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eBook

Como Soar Com


A Qualidade Do
Meu Artista
Favorito

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INTRODUÇÃO

Sabe aquela música que é impossível deixar de ouvir? Seus timbres maravilhosos, suas guitarras impecáveis, bateria limpa e tudo isso
soando de maneira harmoniosa, onde nada parece fora do lugar? Se você já apertou um botão de rec alguma vez na sua vida, deve
ter se perguntado: “o que faz uma música soar desse jeito, com esse ‘ar profissional?’”
Sem a ilusão de que o processo é simples ou de que não requer um bom tempo de prática e bons equipamentos, este e-book caminha
com você pelo básico do processo, desmistificando termos e procedimentos para que o som do seu artista preferido esteja mais próxi-
mo a você ou sua banda.
Vamos lá?

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1. Compreendendo o que vai ser refrão será repetido? Solo de guitarra? Quantos compassos cada
parte tem? Faça essas perguntas e anote suas respostas, pois estas
gravado serão o “esqueleto da gravação”. Continuando com as perguntas
e respostas, quem vai fazer o quê? E quando? A banda entra toda
no início ou só um “violão e voz”? Guitarra e baixo devem dobrar
A primeira etapa consiste em organizar o que vai ser gravado. o riff ou fazer coisas diferentes? A ideia aqui é decidir o máximo
É muito comum presenciar sessões de gravação, inclusive, com possível antes de apertar o rec. Responder estas questões durante
músicos profissionais, onde a música não está ensaiada. Existem o processo de gravação costuma gerar problemas, ser contrapro-
confusões a respeito dos acordes, riffs, forma e até da letra e ducente e até levar a desistência e abandono do projeto.
melodia da música. Por esse motivo, a primeira parte do processo Coloque todas as informações no papel. Escreva uma cifra de-
consiste em organizar o que vai ser gravado. talhada para cada músico, indicando os riffs, as convenções,
No universo musical chamamos essa “organização” da música as partes onde se deve parar de tocar e a intensidade (“desce a
de pré-produção, que abrange a parte da composição, arranjo lenha” ou “toca na manha”). Se possível, produza tablaturas e até
da música e definição de equipamentos usados para a gravação. partituras, caso domine essas técnicas de escrita. Faça do jeito que
Fazem parte, também, ensaios e treinos dos músicos executantes melhor funcionar para você e seu grupo.
da gravação, assim como a escrita de algum material como par-
tituras ou letras impressas, caso necessário.
Então, podemos começar pela escolha da música. Tendo feito isso, Agora estamos prontos para fazer a música acontecer.
cabe perguntar: quem tocará os instrumentos? Já existe uma ban-
da ou grupo que toque essa música? Em caso afirmativo, as coisas
ficam mais simples. Caso contrário, cabe pensar na instrumen-
tação que será utilizada e quem serão os instrumentistas.
Agora é a vez do arranjo, que a princípio pode ser um termo que
assusta, mas não se desespere. Apesar de em muitos casos o ar-
ranjo tomar proporções colossais e envolver técnicas musicais
avançadas (principalmente, quando se trata de grupos grandes
como orquestras ou big bands), o arranjo para bandas de rock e
música popular em geral costuma ser muito mais intuitivo do que
técnico. Toda banda faz o arranjo sem sequer perceber que o está
fazendo. Novamente, cabe perguntar: qual a forma da música? O

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EQUIPAMENTOS

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2. Equipamentos Se for o caso de comprar uma interface, lembre-se que o mais
caro não significa ser o melhor. O ideal é encontrar a placa ade-
quada às suas necessidades. Leia o máximo possível de reviews,
O primeiro passo é listar os equipamentos disponíveis para sua pois estes contém informações técnicas sobre seus componentes,
gravação. Muitos músicos possuem placas de som, microfones de o que é muito mais importante do que qualquer grife, preço ou
estúdio, pedestais e cabos, amplificadores de guitarra, pedais de “ouvi dizer”.
efeitos, etc., além da possibilidade de se conseguir equipamentos
emprestados de amigos. Liste todos aos que você tiver acesso. Confira nosso material “4 Principais passos para ter seu home stu-
Agora você pode comparar sua lista com os equipamentos dio”. Nele há um guia de compra para interfaces de áudio.
necessários para realizar gravações simples. Começamos pelo
computador, que não precisa ser o último modelo, mas também
não pode ser um celerom completamente defasado. Um notebook Agora é a vez do software: a DAW (Digital Audio Workstation). Ex-
ou desktop com 4GB de memória RAM e processador equivalente istem muitas e diferentes opções no mercado, incluindo softwares
a um dual-core (2,3 gHz) dão conta do básico. Mas tenha em open source, que são de graça. A escolha vai depender da sua
mente que a produção musical profissional ocasiona inúmeros necessidade e usos da ferramenta. Pondere os prós e contras de
processamentos em paralelo acontecendo no computador, o que cada software.
exige uma boa máquina com uma boa configuração. Lembre-se, Existem alguns tipos de microfone. A divisão mais usual é entre
melhor sobrar processamento e memória do que faltar. condensadores e dinâmicos.
Agora a placa de som ou interface de áudio. Os dispositivos de Os dinâmicos são mais comuns em ocasiões ao vivo por terem
som originalmente instalados em computadores pessoais estão uma característica mais “dura”, menos sensível. Todavia, têm sua
aquém das necessidades musicais. Seus conversores analógi- funcionalidade dentro do estúdio, como na microfonação de gui-
co-digitais (a/d e d/a) não servem para gravações musicais e não tarras, por exemplo.
realizam um bom processamento do áudio digital. Além desses
problemas, existem outros como incompatibilidade das entradas e
saídas do dispositivo e a ausência de pré-amplificadores. Existem
Os condensadores, geralmente, são microfones de estúdio - mui-
placas de som que são conectadas à placa mãe do computador
to mais sensíveis. Eles requerem uma placa que forneça corrente
- do tipo PCI, dentro do gabinete - e as conectadas através de
elétrica: o phantom power.
interfaces USB, firewire e thunderbolt. Devido à popularidade dos
notebooks e o aumento da capacidade das conexões USB, é mais
comum encontrar as versões externas.

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Microfone dinâmico Microfone condensador

Você também precisa ouvir o que está sendo gravado, o que chamamos de “monitoração”. Há a monitoração que é feita pelo opera-
dor de estúdio, geralmente, através de auto-falantes específicos para estúdio: os monitores. Eles são mais balanceados, ou seja, não
valorizam demais os graves, como acontece em um home theatre, por exemplo. Um bom par de fones de ouvido pode dar conta do
recado, mas lembre-se de que ele também deve ser o mais balanceado possível.
Existe, também, a monitoração do músico. Para isso são usados fones, evitando, assim, que o som das caixas seja captado pelo micro-
fone.

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Procure ter em mãos um microfone condensador para gravar a
voz e instrumentos acústicos como: violões, banjos, violinos, flau-
tas, etc. Caso tenha interesse em microfonar um amplificador de
guitarra, muitas vezes um bom microfone dinâmico é bem-vindo,
especialmente se o som for mais agressivo. Não esqueça de ter
pedestais e cabos.

E a bateria? Existe equipamento suficiente para gravá-la? E es-


paço? Provavelmente, não. Até alguns estúdios profissionais en-
frentam dificuldades de captação desse instrumento, e home stu-
dios são, via de regra, mais focados em captação de voz, violão
e instrumentos menores que possam ser feitos com 1 ou 2 micro-
fones. Assim, você deve experimentar usar diferentes microfones,
decidir gravá-la em um estúdio ou usar um instrumento virtual.

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GRAVANDO

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3. Gravando
Com a música organizada e ensaiada e os equipamentos
prontos, chegou a hora de apertar o rec. Acerte o metrônomo.
Uma boa ideia é gravar uma guia - uma gravação mais
bruta para servir de norte. Ela pode ser uma gravação ao
vivo, desde que seja feita com metrônomo e que siga a forma
anotada anteriormente para não ocasionar problemas de
sincronia. Outra opção é uma guia apenas com violão e voz,
também no metrônomo.
Importe a guia em sua DAW e acerte as configurações de
Sample Rate e Bit Depth. Afine os instrumentos (importante!). E
agora? Só gravar?
Claro que não! Algumas instruções para a hora de captar os
instrumentos e vozes:

Cuidado para o sinal não sofrer clipping: pode ser identificado


quando uma luz vermelha acende nas entradas, tanto físicas
(da placa de som) quanto digitais (no software). O som vai
soar “estourado” quando isso acontecer.

Clipping

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Caso aconteça, altere a posição do microfone e faça testes em
busca do melhor som. Você vai se surpreender com a diferença de
resultados apenas trocando o microfone de lugar ou se posicion-
ando em diferentes locais na sala.
Cuidado com os ruídos externos: cachorros latindo, barulho de
carros, pássaros e etc. Tente se isolar acusticamente o máximo
possível.
Cuidado com ruídos elétricos: Instrumentos em boas condições e
rede elétrica com aterramento evitam esse problema. Caso o ruído
vá aumentando ao longo do tempo, desligue o computador e de-
sconecte todos os cabos e, se possível, inverta os pinos da tomada
e espere alguns minutos para retomar a gravação. Se tiver usan-
do um notebook, uma opção é deixá-lo carregado e, na hora de
gravar, desconectá-lo da rede elétrica;
Faça dobras: gravar mais de uma vez a mesma linha, uma por
cima da outra, é uma técnica bastante utilizada para gerar mais
“massa sonora” e deixar o som mais “presente”. Se tiver a possib-
ilidade de alterar os instrumentos nessas dobras, melhor. Use uma
guitarra, amplificador ou efeito diferente. Experimente e pesquise
diferentes técnicas de gravação sem medo. Isso irá lhe trazer no-
vos desafios, muitas dúvidas e, inevitavelmente, muito conheci-
mento.

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EDITANDO

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Editando
Cortes
Quando todas as gravações estiverem feitas, é hora de editar.
Selecione os melhores takes. Caso necessário, faça cortes e altere
entre takes diferentes. Cuide com as fases do sinal de áudio. Pro-
cure fazer os cortes onde não há presença aparente de sinal. Ex-
perimente, erre, estude e observe o que ficar melhor.

Corrija alguma desafinação com plugins próprios para isso. Faça,


também, algumas correções rítmicas que achar necessário.
Exclua sons que achar indesejáveis, como a respiração do vocalista
entre as frases ou quando o guitarrista arrasta sua mão pelas cor-
das enquanto espera a hora de tocar. Utilize fades para que não
ocorra um estalo entre os cortes.

Fade in

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MIXANDO

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Mixando
A mixagem é um processo delicado e requer muita prática e estudo para que você evolua. Aqui, iremos apenas introduzir essa parte
do processo, que é tão importante para um som de qualidade. Lembre-se de praticar, testar e não tenha medo de errar.
O processo começa com o ajuste dos volumes. Sempre diminuindo os faders, balenceie os instrumentos para que todos possam ser
ouvidos e que a soma dos canais no sinal do master não incorra em clipping.

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Utilize processadores de dinâmica e equalizadores para que cada track fique em seu lugar. Se o baixo está muito presente na música,
cortar os graves da guitarra, por exemplo, pode deixar cada instrumento mais claro e evitar que o som “embole”.

Ajuste os instrumentos no stereo (pan e balance). Instrumentos mais graves, como o baixo e o bumbo da bateria, geralmente, são posi-
cionados no centro do panorama, assim como a melodia principal. Teste e sinta o que acha melhor para a música. Ouça sua música
em outros equipamentos de áudio para testar o resultado final.
kick drum
bass
guitar 1 guitar 2
hi hat
Horns Tom

Organ
Tambourine
shaker

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Pergunte-se sempre: “de quem é a vez?”. Se for a hora do solo de guitarra, ela deve estar no centro. Se for a vez da voz, então, ela
deve estar no centro. Pense em profundidade. Além do panorama, os instrumentos podem aparecer mais a frente ou mais atrás (mais
ou menos presentes).
Entenda compressores. Eles são um tipo de processadores de dinâmica que, de forma bem resumida, alteram a variação de amplitude
do que foi gravado, diminuindo os picos e possibilitando o aumento geral do volume, além de outros resultados, como trazer a tona
detalhes sonoros do instrumento. Hoje, esta ferramenta extraordinária é indispensável para conseguir um som de qualidade. Existem
inúmeras opções e uma enorme gama de usos e configurações diferentes.

Compressão

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MASTERIZANDO

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Masterizando
Apresentamos aqui, apenas uma introdução ao assunto, pois existe uma infinidade
de detalhes e técnicas envolvidas nessa parte do processo. Após a mixagem, o mais
comum é exportar o arquivo em WAV e iniciar a masterização em cima do mesmo.
Importe-o em um novo projeto.
Caso necessário, acerte alguma equalização sutil, como acentuar alguma faixa de
frequência que você possa estar sentindo falta, por exemplo. O ideal é que isso já
esteja resolvido na mixagem, onde você tem controle sobre cada instrumento sepa-
radamente.
Em muitos casos, o processo de masterização também está muito ligado à com-
pressão e limiter. Por isso, vou repetir: estude compressores. Pratique e entenda-os
bem. Neste caso, ele vai reduzir os picos do som final e possibilitar que se aumente
o volume. Quanto mais comprimida a música, menos variação de dinâmica ela terá.
Isso vai depender do tipo de som que você está construindo. Se estiver gravando
uma bossa-nova, voz e violão, a compressão, na maioria dos casos, será mínima,
pois a variação de dinâmica tem um papel importante nesse estilo. Agora, se esti-
ver gravando um som mais moderno, a compressão e o volume final serão maiores,
provavelmente.

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Conclusão
Esperamos que esse e-book tenha auxiliado sua jornada em busca do som perfeito. Claro que cada uma das partes desse processo
engloba muito mais detalhes e técnicas, mas a introdução está aqui. E é seguindo esse processo - muitas vezes um pouco mais robus-
to - que seu artista preferido chega no som que tem. Diferentes artistas, diferentes abordagens ao longo do processo. Estude e pratique
bastante e tente obter os melhores equipamentos para você e seu som.
Bons sons!

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Textos: Edilson Dourado de Lima Sturmer Klokner

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