de dezembro de 2010).

6.10.1 (Excluído pela Portaria SIT n.º 194, de 07 de dezembro de 2010).

6.11 Da competeô ncia do Ministeá rio do Trabalho e Emprego / MTE

6.11.1 Cabe ao oá rgaõ o nacional competente em mateá ria de segurança e sauá de no


trabalho:
a) cadastrar o fabricante ou importador de EPÍ;
b) receber e examinar a documentaçaõ o para emitir ou renovar o CA de EPÍ;
c) estabelecer, quando necessaá rio, os regulamentos teá cnicos para ensaios de EPÍ;
d) emitir ou renovar o CA e o cadastro de fabricante ou importador;
e) fiscalizar a qualidade do EPÍ;
f) suspender o cadastramento da empresa fabricante ou importadora; e,
g) cancelar o CA.

6.11.1.1 Sempre que julgar necessaá rio o oá rgaõ o nacional competente em mateá ria de
segurança e sauá de no trabalho, poderaá requisitar amostras de EPÍ, identificadas
com o nome do fabricante e o nuá mero de refereô ncia, aleá m de outros requisitos.

6.11.2 Cabe ao oá rgaõ o regional do MTE:


a) fiscalizar e orientar quanto ao uso adequado e a qualidade do EPÍ;
b) recolher amostras de EPÍ; e,

50
COMISSÃO INTERNA DE
PREVENÇÃO DE ACIDENTES

c) aplicar, na sua esfera de competeô ncia, as penalidades cabíáveis pelo


descumprimento desta NR.

6.12 e Subitens
(Revogados pela Portaria SIT n.º 125, de 12 de novembro de 2009).

ANEXO I

LISTA DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL


(Alterado pela Portaria SIT n.º 194, de 07 de dezembro de 2010).

A - EPI PARA PROTEÇÃO DA CABEÇA

A.1 - Capacete
a) capacete para proteçaõ o contra impactos de objetos sobre o craô nio;
b) capacete para proteçaõ o contra choques eleá tricos;
c) capacete para proteçaõ o do craô nio e face contra agentes teá rmicos.

A.2 - Capuz ou balaclava


a) capuz para proteçaõ o do craô nio e pescoço contra riscos de origem teá rmica;
b) capuz para proteçaõ o do craô nio, face e pescoço contra respingos de produtos
quíámicos;
c) capuz para proteçaõ o do craô nio e pescoço contra agentes abrasivos e escoriantes.

B - EPI PARA PROTEÇÃO DOS OLHOS E FACE

B.1 - OÍ culos
a) oá culos para proteçaõ o dos olhos contra impactos de partíáculas volantes;
b) oá culos para proteçaõ o dos olhos contra luminosidade intensa;
c) oá culos para proteçaõ o dos olhos contra radiaçaõ o ultravioleta;
d) oá culos para proteçaõ o dos olhos contra radiaçaõ o infravermelha.

B.2 - Protetor facial


a) protetor facial para proteçaõ o da face contra impactos de partíáculas volantes;
b) protetor facial para proteçaõ o da face contra radiaçaõ o infravermelha;
c) protetor facial para proteçaõ o dos olhos contra luminosidade intensa;
d) protetor facial para proteçaõ o da face contra riscos de origem teá rmica;
e) protetor facial para proteçaõ o da face contra radiaçaõ o ultravioleta.

B.3 - Maá scara de Solda


a) maá scara de solda para proteçaõ o dos olhos e face contra impactos de partíáculas
volantes, radiaçaõ o ultravioleta, radiaçaõ o infravermelha e luminosidade intensa.

51
COMISSÃO INTERNA DE
PREVENÇÃO DE ACIDENTES

C - EPI PARA PROTEÇÃO AUDITIVA

C.1 - Protetor auditivo


a) protetor auditivo circum-auricular para proteçaõ o do sistema auditivo contra
níáveis de pressaõ o sonora superiores ao estabelecido na NR-15, Anexos n.º 1 e 2;
b) protetor auditivo de inserçaõ o para proteçaõ o do sistema auditivo contra níáveis de
pressaõ o sonora superiores ao estabelecido na NR-15, Anexos n.º 1 e 2;
c) protetor auditivo semi-auricular para proteçaõ o do sistema auditivo contra níáveis
de pressaõ o sonora superiores ao estabelecido na NR-15, Anexos n.º 1 e 2.

D - EPI PARA PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA

D.1 - Respirador purificador de ar naõ o motorizado:


a) peça semifacial filtrante (PFF1) para proteçaõ o das vias respiratoá rias contra
poeiras e neá voas;
b) peça semifacial filtrante (PFF2) para proteçaõ o das vias respiratoá rias contra
poeiras, neá voas e fumos;
c) peça semifacial filtrante (PFF3) para proteçaõ o das vias respiratoá rias contra
poeiras, neá voas, fumos e radionuclíádeos;
d) peça um quarto facial, semifacial ou facial inteira com filtros para material
particulado tipo P1 para proteçaõ o das vias respiratoá rias contra poeiras e neá voas; e
ou P2 para proteçaõ o contra poeiras, neá voas e fumos; e ou P3 para proteçaõ o contra
poeiras, neá voas, fumos e radionuclíádeos;
e) peça um quarto facial, semifacial ou facial inteira com filtros quíámicos e ou
combinados para proteçaõ o das vias respiratoá rias contra gases e vapores e ou
material particulado.

D.2 - Respirador purificador de ar motorizado:


a) sem vedaçaõ o facial tipo touca de proteçaõ o respiratoá ria, capuz ou capacete para
proteçaõ o das vias respiratoá rias contra poeiras, neá voas, fumos e radionuclíádeos e ou
contra gases e vapores;
b) com vedaçaõ o facial tipo peça semifacial ou facial inteira para proteçaõ o das vias
respiratoá rias contra poeiras, neá voas, fumos e radionuclíádeos e ou contra gases e
vapores.

D.3 - Respirador de aduçaõ o de ar tipo linha de ar comprimido:


a) sem vedaçaõ o facial de fluxo contíánuo tipo capuz ou capacete para proteçaõ o das
vias respiratoá rias em atmosferas com concentraçaõ o de oxigeô nio maior que 12,5%;
b) sem vedaçaõ o facial de fluxo contíánuo tipo capuz ou capacete para proteçaõ o das
vias respiratoá rias em operaçoõ es de jateamento e em atmosferas com concentraçaõ o
de oxigeô nio maior que 12,5%;
c) com vedaçaõ o facial de fluxo contíánuo tipo peça semifacial ou facial inteira para
proteçaõ o das vias respiratoá rias em atmosferas com concentraçaõ o de oxigeô nio maior
que 12,5%;

52
COMISSÃO INTERNA DE
PREVENÇÃO DE ACIDENTES

d) de demanda com pressaõ o positiva tipo peça semifacial ou facial inteira para
proteçaõ o das vias respiratoá rias em atmosferas com concentraçaõ o de oxigeô nio maior
que 12,5%;
e) de demanda com pressaõ o positiva tipo peça facial inteira combinado com cilindro
auxiliar para proteçaõ o das vias respiratoá rias em atmosferas com concentraçaõ o de
oxigeô nio menor ou igual que 12,5%, ou seja, em atmosferas Ímediatamente
Perigosas aà Vida e a Sauá de (ÍPVS).

D.4 – RESPÍRADOR DE ADUÇAÃ O DE AR TÍPO MAÍ SCARA AUTONOMA


a) de circuito aberto de demanda com pressaõ o positiva para proteçaõ o das vias
respiratoá rias em atmosferas com concentraçaõ o de oxigeô nio menor ou igual que
12,5%, ou seja, em atmosferas Ímediatamente Perigosas aà Vida e a Sauá de
(ÍPVS);
b) de circuito fechado de demanda com pressaõ o positiva para proteçaõ o das vias
respiratoá rias em atmosferas com concentraçaõ o de oxigeô nio menor ou igual que
12,5%, ou seja, em atmosferas Ímediatamente Perigosas aà Vida e a Sauá de
(ÍPVS).

D.5 - Respirador de fuga


a) respirador de fuga tipo bocal para proteçaõ o das vias respiratoá rias contra gases e
vapores e ou material particulado em condiçoõ es de escape de atmosferas
Ímediatamente Perigosas aà Vida e a Sauá de (ÍPVS).

E - EPI PARA PROTEÇÃO DO TRONCO

E.1 – Vestimentas
a) Vestimentas para proteçaõ o do tronco contra riscos de origem teá rmica;
b) Vestimentas para proteçaõ o do tronco contra riscos de origem mecaô nica;
c) Vestimentas para proteçaõ o do tronco contra riscos de origem quíámica;
d) Vestimentas para proteçaõ o do tronco contra riscos de origem radioativa;
e) Vestimentas para proteçaõ o do tronco contra riscos de origem meteoroloá gica;
f) Vestimentas para proteçaõ o do tronco contra umidade proveniente de operaçoõ es
com uso de aá gua.

E.2 - Colete aà prova de balas de uso permitido para vigilantes que trabalhem
portando arma de fogo, para proteçaõ o do tronco contra riscos de origem mecaô nica.

F - EPI PARA PROTEÇÃO DOS MEMBROS SUPERIORES

F.1 - Luvas
a) luvas para proteçaõ o das maõ os contra agentes abrasivos e escoriantes;
b) luvas para proteçaõ o das maõ os contra agentes cortantes e perfurantes;
c) luvas para proteçaõ o das maõ os contra choques eleá tricos;
d) luvas para proteçaõ o das maõ os contra agentes teá rmicos;

53
COMISSÃO INTERNA DE
PREVENÇÃO DE ACIDENTES

e) luvas para proteçaõ o das maõ os contra agentes bioloá gicos;


f) luvas para proteçaõ o das maõ os contra agentes quíámicos;
g) luvas para proteçaõ o das maõ os contra vibraçoõ es;
h) luvas para proteçaõ o contra umidade proveniente de operaçoõ es com uso de aá gua;
i) luvas para proteçaõ o das maõ os contra radiaçoõ es ionizantes.

F.2 - Creme protetor


a) creme protetor de segurança para proteçaõ o dos membros superiores contra
agentes quíámicos.

F.3 - Manga
a) manga para proteçaõ o do braço e do antebraço contra choques eleá tricos;
b) manga para proteçaõ o do braço e do antebraço contra agentes abrasivos e
escoriantes;
c) manga para proteçaõ o do braço e do antebraço contra agentes cortantes e
perfurantes;
d) manga para proteçaõ o do braço e do antebraço contra umidade proveniente de
operaçoõ es com uso de aá gua;
e) manga para proteçaõ o do braço e do antebraço contra agentes teá rmicos.

F.4 - Braçadeira
a) braçadeira para proteçaõ o do antebraço contra agentes cortantes;
b) braçadeira para proteçaõ o do antebraço contra agentes escoriantes.

F.5 - Dedeira
a) dedeira para proteçaõ o dos dedos contra agentes abrasivos e escoriantes.

G - EPI PARA PROTEÇÃO DOS MEMBROS INFERIORES

G.1 - Calçado
a) calçado para proteçaõ o contra impactos de quedas de objetos sobre os artelhos;
b) calçado para proteçaõ o dos peá s contra agentes provenientes de energia eleá trica;
c) calçado para proteçaõ o dos peá s contra agentes teá rmicos;
d) calçado para proteçaõ o dos peá s contra agentes abrasivos e escoriantes;
e) calçado para proteçaõ o dos peá s contra agentes cortantes e perfurantes;
f) calçado para proteçaõ o dos peá s e pernas contra umidade proveniente de operaçoõ es
com uso de aá gua;
g) calçado para proteçaõ o dos peá s e pernas contra respingos de produtos quíámicos.

G.2 - Meia
a) meia para proteçaõ o dos peá s contra baixas temperaturas.

G.3 - Perneira
a) perneira para proteçaõ o da perna contra agentes abrasivos e escoriantes;

54
COMISSÃO INTERNA DE
PREVENÇÃO DE ACIDENTES

b) perneira para proteçaõ o da perna contra agentes teá rmicos;


c) perneira para proteçaõ o da perna contra respingos de produtos quíámicos;
d) perneira para proteçaõ o da perna contra agentes cortantes e perfurantes;
e) perneira para proteçaõ o da perna contra umidade proveniente de operaçoõ es com
uso de aá gua.

G.4 - Calça
a) calça para proteçaõ o das pernas contra agentes abrasivos e escoriantes;
b) calça para proteçaõ o das pernas contra respingos de produtos quíámicos;
c) calça para proteçaõ o das pernas contra agentes teá rmicos;
d) calça para proteçaõ o das pernas contra umidade proveniente de operaçoõ es com
uso de aá gua.

H - EPI PARA PROTEÇÃO DO CORPO INTEIRO

H.1 - Macacaõ o
a) macacaõ o para proteçaõ o do tronco e membros superiores e inferiores contra
agentes teá rmicos;
b) macacaõ o para proteçaõ o do tronco e membros superiores e inferiores contra
respingos de produtos quíámicos;
c) macacaõ o para proteçaõ o do tronco e membros superiores e inferiores contra
umidade proveniente de operaçoõ es com uso de aá gua.

H.2 - Vestimenta de corpo inteiro


a) vestimenta para proteçaõ o de todo o corpo contra respingos de produtos
quíámicos;
b) vestimenta para proteçaõ o de todo o corpo contra umidade proveniente de
operaçoõ es com aá gua;
c) vestimenta condutiva para proteçaõ o de todo o corpo contra choques eleá tricos.

I - EPI PARA PROTEÇÃO CONTRA QUEDAS COM DIFERENÇA DE NÍVEL

Í.1 - Dispositivo trava-queda


a) dispositivo trava-queda para proteçaõ o do usuaá rio contra quedas em operaçoõ es
com movimentaçaõ o vertical ou horizontal, quando utilizado com cinturaõ o de
segurança para proteçaõ o contra quedas.

Í.2 - Cinturaõ o
a) cinturaõ o de segurança para proteçaõ o do usuaá rio contra riscos de queda em
trabalhos em altura;
b) cinturaõ o de segurança para proteçaõ o do usuaá rio contra riscos de queda no
posicionamento em trabalhos em altura.

55
COMISSÃO INTERNA DE
PREVENÇÃO DE ACIDENTES

Nota: O presente Anexo poderaá ser alterado por portaria especíáfica a ser expedida
pelo oá rgaõ o nacional competente em mateá ria de segurança e sauá de no trabalho, apoá s
observado o disposto no subitem 6.4.1.

ANEXO II
(Excluído pela Portaria SIT n.º 194, de 07 de dezembro de 2010)

ANEXO III
(Excluído pela Portaria SIT n.º 194, de 07 de dezembro de 2010)

56
COMISSÃO INTERNA DE
PREVENÇÃO DE ACIDENTES

CAPÍTULO 5 – INSPEÇAO DE SEGURAÇA

EÍ a identificaçaõ o de situaçoõ es de risco de acidentes e doenças profissionais,


fazendo uso de teá cnicas e recursos apropriados. A inspeçaõ o de segurança eá a
maneira mais eficaz de se obterem a segurança do trabalho e a higienizaçaõ o do
ambiente de trabalho, permitindo assim maior e melhor rendimento do serviço.

1 TIPOS DE INSPEÇÕES

 Inspeções gerais
 Saõ o aquelas que atingem toda a aá rea da empresa, de modo a
observar todos os aspectos de higiene e medicina do trabalho.
Delas participam, aleá m dos membros da CÍPA, gerentes, meá dicos,
engenheiros e teá cnicos de segurança.
 A coordenaçaõ o fica a cargo do Serviço Especializado em
Engenharia, Segurança e Medicina do Trabalho (SEESMT) da
empresa, que deveraá emitir relatoá rios aos interessados. Nas
empresas onde naõ o existe o SEESMT, essa atribuiçaõ o seraá de
responsabilidade da CÍPA.

 Inspeções parciais
 Saõ o as que se destinam a uma ou mais aá reas especíáficas da
empresa, a fim de se verificarem determinadas atividades ou certos
equipamentos existentes. Teô m, basicamente, a mesma estrutura
das inspeçoõ es gerais.

 Inspeções de rotina
 Devem ser realizadas pelos teá cnicos de segurança ou pelos
membros da CÍPA, para descobrir riscos que comumente existem,
como maá quina sem proteçaõ o, desordem, utilizaçaõ o inadequada de
equipamentos, maá utilizaçaõ o do EPÍ, atos inseguros.

 Inspeções eventuais
 Feitas sem previsaõ o, ou seja, sem dia ou períáodo previamente
estabelecido, saõ o realizadas por meá dicos, engenheiros ou pessoal
de manutençaõ o.

 Inspeções oficiais
 Saõ o realizadas pelos oá rgaõ os governamentais e empresas de seguro.

57
COMISSÃO INTERNA DE
PREVENÇÃO DE ACIDENTES

 Inspeções especiais
 Saõ o aquelas que se destinam a verificar uma situaçaõ o especial e
exigem conhecimentos especíáficos ou aparelhos especiais para
mediçaõ o.

A CÍPA deveraá definir um cronograma das inspeçoõ es de segurança, prevendo


a data, local, horaá rio, objetivo e o responsaá vel pela inspeçaõ o. O relatoá rio contendo os
riscos identificados seraá apresentado aos demais cipeiros, quando, apoá s discutido
pela comissaõ o, seraõ o tomadas as provideô ncias necessaá rias para cada situaçaõ o.

2 FASES DA INSPEÇÃO

Para que a inspeçaõ o de segurança tenha eô xito, recomenda-se que ela se


desenvolva nas seguintes fases:

a) Observação de tudo o que possa trazer risco, ou seja, de condiçoõ es e


atos inseguros; eá fundamental que a inspeçaõ o se faça dentro de uma
oá tica realmente prevencionista;
b) Informação raá pida de qualquer irregularidade observada ao
responsaá vel pelo setor ou seçaõ o, para que o problema seja solucionado
com maior brevidade;
c) Registro dos itens observados na inspeçaõ o, em impresso proá prio,
dando detalhes de localizaçaõ o, risco provaá vel, pessoal envolvido,
ambiente fíásico e, se possíável, sugestoõ es de medidas para eliminaçaõ o do
problema;
d) Encaminhamento do relatoá rio da inspeçaõ o de segurança aos setores
competentes, a fim de que seja prontamente acionada a prevençaõ o
adequada, e
e) Acompanhamento do processo de correçaõ o/prevençaõ o ateá a execuçaõ o
final, independentemente do tempo a ser gasto para assessorar o
desenvolvimento do serviço.

3 RELATÓRIO DE INSPEÇÃO

Os relatoá rios de inspeçaõ o devem ser elaborados de tal modo que possam
servir de guia sobre os pontos a serem cobertos durante a inspeçaõ o, com o objetivo
de facilitar o controle das recomendaçoõ es propostas e indicar, dentro do programa,
as situaçoõ es prioritaá rias.

58
COMISSÃO INTERNA DE
PREVENÇÃO DE ACIDENTES

Característica do relatório

A confecçaõ o do relatoá rio de inspeçaõ o devem constar:

 Os riscos localizados que merecem estudo especial;


 Ordem de trabalho ou instruçaõ o ao pessoal;
 Os riscos suscetíáveis de correçaõ o imediata, que devem ser resolvidos no
ato da inspeçaõ o;
 Os riscos que exigem uma açaõ o imediata, porque implicam perigo
imediato.
Os caminhos do relatório

Depois de pronto, o relatoá rio deve ser encaminhado ao supervisor ou


encarregado da aá rea, a fim de que sejam tomadas as provideô ncias corretivas
destinadas a eliminar os riscos (condiçoõ es ou atos inseguros).

Deve ser preenchido em quantas vias forem necessaá rias, ficando uma delas
com o SEESMT da empresa (quando houver) ou com a CÍPA, para acompanhamento
do serviço a ser executado, ateá o final.

Obs.: O relatoá rio de inspeçaõ o soá deveraá ser arquivado quando suas recomendaçoõ es
tiverem sido totalmente executadas.

59
COMISSÃO INTERNA DE
PREVENÇÃO DE ACIDENTES

CAPÍTULO 6 – INVESTIGAÇÃO DE ACIDENTES


A investigaçaõ o de acidentes eá parte integrante e fundamental do programa
de segurança do trabalho da empresa. EÍ a forma de procurar informaçoõ es, estudar e
pesquisar as causas dos acidentes ocorridos e propor medidas corretivas para a
eliminaçaõ o dessas causas.

Todos os acidentes saõ o de real importaô ncia, independentemente de sua


gravidade, eá atraveá s da anaá lise de cada ocorreô ncia que chega-se a conclusoõ es que
impediraõ o a repetiçaõ o de acidentes com maior prejuíázo.

As investigaçoõ es de segurança saõ o uma das atividades mais importantes do


Serviço Especializado em Engenharia, Segurança e Medicina do Trabalho (SEESMT)
e da CÍPA, e devem ser efetuadas de maneira objetiva, com base somente nos fatos,
sem implicaçoõ es disciplinares.

1 REGRAS BÁSICAS

Cabe ao SEESMT e aà CÍPA, durante as investigaçoõ es de segurança:

 Pesquisar a situaçaõ o anterior ao acidente;

 Restringir-se aos fatos com bom senso para pesar o valor de cada um e
justificar as conclusoõ es

 Ínvestigar cada detalhe, por menos significativo que possa parecer


inicialmente;

 Procurar os atos e as condiçoõ es inseguras que, na maioria dos casos,


estaõ o presentes ao mesmo tempo;

 Fazer recomendaçoõ es, pois nenhuma investigaçaõ o eá completa quando


naõ o sugere açoõ es corretivas;

 Ínvestigar todos os acidentes: a diferença entre um acidente banal e


outro, seá rio, eá fruto do acaso;

 Determinar provideô ncias imediatas para evitar a repetiçaõ o do acidente;

 Se necessaá rio, mudar políáticas, processos de trabalho etc., depois de


ouvida a administraçaõ o;

60
COMISSÃO INTERNA DE
PREVENÇÃO DE ACIDENTES

 Elaborar relatoá rios escritos, meios eficientes no estudo e anaá lise das
aá reas de maior risco, possibilitando assim fazer recomendaçoõ es de
natureza corretiva e preventiva;

 Divulgar os resultados da investigaçaõ o, pois seu valor eá


fundamentalmente educativo; a partir desses resultados, deve-se iniciar
logo um programa de prevençaõ o de acidentes ou uma campanha de
segurança.

2 ANÁLISE DO ACIDENTE

Todo acidente do trabalho deve ser analisado, mesmo os que a princíápio


podem ser considerados leve e que naõ o tenha um reflexo muito grave na lesaõ o,
nestes casos a consequü eô ncia apoá s a anaá lise muitas vezes estes poderiam ser muito
mais graves podendo levar o acidentado ateá o oá bito. A regra baá sica de uma boa
anaá lise de acidente e Ter uma ficha em maõ os e entrevistar o acidentado, sem
transparecer que voceô esta tentando puníá-lo pelo acidente e sim tentando evitar
novas ocorreô ncias, as perguntas baá sicas saõ o:

O QUE, aconteceu (caiu, bateu, escorregou...)


ONDE, aconteceu (no piso, na maá quina, no carro, no vestiaá rio...)
QUANDO, aconteceu (de manhaõ , na saíáda do expediente, aá s 12:00hs, ...)
E PORQUE, fez isso (pressa, distraçaõ o, o chefe mandou, naõ o foi treinado, ...)

A anaá lise tem de ser bem detalhada para ser apurada a efetiva causa e
lembre-se, EPÍ naõ o evita acidente e sim a lesaõ o e a falta deles naõ o reflete a causa do
acidente e sim o efeito deste.

3 CADASTRO DE ACIDENTADOS

O cadastro de acidentados eá o conjunto de informaçoõ es e dados sobre a


ocorreô ncia de acidentes em uma unidade industrial ou comercial. Deve ser
organizado de modo que permita analisar as causas, as circunstaô ncias e as
consequü eô ncias de cada acidente.

A manutençaõ o de um cadastro de acidentados na empresa eá de vital


importaô ncia para uma avaliaçaõ o dos resultados obtidos pelo programa de segurança
e para orientar as medidas de prevençaõ o necessaá rias ou prioritaá rias.

61
COMISSÃO INTERNA DE
PREVENÇÃO DE ACIDENTES

Para maior facilidade da pesquisa, os acidentes podem ser cadastrados da


seguinte forma:

{ {
sem afastamento
incapacidade temporária
Acidentes com afastamento
com morte
incapacidade permanente
{ total
parcial

Um cadastro bem elaborado permite:


 Que o SEESMT e a CÍPA analisem melhor o programa de prevençaõ o de
acidentes adotada pela empresa;

 Que se façam levantamentos estatíásticos sobre a frequü eô ncia e a


gravidade dos acidentes, sobre as ocorreô ncias de condiçoõ es e atos
inseguros, proporcionando que a CÍPA e o SEESMT concentrem esforços
na reduçaõ o do nuá mero de acidentes;

 Que se oriente a prevençaõ o de acidentes semelhantes e, com base nele,


se desenvolvam estudos cientíáficos para prevenir acidentes e doenças
profissionais.

4 DIAS PERDIDOS

Saõ o os dias efetivamente perdidos pelo trabalhador acidentado, aíá


computados os domingos e feriados. Conta-se o períáodo compreendido entre o dia
seguinte ao do acidente e o dia da alta meá dica.

A gravidade da lesaõ o eá medida pelos dias de trabalho perdidos. Esse dado eá


de suma importaô ncia para a estatíástica, pois influi diretamente no custo direto e
indireto do acidente.

Os casos em que o trabalhador retorna ao trabalho no dia seguinte ao do


acidente saõ o considerados acidentes sem afastamento, ou seja, sem dias perdidos a
computar.

62
COMISSÃO INTERNA DE
PREVENÇÃO DE ACIDENTES

5 DIAS DEBITADOS

Saõ o os dias de trabalho que seraõ o debitados, no levantamento estatíástico,


correspondendo aos casos de acidentes com morte ou com incapacidade
permanente, total ou parcial.

Nos casos de morte ou de incapacidade permanente total, devem ser


debitados 6.000 dias, de acordo com a tabela de dias debitados usada
nacionalmente. Essa tabela, reproduzida em parte a seguir, foi elaborada pela
Ínternational Association of Índustrial Accident Board and Comission e consta das
Normas Brasileiras NB-18. (ver tabela 1)

Tabela 1 - Dias Debitados


Avaliação
Natureza Dias Debitados
Percentual
Morte 100 6.000
Íncapacidade total e permanente 100 6.000
Perda de visaõ o de ambos os olhos 100 6.000
Perda da visaõ o de um olho 30 1.800
Perda do braço acima do cotovelo 75 4.500
Perda do braço abaixo do cotovelo 60 3.600
Perda da maõ o 50 3.000
Perda do primeiro quirodaá tilo (polegar) 10 600
Perda de qualquer outro quirodaá ctilo (dedo da maõ o) 5 300
Perda de dois quirodaá ctilos (exceto o polegar) 12 ½ 750
Perda de treô s quirodaá ctilos (exceto o polegar) 20 1.200
Perda de quatro quirodaá ctilos (exceto o polegar) 30 1.800
Perda do polegar e de qualquer outro quirodaá tilo 20 1.200
Perda do polegar e de dois outros quirodaá ctilos 25 1.500
Perda do polegar e de treô s outros quirodaá ctilos 33 ½ 2.000
Perda do polegar e dos outros quatro quirodaá ctilos 40 2.400
Perda da perna acima do joelho 75 4.500
Perda da perna na altura do joelho ou abaixo dele 50 3.000
Perda do peá 40 2.400
Perda do primeiro pododaá ctilo (dedo grande) e outros 2 ou mais
pododaá ctilos (dedos do peá ) 5 300
Perda do primeiro pododaá ctilo (dedo grande) de ambos os peá s 10 600
Perda de qualquer outro pododaá ctilo (exceto o dedo grande) 0 0
Perda da audiçaõ o de um ouvido 10 600
Perda da audiçaõ o de ambos os ouvidos 50 3.000

63
COMISSÃO INTERNA DE
PREVENÇÃO DE ACIDENTES

6 ESTATÍSTICA DOS ACIDENTES

A estatíástica eá a ordenaçaõ o de nuá meros que representam a frequü eô ncia de um


acontecimento ou de uma caracteríástica quantitativa ou qualitativa dos elementos
de um conjunto, durante um períáodo determinado: mensal, trimestral, anual etc.
Essa ordenaçaõ o permite que se conheça melhor a incideô ncia de fatos mensuraá veis.

Para fins de investigaçaõ o e estudo da prevençaõ o de acidentes, lembramos


que as estatíásticas saõ o os meios importantes para alertar, estimular e ajudar os
interessados a conhecerem devidamente a situaçaõ o existente, a fim de adquirir
conscieô ncia sobre a importaô ncia da segurança.

Conhecendo o nuá mero de acidentes com afastamento, o nuá mero total de dias
perdidos, o nuá mero de dias debitados e o total de horas-homem de exposiçaõ o ao
risco, podemos calcular as taxas de frequü eô ncia e de gravidade dos acidentes do
trabalho em cada empresa ou aá rea.

Mensalmente deve-se elaborar um levantamento estatíástico para que se


obtenham dados que permitam comparaçaõ o com as estatíásticas de outros locais em
que se desenvolvam atividades produtivas semelhantes. Esse levantamento mensal
permitiraá tambeá m o acompanhamento dos resultados do programa de segurança
implantado na empresa. (A estatíástica anual deve abranger todos os casos dos doze
meses do ano.).

Os dados estatíásticos poderaõ o ser organizados em graá ficos, que deveraõ o ser
apresentados da maneira mais clara e simples possíável, possibilitando assim o
entendimento geral.

7 TAXA DE FREQUÊNCIA

É o cálculo que permite estabelecer o número de acidentes por milhão de


horas/homem de exposição ao risco, expresso pela fórmula:

no de acidentes x 1.000.000
TF =
horas/homem de exposição ao risco

A multiplicaçaõ o por um milhaõ o eá usada para tornar possíável a comparaçaõ o


das taxas de frequü eô ncia entre diversas empresas, e ateá mesmo entre empresas de

64
COMISSÃO INTERNA DE
PREVENÇÃO DE ACIDENTES

diferentes paíáses que desenvolvem atividades similares e utilizam o mesmo sistema


de caá lculo.

Por exemplo, em uma empresa que tivesse 10 acidentes mensais, com 200.000
(duzentas mil) horas trabalhadas, o cálculo seria o seguinte:

10 x 1.000.000
TF = = 50,00
200.000

Concluiríáamos, entaõ o, que a taxa de frequü eô ncia de acidentes nessa empresa eá


igual a 50,00.

A taxa de frequü eô ncia informa o íándice de acidentes na empresa, poreá m naõ o


indica sua gravidade. Portanto, torna-se necessaá rio levantar tambeá m a taxa de
gravidade dos acidentes.

8 TAXA DE GRAVIDADE

A taxa de gravidade representa a perda de tempo (dias perdidos mais dias


debitados) resultante dos acidentes ocorridos, em relação ao total de horas/homem de
exposição ao risco, e é calculada pela fórmula:

(dias perdidos + dias debitados) x 1.000.0000


TG =
horas/homem de exposição ao risco

Tambeá m aqui a multiplicaçaõ o por um milhaõ o permite a comparaçaõ o entre


taxas de diferentes empresas, de diversos paíáses.

Para efeito do caá lculo da taxa de gravidade, os dias debitados soá deveraõ o ser
computados quando o acidente resultar em morte, em incapacidade total ou em
incapacidade parcial permanente (ver Tabela 1 - Dias debitados). Portanto,
devemos ficar atentos, pois nesse caá lculo os dias debitados poderaõ o figurar ou naõ o,
dependendo das consequü eô ncias dos acidentes ocorridos.

65
COMISSÃO INTERNA DE
PREVENÇÃO DE ACIDENTES

9 COMUNICAÇÃO DE ACIDENTE DO TRABALHO - CAT

A CAT eá um documento da Prevideô ncia Social, cujo objetivo eá registrar a


ocorreô ncia de acidente ou doença ocupacional sofrido por um empregado (sob o
regime de trabalho regido pela CLT), sendo tambeá m um dos principais documentos
que garantem a manutençaõ o de salaá rio ao acidentado:

 Nos 15 (quinze) primeiros dias do acidente, o pagamento do salaá rio eá de


responsabilidade da empresa.

 A partir do 16º (deá cimo sexto) dia, a manutençaõ o do pagamento de


salaá rios (seguro acidente de trabalho) eá da Prevideô ncia Social ateá a alta
meá dica do acidentado.

EMISSÃO

Quanto aà emissaõ o, a CAT divide-se em treô s tipos:

 CAT inicial;
 CAT de reabertura;
 CAT de comunicaçaõ o de oá bito.

PREENCHIMENTO

Quanto ao preenchimento, a CAT divide-se em treô s partes distintas:

I – EMITENTE: o responsaá vel pelo preenchimento (empresa, sindicato,


outros) iraá completar todos os campos desta parte da CAT, identificando os
seguintes itens:

 A empresa;
 O acidentado;
 O acidente ou doença;
 As testemunhas.

II – ATESTADO MÉDICO: o preenchimento desta parte da CAT eá de


responsabilidade do meá dico que atendeu o acidentado, e busca identificar os
seguintes itens:

66
COMISSÃO INTERNA DE
PREVENÇÃO DE ACIDENTES

 Quanto ao atendimento;
 AÀ lesaõ o;
 Ao diagnoá stico.

III – INSS: esta parte da CAT destina-se ao protocolo de recebimento desta


pela Prevideô ncia Social.

OBSERVAÇÕES

A Comunicaçaõ o de Acidente de Trabalho – CAT deveraá ser feita ateá o 1º dia


uá til apoá s o acidente. Quando ultrapassado este prazo, a empresa poderaá justificar
oficialmente o motivo de atraso ao ÍNSS – Ínstituto Nacional do Seguro Social, que
julgaraá a procedeô ncia da justificativa. O descumprimento do prazo legal e a falta de
justificativa saõ o passíáveis de multa aà empresa.

Mesmo que o acidente do trabalho naõ o provoque afastamento do


funcionaá rio, a empresa deve emitir e enviar ao ÍNSS a Comunicaçaõ o de Acidente de
Trabalho – CAT, para fins de notificaçaõ o, segundo a Lei n. 8.213, art.22.

Quando a CAT naõ o for emitida pela empresa, o proá prio acidentado poderaá
fazeô -lo, solicitando ao meá dico que o atendeu ou ao sindicato da categoria. A CAT
deve ser preenchida em formulaá rio especíáfico e com todos os seus campos
completados com exatidaõ o de informaçoõ es, em 06 (seis) vias, assim destinadas:

 1ª via, destinada ao ÍNSS;


 2ª via, destinada aà Empresa;
 3ª via, destinada ao Segurado;
 4ª via, destinada ao sindicato da classe do trabalhador;
 5ª via, destinada ao SUS;
 6ª via, destinada aà DRT.

O funcionaá rio encaminhado ao Seguro do Acidente de Trabalho, por meio da


CAT, teraá garantida a estabilidade do emprego por 12 meses a contar da data de
cessaçaõ o do benefíácio acidentaá rio, caso o tempo de afastamento seja superior a 15
(quinze) dias.

Deve-se salientar que a CAT deveraá ser precedida da investigaçaõ o e anaá lise
do acidente.

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PREVENÇÃO DE ACIDENTES

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PREVENÇÃO DE ACIDENTES

CAPÍTULO 7 – LEGISLAÇÃO

1 LEGISLAÇÃO TRABALHISTA – CLT

Art.154 A observaô ncia, em todos os locais de trabalho, do disposto neste Capíátulo,


naõ o desobriga as empresas do cumprimento de outras disposiçoõ es que, com relaçaõ o
aà mateá ria, sejam incluíádas em coá digos de obras ou regulamentos sanitaá rios dos
Estados ou Municíápios em que se situem os respectivos estabelecimentos, bem
como daquelas oriundas de convençoõ es coletivas de trabalho.

Art.155 Íncumbe ao oá rgaõ o de aô mbito nacional competente em mateá ria de segurança


e medicina do trabalho:
Í - estabelecer, nos limites de sua competeô ncia, normas sobre a aplicaçaõ o dos
preceitos deste Capíátulo, especialmente os referidos no art. 200;
ÍÍ - coordenar, orientar, controlar e supervisionar a fiscalizaçaõ o e as demais
atividades relacionadas com a segurança e a medicina do trabalho em todo o
territoá rio nacional, inclusive a Campanha Nacional de Prevençaõ o de Acidentes do
Trabalho;
ÍÍÍ - conhecer, em uá ltima instaô ncia, dos recursos, voluntaá rios ou de ofíácio, das
decisoõ es proferidas pelos Delegados Regionais do Trabalho, em mateá ria de
segurança e medicina do trabalho.

Art.156 Compete especialmente aà s Delegacias Regionais do Trabalho, nos limites de


sua jurisdiçaõ o:
Í - promover a fiscalizaçaõ o do cumprimento das normas de segurança e medicina do
trabalho;
ÍÍ - adotar as medidas que se tornem exigíáveis, em virtude das disposiçoõ es deste
Capíátulo, determinando as obras e reparos que, em qualquer local de trabalho, se
façam necessaá rias;
ÍÍÍ - impor as penalidades cabíáveis por descumprimento das normas constantes
deste Capíátulo, nos termos do art. 201 .

Art.157 Cabe aà s empresas:


Í - cumprir e fazer cumprir as normas de segurança e medicina do trabalho;
ÍÍ - instruir os empregados, atraveá s de ordens de serviço, quanto aà s precauçoõ es a
tomar no sentido de evitar acidentes do trabalho ou doenças ocupacionais;
ÍÍÍ - adotar as medidas que Íhes sejam determinadas pelo oá rgaõ o regional
competente;
ÍV - facilitar o exercíácio da fiscalizaçaõ o pela autoridade competente.

Art. 158 Cabe aos empregados:


Í - observar as normas de segurança e medicina do trabalho, inclusive as instruçoõ es
de que trata o item ÍÍ do artigo anterior;

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COMISSÃO INTERNA DE
PREVENÇÃO DE ACIDENTES

ÍÍ - colaborar com a empresa na aplicaçaõ o dos dispositivos deste Capíátulo.

Paraá grafo UÍ nico Constitui ato faltoso do empregado a recusa injustificada:


a) aà observaô ncia das instruçoõ es expedidas pelo empregador na forma do item ÍÍ do
artigo anterior;
b) ao uso dos equipamentos de proteçaõ o individual fornecidos pela empresa.

Art.159 Mediante conveô nio autorizado pelo Ministro do Trabalho, poderaõ o ser
delegadas a outros oá rgaõ os federais, estaduais ou municipais atribuiçoõ es de
fiscalizaçaõ o ou orientaçaõ o aà s empresas quanto ao cumprimento das disposiçoõ es
constantes deste Capíátulo.

Art.160 Nenhum estabelecimento poderaá iniciar suas atividades sem preá via
inspeçaõ o e aprovaçaõ o das respectivas instalaçoõ es pela autoridade regional
competente em mateá ria de segurança e medicina do trabalho.

§ 1o Nova inspeçaõ o deveraá ser feita quando ocorrer modificaçaõ o substancial nas
instalaçoõ es, inclusive equipamentos, que a empresa fica obrigada a comunicar,
prontamente, aà Delegacia Regional do Trabalho.

§ 2o EÍ facultado aà s empresas solicitar preá via aprovaçaõ o, pela Delegacia Regional do


Trabalho, dos projetos de construçaõ o e respectivas instalaçoõ es.

Art.161 O Delegado Regional do Trabalho, aà vista do laudo teá cnico do serviço


competente que demonstre grave e iminente risco para o trabalhador, poderaá
interditar estabelecimento, setor de serviço, maá quina ou equipamento, ou embargar
obra; indicando na decisaõ o, tomada com a brevidade que a ocorreô ncia exigir, as
provideô ncias que deveraõ o ser adotadas para prevençaõ o de infortuá nios de trabalho.

§ 1o As autoridades federais, estaduais e municipais daraõ o imediato apoio aà s


medidas determinadas pelo Delegado Regional do Trabalho.

§ 2o A interdiçaõ o ou embargo poderaõ o ser requeridos pelo serviço competente da


Delegacia Regional do Trabalho e, ainda, por agente da inspeçaõ o do trabalho ou por
entidade sindical.

§ 3o Da decisaõ o do Delegado Regional do Trabalho poderaõ o os interessados recorrer,


no prazo de 10 (dez) dias, para o oá rgaõ o de aô mbito nacional competente em mateá ria
de segurança e medicina do trabalho, ao qual seraá facultado dar efeito suspensivo
ao recurso.

§ 4o Responderaõ o por desobedieô ncia, aleá m das medidas penais cabíáveis, quem, apoá s
determinada a interdiçaõ o ou embargo, ordenar ou permitir o funcionamento do
estabelecimento ou de um dos seus setores, a utilizaçaõ o de maá quina ou

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COMISSÃO INTERNA DE
PREVENÇÃO DE ACIDENTES

equipamento, ou o prosseguimento de obra, se, em consequü eô ncia, resultarem danos


a terceiros.

§ 5o O Delegado Regional do Trabalho, independente de recursos, e apoá s laudo


teá cnico do serviço competente, poderaá levantar a interdiçaõ o.

§ 6o Durante a paralisaçaõ o dos serviços, em decorreô ncia da interdiçaõ o ou embargo,


os empregados receberaõ o os salaá rios como se estivessem em efetivo exercíácio.

Art.162 As empresas, de acordo com normas a serem expedidas pelo Ministeá rio do
Trabalho, estaraõ o obrigadas a manter serviços especializados em segurança e em
medicina do trabalho.

Paraá grafo uá nico


As normas a que se refere este artigo estabeleceraõ o:
a) classificaçaõ o das empresas segundo o nuá mero de empregados e a natureza do
risco de suas atividades;
b) o nuá mero míánimo de profissionais especializados exigido de cada empresa,
segundo o grupo em que se classifique, na forma da alíánea anterior;
c) a qualificaçaõ o exigida para os profissionais em questaõ o e o seu regime de
trabalho;
d) as demais caracteríásticas e atribuiçoõ es dos serviços especializados em segurança
e em medicina do trabalho, nas empresas.

Art.163 Seraá obrigatoá ria a constituiçaõ o de Comissaõ o Ínterna de Prevençaõ o de


Acidentes (CÍPA), de conformidade com instruçoõ es expedidas pelo Ministeá rio do
Trabalho, nos estabelecimentos ou locais de obra nelas especificadas.

Paraá grafo UÍ nico


O Ministeá rio do Trabalho regulamentaraá as atribuiçoõ es, a composiçaõ o e o
funcionamento das CÍPA’s.

Art.164 Cada CÍPA seraá composta de representantes da empresa e dos empregados,


de acordo com os criteá rios que vierem a ser adotados na regulamentaçaõ o de que
trata o paraá grafo uá nico do artigo anterior.

§ 1o Os representantes dos empregadores, titulares e suplentes, seraõ o por eles


designados.

§ 2o Os representantes dos empregados, titulares e suplentes, seraõ o eleitos em


escrutíánio secreto, do qual participem, independentemente de filiaçaõ o sindical,
exclusivamente os empregados interessados.

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COMISSÃO INTERNA DE
PREVENÇÃO DE ACIDENTES

§ 3o O mandato dos membros eleitos da CÍPA teraá a duraçaõ o de 1 (um) ano,


permitida uma reeleiçaõ o.

§ 4o O disposto no paraá grafo anterior naõ o se aplicaraá ao membro suplente que,


durante o seu mandato, tenha participado de menos da metade do nuá mero de
reunioõ es da CÍPA.

§ 5o O empregador designaraá , anualmente, dentre os seus representantes, o


Presidente da CÍPA e os empregados elegeraõ o, dentre eles, o Vice-Presidente.

Art.165 Os titulares da representaçaõ o dos empregados nas CÍPA's naõ o poderaõ o


sofrer despedida arbitraá ria, entendendo-se como tal a que naõ o se fundar em motivo
disciplinar, teá cnico, econoô mico ou financeiro.

Paraá grafo uá nico


Ocorrendo a despedida, caberaá ao empregador, em caso de reclamaçaõ o aà Justiça do
Trabalho, comprovar a existeô ncia de qualquer dos motivos mencionados neste
artigo, sob pena de ser condenado a reintegrar o empregado.

Art.166 A empresa eá obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente,


equipamento de proteçaõ o individual adequado ao risco e em perfeito estado de
conservaçaõ o e funcionamento, sempre que as medidas de ordem geral naõ o ofereçam
completa proteçaõ o contra os riscos de acidentes e danos aà sauá de dos empregados.

Art.167 O equipamento de proteçaõ o soá poderaá ser posto aà venda ou utilizado com a
indicaçaõ o do Certificado de Aprovaçaõ o do Ministeá rio do Trabalho.

Art.168 Seraá obrigatoá rio o exame meá dico do empregado, por conta do empregador.

§ 1o Por ocasiaõ o da admissaõ o, o exame meá dico obrigatoá rio compreenderaá


investigaçaõ o clíánica e, nas localidades em que houver, abreugrafia.

§ 2o Em decorreô ncia da investigaçaõ o clíánica ou da abreugrafia, outros exames


complementares poderaõ o ser exigidos, a criteá rio meá dico, para apuraçaõ o da
capacidade ou aptidaõ o fíásica e mental do empregado para a funçaõ o que deva exercer.

§ 3o O exame meá dico seraá renovado, de seis em seis meses, nas atividades e
operaçoõ es insalubres, e, anualmente, nos demais casos. A abreugrafia seraá repetida
a cada dois anos.

§ 4o O mesmo exame meá dico de que trata o Par.1o seraá obrigatoá rio por ocasiaõ o da
cessaçaõ o do contrato de trabalho, nas atividades, a serem discriminadas pelo

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COMISSÃO INTERNA DE
PREVENÇÃO DE ACIDENTES

Ministeá rio do Trabalho, desde que o uá ltimo exame tenha sido realizado haá mais de
90 (noventa) dias.

§ 5o Todo estabelecimento deve estar equipado com material necessaá rio aà prestaçaõ o
de primeiros socorros meá dicos.

Art. 169 Seraá obrigatoá ria a notificaçaõ o das doenças profissionais e das produzidas
em virtude de condiçoõ es especiais de trabalho, comprovadas ou objeto de suspeita,
de conformidade com as instruçoõ es expedidas pelo Ministeá rio do Trabalho.

Art.170 As edificaçoõ es deveraõ o obedecer aos requisitos teá cnicos que garantam
perfeita segurança aos que nelas trabalhem.

Art.171 Os locais de trabalho deveraõ o ter, no míánimo, 3 (treô s) metros de peá direito,
assim considerada a altura livre do piso ao teto.

Paraá grafo uá nico


Poderaá ser reduzido esse míánimo desde que atendidas as condiçoõ es de iluminaçaõ o e
conforto teá rmico compatíáveis com a natureza do trabalho, sujeitando-se tal reduçaõ o
ao controle do oá rgaõ o competente em mateá ria de segurança e medicina do trabalho.
Art.172 Os pisos dos locais de trabalho naõ o deveraõ o apresentar salieô ncias nem
depressoõ es que prejudiquem a circulaçaõ o de pessoas ou a movimentaçaõ o de
materiais.

Art.173 As aberturas nos pisos e paredes seraõ o protegidas de forma que impeçam a
queda de pessoas ou de objetos.

Art.174 As paredes, escadas, rampas de acesso, passarelas, pisos, corredores,


coberturas e passagens dos locais de trabalho deveraõ o obedecer aà s condiçoõ es de
segurança e de higiene do trabalho estabelecidas pelo Ministeá rio do Trabalho e
manter-se em perfeito estado de conservaçaõ o e limpeza.

Art.175 Em todos os locais de trabalho deveraá haver iluminaçaõ o adequada, natural


ou artificial, apropriada aà natureza da atividade.

§1o A iluminaçaõ o deveraá ser uniformemente distribuíáda, geral e difusa, a fim de


evitar ofuscamento, reflexos incoô modos, sombras e contrastes excessivos.

§2o 0 Ministeá rio do Trabalho estabeleceraá os níáveis míánimos de iluminamento a


serem observados.

Art.176 Os locais de trabalho deveraõ o ter ventilaçaõ o natural, compatíável com o


serviço realizado.

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COMISSÃO INTERNA DE
PREVENÇÃO DE ACIDENTES

Paraá grafo uá nico


A ventilaçaõ o artificial seraá obrigatoá ria sempre que a natural naõ o preencha as
condiçoõ es de conforto teá rmico.

Art.177 Se as condiçoõ es de ambiente se tornarem desconfortaá veis, em virtude de


instalaçoõ es geradoras de frio ou de calor, seraá obrigatoá rio o uso de vestimenta
adequada para o trabalho em tais condiçoõ es ou de capelas, anteparos, paredes
duplas, isolamento teá rmico e recursos similares, de forma que os empregados
fiquem protegidos contra as radiaçoõ es teá rmicas.

Art.178 As condiçoõ es de conforto teá rmico dos locais de trabalho devem ser
mantidas dentro dos limites fixados pelo Ministeá rio do Trabalho.

Art.179 O Ministeá rio do Trabalho disporaá sobre as condiçoõ es de segurança e as


medidas especiais a serem observadas relativamente a instalaçoõ es eleá tricas, em
qualquer das fases de produçaõ o, transmissaõ o, distribuiçaõ o ou consumo de energia.

Art.180 Somente profissional qualificado poderaá instalar, operar, inspecionar ou


reparar instalaçoõ es eleá tricas.

Art.181 Os que trabalharem em serviços de eletricidade ou instalaçoõ es eleá tricas


devem estar familiarizados com os meá todos de socorro a acidentados por choque
eleá trico.

Art.182 O Ministeá rio do Trabalho estabeleceraá normas sobre:


Í - as precauçoõ es de segurança na movimentaçaõ o de materiais nos locais de
trabalho, os equipamentos a serem obrigatoriamente utilizados e as condiçoõ es
especiais a que estaõ o sujeitas a operaçaõ o e a manutençaõ o desses equipamentos,
inclusive exigeô ncias de pessoal habilitado;
ÍÍ - as exigeô ncias similares relativas ao manuseio e aà armazenagem de materiais,
inclusive quanto aà s condiçoõ es de segurança e higiene relativas aos recipientes e
locais de armazenagem e os equipamentos de proteçaõ o individual;
ÍÍÍ - a obrigatoriedade de indicaçaõ o de carga maá xima permitida nos equipamentos
de transporte, dos avisos de proibiçaõ o de fumar e de adverteô ncia quanto aà natureza
perigosa ou nociva aà sauá de das substaô ncias em movimentaçaõ o ou em depoá sito, bem
como das recomendaçoõ es de primeiros socorros e de atendimento meá dico e
síámbolo de perigo, segundo padronizaçaõ o internacional, nos roá tulos dos materiais
ou substaô ncias armazenados ou transportados:

Paraá grafo UÍ nico


As disposiçoõ es relativas ao transporte de materiais aplicam-se, tambeá m, no que
couber, ao transporte de pessoas nos locais de trabalho.

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COMISSÃO INTERNA DE
PREVENÇÃO DE ACIDENTES

Art.183 As pessoas que trabalharem na movimentaçaõ o de materiais deveraõ o estar


familiarizados com os meá todos racionais de levantamento de cargas.

Art.184 As maá quinas e os equipamentos deveraõ o ser dotados de dispositivos de


partida e parada e outros que se fizerem necessaá rios para a prevençaõ o de acidentes
do trabalho, especialmente quanto ao risco de acionamento acidental.
Paraá grafo uá nico
EÍ proibida a fabricaçaõ o, a importaçaõ o, a venda, a locaçaõ o e o uso de maá quinas e
equipamentos que naõ o atendam ao disposto neste artigo.

Art.185 Os reparos, limpeza e ajustes somente poderaõ o ser executados com as


maá quinas paradas, salvo se o movimento for indispensaá vel aà realizaçaõ o do ajuste.

Art.186 O Ministeá rio do Trabalho estabeleceraá normas adicionais sobre proteçaõ o e


medidas de segurança na operaçaõ o de maá quinas e equipamentos, especialmente
quanto aà proteçaõ o das partes moá veis, distaô ncia entre estas, vias de acesso aà s
maá quinas e equipamentos de grandes dimensoõ es, emprego de ferramentas, sua
adequaçaõ o e medidas de proteçaõ o exigidas quando motorizadas ou eleá tricas.

Art.187 As caldeiras, equipamentos e recipientes em geral que operam sob pressaõ o


deveraõ o dispor de vaá lvulas e outros dispositivos de segurança, que evitem seja
ultrapassada a pressaõ o interna de trabalho compatíável com a sua resisteô ncia.

Paraá grafo uá nico


O Ministeá rio do Trabalho expediraá normas complementares quanto aà segurança das
caldeiras, fornos e recipientes sob pressaõ o, especialmente quanto ao revestimento
interno, aà localizaçaõ o, aà ventilaçaõ o dos locais e outros meios de eliminaçaõ o de gases
ou vapores prejudiciais aà sauá de, e demais instalaçoõ es ou equipamentos necessaá rios
aà execuçaõ o segura das tarefas de cada empregado.

Art.188 As caldeiras seraõ o periodicamente submetidas a inspeçoõ es de segurança,


por engenheiro ou empresa especializada, inscritos no Ministeá rio do Trabalho, de
conformidade com as instruçoõ es que, para esse fim, forem expedidas.

§1o Toda caldeira seraá acompanhada de "Prontuaá rio", com documentaçaõ o originai
do fabricante, abrangendo, no míánimo: especificaçaõ o teá cnica, desenhos, detalhes,
provas e testes realizados durante a fabricaçaõ o e a montagem, caracteríásticas
funcionais e a pressaõ o maá xima de trabalho permitida (PMTP), esta uá ltima indicada,
em local visíável, na proá pria caldeira.

§2o O proprietaá rio de caldeira deveraá organizar, manter atualizado e apresentar,


quando exigido pela autoridade competente, o Registro de Segurança, no qual seraõ o

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COMISSÃO INTERNA DE
PREVENÇÃO DE ACIDENTES

anotadas, sistematicamente, as indicaçoõ es das provas efetuadas, inspeçoõ es, reparos


e quaisquer outras ocorreô ncias.

§3o Os projetos de instalaçaõ o de caldeiras, fornos e recipientes sob pressaõ o deveraõ o


ser submetidos aà aprovaçaõ o preá via do oá rgaõ o regional competente em mateá ria de
segurança do trabalho.

Art.189 Seraõ o consideradas atividades ou operaçoõ es insalubres aquelas que, por


sua natureza, condiçoõ es ou meá todos de trabalho, exponham os empregados a
agentes nocivos aà sauá de, acima dos limites de toleraô ncia fixados em razaõ o da
natureza e da intensidade do agente e do tempo de exposiçaõ o aos seus efeitos.

Art.190 O Ministeá rio do Trabalho aprovaraá o quadro das atividades e operaçoõ es


insalubres e adotaraá normas sobre os criteá rios de caracterizaçaõ o da insalubridade,
os limites de toleraô ncia aos agentes agressivos, meios de proteçaõ o e o tempo
maá ximo de exposiçaõ o do empregado a esses agentes.

Paraá grafo uá nico


As normas referidas neste artigo incluiraõ o medidas de proteçaõ o do organismo do
trabalhador nas operaçoõ es que produzem aerodispersoá ides toá xicos, irritantes,
alergeô nicos ou incoô modos.

Art.191 A eliminaçaõ o ou a neutralizaçaõ o da insalubridade ocorreraá :


Í - com a adoçaõ o de medidas que conservem o ambiente de trabalho dentro dos
limites de toleraô ncia;
ÍÍ - com a utilizaçaõ o de equipamentos de proteçaõ o individual ao trabalhador, que
diminuam a intensidade do agente agressivo a limites de toleraô ncia.

Paraá grafo uá nico


Caberaá aà s Delegacias Regionais do Trabalho, comprovada a insalubridade, notificar
as empresas, estipulando prazos para sua eliminaçaõ o ou neutralizaçaõ o, na forma
deste artigo.

Art.192 O exercíácio de trabalho em condiçoõ es insalubres, acima dos limites de


toleraô ncia estabelecidos pelo Ministeá rio do Trabalho, assegura a percepçaõ o de
adicional respectivamente de 40% (quarenta por cento), 20% (vinte por cento) e
10% (dez por cento) do salaá rio míánimo da regiaõ o, segundo se classifiquem nos
graus maá ximo, meá dio e míánimo.

Art.193 Saõ o consideradas atividades ou operaçoõ es perigosas, na forma da


regulamentaçaõ o aprovada pelo Ministeá rio do Trabalho, aquelas que, por sua

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COMISSÃO INTERNA DE
PREVENÇÃO DE ACIDENTES

natureza ou meá todos de trabalho, impliquem o contato permanente com


inflamaá veis ou explosivos em condiçoõ es de risco acentuado.

§1o O trabalho em condiçoõ es de periculosidade assegura ao empregado um


adicional de 30% (trinta por cento) sobre o salaá rio sem os acreá scimos resultantes
de gratificaçoõ es, preô mios ou participaçoõ es nos lucros da empresa.

§2o O empregado poderaá optar pelo adicional de insalubridade que porventura Íhe
seja devido.

Art.194 O direito do empregado ao adicional de insalubridade ou de periculosidade


cessaraá com a eliminaçaõ o do risco aà sua sauá de ou integridade fíásica, nos termos
desta Seçaõ o e das normas expedidas pelo Ministeá rio do Trabalho.

Art.195 A caracterizaçaõ o e a classificaçaõ o da insalubridade e da periculosidade,


segundo as normas do Ministeá rio do Trabalho, far-se-aõ o atraveá s de períácia a cargo
de Meá dico do Trabalho ou Engenheiro do Trabalho, registrados no Ministeá rio do
Trabalho.

§1o EÍ facultado aà s empresas e aos sindicatos das categorias profissionais


interessadas requererem ao Ministeá rio do Trabalho a realizaçaõ o de períácia em
estabelecimento ou setor deste, com o objetivo de caracterizar e classificar ou
delimitar as atividades insalubres ou perigosas.

§2o Arguü ida em juíázo insalubridade ou periculosidade, seja por empregado, seja por
Sindicato em favor de grupo de associados, o juiz designaraá perito habilitado na
forma deste artigo, e, onde naõ o houver, requisitaraá períácia ao oá rgaõ o competente do
Ministeá rio do Trabalho.

§3o O disposto nos paraá grafos anteriores naõ o prejudica a açaõ o fiscalizadora do
Ministeá rio do Trabalho, nem a realizaçaõ o ex-ofíácio da períácia.

Art.196 Os efeitos pecuniaá rios decorrentes do trabalho em condiçoõ es de


insalubridade ou periculosidade seraõ o devidos a contar da data da inclusaõ o da
respectiva atividade nos quadros aprovados pelo Ministeá rio do Trabalho,
respeitadas as normas do artigo 11 .

Art.197 Os materiais e substaô ncias empregados, manipulados ou transportados nos


locais de trabalho, quando perigosos ou nocivos aà sauá de, devem conter, no roá tulo,
sua composiçaõ o, recomendaçoõ es de socorro imediato e o síámbolo de perigo
correspondente, segundo a padronizaçaõ o internacional .

Paraá grafo uá nico

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COMISSÃO INTERNA DE
PREVENÇÃO DE ACIDENTES

Os estabelecimentos que mantenham as atividades previstas neste artigo afixaraõ o,


nos setores de trabalho atingidos, avisos ou cartazes, com adverteô ncia quanto aos
materiais e substaô ncias perigosos ou nocivos aà sauá de.

Art.198 EÍ de 60 kg (sessenta quilogramas) o peso maá ximo que um empregado pode


remover individualmente, ressalvadas as disposiçoõ es especiais relativas ao trabalho
do menor e da mulher.

Paraá grafo uá nico


Naõ o estaá compreendida na proibiçaõ o deste artigo a remoçaõ o de material feita por
impulsaõ o ou traçaõ o de vagonetes sobre trilhos, carros de maõ o ou quaisquer outros
aparelhos mecaô nicos, podendo o Ministeá rio do Trabalho, em tais casos, fixar limites
diversos, que evitem sejam exigidos do empregado serviços superiores aà s suas
forças.

Art.199 Seraá obrigatoá ria a colocaçaõ o de assentos que assegurem postura correta ao
trabalhador, capazes de evitar posiçoõ es incoô modas ou forçadas, sempre que a
execuçaõ o da tarefa exija que trabalhe sentado.

Paraá grafo uá nico


Quando o trabalho deva ser executado de peá , os empregados teraõ o aà sua disposiçaõ o
assentos para serem utilizados nas pausas que o serviço permitir.

Art.200 Cabe ao Ministeá rio do Trabalho estabelecer disposiçoõ es complementares aà s


normas de que trata este Capíátulo, tendo em vista as peculiaridades de cada
atividade ou setor de trabalho, especialmente sobre:
Í - medidas de prevençaõ o de acidentes e os equipamentos de proteçaõ o individual em
obras de construçaõ o, demoliçaõ o ou reparos;
ÍÍ - depoá sitos, armazenagem e manuseio de combustíáveis, inflamaá veis e explosivos,
bem como traô nsito e permaneô ncia nas aá reas respectivas;
ÍÍÍ - trabalho em escavaçoõ es, tuá neis, galerias, minas e pedreiras, sobretudo quanto aà
prevençaõ o de explosoõ es, inceô ndios, desmoronamentos e soterramentos, eliminaçaõ o
de poeiras, gases, etc. e facilidades de raá pida saíáda dos empregados;

ÍV - proteçaõ o contra inceô ndio em geral e as medidas preventivas adequadas, com


exigeô ncias ao especial revestimento de portas e paredes, construçaõ o de paredes
contra-fogo, diques e outros anteparos, assim como garantia geral de faá cil
circulaçaõ o, corredores de acesso e saíádas amplas e protegidas, com suficiente
sinalizaçaõ o;
V - proteçaõ o contra insolaçaõ o, calor, frio, umidade e ventos, sobretudo no trabalho a
ceá u aberto, com provisaõ o, quanto a este, de aá gua potaá vel, alojamento e profilaxia de
endemias;

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COMISSÃO INTERNA DE
PREVENÇÃO DE ACIDENTES

VÍ - proteçaõ o do trabalhador exposto a substaô ncias quíámicas nocivas, radiaçoõ es


ionizantes e naõ o ionizantes, ruíádos, vibraçoõ es e trepidaçoõ es ou pressoõ es anormais
ao ambiente de trabalho, com especificaçaõ o das medidas cabíáveis para eliminaçaõ o
ou atenuaçaõ o desses efeitos, limites maá ximos quanto ao tempo de exposiçaõ o, aà
intensidade da açaõ o ou de seus efeitos sobre o organismo do trabalhador, exames
meá dicos obrigatoá rios, limites de idade, controle permanente dos locais de trabalho
e das demais exigeô ncias que se façam necessaá rias;

VÍÍ - higiene nos locais de trabalho, com discriminaçaõ o das exigeô ncias, instalaçoõ es
sanitaá rias, com separaçaõ o de sexos, chuveiros, lavatoá rios, vestiaá rios e armaá rios
individuais, refeitoá rios ou condiçoõ es de conforto por ocasiaõ o das refeiçoõ es,
fornecimento de aá gua potaá vel, condiçoõ es de limpeza dos locais de trabalho e modo
de sua execuçaõ o, tratamento de resíáduos industriais;
VÍÍÍ - emprego das cores nos locais de trabalho, inclusive nas sinalizaçoõ es de perigo.

Paraá grafo uá nico


Tratando-se de radiaçoõ es ionizastes e explosivos, as normas a que se referem este
artigo seraõ o expedidas de acordo com as resoluçoõ es a respeito adotadas pelo oá rgaõ o
teá cnico.

Art.201 As infraçoõ es ao disposto neste Capíátulo relativas aà medicina do trabalho


seraõ o punidas com multa de 30 (trinta) a 300 (trezentas) vezes o valor de refereô ncia
previsto no artigo 2o, paraá grafo uá nico, da Lei no 6.205, de 29 de abril de 1975, e as
concernentes aà segurança do trabalho com multa de 50 (cinquü enta) a 500
(quinhentas) vezes o mesmo valor.

Paraá grafo uá nico


Em caso de reincideô ncia, embaraço ou resisteô ncia aà fiscalizaçaõ o, emprego de
artifíácio ou simulaçaõ o com objetivo de fraudar a lei, a multa seraá aplicada em seu
valor maá ximo.

Art.202 A retroaçaõ o dos efeitos pecuniaá rios decorrentes do trabalho em condiçoõ es


de insalubridade ou periculosidade, de que trata o artigo 196 da Consolidaçaõ o das
Leis do Trabalho, com a nova redaçaõ o dada por esta Lei, teraá como limite a data da
vigeô ncia desta Lei, enquanto naõ o decorridos 2 (dois) anos da sua vigeô ncia.

Art.203 As disposiçoõ es contidas nesta Lei aplicam-se, no que couber, aos


trabalhadores avulsos, aà s entidades ou empresas que Íhes tomem o serviço e aos
sindicatos representativos das respectivas categorias profissionais.

§ 1o Ao Delegado de Trabalho Maríátimo ou ao Delegado Regional do Trabalho,


conforme o caso, caberaá promover a fiscalizaçaõ o do cumprimento das normas de
segurança e medicina do trabalho em relaçaõ o ao trabalhador avulso, adotando as
medidas necessaá rias inclusive as previstas na Seçaõ o ÍÍ, do Capíátulo V, do Tíátulo ÍÍ da

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COMISSÃO INTERNA DE
PREVENÇÃO DE ACIDENTES

Consolidaçaõ o das Leis do Trabalho, com a redaçaõ o que Íhe for conferida pela
presente Lei.

§ 2o Os exames de que tratam os Par.1 e 3 do art. 168 da Consolidaçaõ o das Leis do


Trabalho, com a redaçaõ o desta Lei, ficaraõ o a cargo do Ínstituto Nacional de
Assisteô ncia Meá dica de Prevideô ncia Social-ÍNAMPS, ou dos serviços meá dicos das
entidades sindicais correspondentes.

Art.204 O Ministro do Trabalho relacionaraá os artigos do Capíátulo V do Tíátulo ÍÍ da


Consolidaçaõ o das Leis do Trabalho, cuja aplicaçaõ o seraá fiscalizada exclusivamente
por engenheiros de segurança e meá dicos do trabalho.

Art.205 Esta Lei entraraá em vigor na data de sua publicaçaõ o, ficando revogados os
artigos 202 a 223 da Consolidaçaõ o das Leis do Trabalho; a Lei no 2.573, de 15 de
agosto de 1955; o Decreto-lei no 389, de 26 de dezembro de 1968 e demais
disposiçoõ es em contraá rio.

ERNESTO GEÍSEL

2 LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA – INSS

Lei n° 8.213/91

Art. 19. O Acidente do trabalho eá o que ocorre pelo exercíácio do trabalho a serviço
da empresa ou pelo exercíácio do trabalho dos segurados referidos no inciso VÍÍ do
art. 11 desta Lei, provocando lesaõ o corporal ou perturbaçaõ o funcional que cause a
morte ou a perda ou reduçaõ o, permanente ou temporaá ria, da capacidade para o
trabalho.

§ 1° A empresa eá responsaá vel pela adoçaõ o e uso das medidas coletivas e individuais
de proteçaõ o e segurança da sauá de do trabalhador.

§ 2° Constitui contravençaõ o penal, puníável com multa, deixar a empresa de cumprir


as normas de segurança e higiene do trabalho.

§ 3° EÍ dever da empresa prestar informaçoõ es pormenorizadas sobre os riscos da


operaçaõ o a executar e do produto a manipular.

§ 4° O Ministeá rio de Trabalho e da Prevideô ncia Social fiscalizaraá e os sindicatos e


entidades representativas de classe acompanharaõ o o fiel cumprimento do disposto
nos paraá grafos anteriores, conforme dispuser o Regulamento.

80
COMISSÃO INTERNA DE
PREVENÇÃO DE ACIDENTES

Art. 20. Consideram-se acidente do trabalho, nos termos do artigo anterior, as


seguintes entidades moá rbidas:

I - Doença Profissional, assim entendida e produzida ou desencadeada pelo


exercíácio do trabalho peculiar a determinada atividade e constante da respectiva
relaçaõ o elaborada pelo Ministeá rio do Trabalho e da Prevideô ncia Social;

II – Doença do trabalho, assim entendida e adquirida ou desencadeada em funçaõ o


de condiçoõ es especiais em que o trabalho eá realizado e com se relacione
diretamente, constante da relaçaõ o mencionada no inciso Í.

§ 1° Naõ o saõ o consideradas como doença do trabalho

a) doença degenerativa;
a) a inerente a grupo etaá rio;
b) a que naõ o produza capacidade laborativa;
c) a doença endeô mica adquirida poô r segurado habitante de regiaõ o
em que ela se desenvolva, salvo comprovaçaõ o de que eá resultante
de exposiçaõ o ou contato direto determinado pela natureza do
trabalho.

§ 2° Em caso excepcional, constatando-se que a doença naõ o incluíáda na relaçaõ o


prevista nos incisos Í e ÍÍ deste artigo resultou das condiçoõ es especiais em que o
trabalho eá executado e com ele se relaciona diretamente, a Prevideô ncia Social deve
consideraá -la acidente do trabalho.

Art. 21. Equiparam-se, ainda, ao acidente do trabalho, para efeito desta Lei:
I - O acidente ligado ao trabalho que, embora naõ o tenha sido a causa uá nica, tenha
contribuíádo para a morte do segurado, para a perda ou reduçaõ o de sua capacidade
para o trabalho, ou tenha produzido lesaõ o que exija atençaõ o meá dica para sua
recuperaçaõ o;

II - O acidente sofrido pelo segurado no local e no horaá rio de trabalho, em


consequü eô ncia de:

a) ato de sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou


companheiro de trabalho;
b) ofensa fíásica intencional de terceiro por motivo de disputa relacionada
com o trabalho;
c) ato de imprudeô ncia, negligeô ncia ou imperíácia de terceiro ou de
companheiro de trabalho;

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COMISSÃO INTERNA DE
PREVENÇÃO DE ACIDENTES

d) ato de pessoa privada do uso da razaõ o, ou


e) desabamento, inundaçaõ o e outros casos fortuitos decorrentes de força
maior;

III - a doença proveniente de contaminaçaõ o acidental do empregado durante o


exercíácio de sua atividade;

IV - o acidente sofrido, ainda que fora do local e horaá rio de trabalho;

a) na execuçaõ o de ordem ou na realizaçaõ o de serviços sob autoridade


da empresa;
b) na prestaçaõ o espontaô nea de qualquer serviço aà empresa para lhe
evitar prejuíázo ou proporcionar proveito;
c) em viagem a serviço da empresa e financiada por ela, inclusive
para estudo, dentro de seus planos para melhor capacitaçaõ o da
maõ o-de-obra, independentemente do meio de locomoçaõ o
utilizando, inclusive veíáculo de propriedade do segurado;
d) no percurso da resideô ncia para o local de trabalho, ou deste para
aquela, qualquer que seja o meio de locomoçaõ o, inclusive veíáculo
de propriedade do segurado.

§ 1° - Nos períáodos destinados a refeiçaõ o ou descanso, ou por ocasiaõ o da satisfaçaõ o


de outras necessidades fisioloá gicas, no local de trabalho ou durante este, o
empregado eá considerado no exercíácio do trabalho.

§ 2° Naõ o eá considerada agravaçaõ o ou complicaçaõ o de acidente do trabalho a lesaõ o


que resulte de acidente de outra origem e se associe ou se superponha aà s
consequü eô ncias do anterior.

Art. 22. A empresa deveraá comunicar o acidente do trabalho aà Prevideô ncia Social
ateá o 1° (primeiro) dia uá til seguinte ao da ocorreô ncia e, em caso de morte, de
imediato, aà autoridade competente, sob pena de multa variaá vel entre o limite
míánimo e o limite maá ximo do salaá rio-de-contribuiçaõ o, sucessivamente aumentada
nas reincideô ncias, aplicada e cobrada pela Prevideô ncia Social.

§ 1° Da comunicaçaõ o a que se refere este artigo receberaõ o coá pia fiel o acidentado ou
seus dependentes, bem como o sindicato a que corresponda a sua categoria.

§ 2° Na falta de comunicaçaõ o por parte da empresa, podem formalizaá -la o proá prio
acidentado, seus dependentes, a entidade sindical competente, o meá dico que o

82
COMISSÃO INTERNA DE
PREVENÇÃO DE ACIDENTES

assistiu ou qualquer autoridade puá blica, naõ o prevalecendo nestes casos o prazo
previsto neste artigo.

§ 3° A comunicaçaõ o a que se refere o § 2° naõ o exime a empresa de responsabilidade


pela falta do cumprimento do disposto neste artigo.

§ 4° Os sindicatos e entidades representativas de classe poderaõ o acompanhar a


cobrança, pela Prevideô ncia Social, das multas previstas neste artigo.

Art. 23. Considera-se como dia do acidente, no caso de doença profissional ou do


trabalho, a data do iníácio da incapacidade laborativa para o exercíácio da atividade
habitual, ou dia da segregaçaõ o compulsoá ria, ou o dia em que for realizado a
diagnoá stico, valendo para este efeito o que ocorrer primeiro.

3 NORMAS REGULAMENTADORAS – NR’s

PORTARIA N° 3.214 DE 8 DE JUNHO DE 1978

APROVA AS NORMAS REGULAMENTADORAS – NR – DO CAPÍTULO V, TÍTULO II


DA CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO, RELATIVAS À SEGURANÇA E
MEDICINA DO TRABALHO.

O Ministro de Estado, no uso de suas atribuiçoõ es legais, considerando o disposto no


art. 200, da Consolidaçaõ o das Leis do Trabalho, com a redaçaõ o dada pela Lei n°
6.514, de 22 de dezembro de 1977,

Resolve:

ART. 1° APROVAR AS NORMAS REGULAMENTADORAS – NRS – DO CAPÍÍTULO V,


TÍÍTULO ÍÍ DA CONSOLÍDAÇAÃ O DAS LEÍS DO TRABALHO, RELATÍVAS AÀ SEGURANÇA
E MEDÍCÍNA DO TRABALHO.

NORMAS REGULAMENTADORAS

NR 01 – Disposiçoõ es Gerais
NR 02 – Ínspeçaõ o Preá via
NR 03 – Embargo e interdiçaõ o
NR 04 – Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do
Trabalho - SESMT
NR 05 – Comissaõ o Ínterna de Prevençaõ o de Acidentes - CÍPA
NR 06 – Equipamento de Proteçaõ o Índividual - EPÍ
NR 07 - Exames Meá dicos
NR 08 – Edificaçoõ es

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COMISSÃO INTERNA DE
PREVENÇÃO DE ACIDENTES

NR 09 – Riscos Ambientais
NR 10 – Ínstalaçoõ es e serviços em eletricidade
NR 11 – Transporte, movimentaçaõ o, armazenagem e manuseio de materiais
NR 12 – Maá quinas e equipamentos
NR 13 – Vasos sob Pressaõ o
NR 14 – Fornos
NR 15 – Atividades em operaçoõ es insalubres
NR 16 – Atividades e Operaçoõ es Perigosas
NR 17 – Ergonomia
NR 18 – Obras de construçaõ o, demoliçaõ o e reparos
NR 19 – Explosivos
NR 20 – Combustíáveis líáquidos inflamaá veis
NR 21 – Trabalhos a Ceá u Aberto
NR 22 – Trabalhos subterraô neos
NR 23 – Proteçaõ o Contra Ínceô ndio
NR 24 – Condiçoõ es Sanitaá rias dos locais de trabalho
NR 25 – Resíáduos industriais
NR 26 – Sinalizaçaõ o de Segurança
NR 27 – Registros Profissionais
NR 28 – Fiscalizaçoõ es e Penalidades
NR 29 – Segurança e sauá de no trabalho portuaá rio
NR 30 – Segurança e sauá de no trabalho aquaviaá rio
NR 31 – Norma Regulamentadora de Segurança e Sauá de no Trabalho na Agricultura,
Pecuaá ria Silvicultura, Exploraçaõ o Florestal e Aquü icultura
NR 32 – Segurança e Sauá de no Trabalho em Estabelecimentos de Sauá de
NR 33 – Segurança e Sauá de no Trabalho em Espaços Confinados
NR 34 – Condiçoõ es e Meio Ambiente de Trabalho na Índuá stria da Construçaõ o e
Reparaçaõ o Naval.
NR 35- Trabalho em altura
NR 36- Segurança e Sauá de no Trabalho em Empresas de Abate e Processamento de
Carnes e Derivados.

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COMISSÃO INTERNA DE
PREVENÇÃO DE ACIDENTES

4 NORMA REGULAMENTADORA N°5 – COMISSÃO INTERNA DE


PREVENÇÃO DE ACIDENTES

DO OBJETIVO

5.1 A Comissaõ o Ínterna de Prevençaõ o de Acidentes – CÍPA - tem como objetivo a


prevençaõ o de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar
compatíável permanentemente o trabalho com a preservaçaõ o da vida e a promoçaõ o
da sauá de do trabalhador.

DA CONSTITUIÇÃO

5.2 Devem constituir CIPA, por estabelecimento, e mantê-la em regular


funcionamento as empresas privadas, públicas, sociedades de economia
mista, órgãos da administração direta e indireta, instituições beneficentes,
associações recreativas, cooperativas, bem como outras instituições que
admitam trabalhadores como empregados.

5.3 As disposiçoõ es contidas nesta NR aplicam-se, no que couber, aos trabalhadores


avulsos e aà s entidades que lhes tomem serviços, observadas as disposiçoõ es
estabelecidas em Normas Regulamentadoras de setores econoô micos especíáficos.

5.4 (Revogado pela Portaria SIT n.º 247, de 12 de julho de 2011).

5.5 As empresas instaladas em centro comercial ou industrial estabeleceraõ o,


atraveá s de membros de CÍPA ou designados, mecanismos de integraçaõ o com
objetivo de promover o desenvolvimento de açoõ es de prevençaõ o de acidentes e
doenças decorrentes do ambiente e instalaçoõ es de uso coletivo, podendo contar
com a participaçaõ o da administraçaõ o do mesmo.

DA ORGANIZAÇÃO

5.6 A CÍPA seraá composta de representantes do empregador e dos empregados, de


acordo com o dimensionamento previsto no Quadro Í desta NR, ressalvadas as
alteraçoõ es disciplinadas em atos normativos para setores econoô micos especíáficos.

5.6.1 Os representantes dos empregadores, titulares e suplentes, seraõ o por eles


designados.

5.6.2 Os representantes dos empregados, titulares e suplentes, seraõ o eleitos em


escrutíánio secreto, do qual participem, independentemente de filiaçaõ o sindical,
exclusivamente os empregados interessados.

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COMISSÃO INTERNA DE
PREVENÇÃO DE ACIDENTES

5.6.3 O nuá mero de membros titulares e suplentes da CÍPA, considerando a ordem


decrescente de votos recebidos, observaraá o dimensionamento previsto no Quadro Í
desta NR, ressalvadas as alteraçoõ es disciplinadas em atos normativos de setores
econoô micos especíáficos.
5.6.4 Quando o estabelecimento naõ o se enquadrar no Quadro Í, a empresa
designaraá um responsaá vel pelo cumprimento dos objetivos desta NR, podendo ser
adotados mecanismos de participaçaõ o dos empregados, atraveá s de negociaçaõ o
coletiva.

5.7 O mandato dos membros eleitos da CÍPA teraá a duraçaõ o de um ano, permitida
uma reeleiçaõ o.

5.8 EÍ vedada a dispensa arbitraá ria ou sem justa causa do empregado eleito para
cargo de direçaõ o de Comissoõ es Ínternas de Prevençaõ o de Acidentes desde o registro
de sua candidatura ateá um ano apoá s o final de seu mandato.
5.9 Seraõ o garantidas aos membros da CÍPA condiçoõ es que naõ o descaracterizem suas
atividades normais na empresa, sendo vedada a transfereô ncia para outro
estabelecimento sem a sua anueô ncia, ressalvado o disposto nos paraá grafos primeiro
e segundo do artigo 469, da CLT.

5.10 O empregador deveraá garantir que seus indicados tenham a representaçaõ o


necessaá ria para a discussaõ o e encaminhamento das soluçoõ es de questoõ es de
segurança e sauá de no trabalho analisadas na CÍPA.

5.11 O empregador designaraá entre seus representantes o Presidente da CÍPA, e os


representantes dos empregados escolheraõ o entre os titulares o vice-presidente.

5.12 Os membros da CÍPA, eleitos e designados seraõ o, empossados no primeiro dia


uá til apoá s o teá rmino do mandato anterior.

5.13 Seraá indicado, de comum acordo com os membros da CÍPA, um secretaá rio e seu
substituto, entre os componentes ou naõ o da comissaõ o, sendo neste caso necessaá ria a
concordaô ncia do empregador.

5.14 A documentaçaõ o referente ao processo eleitoral da CÍPA, incluindo as atas de


eleiçaõ o e de posse e o calendaá rio anual das reunioõ es ordinaá rias, deve ficar no
estabelecimento aà disposiçaõ o da fiscalizaçaõ o do Ministeá rio do Trabalho e Emprego.
(Alterado pela Portaria SIT n.º 247, de 12 de julho de 2011)

5.14.1 A documentaçaõ o indicada no item 5.14 deve ser encaminhada ao Sindicato


dos Trabalhadores da categoria, quando solicitada. (Inserido pela Portaria SIT n.º
247, de 12 de julho de 2011)

86
COMISSÃO INTERNA DE
PREVENÇÃO DE ACIDENTES

5.14.2 O empregador deve fornecer coá pias das atas de eleiçaõ o e posse aos membros
titulares e suplentes da CÍPA, mediante recibo. (Inserido pela Portaria SIT n.º 247, de
12 de julho de 2011)

5.15 A CÍPA naõ o poderaá ter seu nuá mero de representantes reduzido, bem como naõ o
poderaá ser desativada pelo empregador, antes do teá rmino do mandato de seus
membros, ainda que haja reduçaõ o do nuá mero de empregados da empresa, exceto no
caso de encerramento das atividades do estabelecimento. (Alterado pela Portaria
SIT n.º 247, de 12 de julho de 2011)

DAS ATRIBUIÇÕES

5.16 A CÍPA teraá por atribuiçaõ o:


a) identificar os riscos do processo de trabalho, e elaborar o mapa de riscos, com a
participaçaõ o do maior nuá mero de trabalhadores, com assessoria do SESMT, onde
houver;
b) elaborar plano de trabalho que possibilite a açaõ o preventiva na soluçaõ o de
problemas de segurança e sauá de no trabalho;
c) participar da implementaçaõ o e do controle da qualidade das medidas de
prevençaõ o necessaá rias, bem como da avaliaçaõ o das prioridades de açaõ o nos locais
de trabalho;
d) realizar, periodicamente, verificaçoõ es nos ambientes e condiçoõ es de trabalho
visando a identificaçaõ o de situaçoõ es que venham a trazer riscos para a segurança e
sauá de dos trabalhadores;
e) realizar, a cada reuniaõ o, avaliaçaõ o do cumprimento das metas fixadas em seu
plano de trabalho e discutir as situaçoõ es de risco que foram identificadas;
f) divulgar aos trabalhadores informaçoõ es relativas aà segurança e sauá de no
trabalho;
g) participar, com o SESMT, onde houver, das discussoõ es promovidas pelo
empregador, para avaliar os impactos de alteraçoõ es no ambiente e processo de
trabalho relacionados aà segurança e sauá de dos trabalhadores;
h) requerer ao SESMT, quando houver, ou ao empregador, a paralisaçaõ o de maá quina
ou setor onde considere haver risco grave e iminente aà segurança e sauá de dos
trabalhadores;
i) colaborar no desenvolvimento e implementaçaõ o do PCMSO e PPRA e de outros
programas relacionados aà segurança e sauá de no trabalho;
j) divulgar e promover o cumprimento das Normas Regulamentadoras, bem como
claá usulas de acordos e convençoõ es coletivas de trabalho, relativas aà segurança e
sauá de no trabalho;
l) participar, em conjunto com o SESMT, onde houver, ou com o empregador, da
anaá lise das causas das doenças e acidentes de trabalho e propor medidas de soluçaõ o
dos problemas identificados;

87
COMISSÃO INTERNA DE
PREVENÇÃO DE ACIDENTES

m) requisitar ao empregador e analisar as informaçoõ es sobre questoõ es que tenham


interferido na segurança e sauá de dos trabalhadores;
n) requisitar aà empresa as coá pias das CAT emitidas;
o) promover, anualmente, em conjunto com o SESMT, onde houver, a Semana
Ínterna de Prevençaõ o de Acidentes do Trabalho – SÍPAT;
p) participar, anualmente, em conjunto com a empresa, de Campanhas de Prevençaõ o
da AÍDS.

5.17 Cabe ao empregador proporcionar aos membros da CÍPA os meios necessaá rios
ao desempenho de suas atribuiçoõ es, garantindo tempo suficiente para a realizaçaõ o
das tarefas constantes do plano de trabalho.

5.18 Cabe aos empregados:


a) participar da eleiçaõ o de seus representantes;
b) colaborar com a gestaõ o da CÍPA;
c) indicar aà CÍPA, ao SESMT e ao empregador situaçoõ es de riscos e apresentar
sugestoõ es para melhoria das condiçoõ es de trabalho;
d) observar e aplicar no ambiente de trabalho as recomendaçoõ es quanto aà
prevençaõ o de acidentes e doenças decorrentes do trabalho.

5.19 Cabe ao Presidente da CÍPA:


a) convocar os membros para as reunioõ es da CÍPA;
b) coordenar as reunioõ es da CÍPA, encaminhando ao empregador e ao SESMT,
quando houver, as decisoõ es da comissaõ o;
c) manter o empregador informado sobre os trabalhos da CÍPA;
d) coordenar e supervisionar as atividades de secretaria;
e) delegar atribuiçoõ es ao Vice-Presidente;

5.20 Cabe ao Vice-Presidente:


a) executar atribuiçoõ es que lhe forem delegadas;
b) substituir o Presidente nos seus impedimentos eventuais ou nos seus
afastamentos temporaá rios;

5.21 O Presidente e o Vice-Presidente da CÍPA, em conjunto, teraõ o as seguintes


atribuiçoõ es:
a) cuidar para que a CÍPA disponha de condiçoõ es necessaá rias para o
desenvolvimento de seus trabalhos;
b) coordenar e supervisionar as atividades da CÍPA, zelando para que os objetivos
propostos sejam alcançados;
c) delegar atribuiçoõ es aos membros da CÍPA;
d) promover o relacionamento da CÍPA com o SESMT, quando houver;
e) divulgar as decisoõ es da CÍPA a todos os trabalhadores do estabelecimento;
f) encaminhar os pedidos de reconsideraçaõ o das decisoõ es da CÍPA;
g) constituir a comissaõ o eleitoral.

88
COMISSÃO INTERNA DE
PREVENÇÃO DE ACIDENTES

5.22 O Secretaá rio da CÍPA teraá por atribuiçaõ o:


a) acompanhar as reunioõ es da CÍPA e redigir as atas apresentando-as para
aprovaçaõ o e assinatura dos membros presentes;
b) preparar as correspondeô ncias; e
c) outras que lhe forem conferidas.

DO FUNCIONAMENTO

5.23 A CÍPA teraá reunioõ es ordinaá rias mensais, de acordo com o calendaá rio
preestabelecido.

5.24 As reunioõ es ordinaá rias da CÍPA seraõ o realizadas durante o expediente normal
da empresa e em local apropriado.
5.25 As reunioõ es da CÍPA teraõ o atas assinadas pelos presentes com
encaminhamento de coá pias para todos os membros.

5.26 As atas devem ficar no estabelecimento aà disposiçaõ o da fiscalizaçaõ o do


Ministeá rio do Trabalho e Emprego. (Alterado pela Portaria SIT n.º 247, de 12 de julho
de 2011)

5.27 Reunioõ es extraordinaá rias deveraõ o ser realizadas quando:


a) houver denuá ncia de situaçaõ o de risco grave e iminente que determine aplicaçaõ o
de medidas corretivas de emergeô ncia;
b) ocorrer acidente do trabalho grave ou fatal;
c) houver solicitaçaõ o expressa de uma das representaçoõ es.

5.28 As decisoõ es da CÍPA seraõ o preferencialmente por consenso.

5.28.1 Naõ o havendo consenso, e frustradas as tentativas de negociaçaõ o direta ou


com mediaçaõ o, seraá instalado processo de votaçaõ o, registrando-se a ocorreô ncia na
ata da reuniaõ o.

5.29 Das decisoõ es da CÍPA caberaá pedido de reconsideraçaõ o, mediante


requerimento justificado.

5.29.1 O pedido de reconsideraçaõ o seraá apresentado aà CÍPA ateá a proá xima reuniaõ o
ordinaá ria, quando seraá analisado, devendo o Presidente e o Vice-Presidente efetivar
os encaminhamentos necessaá rios.

5.30 O membro titular perderaá o mandato, sendo substituíádo por suplente, quando
faltar a mais de quatro reunioõ es ordinaá rias sem justificativa.

89
COMISSÃO INTERNA DE
PREVENÇÃO DE ACIDENTES

5.31 A vacaô ncia definitiva de cargo, ocorrida durante o mandato, seraá suprida por
suplente, obedecida a ordem de colocaçaõ o decrescente que consta na ata de eleiçaõ o,
devendo os motivos ser registrados em ata de reuniaõ o. (Alterado pela Portaria SIT
n.º 247, de 12 de julho de 2011)

5.31.1 No caso de afastamento definitivo do presidente, o empregador indicaraá o


substituto, em dois dias uá teis, preferencialmente entre os membros da CÍPA.

5.31.2 No caso de afastamento definitivo do vice-presidente, os membros titulares


da representaçaõ o dos empregados, escolheraõ o o substituto, entre seus titulares, em
dois dias uá teis.

5.31.3 Caso naõ o existam suplentes para ocupar o cargo vago, o empregador deve
realizar eleiçaõ o extraordinaá ria, cumprindo todas as exigeô ncias estabelecidas para o
processo eleitoral, exceto quanto aos prazos, que devem ser reduzidos pela metade.
(Inserido pela Portaria SIT n.º 247, de 12 de julho de 2011)

5.31.3.1 O mandato do membro eleito em processo eleitoral extraordinaá rio deve


ser compatibilizado com o mandato dos demais membros da Comissaõ o. (Inserido
pela Portaria SIT n.º 247, de 12 de julho de 2011)

5.31.3.2 O treinamento de membro eleito em processo extraordinaá rio deve ser


realizado no prazo maá ximo de trinta dias, contados a partir da data da posse.
(Inserido pela Portaria SIT n.º 247, de 12 de julho de 2011)

DO TREINAMENTO

5.32 A empresa deveraá promover treinamento para os membros da CÍPA, titulares e


suplentes, antes da posse.
5.32.1 O treinamento de CÍPA em primeiro mandato seraá realizado no prazo
maá ximo de trinta dias, contados a partir da data da posse.

5.32.2 As empresas que naõ o se enquadrem no Quadro Í, promoveraõ o anualmente


treinamento para o designado responsaá vel pelo cumprimento do objetivo desta NR.

5.33 O treinamento para a CÍPA deveraá contemplar, no míánimo, os seguintes itens:


a) estudo do ambiente, das condiçoõ es de trabalho, bem como dos riscos originados
do processo produtivo;
b) metodologia de investigaçaõ o e anaá lise de acidentes e doenças do trabalho;
c) noçoõ es sobre acidentes e doenças do trabalho decorrentes de exposiçaõ o aos
riscos existentes na empresa;

90
COMISSÃO INTERNA DE
PREVENÇÃO DE ACIDENTES

d) noçoõ es sobre a Síándrome da Ímunodeficieô ncia Adquirida – AÍDS, e medidas de


prevençaõ o;
e) noçoõ es sobre as legislaçoõ es trabalhista e previdenciaá ria relativas aà segurança e
sauá de no trabalho;
f) princíápios gerais de higiene do trabalho e de medidas de controle dos riscos;
g) organizaçaõ o da CÍPA e outros assuntos necessaá rios ao exercíácio das atribuiçoõ es
da Comissaõ o.

5.34 O treinamento teraá carga horaá ria de vinte horas, distribuíádas em no maá ximo
oito horas diaá rias e seraá realizado durante o expediente normal da empresa.

5.35 O treinamento poderaá ser ministrado pelo SESMT da empresa, entidade


patronal, entidade de trabalhadores ou por profissional que possua conhecimentos
sobre os temas ministrados.

5.36 A CÍPA seraá ouvida sobre o treinamento a ser realizado, inclusive quanto aà
entidade ou profissional que o ministraraá , constando sua manifestaçaõ o em ata,
cabendo aà empresa escolher a entidade ou profissional que ministraraá o
treinamento.

5.37 Quando comprovada a naõ o observaô ncia ao disposto nos itens relacionados ao
treinamento, a unidade descentralizada do Ministeá rio do Trabalho e Emprego,
determinaraá a complementaçaõ o ou a realizaçaõ o de outro, que seraá efetuado no
prazo maá ximo de trinta dias, contados da data de cieô ncia da empresa sobre a
decisaõ o.

DO PROCESSO ELEITORAL

5.38 Compete ao empregador convocar eleiçoõ es para escolha dos representantes os


empregados na CÍPA, no prazo míánimo de 60 (sessenta) dias antes do teá rmino do
mandato em curso.
5.38.1 A empresa estabeleceraá mecanismos para comunicar o iníácio do processo
eleitoral ao sindicato da categoria profissional.

5.39 O Presidente e o Vice Presidente da CÍPA constituiraõ o dentre seus membros,


no prazo míánimo de 55 (cinquü enta e cinco) dias antes do teá rmino do mandato em
curso, a Comissaõ o Eleitoral – CE, que seraá a responsaá vel pela organizaçaõ o e
acompanhamento do processo eleitoral.

5.39.1 Nos estabelecimentos onde naõ o houver CÍPA, a Comissaõ o Eleitoral seraá
constituíáda pela empresa.

5.40 O processo eleitoral observaraá as seguintes condiçoõ es:

91
COMISSÃO INTERNA DE
PREVENÇÃO DE ACIDENTES

a) publicaçaõ o e divulgaçaõ o de edital, em locais de faá cil acesso e visualizaçaõ o, no


prazo míánimo de 45 (quarenta e cinco) dias antes do teá rmino do mandato em curso;
b) inscriçaõ o e eleiçaõ o individual, sendo que o períáodo míánimo para inscriçaõ o seraá de
quinze dias;
c) liberdade de inscriçaõ o para todos os empregados do estabelecimento,
independentemente de setores ou locais de trabalho, com fornecimento de
comprovante;
d) garantia de emprego para todos os inscritos ateá a eleiçaõ o;
e) realizaçaõ o da eleiçaõ o no prazo míánimo de 30 (trinta) dias antes do teá rmino do
mandato da CÍPA, quando houver;
f) realizaçaõ o de eleiçaõ o em dia normal de trabalho, respeitando os horaá rios de
turnos e em horaá rio que possibilite a participaçaõ o da maioria dos empregados.
g) voto secreto;
h) apuraçaõ o dos votos, em horaá rio normal de trabalho, com acompanhamento de
representante do empregador e dos empregados, em nuá mero a ser definido pela
comissaõ o eleitoral;
i) faculdade de eleiçaõ o por meios eletroô nicos;
j) guarda, pelo empregador, de todos os documentos relativos aà eleiçaõ o, por um
períáodo míánimo de cinco anos.

5.41 Havendo participaçaõ o inferior a cinquü enta por cento dos empregados na
votaçaõ o, naõ o haveraá a apuraçaõ o dos votos e a comissaõ o eleitoral deveraá organizar
outra votaçaõ o, que ocorreraá no prazo maá ximo de dez dias.

5.42 As denuá ncias sobre o processo eleitoral deveraõ o ser protocolizadas na unidade
descentralizada do MTE, ateá trinta dias apoá s a data da posse dos novos membros da
CÍPA.

5.42.1 Compete a unidade descentralizada do Ministeá rio do Trabalho e Emprego,


confirmadas irregularidades no processo eleitoral, determinar a sua correçaõ o ou
proceder a anulaçaõ o quando for o caso.
5.42.2 Em caso de anulaçaõ o a empresa convocaraá nova eleiçaõ o no prazo de cinco
dias, a contar da data de cieô ncia, garantidas as inscriçoõ es anteriores.

5.42.3 Quando a anulaçaõ o se der antes da posse dos membros da CÍPA, ficaraá
assegurada a prorrogaçaõ o do mandato anterior, quando houver, ateá a
complementaçaõ o do processo eleitoral.

5.43 Assumiraõ o a condiçaõ o de membros titulares e suplentes, os candidatos mais


votados.

5.44 Em caso de empate, assumiraá aquele que tiver maior tempo de serviço no
estabelecimento.

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COMISSÃO INTERNA DE
PREVENÇÃO DE ACIDENTES

5.45 Os candidatos votados e naõ o eleitos seraõ o relacionados na ata de eleiçaõ o e


apuraçaõ o, em ordem decrescente de votos, possibilitando nomeaçaõ o posterior, em
caso de vacaô ncia de suplentes.

DAS CONTRATANTES E CONTRATADAS

5.46 Quando se tratar de empreiteiras ou empresas prestadoras de serviços,


considera-se estabelecimento, para fins de aplicaçaõ o desta NR, o local em que seus
empregados estiverem exercendo suas atividades.

5.47 Sempre que duas ou mais empresas atuarem em um mesmo estabelecimento,


a CÍPA ou designado da empresa contratante deveraá , em conjunto com as das
contratadas ou com os designados, definir mecanismos de integraçaõ o e de
participaçaõ o de todos os trabalhadores em relaçaõ o aà s decisoõ es das CÍPA existentes
no estabelecimento.

5.48 A contratante e as contratadas, que atuem num mesmo estabelecimento,


deveraõ o implementar, de forma integrada, medidas de prevençaõ o de acidentes e
doenças do trabalho, decorrentes da presente NR, de forma a garantir o mesmo
níável de proteçaõ o em mateá ria de segurança e sauá de a todos os trabalhadores do
estabelecimento

5.49 A empresa contratante adotaraá medidas necessaá rias para que as empresas
contratadas, suas CÍPA, os designados e os demais trabalhadores lotados naquele
estabelecimento recebam as informaçoõ es sobre os riscos presentes nos ambientes
de trabalho, bem como sobre as medidas de proteçaõ o adequadas.

5.50 A empresa contratante adotaraá as provideô ncias necessaá rias para acompanhar
o cumprimento pelas empresas contratadas que atuam no seu estabelecimento, das
medidas de segurança e sauá de no trabalho.

DISPOSIÇÕES FINAIS

5.51 (Revogado pela Portaria SIT n.º 247, de 12 de julho de 2011)

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COMISSÃO INTERNA DE
PREVENÇÃO DE ACIDENTES

CAPÍTULO 8 – AIDS
Síándrome da Ímunodeficieô ncia Adquirida (SÍDA)

O que é Vírus

Ataca o sistema de defesa e o doente de AÍDS morre de doenças infecciosas banais


por naõ o ter mais nenhuma capacidade de defesa contra elas.

Infeção pelo HIV e a AIDS

A AÍDS eá provocada por um víárus, o HÍV.

O HÍV ataca as ceá lulas de defesa do sangue, destruindo-as. O DOENTE DE AÍDS


MORRE DE DOENÇAS ÍNFECCÍOSAS BANAÍS POR NAÃ O TER MAÍS NENHUMA
CAPACÍDADE DE DEFESA CONTRA ELAS.

Como se transmiti o HIV

O HÍV jaá foi isolado no sangue, seô men, secreçoõ es vaginais, laá grima, leite materno,
líáquido amnioá tico e urina. Poreá m as evideô ncias epidemioloá gicas mundiais indicam
que somente atraveá s de sangue, secreçaõ o vaginal, esperma e leite materno o HÍV
pode ser transmitido de uma pessoa a outra.

Assim, a transmissaõ o do víárus da AÍDS estaá associada aos seguintes fatores de risco:
 variaçaõ o frequü ente de parceiros sexuais que naõ o se protegem;
 uso de produtos de sangue naõ o controlados;
 uso de agulhas e seringas naõ o esterilizadas.

Não tem mais sentido falar em grupos de risco, o importante é evitar


COMPORTAMENTO DE RISCO.

Lembrete: Nas relaçoõ es sexuais ocorrem lesoõ es, em geral invisíáveis, que facilitam a
contaminaçaõ o pelo HÍV; os usuaá rios de drogas endovenosas geralmente usam
drogas em grupos, portanto se houver um soá contaminado os outros podem se
contaminar, se houver compartilhamento de seringas e agulhas.

O HÍV naõ o se transmite atraveá s de:


 convíávio social com doente de AÍDS
 laá grima, suor, saliva, tosse
 falar, aperto de maõ o
 beijo no rosto
 doando sangue com material descartaá vel

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COMISSÃO INTERNA DE
PREVENÇÃO DE ACIDENTES

Como a doença evoluiu:

Apoá s se contaminar numa relaçaõ o sexual ou de outra forma, na maioria das vezes
naõ o aparece nenhum sintoma. Algumas pessoas podem apresentar alguns sintomas
como febre, dor de garganta, aumento de gaô nglios, que podem durar 7 a 14 dias.

Janela Imunológica:

O exame de sangue para AÍDS pode ficar negativo ateá seis meses depois da
contaminaçaõ o do víárus. Mas o portador do víárus, mesmo com seu exame negativo,
pode contaminar outras pessoas.

Portadores do Vírus, mas não doente com AIDS:

Os sintomas da doença podem demorar a aparecer por muitos anos. Existem casos
de pessoas com exame de sangue positivo e sem qualquer sinal de doença ateá por
dez anos. Mas transmitem a doença para seus parceiros sexuais.

Resultado do teste anti-HIV:

Positivo: indica a presença de anticorpos contra o víárus, ou seja, a pessoa foi


infectada. Este resultado naõ o significa que a pessoa estaá ou ficaraá doente de AÍDS.

Negativo: significa que no momento do exame naõ o foram detectados anticorpos


contra o víárus. Devemos considerar aqui o fenoô meno da “janela imunoloá gica”, ou
seja, períáodo de tempo que o organismo demora para produzir anticorpos contra o
víárus em quantidade suficiente para serem detectados pelo teste. Portanto, quando
o resultado for negativo, naõ o podemos afirmar com certeza a auseô ncia da infecçaõ o.

Tratamento e vacina

Ainda naõ o existem medicamentos capazes de eliminar o HÍV do corpo humano.


Alguns, utilizados para tratamento dos pacientes com AÍDS, como o AZT, DDÍ, DDC,
apenas reduzem a velocidade de multiplicaçaõ o viral, retardando o processo de
destruiçaõ o do sistema imunoloá gico.
Tampouco existem medicamentos capazes de reconstruir este sistema quando ele jaá
foi severamente injuriado. Mais recentemente sabe-se que a associaçaõ o dos
medicamentos citados acima traz melhoras significativas ao paciente e aumentam a
sobrevida.

No entanto, o diagnoá stico precoce e o tratamento correto das infecçoõ es e afecçoõ es


que acometem o paciente jaá com o diagnoá stico de AÍDS permite uma sobrevida
maior e com melhor qualidade do que haá alguns anos.

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COMISSÃO INTERNA DE
PREVENÇÃO DE ACIDENTES

Aleá m disso, haá consenso de que uma vida saudaá vel, com alimentos naturais e com
uma dieta balanceada, controle de stress, doses elevadas de auto-estima e otimismo
tem efeito importante no aumento da resisteô ncia imunoloá gica.

Em relaçaõ o as vacinas, o grande obstaá culo aà sua obtençaõ o eá a grande variaçaõ o


apresentada pelo HÍV em seus constituintes. Ainda naõ o se conseguiu isolar um
componente que seja comum a todas as variedades jaá conhecidas jaá conhecidas e
que tenha o poder de levar o corpo humano a produzir substaô ncias protetoras de
caraá ter universal.
Grupos de pesquisa no mundo todo veô m se dedicando a essa busca e jaá haá produtos
candidatos a vacina sendo testados em experimentos controlados.

Prevenir é o único remédio efetivo:

Sexo seguro:

Quando utilizamos a expressaõ o sexo seguro estamos nos referindo aà adoçaõ o de


algumas medidas que podem reduzir o risco ou evitar a transmissaõ o do HÍV e de
outras DST atraveá s das relaçoõ es sexuais.

Para indivíáduos com vida sexual ativa eá consenso internacional que essas medidas
saõ o:

a) uso de preservativo em todas as relaçoõ es penetrativas; e

b) praá ticas sexuais sem penetraçaõ o.

Uso de preservativos

Para garantir a eficieô ncia e a eficaá cia do uso do preservativo como meá todo de
preservaçaõ o de DST/HÍV, duas condiçoõ es saõ o essenciais: que ele seja usado em
todas as relaçoõ es sexuais penetrativas e o que o seja de forma correta.

Nunca é demais relembrar que:


 as camisinhas devem ser guardadas em lugar fresco, seguro e escuro. Naõ o
devem ser usadas se estiverem ressecadas ou grudentas, ou depois da data da
expiraçaõ o (geralmente impressa na embalagem).

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COMISSÃO INTERNA DE
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Dicas para o uso da camisinha:

 Coloque a camisinha quando o peô nis estiver ríágido, antes que ele penetre o
parceiro ou toque seus oá rgaõ os genitais.
 A lubrificaçaõ o ajuda a evitar o rompimento da camisinha. Se ela se rasgar
durante a relaçaõ o, deve-se tiraá -la imediatamente e colocar uma nova.
 Retire o peô nis logo depois da ejaculaçaõ o, mas antes que se torne flaá cido,
segurando com firmeza a borda da camisinha contra o peô nis para evitar que
vaze.
 Deslize a camisinha ateá sair, sem derramar o seô men. Naõ o use outra vez. Deô um
noá e jogue fora com segurança.

Importante lembrar:
 A praá tica do sexo anal e vaginal com penetraçaõ o e sem preservativo eá
considerada de alto risco para aquisiçaõ o do HÍV/DST.
 Na praá tica do sexo anal com preservativo, seguido da penetraçaõ o vaginal com
o mesmo preservativo haá o risco de infecçoõ es ginecoloá gicas pela transfereô ncia
de microrganismo do ambiente retal para o canal vaginal;
 Qualquer contato com secreçoõ es implica em algum risco de contaminaçaõ o;
assim, a praá tica do sexo oral sem preservativo, mesmo que naõ o haja ejaculaçaõ o
oferece risco, pois a mucosa oral pode estar com lesoõ es ateá imperceptíáveis que
funcionam como porta de entrada para microorganismos.

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