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Resumo
Desde que o fogo foi descoberto pelo homem, a luz tornou-se indispensável para a vida
humana. Tarefas cotidianas, desde as mais simples até as complexas, tomavam mais tempo
sem a disponibilidade da mesma. Acredita-se que com essa descoberta, a evolução do homem
foi diretamente atingida, disponibilizando mais tempo para pensar. Após o fogo, algumas
invenções foram desenvolvidas por alguns nomes como Aime Argand, Humphrey Davy,
Warren de la Rue e Paul Jablochkoff, porém, foi com Thomas Edison que a lâmpada elétrica
ganhou popularidade e grande utilização. Desde então, várias foram as formas desenvolvidas
para iluminar até chegar na grande revolução dessa arte: os LEDs. Este artigo objetiva fazer
uma breve passagem por cada lâmpada desenvolvida ao longo dos séculos e um estudo mais
aprofundado sobre LEDs, que vem, a cada dia, ganhando espaço no mercado e cotidiano das
pessoas. A proposta busca verificar seu crescimento tecnológico, usos frequentes, aspectos
importantes, bem como sua disponibilidade e acessibilidade de consumo nos últimos anos.
Visa também dar aportes para conscientização das pessoas sobre a utilização de LEDs como
forma de proteção ao meio ambiente. Conclui-se que essa é uma tecnologia que ainda tem
muito para desenvolver, mas que já alcançou metas relevantes na realidade do mundo atual.
Palavras-chave: Iluminar; Lâmpadas; LEDs.
1. Introdução
Há uma interligação muito forte entre o ser humano e a natureza, na necessidade que ambos
possuem, conscientemente ou não, de estar em contato com a luz solar para ter uma vida
produtiva e saudável.
Durante milênios, após a descoberta do fogo, o ser humano dedicou esforços na intenção de
desenvolver formas de iluminar que pudesse facilitar suas tarefas diárias bem como seus
momentos de lazer. Após passar por descobertas como a iluminação com gordura animal e
vegetal em lucernas, a lâmpada de Argand, a lâmpada elétrica incandescente de Thomas
Edison e suas várias derivações como as lâmpadas halógenas, de vapor e fluorescentes,
chegamos a era do Light Emitting Diodo, em português, Diodo Emissor de Luz, mais
comumente chamado de LED.
Os LEDs chegaram ao mercado de iluminação por volta de 1993, e desde então tem sido
vistos como o futuro da iluminação. Tecnologia ainda em franca evolução, tem como missão
iluminar com eficiência, durabilidade, resistência a impactos e vibrações, ausência de raios
ultravioleta e infravermelho, maior controle de temperatura de cor, melhor índice de
reprodução de cores, e o principal para os tempos de hoje, menor consumo de energia e
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2. Do fogo ao LED
A descoberta do fogo e a percepção do que se podia fazer com ele, revolucionou a vida
humana, uma vez que o homem dependia da luz natural para desenvolver a maioria das suas
tarefas do dia a dia, haja vista que o mesmo depende muito da sua visão para desenvolver a
maioria das suas atividades. O homem primitivo teve esse primeiro contato na Pré-história, no
período Paleolítico ou da pedra lascada, quando acidentalmente raios atingiam as árvores e
provocavam fogo. Porém, ainda havia quem enxergasse o fogo como uma maldição pois,
nessa época, ainda não se tinha noção de como obtê-lo intencionalmente, provocando lutas
entre “tribos” pelo domínio do mesmo.
Mais tarde, no período Neolítico, o homem foi percebendo técnicas que o ajudavam a
promover o fogo sem a intervenção da natureza, tornando sua vida mais independente e
segura, diminuindo a necessidade de se esconder ou lutar e proporcionado um novo rumo para
a humanidade.
Com essas novas técnicas, o homem pode produzir novas ferramentas, criar animais para o
consumo, desenvolver a agricultura e com isso, estabelecer moradia fixa.
A medida que se convivia com o fogo, outras descobertas foram sendo feitas, como a
utilização de tochas para a iluminação noturna. Interessante observar que mesmo sem nenhum
conhecimento, notou-se que quanto mais alto, maior a área de iluminação, lançando já uma
ideia de iluminação pública. Outra descoberta foi a possibilidade do cozimento da carne
através de fogueiras e consequentemente, a gordura animal como combustível para alimentar
o fogo. Com o armazenamento da gordura em recipientes como pedras, chifres e conchas,
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surge o conceito das lucernas, primeiro tipo de luminária que iria ser utilizada durante
milênios (Figura 2). As lucernas foram se modernizando e ganhando novos formatos e
materiais como as cerâmicas e os metais, que futuramente inspirariam a produção das velas.
Com as velas e as lucernas, outros tipos de luminárias foram surgindo, como os castiçais e
candelabros, usados para apoiar as mesmas.
Depois de Argand, foi a vez de Willian Murdoch em 1792 descobrir que o gás obtido pela
destilação do carvão fóssil seriam um meio de alimentar a chama do fogo dentro de uma
chaminé de vidro. Por ser muito caro, ter cheiro desagradável e produzir muita fuligem,
exigindo manutenção constante, o mesmo só veio a ser amplamente utilizado por volta de
1807, quando se tornou a principal fonte de iluminação pública nas ruas de Londres e em
1819 nas ruas de Paris.
Em 1802, paralelamente as estas descobertas, o químico inglês Humphrey Davy percebeu que
filamentos de carbono postos separadamente entre dois polos de uma bateria, criavam um
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arco de luz que mais tarde se tornaria a base que sustenta o funcionamento da lâmpada.
Posteriormente ele observou que filamentos de platina e de outros metais quando submetidos
à eletricidade, se aqueciam até incandescer e emitir luz, o que na prática, foi a primeira forma
de luz elétrica incandescente produzida naqueles tempos.
Já em 1820, Warren de la Rue colocou esse filamento de platina dentro de uma ampola de
vidro e descobre que a quase ausência de ar no interior do tubo, juntamente com a alta
resistência da platina ao calor, permitia que o material do filamento alcançasse altas
temperaturas sem queimar imediatamente. No entanto, o alto preço da platina tornava inviável
a produção desse tipo de lâmpada em larga escala, fazendo com que diferentes materiais de
filamentos bem como um melhor vácuo da cápsula de vidro fossem testadas.
No ano de 1876, o russo Paul Jablochkoff teve a ideia de colocar os filamentos de carbono
unidos, de modo que a luz se concentrava na parte superior, recebendo o nome de vela
elétrica. Mas foi em 1879 que finalmente Thomas Edison obteve bons resultados ao reduzir a
espessura do filamento de carbono, se utilizando de materiais de baixo custo como um pedaço
de fio de algodão impregnada de carvão, e mantendo a mesma acessa por 45 horas. Entretanto
ele ainda teve alguns contratempos, já que as partículas de carvão se desprendiam dos
filamentos em direção à ampola causando um enegrecimento e reduzindo a luminosidade.
Mas Thomas Edison não se deu por vencido e resolve testar um outro tipo de filamento feito
com bambu onde obteve resultados melhores, tanto pelo rendimento quanto pela durabilidade,
mantendo a lâmpada acesa por 600 horas.
Com essas descobertas, Thomas Edison pode produzir em sua fábrica, as lâmpadas que
iluminariam as casas dali pra frente, bem como distribuir a energia elétrica para alimentá-las,
ficando mundialmente conhecido como o inventor da lâmpada elétrica, lhe rendendo sua
fortuna bilionária. Mas vimos que isso não é bem verdade, já que vários cientistas e
inventores, em décadas anteriores, já vinham desenvolvendo pesquisas sobre a eletricidade e
as possíveis formas de se iluminar um ambiente.
As pesquisas não param, e outras lâmpadas, com outros filamentos, com tecnologias mais
atuais foram surgindo. Gases inertes são adicionados dentro do bulbo de vidro, evitando que
os filamentos queimassem rapidamente. Começa a surgir então as lâmpadas de vapores,
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consideradas lâmpadas de alta potência luminosa e com uma ótima eficiência energética e
custo benefício para suas finalidades. Em 1901, a primeira lâmpada de vapor de mercúrio é
produzida em escala comercial, descoberta por Peter Cooper Hewitt, e que posteriormente
evoluiria na década de 30 nas lâmpadas de vapor de mercúrio de alta pressão e na década de
60 nas lâmpadas de vapor metálico e de vapor de sódio, sendo estas ainda hoje utilizadas na
iluminação pública (Figura 5).
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Em 1841, o físico suíço Daniel Colladon juntamente com Jacques Babinet, através da
demonstração do fenômeno da reflexão total da luz, onde a mesma poderia ser guiada no
interior de um jato de água, sendo esse curvo ou não, defini o que, quase um século depois,
viria a ser o principio de uma fibra ótica. No entanto, foi na tentativa de melhor visualizar as
parte internas e inacessíveis do corpo humano que, em 1930, o médico alemão Heinrich
Lamm, monta o primeiro sistema de fibras óticas.
Mais é em 1961, que o futuro da iluminação começa a ser descoberto quando, dois
pesquisadores da Texas Instruments, Robert Biard e Gary Pittman, descobriram que o GAAS
(Arsenieto de Galio), quando percorrido por uma corrente elétrica, emitia uma radiação
infravermelha, invisível a olho nu. Os mesmos patentearam a descoberta, porém foi em 1962
que Nick Holonyak Jr., um cientista norte-americano da General Electric obteve uma luz
visível vermelhar a partir de um LED. As pesquisas se intensificam e em 1971 surge o LED
azul, ainda com uma intensidade luminosa muito baixa. Em 1989, após o aprimoramento das
pesquisas anteriores, o primeiros LEDs azuis comerciais são lançados, permitindo a criação
dos diversos dispositivos visuais a LED, tais como TV de LED, painéis RGB, entre outros.
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3. Luminotécnico
Para podermos entender melhor as qualidades que essa descoberta dos LEDs pode nos
proporcionar, é importante repassarmos alguns pontos importantes a respeito do fluxo
luminoso, iluminância, eficiência luminosa, intensidade luminosa, índice de reprodução de
cores e temperatura de cor. Cada lâmpada possui características diferentes em relação a esses
pontos, e todos esses itens, são de extrema importância na hora de definir o tipo de iluminação
mais adequada a ser usado em um determinado projeto.
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Figura 10 – Iluminância
Fonte: AZUOS (2010)
3.4. Luminância
Luminância é a relação entre a quantidade de luz que é emitida de uma superfície por metro
quadrado. Em outras palavras, é a intensidade luminosa refletida, que é medida em candela,
por uma superfície dividida pela área, em m², visível aos olhos. Sua unidade de medida é
cd/m², conforme podemos observar na figura 11.
Figura 11 – Luminância
Fonte: Vianna (2001)
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Para uma melhor compreensão dos termos já apresentados, temos a figura 13 que demonstra
como cada um pode ser percebido desde o momento em que é emitido pela fonte luminosa,
chega até o ponto a ser iluminado e é percebido aos olhos do observador.
Figura 13 – Iluminação
Fonte: O autor (2014)
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percebida diante de uma fonte luminosa. Para que uma fonte luminosa seja considerada com
um bom IRC, é necessário que a mesma permita ao olho humano perceber as cores
corretamente ou o mais próximo possível da luz natural do dia. Esse índice varia de 0 a 100%,
sendo que, quanto mais próximo de 100%, maior é a fidelidade e precisão das cores dos
objetos e quanto mais baixo, mais deficiente é a reprodução de cores.
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Para a produção dos diodos de luz branca, compostos de fósforos, nano cristais de sulfeto de
cádmio misturado com manganês foram adicionados, tornando possível a iluminação dos
ambientes através dos LEDs.
Uma de suas maiores desvantagens está no seu custo ainda elevado, entretanto, quando se fala
em qualidade de reprodução de luz associado a um baixo consumo de energia, fazendo com
que o gasto inicial seja retornado, dependendo do projeto, em uma média de
aproximadamente 3 anos, esse custo elevado se torna um investimento, onde nos anos
seguintes pode-se observar lucro, visto que o consumo de energia terá reduzido drasticamente,
o gasto inicial já terá sido pago e a manutenção seja quase nula, em detrimento das demais.
Apesar dessa desvantagem, as qualidades comprovadas são muitas, mas a busca por melhores
produtos e com preços acessíveis não param, e à medida que sua tecnologia vai sendo
aperfeiçoada para se obter mais luz com um baixo consumo, novos processos de fabricação
vão sendo testados e a possibilidade de chegar ao maior número de consumidores aumenta.
Com o termo sustentabilidade em alta, acredita-se que os LEDs sejam o futuro da iluminação,
proporcionando maior durabilidade, baixo consumo de energia e por serem eco eficientes,
dispensando o descarte.
Vamos então tratar a seguir, dos pontos mais importantes e decisivos na hora de se pensar um
sistema de iluminação e a capacidade dos LEDs de atender a praticamente todos.
4.1. Eficiência
Como foi apresentado acima, quando se fala da eficiência, estamos falando da relação
lúmens/watt, ou seja, do fluxo luminoso pela potência. Como quanto mais lúmens produzidos
para cada watt consumido mais eficiente é a lâmpada, o LED vem se enquadrando como o
produto muito eficiente no momento, como mostra a figura 15 a seguir.
Figura 15 – Eficiência
Fonte: OSRAM (2012)
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da iluminação através de LEDs, teremos o triplo da eficiência com a mesma potência utilizada. É
importante lembrar que no caso dos LEDs, para se avaliar a eficiência do sistema como um todo,
deve-se incluir o driver e outros equipamentos auxiliares, e não apenas do diodo.
4.2. Durabilidade
Para analisarmos a durabilidade de uma lâmpada, devemos ter conhecimento de quantas horas
essa lâmpada é capaz de ficar acessa antes de se depreciar, ou seja, é o tempo recomendado
em que a sua eficiência luminosa se mantém a mesma, recomendando que essa lâmpada
venha a ser substituída após o término desse período mesmo que ainda esteja funcionando.
Para tanto, alguns elementos devem ser observados:
Vida útil, que é o número de horas decorrido quando se atinge 70% da quantidade de luz
inicial devido à depreciação do fluxo luminoso de cada lâmpada;
Vida mediana, que corresponde ao tempo em que 50% das lâmpadas ensaiadas sob
condições controladas de operação ainda permanecem acesas, portanto, a vida mediana
significa a durabilidade de uma lâmpada, ou seja, o tempo que a mesma irá operar até se
queimar;
Vida média, que corresponde a média aritmética do tempo de duração das lâmpadas
ensaiadas.
Para os LEDs, ao contrários das outras lâmpadas em que os valores especificados são os da
vida mediana, o valor especificado é a vida útil, por ter uma depreciação de 30% muito antes
da lâmpada se queimar, necessitando a troca da lâmpada apenas no final da sua vida útil. Mas
para efeito de comparação, o que deve ser levado em consideração, é o tempo que é
necessário para haver a troca da lâmpada, variando assim, de lâmpada para lâmpada.
Como pode ser observado na figura 16, a durabilidade dos LEDs são superiores as demais
lâmpadas convencionais, necessitando de baixa manutenção e descarte, proporcionando ainda
mais economia e podendo ser utilizado em projetos de difíceis acessos.
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Figura 16 – Durabilidade
Fonte: Empalux (2014)
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De acordo com a figura 17 acima, podemos observar os diferentes tipos de IRC para cada tipo
específico de lâmpada, sendo que, se analisado todo conjunto apresentado, IRC, vida útil e
eficiência luminosa, os LEDs estão com uma vantagem bem superior as demais lâmpadas.
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4.8. Sustentabilidade
Sustentabilidade, atualmente é uma preocupação no mundo inteiro. Ser sustentável e pensar
no meio ambiente é essencial para garantirmos um futuro para a humanidade. Vários fatores
geram impacto no meio ambiente e na iluminação não poderia ser diferente. Alguns estudos,
como citado anteriormente, mostram que os gastos com consumo de energia elétrica são altos,
fazendo com que a busca por produtos com baixo consumo seja a reposta para essa
problemática. Segundo Freitas (2010), pesquisas apontam que a iluminação representa 19% dos
gastos com energia elétrica em todo o mundo. No Brasil este valor sobe para 20%.
Quando se analisa esses dados, percebe-se o quanto a tecnologia precisa evoluir para que os
mesmos sejam reduzidos. Atualmente, nas lâmpadas incandescentes, apenas de 5 a 10% de sua
energia consumida é convertida em luz, sendo o restante desperdiçado em forma de calor.
Acredita-se que no Brasil, até 2016, conforme Freitas (2010), as mesmas tenham sido tiradas
do mercado e substituídas por tecnologias mais avançadas.
No caso das lâmpadas fluorescentes, a quantidade de energia usada para gerar a mesma
quantidade de luz é de 26% de uma incandescente.
Conclui-se que é na iluminação que deve-se buscar a diminuição do consumo de energia,
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principalmente em aplicações residenciais e comerciais, onde seu consumo são mais expressivos.
Além disso, sabe-se ainda que a maior parte do impacto ambiental causados pelo setor da
iluminação, são feitas por lâmpadas convencionais, e ocorre durante o seu descarte, já que em
seus interiores, possuem elementos nocivos a saúde. O mesmo não acontece no caso dos
LEDs, por possuírem uma composição livre de elementos tóxicos, sendo considerado lixo
comum, não necessitando de tratamento especial no seu descarte. Como também possui uma
durabilidade maior que as demais, não exige muitas manutenções. Já no caso das
convencionais, como além de possuir elementos tóxicos, necessitando de um descarte
consciente, ainda exigem constante manutenção, refletindo consequentemente, no impacto ao
meio ambiente.
5. Conclusão
A luz e todos os benefícios que ela proporciona, sempre foi um artifício indispensável na vida do
ser humano. Antes de ter o seu domínio através inicialmente do fogo, as tarefas cotidianas só
podiam ser desenvolvidas enquanto se dispunha de luz natural. O homem vivia em cavernas e
temia por sua vida durante a noite, onde não tinha como se defender de animais ferozes. Depois
que ele obteve o domínio do fogo, um grande passo para a evolução da humanidade foi dado.
Nos anos seguintes, pesquisas e mais pesquisas foram sendo desenvolvidas, sempre em busca de
se ter uma tecnologia a seu tempo. A lâmpada elétrica incandescente foi descoberta, mas a
incansável busca pelo homem por um dispositivo que atenda também a sua própria evolução, fez
com que o mesmo chegasse ao que hoje denominou-se o futuro da iluminação.
Presente há mais de dez anos no mercado consumidor, os LEDs tem, a cada dia, conquistado seu
espaço. Com a missão de iluminar com eficiência, economia e sustentabilidade, os LEDs não
cessam suas pesquisas, e a cada ano vem reduzindo seus custos e proporcionando iluminação de
qualidade.
Esse dispositivo, quando comparado aos sistemas de iluminação convencionais, possue ainda um
alto custo para aquisição, porém como já foi mencionado, é que dependendo do projeto onde o
mesmo será empregado ou substituído, oferecem iluminação de melhor qualidade, com um
reduzido consumo de energia e um retorno garantido no investimento inicial, visto que, além dos
itens já mencionados anteriormente, necessita de baixa manutenção.
É importante que profissionais da área de arquitetura e afins tenham bastante conhecimento a
respeito dessa evolução, procurando saber definir sua melhor aplicação. No intuito de despertar
também o conhecimento e o interesse por parte de leigos sobre o assunto, este artigo teve a
intenção de esclarecer um pouco mais sobre essa tecnologia tão mencionada, dispondo de termos
necessários para a comparação adequada dos sistemas de iluminação disponíveis no mercado
consumidor.
O que se observou no estudo desse artigo, é que os LEDs ainda não são capazes de substituir,
de forma equivalente, todas as tecnologias de iluminação existentes atualmente, mas como já
foi mencionado anteriormente, estão ainda em processo de evolução, confirmando assim o
conceito de que o mesmo seja o sistema de iluminação do futuro.
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Referências
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